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AVALIAÇÃO DE PISO DRENANTE COM A UTILIZAÇÃO DE

AGREGADOS RECICLADOS
Evaluation of draining floor with recycled aggregates

Ana Carla Maia Ferreira Alencar (1); Antonio Eduardo Bezerra Cabral (2)

(1) Engenheira Civil, Universidade Federal do Ceará, anealencar@hotmail.com


(2) Engenheiro Civil, Professor Doutor, Universidade Federal do Ceará, eduardo.cabral@ufc.br
Campus Universitário do Pici, Bloco 710, Fortaleza, Ceará.

Resumo
Vivencia-se, atualmente, um crescente aumento da consciência ecológica da sociedade.
Vê-se o aumento do uso de agregados provenientes da reciclagem de resíduos de
construções e demolições, antes descartados no meio-ambiente. Aliado a isso, vê-se que
o processo de urbanização das cidades acaba por provocar aumento das áreas
impermeabilizadas, gerando crescimento do escoamento superficial. Este trabalho se
propõe a desenvolver uma tipologia de pavimentação, denominada de piso drenante, que
se trata de uma alternativa sustentável de pavimento. Esse produto também se propõe a
incorporar em sua composição material reciclável proveniente dos resíduos da construção
civil, desenvolvendo um produto que tem preocupação com a sustentabilidade das
cidades e o com meio ambiente. O piso drenante também foi produzido com agregados
naturais, para se verificar se o piso produzido com agregados reciclados se comporta de
maneira similar. Realizaram-se ensaios nas placas de piso drenante para verificar suas
resistências à compressão, flexão, impacto e permeabilidade. Observou-se que o piso
produzido apresenta boa permeabilidade, atendendo a sua principal função, e boa
resistência ao impacto, entretanto, apresentou baixas resistências à compressão e flexão.
Palavra-Chave: piso drenante, agregados reciclados, sustentabilidade.

Abstract
We live, today, an increasing ecological awareness in our society. We see the increasing
use of aggregates from construction and demolition, before discarded into the
environment. Allied to this, it is seen that the process of urbanization of
cities eventually causes an increase in impermeable areas, generating
growth runoff. This study aims to develop a typology paving, called draining floor, a
sustainable alternative flooring. This product also intends to incorporate into its
composition recyclable material from the waste of construction, developing a product that
has concerns about the sustainability of cities and the environment. The
floor drainage was also produced with natural aggregates, to see if the flooring made
with recycled aggregates behaves similarly. Assays were performed in draining floor
boards to check their resistance to compression, bending, impact and permeability. The
results showed that the floor produced has good permeability, achieving its main function,
and good impact resistance. They also showed, however, low resistance to
compression and bending.
Keywords: floor drainage, recycled aggregates, sustainability.
ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 1
1 Introdução
Como a construção civil é um dos setores de grande ascendência em nosso País, é
fundamental que se pense, de maneira ecológica, em um destino para resíduos e demais
componentes construtivos que são descartados no meio-ambiente. Iniciou-se, portanto,
no Brasil, por volta dos anos 1980, o processo de reciclagem de resíduos oriundos da
construção civil, entretanto, o avanço deste processo se deu a partir do ano de 2002,
quando foi publicada a Resolução N° 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA). A utilização de agregados reciclados para a execução de pavimentos
apresenta sucesso e proporciona grandes expectativas e abrangência de aplicações.
Aliado a esta problemática, a drenagem pluvial urbana tem um importante papel na
infraestrutura de uma cidade. O principal objetivo da construção das redes de drenagem
pluvial é a remoção das águas pluviais, que não conseguem infiltrar, da forma eficiente,
devido ao processo de impermeabilização das cidades. Dessa forma, evitam-se os
transtornos, riscos de inundação e conseqüentemente os prejuízos por estes causados
(TUCCI, 2005). No Brasil, os problemas relacionados à drenagem pluvial urbana tornam-
se cada vez mais evidentes devido ao crescimento urbano das cidades, causando
impactos significativos na população e no meio ambiente.
Diante disso, deve-se pensar em alternativas que proporcionem minimizar, ou até cessar,
tal problemática. Uma possibilidade de solução seria o uso de pavimentos drenantes, que
auxiliam na capacidade de infiltração do solo das águas pluviais, outrora perdidas devido
ao avanço das áreas urbanas impermeáveis, combinadas com a falta de políticas
governamentais adequadas, gerando uma redução dos volumes escoados. O pavimento
permeável, chamado aqui de piso drenante, trata-se de um produto voltado à
pavimentação para pedestres na área urbana, onde a permeabilidade trata-se da principal
característica a ser estudada. O piso drenante é um dispositivo de infiltração onde o
escoamento superficial é desviado através de uma superfície permeável para dentro de
um reservatório de pedras localizado sob a superfície do terreno (Urbonas e Stahre, 1993,
apud Acioli et. al., 2003). Segundo Marchioni e Silva (2010), os pavimentos drenantes
reduzem o escoamento superficial em até 100%, dependendo da intensidade da chuva, e
retardam a chegada da água ao subleito reduzindo a erosão.
Diante da preocupação com o meio ambiente, procurou-se unir os conceitos de
reciclagem e a possibilidade de tornar os solos das cidades cada vez mais permeáveis,
evitando enchentes e alagamentos. O desenvolvimento deste produto também se propõe
a incorporar material reciclável proveniente de resíduos da construção civil. Algumas
empresas no País já fabricam diferentes tipos de pisos drenantes, que permitem a
permeabilidade da água no solo, entretanto, em sua grande maioria utilizam 100% de
agregados naturais, ou apenas incorporam reciclados como a borracha moída. É
inovadora, portanto, a busca por se produzir o piso drenante com 100% de agregados
reciclados oferecendo uma alternativa de destino para o entulho que é gerado e
proporcionando à água da chuva infiltrar-se no solo evitando acúmulos na superfície.
Direcionado a essa nova tecnologia, é importante se preservar o bem estar da população,
aumentando a qualidade de vida da comunidade e do meio urbano, proporcionando uma
melhora da drenagem urbana, através do desenvolvimento de um produto que tem a
preocupação com a sustentabilidade das cidades e com o meio ambiente.

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Portanto, o objetivo dessa pesquisa é desenvolver um piso permeável com o uso de
agregados reciclados, miúdos e graúdos, de resíduos da construção civil, procurando
verificar a eficiência do material produzido por meio da comprovação da sua taxa de
permeabilidade; avaliar um piso cuja resistência à compressão e flexão se encontre
dentro dos limites estabelecidos por norma; avaliar um piso com agregado natural para
efeito comparativo ao produzido com agregado reciclado e verificar se o piso permeável
produzido com agregado reciclado apresenta resistência ao impacto similar à do
produzido com agregado natural.

2. Metodologia
2.1 Materiais
O cimento usado para a produção das amostras de piso drenantes foi o CP II-E-32, pois
se trata de um cimento que é encontrado facilmente em Fortaleza. O agregado natural
miúdo utilizado foi areia quartzosa lavada e peneirada, oriunda de leitos de rios. Já o
agregado natural graúdo é proveniente de pedreiras localizadas na região metropolitana
de Fortaleza e trata-se de um granito britado. O agregado miúdo reciclado foi cedido por
uma usina de reciclagem, sendo um agregado reciclado misto, conforme a NBR 15116
(ABNT, 2004). O agregado graúdo reciclado se trata de um agregado proveniente da
britagem de corpos-de-prova ensaiados de concreto, que foram triturados por meio de um
britador de mandíbulas, no Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará - NUTEC, localizado
no Pici. Foi necessário, inicialmente, realizar-se um peneiramento dos agregados
reciclados para adequá-los à granulometria desejada. O agregado proveniente da
empresa Usifort foi passado na peneira de 4,8mm sendo a parte passante nesta peneira
utilizada como agregado miúdo reciclado. Para o agregado graúdo reciclado, após a
britagem dos corpos-de-prova de concreto, o peneiramento foi feito de forma que o
material passante na peneira 19mm e retido na peneira 4,8mm fosse o utilizado como
agregado graúdo. Utilizou-se, também, o aditivo Glenium 51 buscando melhorar a
trabalhabilidade dos concretos produzidos.

2.1.1 Caracterização dos agregados


Os materiais utilizados para a composição do piso ecológico foram caracterizados
conforme as normas da ABNT, com testes realizados no Laboratório de Materiais de
Construção da Universidade Federal do Ceará. Apresentam-se, na tabela 1, as
propriedades físicas dos agregados miúdos utilizados enquanto que as propriedades
físicas do agregado graúdo estão apresentadas na Tabela 2.

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Tabela 1: Resultados propriedades físicas dos agregados miúdos utilizados.
Ensaio realizado Agregado reciclado Agregado natural

Massa específica 2,54 g/cm³ 2,58 g/cm³

Massa unitária 1,43 g/cm³ 1,50 g/cm³

Absorção 1,80% 1,80%

Módulo de finura 2,14 mm 2,86 mm


Dimensão máxima 2,4 mm 4,75 mm
característica

Fonte: Autor, 2013

Tabela 2: Resultados propriedades físicas do agregado graúdo.


Ensaio realizado Agregado reciclado Agregado natural

Massa específica 2,63 g/cm³ 2,64 g/cm³


Massa unitária solta 1,20 g/cm³ 1,43 g/cm³
Massa unitária compactada 1,37 g/cm³ 1,52 g/cm³
Absorção 6,60% 0,80%
Módulo de finura 6,72 mm 7,00 mm
Dimensão máxima 19,10 mm 25,00 mm
característica

Fonte: Autor, 2013

2.2 Método de pesquisa


O método de pesquisa tratou-se do exploratório. O trabalho iniciou-se com uma pesquisa
bibliográfica acerca dos estudos já existentes sobre o tema. Em seguida, foi realizada a
etapa laboratorial, com a produção do piso drenante. Este foi produzido no Laboratório de
Materiais de Construção da Universidade Federal do Ceará. A determinação do traço do
concreto se deu após alguns estudos de dosagem tomando por base a bibliografia
existente. Utilizando-se o trabalho de Nunes et al. (2009), testou-se um primeiro traço de
1:6,5 (aglomerante:materiais secos). Considerando o teor de argamassa (α) de 40%,
buscando uma alta porosidade, encontrou-se a quantidade de areia e consequentemente
de brita necessária. Logo, o traço testado foi 1:2:4,5, e adotada uma relação a/c de 0,4. A
Figura 1 apresenta o aspectos do concreto desta primeira tentativa, onde se vê que o
concreto se apresenta sem nenhuma coesão.

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Figura 1: Primeiro traço testado. (Autor (2013))

Fez-se, então, um segundo teste com o aumento da relação a/c para 0,5 e incorporação
do aditivo Glenium 51 buscando-se melhorar a trabalhabilidade e moldabilidade do
concreto nas formas. Dessa vez o concreto se apresentou mais uniforme, entretanto, feito
um teste empírico de permeabilidade, ele não se mostrou eficiente. Pode-se ver na Figura
2 o aspecto do concreto em questão.

Figura 2: Segundo traço testado (Autor (2013))

Decidiu-se por aumentar a porosidade do concreto para diminuir a quantidade de finos. O


novo teor de argamassa adotado foi de 30%. O novo traço passou a ser de 1:1,25:5,25
com a relação a/c mantida em 0,5 e uso do aditivo Glenium 51 em 0,35. O concreto
apresentou-se mais uniforme e, feito novamente o teste empírico de permeabilidade
apresentou-se satsfatório (Figura 3).
O piso drenante adotado se apresenta como uma placa quadrada de lado 20cm com 6cm
de espessura, cujas fôrmas, feitas em madeira, foram executadas manualmente. A
produção dos pisos deu-se com a seleção do material, produção da mistura, moldagem e
desforma das peças, secagem e cura. As fôrmas utulizadas foram de madeira pois
facilitavam a execução da moldagem e a desforma. Preferiu-se utilizar as fôrmas sem
fundo, moldando os corpos-de-prova diretamente no solo, separando-os apenas com um
plástico. Para facilitar o processo da desforma, todas as fôrmas tiveram suas laterais
internas untadas com óleo mineral.

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Figura 3: Teste empírico de permeabilidade (Autor (2013))

Inicialmente o concreto foi produzido com 100% agregados reciclados. Não foi feita pré-
molhagem dos agregados reciclados, entretanto, a água que seria absorvida pelos
agregados reciclados foi compensada para o traço com agregados naturais. Após a
mistura dos materiais, realizada em betoneira elétrica de 120 litros, o concreto foi
transportado para as fôrmas de madeira dispostas no solo, untadas com óleo, sendo
estas então preenchidas de concreto. A compactação do concreto nas fôrmas foi feita
manualmente e depois as peças foram vibradas em um intervalo de 5 a 10 segundos com
o uso de um vibrador de agulha, o que permitia seu preenchimento, sem que a mistura se
compactasse demais nas fôrmas. A desforma das peças foi feita no dia posterior à
produção dos corpos-de-prova. Em seguida, os mesmos foram levados para um
reservatório existente no laboratório para o processo de cura úmida até a idade 28 dias.
Para esse mesmo traço foi produzido o piso com 100% de agregados naturais para efeito
comparativo, compensando-se a água absorvida pelos agregados reciclados devido sua
maior absorção. O piso produzido com agregados naturais foi produzido seguindo o
mesmo processo descrito.
Após os 28 dias de cura, foram realizados ensaios de resistência à compressão,
resistência à flexão, resistência ao impacto e permeabilidade. Os ensaios realizaram-se
no Laboratório de Materiais de Construção, no Núcleo de Tecnologia e no Laboratório de
Mecânica dos Solos.
O ensaio de resistência à compressão foi realizado segundo as prescrições da NBR 9780
(ABNT, 1987). Para a realização do ensaio, os corpos-de-prova tiveram suas faces
superiores e inferiores regularizadas com a aplicação de uma camada de argamassa de
enxofre, conforme especificado na norma. As peças foram dispostas sobre as placas
auxiliares de ensaio de maneira que sua superfície de rolamento estivesse em contato
com a placa auxiliar superior da máquina de ensaio, e de modo que o eixo vertical, que
passa pelo centro das peças coincidisse com o eixo vertical passante pelo centro das
placas. O carregamento foi aplicado de maneira contínua até o momento de ruptura das
peças de piso drenante. Foram ensaiados 5 corpos-de-prova do piso drenante produzidos
com agregado reciclado e outros 5 produzidos com agregado natural. Estes tiveram que
ser cortados para atender a norma do ensaio, pois possuíam largura de 200 mm e esta
deve ser inferior a 140 mm. A resistência média à compressão de cada peça é obtida
dividindo-se a carga de ruptura (em N) pela área de carregamento (em mm²),
multiplicando-se o resultado pelo fator “p”, função da altura da peça, conforme a tabela 3:

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Tabela 3 – Fator multiplicativo “p”
Altura nominal da peça Fator multiplicativo
(mm) "p"
60 0,95
80 1,00
100 1,05
Fonte: NBR 9780 (ABNT, 1987)

A determinação da carga de ruptura à flexão se deu conforme adaptação da NBR 13858


(ABNT, 2007). Na realização do ensaio adotou-se como apoio 3 barras de ferro de 38mm
de diâmetro, para adaptação da prensa existente. Foram ensaiados 10 corpos-de-prova
(5 com agregados reciclados e 5 com agregados naturais). Todos os corpos-de-prova
ensaiados também tiveram suas superfícies revestidas com argamassa de enxofre
buscando uma regularização das faces e melhorar a dissipação dos esforços.
Foram feitas em cada placa a marcação de três eixos auxiliares. Um localizado na face
superior da peça, em seu centro de gravidade, e os outros dois eixos na face inferior da
peça localizados a 6,6 cm a partir do eixo central da peça, atendendo a distância entre
centros de 2/3 do comprimento do corpo de prova estabelecida em norma. A carga foi
aplicada progressivamente e sem golpes até o momento de ruptura da peça. Para o
cálculo da resistência individual de cada peça foi utilizada a seguinte equação 1:

ffi = 3/2 . (F.d/b.h²) (1)

Onde:
F = força expressa em N;
d = distância entre eixos de apoio utilizado no teste de ruptura, no caso 13,2 cm;
b = base, largura da peça, no caso 20 cm;
h = altura da peça, no caso 6 cm;
ffi = resistência individual das peças ensaiadas, em MPa.

O ensaio escolhido para verificação da resistência ao impacto foi o da NBR 15845:


Rochas para revestimento – métodos de ensaio, anexo H (ABNT, 2010). O ensaio
consiste na queda de uma esfera de aço, com 0,06 m de diâmetro e 1 kg, a partir de
diferentes alturas. O corpo-de-prova é assentado sobre um colchão de areia, com a face
com acabamento de uso para cima, de maneira que fique centralizado. A esfera é solta
em um tubo vertical de 1,5m de altura e 7,5cm de diâmetro, caindo, inicialmente, de uma
altura de 20cm. A partir dessa altura repete-se o procedimento para intervalos crescentes
de altura de 5 cm, até que haja a ruptura da placa. De posse do valor da altura de ruptura,
é possível encontrar a energia de ruptura pela equação 2:

W = m.g.h (2)
Onde:
W = energia de ruptura, expressa em Joules (J);
m = massa da esfera, expressa em kilogramas (kg);

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g = aceleração da gravidade (9,806 m/s²);
h = altura de ruptura, expressa em metros (m).

Para a determinação do coeficiente de permeabilidade do piso, utilizou-se a NBR 13292:


Solos – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga
constante (ABNT, 1995). Este ensaio foi realizado no Laboratório de Mecânica dos Solos
da UFC. Para adequação ao ensaio foi necessário cortar os corpos-de-prova produzidos.
As placas quadradas produzidas passaram a ser circulares. Com uso de uma broca de 10
cm de diâmetro, foram extraídos os corpos-de-prova utilizados neste ensaio a partir das
placas de 20 x 20 x 6 cm³. Para garantir que a água passe apenas na face superior dos
corpos-de-prova, estes deveriam ter suas laterais vedadas. As laterais dos corpos-de-
prova foram revestidas com argila, garantindo sua impermeabilidade (Figura 4).

Figura 4: Revestimento lateral de argila (Autor (2013))

O corpo de prova é, então, posicionado no interior do permeâmetro e um fluxo de água


através dele é iniciado, mantendo a coluna de água constante. Após a saturação do corpo
de prova é medida a vazão que passa por ele e o intervalo de tempo necessário. Foram
realizadas três medições para cada corpo-de-prova e foram ensaiados 5 corpos-de-prova
produzidos com agregados reciclados e outros 5 produzidos com agregados naturais.
Com esses dados são feitos os cálculos do coeficiente de permeabilidade. A
permeabilidade é calculada através da equação 3.

K = Q.L / A.t.h (3)


Onde:
K = coeficiente de permabilidade, em cm/seg;
Q = volume medido na proveta, em cm³;
L = altura do corpo-de-prova, em cm;
A = área da seção transversal, em cm²;
t = tempo, em seg;
h = perda de carga, em cm.

Com o uso dessa equação, medida a perda de carga de 1,45 m e sabendo que todos os
corpos-de-prova apresentaram diâmetro de 10,1 cm, calcularam-se os valores do

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coeficiente de permeabilidade médio para os 10 corpos-de-prova, cinco produzidos com
agregados reciclados e cinco produzidos com agregados naturais.

3. Resultados e discussões
3.1 Resistência à compressão
Os resultados das cargas, em KN, e a resistência à compressão aos 28 dias, em MPa, do
piso drenante produzido com agregado natural e com agregado reciclado são
apresentados nas tabelas 4 e 5, respectivamente.

Tabela 4: Resistência à compressão do piso drenante produzido com agregados naturais, aos 28 dias.
CP Carga de ruptura (KN) Área (mm²) Resistência Resistência corrigida
(MPa) (MPa)
1 127,48 6,362 20,0 19,0
2 130,75 6,362 20,6 19,5
3 91,47 6,362 14,4 13,7
4 108,31 6,362 17,0 16,2
5 112,23 6,362 17,6 16,8
Resistência média = 17,04 Mpa
Desvio padrão = 2,33
Coeficiente de variação = 13,7%
Fonte: Autor, 2013

Tabela 5: Resistência à compressão do piso drenante produzido com agregados reciclados, aos 28 dias.
CP Carga de ruptura (KN) Área (mm²) Resistência Resistência corrigida
(MPa) (MPa)
1 32,40 6,362 5,10 4,80
2 37,20 6,362 5,80 5,60
3 59,60 6,362 9,40 8,90
4 40,80 6,362 6,40 6,10
5 59,10 6,362 9,30 8,80
Resistência média = 6,84 Mpa
Desvio padrão = 1,90
Coeficiente de variação = 27,8%
Fonte: Autor, 2013

Conforme a NBR 9781 (ABNT, 987), as peças de concreto para pavimentação devem
possuir resistência maior ou igual a 35 MPa. As Tabelas 4 e 5 mostram que a resistência
média do piso drenante foi de 17,04 MPa, para o piso produzido com agregado natural, e
de 6,84 MPa, para o piso produzido com agregado reciclado, o que não atende à norma
brasileira. Entretanto, o piso drenante produzido tem o objetivo de ser aplicado em locais
como passeios públicos, praças, entre outros locais com tráfego de pedestres e bicicletas,
portanto não necessitariam ter tamanha resistência à compressão. De acordo com Obla
(2007), os resultados para resistência à compressão em pisos permeáveis são variáveis
entre 3,5MPa a 28MPa, e que estes podem ser utilizados em uma ampla gama de

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aplicações, tendo como valor típico de resistência 17MPa. Verifica-se que, tanto o piso
produzido com agregados naturais, quanto o produzido com agregados reciclados,
encontram-se dentro deste intervalo, e que o piso produzido com agregados naturais
apresentou exatamente o valor típico de resistência à compressão. Nunes et al. (2009)
encontraram, em seu trabalho, uma resistência média à compressão para o piso
permeável de 16,32MPa, valor similar ao encontrado aqui para o piso produzido com
100% de agregados naturais. Conforme Fioriti (2007) apud Nunes (2009), as normas da
Austrália e África do Sul mostram que a resistência de 15 MPa é suficiente para suportar
as sobrecargas exigidas em locais como calçadas, praças e espaços com trânsito leve.
O piso drenante produzido com agregados reciclados apresentou uma resistência à
compressão 60% inferior a do piso produzido com agregados naturais. Essa diminuição
da resistência pode ter sido causada pela própria resistência dos agregados reciclados,
que tende a ser inferior ou pelo excesso da água de absorção que acaba por reduzir a
relação a/c. Ressalta-se que o piso foi produzido com 100% de agregados reciclados e,
possivelmente, se este fosse produzido com teores inferiores de agregados reciclados
esta resistência iria aumentar.

3.2 Resistência à flexão


Tem-se, nas Tabelas 6 e 7, o resultado do ensaio de resistência à flexão para os 5
corpos-de-prova ensaiados produzidos com agregados naturais e com agregados
reciclados, respectivamente.

Tabela 6: Resistência à flexão do piso drenante com agregados naturais, aos 28 dias
CP Força da máquina Força (N) Resistência do
(Kgf) CP

1 700 7000 1,93


2 300 3000 0,83
3 600 6000 1,65
4 400 4000 1,10
5 300 3000 0,83
Resistência média = 1,27 MPa
Desvio padrão = 0,5
Coeficiente de variação = 39,3%
Fonte: Autor, 2013

O resultado deste ensaio foi prejudicado devido ao equipamento em que os corpos-de-


prova produzidos com agregados naturais foram ensaiados. Pode-se verificar uma grande
heterogeneidade dos dados dos corpos-de-prova produzidos com agregados naturais,
apresentando um coeficiente de variação superior a 30%.

Tabela 7: Resistência à flexão do piso drenante com agregados reciclados, aos 28 dias

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CP Força da máquina Força (N) Resistência do
(Kgf) CP

1 830 8300 2,28


2 1100 11000 3,03
3 1002 10020 2,76
4 911 9110 2,51
5 1425 14250 3,92
Resistência média = 1,27 MPa
Desvio padrão = 0,5
Coeficiente de variação = 39,3%
Fonte: Autor, 2013

Dessa forma a comparação entre os dois pisos se torna difícil no que concerne a
resistência à flexão. Pode-se verificar um resultado satisfatório para o piso produzido com
agregados reciclados. Este apresentou uma resistência média de 2,9MPa. Tomando por
referência a legislação da prefeitura de São Paulo (PMSP, 2013), os pisos devem possuir
uma resistência à flexão com valor individual ≥ 4,6 MPa e média ≥ 5,0 MPa, logo o piso
produzido não conseguiu atender a esta especificação. Nunes et al. (2009) obtiveram uma
resistência à flexão para o piso permeável de 4,38MPa. O valor aqui encontrado para o
piso produzido com agregados reciclados foi, aproximadamente, 34% inferior.

3.3 Resistência ao impacto


Dos 5 corpos-de-prova ensaiados produzidos com agregados naturais, três deles
suportaram a altura máxima de ruptura da máquina, que é de 1,5m, sem romper. Um
outro sofreu ruptura com uma altura de queda de 1,45m e o outro com 1,30m. A partir
disto calculou-se a energia acumulada para cada corpo-de-prova, conforme apresentado
na Tabela 8. Diante disso, encontramos uma energia acumulada média para as peças
com agregados naturais de 210,93 Joules, demonstrando bom resultado com relação à
resistência das peças ao impacto.

Tabela 8: Altura de ruptura e energia acumulada para corpos-de-prova com agregados naturais
CP Altura de ruptura Energia acumulada
(cm) (J)
1* 150 225,05
2* 150 225,05
3 145 210,34
4* 150 225,05
5 130 169,15
*não romperam
Fonte: Autor, 2013

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A Tabela 9 mostra os resultados individuais de altura de ruptura e da energia acumulada
para os 5 corpos-de-prova ensaiados produzidos com agregados reciclados. A média de
energia acumulada pelos corpos-de-prova foi de 205,44 Joules. Vê-se que os corpos-de-
prova produzidos com agregados reciclados também suportaram bem ao impacto
recebido, apresentando uma energia acumulada 2,6% inferior aos corpos-de-prova
produzidos com agregados naturais.

Tabela 9: Altura de ruptura e energia acumulada para corpos-de-prova com agregados naturais
CP Altura de ruptura Energia acumulada
(cm) (J)
1 150 225,05
2 145 210,34
3 125 156,41
4 145 210,34
5 150 225,05
Fonte: Autor, 2013

3.4 Ensaio de permeabilidade


O coeficiente de permeabilidade médio para cada corpo-de-prova está apresentado na
tabela 10. Este foi calculado com os valores das 3 medições que foram feitas
individualmente. Os primeiros cinco CP’s apresentados na tabela 10 tratam-se dos
produzidos com agregados reciclados, os CP’s 6 a 10 são os produzidos com agregados
naturais.

Tabela 10: Coeficiente de permeabilidade médio para os corpos-de-prova ensaiados


Tipo de agregado N° do corpo-de-prova Coeficiente de permeabilidade médio (cm/s)
1 5,10.10-03
2 6,10.10-03
Agregado 3 5,20.10-03
reciclado
4 6,60.10-03
5 5,70.10-03
6 5,60.10-03
7 5,30.10-03
Agregado natural
8 4,80.10-03
9 6,10.10-03
10 6,80.10-03
Fonte: Autor, 2013

A partir da média individual para cada corpo-de-prova, determinou-se o valor médio do


coeficiente de permeabilidade para o piso drenante com agregados reciclados e naturais.
A média dos valores encontrados para os cinco primeiros CP’s foi de 5,74.10-03 cm/s, este
valor trata-se, portanto, do coeficiente de permeabilidade médio para o piso produzido
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com agregados reciclados. Já o piso produzido com agregados naturais apresentou valor
médio de 5,72.10-03 cm/s.
Conforme os resultados percebe-se que ambos os pisos se comportam de maneira
semelhante quanto à permeabilidade. Comparando este resultado com o exposto na
Tabela 11, pode-se comprovar que o piso apresenta permeabilidade de um solo
permeável, podendo ser considerado de média permeabilidade quando comparado ao
coeficiente dos solos, sendo superior ao coeficiente da areia, demonstrando sua eficiência
para o uso a que se destina. Nunes et al. (2009) encontraram coeficientes de
permeabilidade equivalentes ao tipo de solo pedregulho, comprovando a eficiência que
este piso apresenta no que se refere a permeabilidade.

Tabela 11: Valores típicos de coeficiente de permeabilidade de solos


Grau de Tipos de solos Coeficiente de permeabilidade
permeabilidade K (cm/s)

Alta Pedregulho >10-1

Média Areia 10-1 a 10-3


Solos permeáveis
Baixa Areia fina, silte 10-3 a 10-5
pouco argiloso
Muito Baixa Argila 10-5 a 10-7
Solos impermeáveis
Baixíssima Argila <10-7

Fonte: Vargas, 1977

Verifica-se, então, que os pisos produzidos com agregados reciclados e naturais, em


termos de permeabilidade, têm comportamento praticamente idêntico, contudo diferem
mecanicamente.

4. Conclusão
Verificou-se que o piso drenante se apresenta como uma alternativa eficiente no combate
ao escoamento superficial da água de chuva, pois foi constatada a sua boa
permeabilidade, tanto do piso produzido com agregados naturais, como do produzido com
agregados reciclados, possibilitando minimizar, então, o constante acúmulo de água em
nossas vias de tráfego durante os principais meses de chuva. Ambos apresentaram
comportamento praticamente idêntico quanto à permeabilidade. O piso produzido com
agregados reciclados apresentou um coeficiente de permeabilidade médio 0,35% superior
ao piso produzido com agregados naturais.
O piso drenante produzido com agregado natural apresentou resistência à compressão
satisfatória para locais sem o trânsito de veículos, 17,04MPa, entretanto, abaixo do valor
necessário pela norma brasileira que é de 35MPa. Já o piso produzido com agregados
reciclados apresentou uma resistência à compressão de 6,84MPa. Acredita-se que o valor
de 35MPa para resistência à compressão deva ser revisto, pois em alguns locais, como
exposto, valores de 15MPa são suficientes para suportar as cargas atuantes em calçadas

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e locais de trânsito leve. É importante que haja uma revisão da norma brasileira existente,
pois esta é de 1987.
No que se refere a resistência à flexão, o piso produzido com agregados reciclados
apresentou 2,9MPa, que pode ser considerado um valor satisfatório, porém, o piso
produzido com agregados naturais não pôde ser bem avaliado devido à imprecisão da
máquina que foi ensaiado, apresentando um valor de resistência à flexão de 1,27MPa.
Ambos os tipos de piso produzidos resistiram bem ao impacto. O piso drenante produzido
com agregados naturais praticamente não apresentou danos com os choques que
recebeu, suportando, em média, bem aos impactos até a altura máxima do equipamento,
acumulando em média uma energia de 210,93J. Já o piso drenante produzido com
agregados reciclados também apresentou boa resposta ao ensaio, tendo como média de
energia acumulada o valor de 205,44J, logo, apresentou valor 2,6% inferior ao piso
produzido com agregados naturais.

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