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Livro Eletrônico

Aula 00

Legislação Especial p/ PC-SP (Escrivão) - Pós-Edital


Professor: Paulo Guimarães

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð PC-SP (ESCRIVÌO)
Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00
LEI N¼ 10.826/03 (ESTATUTO DO
DESARMAMENTO).

Sum‡rio
Sum‡rio .................................................................................................. 1!
1 - Considera•›es Iniciais .......................................................................... 2!
2 - Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03) ........................................ 4!
2.1 - Dos Crimes e das Penas .................................................................. 5!
3 - Quest›es .......................................................................................... 12!
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios ........................................................... 12!
3.2 - Gabarito ...................................................................................... 18!
3.3 - Quest›es Comentadas .................................................................. 19!
4 - Resumo da Aula................................................................................. 30!
5 - Considera•›es Finais .......................................................................... 33!

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Teoria e Quest›es
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AULA 00 - LEI N¼ 10.826/03 (ESTATUTO DO


DESARMAMENTO).
1 - Considera•›es Iniciais
Ol‡, caro amigo! O edital do concurso da Pol’cia Civil do Estado de S‹o Paulo
finalmente foi publicado! N‹o temos tempo a perder, n‹o Ž mesmo!?
Meu nome Ž Paulo Guimar‹es, e estarei junto com voc• na sua jornada rumo ˆ
aprova•‹o. Vamos estudar em detalhes o conteœdo do Legisla•‹o Especial com
um material completo, e, alŽm disso, teremos quest›es de diversas bancas
examinadoras, todas elas comentadas por mim.
Antes de colocarmos a Òm‹o na massaÓ, permita-me uma pequena apresenta•‹o.
Nasci em Recife e sou graduado em Direito pela Universidade Federal de
Pernambuco, com especializa•‹o em Direito Constitucional. Minha vida de
concurseiro come•ou ainda antes da vida acad•mica, quando concorri e fui
aprovado para uma vaga no ColŽgio Militar do Recife, aos 10 anos de idade.
Em 2003, aos 17 anos, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil, e cruzei os
dedos para n‹o ser convocado antes de fazer anivers‡rio. Tomei posse em 2004
e trabalhei como escritur‡rio, caixa executivo e assistente em diversas ‡reas do
BB, incluindo atendimento a governo e comŽrcio exterior. Fui tambŽm aprovado
no concurso da Caixa Econ™mica Federal em 2004, mas n‹o cheguei a tomar
posse.
Mais tarde, deixei o Banco do Brasil para tomar posse no cargo de tŽcnico do
Banco Central, e l‡ trabalhei no Departamento de Liquida•›es Extrajudiciais e na
Secretaria da Diretoria e do Conselho Monet‡rio Nacional.
Em 2012, tive o privilŽgio de ser aprovado no concurso para o cargo de Auditor
Federal de Finan•as e Controle da Controladoria-Geral da Uni‹o, em 2¡ lugar na
‡rea de Preven•‹o da Corrup•‹o e Ouvidoria. Atualmente, desempenho minhas
fun•›es na Ouvidoria-Geral da Uni‹o, que Ž um dos —rg‹os componentes da CGU.
Minha experi•ncia prŽvia como professor em cursos preparat—rios engloba as
‡reas de Direito Constitucional e legisla•‹o espec’fica.
Ao longo do nosso curso estudaremos os dispositivos legais, as abordagens
doutrin‡rias e tambŽm a jurisprud•ncia dos tribunais superiores. Tentarei deixar
tudo muito claro, mas se ainda ficarem dœvidas n‹o deixe de me procurar no
nosso f—rum ou nas redes sociais, ok!?
Acredito que nossa matŽria seja uma daquelas que constituir‹o o verdadeiro
diferencial dos aprovados. Muitos candidatos deixam o estudo de legisla•‹o
espec’fica para a œltima hora, mas isso n‹o vai acontecer com voc•!
Garanto que todos os meus esfor•os ser‹o concentrados na tarefa de obter a SUA
aprova•‹o. Esse comprometimento, tanto da minha parte quanto da sua,
resultar‡, sem dœvida, numa prepara•‹o consistente, que vai permitir que voc•

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esteja pronto no dia da prova, e tenha motivos para comemorar quando o


resultado for publicado.
Muitas vezes, tomar posse em cargos como esses parece um sonho distante,
mas, acredite em mim, se voc• se esfor•ar ao m‡ximo, ser‡ apenas uma quest‹o
de tempo. E digo mais, quando voc• for aprovado, ficar‡ surpreso em como foi
mais r‡pido do que voc• imaginava.
Se voc• quiser receber conteœdo gratuito e de qualidade na sua prepara•‹o para
concursos, pe•o ainda que me siga no instagram. L‡ tenho comentado quest›es
e dado dicas essenciais de prepara•‹o para qualquer concurseiro.

@profpauloguimaraes

Nosso cronograma nos permitir‡ cobrir o conteœdo de Legisla•‹o Especial cobrado


nos principais concursos da ‡rea.

Aula 00 Lei n¼ 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento)

Aula 01 Lei n¼ 11.343/2006 (Lei de Drogas) 12/4

Lei n¼ 9.605/1998 (Lei do Meio Ambiente) Lei n¼


Aula 02 16/4
7.716/1989 (Crimes de Preconceito Racial)

Decreto-Lei n¼ 3.688/1941 (Lei das Contraven•›es


Aula 03 19/4
Penais) Lei n¼ 4.898/1965 (Lei de Abuso de Autoridade)

Lei Federal n¼ 8.069/1990 (Estatuto da Crian•a e do


Aula 04 23/4
Adolescente) Lei n¼ 8.072/1990 (Crimes Hediondos)

Lei n¼ 8.078/1990 (C—digo de Defesa do Consumidor)


Aula 05 26/4
Lei n¼ 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa)

Lei Federal n¼ 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) Lei n¼


Aula 06 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) Lei n¼ 13.146/2015 30/4
(Estatuto da Pessoa com Defici•ncia)

Lei Federal n¼ 12.527/2011 (Lei de Acesso ˆ


Aula 07 3/5
Informa•‹o)

Aula 08 Decreto Estadual n¼ 58.052 de 16.05.2012 Ð Parte 1 7/5

Aula 09 Decreto Estadual n¼ 58.052 de 16.05.2012 Ð Parte 2 10/5

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Lei n¼ 9.099/95, com as altera•›es feitas pela Lei n.¼


11.313/06 (Lei dos Juizados Especiais Criminais) Lei
Aula 10 Federal n¼ 12.830/2013 (Investiga•‹o criminal 14/5
conduzida pelo Delegado de Pol’cia) Lei n¼ 12.850/2013
(Organiza•‹o Criminosa)

Lei n¼ 9.296/1996 (Lei de Intercepta•‹o Telef™nica) Lei


Federal n¼ 9.455/1997 (Tortura) Dos crimes previstos
Aula 11 na Lei n¼ 9.503/1997 (C—digo de Tr‰nsito Brasileiro) Lei 17/5
n¼ 13.344/2016 (Preven•‹o e Repress‹o ao Tr‡fico de
Pessoas)

Encerrada a apresenta•‹o, vamos ˆ matŽria. Lembro a voc• que essa aula


demonstrativa serve para mostrar como o curso funcionar‡, mas isso n‹o quer
dizer que a matŽria explorada nas p‡ginas a seguir n‹o seja importante ou n‹o
fa•a parte do programa.
Analise o material com carinho, fa•a seus esquemas de memoriza•‹o e prepare-
se para a revis‹o final. Se voc• seguir esta f—rmula, o curso ser‡ o suficiente para
que voc• atinja um excelente resultado. Espero que voc• e goste e opte por se
preparar conosco.
Agora vamos ao que interessa. M‹os ˆ obra!

2 - Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03)


O Estatuto do Desarmamento regulamenta o registro, a posse, o porte e a
comercializa•‹o de armas de fogo e muni•‹o no Brasil. Com o Estatuto, o Pa’s
passou a ter critŽrios mais rigorosos para o controle das armas.
Essa lei tornou mais dif’cil para o cidad‹o ter acesso ao porte de arma e estimulou
a popula•‹o a se desarmar. Foi o Estatuto que instituiu a realiza•‹o das
campanhas de desarmamento, prevendo o pagamento de indeniza•‹o para quem
entregasse espontaneamente suas armas, a qualquer momento, ˆ Pol’cia Federal.
O Estatuto tambŽm aperfei•oou a legisla•‹o para punir mais efetivamente o
comŽrcio ilegal e o tr‡fico internacional de armas de fogo. Tais crimes, antes
enquadrados como contrabando e descaminho, passaram a ser expressamente
previstos em lei especifica.
N‹o sei se voc• vai lembrar disso, mas em 2005 foi convocado referendo acerca
do teor de um dos dispositivos trazidos pelo Estatuto do Desarmamento.

Art. 35. ƒ proibida a comercializa•‹o de arma de fogo e muni•‹o em todo o territ—rio


nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.

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¤ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, depender‡ de aprova•‹o mediante referendo


popular, a ser realizado em outubro de 2005.

Esta norma terminou n‹o sendo aprovada, e hoje continua permitida a


comercializa•‹o de arma de fogo e muni•‹o no Brasil, sob as condi•›es do
Estatuto. O referendo n‹o invalidou o Estatuto do Desarmamento, mas
somente a proibi•‹o genŽrica do comŽrcio de arma de fogo e muni•‹o.

2.1 - Dos Crimes e das Penas

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso
permitido, em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, no interior de sua
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o respons‡vel legal do estabelecimento ou empresa:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa.

Esse crime Ž cometido por quem possui ou mantŽm arma de uso permitido
em sua resid•ncia ou local de trabalho de forma irregular.
O STF j‡ decidiu que a mera diverg•ncia quanto ˆ origem da fabrica•‹o da arma
n‹o seria suficiente para caracterizar o crime em quest‹o.
O STJ, por sua vez, j‡ decidiu que pode haver crime de posse irregular de arma
de fogo de uso permitido quando o agente possuir, no interior de sua resid•ncia,
armas de fogo e muni•›es com os registros vencidos, e tambŽm j‡ decidiu que
essa conduta n‹o configura crime. Confuso, nŽ!?

DIREITO PENAL. TIPICIDADE DA CONDUTA DE POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO


DE USO PERMITIDO COM REGISTRO VENCIDO.
A conduta do agente de possuir, no interior de sua resid•ncia, armas de fogo e muni•›es
de uso permitido com os respectivos registros vencidos pode configurar o crime previsto no
art. 12 do Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). RHC 60.611-DF, Rel. Min. RogŽrio
Schietti Cruz, julgado em 15/9/2015, DJe 5/10/2015.

DIREITO PENAL. GUARDA DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM REGISTRO


VENCIDO.
Manter sob guarda, no interior de sua resid•ncia, arma de fogo de uso permitido com
registro vencido n‹o configura o crime do art. 12 da Lei 10.826/2003 (Estatuto do
Desarmamento). APn 686-AP, Rel. Min. Jo‹o Ot‡vio de Noronha, julgado em 21/10/2015,
DJe 29/10/2015.

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OMISSÌO DE CAUTELA
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necess‡rias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas incorrem o propriet‡rio ou diretor respons‡vel de
empresa de seguran•a e transporte de valores que deixarem de registrar ocorr•ncia policial
e de comunicar ˆ Pol’cia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma
de fogo, acess—rio ou muni•‹o que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)
horas depois de ocorrido o fato.

Este tipo protege a sociedade contra acidentes decorrentes do manejo de arma


de fogo por menor de idade ou pessoa com defici•ncia mental.
ƒ um crime culposo (neglig•ncia ou imprud•ncia). Observe que crime se consuma
com o manejo da arma pelo menor ou deficiente. Caso o acidente efetivamente
ocorra, poder‡ haver outros crimes.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em dep—sito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso permitido, sem autoriza•‹o e em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

O agente deste crime Ž aquele que manipula a arma de fogo ilegalmente. N‹o
confunda este crime com o de posse irregular, pois naquele caso o agente apenas
tem a posse ou guarda da arma em sua resid•ncia ou local de trabalho, enquanto
neste crime o agente manipula a arma, praticando uma das condutas previstas.
Mas e se a arma n‹o estiver carregada? E se estiver danificada, de forma que
n‹o seja poss’vel disparar? O STF e o STJ j‡ mudaram de posicionamento
algumas vezes sobre isso. O atual entendimento Ž no sentido de que, para que o
crime de porte de arma de fogo se consume, n‹o Ž necess‡rio que a arma esteja
municiada.
ƒ importante salientar, porŽm, que o STJ tem entendido que, se a arma n‹o est‡
apta a disparar, n‹o h‡ crime, conforme voc• pode verificar no julgado abaixo,
de agosto de 2014:

N‹o est‡ caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o


instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito tŽcnico de arma
de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto
para realizar disparos. De fato, tem-se como t’pica a conduta de portar arma de fogo
sem autoriza•‹o ou em desconformidade com determina•‹o legal ou regulamentar, por se
tratar de delito de perigo abstrato, cujo bem jur’dico protegido Ž a incolumidade pœblica,
independentemente da exist•ncia de qualquer resultado natural’stico. Nesse passo, a

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classifica•‹o do crime de porte ilegal de arma de fogo como de perigo abstrato traz, em seu
arcabou•o te—rico, a presun•‹o, pelo pr—prio tipo penal, da probabilidade de vir a ocorrer
algum dano pelo mau uso da arma. Com isso, flagrado o agente portando um objeto eleito
como arma de fogo, temos um fato provado Ð o porte do instrumento Ð e o nascimento de
duas presun•›es, quais sejam, de que o objeto Ž de fato arma de fogo, bem como tem
potencial lesivo. No entanto, verificado por per’cia que o estado atual do objeto apreendido
n‹o viabiliza sequer a sua inclus‹o no conceito tŽcnico de arma de fogo, pois quebrado e,
consequentemente, inapto para realiza•‹o de disparo, n‹o h‡ como caracterizar o fato como
crime de porte ilegal de arma de fogo. Nesse caso, tem-se, indubitavelmente, o rompimento
da liga•‹o l—gica entre o fato provado e as mencionadas presun•›es.
AgRg no AREsp 397.473-DF, Rel. Min. Marco AurŽlio Bellizze, julgado em 19/8/2014.

AlŽm disso, o STJ j‡ firmou entendimento no sentido de que a prova do porte


ilegal pode ser feita por diversos meios, n‹o sendo necess‡ria per’cia.
==0==

Hoje os Tribunais Superiores entendem que o crime de porte


de arma de fogo se consuma independentemente de a arma
estar municiada, mas o STJ entende que, se laudo pericial
reconhecer a total inefic‡cia da arma de fogo e das muni•›es, deve ser
reconhecida a atipicidade da conduta.

O art. 14 contŽm ainda um par‡grafo œnico, que foi declarado inconstitucional


pelo STF. Cuidado! Este dispositivo j‡ foi cobrado em prova!

Par‡grafo œnico. O crime previsto neste artigo Ž inafian•‡vel, salvo quando a arma de
fogo estiver registrada em nome do agente.

Para esclarecer um pouco mais a quest‹o, transcrevo abaixo parte da decis‹o da


ADIN 3112.

ADI 3112 Ð Informativo 465 do STF


Relativamente aos par‡grafos œnicos dos artigos 14 e 15 da Lei 10.826/2003, que pro’bem
o estabelecimento de fian•a, respectivamente, para os crimes de porte ilegal de arma de
fogo de uso permitido e de disparo de arma de fogo, considerou-se desarrazoada a veda•‹o,
ao fundamento de que tais delitos n‹o poderiam ser equiparados a terrorismo, pr‡tica de
tortura, tr‡fico il’cito de entorpecentes ou crimes hediondos (CF, art. 5¼, XLIII). Asseverou-
se, ademais, cuidar-se, na verdade, de crimes de mera conduta que, embora impliquem
redu•‹o no n’vel de seguran•a coletiva, n‹o podem ser igualados aos crimes que acarretam
les‹o ou amea•a de les‹o ˆ vida ou ˆ propriedade.

Ainda sobre esses crimes quero chamar sua aten•‹o para mais um julgado.

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POSSE E PORTE ILEGAL DE ARMAS DE FOGO E MUNIÇÍES DE USO PERMITIDO.


AUSÊNCIA DE CERTIFICADO FEDERAL. DELEGADO DE POLêCIA CIVIL.
IRRELEVÂNCIA. CONDUTA TêPICA.
ƒ t’pica e antijur’dica a conduta de policial civil que, mesmo autorizado a portar ou possuir
arma de fogo, n‹o observa as imposi•›es legais previstas no Estatuto do Desarmamento,
que imp›em registro das armas no —rg‹o competente.
RHC 70.141-RJ, Rel. Min. RogŽrio Schietti Cruz, por unanimidade, julgado em 7/2/2017,
DJe 16/2/2017. Informativo STJ 597.

Um Delegado de Pol’cia Civil foi denunciado pelos crimes de posse e porte ilegal
de arma de fogo de uso permitido. Basicamente o que ele fez foi levar para casa
uma arma registrada na Divis‹o de Fiscaliza•‹o de Armas e Explosivos do Rio de
Janeiro, alŽm de 48 muni•›es. AlŽm disso, o Delegado tambŽm portou um
rev—lver registrado no mesmo —rg‹o. O Delegado foi denunciado pelos crimes
tipificados nos arts. 12 e 14, respectivamente.
Considerando que a lei determina que, para a aquisi•‹o de arma de fogo, esta
deve ser registrada junto ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e que, para
regulamenta•‹o da posse e do porte, s‹o necess‡rios, respectivamente,
certificado de registro e autoriza•‹o para porte de arma, documentos expedidos
pela Pol’cia Federal mediante comprova•‹o do preenchimento de diversos
requisitos pelo interessado, n‹o temos muita dœvida de que o Delegado
efetivamente incorreu nas condutas t’picas trazidas pelo Estatuto.
Houve tentativa de argumentar no sentido de que, por ser Delegado de Pol’cia, o
rŽu estaria autorizado a portar arma. Em que pese haver previs‹o legal neste
sentido, ainda assim as armas n‹o haviam sido devidamente registradas, e por
isso a conduta continua sendo socialmente reprov‡vel.

DISPARO DE ARMA DE FOGO


Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas
adjac•ncias, em via pœblica ou em dire•‹o a ela, desde que essa conduta n‹o tenha como
finalidade a pr‡tica de outro crime:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. O crime previsto neste artigo Ž inafian•‡vel.

Aplica-se ao par‡grafo œnico deste artigo o mesmo julgado explicitado na an‡lise


do artigo anterior.
Este tipo penal tem o cond‹o de proteger a integridade f’sica das pessoas que
estejam no local onde o disparo Ž efetuado. O crime se consuma com o disparo,
e somente Ž pun’vel se a conduta n‹o se referia a outro crime. Caso essa
tipifica•‹o n‹o fosse considerada subsidi‡ria, o crime em estudo seria praticado
junto com outros crimes, em v‡rias ocasi›es.

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POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO


Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em dep—sito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o de uso proibido ou
restrito, sem autoriza•‹o e em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 3 (tr•s) a 6 (seis) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas incorre quem:
I Ð suprimir ou alterar marca, numera•‹o ou qualquer sinal de identifica•‹o de arma de
fogo ou artefato;
II Ð modificar as caracter’sticas de arma de fogo, de forma a torn‡-la equivalente a
arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III Ð possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendi‡rio, sem
autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar;
IV Ð portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numera•‹o,
marca ou qualquer outro sinal de identifica•‹o raspado, suprimido ou adulterado;
V Ð vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acess—rio,
muni•‹o ou explosivo a crian•a ou adolescente; e
VI Ð produzir, recarregar ou reciclar, sem autoriza•‹o legal, ou adulterar, de qualquer
forma, muni•‹o ou explosivo.

Este crime Ž mais grave que o previsto nos arts. 12 e 14. Isso Ž perfeitamente
compreens’vel, pois as armas de fogo de uso restrito em geral t•m um poder
destrutivo muito maior que as de uso permitido.
A conduta do inciso I Ž praticada n‹o s— por aquele que raspa a numera•‹o da
arma, mas tambŽm por quem dificulta sua identifica•‹o de qualquer outra forma
(raspando o emblema do fabricante, por exemplo).
O inciso II trata do crime cometido, por exemplo, por armeiro que utiliza seus
conhecimentos tŽcnicos para operar modifica•‹o na arma, de forma a tornar a
arma de uso permitido t‹o potente quanto a de uso restrito, ou, ainda, daquele
que a modifica para enganar o policial, perito ou juiz.
O artefato explosivo ou incendi‡rio mencionado pelo inciso III precisa ser algo de
consider‡vel poder destrutivo. N‹o h‡ problema em transportar roj›es para soltar
nas festas juninas, ok? J
O STJ j‡ decidiu que o conselheiro de Tribunal de Contas Estadual que mantŽm
sob sua guarda muni•‹o de arma de uso restrito n‹o comete o crime (APn 657-
PB, Rel. Min. Jo‹o Ot‡vio de Noronha, j. 21.10.2015, DJe 29.10.2015).
Devemos lembrar tambŽm que a partir da Lei n. 13.491/2017 o crime de posse
ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito passou a ser considerado crime
hediondo, tendo sido inclu’do no rol da Lei n. 8.072/1990. Por essa raz‹o
tambŽm o crime passou a ser considerado inafian•‡vel.
Quanto ˆ jurisprud•ncia, quero chamar sua aten•‹o para um julgado de 2017
acerca das granadas de g‡s lacrimog•neo e g‡s de pimenta.

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ESTATUTO DO DESARMAMENTO. DELITO TIPIFICADO NO ART. 16, PARçGRAFO òNICO,


III DA LEI N. 10.826/2003. PORTE DE ARTEFATO EXPLOSIVO. GRANADA DE GçS
LACRIMOGæNEO/PIMENTA. INADEQUA‚ÌO TêPICA.
A conduta de portar uma granada de g‡s lacrimog•neo e outra de g‡s de pimenta n‹o se subsome
ao delito previsto no art. 16, par‡grafo œnico, III, da Lei n. 10.826/03.
REsp 1.627.028-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, por unanimidade, julgado em
21/2/2017, DJe 3/3/2017.

No caso o rŽu foi denunciado pela pr‡tica do crime de posse de artefato explosivo
por estar portando granadas de g‡s lacrimog•neo e de g‡s de pimenta. A
controvŽrsia, portanto, gira em torno da adequa•‹o dessa conduta ao tipo penal
do art. 16, par‡grafo œnico, III.
N‹o h‡ discuss‹o, portanto, sobre a tipicidade do ato praticado por quem porta
artefato explosivo. A discuss‹o est‡ relacionada ˆ defini•‹o de explosivo, e ap
fato de essa defini•‹o alcan•ar ou n‹o as granadas de g‡s lacrimog•neo e g‡s de
pimenta. O Tribunal deu defini•‹o tŽcnica para o que seria um explosivo. A
defini•‹o, por sinal, Ž bastante interessante.

Pode-se entender que um explosivo Ž, em sentido amplo, um material extremamente inst‡vel,


que pode se decompor rapidamente, formando produtos est‡veis. Esse processo Ž denominado
de explos‹o e Ž acompanhado por uma intensa libera•‹o de energia, que pode ser feita sob
diversas formas e gera uma consider‡vel destrui•‹o decorrente da libera•‹o dessa energia. No
entanto, n‹o ser‡ considerado explosivo o artefato que, embora ativado por explosivo, n‹o
projete e nem disperse fragmentos perigosos como metal, vidro ou pl‡stico quebradi•o, n‹o
possuindo, portanto, consider‡vel potencial de destrui•‹o.

Considerando que as granadas de g‡s lacrimog•neo e g‡s de pimenta, apesar de


seu ineg‡vel potencial lesivo, n‹o s‹o capazes de projetar ou dispersar
fragmentos perigosos, somos for•ados a concluir que seu potencial destrutivo Ž
reduzido, e por isso elas n‹o devem ser consideradas como explosivos. A conduta
do rŽu, portanto, Ž at’pica.

COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO


Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer
forma utilizar, em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de presta•‹o de servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em resid•ncia.

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Este crime Ž pr—prio, pois somente pode ser cometido por quem pratica
atividade comercial ou industrial. Perceba que o par‡grafo œnico equipara
algumas atividades ˆ atividade comercial ou industrial para essas finalidades. O
armeiro que exerce a atividade irregularmente, por exemplo, incorre neste crime.
Para este crime, assim como para o TRçFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE
FOGO, haver‡ aumento de pena da metade se se a arma de fogo, acess—rio,
ou muni•‹o for de uso proibido ou restrito.

TRçFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO


Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sa’da do territ—rio nacional, a
qualquer t’tulo, de arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o da autoridade
competente:
Pena Ð reclus‹o de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

O Estatuto do Desarmamento agravou a pena para este crime, mas, considerando


que o tr‡fico internacional Ž a atividade respons‡vel por colocar armamento
pesado nas m‹os de bandidos perigosos, a pena ainda parece branda, n‹o Ž
verdade?
Para este crime, assim como para o COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO,
haver‡ aumento de pena da metade se se a arma de fogo, acess—rio, ou
muni•‹o for de uso proibido ou restrito.

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena Ž aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos —rg‹os e empresas referidas nos arts. 6o,
7o e 8o desta Lei.

Estes crimes s‹o:


a)! Porte Ilegal de Arma de Fogo;
b)! Disparo de Arma de Fogo;
c)! Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito;
d)! ComŽrcio Ilegal de Arma de Fogo; e
e)! Tr‡fico Internacional de Arma de Fogo.

As empresas mencionadas s‹o aquelas que desenvolvem as atividades de


seguran•a privada e transporte de valores.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 s‹o insuscet’veis de liberdade provis—ria.

Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por meio da ADIN
3.112-1.

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3 - Quest›es
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios
QUESTÌO 01 Ð CODESA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FUNCAB.
Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n¡ 10.826, de 2003), Ž correto
afirmar que:
a) a supress‹o de sinal identificador de arma de fogo Ž conduta equiparada
ao porte de arma de fogo de uso permitido.
b) h‡ norma penal no Estatuto do Desarmamento tratando dos artefatos
explosivos, mas n‹o dos incendi‡rios.
c) se o comŽrcio Ž clandestino, n‹o se caracteriza o crime de comŽrcio ilegal
de arma de fogo.
d) constitui crime previsto na lei especial disparar culposamente arma de
fogo em dire•‹o ˆ via pœblica.
e) quando a arma de fogo Ž de uso restrito, posse e porte s‹o punidos pelo
mesmo tipo penal.

QUESTÌO 02 - SEJUS-PI - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


NUCEPE.
TITO, policial civil, est‡ sendo amea•ado, decidiu ent‹o comprar um rev—lver
calibre 38, para ter uma arma extra. Vai atŽ o centro da cidade e compra de
Ant™nio um rev—lver calibre 38, com a numera•‹o raspada. Ant™nio, o
vendedor, 25 anos de idade, tambŽm, ofereceu a ele uma pistola de uso
exclusivo das for•as armadas. Marque a alternativa CORRETA.
a) TITO na condi•‹o de policial pode utilizar durante as suas dilig•ncias o
rev—lver comprado de Ant™nio como uma segunda arma.
b) Caso TITO deixe a arma comprada apenas em sua casa, n‹o h‡
cometimento de crime.
c) Caso TITO seja preso, poder‡ pagar uma fian•a estabelecida pelo
delegado, e ser solto.
d) Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais t•m o
porte de arma de fogo regulado em Lei, devendo realizar comprova•‹o de
capacidade tŽcnica e de aptid‹o f’sica.
e) ƒ poss’vel aos residentes em ‡reas rurais, sendo maiores de 25 (vinte e
cinco) anos, que comprovarem depender do emprego de arma de fogo para
prover a subsist•ncia de sua fam’lia, a concess‹o do porte de arma de fogo
na categoria ca•ador para subsist•ncia.

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QUESTÌO 03 - TJ-GO - Juiz Leigo Ð 2017 - CS-UFG.


Dentre os crimes tipificados na Lei n. 10.826/2003, Ž de menor potencial
ofensivo o crime de
a) omiss‹o de cautela.
b) posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
c) porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
d) disparo de arma de fogo.
e) comŽrcio ilegal de arma de fogo.

QUESTÌO 04 - STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2015 Ð Cespe.


O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, muni•‹o ou um acess—rio
de uso restrito, sem autoriza•‹o, no exerc’cio de atividade comercial
constitui crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo, com a pena aumentada
pela metade.

QUESTÌO 05 - TJDFT Ð Analista Judici‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunst‰ncia
qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou muni•‹o o fato
de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.

QUESTÌO 06 - TJ-RR Ð Analista Ð 2012 Ð Cespe.


Jonas, policial militar em servi•o velado no interior de uma viatura
descaracterizada em estacionamento pœblico pr—ximo a uma casa de
eventos, onde ocorria grande espet‡culo de mœsica, percebeu a presen•a de
Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que j‡ ostentava condena•‹o
transitada em julgado por crime de recepta•‹o. Na oportunidade, Jonas viu
que Mauro usou um pequeno canivete para abrir um autom—vel e neste
ingressou rapidamente. F‡bio, com dezessete anos de idade, e que
acompanhava Mauro, entrou pela porta direita do passageiro e sentou-se no
banco. Mauro usou o mesmo canivete para dar partida na igni•‹o do motor
e se evadir do local na condu•‹o do ve’culo. Jonas informou sobre o fato a
outros agentes em viaturas policiais, os quais, em dilig•ncias, localizaram o
ve’culo conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois
da abordagem. Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro,
foi apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um rev—lver
de calibre 38, municiado com dois projŽteis, do qual o portador n‹o tinha
qualquer registro ou porte legalmente v‡lido em seu nome.
O canivete foi encontrado na posse de F‡bio.
Com refer•ncia ˆ situa•‹o hipotŽtica acima relatada, jugue os itens que se
seguem.

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Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido,


previsto na lei que disp›e sobre o registro, a posse e a comercializa•‹o de
armas de fogo e muni•‹o.

QUESTÌO 07 - TJ-SE Ð Analista Judici‡rio Ð 2014 Ð Cespe.


Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime o porte de
arma de fogo desmuniciada, que se caracteriza como delito de perigo
abstrato cujo objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social.

QUESTÌO 08 - DPE-PE Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð Cespe.


Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem autoriza•‹o
legal ou regulamentar, dois rev—lveres de calibre 38 desmuniciados e com
numera•›es raspadas.
Acerca dessa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item que se segue, com base
na jurisprud•ncia dominante dos tribunais superiores relativa a esse tema.
O fato de as armas apreendidas estarem desmuniciadas n‹o tipifica o
crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em raz‹o
da total aus•ncia de potencial lesivo da conduta.

QUESTÌO 09 Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð Cespe (adaptada).


O crime de omiss‹o de cautela, previsto no Estatuto do Desarmamento, Ž
delito omissivo, sendo a culpa na modalidade neglig•ncia o elemento
subjetivo do tipo.

QUESTÌO 10 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Segundo entendimento consolidado do STJ, a potencialidade lesiva da arma
Ž um dado dispens‡vel para a tipifica•‹o do delito de porte ilegal de arma
de fogo, pois o objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social, colocados em risco com a posse ou o porte
de armas.

QUESTÌO 11 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo o respons‡vel legal de
empresa que mantenha sob sua guarda, sem autoriza•‹o, no interior de seu
local de trabalho, arma de fogo de uso permitido.

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QUESTÌO 12 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Se for poss’vel, mediante o uso de processos f’sico-qu’micos, recuperar
numera•‹o de arma de fogo que tenha sido raspada, estar‡ desconfigurado
o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, devendo a conduta
ser classificada como porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

QUESTÌO 13 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Segundo entendimento do STJ, o porte de arma de fogo desmuniciada
configura delito previsto no Estatuto do Desamamento por ser crime de
perigo abstrato, entretanto o porte de muni•‹o desacompanhada da
respectiva arma Ž fato at’pico, visto que n‹o gera perigo ˆ incolumidade
pœblica.

QUESTÌO 14 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Os crimes de porte de arma de fogo de uso permitido e de disparo de arma
de fogo s‹o delitos inafian•‡veis, segundo entendimento do STF.

QUESTÌO 15 - DPE-ES Ð Defensor Pœblico Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Tobias, maior, capaz, tenha sido abordado por policiais
militares quando trafegava em sua moto, tendo sido encontradas com ele
duas armas de uso restrito e muni•›es, e atestada, em exame pericial, a
impossibilidade de as armas efetuarem disparos. Nessa situa•‹o hipotŽtica,
resta caracterizado o delito de porte de arma de uso restrito, devendo Tobias
responder por crime œnico.

QUESTÌO 16 - PC-BA Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Servidor pœblico alfandeg‡rio que, em servi•o de fiscaliza•‹o fronteiri•a,
permitir a determinado indiv’duo penalmente imput‡vel adentrar o territ—rio
nacional trazendo consigo, sem autoriza•‹o do —rg‹o competente e sem o
devido desembara•o, pistola de calibre 380 de fabrica•‹o estrangeira dever‡
responder pela pr‡tica do crime de facilita•‹o de contrabando, com infra•‹o
do dever funcional exclu’da a hip—tese de aplica•‹o do Estatuto do
Desarmamento.

QUESTÌO 17 - PC-TO Ð Delegado de Pol’cia Ð 2008 Ð Cespe.


Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Alfredo, imput‡vel, transportava em seu ve’culo um rev—lver de calibre 38,
quando foi abordado em uma opera•‹o policial de tr‰nsito. A dilig•ncia
policial resultou na localiza•‹o da arma, desmuniciada, embaixo do banco
do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram localizados 5
projŽteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou n‹o
possuir autoriza•‹o legal para o porte da arma nem o respectivo certificado
de registro. O fato foi apresentado ˆ autoridade policial competente.

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Nessa situa•‹o, caber‡ ˆ autoridade somente a apreens‹o da arma e das


muni•›es e a imediata libera•‹o de Alfredo, visto que, estando o armamento
desmuniciado, n‹o se caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo.

QUESTÌO 18 - MPE-SC - Promotor de Justi•a Ð Matutina - 2016


- MPE-SC.
O tipo penal do art. 15 da Lei n. 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento)
prev• pena de reclus‹o e multa para a conduta de disparar arma de fogo ou
acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas adjac•ncias, em via pœblica
ou em dire•‹o a ela, apresentando, contudo, uma ressalva que caracteriza
ser o crime referido de natureza subsidi‡ria, qual seja, desde que as
condutas acima referidas n‹o tenham como finalidade a pr‡tica de outro
crime.

QUESTÌO 19 - TJ-PA - Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð Provimento Ð 2016 - IESES (adaptada).
A lei 10.826/03 (Lei do desarmamento), passou a tipificar a conduta
consistente em vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma
de fogo, acess—rio, muni•‹o ou explosivo a crian•a ou adolescente,
derrogando disposi•‹o semelhante prevista na Lei 8.069/90 (Estatuto da
Crian•a e do Adolescente).

QUESTÌO 20 - PC-PA - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Durante uma opera•‹o policial de rotina, policiais rodovi‡rios federais
abordam o caminh‹o conduzido por Teot™nio. Revistado o ve’culo,
encontram um rev—lver calibre 38, contendo muni•›es intactas em seu
tambor, escondido no porta-luvas. Os policiais constatam, ainda, que a
numera•‹o de sŽrie do rev—lver n‹o est‡ vis’vel, sendo certo que per’cia
posterior concluiria que o desaparecimento se deu por oxida•‹o natural,
decorrente da a•‹o do tempo. Questionado, Teot™nio revela n‹o possuir
porte de arma e sequer tem o instrumento registrado em seu nome. Afirma,
tambŽm, que a arma fora adquirida para que pudesse se proteger, pois um
desafeto o amea•ara, prometendo-lhe agress‹o f’sica futura. Nesse
contexto, Ž correto afirmar que Teot™nio:
a) cometeu crime de porte de arma de fogo de uso permitido.
b) cometeu crime de porte ou posse de arma de fogo com numera•‹o
suprimida.
c) cometeu crime de posse de arma de fogo de uso permitido.
d) N‹o cometeu crime.
e) cometeu crime de porte ou posse de arma fogo de uso restrito.

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QUESTÌO 21 - TJ-RJ - Juiz Substituto Ð 2016 Ð VUNESP.


Bonaparte, com o objetivo de matar Wellington, aciona o gatilho com o
objetivo de efetuar um disparo de arma de fogo na dire•‹o deste œltimo.
Todavia, a arma n‹o dispara na primeira tentativa. Momentos antes de
efetuar uma segunda tentativa, Bonaparte ouve Òao longe" um barulho
semelhante a Òsirenes" de viatura e, diante de tal fato, guarda a arma de
fogo que carregava, deixando o local calmamente, n‹o sem antes proferir a
seguinte frase a Wellington: Òna pr—xima, eu te pego". Momentos ap—s,
Bonaparte Ž abordado na rua por policiais e tem apreendida a arma de fogo
por ele utilizada. A arma de fogo era de uso permitido, estava registrada em
nome de Bonaparte, mas este n‹o possu’a autoriza•‹o para port‡-la. No
momento da abordagem e apreens‹o, tambŽm foi constatado pelos policiais
que a arma de fogo apreendida em poder de Bonaparte estava sem
muni•›es, pois ele havia esquecido de munici‡-la.
Diante dos fatos narrados e da atual jurisprud•ncia do Supremo Tribunal
Federal, Ž correto afirmar que Bonaparte poder‡ ser responsabilizado
a) pelos crimes de amea•a e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) pelos crimes de amea•a e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
c) pelos crimes de homic’dio tentado, amea•a e porte ilegal de arma de fogo
de uso permitido.
d) pelo crime de amea•a, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado pelo crime
de porte ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar desmuniciada no
momento da apreens‹o.
e) pelo crime de homic’dio tentado, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado
pelo crime de posse ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar
desmuniciada no momento da apreens‹o.

QUESTÌO 22 - PC-AC - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2017 Ð


IBADE.
Acerca do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003), assinale a
alternativa correta.
a) O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Ž inafian•‡vel.
b) O propriet‡rio respons‡vel de empresa de seguran•a e transporte de
valores que deixar de registrar ocorr•ncia policial e de comunicar ˆ Pol’cia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo
que esteja sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato, incorrer‡ no crime de omiss‹o de cautela.
c) De acordo com a recente decis‹o do Superior Tribunal de Justi•a, aquele
que mantiver em seu poder uma arma de fogo de calibre permitido com
registro vencido, incorrer‡ na pr‡tica do crime de porte ilegal de arma de
fogo.

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d) No crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo. a pena Ž aumentada em


um ter•o se a arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o forem de uso proibido ou
restrito.
e) O crime de omiss‹o de cautela consiste em deixar de observar as cautelas
necess‡rias para impedir que menor de 14 (catorze) anos ou pessoa
portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse.

QUESTÌO 23 - TJ-SC - Juiz Substituto Ð 2017 Ð FCC (adaptada).


O Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantŽm sob sua guarda
muni•‹o de arma de uso restrito comete o crime do art. 16 da Lei
n¡10.826/2003.

3.2 - Gabarito
1. E 13. ERRADO

2. E 14. ERRADO

3. A 15. CERTO

4. CERTO 16. ERRADO

5. ERRADO 17. ERRADO

6. ERRADO 18. CERTO

7. CERTO 19. CERTO

8. ERRADO 20. A

9. CERTO 21. B

10. CERTO 22. B

11. ERRADO 23. ERRADO

12. ERRADO

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3.3 - Quest›es Comentadas


QUESTÌO 01 Ð CODESA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FUNCAB.
Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n¡ 10.826, de 2003), Ž correto
afirmar que:
a) a supress‹o de sinal identificador de arma de fogo Ž conduta equiparada
ao porte de arma de fogo de uso permitido.
b) h‡ norma penal no Estatuto do Desarmamento tratando dos artefatos
explosivos, mas n‹o dos incendi‡rios.
c) se o comŽrcio Ž clandestino, n‹o se caracteriza o crime de comŽrcio ilegal
de arma de fogo.
d) constitui crime previsto na lei0especial disparar culposamente arma de
fogo em dire•‹o ˆ via pœblica.
e) quando a arma de fogo Ž de uso restrito, posse e porte s‹o punidos pelo
mesmo tipo penal.

Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque, de acordo com o art. 16, a supress‹o de
sinal identificador equipara a conduta ˆ posse ou porte de arma de fogo de uso
restrito, e n‹o de uso permitido. A alternativa B est‡ incorreta porque o art. 16,
III, tipifica a conduta de quem possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato
explosivo ou incendi‡rio, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar. A alternativa C n‹o faz o menor sentido, n‹o Ž mesmo?
O crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo consiste justamente no comŽrcio de
arma de fogo sem autoriza•‹o ou em desacordo com a lei. A alternativa D est‡
incorreta porque n‹o h‡ previs‹o de modalidade culposa para o crime do art. 15.
GABARITO: E

QUESTÌO 02 - SEJUS-PI - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


NUCEPE.
TITO, policial civil, est‡ sendo amea•ado, decidiu ent‹o comprar um rev—lver
calibre 38, para ter uma arma extra. Vai atŽ o centro da cidade e compra de
Ant™nio um rev—lver calibre 38, com a numera•‹o raspada. Ant™nio, o
vendedor, 25 anos de idade, tambŽm, ofereceu a ele uma pistola de uso
exclusivo das for•as armadas. Marque a alternativa CORRETA.
a) TITO na condi•‹o de policial pode utilizar durante as suas dilig•ncias o
rev—lver comprado de Ant™nio como uma segunda arma.
b) Caso TITO deixe a arma comprada apenas em sua casa, n‹o h‡
cometimento de crime.
c) Caso TITO seja preso, poder‡ pagar uma fian•a estabelecida pelo
delegado, e ser solto.

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d) Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais t•m o


porte de arma de fogo regulado em Lei, devendo realizar comprova•‹o de
capacidade tŽcnica e de aptid‹o f’sica.
e) ƒ poss’vel aos residentes em ‡reas rurais, sendo maiores de 25 (vinte e
cinco) anos, que comprovarem depender do emprego de arma de fogo para
prover a subsist•ncia de sua fam’lia, a concess‹o do porte de arma de fogo
na categoria ca•ador para subsist•ncia.

Coment‡rios
Obviamente a conduta de Tito configura crime, pois ele comprou uma arma com
a numera•‹o raspada. Nesse caso, como a arma tem numera•‹o raspada, ser‡
equiparada ˆ arma de uso restrito para fins criminais, e por isso o crime ser‡
inafian•‡vel. Quando ˆ possibilidade de porte de arma para os agentes e guardas
prisionais, Ž necess‡ria a comprova•‹o de capacidade tŽcnica e de aptid‹o
psicol—gica, e n‹o f’sica.
GABARITO: E

QUESTÌO 03 - TJ-GO - Juiz Leigo Ð 2017 - CS-UFG.


Dentre os crime tipificados na Lei n. 10.826/2003, Ž de menor potencial
ofensivo o crime de
a) omiss‹o de cautela.
b) posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
c) porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
d) disparo de arma de fogo.
e) comŽrcio ilegal de arma de fogo.

Coment‡rios
Dentre os crimes apresentados, apenas a omiss‹o de cautela pode ser
considerado como infra•‹o penal de menor potencial ofensivo, com a pena
cominada de deten•‹o de um a dois anos, e multa.
GABARITO: A

QUESTÌO 04 - STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2015 Ð Cespe.


O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, muni•‹o ou um acess—rio
de uso restrito, sem autoriza•‹o, no exerc’cio de atividade comercial
constitui crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo, com a pena aumentada
pela metade.

Coment‡rios
Vamos relembrar o art. 17?

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Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou industrial,
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de presta•‹o de servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em resid•ncia.
Em primeiro lugar vemos que montar ou desmontar a arma de fogo s‹o condutas
previstas no crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo. Em segundo lugar, vemos
que, nos termos do art. 18, neste crime a pena Ž aumentada da metade se a
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o forem de uso proibido ou restrito.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 05 - TJDFT Ð Analista Judici‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunst‰ncia
qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou muni•‹o o fato
de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.

Coment‡rios
A reincid•ncia Ž uma agravante genŽrica, aplic‡vel a qualquer crime (art. 61 do
C—digo Penal). O Estatuto do Desarmamento n‹o traz qualquer men•‹o ˆ
reincid•ncia como qualificadora ou causa de aumento de pena, atŽ porque isso
n‹o faria sentido...
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 06 - TJ-RR Ð Analista Ð 2012 Ð Cespe.


Jonas, policial militar em servi•o velado no interior de uma viatura
descaracterizada em estacionamento pœblico pr—ximo a uma casa de
eventos, onde ocorria grande espet‡culo de mœsica, percebeu a presen•a de
Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que j‡ ostentava condena•‹o
transitada em julgado por crime de recepta•‹o. Na oportunidade, Jonas viu
que Mauro usou um pequeno canivete para abrir um autom—vel e neste
ingressou rapidamente. F‡bio, com dezessete anos de idade, e que
acompanhava Mauro, entrou pela porta direita do passageiro e sentou-se no
banco. Mauro usou o mesmo canivete para dar partida na igni•‹o do motor
e se evadir do local na condu•‹o do ve’culo. Jonas informou sobre o fato a
outros agentes em viaturas policiais, os quais, em dilig•ncias, localizaram o
ve’culo conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois
da abordagem. Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro,
foi apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um rev—lver
de calibre 38, municiado com dois projŽteis, do qual o portador n‹o tinha
qualquer registro ou porte legalmente v‡lido em seu nome.

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O canivete foi encontrado na posse de F‡bio.


Com refer•ncia ˆ situa•‹o hipotŽtica acima relatada, jugue os itens que se
seguem.
Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido,
previsto na lei que disp›e sobre o registro, a posse e a comercializa•‹o de
armas de fogo e muni•‹o.

Coment‡rios
Esta assertiva enorme tenta enganar voc• em apenas um detalhe: o crime
cometido foi o de PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. Vamos
relembrar as diferen•as entre os dois crimes?
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso
permitido, em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, no interior de sua
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o respons‡vel legal do estabelecimento ou empresa:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em dep—sito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso permitido, sem autoriza•‹o e em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 07 - TJ-SE Ð Analista Judici‡rio Ð 2014 Ð Cespe.


Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime o porte de
arma de fogo desmuniciada, que se caracteriza como delito de perigo
abstrato cujo objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social.

Coment‡rios
Exato! Este Ž o entendimento do STJ e do STF J
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 08 - DPE-PE Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð Cespe.


Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem autoriza•‹o
legal ou regulamentar, dois rev—lveres de calibre 38 desmuniciados e com
numera•›es raspadas.
Acerca dessa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item que se segue, com base
na jurisprud•ncia dominante dos tribunais superiores relativa a esse tema.

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O fato de as armas apreendidas estarem desmuniciadas n‹o tipifica o


crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em raz‹o
da total aus•ncia de potencial lesivo da conduta.

Coment‡rios
Porte de arma desmuniciada Ž crime sim! O STJ tem entendido que a conduta
n‹o ser‡ t’pica quando a arma n‹o estiver apta a realizar disparos e essa
condi•‹o seja comprovada em laudo pericial, mas isso Ž diferente de uma
arma em funcionamento, mas sem muni•‹o.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 09 Ð Juiz de Direito Ð 2015 Ð Cespe (adaptada).


O crime de omiss‹o de cautela, previsto no Estatuto do Desarmamento, Ž
delito omissivo, sendo a culpa na modalidade neglig•ncia o elemento
subjetivo do tipo.

Coment‡rios
Corret’ssimo! O crime de omiss‹o de cautela realmente Ž delito omissivo, e
o elemento subjetivo do tipo Ž a neglig•ncia. Vamos relembrar o art. 13?
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necess‡rias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

GABARITO: CERTO

QUESTÌO 10 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Segundo entendimento consolidado do STJ, a potencialidade lesiva da arma
Ž um dado dispens‡vel para a tipifica•‹o do delito de porte ilegal de arma
de fogo, pois o objeto jur’dico tutelado n‹o Ž a incolumidade f’sica, mas a
seguran•a pœblica e a paz social, colocados em risco com a posse ou o porte
de armas.

Coment‡rios
Aten•‹o aqui, pois o STJ deu sinais de mudan•a neste posicionamento, ao
considerar que n‹o h‡ crime se a arma n‹o estiver apta a realizar disparos.
Menciono, porŽm, que a quest‹o foi aplicada antes desses novos julgados, que
come•aram a aparecer em 2014.
GABARITO: CERTO

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QUESTÌO 11 - MPE-AC Ð Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe


(adaptada).
Responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo o respons‡vel legal de
empresa que mantenha sob sua guarda, sem autoriza•‹o, no interior de seu
local de trabalho, arma de fogo de uso permitido.

Coment‡rios
Este crime na realidade Ž o de posse irregular de arma de fogo de uso permitido,
tipificado pelo art. 12.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 12 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Se for poss’vel, mediante o uso de processos f’sico-qu’micos, recuperar
numera•‹o de arma de fogo que tenha sido raspada, estar‡ desconfigurado
o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, devendo a conduta
ser classificada como porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

Coment‡rios
O crime se consuma com a supress‹o da marca, nos termos do art. 16,
par‡grafo œnico, I.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 13 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Segundo entendimento do STJ, o porte de arma de fogo desmuniciada
configura delito previsto no Estatuto do Desamamento por ser crime de
perigo abstrato, entretanto o porte de muni•‹o desacompanhada da
respectiva arma Ž fato at’pico, visto que n‹o gera perigo ˆ incolumidade
pœblica.

Coment‡rios
O entendimento tradicional do STJ Ž no sentido de que porte irregular de
muni•‹o tambŽm Ž conduta t’pica, mas mais uma vez lembre-se do mais novo
julgado sobre o assunto. Ainda assim, esta quest‹o foi aplicada em momento
anterior, e por isso segue o entendimento tradicional.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 14 - Promotor de Justi•a Ð 2014 Ð Cespe (adaptada).


Os crimes de porte de arma de fogo de uso permitido e de disparo de arma
de fogo s‹o delitos inafian•‡veis, segundo entendimento do STF.

Coment‡rios
Aprendemos na aula de hoje que o STF considerou a classifica•‹o desses crimes

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como inafian•‡veis desarrazoada e, portanto, inconstitucional, j‡ que s‹o crimes


de mera conduta.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 15 - DPE-ES Ð Defensor Pœblico Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Tobias, maior, capaz, tenha sido abordado por policiais
militares quando trafegava em sua moto, tendo sido encontradas com ele
duas armas de uso restrito e muni•›es, e atestada, em exame pericial, a
impossibilidade de as armas efetuarem disparos. Nessa situa•‹o hipotŽtica,
resta caracterizado o delito de porte de arma de uso restrito, devendo Tobias
responder por crime œnico.

Coment‡rios
O posicionamento do STF Ž no sentido de que a o crime de porte de arma de fogo
se consuma independentemente de a arma estar municiada ou apresentando
regular funcionamento, enquanto o STJ entende que a arma quebrada levaria ˆ
atipicidade da conduta. Por outro lado, Tobias tambŽm portava muni•›es, o que
j‡ seria suficiente para tipificar o crime.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 16 - PC-BA Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Servidor pœblico alfandeg‡rio que, em servi•o de fiscaliza•‹o fronteiri•a,
permitir a determinado indiv’duo penalmente imput‡vel adentrar o territ—rio
nacional trazendo consigo, sem autoriza•‹o do —rg‹o competente e sem o
devido desembara•o, pistola de calibre 380 de fabrica•‹o estrangeira dever‡
responder pela pr‡tica do crime de facilita•‹o de contrabando, com infra•‹o
do dever funcional exclu’da a hip—tese de aplica•‹o do Estatuto do
Desarmamento.

Coment‡rios
O crime de tr‡fico internacional de armas de fogo prev• tambŽm a conduta de
Òfacilitar a entrada ou sa’daÓ das armas de fogo do territ—rio nacional sem
autoriza•‹o.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 17 - PC-TO Ð Delegado de Pol’cia Ð 2008 Ð Cespe.


Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Alfredo, imput‡vel, transportava em seu ve’culo um rev—lver de calibre 38,
quando foi abordado em uma opera•‹o policial de tr‰nsito. A dilig•ncia
policial resultou na localiza•‹o da arma, desmuniciada, embaixo do banco
do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram localizados 5
projŽteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou n‹o

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possuir autoriza•‹o legal para o porte da arma nem o respectivo certificado


de registro. O fato foi apresentado ˆ autoridade policial competente.
Nessa situa•‹o, caber‡ ˆ autoridade somente a apreens‹o da arma e das
muni•›es e a imediata libera•‹o de Alfredo, visto que, estando o armamento
desmuniciado, n‹o se caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo.

Coment‡rios
Depois de tudo que estudamos hoje, ficou f‡cil responder essa quest‹o, n‹o Ž
mesmo? Agora voc• j‡ sabe que, alŽm de o STF ter se posicionado pela ocorr•ncia
de crime mesmo quando a arma est‡ desmuniciada, o simples porte de muni•‹o
j‡ Ž suficiente para caracterizar o delito de porte ilegal.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 18 - MPE-SC - Promotor de Justi•a Ð Matutina - 2016


- MPE-SC.
O tipo penal do art. 15 da Lei n. 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento)
prev• pena de reclus‹o e multa para a conduta de disparar arma de fogo ou
acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas adjac•ncias, em via pœblica
ou em dire•‹o a ela, apresentando, contudo, uma ressalva que caracteriza
ser o crime referido de natureza subsidi‡ria, qual seja, desde que as
condutas acima referidas n‹o tenham como finalidade a pr‡tica de outro
crime.

Coment‡rios
Perfeito! A subsidiariedade do crime de disparo de arma de fogo Ž expressamente
prevista no tipo penal.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas
adjac•ncias, em via pœblica ou em dire•‹o a ela, desde que essa conduta n‹o tenha como
finalidade a pr‡tica de outro crime:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 19 - TJ-PA - Titular de Servi•os de Notas e de


Registros Ð Provimento Ð 2016 - IESES (adaptada).
A lei 10.826/03 (Lei do desarmamento), passou a tipificar a conduta
consistente em vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma
de fogo, acess—rio, muni•‹o ou explosivo a crian•a ou adolescente,
derrogando disposi•‹o semelhante prevista na Lei 8.069/90 (Estatuto da
Crian•a e do Adolescente).

Coment‡rios
Esta conduta espec’fica est‡ tipificada no art. 16, par‡grafo œnico, V do Estatuto
do Desarmamento.

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GABARITO: CERTO

QUESTÌO 20 - PC-PA - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Durante uma opera•‹o policial de rotina, policiais rodovi‡rios federais
abordam o caminh‹o conduzido por Teot™nio. Revistado o ve’culo,
encontram um rev—lver calibre 38, contendo muni•›es intactas em seu
tambor, escondido no porta-luvas. Os policiais constatam, ainda, que a
numera•‹o de sŽrie do rev—lver n‹o est‡ vis’vel, sendo certo que per’cia
posterior concluiria que o desaparecimento se deu por oxida•‹o natural,
decorrente da a•‹o do tempo. Questionado, Teot™nio revela n‹o possuir
porte de arma e sequer tem o instrumento registrado em seu nome. Afirma,
tambŽm, que a arma fora adquirida para que pudesse se proteger, pois um
desafeto o amea•ara, prometendo-lhe agress‹o f’sica futura. Nesse
contexto, Ž correto afirmar que Teot™nio:
a) cometeu crime de porte de arma de fogo de uso permitido.
b) cometeu crime de porte ou posse de arma de fogo com numera•‹o
suprimida.
c) cometeu crime de posse de arma de fogo de uso permitido.
d) N‹o cometeu crime.
e) cometeu crime de porte ou posse de arma fogo de uso restrito.

Coment‡rios
O crime cometido por Teot™nio Ž o de porte de arma de fogo de uso permitido.
Se ele tivesse raspado a numera•‹o da arma, incorreria no crime de posse ou
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, conforme art. 16, par‡grafo œnico,
I.
GABARITO: A

QUESTÌO 21 - TJ-RJ - Juiz Substituto Ð 2016 Ð VUNESP.


Bonaparte, com o objetivo de matar Wellington, aciona o gatilho com o
objetivo de efetuar um disparo de arma de fogo na dire•‹o deste œltimo.
Todavia, a arma n‹o dispara na primeira tentativa. Momentos antes de
efetuar uma segunda tentativa, Bonaparte ouve Òao longe" um barulho
semelhante a Òsirenes" de viatura e, diante de tal fato, guarda a arma de
fogo que carregava, deixando o local calmamente, n‹o sem antes proferir a
seguinte frase a Wellington: Òna pr—xima, eu te pego". Momentos ap—s,
Bonaparte Ž abordado na rua por policiais e tem apreendida a arma de fogo
por ele utilizada. A arma de fogo era de uso permitido, estava registrada em
nome de Bonaparte, mas este n‹o possu’a autoriza•‹o para port‡-la. No
momento da abordagem e apreens‹o, tambŽm foi constatado pelos policiais
que a arma de fogo apreendida em poder de Bonaparte estava sem
muni•›es, pois ele havia esquecido de munici‡-la.

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Diante dos fatos narrados e da atual jurisprud•ncia do Supremo Tribunal


Federal, Ž correto afirmar que Bonaparte poder‡ ser responsabilizado
a) pelos crimes de amea•a e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) pelos crimes de amea•a e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
c) pelos crimes de homic’dio tentado, amea•a e porte ilegal de arma de fogo
de uso permitido.
d) pelo crime de amea•a, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado pelo crime
de porte ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar desmuniciada no
momento da apreens‹o.
e) pelo crime de homic’dio tentado, mas n‹o poder‡ ser responsabilizado
pelo crime de posse ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar
desmuniciada no momento da apreens‹o.

Coment‡rios
No caso apresentado pela quest‹o Bonaparte ser‡ responsabilizado inicialmente
pelo crime de amea•a, mas tambŽm pelo de porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido. Veja bem, a arma estava apta a realizar disparos, e por isso o novo
posicionamento do STJ n‹o se aplica, pois naquele caso estava-se falando de uma
arma quebrada, que n‹o era capaz de efetuar disparos. Neste caso estamos
diante da situa•‹o em que a arma est‡ funcionando perfeitamente, mas
Bonaparte esqueceu de municia-la. O fato de a arma estar sem muni•‹o n‹o
influencia na conforma•‹o do tipo penal.
GABARITO: B

QUESTÌO 22 - PC-AC - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2017 Ð


IBADE.
Acerca do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003), assinale a
alternativa correta.
a) O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Ž inafian•‡vel.
b) O propriet‡rio respons‡vel de empresa de seguran•a e transporte de
valores que deixar de registrar ocorr•ncia policial e de comunicar ˆ Pol’cia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo
que esteja sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato, incorrer‡ no crime de omiss‹o de cautela.
c) De acordo com a recente decis‹o do Superior Tribunal de Justi•a, aquele
que mantiver em seu poder uma arma de fogo de calibre permitido com
registro vencido, incorrer‡ na pr‡tica do crime de porte ilegal de arma de
fogo.
d) No crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo. a pena Ž aumentada em
um ter•o se a arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o forem de uso proibido ou
restrito.

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e) O crime de omiss‹o de cautela consiste em deixar de observar as cautelas


necess‡rias para impedir que menor de 14 (catorze) anos ou pessoa
portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse.

Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta. Caso o porte da arma de fogo de uso permitido
esteja no nome do agente, o crime ser‡ afian•‡vel.
A alternativa B est‡ correta, nos termos do art. 7¼. ¤1¼.
A alternativa C est‡ incorreta. O crime poss’vel aqui na realidade Ž o de posse
irregular de arma de fogo de uso permitido, tipificado pelo art. 12.
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso
permitido, em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, no interior de sua
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular
ou o respons‡vel legal do estabelecimento ou empresa:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa.
A alternativa D est‡ incorreta. No crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo, se a
arma for de uso proibido ou restrito, o aumento de pena ser‡ de metade, nos
termos do art. 19.
COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou industrial,
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de presta•‹o de servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em resid•ncia.
[...]
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena Ž aumentada da metade se a arma
de fogo, acess—rio ou muni•‹o forem de uso proibido ou restrito.

A alternativa E est‡ incorreta. O crime de omiss‹o de cautela envolve a


inobserv‰ncia das cautelas necess‡rias para que menor de 18 anos ou pessoa
portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de fogo.
GABARITO: B

QUESTÌO 23 - TJ-SC - Juiz Substituto Ð 2017 Ð FCC (adaptada).


O Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantŽm sob sua guarda
muni•‹o de arma de uso restrito comete o crime do art. 16 da Lei
n¡10.826/2003.

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Coment‡rios
A assertiva est‡ errada. Segundo posicionamento j‡ adotado pelo STF, o
Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantŽm sob sua guarda muni•‹o
de arma de uso restrito n‹o comete o crime do art. 16 da Lei 10.826/2003.
GABARITO: ERRADO

4 - Resumo da Aula
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza•‹o de
estudos de voc•s, a cada ciclo de estudos Ž fundamental
retomar esses resumos.

CRIMES TIPIFICADOS PELO ESTATUTO DO DESARMAMENTO

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE


DE USO PERMITIDO FOGO DE USO RESTRITO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir,
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso fornecer, receber, ter em dep—sito,
permitido, em desacordo com determina•‹o transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
legal ou regulamentar, no interior de sua emprestar, remeter, empregar, manter sob
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda sua guarda ou ocultar arma de fogo,
no seu local de trabalho, desde que seja o acess—rio ou muni•‹o de uso proibido ou
titular ou o respons‡vel legal do restrito, sem autoriza•‹o e em desacordo
estabelecimento ou empresa: com determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, Pena Ð reclus‹o, de 3 (tr•s) a 6 (seis) anos,
e multa. e multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas incorre
quem:
I Ð suprimir ou alterar marca, numera•‹o ou
qualquer sinal de identifica•‹o de arma de
fogo ou artefato;
II Ð modificar as caracter’sticas de arma de
fogo, de forma a torn‡-la equivalente a arma
de fogo de uso proibido ou restrito ou para
fins de dificultar ou de qualquer modo induzir
a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III Ð possuir, detiver, fabricar ou empregar
artefato explosivo ou incendi‡rio, sem
autoriza•‹o ou em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar;
IV Ð portar, possuir, adquirir, transportar ou
fornecer arma de fogo com numera•‹o,
marca ou qualquer outro sinal de

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identifica•‹o raspado, suprimido ou


adulterado;
V Ð vender, entregar ou fornecer, ainda que
gratuitamente, arma de fogo, acess—rio,
muni•‹o ou explosivo a crian•a ou
adolescente; e
VI Ð produzir, recarregar ou reciclar, sem
autoriza•‹o legal, ou adulterar, de qualquer
forma, muni•‹o ou explosivo.

OMISSÌO DE CAUTELA COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO


Art. 13. Deixar de observar as cautelas Art. 17. Adquirir, alugar, receber,
necess‡rias para impedir que menor de 18 transportar, conduzir, ocultar, ter em
(dezoito) anos ou pessoa portadora de dep—sito, desmontar, montar, remontar,
defici•ncia mental se apodere de arma de adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de qualquer forma utilizar, em proveito pr—prio
sua propriedade: ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial
ou industrial, arma de fogo, acess—rio ou
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos,
muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo
e multa.
com determina•‹o legal ou regulamentar:
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito)
incorrem o propriet‡rio ou diretor
anos, e multa.
respons‡vel de empresa de seguran•a e
transporte de valores que deixarem de Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade
registrar ocorr•ncia policial e de comunicar ˆ comercial ou industrial, para efeito deste
Pol’cia Federal perda, furto, roubo ou outras artigo, qualquer forma de presta•‹o de
formas de extravio de arma de fogo, servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou
acess—rio ou muni•‹o que estejam sob sua clandestino, inclusive o exercido em
guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas resid•ncia.
depois de ocorrido o fato.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE TRçFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE


USO PERMITIDO FOGO
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, Art. 18. Importar, exportar, favorecer a
receber, ter em dep—sito, transportar, ceder, entrada ou sa’da do territ—rio nacional, a
ainda que gratuitamente, emprestar, qualquer t’tulo, de arma de fogo, acess—rio ou
remeter, empregar, manter sob guarda ou muni•‹o, sem autoriza•‹o da autoridade
ocultar arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, competente:
de uso permitido, sem autoriza•‹o e em
Pena Ð reclus‹o de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
desacordo com determina•‹o legal ou
e multa.
regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos, e multa.

DISPARO DE ARMA DE FOGO


Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar
muni•‹o em lugar habitado ou em suas
adjac•ncias, em via pœblica ou em dire•‹o a
ela, desde que essa conduta n‹o tenha como
finalidade a pr‡tica de outro crime:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos, e multa.

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LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð PC-SP (ESCRIVÌO)
Teoria e Quest›es
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Hoje os Tribunais Superiores entendem que o crime de porte de arma de fogo se


consuma independentemente de a arma estar municiada, mas o STJ entende que,
se laudo pericial reconhecer a total inefic‡cia da arma de fogo e das muni•›es,
deve ser reconhecida a atipicidade da conduta.

Arma de fogo de uso permitido Ž aquela cuja utiliza•‹o Ž autorizada a pessoas


f’sicas, bem como a pessoas jur’dicas, de acordo com as normas do Comando do
ExŽrcito e nas condi•›es previstas no Estatuto do Desarmamento.

Arma de fogo de uso restrito Ž aquela de uso exclusivo das For•as Armadas,
de institui•›es de seguran•a pœblica e de pessoas f’sicas e jur’dicas habilitadas,
devidamente autorizadas pelo Comando do ExŽrcito, de acordo com legisla•‹o
espec’fica.

O estabelecimento que comercializar arma de fogo de uso permitido Ž


obrigado a comunicar ˆ Pol’cia Federal, mensalmente, as vendas e a quantidade
de armas em estoque, respondendo legalmente por essas mercadorias, que
ficar‹o registradas como de sua propriedade enquanto n‹o forem vendidas,
sujeitos seus respons‡veis ˆs penas previstas em lei.

O Porte de Arma de Fogo Ž pessoal, intransfer’vel e revog‡vel a qualquer


tempo, sendo v‡lido apenas com rela•‹o ˆ arma nele especificada e com a
apresenta•‹o do documento de identifica•‹o do portador.

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5 - Considera•›es Finais
Conclu’mos aqui nossa aula demonstrativa. Espero que voc• tenha gostado e
opte por preparar-se com o EstratŽgia. Se tiver dœvidas, utilize nosso f—rum.
Estou sempre ˆ disposi•‹o tambŽm no e-mail e nas redes sociais.

Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es

professorpauloguimaraes@gmail.com

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