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TÍTULO IV

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
CONGRESSO NACIONAL

Antes de adentrarmos no artigo 44, nós precisamos relembrar o artigo 2º da constituição, o princípio
fundamental da separação dos poderes, os poderes são independentes porem harmônicos entre si, em termos práticos
significa que a função típica de um poder acaba sendo complementando pelo exercício da função típica do outro. Porem
para pensar no poder legislativo essencialmente qual é a função típica do poder legislativo? Legislar, é claro que ele
também tem a função típica de fiscalizar, mas das funções típicas sem dúvida nenhuma a mais importante função típica
do poder legislativo é atividade de legislar, é dizer o direito de forma abstrata, afinal de contas vivemos em um estado
democrático de direito, o direito existe para regular a vida da sociedade brasileira e esse direito é constituído em regra
pelo trabalho do poder legislativo que vai dizer de forma abstrata quais são as regras? Quais são as normas? Qual é
o direito que deve ser observado pela sociedade brasileira , então percebam que o legislador diz de forma abstrata
mas de nada adiantaria sua função se não existisse um outro poder, uma outra função estatal capaz de administrar a
vida em sociedade, surge então o poder executivo, função principal do poder executivo é administrar, é uma função
executiva mas sempre executar, administrar a vida em sociedade de acordo com as normas, de acordo com o direito
que foi colocado abstratamente pelo legislador.

Só que não adianta termos somente o legislativo e o executivo é fundamental também a presença do judiciário, a final
de contas ser tivermos um conflito na sociedade, um conflito no direito vigente, qual é o poder que tem a capacidade
de resolver esse conflito aplicando o direito ao caso concreto, aplicando a lei ao caso concreto? O poder judiciário.

É por isso que a função típica do poder judiciário vai ser o exercício da jurisdição, o exercício da atividade jurisdicional
e pra completar, essa teoria da separação dos poderes, da organização dos poderes em nossa constituição nós temos
que lembrar também que o judiciário possui como característica a inércia, o poder judiciário precisa ser provocado,
surge as funções essenciais da justiça o Ministério público, a advocacia pública, a advocacia privada e a defensoria
pública, nós podemos afirmar que essencialmente as funções essenciais da justiça além de outras importantes funções
que possui também, elas possui uma atividade essencial de provocar o poder judiciário.

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Comentário - O Congresso Nacional apresenta uma organização bicameral nós temos a existência de duas casas
legislativas, o senado federal que representa os estados e o distrito federal e a câmara dos deputados que representa
o povo, ahh porque que isso acontece? Porque a organização legislativa da união é bicameral? Justamente porque
vivemos em uma federação, o chamado bicameralismo federativo, o Senado é representado dos Estados, dos
Municípios que estão naquele estado e do Distrito Federal.

Se nos vivemos em uma federação, na formação do direito que vai ser colocado em abstrato a ser observado a toda a
sociedade é importante a participação dos próprios entes federativos, afinal de contas foram esses que abriram mão
de sua soberania em prol de uma soberania de um ente maior que a própria república federativa do brasil, por isso que
temos o senado ele faz parte do legislativo da união.

Já a câmara dos deputados representa o povo, a final de contas, na classe teórica de Montesquieu o poder Legislativo
é essencial mente o poder que representa o povo.

E essa formação bicameral ela só acontece no legislativo da união, se eu vou na constituição de qualquer estado eu
vou perceber que o legislativo de um estado possui uma organização unicameral com sua respectiva assembleia
legislativa tão somente.

Se eu vou no Distrito Federal eu também tenho uma organização unicameral, a Câmera Legislativa do Distrito Federal
e se eu vou em qualquer município brasileiro a câmara municipal.
Vamos falar especificamente da Câmara dos Deputados, do artigo 45 da CF/88, as informações básicas mais
comparativas como o senado federal nós analisamos na aula passada, mas é preciso ter cuidado com o texto do artigo
45, sobretudo, com os parágrafos.

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada
Estado, em cada Território e no Distrito Federal.

Comentário:
Então percebam eu tenho os representantes do povo reunidos onde? Na Câmara dos deputados, eles são eleitos pelo
sistema proporcional, afinal de contas onde houver povo precisa ter representatividade no âmbito da camara dos
deputados é por isso que temos a bancada dos estados, a bancada do distrito federal e caso haja a criação de um
novo território no brasil, esse novo território também terá direito a respectiva bancada, inclusive é sempre importante
lembrar do §2º

§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.

Comentário:

Então território tem direito a uma bancada na câmara dos deputados? Sim, composta por 04 deputados
Território tem direito a senador? Claro que não, território não é ente federativo!
Atualmente no brasil não temos nenhum território, além disso muito cuidado com o §1º

§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido
por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às
eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

Comentário:
Existe uma proporcionalidade a população de cada estado e do distrito federal para que haja uma definição ao número
de deputados federais na câmara dos deputados? Sim, mas essa proporcionalidade ela não é absoluta, ela não é
matematicamente exata, na verdade eu tenho um mínimo de oito e o máximo de setenta, isso ocorre porque um dos
objetivos da República Federativa do Brasil previstos no artigo 3º é a redução de desigualdades regionais se não
ocorresse isso. Os estados mais populosos teriam muito mais poder político na câmara dos deputados do que já tem,
já pensaram as emendas parlamentares, as verbas do orçamento, tudo que está atrelado a um deputado federal no
âmbito das câmaras dos deputados realmente a instituição precisa mesmo instituir o mínimo e no máximo para tentar
de certa forma reequilibrar as forças políticas entre os respectivos estados.

Esquematizando:

Vamos falar agora sobre o Senado Federal o artigo 46. Vejamos o que diz!!

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
majoritário.

Comentário:
Opa!! A Câmara dos Deputados representa o povo e a eleição pelo sistema proporcional. No Senado Federal temos
os representantes dos entes federativos, dos estados, do distrito federal, municípios. Então só existe senado federal
em razão da organização da federação brasileira. Território jamais terá senador, afinal de contas território não é ente
federativo.

§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
Comentário:
Oito anos de mandato ou dois períodos legislativos, enquanto o mandato de um deputado federal é uma legislatura, se
eu tenho um mandato de oito anos como vai ser feita a renovação do senado, afinal de contas nós temos eleições
gerais de quatro em quatro anos, então necessariamente em uma eleição para o senado nós temos a renovação de
1/3, na outra 2/3, é por isso que em determinada eleição a população de um estado é chamara a escolher um único
senador e na outra eleição desse mesmo estado é chamado a escolher 2 senadores, existe a renovação de 1/3 e a
renovação de 2/3 justamente por conta de um mandato de 8 anos.

§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente,
por um e dois terços.

Comentário:
Então eu tenho a renovação de 27 cadeiras em uma determinada eleição e uma renovação de 54 cadeiras em outra
eleição. Atenção também com o §3º

§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

Vamos falar do artigo 47, que no fundo é uma regra geral do processo legislativo. Qual é a maioria em regra para se
tomar uma decisão na câmara dos deputados, no senado federal, no âmbito do congresso nacional, qual o quórum de
presença, o numero mínimo de membros que eu preciso ter em cada casa legislativa é isso que o art 47 responde prá
gente.

Art 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada casa e de suas comissões serão tomadas
por maioria dos votos presente a maioria absoluta de seus membros.

Comentário: quórum de deliberação, quórum de maioria dos votos que é a mesma coisa que maioria simples, também
chamada de maioria relativa. Então regra nas casas do congresso nacional a maioria necessária para se tomar uma
decisão para aprovar um projeto de lei por exemplo é a maioria simples, a maioria dos votos, desde que esteja presente
pelo menos a maioria absoluta dos membros daquela respectiva casa.
Então é importante nós termos o conceito exato do que é maioria simples e do que é maioria absoluta.
Se eu tenho 50 Senadores presentes no plenário do Senado Federal, a maioria simples, a maioria dos votos
correspondem a 26, mas eu tenho que lembrar que eu só posso iniciar uma votação em qualquer das casas do
congresso nacional ou de suas comissões se nós tivermos a presença de pelo menos a maioria absoluta dos membros.
Então, decisão, tomar decisão, maioria simples, desde que estejam presentes pelo menos a maioria absoluta dos
membros. Vamos exemplificar!!!

O Senado Federal é composto por 81 senadores, então imaginem que tramite no senado federal um projeto de lei
ordinária e que esse projeto de lei ordinária tá na pauta do dia para ser votado pelos respectivos senadores, a primeira
coisa que eu tenho que observar para aprovar esse projeto de lei é o QP ( Quórum de presença), a final de contas nós
só podemos ter inicio de votação se estiver presentes pelo menos a maioria absoluta do senado federal, se o senado
federal são composto de 81 senadores, qual vai ser a maioria absoluta de 81 senadores??? O primeiro numero superior
a metade dos membros de um órgão, 81/2 = 40,5.
Opa!! Existe 41 senadores no plenário, sim, então eu posso dar inicio a votação,
E atenção com o inicio do art 47, salvo disposição constitucional em contrário. Então quando a constituição quiser
colocar uma maioria diferente prá tomada de decisão ela vai expressamente mencionar no texto constitucional aé o
que acontece por exemplo com as leis complementares a maioria necessária para a aprovação de uma lei
complementar, de um projeto de lei complementar é maioria absoluta, tá lá no art 69.

Seção II
Das atribuições do Congresso Nacional

Art 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da república, não exigida essa para os arts 49, 51
e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da união, especialmente sobre:

Comentário:
Estou falando da competência legislativa da união, da competência legislativa comum ordinária do congresso nacional,
quais são as matérias de competência legislativa da união? Já estudamos isso lá no art 22 e no art 24, o que o art 48
que tão somente faz, ele exemplifica quais são as matérias que serão objeto de um processo legislativo ordinário,
processo legislativo comum ou até mesmo de um processo legislativo sumário, vamos estudar mais a frente, quando
analisarmos os art referentes a processo legislativo, só que o importante aqui é perceber que a listagem feita pelo art
48 é uma listagem meramente exemplificativa estou falando de leis, de normas tão produzidas pelo congresso nacional
e que durante o seu processo legislativo contarão com a participação importante, uma participação na chamada de
deliberação executiva.
O art 49 fala da competência exclusiva do Congresso Nacional ela é transmitida através de decretos legislativos ou
através de uma resolução do congresso nacional, quem já estudou o regimento interno do congresso nacional ou da
câmara ou do senado sabe disso.
Falei de competência exclusiva do congresso nacional, eu falei da elaboração de normas que durante o seu processo
legislativo não tem a participação do Presidente da República.
O art 51 e 52 tratam da competência privativa da câmara e do senado, quando eu falo de competência privativa da
câmara eu tenho resoluções da câmara dos deputados, Presidente da Republica não dá pitaco! O mesmo acontece no
Senado Federal.

I – sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas.


II – PPA, LDO, LOA, operações de crédito, divida publica e emissões de curso forçado.
Comentário: Estou falando em regra das leis orçamentárias.
III – fixação e modificação do efetivo das forças armadas.
Comentário: aumento ou diminuição de membros das forças armadas. Falei de uma lei aprovada no congresso
nacional, mas a iniciativa quem pode exclusivamente encaminhar esse projeto de lei para o congresso? Tão somente
o presidente da republica, nós estamos falando de um projeto de lei de iniciativa privativa do presidente.
IV – planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento.
Comentário: eu tenho um plano de aceleração do crescimento, eu estou falando de leis, normas aprovadas pelo
congresso nacional.
V – limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da união.
Comentário: então imaginem eu tenho uma lei que tramita no congresso nacional que disponha sobre os limites no
território nacional.
VI – incorporação, subdivisão ou desmembramentos de áreas de territórios ou estados, ouvidas as respectivas
assembleias legislativas.
Comentário: se eu tenho a criação de um novo estado eu preciso de aprovação de uma lei complementar por parte do
congresso nacional remete ao art 18 §§2º e 3º. Eu preciso ouvir as assembleias legislativas.
VII – transferência temporária da sede do governo federal
Comentário: estou falando da sede do governo federal e não da sede do congresso nacional aí será competência
exclusiva do congresso nacional.
VII – concessão e anistia
Comentário: a lei de anistia, eu estou falando de uma questão importantíssima que demanda da participação do poder
legislativo e também do poder executivo.
IX – organização administrativa, judiciária, do ministério público e da defensoria publica da união e dos territórios e
organização judiciária e do ministério publico do distrito federal.
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções publicas, observado o que estabelece o art 84,
VI, b
Comentário: o importante aqui é perceber o seguinte, em regra prá criar um cargo público, prá extinguir um cargo
público eu preciso de lei, uma lei aprovada pelo congresso nacional sancionada pelo presidente da republica.
Só que no art 84, VI, b se percebe o seguinte não necessariamente para extinguir um cargo publico eu preciso de uma
lei, eu posso ter uma extinção de cargo público por parte de um decreto do presidente da republica?? Sim, o chamado
decreto autônomo, mas desde que esse cargo esteja vago. Atenção questão potencial de prova. (QPP)
XI – criação e extinção de ministérios e órgãos da administração publica.
XII – telecomunicações e radio difusão
XIII – matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações.
XIV – moeda e seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
XV – fixação dos subsídios dos ministros do STF, observado o que dispõe os arts 39 §4º, 150, II 153, III e 153, §2º, I
Comentário: o subsídio do ministro do STF não é o teto da administração pública, pois bem quem fixa é o congresso
nacional então percebam que é uma lei aprovada no congresso nacional e sancionada pelo presidente da republica
que vai fixar o teto dos membros do poder judiciário, dos membros mais importantes do poder judiciário que são os
ministros do STF.

Vamos falar agora do art 49, a competência exclusiva do congresso nacional, uma questão importante como eu chamei
a atenção na aula passada, as questões em regra são comparativas entre o art 48 e 49, a competência exclusiva do
congresso nacional e o art 48 a competência ordinária comum do congresso nacional e que precisa da participação do
presidente da republica no processo legislativo. No art 49 não a do que se falar em sanção ou veto o presidente da
republica, na maioria das vezes nós teremos aqui a edição de decretos legislativos, mas podemos ter também a edição
de uma resolução por parte do congresso nacional.

Art 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional.


I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.
Comentário: o inciso primeiro é importante porque? A competência para assinar o tratado, para representar a República
Federativa do Brasil enquanto chefe de estado é do Presidente da República só quem vai ratificar o tratado internacional
é o Congresso Nacional.
II – autorizar o Presidente da Republica a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente ressalvados os casos previstos em lei complementar.
Comentário: se o brasil vai declarar guerra a alguém, o congresso primeiro precisa autorizar, se o brasil vai celebrar a
paz com essa, outra nação ou em conflito que ele esteja envolvido, o congresso nacional precisa autorizar, se eu vou
ter permanência ou transito de tropas estrangeiras no território nacional o congresso nacional precisa autorizar a não
ser que a gente tenha exceções prevista a lei complementar que regula a matéria, se eu vou ter um exercício militar no
território brasileiro envolvendo não só o exercito brasileiro mas sim o de outros países.
III – autorizar o Presidente e o vice presidente da republica a se ausentarem do pais, quando a ausência exceder a 15
dias.
IV – aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sitio, ou suspender qualquer uma dessas
medidas.
Comentário: se eu tenho estado de defesa e intervenção federal primeiro o presidente decreta e depois o congresso
ratifica.
No estado de sitio, pela relevância que o estado de sitio tem, vamos estudar no art 136 da cf/88 eu tenho uma situação
diferente, primeiro o congresso nacional autoriza prá depois o presidente decretar, por isso a redação do inciso IV.
V – sustar atos normativos do poder executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.
Comentário: quando eu falo da RFB de 1988, a constituição não vai ser capaz de determinar tudo o que deve ser
observado em termos de ordenamento jurídico, é a norma mais importante do nosso ordenamento jurídico mas muitas
vezes para regulamentar o que esta disposto na constituição nós precisamos por exemplo de uma lei, lei é um exemplo
de ato normativo primário que busca sua fundamentação no texto diretamente constitucional só que muitas vezes
também a lei não é capaz de esgotar a regulamentação da matéria do assunto daquela respectiva lei, que muitas vezes
eu preciso de um decreto presidencial, o presidente dentro de suas funções atípicas de editar decretos normativos, é
um ato normativo secundário que busca sua fundamentação em uma lei, ora se o decreto é um ato normativo
secundário que bisca fundamentação no ato normativo primário “lei” naturalmente o decreto do presidente não pode
extrapolar os limites estabelecidos na lei, se por ventura um decreto do Presidente da Republica extrapolar a lei o
congresso nacional susta.
Os limites da delegação legislativa, aqui estou falando das leis delegada, eu tenho uma espécie normativa que esta no
art 68 da cf.
A lei delegada é editada pelo Presidente da República, só que para o Presidente da Republica editar uma lei delegada,
ele precisa receber uma delegação legislativa do congresso nacional, o congresso nacional vira e diz para o presidente,
- você pode tratar de determinados assuntos através de leis delegadas, agora naturalmente o Presidente da Republica
recebe essa delegação legislativa e ele não pode extrapolar os limites da delegação do congresso nacional, inclusive
a forma que o congresso nacional utiliza para transmitir essa delegação legislativa é uma resolução, eu tenho uma
resolução no congresso nacional que transmite ao presidente da república , a capacidade a possibilidade de editar leis
delegadas, tratando de determinados assuntos.
VI – Mudar temporariamente sua sede.
VII – fixar idêntico subsidio para deputados e senadores observado o que dispõe os art. 37, XI, 39, §4º, 150, II, 150, III
e 153, §2º, I
VIII – fixar subsidio do presidente e vice-presidente da república e dos ministros de estado, observado o que dispõe os
art 37 XI, 39, §4º, 150, II, 153, III e 153, §2º, I
IX – julgar anualmente as contas prestadas pelo presidente da republica e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo.
Comentário: fazer a leitura conjunta com a competência privativa da câmara dos deputados.
A competência é exclusiva do congresso nacional durante os 60 dias após a abertura da sessão legislativa depois
passa a ser competência privativa da câmara dos deputados, por isso a redação do art 51, I, ou seja dentro desses 60
dias a competência é exclusiva do congresso nacional, passou os 60 dias passa a ser uma competência privativa da
câmara dos deputados.
X – fiscalizar e controlar, diretamente ou por qualquer de suas casas os atos do poder executivo, incluída os da
administração indireta.
Comentário: função típica do poder legislativo
XI – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros poderes.
Comentário: se eu tenho competências exclusivas para o congresso, o congresso vai zelar, vai proteger essa sua
competência de modo o qual nenhum outro órgão saia exercendo uma competência exclusiva do congresso nacional.
XII – apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão.
Comentário: outorga de concessão é uma atribuição do Presidente da Republica, agora quem é que vai apreciar os
atos de concessão? o congresso nacional, competência exclusiva do congresso nacional.
Perceber que o ato de conceder, ato de renovar não e do congresso, a outorga é do presidente da republica, mas quem
vai aprovar essa concessão ou renovação o congresso nacional.
XIII – escolher dois terços dos membros do tribunal de contas da união.
Comentário: o TCU vamos estudar no art 73 da cf/88, ele é composto de nove (09) ministros, o congresso nacional
escolhe seis (06) ministros, os outros três (03) ministros são escolhidos pelo presidente da republica.
XIV – aprovar iniciativas do poder executivo referente a atividades nucleares.
XV – autorizar referendo e convocar plebiscito
Comentário: referendo – consulta posterior, plebiscito – consulta anterior
Primeiro o congresso nacional convoca o plebiscito e depois eu tenho a elaboração da norma em terras práticas.
XVI – autorizar em terras indígenas a exploração, e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de
riquezas minerais.
XVII – aprovar previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a 2500hc.

Vamos falar do artigo 50 tratar sobre tudo de convocação de ministros de estado e de autoridades diretamente
subordinadas a presidência da republica para comparecerem ao congresso nacional. Uma questão muitas vezes atual
tendo em vista que nem sempre a relação entre legislativo e executivo é uma relação harmoniosa e aí dentro de
competência, dentro da capacidade que o poder legislativo tem de fiscalizar o poder executivo o que o congresso
nacional, as casas do congresso nacional ou suas comissões costumam fazer, demosntrar a insatisfação com relação
ao poder executivo com relação a determinadas medidas do poder executivo a câmara, o senado ou comissões da
câmara podem convocar ministros de estado, convocar autoridades diretamente subordinadas a presidência da
republica, faz parte do jogo democrático, faz parte da relação de legislativo e executivo.

Art 50. A câmara dos deputados e o senado federal, ou qualquer de suas comissões poderão convovar ministro de
estado ou qualquer titulares de órgãos diretamente subordinados a presidência da republica para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência
sem justificação adequada.

Comentário: eu não tenho um convite, eu tenho uma convocação demonstrando que a presença do ministro de estado
por exemplo ela é obrigatória.
Outro ponto é a presença do ministro de estado e por fim se não tiver essa presença do ministro de estado por exemplo
ela é obrigatória outro o ponto é a presença do ministro de estado e por fim se não tiver essa presença, esse
comparecimento sem qualquer tipo de justificativa do ministro de estado ou qualquer membro subordinado a
presidência da republica aí será configurado crime de responsabilidade.
§2º - As mesas da Camara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações
a ministro de estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de
responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no prazo de 30 dias, bem como a prestação de informações falsas.

Comentário: eu não tenho mais a presença, o comparecimento pessoal do ministro de estado, da autoridade
diretamente suberdinada a presidência da republica no congresso nacional, eu temho um pedido escrito de informações
e quem encaminha esse pedido escrito de informações para o ministro de estado, para a autoridade subordinada
diretamente a presidência da republica? As mesas diretoras. As mesas dos deputados e as mesas do senado federal.

§1º - Os ministros de estados poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados oua qualquer de
suas omissões por sua iniciativa e mediante entendimentos com a mesa respectiva, para expor assunto de relevância
de seu ministério.
Comentário: imaginem que sou Ministro da Educação e esteja tramitando lá na Câmara dos Deputados um projeto de
lei extremamente importante a esfera da educação brasileira como um todo, ora eu posso comparecer ao Congresso
nacional explanar, fazer uma palestra, explicar para os Deputados e Senadores do que se trata aquele projeto de lei,
da importância ou não daquele projeto? Claro que sim.
O Presidente da Republica pode ser convidado para o Congresso Nacional a prestarem esclarecimentos seja na
câmara, seja no senado mas eu tenho tão somente um convite, eu não tenho uma convocação, se o presidente recebe
tão somente um convite ele não esta obrigado a comparecer, o não comparecimento não importaria crime de
responsabilidade.

Seção III
Câmara dos Deputados

Vamos falar agora do art 51 da CF/88, a competência privativa da Câmara dos Deputados, principalmente dos incisos
I e II. De cara o mais importante é o inciso I, a competência da câmara dos deputados prá autorizar instauração de
processo contra o Presidente da República, o vice presidente e os Ministros de Estado, uma autorização de 2/3.
Atenção o ponto mais importante do art 51.

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:


I – Autorizar, por dois terços de seus membros a instauração de processo contra o Presidente e o Vice presidente da
Republica e os Ministros de Estado.

Comentário: falei de crime comum, falei de crime de responsabilidade praticado pelo presidente, praticado pelo Vice-
presidente, por Ministros de Estado, eu tenho que ter uma autorização da Câmara dos Deputados para a instauração
do processo. Caso famoso no brasil, Fernando Collor de mello, então Presidente da Republica em 1992 sofreu seu
impeachment.
Não é competência da Câmara dos Deputados julgar, se o Presidente da Republica comete crime comum quem vai
julgar o Presidente da Republica é o Supremo Tribunal Federal, se o Presidente comete crime de Responsabilidade,
quem vai julgar é o Senado Federal , mas quem vai autorizar do processo é a Câmara dos Deputados.

ESQUEMA:

E os Ministros de Estado fique ligado tem uma pegadinha vista lá na competência do Supremo Tribunal Federal, se eu
falo de Ministros de Estado e não só os Ministros de Estado, os comandantes da Marinha, Exército e aeronáutica se
eles cometem crime comum, a competência para o crime é o STF, se eles cometem crime de responsabilidade, a
competência para julgamento de crime de Responsabilidade pode ser do Senado, só será do Senado se o crime for
conexo com presidente ou Vice Presidente da Republica.
Se o crime de Responsabilidade é praticado “sozinho” sem a participação do Presidente da República ou do vice
Presidente da República aí a competência é do STF.
II – Proceder a tomada de contas do Presidente da Republica quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro
de sessenta (60) dias após a abertura da Sessão Legislativa.
Comentário: Inicialmente uma competência exclusiva do Congresso Nacional fazer a tomada anual do Presidente da
Republica se ele não apresenta as contas dentro de 60 dias após o inicio da Sessão Legislativa nós temos então uma
competência privativa da Câmara dos Deputados, é sempre importante compararmos o artigo 51 II com o 49 §9º.
A competência é exclusiva do Congresso Nacional durante os 60 dias após a abertura da Sessão Legislativa, após os
60 dias passa a ser competência privativa da câmara dos deputados.

III – elaborar seu Regimento Interno


IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação. Transformação ou extinção dos cargos, empregos
e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Vamos falar da competência privativa do Senado Federal art 52 da CF/88. Nós vamos dividir o estudo do art 52,
primeiramente nessa primeira aula vamos estudar a competência do Senado Federal no julgamento de crime de
Responsabilidade determinadas autoridades como nós vimos anteriormente, são julgadas pelo Senado Federal no
crime de Responsabilidade.

Art 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


I – Processar e Julgar o Presidente e o Vice Presidente nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de
estado e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronautica nos crimes da mesma natureza conexos com
aqueles.
II – Processar e Julgar os Ministros do STF, os membros do CNJ e do Conselho Nacional do Ministério Público, o PGR,
AGU nos crimes de responsabilidade.

Comentário: eu preciso lembrar de todas as autoridades citadas e de quem é a competência de fazer o julgamento do
crime de responsabilidade e de quebra quem faz o julgamento do crime comum.
Paragrafo único – nos casos previstos nos incisos I e II. Funcionará como Presidente do Supremo tribunal Federal,
limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo,
com inabilitação, por oito anos para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Comentário: qual é a maioria necessária prá condenar?? Dois terços
Se eu vou ter julgamento do crime de responsabilidade por parte do senado federal qual é a proporção para que ocorra
a condenação? Dois terços,
Qual o efeito da respectiva condenação?? Perda do cargo, inabilitação por oito anos para o exercício de qualquer
função pública.
Quem vai presidir a sessão do julgamento lá no Senado, não é o Presidente do Senado, mas sim o Presidente do STF,
ele simplesmente vai conduzir a sessão.
Vamos analisar outro tema importante, que são as autoridades sabatinadas pelo Senado, determinadas autoridades
ao serem indicadas pelo Presidente da Republica precisam passar pela aprovação do Senado Federal, ora essa
aprovação vai ser pela maioria absoluta, ora por maioria simples, nos vamos estudar no inciso III e IV quais são as
autoridades que precisam passar pelo crivo do Senado Federal, além disso vamos analisar o inciso III, tem correlação
com a própria indicação do Procurador Geral da Republica que é o chefe do Ministério Público da União, vejam o texto
do artigo 52.

III – aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
Comentário: atenção!!
A sessão na qual acontece a sabatina da respectiva autoridade é pública, mas o voto do senador no sentido de aprovar
ou não aquela autoridade é por voto secreto.
A EC número 76 ela não acabou com todos os casos de voto secreto na Câmara, no senado, no congresso nacional
ao contrario nós temos duas situações onde tivemos a extinção, o fim do voto secreto, quais são essas situações??
Perda de mandato art 55 da CF/88 e a derrubada do veto lá no art 66 da CF/88 no âmbito do processo legislativo.

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta constituição.


Comentário: uma questão comparativa comum entre poder legislativo e poder judiciário, pois bem quais são os
magistrados?? Quais são as autoridades que precisam passar pelo crivo do Senado para serem efetivamente
nomeados e tomarem posse?

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da Republica.


Comentário: veja não estou falando de todos os Ministros do TCU, compete exclusivamente ao congresso nacional
indicar 2/3 dos Ministros do TCU e falo de 09 ministros ou seja 06 ministros são escolhidos pelo congresso nacional e
03 ministros são indicados pelo Presidente da Republica então aquele dois terços da indicação do congresso não
precisa de aprovação por maioria absoluta do senado essa aprovação é por maioria simples.
c) Governador de território
Comentário: nós atualmente não temos nenhum território no brasil, mas se por ventura temos a criação de um território
com a indicação do governador do território com a indicação do governador do território, a indicação se dá por parte
do Presidente da Republica. Quem precisa aprovar a indicação do governador do território? Senado Federal.
d) Presidente e diretores do Banco Central:
A escolha é por maioria simples.
e) Procurador Geral da Republica.
É o chefe do Ministério Púbico da União, MP não faz parte do Poder Judiciário.
O importante aqui é perceber que a escolha do PGR é feita pelo Presidente mas o PGR prá ser nomeado e tomar
posse precisa de votação da maioria absoluta do senado federal.
O PGR tem um mandato de 02 anos, enquanto chefe do MPU só que pode ser destituído antes do término do mandato
(art 128 §2º) se vai acontecer a desconstituição, e quem desconstitui é o Presidente da República, eu também preciso
de aprovação da maioria absoluta do senado para destitui-lo.
f) Titulares de outros cargos que a lei determinar.

IV – Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão
diplomática de caráter permanente.

Comentário: Embaixador do Brasil em Washington nos EUA, ele foi escolhido pelo Presidente da Republica mas precisa
passar pelo crivo do Senado.
Vamos para nossa penúltima aula , uma aula mais importante para cargos de endividamento público ou então direito
tributário.

V – Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da união, dos estados, do Distrito Federal, dos
territórios dos municípios.
Comentário: o que eu preciso saber aqui, a União, os Estados, os Municipios, o Distrito Federal, territórios se houver,
vão pegar dinheiro emprestado no exterior, o Senado Federal exerce um importante papel na função fiscalizadora de
crivo em relação ao endividamento externo, então por isso a existência do inciso V.

VI – fixar, por proposta do Presidente da Republica, limites globais para o montante da dívida consolidada da união,
dos estados, do distrito federal e dos municípios.
Comentário: eu tenho um limite de endividamento para os entes públicos, eu tenho um limite de endividamento para
os entes federativos, existe uma resolução no senado federal que institui esse limite de endividamento para os
municípios, para os estados, para o distrito federal e para a própria união, o importante aqui é perceber que no processo
legislativo da elaboração dessa relosução privativa do senado federal a proposição de tais limites é do Presidente da
Republica, mas quem vai aprovar e definir ou não o texto da resolução é o senado federal.

VII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de credito externo e interno da união, dos estados, do
distrito federal e dos municípios de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder publico federal.

VIII – dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da união em operações de crédito externo e
interno.
Comentário: quando um estado, município, o distrito federal, vai pedir dinheiro emprestado no exterior precisa de um
avalista que é o avalista de todos os entes federativos da republica federativa do brasil? A união, então por isso a
existência do inciso VIII. Quem empresta o dinheiro quer uma garantia e se o ente não pagar, quem paga é a união.

IX – estabelecer limites globais e condições para o montante da divida mobiliária dos estados, do distrito federal e dos
municípios.
Comentário: atualmente, não tem tanta relevância assim, porque antigamente os estados poderiam emitir títulos da
divida publica, isso hoje é uma atribuição tão somente da união quando a gente fala de divida mobiliária dos estados,
do distrito federal, dos municípios eu tenho que lembrar que hoje emissão de títulos de divida publica é competência
tão somente atribuída à união.

X – suspender a execução, no todo ou em parte de lei declarada inconstitucional por decisão deficitiva no supremo
tribunal federal.

XI – aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração de oficio, de procurador geral da Republica antes
do término de seu mandato.

XII – elaborar seu regimento interno.

XIII – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos
e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Comentário: questões internas, a organização interna do senado federal é competência privativa do próprio senado.
XIV – eleger membros do conselho da republica, nos termos do art 89, VII.
Comentário: assim como a câmara dos deputados indica dois cidadãos brasileiros natos para compor o conselho da
republica, o senado também indica dois.

XV – avaliar periodicamente a funcionalidade do sistema tributário nacional, em sua estrutura e seus componentes e o
desempenho das administrações tributarias da união, dos estados e do distrito federal e dos municípios.

Vamos falar agora do estatuto dos congressistas, vamos estudar dos art 53 ao 56 da CF/88.
O mais importante ta no art 53 e no art 55. Quais são as imunidades garantidas aos deputados e aos senadores? Quais
são as formas de perdas de mandato de um deputado federal e de um senador.
Maquem o caput do art 53, afinal de contas aqui temos a imunidade material aos deputados federais e aos senadores.

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis civil, e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos.
Comentário: desde que estejam no exercício da função, desde que estejam no exercício do mandato. Aprimeira questão
que precisamos observar é que a imunidade material consagrada aos membros do congresso nacional não é uma
imunidade absoluta eu tenho limitações? Claro que sim. Se eu sou o deputado federal e participo de uma reunião de
condomínio no respectivo prédio onde eu moro, não estou manifestando na reunião como deputado federal, eu sou ali
um morador comum, um cidadão comum, então naturalmente eu não estou protegido, eu não estou abrangido pela
imunidade material, prevista no art 53, essa existe prá proteger, para garantir no exercício da função.
A imunidade material ela abrange não apenas os deputados e senadores mas sim os deputados estaduais e distritais
e também aos vereadores.
Vereadores possuem imunidade material, por suas palavras, votos e opiniões? Sim, com um detalhe muito importante,
muito cobrado em provras de concursos, a imunidade material de um vereador esta limitado ao território do município,
a respectiva cincunscriçã, então se eu sou o vereador de BH e ataco verbalmente alguém dentro do território de BH
esta amparado epla imunidade material.
O deputado ou senador tem imunidade tanto no território nacional tanto no exterior.
Agora vamos falar da imunidade formal ao processo, vamos estudar o art 53 §1º o chamado foto de prerrogativa de
função, desde já não chame o foro de preoogativa de função de foro privilegiado porque de privilegiado não tem nada,
é bem melhor para um réu qualquer que seja não ser julgado diretamente pelo supremo, é bem melhor para qualquer
reu ser julgado por outros órgãos do poder judiciário, por outras instancias no âmbito do poder judiciário, então falei de
foro privilegiado isso é invenção da mídia, não existe foro privilegiado.
A razão de exisencia do foro de prerrogativa de função é justamente encurtar o julgamento, é justamente evitar a
eternização do julgamento daquele crime por todos os órgãos em instancias do poder judiciari, ou seja o foro de
prerrogativa de função ele existe justamente para diminuir a sensação de impunidade e a eternização de um processo
geral perante a sociedade.

§1º - os deputados e senadores desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o supremo
tribunal federal.
Comentário: então, a partir do momento que são diplomados, a partir do momento que eu tenho a confirmação de que
é deputado federal, de que é um senador, lembre-se que primeiro eu tenhi a diplomação depois eu tenho a posse então
é a partir da diplomação desde a expedição do diploma que os deputados federais e senadores possuem foro de
prerrogativa de função no STF, isso quer dizer o seguinte se eles cometerem crime comum serão julgados pelo STF e
porque tão somente no crime comum porque essa informação tá clara lá no art 102 inciso I alínea b, é uma competência
originária do STF julgar deputados federais e senadores no crime comum, porque no crime de responsabilidade eu
tenho responsabilidade de cada casa legislativa, então seguinte Deputado Federal cometeu crime comum, STF,
cometeu crime de Reponsabilidade, Senado Federal, se uma autoridade de cúpula do poder legislativo, um senador
um seputado comete crime comum é preciso ser julgado pela cúpula do poder judiciário, o STF, agora se ele comete
crime de responsabilidade o julgamento sempre vai ser pela casa legislativa, questão de concurso.
Vamos falar da imunidade formal à prisão, art 53 §2º, vamos finalizar o tema imunidades parlamentares. Vamos estudar
a forma de prender um deputado federal, um senador é diferente, eles somente podem ser presos em caso de flagrante
de um crime inafiançável.
§2º - desde a expedição do diploma, os membros do congresso nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante
de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24h a casa respectiva, para que, pelo voto da
maioria absoluta de seus membros, resolva sobre a prisão
Comentário: ou seja a câmara ou senado podem determinar o relaxachamento da prisão do seu respectivo membro?
Sim.
Só podem ser presos em flagrantede crime inafinaçavel nesse caso feita a prisão os autos serão remetidos em 24h, a
casa respectiva, deputado federal câmara dos deputados, senador, senado federal.
Para muitos estamos em uma afronta do poder legislativo ao poder judiciário, uma fronta das separações dos poderes.
O relaxamento da prisão não apenas pelo poder judiciário como acontece com qualquer cidadão, a final de contas eu
posso ter a impetração de habeas corpus. Os autos da prisão em flagrante serão remetidos para a respectiva casa e
a respectiva casa pode por maioria absoluta de seus membros pode relaxar a prisão? Sim, isso pode acontecer.
Nos §3º a 5º temos a interferência do poder legislativo no poder judiciário.
§3º - recebida a denúncia contra senador ou deputado por crime ocorrido após a diplomação, o supremo tribunal federal
dará ciência à casa respectiva, que por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poderá até a decisão final, sustar o andamento da ação.
Comentário: se eu temho um deputado fe deral que comete crime comumou um senador que comete crime comum o
STF no momento que recebe a denuncia oferecida pelo ministério publico contra aquele membro do congresso nacional
tem que comunicar a casa respectiva no caso deputado federal a câmara, no caso de senador o senado.

§4º - o pedido de sustação será apreciado pela a casa respectiva no prazo improrrogável de 45 dias de seu recebimento
pela mesa diretora.
Comentário: opa! A partir que o partido politico fez o pedido ainda tem uma urgência para votar, tem que ser apreciado
em 45 dias.

§5º - a sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.


Comentário: pelo menos isso, só faltava sustar o processo la no supremo e não suspender o prazo prescricional do
respectivo crime, então não vai acontecer a prescrição do crime caso ocorra a sustação da tramitação da ação lá no
supremo.
Vamos finalizar o art 53, vamos falar do §6º, 7º e 8º, o mais importante é o estudo do art 8º, lembrar que pelo voto de
dois terços dos membros da respectiva casa legislativa posso ter a suspensão de imunidades parlamentares que sejam
incompatíveis com a decretação do estado de sitio.

§6º - os deputados e senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
Comentário: se eu sou deputado federal ou senador eu possuo corretamente essa prerrogativa, a final de contas uma
das funções típicas do desempenho é uma função fiscalizadora então se eu vou fiscalizar, eu posso ter acesso a
informações importantes para aquela fiscalização e não necessariamente eu tenha que revelar a fonte então eu posso
ter um sigilo de informações.
Eu posso eu devo manter sigilo dessa mesma fonte? Sim
Então por isso não sou obrigado a testemunhar mesmo que em juízo a respeito de uma informação recebida.

§7º - A incorporação às forças armadas de deputados e senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra,
dependerá de prévia licença da casa respectiva.

Comentário: a incorporação de um deputado ou senador as forças armadas vai depender de autorização da respectiva
casa legislativa.
Um exemplo:
Sou deputado federal mas sou um militar que esta na reserva das forças armadas, a partir do momento que eu tenho
uma situação de guerra eu não posso ser convocado em quanto reservista? Sim, a minha incorporação as forças
armadas ela não vai ser automática eu tenho que ter uma autorização da câmara dos deputados.

§8º - a imunidade de deputados e senadores subsistirão durante o estado de sitio, so podendo ser suspensas mediante
o voto de dois terços dos membros da casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto no congresso
nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Comentário: primeira coisa que eu tenho que perceber, não to falando em intervenção federal, não to falando em estado
de defesa, estou falando em decretação de estado de sitio por parte do presidente da republica, o que pode acontecer
no âmbito de cada casa do congresso nacional, eu posso ter uma suspensão das imunidades parlamentares que sejam
incompatíveis com a decretação do estado de sitio, essa suspensão das imunidades parlamentares incompatíveis com
o estado de sitio se dá pelo voto de quantos terços? Dois terços da respectiva casa.
Lembrar que a suspensão da imunidade respectiva vale para fora do recinto do congresso nacional, então lá no palácio
do congresso nacional, dentro do edifício do congresso nacional não acontece qualquer tipo de suspensão é prá fora
do recinto.
Vamos falar agora do art 54, vamos estudar as incompatibilidades, as proibições que são impostas a deputados
federais e a senadores, o importante aqui é perceber o inicio da respectiva proibição, a final de contas nós temos
proibições, incompatibilidades que são desde a posse e temos incompatibilidades desde a diplomação.

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão


I – desde a expedição do diploma
a) Firmar ou manter contrato com a pessoa jurídica de direoto publico, autarquia, empresa publica, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviço publico. Salvo quando o contrato obedecer a clausulas
uniformes.

Comentário: a partir do momento que ele é diplomado, ele se torna um Deputado Fderal, um Senador da Republica
ainda não esta no exercício do mandato, isso vai acontecer com a posse, mas a partir do momento que ele se torna
Deputado Federal, que ele se torna Senador ele não adquire um poder de influencia, então o grande proposito aqui é
o trafico de influencia, se o contrato já foi firmado ele possui clausulas que em tese não pode ser alteradas pelo
respectivo deputado, pelo respectivo senador.
b) Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado inclusive os de que sejam “ad nutum” nas entidades
constantes da alínea anterior

Comentário: a partir do momento que me torno deputado federal ou senador e isso acontece com a diplomação eu não
posso aceita, exercer um cargo em uma sociedade de economia mista, eu não posso aceitar exercer um cargo em
uma empresa publica em uma concessionária de serviços públicos em uma pessoa jurídica de direito publico ou em
uma autarquia. A partir do momento que me tornei deputado ou senador, a partir do momento que tomei posse, eu
tenho que ficar em dedicação exclusiva para meu respectivo mandato, então prá que vou aceitar o cargo.
So que aí muita gente faz confusão com o seguinte porque quando a gente vai prá posse efetivamente nós temos uma
proibição muito parecida, o examinador compara art 54 inc I alínea b, com o 54 inciso II alínea b.

II – desde a posse
b) Ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutun”, nas entidades referidas no I, “a”

Comentário: e se eu já era, e se eu sou funcionário da caixa econômica federal e to lá ocupando um cargo no âmbito
da caixa econômica federal, quer dizer que eu tenho que sair do meu respectivo cargo, quer dizer que eu tenho que
deixar de ser funcionário, não é isso ta, qual o entendimento do STF, se você já é, já ocupa, a partir do momento que
você já é diplomado, você pode continuar ocupando, exercendo a sua respectiva função naquela entidade, agora a
partir do momento que você toma a posse, aí você já não pode mais exercer aquela função.
a) Ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito publico, ou nela exercer função remunerada.
Comentário: o grande objetivo mais uma vez evitar o trafego de influencia.
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador.


§2º - Nos casos dos incisos I, II e VI a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado
Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada ampla defesa.

Comentário: a perda do mandato nos casos do inciso I, II e VI depende de deliberação por maioria absoluta da
respectiva casa, antigamente o voto era secreto, só que com a EC 76 o voto passou a ser aberto.

I – Que infrigir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior.

Comentário: o que nós estudamos no art 54, as incompatibilidades parlamentares, as proibições que são impostas a
deputados e senadores. Se infringiu qualquer disposições do art. 54 pode perder o mandato? Pode, por deliberação
da maioria absoluta da respectiva casa.

II – cujo o procedimento for declarado, incompatível com o decoro parlamentar.

Comentário: quebra do decoro parlamentar, então o deputado federal, o senador que quebra o decoro parlamentar ele
poderá perder o mandato, porque ele só vai perder o mandato se for por decisão da maioria absoluta da respectiva
casa. Exemplo muito comum em concurso publico relativo à perda do mandato por quebra do decoro parlamentar, o
§1º do respectivo artigo.

§1º - é incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regime interno, o abuso das prerrogativas
asseguradas a membro do congresso nacional ou a percepção de vantagens indevidas.

Comentário: abusou de suas prerrogativas, abusou de sua imunidade material, por suas palavras, votos e opiniões,
pode perder o mandato? Pode
Percepção de vantagens indevidas mensalmente uma determinada vantagem eu quebro o decoro parlamentar, se eu
tenho a percepção de uma vantagem financeira indevida, tenho a quebra do decoro parlamentar. Exemplo mais comum
é do mensalão.

VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

Comentário: a partir do momento que eu tenho condenação por parte do STF, porque estamos falando de Deputados
e Senadores, eles tem foro de prerrogativa de função, no monneto que o STF condena em sentença judicial transitada
em julgado eu temho aí a possibilidade de perda do mandato por deliberação da maioria absoluta da respectiva casa.

§3º - nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela mesa da casa respectiva de oficio ou mediante
provocação de qualquer de seus membros ou de partido politico representado no congresso nacional, assegurada
ampla defesa.
Comentário: então aqui eu não preciso ter a deliberação pela maioria absoluta, é simplesmente uma
declaração/formalização da perda do mandato pela mesa da respectiva casa.

III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a terça parte das sessões ordinárias da casa a que
pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.

Comentário: se eu não comparecer a 1/3 das reuniões ordinárias das sessões ordinárias da respectiva casa legislativa
durante a sessão legislativa ordinária, ou seja durante o ano normal de trabalhos da respectiva casa legislativa, opa!!
Vou perder o meu mandato, aqui eu tao somente tenho uma declaração/formalização.

IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

Comentário: ai vem a polemica do seguinte, se eu tenho uma sentença judicial transitada em julgado por parte do STF
o que acontece de acordo com a constituição da Republica com aquele que tem uma sentença condenat´roia transitada
em julgado, contra aquela respectiva pessoa??
Opa! Eu tenho a suspensão dos direitos políticos, então qual é a questão, muitos constitucionalistas inclusive entendem
que a situação descrita no inciso IV já abrange o inciso VI ou seja a partir do moneto que eu tenho uma cendenação
criminal de sentença transitada em julgado por parte do STF contra um deputado ou senador ele já teria por força do
inciso IV a suspensão dos direitos políticos e conseuqnetemente perderia o mandato por uma declaração/formalização
da respectiva casa, em termos prá ticos temos uma contradição do texto constitucional, ultimamente como vem sendo
a interpretação do STF diante dessa situação, nos caspos concretos que ela já analisou, ele entendeu majoritariamente
até o momento que quando eu tenho uma condenação transitada em julgado por parte do STF contra um deputado ou
senador pela prática de crime comum a perda do amndatonão vai ser automática, não vai ser por
declaração/formalização da rezspectiva mesa, a perda do mandato tem que ser por deliberaçãp da maioria absoluta
da respectiva casa legislativa.
Então podemos ter o absurdo de um deputado federal condenado pelo STF cumprido pena no respectivo regime
penitenciário e ainda deputado federal porque vai depender da maioria absoluta ou não da respectiva casa a perda do
mandato. Então pode ser que o STF ele condene mas que a câmara dos deputados ou o senado federal não determine
a perda do mandato.

§4º a renuncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar a perda do mandato, nos termos deste
artigo, terá seus efeitos suspensos ate as deliberações fianis de que tratam os §§2º e 3º

Comentário: então o que acontece, a partir de que eu tenho o inicio do procedimento interno poderácominar com o
caso aqui com a perda do mandato não adianta mais o deputado ou senador renunciar já tendo iniciado o procedimento
interno os efeitos da renuncia ficam suspensos ou seja a renuncia não se opera, não se concretiza, só vai se concretizar
após o final do tramite interno, aí qual é a vantagem de ele renunciar aqui se ele pode ser absolvido.

Esquema:
Vamos falar agora do art 56 da constituição federal.

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador.


I – investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de
território, de prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária.

II – licenciado pela respectiva casa por motivo de doença ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular
desde que, neste caso o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa.

Comentário: em termos prá ticos nós temos duas licenças, 1º uma licença para tratamento de saúde, naturalmente ela
não vai ter limite de tempo porque vai depender da doença do respectivo deputado ou senador. Na licença para tratar
de assuntos particulares que é uma outra licença eu tenho um prazo máximo de 120 dias e naturalmente não existe
remuneração, então o deputado federal ou senador se afasta momentaneamente do exercício das suas funções para
tratar de um assunto particular.
Aí um detalhe que a gente vai perceber , eu posso ter a convocação do suplente, mas eu só posso ter a convocação
do suplente com relação a essas duas licenças, para licença para tratamento de saúde, porque eu só posso convocar
o suplente quando o período de afastamento for superior

§1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença
superior a 120 dias.

Comentário: se eu convoco suplente em caso de licença quando a licença for superior a 120 dias. Logo, jamais teremos
a convocação de suplente na licença para tratar de interesses particulares afinal de contas ela é de no máximo 120
dias.

§2º - ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á a eleição para preenche-la se faltarem mais de 15 meses para
o término do mandato.

Comentário: opa! Então posso ter uma eleição durante a legislatura em um período diferente do tradicional, das eleições
gerais? Sim, caso seja a hipótese do art 56 §2º da CF /88.

§3º - na hipótese do inciso I, o deputado ou senador poderá optar pela remuneração do mandato.
Comentário: questão obvia ele não vi acumular, enquanto deputado ou senador.
Na próxima aula falaremos do congresso, das reuniões do congresso nos arts 57 e 58. Vamos falar do art 57, o artigo
que fala a respeito da sessão legislativa no congresso nacional, desde já marquem o caput do artigo 57, uma questão
de concurso muito comum.

Seção VI
Da reuniões

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na capital Federal de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de
agosto a 22 de dezembro.

Comentário: estamos diante da chamada sessão legislativa ordinária. O que é sessão legislativa ordinária? Ora o
período normal de trabalhos do Congresso Nacional durante um determinado ano e quando eu falo dessa sessão
legislativa ordinária prevista no art 57.

É fundamental o estudo do regimento interno do Senado, da Câmara dos deputados e lá tem as chamadas sessões
preparatórias, a final de contas eu tenho que ter a posse dos Deputados Federais, dos Senadores, eu preciso ter a
eleição das respectivas mesas diretoras. Então quando eu tenho sessões preparatórias? irão acontecer sessões
preparatórias no congresso nacional no dia 01 de Fevereiro, mas no dia 01 de fevereiro no primeiro ano da legislatura
e do terceiro ano de legislatura.

Mas de uma maneira geral eu preciso lembrar que o primeiro ano da legislatura são realizadas sessões preparatórias,
a primeira sessão preparatória no dia 01 de fevereiro vai ser para a posse dos membros, posse dos deputados federais
na Câmara dos Deputados e a posse Senadores lá no Senado Federal e a 2ª sessão preparatória ou seja a 2ªsessão
sinônima de reunião do dia será para a eleição da mesa diretora da camara, mesa diretora do Senado, o mandato da
mesa diretora é de 02 anos, então peraí, se a legislatura é composta por 4 anos estou falando do período quadrienal
de trabalhos do Congresso nacional de uma casa legislativa, então naturalmente no terceiro ano da legislatura eu
também preciso ter sessões preparatórias só que aí quando que vai acontecer a sessão preparatória? Ora no dia 01/02,
porque não há como nós termos sessões legislativas ordinárias sem mesa diretora, então para que eu tenha inicio da
SLO do terceiro ano de legislatura é fundamental que a mesa diretora da Câmara e a mesa diretora do Senado estejam
eleitas e quando isso vai acontecer? 01/02 do terceiro ano da legislatura, eu tenho uma sessão preparatória para a
eleição da mesa da câmara e da mesa do senado.
§1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem
em sábados, domingos ou feriados.

Comentário: uma questão natural

Vamos falar agora do §2º e §3º duas importantes questões de administração financeira e orçamentária onde eu preciso
ter cuidado com as disposições orçamentárias previstas da cf/88 eu tenho que ter atenção ao §2º e de uma maneira
geral preocupar com o §3º, ele fala das sessões conjuntas do congresso nacional, quando nós teremos a realização
de uma sessão conjunta.

§2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Comentário: aqui vale uma crítica ao texto constitucional pois ele é incompleto e ele permite que o congresso nacional
encerre a sessão legislativa ordinária sem a votação da LOA, que é o orçamento em si, uma vez aprovado vai ser gasto
no ano seguinte no dia 01 de janeiro a 31 de dezembro do ano seguinte.

Então qual é a falha da redação do §2º? A CF/88 disse bem no seguinte ponto que o congresso nacional não pode
interromper a sessão legislativa ordinária sem aprovação da LDO, então necessariamente a votação da LDO acontece
no primeiro período legislativo, uma vez que eu tenho a LDO é possível nos caminharmos, nós passarmos à LOA,
então o que se espera do Congresso nacional tendo em vista que ele votou a LDO no período legislativo que ele aprove
no 2º período legislativo a lei orçamentária anual, de modo que tenha orçamento de 01 de janeiro a 31 de dezembro
do ano subseqüente só que a constituição nada disse do encerramento da sessão legislativa sem a votação da LOA.
O congresso nacional pode deixar o país sem o orçamento anual aprovado entrando de recesso no final do ano? Sim
inclusive já aconteceu.

§3º - Além de outros casos previstos nesta constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ao em
sessão conjunta para:

I – Inaugurar a sessão legislativa.

Comentário: todo o ano eu tenho a inauguração da sessão legislativa, aí nós temos uma sessão solene do congresso
nacional e onde eu tenho uma sessão conjunta, eu tenho no plenário da Camara dos Deputados a presença não
somente dos Deputados Federais mas também dos senadores, ah porque isso acontece no plenário da camara? Ora
porque o plenário da camara dos deputados é maior então todas as sessões conjuntas do congresso nacional acontece
no plenário da camara dos deputados e uma delas é a sessão conjunta que na verdade vai ser uma sessão solene
para inaugurar a sessão legislativa, inaugurar o ano de trabalho do congresso nacional.

posse do Presidente e vice presidente da republica, eu preciso ter uma convocação extraordinária do congresso
nacional. Eu tenho uma convocação extraordinária do congresso nacional para que seja realizada a sessão conjunta
onde nós teremos a posse do presidente e vice presidente da Republica.

II – elaboar o Regimento Comum e regular a criação de serviços comuns às duas casas

III – Receber o compromisso do Presidente e do Vice - presidente da Republica.

Comentário: questão de prova, posse do presidente e vice presidente quem dá a posse? Congresso Nacional, no dia
01/01, aqui vale comentar uma coisa importante, se eu falo no dia 01 de janeiro não esta compreendido na sessão
legislativa ordinária, eu tenho o período de recesso parlamentar do congresso nacional, então o que precisa acontecer
naturalmente para nós termos a sessão conjunta pra posse do presiente e vice presidente da republica, eu preciso ter
uma convocação extraordinária do congresso nacional. Eu preciso ter uma convocação extraordinária para que seja
realizada a sessão conjunta onde nós teremos a posse do residente e vice presiente da republica.

IV – conhecer do veto e sobre ele deliberar.

Comentário: no processo legislativo eu não posso ter a derrubada do veto por parte do congresso nacional, presidente
da republica vetou projeto de lei, vetou determinado artigo, determinado dispositivo em um projeto de lei, o veto pode
ser total ou parcial, a partir do momento que eu tenho o veto, o veto precisa ser apreciado pelo congresso nacionale a
apreciação do veto se dá em uma sessão conjunta do congresso nacional. Qual é a maioria necessária de derrubada
do veto? Maioria absoluta e um detalhe muito importante se eu preciso ter a maioria absoluta para derrubar o veto eu
tenho entender que no processo legislativo brasileiro eu não posso ter o calculo da maioria absoluta da soma dos
deputados federais mais a soma dos senadores ou seja eu não posso fazer o seguinte... somar os 513 + 81 e do
resultado calcular a maioria absoluta. A derrubada do veto eu tenho uma sessão conjunta mas é uma sessão bicameral
conjunta, significa que a camara dos deputados e o senado federal estão no mesmo plenário simultanemanete
analisando a mesma proposição no caso o veto, mas as respectivas casas mantem sua independência, mantem uma
autonimia quanto a tomada da decisão então eu posso ter a maioria absoluta na camara dos deputados e não a maioria
absoluta no senado, tomada de decisão continua separada, o importante perceber que para derrubar o veto eu preciso
alcançar a maioria absoluta na camara dos deputados e alcançar maioria absoluta no senado federal, então tenho que
fazer cálculos dinstintos, separados.

Vamos falar agora do §4º, falar de sessões preparatórias e uma importante regra tanto na possibilidade de reeleição
para a mesa da camara dos deputados, tanto para a mesa do senado federal.

§4º - cada uma das casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 01 de fevereiro, no primeiro ano de
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas mesas, para mandato de 02 anos, vedada a
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.

Comentário: uma coisa já estudamos, falamos da sessão preparatória que são aquelas reuniões das respectivas casas
onde nós teremos a posse dos membros e eleição da mesa.

Se eu falo primeiro ano da legislatura eu tenho uma sessão preparatória para a posse dos membros e logo em seguida
um sessão preparatória para a eleição da mesa só que o mandato da mesa como nós já vimos são de dois anos o que
importa, o que leva a interpretação é que nós teremos uma sessão preparatória no terceio ano da legislatura para a
eleição da mesa, mas a mesa que vai comandar a camara dos deputados, comendar o senado federal nos 2 últimos
anos da legislatura, se a legislatura é 4 anos de duração, nos dois primeiros anos nós teremos uma determianda
composição da mesa diretora e nos dois últimos anos uma outra composição.. porque eu tenho necessariamente uma
outra composição? Ora porque é vedada a reeleição e essa vedação da reeleição aí entra uma questão teórica. Essa
vedação da reeleição é só para a mesma legislatura.

E no §5º não existe eleição para a mesa do congresso nacional porque? Porque na composição da mesa do congresso
nacional é uma composição mista eu tenho uma composição que vai mesclar membros da mesa do senado com
membros da mesa da camara dos deputados, uma informação importantíssima que o §5º faz é que o Presidente do
congresso nacional, o presidente da mesa do congresso nacional é o presidente do senado, ele acumula funções ao
mesmo tempo que ele é o presidente do senado, ele preside também o congresso nacional.

§5º - A mesa do Congresso Nacional será presidido pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na câmara dos deputados e no senado federal.

Comentário: vamos falar da convocação extraordinária do congresso nacional, o congresso esta em recesso e por
algum motivo ocorre uma convocação extraordinária, aí o congresso passa a funcionar em um sessão legislativa
extraordinária, vejam o texto do §6º do art 57 quem pode pedir a convocação extraordinária no congresso nacional.

§6º - A convocação extraordinária no Congresso Nacional far-se-a:

I – Pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal de
pedido de autorização para a decretação de estado de sitio e para o compromisso e a posse do presidente e do vice
presidente da republica.

Comentário: então aqui quem pede, quem solicita a convocação extraordinária é o Presidente do Senado que é o
presidente do Congresso Nacional, aqui não tem decisão de que não vai, ele vai acontecer, ela vai acontecer
obrigatoriamente, ela tem que acontecer porque estamos falando de situações onde é fundamental a participação do
Congresso Nacional, então se a posse acontece no dia 01/01 não faz parte da sessão legislativa ordinária, o congresso
nacional esta em recesso parlamentar vai acontecer uma convocação extraordinária.

O mesmo acontece na intervenção federal, na decretação do estado de sitio, no estado de defesa é competência
exclusiva do congresso nacional aprovar ali a decretação do estado de defesa, da intervenção federal, autorizar a
decretação do estado de sitio. Então imagine o seguinte o Presidente da Republica quer decretar estado de sitio antes
disso acontecer eu preciso ter uma convocação extraordinária do congresso nacional, caso o congresso esteja em
recesso.

II – Pelo Presidente da Republica, pelos Presidentes da câmara dos deputados e do senado federal ou a requerimento
da maioria dos membros de ambas as casas em caso de emergência ou interesse público relevante em todas as
hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das casas do congresso nacional.
Comentário: quem pode pedir na situação do inciso II, não é só o Presidente do Senado, é o Presidente da Republica,
o Presidente da Câmara e ainda a requerimento da maioria absoluta dos membros de ambas as casas. No inciso I vai
acontecer a convocação é obrigatório acontecer, já no inciso II pode ou não pode acontecer.

Quem pode pedir? O presidente da Camara, o Presidente do Senad, o Presidente da Republica e ainda a requerimento
da maioria absoluta de ambas as cas, da câmara ou do senado, então não confunda aqui estou falando de quem pode
pedir a convocação extraordinária. Quando eu tenho todas essas entidades aqui que podem pedir eu estou falando de
qual caso em si, quando isso pode acontecer? Quando eu estiver numa situação de urgência ou interesse publico
relevante então eu tenho uma questão subjetiva, pode acontecer a convocação extraordinária do congresso nacional,
congresso esta de recesso eu posso ter a convocação extraordinária? Posso, quem pode fazer essa convocação?
Presidente da Republica, Presidente da Câmara dos deputados, Presidente do Senado Federal ou a requerimento da
maioria absoluta do senado ou da Câmara só que tem aí um detalhe, necessariamente essa convocação vai acontecer?
Não necessariamente, porque, nessa situação aqui de urgência ou interesse publico relevante tem que ter uma decisão
da maioria absoluta de cada uma das casas.

ESQUEMA:

§7º - Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi
convocado. Ressalvada a hipótese do §8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
convocação.

Comentário: não existe mais verba indenizatória em razão de convocação extraordinária, antigamente existia mas
tivemos uma alteração no texto constitucional a EC50 que acabou com isso.

§8º - havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas
automaticamente incluídas na pauta da convocação.

Comentário: se tiver Medida Provisoria trancando a pauta das casas legislativas, as casas do congresso nacional, MP
tem relevância de urgência, então é por isso que a MP mesmo em período de convocação extraordinária, mesmo em
uma sessão legislativa ordinária ela entra em pauta de convocação das casas.

Vamos falar agora do art 58 das comissões no âmbito do Poder Legislativo.


Seção VIII
Das comissões
Art. 58. O Congresso Nacional e suas casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

Comentário: questão obvia, qualquer casa legislativa possui comissões permanentes e temporárias. Exemplo de
comissão permanente, comissão de obras publicas, comissão de ciência e tecnologia, comissão de constituição e
justiça, exemplo de comissão temporária, uma comissão parlamentar de inquérito, lembre-se a CPI ela funciona por
prazo certo então é necessariamente uma comissão temporária, isso não é uma peculiaridade, uma exclusividade das
casas do congresso nacional, qualquer casa legislativa possui comissões permanentes também conhecidas como
comissões temáticas e comissões temporárias.

§1º - Na constituição das mesas e de cada comissão, é assegurada tanto quanto possível a representação proporcional
dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva casa.

Questão obvia, se eu falo de composição da mesa, se eu falo da composição de uma comissão qualquer que seja ela
permanente ou temporária eu tenho que tentar reproduzir na medida do possível a correlação de forças politicas que
existem no plenário, naquela casa, então se eu tenho o maior partido, o partido mais forte em regra vai ocupar mais
lugares na composição da mesa diretora, na composição das principais comissões e assim por diante, partidos mais
fracos não tem tanta representatividade, os partidos ou blocos parlamentares que é um conjunto de partidos ali unidos,
os mais fortes terão mais representação.

O que temos no §2º as competências das comissões de maneira genérica, o importante em termos de concurso publico
é o inciso I.

§2º - As Comissões em razão de matéria de sua competência, cabe:

I – Discutir e Votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do plenário, salvo se houver
recurso de um décimo dos membros da casa.

Comentário: quando eu falo do desenvolvimento do processo legislativo dentro de uma casa legislativa, então imaginem
o seguinte eu tenho um projeto de lei ordinário, uma proposição que traz um projeto de lei ordinário, em regra essa
proposição, ela tramita primeiramente nas comissões e depois nós temos a votação no plenário da respectiva casa
legislativa. Então a comissão aprecia, emite um parecer depois nós vamos ter a participação do plenário votando aquele
projeto de lei, aprovando ou não aquela respectiva proposição, só que nem sempre vamos ter a participação do
plenário, determinados temas, determinados assuntos podem ser resolvidos definitivamente pelas próprias comissões
é isso que o inciso I institui.

Para determinados assuntos não tramita no plenário, em regra tramita nas comissões, então as comissões decidem.

Eu posso ter essa questão levada ao plenário? Sim, pelo recurso de um décimo dos membros da respectiva casa.

Então por exemplo poderia acontecer...eu tenho um projeto de lei para dar denominação a uma rodovia federal, qual
vai ser o nome daquela rodovia? Eu tenho que ter um projeto de lei dispondo a respectiva denominação das obras
públicas, em regra quem define isso é as comissões, em regra é a comissão de obras, a comissão decidiu opa! Eu tive
ali um décimo dos deputados federais que ficaram insatisfeitos com o resultado daquela aprovação da proposição,
então o que esse um décimo pode fazer é interpor recurso e levar ao plenário.

II – realizar audiências publicas com entidade da sociedade civil.

Comentário: obvio qualquer comissão, qualquer casa legislativa realiza audiências públicas para conhecer melhor
determinado assunto, embasar melhor o processo legislativo.

III – convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições.

Comentário: uma comissão de assuntos exteriores por exemplo pode convocar o Ministro das Relações Exteriores,
uma comissão da área econômica pode convocar Ministros da Fazenda, e lembre-se falei de convocação falei de um
comparecimento obrigatório, importante aqui é lembrar as regras expostas lá no art 50 da CF/88.

IV – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
autoridades de entidades públicas.

Comentário: umas das funções típicas do poder legislativo. É a função fiscalizadora. A gente ve muito isso nas
comissões parlamentares de inquérito.

V – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.

Comentário: muitas vezes na CPI nós temos lá um cidadão, uma autoridade prestando seu respectivo depoimento.

VI – Apreciar programas e obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
Lembre-se qualquer comissão tem uma função também fiscalizadora, então se existe um projeto, uma obra relacionada
ao seu tema relacionada a sua competência, ela vai acompanhar.

§4º - durante o recesso, haverá uma comissão representativa do congresso nacional, eleita por suas casas na ultima
sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas Regimento comum, cuja composição reproduzirá,
quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.

Comentário: caímos de novo naquela regra do §1º, é importante é perceber o seguinte eu tenho muma comissão
representativa que fica de plantão durante o recesso parlamentar, seja o recesso no meio do ano, seja o recesso do
final de ano.

Vamos falar de um paragrafo muito importante, estamos no art 58, vamos estudar agora o §3º uma questão de prova
importantíssima, uma questão comum na própria mídia brasileira. O que é comissão parlamentar de inquérito, quais
são os seus poderes, o que a gente precisa saber constitucionalmente e até um pouco de doutrina infraconstitucional
sobre comissão parlamentar de inquérito.

Art. 58 §3º - As comissões Parlamentares de Inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais ¹/, além de outros previstos nos regimentos das respectivas casas ²/, serão criados pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente ³/, mediante requerimento de um terço de seus
membros 4/, para a apuração de fato determinado e por prazo certo 5/, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Comentário: quer dizer que a comissão parlamentar de inquérito é um órgão jurisdicional? De jeito nenhum, comissão
parlamentar de inquérito não julga ninuem, comissão parlamentar de inquérito investiga e vai produzir um relatório final
onde o Ministério Publico que vai receber esse relat´roio final vai providenciar ou não a responsabilidade civil ou criminal
dos respectivos infratores, se é que o relaorio da respectiva CPI seja conclusivo.

¹ então porque a CF/88 fala assim que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais? Que em
determinados atos a CPI tem as mesmas prerrogativas que o judiciário tem para investigar, para determinar a produção
de provas, esta simplesmente equiparando que em determinados atos do poder judiciário pode ser estabelecidos numa
CPI.
Cpi não julga ninguém, cpi é um órgão fiscalizador faz parte da função típica fiscalizadora do poder legislativo, um
controle politico administrativo exercido pelo poder legislativo, não é um órgão jurisdicional.
Aquele que esta sendo investigado jamais pode ser chamado de réu, ele é um indiciado.

² além das competências que a gente pode extrair da própria constituição eu também tenho naturalmente os regimentos
internos do senado, da câmara dos deputados, regimento comum.

³ serão criados pela camara dos deputados e pelo senado federal, em conjunto ou separadamente...

Ora se eu tenho uma cpi criada em conjunto significa que eu tenho uma cpi mista, eu tenho uma cpi não só de membros
da câmara ou só membros do senado, é uma cpi mista, a popularmente chamada comissão parlamentar mista de
inquérito, só que eu também posso ter uma cpi separadamente, no âmbito tao somente da câmara dos deputados ou
do senado federal aí eu utilizo a sigla cpi.

4 o que temos para analisar agora? Os requisitos, requerimento de um terço se eu tenho uma comissão parlamentar
de inquérito na câmara, um terço da câmara, se eu tenho uma comissão parlamentar de inquérito no senado, um terço
do senado, e se a comissão é mista? Eu preciso um terço da câmara e um terço do senado.
Agora vamos falar das competências da CPI, aqui fizemos um esquema com aquilo que é mais cobrado em concurso
público.

Vamos começar a analisar o processo legislativo na constituição, estudar detalhadamente no art 59 ao 69 da CF/88.
Seção VIII
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral

Art. 59. O processo Legislativo compreende a elaboração de:


I – Emendas à Constituição
II – Leis Complementares
III – Leis Ordinárias
IV – Leis Delegadas
V – Medidas Provisórias
VI – Decretos Legislativos
VII – Resoluções
Comentário: as emedas a constituição vamos estudar no art 60, falei de leis complementares no art 65 e 66 e no art
69, é sempre importante lembrar que a maioria necessária prá aprovação de uma lei complementar é maioria absoluta
e a produção de leis ordinárias também vamos buscar a fazer um organograma buscando informações no art 65 e 66,
percebam que a produção de leis complementares e leis ordinárias possuem o mesmo procedimento, as mesmas
fases, mas com uma diferença crucial, enquanto a aprovação de uma lei complementar é maioria absoluta e essa
informação tá lá no art 69, a aprovação de uma lei ordinária se dá por maioria simples, e essa informação já vimos no
art 47. E as leis delegadas, vamos estudar no art 68 da CF, medida provisória art 62, questão muito importante.

Classificação mais doutrinariamente do processo legislativo eu posso classificar o processo legislativo em ordinário,
sumário e processo legislativo especial. Em termos práticos de concurso basta raciocinar o seguinte.

PLO ele é o referencial, então se eu falo por exemplo do PLS qual é a diferença? As fases são as mesmas, no PLS a
grande diferença as casas legislativas elas possuem prazos de deliberação, então existe um prazo prá que a casa
legislativa delibere a respeito de determinada proposição na cf/88 a gente vai encontrar no art 64.

Também é importante lembrar que existe um processo legislativo especial e qual é a referência? Referencia não é o
PLO?, ordinário não é o mesmo que comum?, processo legislativo comum, então quando eu tenho um processo
legislativo com fases e procedimentos totalmente diferentes do PLO em regra a doutrina no âmbito aí do processo
legislativo classifica esse processo legislativo como sendo processo legislativo especial.

Ex: uma produção de uma EC, EC produz um processo legislativo totalmente diferente de uma lei ordinária, que esta
dentro do processo legislativo ordinário de uma lei complementar que também esta dentro de um processo legislativo
ordinário, outro exemplo de processo legislativo especial, medidas provisórias e leis delegadas, ao analisarmos os
artigos aqui.

Vamos para o art 60, uma questão muito importante, vamos tratar desse artigo que fala sobre a proposta de emenda
à constituição uma PEC.

Subseção II
Da Emenda à Constituição

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


Comentário: estou falando da iniciativa, quais são as autoridades que detêm a iniciativa de uma PEC, em termos de
autoridade vai perceber que é uma só. Que só o Presidente da República é aquela autoridade que sozinha pode
encaminhar para o Congresso Nacional uma PEC porque nas demais situações vou ter um terço da câmara, um terço
do senado e também mais da metade das assembleias legislativas manifestando cada uma delas por maioria simples,
pela maioria relativa de seus membros, e o que temos nos incisos I, II e III.
I – de um terço no mínimo dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.
II – do Presidente da República.
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades de federação, manifestando –se, cada uma delas
pela maioria relativa de seus membros.
O importante aqui é nós esquematizar-mos a iniciativa da PEC, falei de iniciativa de proposta a emenda a constituição,
o que é importante em termos práticos aqui lembrar que a única autoridade que detem iniciativa que pode encaminhar
sozinha uma proposta de emenda a constituição ao congresso nacional é o presidente da republica, só que além do
Presidente da republica nós também podemos ter a proposição por um terço da câmara dos deputados e porque estou
colocando de forma segmentada porque se porventura estiverem fazendo concurso público onde vocês precisam ter
um conhecimento mais profundo do processo legislativo, quando a proposta de emenda à constituição for de autoria
do Presidente da Republica ou de um terço da Câmara, atenção!!! O ínicio de tramitação dessa PEC lá no congresso
nacional será na Câmara dos Deputados, então começa a tramitar lá, votou na câmara dos deputados , vai para o
Senado federal no §2º do art 60 e além disso o que devo lembrar também, eu também tenho iniciativa de um terço do
senado federal, o senado pode apresentar uma emenda de proposta a constituição e além disso também posso ter
uma proposta de emenda a constituição suja a iniciativa seja de quem? Demais da metade das assembleias
legislativas, manifestando-se cada uma delas por maioria simples (relativa) de seus membros.
Então eu tenho que ter uma proposta de emenda à constituição que seja representativa aí demais da metade das
Assembleias Legislativas e esse numero que representa mais da metade das casas Legislativas em cada uma dessas
casas legislativas a aprovação prá que ocorra essa proposta de emenda a constituição foi por maioria simples, por
maioria relativa, e o importante é perceber que quando temos a iniciativa de uma PEC partindo ou de um terço do
senado ou de mais da metade das Assembleias Legislativas manifestando-se cada uma delas por maioria relativa dos
membros, o inicio de tramitação vai ser no Senado Federal, nós valos estudar o PL da proposta de emenda a
constituição como um todo no §2º, aqui nós estamos falando tão somente do inicio do processo legislativo, estamos
falando da iniciativa. E porque aqui mais da metade das assembleias tem que ser no senado federal? O senado federal
é a casa que representa a federação, os estados, os municípios que integram aquele respectivo estado, um senador é
representante do Estado.

A partir de agora nós vamos estudar os parágrafos do art 60, primeiro nós vamos estudar as chamadas limitações do
poder de reforma da constituição, eu tenho limitações circunstanciais, eu tenho limitações formais do poder de reforma
da constituição e principalmente eu tenho limitaçõesmateriais ao poder de reforma da constituição a chamas clausulas
pétreas.
O que nós temos no §1º uma limitação cincunstancial ao poder de reforma da constituição durante a vidência de
determinadas circunstancias, nós não podemos ter uma emenda àconstituição, quais são essas cirncunstancias?
Intervenção federal, estado de sitio e estado de defesa, então atenção ao texto do §1º.
§1º - A constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, estado de defesa ou de estado de
sitio.
Comentário: é o que a doutrina do processo legislativo, a doutrina constitucional chama de limitação cinscunstancial
ao poder de reforma da constituição.
O §2º, 3º e 5º e os próprios incisos que estudamos na aula anterior, são questões relativas ao processo legislativo da
tramitação de proposta a emenda à constituição, se eu falo que existe um processo legislativo a CF institui um devido
processo legislativo disposto no art 60, então existe naturalmente uma limitação formal ao poder de reforma da
constituição. Exemplo não é qualquer autoridade que pode encaminhar uma proposta de emenda a constituição em
termos de autoridade somente o Presidente da República, deputado Federal sozinho consegue encaminhar sozinho
uma proposta de emenda à constituição? Não consegue, eu preciso ter um terço da Câmara dos Deputados, então
percebam que existe naturalmente uma forma a ser seguida para o devido Processo Legislativo é o que a doutrina
chama limitação formal.
§2º - A proposta será discutida e votada em cada casa do congresso nacional, em dois turnos considerando-se
aprovada se obtiver em ambos três quintos dos votos dos respectivos membros.
Comentário: limitação formal ao poder de reforma da constituição
§3º - A emenda à constituição será promulgada pelas mesas da câmara dos deputados e do senado federal, com o
respectivo número de ordem.
Comentário: desde já, não existe sansão ou veto de emenda à constituição, não existe promulgação da mesa do
congresso, a promulgação é da mesa da câmara e mesa do Senado Federal, limitação formal da reforma da
constituição.
§5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.
Comentário: também constitui uma limitação formal da reforma da constituição.
Então percebam que tanto no §2º, §3º, §5º e nos incisos do art 60 nós temos exemplos de limitação formal ao poder
de reforma da constituição.
Agora vamos para o tópico mais importante quando se fala de limitações de reforma de qualquer constituição as
chamadas limitações materiais, clausulas pétreas presentes no texto constitucional. Determinados temas,
determinadas matérias não podem ser objetos de uma emenda a constituição que venha a abolir, que venha a
prejudicar, que venha justamente a atacar aquela matéria, aquele tema, aquele determinado assunto épor isso que a
doutrina chama o §4º do art 60 de limitação material ao poder de reforma da constituição.
§4º - não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – A forma federativa do Estado.
II – O voto direto, secreto, universal e periódico.
III – A separação dos poderes.
IV – Os direitos e garantias individuais.
Comentário: lembre-se que o art 5º ele não trata só de direitos e garantias, trata tamebm de deveres.
Percebam que um dever disposto lá no art 5º da cf/88 não esta protegido pelo inciso 4º do art 60 não é uma limitação
material do poder de reforma da constituição então eu posso ter uma emenda a constituição que venha a alterar o texto
da cf/88 do art 5º e que venha a suprimir, um dever imposto ao art 5º, o que eu não posso atacar são direitos e garantias
individuais. Eu posso ter uma emenda à constituição que venha a aumentar os direitos e garantias do art 5º.
Subseção III
Das Leis
Vamos falar da iniciativa das leis ordinárias e leis complementares. Atenção não confundam o art 61 com a proposta
de emenda a constituição que já estudamos nos incisos do art. 60, quando eu falo de uma PEC nós vimos que o
Presidente da Republica, um terço da Camara dos deputados, um terço do senado federal, mais da metade das
assembleias legislativas manifestando cada uma delas por maioria relativa de seus membros (maioria simples) que
podem apresentar uma proposta à emenda a constituição no congresso nacional, e quando eu falo de uma iniciativa
de lei, de uma maneira geral, de um projeto de lei, seja um projeto de lei complementar ou um projeto de lei ordinária
quem detem a iniciativa, quais são as autoridades, os órgãos listados na cf/88 que possuem iniciativa legislativa dessa
prerrogativa de dar inicio ao processo legislativo lá no congresso para a produção ou de uma lei complementar ou de
uma lei ordinária, vejam só e marque o caput do art. 61.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da câmara dos
deputados, do senado federal ou do congresso nacional, ao Presidente da Republica, ao Supremo Tribunal Federal,
aos tribunais superiores, ao Procurador geral da Republica e aos cidadãos na forma e nos casos previstos nesta
constituição.
Comentário: a primeira pergunta, a pergunta básica das examinadoras de concurso publico em regra tá no caput do
art 61, quas são as autoridades, órgãos que detem iniciativa legislativa? Todos os mencionados no caput. Só que além
disso muitas vezes eu preciso perceber onde que acontece o inicio da tramitação como a organização do congresso
nacional dá inicio dessa tramitação.

Vamos falar da competência privativa do presidente da republica para ser autor de determinados projetos de lei, só
que antes disso de adentrar-mos no texto constitucional é importante nos aprender-mos as fases do processo legislativo
e quando eu falo de processo legislativo eu não estou falando de um processo legislativo especial que dá origem por
exemplo as emendas da constituição eu estou falando do processo legislativo ordinário ou do processo legislativo
sumário a gente vai estudar o processo legislativo sumário no art 64 só que em termos práticos as fases do processo
legislativo são as mesmas seja no processo legislativo ordinário, seja no processo legislativo sumário, a diferença é
que no processo legislativo sumário nós teremos prazos para a deliberação legislativa. Agora o que eu quero que vocês
prestem atenção antes de nós adentrarmos no art 61 §1º da CF/88 quando eu falo das fases do processo legislativo
ordinário ou sumário eu preciso ter atenção ao esquema aqui. Falei da fase de iniciativa, falei da fase de provocar o
poder legislativo para que o poder legislativo de inicio ao processo legislativo de modo a elaborar um ato primário seja
uma lei complementar, seja uma lei ordinária então quando eu falo de iniciativa nós estamos falando daquelas
autoridades, daqueles órgãos listados na cf/88 que possuem iniciativa legislativa que possuem legitimidade para
provocar o inicio do processo legislativo, nós já estudamos no caput do art 61 quais são essas autoridades, quais são
os órgãos que possuem essa iniciativa legislativa. Quando a gente fala de iniciativa, a gente fala de uma fase
introdutória e que em regra os concursos públicos vão explorar as seguintes iniciativas.

Processo Legislativo Sumário (Doutrina Urgência Constitucional)


Muito cuidado com esse artigo 64, em termos de uma Lei Ordinária ou de uma Lei Complementar eu tenho aí o art 64
da CF/88 ele não só traz o prazo de 45 dias pra cada casa do Congresso Nacional, apreciar aquele projeto de lei que
teve solicitação de urgência por parte do Presidente da Republica como ele traz também conceitos que são aplicados
ao Processo Legislativo ordinário ou seja as fases do Processo Legislativo são as mesmas, a diferença vai ser a
existência de tempo prá que cada casa do Congresso Nacional delibere daquela respectiva matéria.
Quando a gente estuda o art 64 de uma certa forma estamos antecipando o estudo do art 65 e art 66.

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

Comentário: uma regra geral do Processo Legislativo no tocante a elaboração das leis, se eu tenho uma proposição
que leva um projeto de lei de iniciativa do Presidente da República a votação desta proposição, a votação deste projeto
de lei se dá inicialmente onde? Na Câmara dos Deputados, se a iniciativa é do Supremo Tribunal Federal, também
será na Câmara dos Deputados, se é nos Tribunais Superiores também se dá a votação na Câmara dos Deputados.

§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
Comentário: aqui estamos falando em si da urgência constitucional, o parágrafo primeiro e segundo são os que tratam
necessariamente dessa solicitação de urgência por parte do Presidente da Republica do Processo Legislativo Sumário
é a parte mais importante do termo de cobrança.
O §1º fala do chefe do poder executivo poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa. Então
quando falo da urgência constitucional prevista no art 64, esse processo legislativo sumário, estou falando de uma
faculdade, uma possibilidade que é colocada prá quem? Tão somente para o Presidente da República. Em qualquer
projeto seja privativa ou não, o Presidente pode pedir a urgência constitucional, significa que o prazo de deliberação
das casas e o prazo de tramitação no âmbito do congresso nacional ele é um projeto constitucionalmente fixado em 45
dias, informação que esta no §2º. A solicitação de urgência ela pode se dar no momento da iniciativa, mas pode
acontecer depois.
Exemplo: o Presidente da Republica encaminhou Projeto de Lei à Câmara dos Deputados, não solicitou urgência
constitucional, este projeto esta tramitando no âmbito do Congresso Nacional, em qualquer momento nessa fase o
Presidente pode solicitar a chamada urgência constitucional aí a gente passa a observar as regras do §2º.

§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada
qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão (trancar) todas as demais deliberações legislativas
da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.

Comentário: A Constituição estipula aqui um prazo de 45 dias cada qual sucessivamente, significa que eu tenho 45
dias para a Câmara dos Deputados e 45 dias para o Senado Federal, não é igual medida provisória que é 45 dias para
ambas as casas, nada mais poderá ser votado com exceção aquelas que já possuem prazo constitucional.
Seguinte, eu não tenho medida provisória? Medida provisória não pode entrar em regime de urgência quando dá ali os
45 dias. Eu tenho uma MP que esta trancando a pauta na Câmara dos Deputados, aí vem uma outra proposição, outro
projeto de lei do Presidente da Republica de iniciativa do Presidente da Republica e que tem solicitação de urgência,
vence ali os 45 dias, o que terá prioridade de votação? A MP tem prevalência.
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias,
observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

Comentário: se eu tenho um prazo para deliberar ao projeto em si, um projeto como um todo 45 dias para cada casa
se o Senado faz emenda, e o Senado aqui é necessariamente a casa revisora tem que ter prazo para a câmara que é
a casa iniciadora apreciar suas emendas.

§ 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de
código.

Comentário: uma regra lógica em termos de processo legislativo, obvio se eu tenho um recesso do Congresso nacional,
eu tenho suspensão dos prazos, já pensou em um Projeto de lei do código de processo civil, código de processo penal,
a CF/88 não pode permitir um projeto de código, uma norma de extrema importância no âmbito da sociedade. Projeto
de código não esta sujeito a urgência constitucional.

_ Projeto de Lei Ordinária – é maioria simples


_ Projeto de Lei Complementar – é maioria absoluta
Processo Legislativo Ordinário

vamos falar do Processo Legislativo Ordinário comum que dá origem a grande parte das leis aprovadas pelo Congresso
Nacional, uma questão importantíssima seja para

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