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INTELIGENCIA EMOCIONAL

ROSANGELA TRAJANO

Fonte: rosangelatrajano.com.br em 03.06.2020


ATIVIDADE: Leitura e Exercícios

A MENINA ANSIOSA

A menina ansiosa

Rosângela Trajano

Era uma vez uma menina bastante ansiosa. Tinha ansiedade por tudo. Quando
era dia de prova a sua ansiedade aumentava e dois dias antes já começava a
ficar preocupada. Estudava muito, mas acabava dando um branco na sua
cabecinha no dia da prova, pois ficava tensa e perturbada.
A menina ansiosa sentia o coração acelerar, suor pelo corpo, mexia o pezinho
direito pra lá e pra cá, ficava impaciente e com medo de que alguma coisa
muito estranha acontecesse. Os sintomas eram horríveis!
Porém, a menina começou a brincar mais com as suas amigas, a se sujar toda
de lama, a correr pelo pátio, a subir nas árvores e foi esquecendo a ansiedade
aos poucos. De forma, que aprendeu a saber esperar o momento exato das
coisas para se preocupar com elas e nunca preocupar-se demasiadamente.
A menina ansiosa sabia que se continuasse daquele jeito acabaria ficando
doente e precisaria de ajuda psicológica. Então, em conversa com a sua vovó
seguiu os seus conselhos e nunca mais ficou ansiosa diante de algo que só
aconteceria num futuro próximo e que de nada adiantava ela ficar ansiosa para
o dia chegar rápido, pois acabaria prejudicando a si mesma. Tinha mais era
que brincar e esquecer das coisas, disse a vovó.
– Ansiedade é coisa séria, minha netinha.
– Eu sei, vovó, mas não consigo controlar as minhas emoções.
– Vá brincar! Brinque muito para esquecer as coisas que passam nessa
cabecinha!
– Posso ir brincar agora? E o meu dever de casa?
– Vá brincar! A gente faz o dever de casa mais tarde. Desde que você não
esqueça dele.
Então, a menina soltava o caderno e o lápis e se jogava em cima das suas
bonecas e ursinhos de pelúcias, esquecendo-se da sua ansiedade.

Exercícios para reflexão.

1 – O que é ansiedade?

2 – Por que a ansiedade prejudica as nossas vidas?

3 – Como devemos fazer para esquecer a ansiedade?

4 – O que a ansiedade faz conosco?

5 – Como surge a ansiedade dentro de nós?

Desenhe um menino ansioso.

O MENINO DA AUTOESTIMA

O menino da autoestima

Rosângela Trajano

Era uma vez um menino que tinha uma linda autoestima! Gostava de si,
gostava do seu jeito alegre de ser e de conversar com as pessoas.
O menino quando se olhava no espelho via uma pessoa feliz, bonita e
saudável. Era ele aquele menino do espelho! Sabia que era o mais belo de
todos os meninos!
Quando o menino da autoestima recebia uma crítica não ficava aborrecido, não
abaixava a cabeça e nem entristecia, simplesmente sorria e continuava o seu
andar com os passinhos apressados.
Aquele menino dos olhos trocados, narigudo e de cabelos vermelhos se amava
por dentro e por fora. Nem ligava quando as pessoas diziam que era feio, pois
aprendera com a vovó a se amar do jeito que era, ou seja, aprendera que ter
autoestima era uma coisa boa para o seu crescimento emocional.
O menino dizia a todos que quem tem autoestima é mais feliz, porque aprende
a se amar e respeita os seus sentimentos e emoções. Diziam que ele era
chorão. E daí? Chorar, às vezes, é bom para aliviar a dor. Não importa muito o
que as pessoas nos dizem, mas o que pensamos sobre nós.
É preciso gostar da gente, comentava o menino. Gostar dos nossos defeitos,
também, pois com eles aprendemos a ser melhores.

Exercícios para o bom pensar.

1 – O que é autoestima?

2 – Por que a autoestima é importante?

3 – O que acontece com quem tem autoestima?

4 – O que acontece quando perdemos a autoestima?

5 – Por que a autoestima nos completa?

Desenhe você curtindo a sua autoestima.

O MENINO QUE TINHA MEDO DO ESCURO

O menino que tinha medo do escuro

Rosângela Trajano

Era uma vez um menino que tinha medo do escuro. Quando a mamãe
desligava a luz do quarto, o menino ficava a ver monstros e dragões, tremia-se
de assustado.
Certo dia, apareceu um vaga-lume no quarto do menino e lhe disse que não
tivesse medo, pois estaria com ele sempre que pudesse e que o escuro serve
para nos acalmar e nos fazer dormir mais tranquilos.
O menino ficou feliz ao ver o vaga-lume, mas não compreendeu bem o que ele
disse e perguntou

– Vaga-lume, como faço para não ter medo do escuro?


– Simples! Feche os olhinhos e pense em coisas boas. Pense no rio, nas
montanhas, nas árvores e olhe pra dentro de você.
– Não sei se conseguirei! É muito fácil para você falar isso porque não sente o
mesmo que eu.
– Menino, temos que enfrentar os nossos medos. Quando eu era criança
também tinha medo do escuro igual a você.
– E o que fez para acabar com o medo?
– Eu fechava os olhos e conversava com as minhas lembranças.
– E como se conversa com as lembranças?
– Cada coisa que a gente vai lembrando pergunta onde ela está, o que faz
agora, como se sente… essas coisas.
– Não sei se funcionará comigo! Tenho muito medo do escuro.
– Então, peça para a sua mamãe deixar um abajur ligado. Não vai gastar muita
energia e você ficará com um pouco de claridade no seu quarto.
– Boa ideia, vaga-lume! Vou pedir de presente um abajur no meu aniversário.
– Enquanto isso vou iluminando as suas noites.
– Muito obrigada, amigo! Você é legal!

O menino ficou todo contente com a ideia do vaga-lume. E com a pequena


luzinha que iluminava o seu rosto, fechou os olhos e adormeceu.

Exercícios para reflexão.

1 – O que é o medo?

2 – Por que temos medo?

3 – Como surge o medo?

4 – O que acontece conosco quando temos medo?

5 – Por que algumas pessoas têm medo do escuro?

Desenhe você vencendo o medo.


O MENINO QUE SE SENTIA SOZINHO

O menino que se sentia sozinho

Rosângela Trajano

Era uma vez um menino miudinho, narigudo, cabeção e muito meigo para com
as pessoas ao seu redor.

Mas, aquele menino narigudo se sentia sozinho mesmo estando rodeado por
pessoas. Ele não sabia dizer o motivo, porém sentia solidão em todos os
lugares que ia.

Tinha um cachorro bonito e que latia forte, ainda assim sentia-se sozinho.

Era preciso fazer alguma coisa para curar a solidão daquele menino quieto e
que não costumava falar muito diante dos outros.

Os pais pensaram em levá-lo ao psicólogo para descobrir o motivo da sua


solidão.

O psicólogo é o profissional que nos ajuda com as nossas emoções e


sentimentos, cuida da nossa alma.

Mas nem indo ao psicólogo o menino teve jeito. Então, o pai ficou preocupado

– O que fazemos agora com o nosso filho?

– Não sei! Estou preocupada, também!


O menino narigudo encontrou, sozinho, um jeito para acabar com a solidão:
começou a fazer poesias. E de tanto poetizar começou a se sentir alegre e
cheio de vida.

Fazer algo que gostava encheu os vazios da alma do menino e ele nunca mais
se sentiu sozinho. Onde chegava mostrava o seu caderninho cheio de poesias,
e as pessoas liam e se encantavam com os seus escritos.

O menino narigudo encontrou uma forma de afastar a solidão de si fazendo o


que amava. Começou a escrever poesias pequenas e grandes, em inglês e
espanhol. Descobriu que na sua poesia moravam os versos que podiam ser os
seus amigos.

O mais importante que o menino narigudo fez foi falar de si na sua poesia, ou
seja, colocar tudo o que sentia naquilo que escrevia. O que fez com que a
solidão fosse desaparecendo aos poucos e se sentisse completo, uma
completude alegre e cheia de beleza.

É preciso descobrir algo que gostamos de fazer e assim não nos sentiremos
mais sozinhos mesmo rodeado de pessoas. Agora, o menino narigudo tem
muita gente perto de si e não fica mais no canto da parede, tímido, à procura
de um outro, pois encontrou a si mesmo dentro da poesia e pôde reinventar-se
um milhão de vezes.

– E quem não sabe fazer poesia como faz para não se sentir sozinho?,
perguntou a amiguinha.

– Faz outra coisa que gosta! Pode ser desenhos, cartas, diários… tem sempre
algo que a gente gosta de fazer.

– Eu não gosto de fazer nada!, disse a amiguinha.

– Se você realmente se sente sozinha vai descobrir algo que gosta de fazer. As
pessoas sozinhas são criativas e habilidosas nas artes em geral.

– E quando vou descobrir isso?

– Quando a solidão bater bem forte em você pense no que pode fazer para
afastá-la. O seu pensamento vai mostrar uma solução.

– Depois da poesia até o seu nariz diminuiu!

– O meu nariz não se sente mais sozinho!

O menino que não era mais narigudo fez uma poesia para a sua amiguinha que
ficou bastante agradecida e determinada a pensar em algo para acabar com a
sua solidão igual fez o menino.
Exercícios para reflexão.

1 – O que é solidão?

2 – Como é se sentir sozinho?

3 – Por que a solidão dói?

4 – Por que nos sentimos sozinhos mesmo rodeado de pessoas?

5 – Como curar a solidão?

Desenhe você curando a sua solidão.

A MENINA CARENTE

A menina carente

Rosângela Trajano

Era uma vez uma menina bastante carente, ou seja, tinha necessidade de
carinho.

A menina carente vivia pelos cantos da casa, ninguém ligava para ela, ninguém
lhe dava atenção, ninguém lhe ouvia.

Na escola, os coleguinhas a deixavam de lado e iam brincar sozinhos.

Não tinha amigos íntimos e nem animal de estimação. Os seus papais não
tinham tempo para ela, e só se preocupavam com coisas muito importantes.

A carência doía dentro da menina, mais precisamente no coração onde ela


sentia um aperto. Também sentia-se tristonha com a sua carência.
Até que um dia, enquanto andava na rua, uma borboleta começou a segui-la.
Chegou em casa, fechou a porta, mas a borboleta entrou pela janela e foi para
o quarto junto com ela. Como gostava de falar com bichos perguntou à
borboleta

– Você está precisando de alguma coisa?

– De carinho.

A menina tomou um susto ao ouvir aquilo. Ela pensou como daria carinho à
borboleta se nunca tinha recebido de ninguém e nem sabia direito como se
fazia aquilo.

– Como posso dar-lhe um carinho, borboletinha?

– Faz cócegas nas minhas asas.

– Só isso?

– A gente precisa de bem pouco para não se sentir carente.

Então, a menina atendeu ao pedido da borboleta e fez cócegas nas suas asas
amarelas com bolinhas azuis. Enquanto recebia o carinho da menina, a
borboleta decidiu cantar uma linda canção para ela.

– Menininha, é muito triste ser carente! Mas se você fizer um carinho em


alguém ou em algum animal receberá o mesmo de volta.

– É verdade?

– Sim! Todos necessitamos de carinho, mas há algumas pessoas que vivem


tão ocupadas e esquecem das outras.

– E como fazemos com essas pessoas?

– Damos-lhe carinho para recebermos um pouco em troca. Afinal, é dando que


se recebe. Eu era carente até encontrar você, hoje não sou mais. Até fiz-lhe um
carinho, também, cantando para você. E olha que tenho uma péssima voz e
sou desafinada.

– Achei linda sua canção! Foi a primeira vez que alguém cantou para mim!

– Foi a primeira vez que alguém fez cócegas nas minhas asas! É preciso fazer
algo pelas pessoas.

A menina terminou de fazer cócegas nas asas da borboleta e ela voou para
fora da janela. Foi embora toda contente por deixar de ser carente e a menina
também estava alegre por compreender o que disse-lhe a borboleta.

Exercícios para reflexão.


1 – O que é a carência?

2 – Você já se sentiu carente?

3 – Por que não é bom ser carente?

4 – O que devemos fazer para não ficarmos carentes?

5 – O que a carência faz conosco?

Desenhe você dando carinho.

O MENINO DO RISINHO

O menino do risinho

Rosângela Trajano

Era uma vez um menino que gostava de sorrir. Tudo trazia-lhe contentamento.
Quando passeava com a mamãe sorria às pessoas que nunca tinha visto, às
plantas, aos animais, às nuvens e ao sol.

O menino do risinho sabia que sorrir deixa a gente mais bonito e saudável.
Quem sorri muito custa a adoecer, dizia a vovó. Logo, o menino aprendeu a
colocar um sorriso gigante no rosto, daqueles que vão de uma ponta a outra da
sua carinha redonda.

Ao sorrir o menino costumava esquecer os seus problemas e com isso


aprendia que ser feliz é a melhor coisa do mundo!
Um dia, desenhou o seu sorriso numa folha de papel e mostrou à professora
que achou engraçado e sorriu junto com ele.

Quando sorrimos a alegria entra na gente e faz morada. Lá dentro o nosso


coração fica feliz e pula contente, pensava o menino.

As pessoas de cara fechada quando encontravam o menino do risinho na rua,


ficavam sem jeito, e acabavam sorrindo para ele, pois o seu sorriso era
contagioso. O menino conseguiu fazer com que muitas pessoas tristes
voltassem a sorrir. Pessoas que tinham voltado da guerra ou perdido parentes
e pareciam não ter mais felicidade encontravam no menino do risinho uma
semente de alegria para continuarem vivendo.

O menino do risinho nunca ficava triste por muito tempo. Nem mesmo quando
o seu cachorro morreu. Foi só uns dias de tristeza e saudades, depois ele
voltou a abrir um sorriso do tamanho do mundo para todos de casa que ficaram
felizes ao vê-lo sorrindo, novamente.

Às vezes há coisas que nos deixam tristes e nos roubam o sorriso, mas não
devemos permitir que isso dure muito tempo. Um sorriso é o melhor remédio
para quem sofre de esteliptocosodose. O que é isso, menino? Não sei, inventei
para dizer que sorrir é bom demais!

Exercícios para reflexão.

1 – O que é um sorriso?

2 – Como acontece o sorriso?

3 – Por que sorrimos?

4 – O que acontece quando estamos felizes?

5 – Qual a importância da felicidade

Desenhe você com um sorriso do tamanho do mundo.

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