02 de Outubro de 2020

Ministério da Saúde lança Campanha Nacional de Pulverização Intradomiciliária

Cerca de 500 pessoas morreram de malária, de Janeiro a Agosto, em Moçambique, de um universo de cerca
de oito mil casos notificados. O número representa uma redução em relação ao mesmo período do ano
passado, onde houve registo de 562 óbitos. Cerca da metade do total de casos deste ano registou-se nas
províncias de Nampula e Zambézia, as mais populosas do país. Segundo o Ministro da Saúde, Armindo Tiago,
em termos numéricos, a malária, é um dos principais problemas de saúde pública em Moçambique, com
impacto nas famílias e na economia. Tiago apresentou os números, nesta quinta-feira, na cerimónia do
lançamento da Campanha Nacional de Pulverização intradomiciliária ciclo 2020-2021 realizada em Bilene,
província Gaza. O Ministro da Saúde disse ainda que, apesar da redução de casos, a situação é preocupante,
daí, a necessidade da realização da pulverização intradomiciliária como uma medida de controlo do mosquito
transmissor da malária. As autoridades de saúde prevêem que a campanha alcance mais de seis milhões de
pessoas nas províncias de Nampula, Zambézia, Inhambane, Gaza e Maputo.

PNCT introduz novas formas de diagnóstico e tratamento da Tuberculose resistente

O controlo da tuberculose resistente aos medicamentos melhorou no país com a introdução de novas formas
de diagnóstico e tratamento. Dados do Ministério da Saúde indicam que de Janeiro a Agosto deste ano,
Moçambique diagnosticou e colocou em tratamento 1021 pacientes com esta forma grave de tuberculose, o
que significa 44 casos a mais em relação a 2019. Segundo o Director do Programa Nacional de Controlo da
Tuberculose (PNCT), Ivan Manhiça, o novo regime terâpeutico, com duração de nove meses, é feito por via
oral e tem menos efeitos colaterais. O anterior durava 24 meses e incluia medicamentos injectáveis durante,
pelo menos, seis meses. Manhiça avançou ainda que o novo tratamento contribui também para a redução do
número de óbitos. O Director do Programa Nacional de Controlo da Tuberculose sublinhou a necessidade de
buscar melhor seguimento clínico dos pacientes, que actualmemte recebem suplementos nutricionais e
apoio psico-social. Apesar do avanço, a tuberculose resistente ainda é responsável por um terço das mortes
por resistência antimicrobiana. Dados do Relatório Global da Tuberculose de 2019 estimam a ocorrência de
438 mil casos de tuberculose resistente aos medicamentos.

“O uso de máscaras é tão importante como a existência de uma vacina”, diz África CDC
O uso de máscaras é tão importante na prevenção da propagação da COVID-19 como a existência de vacinas.
De acordo com o Director do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África
CDC), John Nkengasong, não devemos cansar de usar máscara, porque a vacina e a máscara vão conviver
neste ‘’normal’’ que vai durar muito tempo. Falando a partir de Adis Abeba, na conferência de imprensa
semanal sobre a evolução da pandemia no continente, Nkengasong avançou ainda que a pandemia já
infectou 1,4 milhões de pessoas no continente africano, resultando em 36 mil mortes, sendo por isso
necessário manter as medidas de distanciamento, lavagem das mãos e utilização de máscaras. O responsável
do África CDC disse ainda que na segunda-feira será lançada uma aplicação informática chamada ‘’my COVID-
19 pass’’, com informações úteis para os cidadãos, fornecidas pelos Estados.

SABIA QUE…
Crianças menores de 5 anos especialmente aquelas com desnutrição ou sistema imunológico deficiente têm
maior risco de desenvolver Tuberculose activa? A maioria das crianças que desenvolvem Tuberculose activa,
foram infectadas por um adulto. Por isso, a criança que vive com um doente de Tuberculose, deve ser
rastreada para descartar a doença activa. Caso tenha Tuberculose, a criança deve ser tratada, caso não será
administrada uma terapia preventiva.

Este boletim informativo é gentilmente distribuído pela Associação h2n para as Rádios Comunitárias membro da plataforma
Xipalapala.