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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Apocalipse 11.3-12: “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e
sessenta dias, vestidas de pano de saco. 4 - Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão
diante do Deus da terra. 5 - E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará
os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. 6 - Estas têm
poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas
para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes
quiserem. 7 - E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra,
e as vencerá, e as matará. 8 - E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que,
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado. 9 - E
homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por três dias e meio, e
não permitirão que o seu corpo morto seja posto em sepulcros. 10 - E os que habitam na terra se
regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois
profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra. 11 - E, depois daqueles três dias e
meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande
temor sobre os que os viram. 12 - E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E
subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram”.

TEXTO ÁUREO

“Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas,
e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e
depois de mim nenhum haverá”. Isaías 43.10

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira –1 Crônicas 16.15-22: Não toqueis nos meus ungidos;

3ª feira – Mateus 5.14-16: Resplandecendo como luz no mundo;

4ª feira – João 5.28,29: A ressurreição da vida;

5ª feira – Atos 1.8-11: Poder para testemunhar;

6ª feira – Atos 13.1-3: Profetas na Igreja do Senhor;

Sábado – 1 Tessalonicenses 4.15-17: Os salvos serão arrebatados

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:


I. analisar a missão das duas testemunhas no contexto escatológico desta lição;

II. conhecer as principais características do plano divino para uma vida de testemunho cristão
fidedigno;

III. conscientizar-se de que uma testemunha fiel e autêntica passa por perseguição ou até mesmo
pela morte, como as duas testemunhas.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS Caro professor,

Nos dias que antecedem a sua aula, é impreterível que haja planejamento; portanto, pense em qual
método você utilizará na condução do processo de ensino-aprendizagem. Um dos métodos mais
utilizados em classe é o da preleção (ou exposição oral), que está centralizado na figura do professor
— o que pode ser uma desvantagem —; todavia, se ele for empregado em alternância com outros,
tornar-se-á mais funcional. Trabalhos em grupo e debates contribuem para uma aula mais clara e
precisa, trazendo melhores resultados. A seguir, destacamos algumas sugestões para o uso do
método expositivo: - utilize-se de ilustrações para aclarar o tema; conheça seus ouvintes — isto
favorece a adequação da linguagem para que eles sejam alcançados pelo tema; - domine o assunto
que será ministrado em classe; - no final da aula, apresente uma síntese das ideias centrais da lição.
Adaptado de: CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 148-150. Boa aula!

COMENTÁRIO

Palavra introdutória

Nesta lição, estudaremos duas personagens misteriosas, referidas no Livro do Apocalipse apenas
como as duas testemunhas (Ap 11.3). O que se sabe a respeito dessas duas personalidades
escatológicas é que elas estão ligadas ao tempo da Grande Tribulação, quando o Anticristo se voltará
contra a nação de Israel, depois de profanar o templo (2 Ts 2.4; Ap 11.1,2). Essas testemunhas
profetizarão na cidade de Jerusalém e exercerão um ministério impactante e sobrenatural por 42
meses — 1.260 dias, ou três anos e meio. As duas testemunhas proclamarão uma nova etapa, um
novo mundo, onde não haverá morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4). Todos os que
aceitarem o dom de Deus, permanecerem fiéis e guardarem os mandamentos do Senhor serão
salvos e viverão felizes na presença do Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Logo que
terminarem a sua missão, as duas testemunhas serão mortas pela besta (Ap 11.7).
1. DUAS TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

Muitas especulações foram feitas no decorrer da História, a respeito da identidade das duas
testemunhas. Uma das correntes mais conhecidas defende que elas representam os dois
Testamentos (Antigo e Novo). Outros estudiosos, no entanto, afirmam que elas podem retratar duas
dispensações [como, por exemplo, Lei e Graça]. Outros comentaristas bíblicos, ainda, acreditam que
podem ser Josué e Zorobabel (Zc 4.3,12), ou João e Paulo (Jo 21.22,23; Fp 1.22-25), ou Enoque e
Elias (Gn 5.24; 2 Rs 2.11), ou, talvez, dois pregadores — um judeu e outro gentio. Porém, a hipótese
mais aceita pelos exegetas bíblicos, teólogos, comentaristas e estudantes da Bíblia versa que as duas
testemunhas, provavelmente, serão Moisés e Elias (Dt 34.6; Lc 9.30,31; Jd 1.9).

1.1. Testemunhas especiais

Essas duas testemunhas encontram-se no meio da septuagésima semana das visões escatológicas de
Daniel (Dn 9.24). Mesmo que este seja um período da falsa paz, em que haverá demonstrações de
poder e muitos sinais, elas se levantarão contra o Anticristo — para fazer oposição ao seu governo
autocrático e diabólico — e tentarão libertar o mundo da cegueira espiritual, pois as pessoas, nesse
período, o aclamarão como líder mundial e o adorarão, profanamente, como se fosse ele um deus (Is
14.13,14; 2 Ts 2.4). A coligação infernal — composta pelo Anticristo, pelo Falso Profeta, pelos
demônios e pelas nações ímpias que rejeitam e blasfemam contra o Deus verdadeiro (Ap 16.9) —
formará um único bloco maligno, que buscará a vitória pública, esmagadora e contundente do diabo
e, por essa razão, se posicionará contra as duas testemunhas (Ap 11.3).
1.2. Castiçais e oliveiras

No decurso de três anos e meio, despontará um fato que comprovará a origem divina das duas
testemunhas, simbolizadas no Apocalipse como castiçais e oliveiras que estão diante do Deus da
terra (Ap 11.4b). Como castiçais, elas refletirão a luz divina e iluminarão o mundo, envolto em
trevas. Como oliveiras (árvore que produz azeitona, e de cujo fruto se extrai o azeite), representarão
a unção do Espírito Santo. Ungidas, separadas e enviadas pelo Senhor todo-poderoso, as duas
testemunhas serão instrumentos vivos da glória de Deus (Lc 4.18,19). As testemunhas são descritas
como duas oliveiras e dois castiçais. [...] O princípio universal para essas e todas as outras
testemunhas do Senhor é que o testemunho delas pela verdade não é por força, nem por violência,
mas pelo Espírito do Senhor (Zc 4.6) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p. 778).

1.3. Profetas na terra dos profetas

As duas testemunhas proclamarão as palavras de Deus em Israel, terra dos profetas. Jerusalém, a
cidade inesquecível, amada e reverenciada por judeus em todos os lugares do mundo, será o palco
principal dos eventos mais importantes do tempo do fim. As testemunhas-profetas do Senhor
exercerão suas atividades precisamente onde tudo começou e onde tudo terminará (Ap 11.8,9). O
propósito divino para as duas testemunhas é o de que sirvam como vozes proféticas no tempo do
fim. Elas alertarão as pessoas a buscarem o Senhor, enquanto houver oportunidade (Is 55.6);
anunciarão as punições e bênçãos prometidas, quando os reinos forem do Cristo de Deus (Ap 11.15);
profetizarão sobre a restauração espiritual, política, social e territorial de Israel, do remanescente
que fugirá para o deserto (Ap 12); e vaticinarão a derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap 17.14;
19.11-21). As duas testemunhas exercerão seu ministério profético durante o tempo
predeterminado pelo Senhor (Ap 11.3).

1.4. Vestimenta significativa

Os panos de saco (tecido grosseiro, fabricado com pelo de bode; conf. Ap 11.3) eram utilizados por
aqueles que pranteavam — Jacó (Gn 37.34); Davi (2 Sm 3.31); Acabe (1 Rs 21.27); Ezequias (2 Rs
19.1). Esse tipo de vestimenta traduz humildade e modéstia, mas, ao mesmo tempo, indica tristeza,
insatisfação e desconforto. Trajadas com tais vestes, as duas testemunhas, simbolicamente,
manifestarão seu desagrado e discordância em relação à situação causada pelos agentes do mal.

2. TESTEMUNHAS PODEROSAMENTE CAPACITADAS POR DEUS

Para desenvolverem a sua missão, as duas testemunhas escatológicas receberão, de Deus, poder (Ap
11.3) para enfrentar o governo do Anticristo, que opera por Satanás (Ap 13.2). Vejamos, portanto,
como Deus as capacitará para enfrentar as forças das trevas (Ap 11.4).

2.1. O poder de Deus


Deus declara que as duas testemunhas são dele (minhas; conf. Ap 11.3) e que as dotará de poder —
como a Moisés e a Elias (Êx 7.19,20; Tg 5.17) —, a fim de que possam comprovar suas profecias e
executar, em última instância, Seus planos eternos. Durante três anos e meio, as duas personagens
escatológicas serão imbatíveis, poderosas e invencíveis. Como profetas, vaticinarão juízos divinos
sobre seus inimigos (Ap 11.5) e sobre a Natureza (Ap 11.6), e seus vaticínios se cumprirão
imediatamente — como aconteceu a Eliseu (2 Rs 5.27) e a Paulo (At 13.11). A aparência das duas
testemunhas é peculiar; elas estarão vestidas de saco (Ap 11.3), simbologia que indica tristeza,
humildade e lamento (Gn 37.34; 2 Sm 3.31). Elias e João Batista vestiram-se desta maneira (2 Rs 1.8;
Mt 3.4).

2.2. A manifestação do poder de Deus

Obras maravilhosas, fruto do incomparável poder do Senhor, aparecem em todo texto bíblico.
Lembremo-nos de algumas delas. Libertação de cativeiros — como ocorreu no Egito, após 430 anos
de escravidão (Êx 12.40,51) — e prisões — como aconteceu ao apóstolo Pedro (At 12.10).
Aniquilação dos inimigos de Deus e de todos os que se levantam contra Sua obra — como aconteceu
nos dias de Ezequias, rei de Judá (2 Rs 19.20-35). Provisão de alimentos — como aconteceu à viúva
de Sarepta e a seu filho (1 Rs 17.14-16) e no ministério do Senhor Jesus (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc
9.10-17; Jo 6.1-14). Proteção de todo mal (doenças, desastres, ataques e tragédias) — como
aconteceu ao patriarca Jacó (Gn 28.15; 35.3). Assim como aconteceu no passado, nos tempos do fim,
as duas testemunhas — investidas, revestidas e possuídas pelo poder de Deus — cumprirão
integralmente a missão divina.

3. QUATRO ETAPAS DA MISSÃO DAS TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS

O ministério das duas testemunhas subdivide-se em quatro etapas: perseguição, morte, ressurreição
e arrebatamento. Suas obras repercutirão no céu, no inferno, na terra — especialmente em Israel e
nações vizinhas — e nas regiões celestiais.

3.1. Perseguidas pelo império das trevas

A Escritura narra o sofrimento, a perseguição e até a morte (martírio) dos que servem ao Senhor
com fidelidade e incondicional retidão (Ez 3.25; Mt 10.16-18,21,22; Jo 15.20; 16.2; At 14.22; 2 Tm
3.12). As duas testemunhas escatológicas não escaparão à perseguição feroz e cruel que se levantará
por todos os lados, visando à sua destruição. Certamente, nesse tempo, os algozes desses servos de
Deus utilizarão os recursos midiáticos e tecnológicos disponíveis para este fim. E a mensagem que
propagarão será uma só: Eles são inimigos públicos do Estado, do sistema, do grande líder, das
instituições e da família. São perigosos porque se utilizam de forças estranhas, místicas e
assombrosas; por essa razão, precisam ser eliminados a qualquer custo.
3.2. Mortas pela besta, o Anticristo Ao fim de três anos e meio, o ministério público das duas
testemunhas terá fim.

Neste momento, o Anticristo fará guerra aos santos (Dn 7.21) e os vencerá (Ap 11.7). Os habitantes
da terra celebrarão a morte dos mensageiros de Deus e trocarão presentes (Ap 11.9,10). Tudo isso
acontecerá na cidade de Jerusalém, que é chamada, espiritualmente, de Sodoma e Egito, devido à
sua apostasia e pecado (Ap 11.8).

3.3. Ressuscitadas por Deus na praça de Jerusalém

Em sinal de infâmia e desonra, homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações impedirão que
as duas testemunhas sejam sepultadas. Todavia, após três dias e meio, os corpos jacentes na praça
ouvirão a voz de Deus e ressuscitarão (Jo 5.25; Ap 11.11) — como aconteceu no vale de ossos secos,
Deus trará à vida os seus servos (Ez 37.10). O impacto desse acontecimento confundirá o mundo. O
texto bíblico diz ainda que, naquela ocasião, as pessoas testemunharão — seja pela televisão ou por
quaisquer outros recursos midiáticos — o terremoto que abalará a cidade e tragará sete mil homens
(Ap 11.13); e acrescenta que os sobreviventes, muito atemorizados, darão glória ao Deus do céu (Ap
11.13b).

3.4. Arrebatadas aos céus

Deus chamará as duas testemunhas ao céu, e elas subirão em uma nuvem, sob os olhares
estupefatos dos seus perseguidores (Ap 11.12). Esse evento corrobora o arrebatamento dos mortos
salvos, que ressuscitaram e foram arrebatados ao céu — juntamente com os salvos vivos
transformados —, para encontrar-se com o Senhor Jesus (1 Ts 4.16-18).
O Anticristo, finalmente, receberá permissão para matar as duas testemunhas. Porém, ela (a besta)
não poderá matá-las, até que elas terminem o seu testemunho (WILLMINGTON, H. L. Central Gospel,
2015a, p. 683).

CONCLUSÃO

Deus sempre apresenta ao mundo um testemunho, para que ninguém fique inescusável diante Dele
— inclusive os homens cegos pelo Anticristo. Durante a Grande Tribulação, dois profetas do Senhor
se levantarão entre os homens, dando mostras de Seu imenso poder para julgar o mundo, destruir
Satanás e desmascarar o erro (Ap 11.3-6). Eles levarão ao reino do Anticristo — como Elias e Moisés
levaram a Acabe e Faraó (1 Rs 18.17; Êx 9.1-9,14) — o desassossego e a perturbação. ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO 1. Por que Deus levantará duas testemunhas escatológicas no meio da Grande
Tribulação? R.: Porque elas servirão de testemunho para o mundo. As duas testemunhas terão um
ministério semelhante ao de Moisés e Elias: elas serão vozes proféticas nesse tempo (Ap 11.2-19).

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