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Aula 00
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð PC-SP (ESCRIVÌO)
Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es
AULA 00
LEI N¼ 10.826/03 (ESTATUTO DO
DESARMAMENTO).
Sum‡rio
Sum‡rio .................................................................................................. 1!
1 - Considera•›es Iniciais .......................................................................... 2!
2 - Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03) ........................................ 4!
2.1 - Dos Crimes e das Penas .................................................................. 5!
3 - Quest›es .......................................................................................... 12!
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios ........................................................... 12!
3.2 - Gabarito ...................................................................................... 18!
3.3 - Quest›es Comentadas .................................................................. 19!
4 - Resumo da Aula................................................................................. 30!
5 - Considera•›es Finais .......................................................................... 33!
@profpauloguimaraes
Esse crime Ž cometido por quem possui ou mantŽm arma de uso permitido
em sua resid•ncia ou local de trabalho de forma irregular.
O STF j‡ decidiu que a mera diverg•ncia quanto ˆ origem da fabrica•‹o da arma
n‹o seria suficiente para caracterizar o crime em quest‹o.
O STJ, por sua vez, j‡ decidiu que pode haver crime de posse irregular de arma
de fogo de uso permitido quando o agente possuir, no interior de sua resid•ncia,
armas de fogo e muni•›es com os registros vencidos, e tambŽm j‡ decidiu que
essa conduta n‹o configura crime. Confuso, nŽ!?
OMISSÌO DE CAUTELA
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necess‡rias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas incorrem o propriet‡rio ou diretor respons‡vel de
empresa de seguran•a e transporte de valores que deixarem de registrar ocorr•ncia policial
e de comunicar ˆ Pol’cia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma
de fogo, acess—rio ou muni•‹o que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)
horas depois de ocorrido o fato.
O agente deste crime Ž aquele que manipula a arma de fogo ilegalmente. N‹o
confunda este crime com o de posse irregular, pois naquele caso o agente apenas
tem a posse ou guarda da arma em sua resid•ncia ou local de trabalho, enquanto
neste crime o agente manipula a arma, praticando uma das condutas previstas.
Mas e se a arma n‹o estiver carregada? E se estiver danificada, de forma que
n‹o seja poss’vel disparar? O STF e o STJ j‡ mudaram de posicionamento
algumas vezes sobre isso. O atual entendimento Ž no sentido de que, para que o
crime de porte de arma de fogo se consume, n‹o Ž necess‡rio que a arma esteja
municiada.
ƒ importante salientar, porŽm, que o STJ tem entendido que, se a arma n‹o est‡
apta a disparar, n‹o h‡ crime, conforme voc• pode verificar no julgado abaixo,
de agosto de 2014:
classifica•‹o do crime de porte ilegal de arma de fogo como de perigo abstrato traz, em seu
arcabou•o te—rico, a presun•‹o, pelo pr—prio tipo penal, da probabilidade de vir a ocorrer
algum dano pelo mau uso da arma. Com isso, flagrado o agente portando um objeto eleito
como arma de fogo, temos um fato provado Ð o porte do instrumento Ð e o nascimento de
duas presun•›es, quais sejam, de que o objeto Ž de fato arma de fogo, bem como tem
potencial lesivo. No entanto, verificado por per’cia que o estado atual do objeto apreendido
n‹o viabiliza sequer a sua inclus‹o no conceito tŽcnico de arma de fogo, pois quebrado e,
consequentemente, inapto para realiza•‹o de disparo, n‹o h‡ como caracterizar o fato como
crime de porte ilegal de arma de fogo. Nesse caso, tem-se, indubitavelmente, o rompimento
da liga•‹o l—gica entre o fato provado e as mencionadas presun•›es.
AgRg no AREsp 397.473-DF, Rel. Min. Marco AurŽlio Bellizze, julgado em 19/8/2014.
Par‡grafo œnico. O crime previsto neste artigo Ž inafian•‡vel, salvo quando a arma de
fogo estiver registrada em nome do agente.
Ainda sobre esses crimes quero chamar sua aten•‹o para mais um julgado.
Um Delegado de Pol’cia Civil foi denunciado pelos crimes de posse e porte ilegal
de arma de fogo de uso permitido. Basicamente o que ele fez foi levar para casa
uma arma registrada na Divis‹o de Fiscaliza•‹o de Armas e Explosivos do Rio de
Janeiro, alŽm de 48 muni•›es. AlŽm disso, o Delegado tambŽm portou um
rev—lver registrado no mesmo —rg‹o. O Delegado foi denunciado pelos crimes
tipificados nos arts. 12 e 14, respectivamente.
Considerando que a lei determina que, para a aquisi•‹o de arma de fogo, esta
deve ser registrada junto ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e que, para
regulamenta•‹o da posse e do porte, s‹o necess‡rios, respectivamente,
certificado de registro e autoriza•‹o para porte de arma, documentos expedidos
pela Pol’cia Federal mediante comprova•‹o do preenchimento de diversos
requisitos pelo interessado, n‹o temos muita dœvida de que o Delegado
efetivamente incorreu nas condutas t’picas trazidas pelo Estatuto.
Houve tentativa de argumentar no sentido de que, por ser Delegado de Pol’cia, o
rŽu estaria autorizado a portar arma. Em que pese haver previs‹o legal neste
sentido, ainda assim as armas n‹o haviam sido devidamente registradas, e por
isso a conduta continua sendo socialmente reprov‡vel.
Este crime Ž mais grave que o previsto nos arts. 12 e 14. Isso Ž perfeitamente
compreens’vel, pois as armas de fogo de uso restrito em geral t•m um poder
destrutivo muito maior que as de uso permitido.
A conduta do inciso I Ž praticada n‹o s— por aquele que raspa a numera•‹o da
arma, mas tambŽm por quem dificulta sua identifica•‹o de qualquer outra forma
(raspando o emblema do fabricante, por exemplo).
O inciso II trata do crime cometido, por exemplo, por armeiro que utiliza seus
conhecimentos tŽcnicos para operar modifica•‹o na arma, de forma a tornar a
arma de uso permitido t‹o potente quanto a de uso restrito, ou, ainda, daquele
que a modifica para enganar o policial, perito ou juiz.
O artefato explosivo ou incendi‡rio mencionado pelo inciso III precisa ser algo de
consider‡vel poder destrutivo. N‹o h‡ problema em transportar roj›es para soltar
nas festas juninas, ok? J
O STJ j‡ decidiu que o conselheiro de Tribunal de Contas Estadual que mantŽm
sob sua guarda muni•‹o de arma de uso restrito n‹o comete o crime (APn 657-
PB, Rel. Min. Jo‹o Ot‡vio de Noronha, j. 21.10.2015, DJe 29.10.2015).
Devemos lembrar tambŽm que a partir da Lei n. 13.491/2017 o crime de posse
ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito passou a ser considerado crime
hediondo, tendo sido inclu’do no rol da Lei n. 8.072/1990. Por essa raz‹o
tambŽm o crime passou a ser considerado inafian•‡vel.
Quanto ˆ jurisprud•ncia, quero chamar sua aten•‹o para um julgado de 2017
acerca das granadas de g‡s lacrimog•neo e g‡s de pimenta.
No caso o rŽu foi denunciado pela pr‡tica do crime de posse de artefato explosivo
por estar portando granadas de g‡s lacrimog•neo e de g‡s de pimenta. A
controvŽrsia, portanto, gira em torno da adequa•‹o dessa conduta ao tipo penal
do art. 16, par‡grafo œnico, III.
N‹o h‡ discuss‹o, portanto, sobre a tipicidade do ato praticado por quem porta
artefato explosivo. A discuss‹o est‡ relacionada ˆ defini•‹o de explosivo, e ap
fato de essa defini•‹o alcan•ar ou n‹o as granadas de g‡s lacrimog•neo e g‡s de
pimenta. O Tribunal deu defini•‹o tŽcnica para o que seria um explosivo. A
defini•‹o, por sinal, Ž bastante interessante.
Este crime Ž pr—prio, pois somente pode ser cometido por quem pratica
atividade comercial ou industrial. Perceba que o par‡grafo œnico equipara
algumas atividades ˆ atividade comercial ou industrial para essas finalidades. O
armeiro que exerce a atividade irregularmente, por exemplo, incorre neste crime.
Para este crime, assim como para o TRçFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE
FOGO, haver‡ aumento de pena da metade se se a arma de fogo, acess—rio,
ou muni•‹o for de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena Ž aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos —rg‹os e empresas referidas nos arts. 6o,
7o e 8o desta Lei.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 s‹o insuscet’veis de liberdade provis—ria.
Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por meio da ADIN
3.112-1.
3 - Quest›es
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios
QUESTÌO 01 Ð CODESA - Guarda Portu‡rio Ð 2016 Ð FUNCAB.
Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n¡ 10.826, de 2003), Ž correto
afirmar que:
a) a supress‹o de sinal identificador de arma de fogo Ž conduta equiparada
ao porte de arma de fogo de uso permitido.
b) h‡ norma penal no Estatuto do Desarmamento tratando dos artefatos
explosivos, mas n‹o dos incendi‡rios.
c) se o comŽrcio Ž clandestino, n‹o se caracteriza o crime de comŽrcio ilegal
de arma de fogo.
d) constitui crime previsto na lei especial disparar culposamente arma de
fogo em dire•‹o ˆ via pœblica.
e) quando a arma de fogo Ž de uso restrito, posse e porte s‹o punidos pelo
mesmo tipo penal.
3.2 - Gabarito
1. E 13. ERRADO
2. E 14. ERRADO
3. A 15. CERTO
8. ERRADO 20. A
9. CERTO 21. B
12. ERRADO
Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque, de acordo com o art. 16, a supress‹o de
sinal identificador equipara a conduta ˆ posse ou porte de arma de fogo de uso
restrito, e n‹o de uso permitido. A alternativa B est‡ incorreta porque o art. 16,
III, tipifica a conduta de quem possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato
explosivo ou incendi‡rio, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar. A alternativa C n‹o faz o menor sentido, n‹o Ž mesmo?
O crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo consiste justamente no comŽrcio de
arma de fogo sem autoriza•‹o ou em desacordo com a lei. A alternativa D est‡
incorreta porque n‹o h‡ previs‹o de modalidade culposa para o crime do art. 15.
GABARITO: E
Coment‡rios
Obviamente a conduta de Tito configura crime, pois ele comprou uma arma com
a numera•‹o raspada. Nesse caso, como a arma tem numera•‹o raspada, ser‡
equiparada ˆ arma de uso restrito para fins criminais, e por isso o crime ser‡
inafian•‡vel. Quando ˆ possibilidade de porte de arma para os agentes e guardas
prisionais, Ž necess‡ria a comprova•‹o de capacidade tŽcnica e de aptid‹o
psicol—gica, e n‹o f’sica.
GABARITO: E
Coment‡rios
Dentre os crimes apresentados, apenas a omiss‹o de cautela pode ser
considerado como infra•‹o penal de menor potencial ofensivo, com a pena
cominada de deten•‹o de um a dois anos, e multa.
GABARITO: A
Coment‡rios
Vamos relembrar o art. 17?
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou industrial,
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de presta•‹o de servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em resid•ncia.
Em primeiro lugar vemos que montar ou desmontar a arma de fogo s‹o condutas
previstas no crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo. Em segundo lugar, vemos
que, nos termos do art. 18, neste crime a pena Ž aumentada da metade se a
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o forem de uso proibido ou restrito.
GABARITO: CERTO
Coment‡rios
A reincid•ncia Ž uma agravante genŽrica, aplic‡vel a qualquer crime (art. 61 do
C—digo Penal). O Estatuto do Desarmamento n‹o traz qualquer men•‹o ˆ
reincid•ncia como qualificadora ou causa de aumento de pena, atŽ porque isso
n‹o faria sentido...
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
Esta assertiva enorme tenta enganar voc• em apenas um detalhe: o crime
cometido foi o de PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. Vamos
relembrar as diferen•as entre os dois crimes?
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso
permitido, em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, no interior de sua
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o respons‡vel legal do estabelecimento ou empresa:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
Exato! Este Ž o entendimento do STJ e do STF J
GABARITO: CERTO
Coment‡rios
Porte de arma desmuniciada Ž crime sim! O STJ tem entendido que a conduta
n‹o ser‡ t’pica quando a arma n‹o estiver apta a realizar disparos e essa
condi•‹o seja comprovada em laudo pericial, mas isso Ž diferente de uma
arma em funcionamento, mas sem muni•‹o.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
Corret’ssimo! O crime de omiss‹o de cautela realmente Ž delito omissivo, e
o elemento subjetivo do tipo Ž a neglig•ncia. Vamos relembrar o art. 13?
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necess‡rias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de defici•ncia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
GABARITO: CERTO
Coment‡rios
Aten•‹o aqui, pois o STJ deu sinais de mudan•a neste posicionamento, ao
considerar que n‹o h‡ crime se a arma n‹o estiver apta a realizar disparos.
Menciono, porŽm, que a quest‹o foi aplicada antes desses novos julgados, que
come•aram a aparecer em 2014.
GABARITO: CERTO
Coment‡rios
Este crime na realidade Ž o de posse irregular de arma de fogo de uso permitido,
tipificado pelo art. 12.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
O crime se consuma com a supress‹o da marca, nos termos do art. 16,
par‡grafo œnico, I.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
O entendimento tradicional do STJ Ž no sentido de que porte irregular de
muni•‹o tambŽm Ž conduta t’pica, mas mais uma vez lembre-se do mais novo
julgado sobre o assunto. Ainda assim, esta quest‹o foi aplicada em momento
anterior, e por isso segue o entendimento tradicional.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
Aprendemos na aula de hoje que o STF considerou a classifica•‹o desses crimes
Coment‡rios
O posicionamento do STF Ž no sentido de que a o crime de porte de arma de fogo
se consuma independentemente de a arma estar municiada ou apresentando
regular funcionamento, enquanto o STJ entende que a arma quebrada levaria ˆ
atipicidade da conduta. Por outro lado, Tobias tambŽm portava muni•›es, o que
j‡ seria suficiente para tipificar o crime.
GABARITO: CERTO
Coment‡rios
O crime de tr‡fico internacional de armas de fogo prev• tambŽm a conduta de
Òfacilitar a entrada ou sa’daÓ das armas de fogo do territ—rio nacional sem
autoriza•‹o.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
Depois de tudo que estudamos hoje, ficou f‡cil responder essa quest‹o, n‹o Ž
mesmo? Agora voc• j‡ sabe que, alŽm de o STF ter se posicionado pela ocorr•ncia
de crime mesmo quando a arma est‡ desmuniciada, o simples porte de muni•‹o
j‡ Ž suficiente para caracterizar o delito de porte ilegal.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios
Perfeito! A subsidiariedade do crime de disparo de arma de fogo Ž expressamente
prevista no tipo penal.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar muni•‹o em lugar habitado ou em suas
adjac•ncias, em via pœblica ou em dire•‹o a ela, desde que essa conduta n‹o tenha como
finalidade a pr‡tica de outro crime:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
GABARITO: CERTO
Coment‡rios
Esta conduta espec’fica est‡ tipificada no art. 16, par‡grafo œnico, V do Estatuto
do Desarmamento.
GABARITO: CERTO
Coment‡rios
O crime cometido por Teot™nio Ž o de porte de arma de fogo de uso permitido.
Se ele tivesse raspado a numera•‹o da arma, incorreria no crime de posse ou
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, conforme art. 16, par‡grafo œnico,
I.
GABARITO: A
Coment‡rios
No caso apresentado pela quest‹o Bonaparte ser‡ responsabilizado inicialmente
pelo crime de amea•a, mas tambŽm pelo de porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido. Veja bem, a arma estava apta a realizar disparos, e por isso o novo
posicionamento do STJ n‹o se aplica, pois naquele caso estava-se falando de uma
arma quebrada, que n‹o era capaz de efetuar disparos. Neste caso estamos
diante da situa•‹o em que a arma est‡ funcionando perfeitamente, mas
Bonaparte esqueceu de municia-la. O fato de a arma estar sem muni•‹o n‹o
influencia na conforma•‹o do tipo penal.
GABARITO: B
Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta. Caso o porte da arma de fogo de uso permitido
esteja no nome do agente, o crime ser‡ afian•‡vel.
A alternativa B est‡ correta, nos termos do art. 7¼. ¤1¼.
A alternativa C est‡ incorreta. O crime poss’vel aqui na realidade Ž o de posse
irregular de arma de fogo de uso permitido, tipificado pelo art. 12.
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, de uso
permitido, em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, no interior de sua
resid•ncia ou depend•ncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular
ou o respons‡vel legal do estabelecimento ou empresa:
Pena Ð deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa.
A alternativa D est‡ incorreta. No crime de comŽrcio ilegal de arma de fogo, se a
arma for de uso proibido ou restrito, o aumento de pena ser‡ de metade, nos
termos do art. 19.
COMƒRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em dep—sito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor ˆ venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito pr—prio ou alheio, no exerc’cio de atividade comercial ou industrial,
arma de fogo, acess—rio ou muni•‹o, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentar:
Pena Ð reclus‹o, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Par‡grafo œnico. Equipara-se ˆ atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de presta•‹o de servi•os, fabrica•‹o ou comŽrcio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em resid•ncia.
[...]
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena Ž aumentada da metade se a arma
de fogo, acess—rio ou muni•‹o forem de uso proibido ou restrito.
Coment‡rios
A assertiva est‡ errada. Segundo posicionamento j‡ adotado pelo STF, o
Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantŽm sob sua guarda muni•‹o
de arma de uso restrito n‹o comete o crime do art. 16 da Lei 10.826/2003.
GABARITO: ERRADO
4 - Resumo da Aula
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza•‹o de
estudos de voc•s, a cada ciclo de estudos Ž fundamental
retomar esses resumos.
Arma de fogo de uso restrito Ž aquela de uso exclusivo das For•as Armadas,
de institui•›es de seguran•a pœblica e de pessoas f’sicas e jur’dicas habilitadas,
devidamente autorizadas pelo Comando do ExŽrcito, de acordo com legisla•‹o
espec’fica.
5 - Considera•›es Finais
Conclu’mos aqui nossa aula demonstrativa. Espero que voc• tenha gostado e
opte por preparar-se com o EstratŽgia. Se tiver dœvidas, utilize nosso f—rum.
Estou sempre ˆ disposi•‹o tambŽm no e-mail e nas redes sociais.
Grande abra•o!
Paulo Guimar‹es
professorpauloguimaraes@gmail.com
www.facebook.com/profpauloguimaraes
@profpauloguimaraes
(61) 99607-4477