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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

OBJECTIVOS GERAIS ............................................................................................... 2

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 2

METODOLOGIA ......................................................................................................... 3

1. REPRESENTAÇÃO DOS ESPAÇOS FISICOS .................................................. 4

1.1. Conceitos fundamentais ..................................................................................... 4

1.2. Evolução do espaço de trabalho ao longo dos séculos ...................................... 4

1.3. A projecção do espaço fisico ............................................................................. 6

1.4. Elementos estratégicos de representação do espaço fisico ................................ 6

1.4.1. Iluminação ...................................................................................................... 7

1.4.2. Climatização ................................................................................................... 7

1.4.3. Acústica .......................................................................................................... 8

1.4.4. Ergonomia ...................................................................................................... 8

1.4.4.1. Ramos da Ergonomia ................................................................................. 8

1.4.5. Cores e Revestimentos ................................................................................. 10

1.4.6. Vegetação ..................................................................................................... 11

1.4.7. Odor.............................................................................................................. 11

1.5. Check list para um ambiente de trabalho estratégico....................................... 11

1.5.1. Disposição dos Ambientes e Mobiliários ..................................................... 11

1.5.2. Iluminação e Acústica .................................................................................. 12

1.5.3. Ambientação................................................................................................. 13

2. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 14

3. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 15
INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa, está estruturado de acordo com a sequência temática da
lição “ Representação dos espaços fisicos”.

Na verdade o espaço físico de trabalho é uma das ferramentas implícitas responsáveis


pelo sucesso das actividades. Sendo assim, um bom arranjo e planejamento do mesmo
poderá tornar os funcionários envolvidos mais motivados e produtivos, resultando em um
melhor desenvolvimento da organização.

O objectivo desta pesquisa é analisar a relação entre o espaço físico de trabalho e as


pessoas que dele fazem uso, procurando compreender quais as melhores formas
arquitetônicas e de arranjo do escritório que poderão colaborar no sucesso da corporação.
Para isso, foram levantados conceitos de diferentes áreas de estudo relacionados ao
espaço físico de trabalho, adquiridos através de uma pesquisa bibliográfica.

Este estudo oferece orientações de arranjo do espaço de trabalho, visando o bem-estar dos
funcionários, sua melhor produtividade e um melhor desempenho geral da organização.

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OBJECTIVOS GERAIS

Analisar a relação entre o espaço físico de trabalho e as pessoas que dele fazem uso

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
• Apresentar os conceitos fundamentais sobre o espaço fisico
• Descrever o processo de evolução dos espaços fisicos ao longo dos tempos
• Identificar os elementos estratégicos de representação do espaço fisico

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METODOLOGIA
Para Fonseca (2002), citado por Gerhardt e Silveira, metodologia é o estudo da
organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um
estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos
instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

Para o alcance dos objectivos do presente trabalho, o método empregue foi a revisão
bibliográfica.

No presente estudo, adotou-se como principais fontes de pesquisa: livros, trabalhos


acadêmicos, artigos científicos e avulsos, bem como consultas à internet, cujo aporte
técnico direcionou a operacionalização do conhecimento.

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1. REPRESENTAÇÃO DOS ESPAÇOS FISICOS
1.1.Conceitos fundamentais

Segundo Bueno (1996) o Espaço físico é o meio que nos envolve,as coisas que estão ao
nosso redor

Segundo Farina (2002) ambiente é um termo com origem no latim ambĭens, que significa
“que rodeia”. Esta noção refere-se ao entorno que rodeia os seres vivos, condicionando
as suas circunstâncias vitais. O ambiente, por conseguinte, é formado por diversas
condições, tanto físicas como sociais, culturais e económicas.

O trabalho, por sua vez, segundo Ferraro (2003) é a medida do esforço que realizam as
pessoas. Trata-se da actividade produtiva que um sujeito leva a cabo e que é remunerada
através de um salário (que é o preço do trabalho no âmbito do mercado de trabalho).

Estas duas definições permitem-nos uma melhor noção do que é o ambiente de trabalho
ou espaço fisico de trabalho, que está associado às condições que se vivem no local de
trabalho. O ambiente de trabalho engloba todas as circunstâncias que incidem na
actividade dentro de um escritório, de uma fábrica, etc.

Em outras palavras, o espaço fisico de trabalho é o local de trabalho onde o trabalhador


passa a maior parte de sua vida produtiva no exercício de uma atividade laborativa.
Abrange a segurança e a saúde dos trabalhadores, protegendo-o contra todas as formas de
degradação e/ou poluição geradas no ambiente de trabalho. Trata-se não apenas de
matéria estudada no âmbito do direito do trabalho, mas também estudada no âmbito do
direito ambiental.

Segundo Grandjean (1998) as condições de segurança e higiene também fazem parte do


ambiente de trabalho. Este tipo de circunstâncias é regulado por diversas leis e normas,
que constituem a relação entre a entidade patronal e o trabalhador.

1.2.Evolução do espaço de trabalho ao longo dos séculos

Segundo Ilda (2005) actualmente os espaços de trabalho tornaram-se ambientes que


promovem a interação humana e o compartilhamento de informações e recursos. Mas em
uma breve retrospectiva, podemos observar que nem sempre foi assim.

O trabalho de escritório foi sempre associado a tarefas administrativas e de produção


intelectual.

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A assimilação de informação cada vez mais rápida combinada a uma busca de
produtividade maior, causaram adaptações nas relações de trabalho através dos séculos.
Os escritórios foram inicialmente isolados. Depois, nossos locais de trabalho tornaram-
se mais funcionais e produtivos, e por último se transformaram em locais de interação e
socialização, em que a dimensão humana emergiu gradualmente.

Primeiro, optamos por estudar o espaço de trabalho na Idade Média. Na verdade, foi neste
época que começaram a emergir os assalariados, uma forma de trabalho ainda
predominantes hoje. Neste momento os “escritórios” foram representados por monges
nos mosteiros. Fonte de conhecimento e grandes intelectuais, os monges foram
responsáveis por conservar um registro escrito do conhecimento da antiguidade. Os
monges escreviam de pé em salas isoladas para permitir concentração total, valor de
trabalho nos escritórios que prevaleceram durante séculos.

No século XIII, a produção intelectual não era mais reservada para o mundo religioso,
mas também para o domínio da ciência e do comércio. Fazer lucro não é mais considerado
imoral. Empreendedorismo, tecnologia e a economia estão evoluindo, e o espaço de
trabalho também. Escritórios começaram a ser usados, portanto, apenas para a
contabilidade e depois para a elaboração de contratos.

Nos séculos XVII e XVIII, a organização administrativa aumentou significativamente,


devido à centralização dos estados, e o trabalho adquire um novo valor durante o
Iluminismo: dar liberdade ao cidadão, afm de que sua produtividade por meio da
aprendizagem seja plena.

No fim do século XIX surgiram os primeiros escritórios comerciais em algumas cidades


nos Estados Unidos.

Escritórios comerciais, companhias de seguros e organizações governamentais, que


representam uma grande parte do trabalho burocrático desta época, seguem as idéias do
Taylorismo: espaços de trabalho são organizados de acordo com uma ordem estrita,
racional, funcional, onde os trabalhadores são dispostos em linha. Somente o alto escalão
tem um escritório pessoal.

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No final do século XIX, alguns arquitetos começaram a construir edifícios para otimizar
os custos de trabalho burocrático. O “Home Insurance Building” e “Larkin
Administration Building”, acolheram mais de 1.800 trabalhadores. Este edifício combina
muitas inovações para os eles, como ar condicionado, paredes e mobiliário.

Nos anos 30, as empresas desejavam exprimir a sua identidade. Assim, em 1939, Frank
Lloyd Wright projetou o “Johnson Wax Building”, um edifício que deu orgulho aos
funcionários de sua empresa e auxiliou na melhora da produtividade. Este aspeto
hierárquico iria durar até os anos 60 nos Estados Unidos: a administração estava em
grandes salas de trabalho, os gestores em escritórios individuais e os CEOs com grandes
escritórios luxuosos.

Aproximadamente em 1950, os arquitetos começaram a olhar aos edifícios, e ver o arranjo


interior do espaço de trabalho como um fator direto a produtividade. Cadeiras mais
confortáveis foram colocadas, e não apenas para os supervisores. Entretanto foi somente
em 1970 que a ergonomia ficou no centro das atenções dos designers.

Em resumo, dos espaços hierárquicas até Open Space, a transformação dos ambientes
informais, favoreceu o compromisso dos empregados. Ao sair da gestão científica, os
designers querem acima de tudo, incentivar a interação. Enquanto Taylor racionalizava,
o Google agora mede a cauda da máquina de café afim de maximizar as interações de
seus funcionários. Enquanto nós ainda possuímos edifícios “lentos” e pouco adaptáveis,
mas que representam o prestígio da empresa, as comunidades de empresários começam a
banir a hierarquia salarial e apropriar-se de seus espaços de coworking.

1.3.A projecção do espaço fisico

Segundo Lagatree (1999) para projetarmos de forma mais inteligente os ambientes de


trabalho, precisamos adequar todos os elementos estratégicos do espaço para 2 focos
específicos:

➢ Os usuários e
➢ Os objetivos da empresa.
1.4.Elementos estratégicos de representação do espaço fisico

Para Loorbach (2011) além do mobiliário e elementos decorativos, muitos outros


elementos devem ser avaliados em qualquer ambiente de trabalho, pois influenciam na
produtividade dos usuários. Seguem abaixo alguns mais frequentes:

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1.4.1. Iluminação

Não basta só seguir normas, a iluminação deve ser adequada aos usuários e suas
atividades. Além disso também deve ser levado em consideração a tonalidade da cor da
luz, pois tem influência direta na sensação de bem estar e conforto dos profissionais.

A luz possibilita a percepção visual do mundo. Ela nos revela formas e distâncias, cores
e texturas, podendo ser considerada a grande intermediária entre a natureza e o ser
humano. A luz natural é também essencial para todos os seres vivos, pois estabelece
ritmos fisiológicos e o ciclo das atividades diárias. Ela traz também benefícios para a
saúde, além de influenciar no humor e no comportamento das pessoas (IIDA, 2005).

Tudo o que emite luz pode ser considerado fonte de luz. O sol é considerado a nossa maior
fonte de luz natural, porém, uma vela acesa, uma lâmpada ou até mesmo um vagalume
podem ser considerados fontes luminosas. A luz emitida por uma fonte denomina-se
intensidade luminosa. Já a quantidade de luz emitida por uma superfície e percebida pelo
olho humano recebe o nome de luminância. Segundo IIDA (2005), esses conceitos são
utilizados em fotometria, que é o ramo da óptica que estuda a luz e como o seu brilho é
percebido pelo olho humano.

O estudo da luz sempre despertou curiosidade no homem. Antigamente, os gregos


acreditavam que a luz era o resultado de raios emitidos pelos olhos. Segundo essa teoria,
é como se existisse uma espécie de fogo dentro dos olhos, o qual tocava um objeto e
retornava para dentro da pupila, revelando sua imagem. Desde então surgiram inúmeras
experiências e teorias tentando explicar a natureza da luz. Algumas delas se
complementam, outras são divergentes.

1.4.2. Climatização

Segundo Schleifer (2011) aqui também não adianta só estar de acordo com as normas.
Esse elemento é o grande desafio de qualquer projeto, pois cada um sente o clima de
forma diferente.

Vale levar em consideração o predomínio de gênero no ambiente. Homens costumam


sentir mais calor que as mulheres.

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1.4.3. Acústica

Ruído é o principal vilão do foco de qualquer profissional. É fundamental investir em


uma acústica adequada se a produtividade da empresa depende de atividades que exigem
concentração.

1.4.4. Ergonomia

A palavra ergonomia é de origem grega, gerada pelos termos ergos, que significa trabalho,
e nomia, que significa regras (MURREL,1965 apud IIDA, 2005). Sendo assim, a
ergonomia vem a ser o estudo do conjunto de regras que regem o trabalho, ou ainda mais
especificamente, ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem (IIDA, 2005).
Esse trabalho pode ser toda a situação que envolva alguma atividade produtiva. Dessa
forma, o objeto de estudo da ergonomia é representado pelo sistema homem-máquina-
ambiente.

Um estudo ergonômico de um ambiente de trabalho resulta na redução da fadiga dos


trabalhadores, redução de estresse e acidentes de trabalho, além de proporcionar
segurança, satisfação e uma boa saúde dos mesmos.

Consequentemente, haverá também um aumento da eficiência das equipes.

Para isso, o estudo da ergonomia aplicada ao trabalho considera as caraterísticas do meio,


as funções do equipamento e as necessidades do trabalhador. A partir daí, um projeto
ergonômico pode gerar ambientes e máquinas que tenham uma melhor relação com o
indivíduo, resultando assim em melhor qualidade do trabalho e uma maior produtividade.
Além de existir legislação especifica que deve ser cumprida, as questões ergonômicas
influenciam diretamente no conforto físico dos usuários. Quando não adequada interfere
na produtividade dos profissionais.

1.4.4.1.Ramos da Ergonomia

Conforme o passar dos anos, os estudos ergonômicos foram se aprimorando e


conquistando mais domínios para suas aplicações. Hoje, a ergonomia pode ser dividida
em três ramos principais: ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia
organizacional.

A ergonomia física está diretamente ligada ao corpo, tendo ênfase nas áreas de fisiologia,
biomecânica e anatomia.

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Este ramo da ergonomia estuda principalmente a postura do trabalhador na execução de
suas tarefas, manuseios que exigem do físico e trabalhos repetitivos. Sendo assim, um
projeto de posto de trabalho com ênfase na ergonomia física obterá resultados positivos
para a saúde do corpo e para a segurança do trabalhador.

A ergonomia cognitiva é focada em processos mentais e perceptivos. Seu estudo ocupa-


se dos ambientes de trabalho e das relações que os indivíduos possuem entre si e com este
ambiente. Neste ramo, um ambiente ergonomicamente satisfatório alivia o estresse e
melhora a capacidade de raciocínio.

Já a ergonomia organizacional é focada na estrutura e nos processos da companhia. Ela


estuda áreas como a comunicação, projeto participativo, cultura organizacional e gestão.
O estudo desta área da ergonomia resultará na otimização do funcionamento do sistema
produtivo, considerando fatores interpessoais e funcionais deste sistema.

A partir destes conceitos, pode-se perceber que a ergonomia visa essencialmente a


qualidade da saúde, da segurança e a satisfação do trabalhador. Após esses três níveis de
exigência serem satisfeitos, a eficiência será uma das consequências advindas de um bom
projeto ergonômico. Afinal, um trabalhador satisfeito e com boas condições de saúde e
segurança tende a ser mais produtivo do que aqueles insatisfeitos (IIDA, 2005).

Além desses domínios, o estudo ergonômico pode ainda ser classificado de acordo com
o momento e a forma com que é efetuado. Um estudo feito antes da existência do
ambiente proposto, por exemplo, será considerado um estudo ergonômico de concepção.
Normalmente é o mais indicado por ter uma grande possibilidade de análise e de
alternativas, mas carece de informações e situações reais para seu estudo. Dessa forma, é
necessário basear-se em situações hipotéticas ou em protótipos virtuais.

Quando o ambiente de trabalho já existe, mas precisa de melhoramentos, a ergonomia


será então de correção. A correção do local de trabalho resolverá problemas como fadiga
excessiva ou falta de segurança. Tem resultados bastante satisfatórios, mas pode ter custos
elevados, principalmente ao se tratar de mudança de maquinário. Contrariamente à
ergonomia de correção, a ergonomia de conscientização costuma possuir um orçamento
bem reduzido. Ela consiste em capacitar os trabalhadores com informações necessárias
para que a realização do trabalho se dê de maneira mais adequada e saudável. Ela pode
ser aplicada na resolução de problemas do dia-a-dia ou problemas emergenciais. A sua
realização se dá através de cursos de treinamento e reciclagem para os trabalhadores.

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Isso os capacita a saber reagir de acordo com as situações cotidianas ou com os
imprevistos decorrentes.

A quarta e última classificação se chama ergonomia de participação. Como o seu nome


já diz, ela traz o trabalhador para o ambiente de projeto afim de que ele participe também
de sua concepção. Costuma ser muito eficaz, considerando que o trabalhador costuma ter
um alto nível de conhecimento prático do sistema. Pode ser efetuada em conjunto com a
ergonomia de correção visando um melhor resultado.

1.4.5. Cores e Revestimentos

Tudo o que observamos tem influência na nossa satisfação. Trabalhar as cores e os


revestimentos adequadamente também fazem parte de um projeto estratégico.

O mundo é repleto com uma gigantesca gama de cores. Elas nos ajudam a identificar
materiais, receber instruções ou até mesmo a perceber se uma fruta já está madura, apenas
com o olhar. Já afirmava Wassily Kandisky, artista russo e professor da escola Bauhaus:
“A cor é o toque, o olho, o martelo que faz vibrar a alma, o instrumento de mil cordas.”
(Du Spirituel dans l’art, Editions Denoel, Paris

1969 apud FARINA, 2002)

Por mais que o homem moderno esteja cada vez mais imerso em um mundo de
arquiteturas de concreto e de aço cinzento, a sua preocupação em reproduzir as cores da
natureza está sempre presente. Desde as civilizações mais antigas, como China ou Egito,
era dada uma grande importância à significação da cor. Hoje, se observarmos
ligeiramente, não será diferente: estamos mergulhados em um mundo de cromatismo
intenso. E isso tem um grande sentido psicológico, como se a cor fosse uma necessidade
humana, fornecendo energia para uma vivência mais dinâmica (FARINA, 2002).

Mas de nada adiantaria um mundo repleto de cores se não houvesse luz, para iluminá-las
de forma a se tornarem visíveis pelo olho humano. Dessa forma cor e luz seguem
dependentes, juntamente com a nossa capacidade fisiológica de enxergar, para que o
fenômeno da percepção de cores seja possível.

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1.4.6. Vegetação

Segundo Santaella (1983) inúmeras pesquisas mostram que a presença de vegetação nos
locais de trabalho influenciam a criatividade, a produtividade e a sensação de bem estar.
Além disso, plantas podem auxiliar no combate aos ruídos.

1.4.7. Odor

Segundo Rosenthal (2009) parece supérfluo, mas os cheiros também influenciam a nossa
satisfação nos espaços de trabalho e podem estimular determinadas habilidades nos
colaboradores.

Com a composição de tantos elementos, pensar o ambiente apenas como uma questão
estética não faz o menor sentido. Precisamos encarar o espaço físico como uma
ferramenta estratégica e entender que qualquer interferência, influencia também no
desenvolvimento dos profissionais envolvidos.

1.5.Check list para um ambiente de trabalho estratégico1

Em qualquer mudança no espaço físico, seja para uma nova sede, ou em uma reforma do
ambiente existente, é preciso ter claro em quais questões se deseja investir, evitando
gastos desnecessários e que não farão a diferença para quem trabalha e utiliza os espaços
todos os dias.

Sugere – se que se deixe para um segundo momento a ideia de arcar com altos custos em
cadeiras de design de salas de recepção que só servem como cartão postal dos escritórios.

Para fazer a diferença na produtividade é preciso que se concentre a atenção em elementos


que, de facto, influenciam nos profissionais. Para facilitar, segue abaixo um check list
que irá auxiliar a observar as prioridades e definir valores para o investimento:

1.5.1. Disposição dos Ambientes e Mobiliários

Opte por bancadas de trabalho coletivas – economizam espaço e favorecem a


comunicação e a criatividade quando necessário.

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Nota: Check list apresentado por Farina (2002), especialista em arquitetura de infra – estrutura e arranjo
de espaço físico empresarial

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Crie pequenas áreas para trabalhos que exijam concentração – pode ser simplesmente
uma poltrona posicionada em uma área mais privada ou então uma pequena sala de
reuniões.

Não se esqueça de ter algum lugar para momentos de descompressão – aqui não precisa
de muito investimento: um tapete com pufes e jogos (vídeo game, sinuca,…) já sugere
um ambiente para relaxamento.

Invista em cadeiras de qualidade – talvez esse seja o maior custo de um espaço físico após
os equipamentos, mas realmente é importante se organizar para viabilizar este
investimento, pois influencia na saúde das pessoas.

É impossível trabalhar em uma postura adequada se não sentamos em cadeiras com


padrões mínimos de ergonomia. Invista naqueles modelos que oferecem: regulagem de
altura do assento + regulagem de altura do braço + suporte para lombar no encosto.

Mantenha a flexibilidade – evite segregar com muitas paredes ou elementos fixos que
dificultam mudanças físicas em um momento futuro.

A tecnologia tem avançado muito rapidamente e os espaços físicos acabam sendo


influenciados. Por isso, opte sempre por mobiliários e equipamentos móveis e flexíveis.

1.5.2. Iluminação e Acústica

Posicione as mesas de trabalho sempre próximas à luz natural – esse é o item nº 1 para a
produtividade! Não tem quem se sinta bem em um ambiente sem janelas e luz natural.

Posicione os monitores perpendicularmente à janela para evitar reflexos – O constante


desgaste visual gera stress e dores de cabeça.

Para garantir iluminação adequada, trabalhe com luminárias individuais de mesa –


solução econômica e que evita grandes obras no forro e alterações de pontos elétricos.

Elimine ruídos com novos hábitos e materiais absorventes (por exemplo: tapetes e
cortinas) – barulho é o maior vilão da produtividade! Diminui em 40% a concentração e
aumenta em 27% as chances de erros.

Insira vasos com plantas para contribuir com o conforto acústico e com a qualidade do ar
– Pesquisas demonstram inúmeros benefícios da presença de vegetação em ambientes de
trabalho: aumento de 15% na sensação de bem-estar e criatividade.

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1.5.3. Ambientação

Personalize os espaços com as características da empresa e também dos usuários – A


liberdade dos profissionais de decorarem o seu espaço, engaja e cria um vínculo maior
com o local de trabalho.

Evite deixar as paredes brancas e escolha cores estratégicas – O custo para pintar uma
parede de branco ou de alguma outra cor específica é o mesmo, vale a pena então, se
orientar pela influência de cada cor e investir em alguma que contribua para o melhor
desenvolvimento das atividades profissionais.

Assim como Google, muitas outras empresas têm utilizado o espaço físico com uma
ferramenta estratégica para melhorar seus rendimentos e engajar mais colaboradores.
Experimente começar adequando o espaço de trabalho com as recomendações listadas
acima e perceba os benefícios que surgirão. Profissionais que trabalham em ambientes
adequados se tornam mais produtivos e felizes, melhorando seu desempenho profissional.

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2. CONCLUSÃO

O presente trabalho de pesquisa considerou os principais pontos da relação entre o homem


e seu ambiente de trabalho. Analisando áreas distintas, chegamos ao consenso que
existem diversos benefícios que o espaço físico empresarial pode proporcionar aos seus
trabalhadores, gerando bem-estar para os indivíduos e, consequentemente, para a própria
organização.

Como resposta ao nosso objetivo e a partir dos resultados encontrados, podese acreditar
que o ambiente físico de trabalho pode contribuir para o sucesso da empresa, por diversos
fatores. Através do estudo de cores se pode afirmar que elas têm uma forte relação com o
ser humano, desde a antiguidade, podendo influenciálo psicologicamente na percepção
do ambiente e até fisicamente, agindo na circulação sanguínea e nas batidas do coração.
Dessa forma, as cores podem ser utilizadas como grandes aliadas para a transformação
de um ambiente, gerando por si só sensações de calor ou frio, energia ou tranquilidade,
conforto ou desconforto.

Conforme exposto por vários autores, o conforto, a saúde e o bem-estar do trabalhador


dentro do escritório são um fator de grande importância para sua maior motivação e
consequentemente, maior produtividade.

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3. BIBLIOGRAFIA

BUENO, Francisco da Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa. Ed. Atualizada.


São Paulo: FTD, 1996. 703 p.

FARINA, Mónica. Psicodinâmica das cores em comunicação. 5° ed. São Paulo: Edgar
Blucher, 2002. 274 p.

FERRARO, Nicolau Gilberto e SOARES, Paulo Antônio de Toledo. Ondas. Física


Básica. São Paulo: Saraiva, 2003. P. 428-488

GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: Adaptando o trabalho ao homem. 4ª


edição. Porto Alegre: editora Bookman, 1998. 338 p.

IIDA, Itiro. Ergonomia, projeto e produção. 2ª edição. São Paulo: editora Edgar Blucher,
2005. 609 p.

LAGATREE, Kirsten. Feng Shui no Trabalho: Como organizar seu escritório para obter
sucesso. 2ª edição. Rio de Janeiro: editora Campus, 1999. 120 p.

LOORBACH, Liedewij. Ma Plante et Moi: Le Manuel des plantes d’appartement le plus


original. 1ª edição. Utrecht: editora Uitgeverij Snor, 2011. 144 p.

ROSENTHAL, Elisabeth. Green Promise Seen in Switch to LED Lighting. The New
York Times, Nova Iorque, 29 de maio de 2009. Disponível em <
www.nytimes.com/2009/05/30/science/earth/30degrees.html?_r=0 >. Acesso em 24 de
Outubro de 2019

SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica. 13ª edição. Coleção Primeiros Passos. São
Paulo: editora brasiliense, 1983. 18p.

SCHLEIFER, Simone. Cores para interiores. 1ª edição. Barcelona: editora Loft


Publications, 2011. 191p.

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