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DO RIO DE JANEIRO
IFRJ – NILÓPOLIS
2017
MARIA JOSÉ LACERDA GADELHA
IFRJ – NILÓPOLIS
2017
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO RIO DE JANEIRO
CAMPUS NILÓPOLIS
Banca Examinadora
ABSTRACT
GADELHA, José Maria Lacerda. Production of Short Film "Maracatu Lilás". 2015.
Cultural Production, IFRJ, Nilopolis, RJ.
1. DEFINIÇÃO DO PRODUTO..............................................................................11
2. FICHA TÉCNICA..............................................................................................13
3. MATERIAIS UTILIZADOS.................................................................................14
3.1- CÂMERA....................................................................................................14
3.2- SOFTWARE DE EDIÇÃO..........................................................................15
4. SINOPSE...........................................................................................................16
5. EQUIPE DE EXECUÇÃO..................................................................................17
6. JUSTIFICATIVA.................................................................................................18
7. OBJETIVO GERAL...........................................................................................23
8. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................23
9. CONCEPÇÃO METODOLÓGICA.....................................................................24
10. LEGISLAÇÃO..................................................................................................26
11. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................28
11.1- A LINGUAGEM DO DOCUMENTÁRIO....................................................28
11.2- A CULTURA POPULAR E OS MARACATUS...........................................31
11.3- A HISTÓRIA DO MARACATU...................................................................32
11.4-O MARACATU CORAÇÃO NAZARENO E A AMUNAM ...........................39
12. ETAPAS DO PROJETO...................................................................................43
12.1- DESENVOLVIMENTO..............................................................................43
12.2- PRÉ-PRODUÇÃO....................................................................................45
12.3- PRODUÇÃO / GRAVAÇÃO......................................................................47
12.3.1- 1º DIA DE GRAVAÇÃO (30/05/15)....................................................48
12.3.2- 2º DIA DE GRAVAÇÃO (31/05/15)....................................................49
12.3.3- 3º DIA DE GRAVAÇÃO (02/06/15)....................................................50
12.3.4- 4º DIA DE GRAVAÇÃO (05/06/15)....................................................52
12.4- EDIÇÃO / FINALIZAÇÃO.........................................................................55
12.5- LANÇAMENTO / DISTRIBUIÇÃO............................................................57
13. ORÇAMENTO ................................................................................................57
13.1- ORÇAMENTO PREVISTO.......................................................................58
13.2- ORÇAMENTO REAL................................................................................59
14. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO...................................................................60
15. PÚBLICO ALVO..............................................................................................61
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................62
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................63
18. APÊNDICE......................................................................................................67
18.1- Minutagem e Roteiro..............................................................................67
19. ANEXOS..........................................................................................................68
Anexo A-ILUSTRAÇÕES E FOTOGRAFIAS.....................................................68
Anexo B- Autorização do participante para uso de imagem e voz....................69
Anexo C- DVD documentário.............................................................................69
Anexo D- Glossário, Símbolos e Siglas.............................................................71
20. DECUPAGEM..................................................................................................72
1. DEFINIÇÃO DO PRODUTO
11
de um maracatu rural, o Maracatu Coração Nazareno, criado pela AMUNAM, em
08 de março de 2004. Historicamente o maracatu rural era constituído apenas
pela figura masculina, uma vez que os trabalhadores canavieiros, após um bom
dia de colheita da cana, dançavam no próprio canavial em agradecimento.
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2- FICHA TÉCNICA DO PRODUTO
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3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1- CÂMERA
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3.2- SOFTWARE DE EDIÇÃO
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4- SINOPSE
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5- EQUIPE DE EXECUÇÃO
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6- JUSTIFICATIVA
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culturais de várias naturezas. Atuando, também como gestor em setores públicos
em níveis municipal, estadual e federal, bem como em setores privados, capaz de
planejar, desenvolver e promover a integração entre o artista e o público como
responsável pela administração e gerência nos bastidores de produções de
espetáculos (dança, teatro, música, cinema, televisão, obras literárias) no vasto
campo da indústria cultural.
Diante dessa constatação da FIRJAN, podemos considerar a grande
importância do produtor cultural nesta crescente cadeia produtiva, fortalecendo o
profissional no elo entre a cultura e a sociedade.
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1 Universidade Estácio de Sá (Evenos), Universidade Cândido Mendes–UCAM (Bacharelado em Ciências Sociais/Produção e Política
Cultural); Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo–FMU(Tecnologia em Produção Cultural); Faculdade de Tecnologia Interamérica
também em São Paulo–FTI(Tecnologia em Produção Cultural). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro–
IFRJ(Bacharelado e Tecnologia em Produção Cultural); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte–
IFRN(Tecnologia em Produção Cultural); Universidade Federal Fluminense–UFF(Bacharelado em Produção Cultural); Universidade Federal
do Pampa do Rio Grande do Sul–UNIPAMPA(Bacharelado em Produção e Política Cultural); Universidade Federal da Bahia–
UFBA(Bacharelado em Comunicação–Habilitação em Produção em Comunicação e Cultura);
19
O Fundo Setorial do Audiovisual da ANCINE (Agência Nacional de
Cinema), tem contribuído para o aumento da procura pelos cursos de cinema e
audiovisual, pois tem aberto linhas de investimento para as diversas fases, desde
a produção até a exibição, e a Lei 12.485/11, que tornou obrigatória a exibição de
três horas e meia diárias de produções nacionais nas grades dos canais por
assinatura, é mais um incentivo para a cultura cinematográfica.
Os dados e valores apresentados pela ANCINE, no site da Instituição, são
fatos relevantes a serem considerados, uma vez que os investimentos nas
produções cinematográficas têm gerado receitas satisfatórias ao setor, conforme
afirma Vera Zaverucha, no seu artigo, A chance do audiovisual de 2013.
Segundo a ANCINE, de 1995 até 2011 foram lançados no mercado de
salas 797 filmes de longa-metragem de ficção, animação e documentários, com
investimentos de R$ 1.230.573.135. Foram 174.929.100 espectadores, gerando
uma receita bruta de R$ 1.232.537.683. Ou seja, a receita bruta ultrapassa o total
investido. (ANCINE, 2013).
Esses números, apesar de apresentarem uma relação estreita entre os
investimentos e a receita bruta, servem de alento para os produtores que
pretendem transformar seus projetos cinematográficos em realidade e atingir seus
espectadores.
A modalidade documentário vem ocupando um espaço considerável pelos
profissionais ligados à área de cinema. Segundo LINS; MESQUITA ( 2008, p.7).
“É um formato que vem atraindo um interesse crescente de realizadores, críticos,
pesquisadores de cinema e tem conquistado uma parcela do público que
frequenta as salas de cinema”.
Este formato de audiovisual, curta-documentário, vem sendo apresentado
também, nas disciplinas2 acadêmicas sobre audiovisuais, como as que são
ministradas, por exemplo, no curso de Bacharelado em Produção Cultural do
IFRJ, Campus Nilópolis.
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2
Fundamentos das Artes Audiovisuais; Produção das Artes Audiovisuais; Edição e Montagem;
Panorama Audiovisual Brasileiro; Cinema Documentário e Roteiro para Mídias Audiovisuais;
20
O vídeo e o filme documentário oferecem uma visão geral dessa
forma fascinante de fazer cinema. Compreendem questões de
ética, definição, conteúdo, forma, tipo e política. Porque abordam o
mundo em que vivemos e não um mundo imaginado pelo cineasta.
A tradição do documentário está profundamente enraizada na
capacidade de ele nos transmitir uma impressão de autenticidade.
E essa é uma impressão forte. (NICHOLS, 2005, p.17)
21
19
Essas apresentações em Recife, vêm ocorrendo com maior frequência,
realizadas através de convênios entre os entes públicos, Prefeitura, Governo do
Estado e a Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco, por seu
Vice-Presidente, Manoel Salustiano Soares Filho, filho do Mestre Salustiano 3,
representante dos folgazões, como também são chamados. As apresentações
dão oportunidade ao público presenciar as manifestações culturais desse
folguedo da Zona da Mata Norte de PE.
O IPHAN, em dezembro de 2014, concedeu o Título de Patrimônio
Cultural Imaterial do Brasil aos Maracatus Rural (Baque Solto) e Nação (Baque
Virado), bem como à Brincadeira Popular Cavalo Marinho, ficando registrados no
Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC).
Apesar de se achar na internet alguns vídeos documentários sobre
maracatu, não há muitas abordagens sobre o maracatu rural, suas formações e o
trabalho que é desenvolvido fora dos palcos e dos terreiros, tema que vislumbro
dar continuidade pelo leque de desdobramentos que pode ser pesquisado.
Acredito que o universo da cultura popular do nordeste é muito rico e o
campo de atuação para o produtor cultural é bastante convidativo. Existe uma
gama de manifestações culturais que podem ser vislumbradas e exploradas por
este profissional da cultura.
Em se tratando do Maracatu Rural, este foco de interesse pode ser ainda
mais atrativo para o produtor cultural que tenha interesse em trabalhar com
cultura popular de raízes afro-brasileiras e em festividades carnavalescas.
A realização deste vídeo-documentário tem a pretensão de incentivar o
interesse desse profissional por esta área de atuação e contribuir de alguma
forma para as pessoas envolvidas com produções culturais.
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3
Consagrado rabequeiro e fundador do Maracatu Piaba de Ouro, ficou conhecido como Mestre
Salu.
22
23
7- OBJETIVO GERAL
8- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
23
9. CONCEPÇÃO METODOLÓGICA
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19
do folguedo até sua finalização em apresentações. O que foi feito com o Maracatu
feminino Coração Nazareno.
Foi possível registrar as exposições das mulheres que participam desse
maracatu e através do documentário viabilizar a possibilidade de divulgação deste
universo cultural, alcançando um público direcionado à cultura do nordeste em
especial o maracatu.
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19
10. LEGISLAÇÃO
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19
Com relação às responsabilidades do Produtor cultural sobre a obra é
dito: RODRIGUES (2007, p. 218)
27
19
11. REFERENCIAL TEÓRICO
28
E como produtora, procurei:
29
No curta-documentário Maracatu Lilás, procurei inserir os subgêneros de
que trata NICHOLS (2005, p.135), o observativo, que “enfatiza o engajamento
direto no cotidiano das pessoas que representam o tema do cineasta, conforme
são observadas por uma câmera discreta”, e o participativo, que “enfatiza a
interação de cineasta e tema. A filmagem acontece em entrevistas ou outras
formas de envolvimento mais direto.” (NICHOLS, 2005, p.62).
A intenção do curta, seguindo o roteiro traçado, era a de mostrar o
desdobramento das mulheres envolvidas nessa nova roupagem do maracatu
rural, com a quebra do tabu onde elas não tinham vez e só podiam observar a
típica dança masculina. A forma por mim encontrada foi a de observar e registrar
algumas tarefas que desempenham para colocar o maracatu na rua e o ensaio,
acrescentando os depoimentos de algumas delas sem minha interferência direta,
no limite do que é possível para um curta. Para tanto, utilizei o modo
participativo/interativo por meio de entrevistas, onde as brincantes expõem suas
experiências de participação dentro do maracatu.
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11.2- A CULTURA POPULAR E OS MARACATUS
31
19
Ainda de acordo com SALUSTIANO (2013), A sabedoria dos folgazões, é
saber preservar o maracatu como manifestação espontânea dos terreiros. Isso
inclui uma aproximação sagaz das “repartições públicas”. “Pagam para ver
minhas fantasias, mas nunca deram dinheiro para que eu fizesse minha sambada
de terreiro. Não posso fazer uma sambada dentro de um teatro, em cima de um
palco, porque só funciona em um terreiro.”
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19
realizarem seus cantos e danças. O primeiro tipo de maracatu a surgir foi o
Maracatu Nação, que fazia referência aos reis negros e realizavam procissão à
Nossa Senhora do Rosário. Esse tipo de maracatu, o Nação, com a migração de
ex-escravos para a cidade, instalou-se com maior frequência nos locais urbanos.
Os que permaneceram na zona rural e, para as gerações posteriores, o
maracatu foi se descaracterizando do original e criando seus próprios
personagens e descartando outros. Sendo assim, se originou o Maracatu Rural na
Zona da Mata Norte do estado de Pernambuco, por trabalhadores rurais da zona
canavieira. Segundo dados da Secretaria Municipal de Cultura de Nazaré, “O
Maracatu Rural mais antigo do Brasil é o Cambinda Brasileira. O grupo foi
fundado em 1898, e sua Sede permanece no mesmo lugar, no Engenho do
Cumbe, Nazaré da Mata, Zona da Mata de Pernambuco”.
Intitulada pelo governo do estado de Pernambuco, Capital Estadual do
Maracatu, Nazaré da Mata abriga dezenas de grupos representantes do folguedo,
dentre eles o precursor Cambinda Brasileira e, o mais recente, criado em 2008, o
Maracatu Rural Coração Nazareno formado apenas por mulheres. Participam,
atualmente, tanto de apresentações na capital Recife, como em seus terreiros e
locais onde trabalham no corte da cana, principalmente, em momentos de folga.
Folguedo, como a maioria dos brincantes denominam, refere-se ao
maracatu, deriva da palavra folgança, que vem de folga, folia, descanso, ócio,
brincadeira, divertimento, festa. Inicialmente essas manifestações de
trabalhadores se apresentavam em dias de folga.
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19
Pesquisadores como Bonald Neto (2001), Silva (1998), Maior (1996),
Benjamim (1982) e Guerra-Peixe (1956), além da antropóloga norte-americana
Real (1990) se destacaram em Pernambuco, com seus estudos sobre grupos
étnicos e suas expressões culturais como as festas, os rituais e a religiosidade.
34
em couro de carneiro, cobrindo uma estrutura de madeira, onde
são presos chocalhos, sendo colocado na altura das nádegas, daí
também chamar-se estas figuras de Bunda-alegre e Bunda-de-
guiso, provocando um barulho forte e primitivo quando da
evolução dos caboclos de lança. (.LIMA, 2009)
______________________________________________________________
4
Também conhecido como congo, é uma manifestação cultural e religiosa de influência africana
celebrada em algumas regiões do Brasil. Originou-se na África no país de Congo, inspirando-se no
cortejo aos Reis Congos que era uma expressão de agradecimento do povo aos seus
governantes.
5
Considerado uma dança dramática brasileira, o Cavalo Marinho da Zona da Mata Norte de
Pernambuco possui uma combinação básica de três elementos em sua representação: música,
teatro e dança. Por tradição, a brincadeira popular acontece no ciclo natalino e, de modo geral, se
inicia ao anoitecer e vai até “quebrar a barra do dia” (o amanhecer).
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Os principais e mais tradicionais Grupos 6 de Maracatu Rural se
concentram na cidade de Nazaré da Mata, são ao todo 22 “brincadeiras” como
dizem e, a cada esquina, é possível encontrar uma Sede.
Dentre eles está o Maracatu Feminino Coração Nazareno, cujo diferencial
é ser formado unicamente por mulheres que veem na expressão cultural uma
oportunidade de garantir a continuidade deste folguedo popular, pela ótica
feminina, para as novas gerações. Além de possibilitarem a formação de agentes
culturais e artesãs que acontecem através das oficinas de artes, quando mulheres
confeccionam toda a indumentária e adornos necessários para o desfile do
maracatu. (Secretaria de Cultura e Turismo de Nazaré da Mata, 2015).
No maracatu rural, a formação dos instrumentos musicais que compõem
o cortejo nas apresentações são diferentes da composição do maracatu Nação,
por aqueles incluírem em sua orquestra instrumentos de sopro. Além dos
instrumentos de percussão, comum aos dois maracatus: tarol ou caixa, zabumba,
surdo, ganzá, chocalhos, porca (cuíca) e gonguê, fazem uso dos instrumentos de
sopros, que forma o conjunto de metais (clarinete, saxofone, trombone, corneta
ou pistom) e, por isso, também são conhecidos como Maracatu de Trombone ou
Maracatu de Orquestra.
As danças do maracatu rural têm suas coreografias parecidas com as do
Candomblé (Adahum de Orixás) e Xangô, no nordeste mais conhecido como
catimbó. Mantêm suas evoluções com movimentos lentos com os braços e as
pernas e pequenos círculos como a pedir proteção para o grupo e ao mesmo
tempo afastar o mal.
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6
Maracatu Leão Brasileirinho; Maracatu Leão Dourado; Maracatu Águia de Ouro; Maracatu Leão
de Ouro; Maracatu Leão Africano; Maracatu Leão Formoso; Maracatu Leão Misterioso; Maracatu
Leão Cutural; Maracatu Piaba Dourada; Maracatu Leão Nazareno; Maracatu Estrela Brilhante;
Maracatu Águia Misteriosa; Maracatu Cambinda Nova; Maracatu Leão da Selva; Maracatu Leão
Faceiro; Maracatu Águia Dourada; Maracatu Estrela da Tarde; Maracatu Cambinda Brasileira (o
Maracatu mais antigo do Brasil); Maracatu Feminino Coração Nazareno (Maracatu formado
apenas por mulherse); Maracatu Sonho de Criança (Maracatu formado apenas por crianças);
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PAI LEOPOLDO, do Terreiro Ilê Oio da Nação Ketu em governador
Mangabeira-Bahia, explica que:
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“Os homens que fazem as baianas são cabras machos, que não
fazem qualquer concessão, além do traje para constituição da
figura feminina – nenhum deboche, nenhum trejeito, nenhum
deslize – os que usam bigode não raspam para se vestirem de
baiana; a assistência nos engenhos, arruados e vilas onde se
apresentam, também não dizem gracejos nem piadas”.
Benjamin(1989, p.77)
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19
Outro marco resultado das reflexões desses encontros, foram as
Semanas da Mulher, que foram realizadas em outubro de 1978 e novembro de
1979, em Campinas, numa participação comunitária entre universidade, grupos
de mulheres da comunidade e aproximação com outros grupos femininos da
cidade, ampliando a percepção da realidade que a cercava.
A criação do Maracatu Feminino Coração Nazareno foi um marco na
questão de gênero no maracatu rural na cidade de Nazaré da Mata. A restrição de
participação da mulher, imposta pelos homens do maracatu, levou um grupo de
mulheres a tomar essa iniciativa. Foi fundado em 08 de março de 2004 e esta
data não foi escolhida ao acaso.
Segundo Eliane Rodrigues, fundadora do maracatu Coração Nazareno, a
data marca a libertação das mulheres de Nazaré para várias reflexões acerca de
sua condição.
“Não se trata apenas de uma vitória pela “brincadeira”,
mas abre um leque de questionamentos a serem
discutidos sobre os casos de violência doméstica, mão-
de-obra feminina nos canaviais, abusos e exploração
sexual, discriminações contra a mulher negra e
homossexual”.
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19
Relatou-nos vários episódios de situações dos maracatus, dos Mestres e dos
caboclos de lança, bem como, um breve histórico do maracatu rural. Apesar de
muito significativa e enriquecedora, a entrevista não faz parte do DVD, produto
deste memorial, porque a minha opção foi a de registrar e enfocar o maracatu
feminino.
O nosso grupo de trabalho partiu rumo à Sede da AMUNAM, afim de nos
inteirarmos sobre o espaço, o trabalho social desenvolvido e, principalmente,
conhecer as mulheres do Maracatu Feminino Coração Nazareno.
A AMUNAM é uma Associação “que nasceu do desejo de se lutar pelos
direitos das mulheres, o que inclui a devida ocupação do espaço social, a
informação e a formação, o respeito e a dignidade” (Eliane Rodrigues). Formada
inicialmente, por 19 mulheres da cidade de Nazaré da Mata que estavam
insatisfeitas com suas realidades, queriam participar e decidir em questões que
lhe dizem respeito.
A partir daí, a Associação vem assumindo um papel primordial e
importante no desenvolvimento de trabalhos sócio-culturais na cidade, agregando
mulheres vítimas de violência doméstica, drogas, prostituição infanto-juvenil e
incentivando o vínculo familiar. Fundada no dia 23 de janeiro de 1988, é uma
entidade sem fins lucrativos, titulada como organização de utilidade pública
municipal, estadual e federal.
Já o Maracatu Coração Nazareno foi idealizado e criado pela
coordenadora da AMUNAM, Eliane Rodrigues, em 08 de março de 2004.
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Eliane enfatiza: “O Coração Nazareno é uma das formas que a AMUNAM
encontrou para levar a delicadeza, a leveza, feminilidade e a fortaleza da mulher
num ambiente formado prioritariamente por homens”. (RODRIGUES, 2013, p.7)
Em 2007, o Maracatu Coração Nazareno tornou-se Ponto de Cultura
mediante convênio firmado entre o governo de Pernambuco e o Ministério da
Cultura, e obteve o reconhecimento aos trabalhos que vem sendo desenvolvidos
pela AMUNAM, através da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural por
meio do Prêmio Culturas Populares.
Essas informações acima, apesar de relevantes e terem sido gravadas,
não constam no vídeo, porque optei em enquadrar apenas as imagens que diziam
respeito diretamente ao ritual do maracatu feminino, por ser um vídeo de curta-
metragem.
O maracatu Coração Nazareno conta com a participação de 72(setenta e
duas) meninas e mulheres de 8 a 85 anos de idade, da cidade de Nazaré da
Mata. Mulheres que trabalham nos canaviais e precisam sair muito cedo de casa,
pois são esteio da família. Algumas ainda, conciliam seu tempo no
desenvolvimento dos trabalhos sociais e como artesãs na criação e confecção
das indumentárias que caracterizam o maracatu, ciranda, côco de roda e o
caboclinho.
Segundo informações das entrevistadas, desempenhando essas tarefas
culturais e de brincantes do maracatu, sentem-se bastante realizadas.
Na entrevista com a Marinalva Isabel, maracatuzeira que sai de rei, ela
nos fala sobre o que acredita ter sido o mais difícil nesta empreitada de
participação das mulheres no maracatu, o enfrentamento aos homens do
maracatu rural, canavieiros em sua maioria e líderes e dominantes do maracatu
de baque solto, onde afirma que o processo foi lento mas desafiador e
gratificante. Marinalva Isabel diz que:
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19
Popular de Aliança, comandado por Mestre Biu do Coco, da Chã
de Camará; o Caboclinho Sete Flexas, de Goiana e terá a
participação dos Mestres João Paulo, Zé Duda e Luiz Caboclo
este feito foi muito importante pois nos deixou conhecidas e
também os projetos culturais da AMUNAM. Participamos de
oficinas com outros mestres de maracatu para termos mais
conhecimentos sobre as coisas do maracatu, fazer nossas
próprias vestimentas e termos nossos próprios instrumentos
musicais - inclusive os de sopro, as meninas aprenderam a tocar
nas oficinas de música. Temos hoje 16 caboclas de lança”.
(ISABEL, maio 2015)
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12- ETAPAS DO PROJETO
12.1- DESENVOLVIMENTO
43
Com poucos recursos, mas sendo natural da cidade de Olinda/PE, fiz
antecipadamente contato com minha família para organizar uma viagem à Nazaré
da Mata e, chegando lá, entraria em contato com pessoas amigas de Olinda e
Recife, para me acompanharem nesta produção e, assim, montar minha equipe
de trabalho.
Continuei mantendo contato com Sr. Jackson e, em abril de 2015,
informei dia e hora que estaria em Nazaré da Mata, desta vez não obtive
resposta, o que não atrapalhou a continuidade do meu planejamento inicial. Viajei,
no dia 22 de maio de 2015, para a zona da mata e, infelizmente, não consegui
localizar o assessor de Imprensa, nem marcar nenhuma reunião prévia com ele
nem com os representantes do maracatu que ele iria me indicar. Vi meu projeto
propenso a não ser realizado quando resolvi, junto com a equipe, visitar o Museu
do Maracatu.
Através de informações bastantes relevantes, conheci a AMUNAM e o
maracatu de mulheres Coração Nazareno. Ao entrar em contato com a
representante da ONG, informei todo o ocorrido e obtive uma boa acolhida para o
desenvolvimento do meu trabalho para a produção do documentário. Optei por
mudar o foco, que seria o caboclo de lança, e realizar a produção do vídeo com
as mulheres do maracatu feminino, porque vi a oportunidade dessa realização ser
mais concreta.
Consegui agendar entrevistas e filmagens para os dias 23 a 26 de maio
com as participantes do maracatu feminino, psicopedagogas e direção da
AMUNAM. Todo o processo de entrevistas e gravação do documentário durou 4
dias. Fui obrigada a me reorganizar, alterar o roteiro e cronograma de atividades
e, assim, arcar com novas despesas que não estavam previstas no meu
orçamento inicial.
Nessa primeira etapa de contato com a AMUNAM, aproveitei para fazer
um reconhecimento do espaço através de fotografias, demarcar a localização
para os procedimentos e solicitar as autorizações necessárias para as gravações,
o que se sucedeu de forma satisfatória, encaixando horários diferenciados com as
entrevistadas para atender o máximo possível ao meu projeto piloto.
44
12.2- PRÉ-PRODUÇÃO
Locações
Equipamentos
45
19
40
No primeiro contato feito com a direção da AMUNAM, no dia 22 de maio
de 2015, conhecemos todos os espaços da Casa Rosada, como é conhecida a
sede da Associação e pude definir, a partir de então, onde seriam realizadas as
filmagens. Ficando definido os seguintes espaços: da Galeria dos estandartes e
fantasias para a entrevista com a Mestra Gil; a sala de oficina e atelier para a
entrevista com a Marinalva Isabel, uma das componentes mais antigas do
maracatu e as artesãs e costureiras da AMUNAM, e, por fim, o pátio externo para
gravação com as meninas da orquestra e das danças para uma breve
demonstração.
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19
12.3- PRODUÇÃO / GRAVAÇÃO
Baterias
Assistente
Fichas de autorização de
Planilhas imagem
Motorista: Fernando Lacerda
Câmera canon
Produtora/Diretora: Mª José Lacerda
Atelier de Artes e Oficinas.
14h Câmera FinePix Costureiras e bordadeiras
Cameraman: Orlando Augusto
em seus ofícios. Plano
Smartphone/celular aberto
24/mai/15
Detalhes: Artesanatos e
AMUNAM Câmera FinePix Cameraman: Orlando Augusto estandartes. Pessoas
16h conversando.
Planos aberto e fechado.
Smartphone/celular FotógrafoStill: Orlando Augusto
Caboclas de lança
Cartões de memória Assistente Fichas de autorização de
Baterias Assistente imagem
Planilhas Motorista: Fernando Lacerda
Galeria das fantasias
Câmera canon Produtora/Diretora: Mª José Lacerda /estandartes+pátio externo
15h Entrevista c/ a Mestra Gil
Detalhes da Mestra Gil +
Câmera FinePix Cameraman: Orlando Augusto
Meninas da orquestra e
dança e equipe. Plano
26/mai/15
4147
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12.3.1- 1º DIA DE GRAVAÇÃO (28/05/15)
Figura7:MauricéliaLino-AssistenteSocial
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12.3.2- 2º DIA DE GRAVAÇÃO (29/05/15)
49
19
12.3.3- 3º DIA DE GRAVAÇÃO (30/05/15)
50
19
Foto: Marinalva Isabel (Rei do maracatu)
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19
Foto: Caboclas de lança
Chegamos à AMUNAM uma hora mais cedo que o horário previsto para a
entrevista, marcado para às 15h, com a Mestra Gil (compositora das lôas e
Mestra da orquestra do maracatu). Por ser dia de domingo, o trânsito estava bem
mais tranquilo e o percurso que, normalmente, de Recife a Nazaré da Mata leva
aproximadamente 1 hora e 12 minutos, foi realizado em 50 minutos. A Mestra Gil
só chegou 10 minutos antes das 15h e nosso equipamento já estava pronto na
galeria das fantasias e dos estandartes, onde seriam realizadas as filmagens,
fotografias e entrevista. Durante o processo foi necessário repetir algumas cenas,
porque à medida que a Mestra Gil discorria sobre fatos que a levaram a ser
Mestra e suas experiências à frente da orquestra, ela entoava alguns trechos de
suas lôas e por vezes pedia para cancelar a gravação, porque, segundo ela, não
estava “no tom certo” do canto.
Após a entrevista na galeria, que durou cerca de 45 minutos de material
bruto, ela nos encaminhou até o pátio externo, onde já se encontravam algumas
das meninas da orquestra e da dança do maracatu, que iriam fazer uma breve
52
19
demonstração para nossa equipe, das melodias e letras do maracatu cantada
pela Mestra Gil, bem como da dança do maracatu e outras como ciranda e côco
de roda. Ao final fomos convidadas a participar da brincadeira e uma de nossas
colaboradoras e assistente, a antropóloga norte-americana Mary Kenny aprendeu
alguns passos de cabocla de lança. Em certa ocasião, toda nossa equipe,
inclusive eu, excetuando-se apenas o câmera man e fotógrafo Orlando Augusto e
o motorista Fernando Lacerda, entramos na “roda da dança”, o que nos propiciou
momentos de alegria e descontração.
53
19
Foto: Mestra Gil e Orquestra do maracatu feminino
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Foto: Pátio externo: momento de descontração com a orquestra feminina e a equipe
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19
adaptações. O que foi feito. O curta Maracatu Lilás ficou então com o tempo de 13
minutos e 01 segundo, na forma que se segue:
1ª parte: Abertura com desfile do Maracatu Coração Nazareno/duração
prevista: 01:04/1:20;
2ª parte: Atelier de Artes e Oficinas/Marinalva Isabel/duração prevista: 1ª
fase: 00:40/ 1:00; 2ª fase: 04:10/ 4:25;
3ª parte: Galeria de fantasias e estandartes/Mestra Gil/duração prevista:
01:20/ 1:30;
4ª parte: Pátio externo/Mestra Gil e orquestra/duração prevista: 1ª fase:
03:00/ 3:10; 2ª fase: 01:40/ 2:00;
5ª parte: Pátio externo/Mestra Cabocla/duração prevista: 01:00/ 1:20;
É necessário informar, que a parte do vídeo que, a Mestra Gil canta
com sua orquestra feminina, em preto e branco, foi gentilmente
cedida pela AMUNAM.
Coloquei as informações das imagens selecionadas que fariam parte do
curta-metragem em uma planilha (Anexo C - Decupagem) e, solicitei ao editor que
trabalhasse o áudio por último, no caso de inserir outras opções sonoras ao invés
de algumas falas. Todo o processo foi acompanhado detalhadamente por mim.
Em Maracatu Lilás, a abertura com o desfile do Maracatu Coração
Nazareno foi intencional. A ideia era a de mostrar, já no início do vídeo, a beleza e
a versão colorida de suas cores predominantes rosa e lilás, com o batuque
ritmado de seus instrumentos expressados pela sintonia feminina.
Apesar das gravações conterem falhas de execução, como tremidos e
cenas desfocadas, procurei editar as que destacaram o conteúdo das entrevistas
e seguir a sequência de cenas em espaços que mostrassem o colorido dos
trabalhos, alternando falas, cantos e danças em planos abertos e fechados.
Pretendo melhorar a qualidade do produto e dar entrada nos trâmites
legais para registro da obra segundo recomendações no site da Agência Nacional
de Cinema – ANCINE, para requerimento do Certificado de Produto Brasileiro –
CPB.
56
19
12.5- LANÇAMENTO / DISTRIBUIÇÃO
13- ORÇAMENTO
57
13.1- ORÇAMENTO PREVISTO (real)
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
MARACATU LILÁS
Etapa: Pós-Produção
Produto: Memorial / DVD documentário
Item Unid Quant Ocorr Unitário Total Em Dias
Recolhimentos
Tributos verba 1 1 2.700,00 2.700,00 30
Seguro de equipamentos verba 1 1 850,00 850,00 7
Total do Produto 2 2 3.550,00 3.550,00
Total da Etapa 3.550,00 3.550,00
Item Unid Quant Ocorr Unitário Total Em Dias
Prestação de contas
Prestação de contas serviço 1 1 2.500,00 2.500,00 15
Total do Produto 1 1 2.500,00 2.500,00
Total da Etapa 2.500,00 2.500,00
Total Geral 34.434,58 35.782,08
(*) DocSlide- tabela de piso salarial para profissionais em longa, media e curta metragem – 2014 / 2015 -
(**) Loc7 - equipamentos câmeras e acessórios
58
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19
13.2- ORÇAMENTO UTILIZADO (desembolsado)
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
MARACATU LILÁS
Etapa: Pós-Produção
Produto: Memorial / DVD documentário
Item Unid Quant Ocorr Unitário Total Em Dias
Recolhimentos
Tributos verba 0 0 0 0 -
Seguro de equipamentos verba 0 0 0 0 -
Total do Produto 0 0 -
Total da Etapa 0 0 -
Item Unid Quant Ocorr Unitário Total Em Dias
Prestação de contas
Prestação de contas serviço 1 1 0 0 10
Total do Produto 1 1 0 0 -
Total da Etapa 0 0 -
Total Geral 992,50 1.610,00
4659
19
14. CRONOGRAMA
MAR/ ABR/ MAI OUT/ NOV/ JAN/ FEV/ MAR/ NOV/ DEZ/2
ATIVIDADES 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 016
DESENVOLVIMENTO
PRÉ-PRODUÇÃO
Cronograma de filmagem X
Visita técnica X
PRODUÇÃO / GRAVAÇÃO
EDIÇÃO / FINALIZAÇÃO
Edição do som X
LANÇAMENTO / DISTRIBUIÇÃO
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19
Este vídeo Curta-documentário tem como público alvo, produtores e
gestores culturais, estudantes de todos os níveis, bem como, animadores
culturais, profissionais ligados ao carnaval e todos os interessados no segmento
da cultura popular e em danças regionais com ênfase na cultura popular
nordestina, professores, estudantes de cinema e de produção cultural.
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19
Produzir o curta “Maracatu Lilás”, foi além de minhas expectativas para
conclusão do meu Bacharelado em Produção Cultural, apesar de sempre sentir a
inquietação em registrar um projeto sobre este tema, que tanto me cativa e, que
se apresentou como um grande desafio me impulsionando a torná-lo possível.
A cultura popular do Nordeste, em especial, do estado de Pernambuco,
onde predominam história, tradições, os espetáculos fascinantes de suas danças
que, aprendi a apreciar desde criança e pelas quais me identifico, me levaram a
cogitar ainda durante o decorrer do curso, a viabilidade dessa realização.
O projeto me fez trilhar por caminhos reais da cultura e experimentar na
prática meu aprendizado teórico do curso, assumindo a produção de um curta-
documentário e gerenciando uma equipe, na realidade, colaboradores.
Ainda durante o curso, pude perceber os inúmeros caminhos que a
produção cultural no Brasil tem a oferecer ao profissional Produtor Cultural nas
diversas formas de linguagens da cultura. Para mim, este projeto foi apenas o
percurso necessário, porém, inebriante de me tornar uma futura profissional da
área.
Sou muito grata a todos os envolvidos na produção do curta-metragem
“Maracatu Lilás” que de forma direta ou indiretamente, participaram da realização
desse Projeto. Desejo entretanto, que o vídeo colabore de forma enriquecedora,
como veículo de conhecimento da diversidade cultural e funcione como estímulo à
outras iniciativas do gênero.
62
19
AMUNAM, Construindo Histórias e Transformando Vidas. Disponível em:
http://www.amunam.org.br. Consultado em junho de 2015.
63
19
EMBRAPA, Informação Tecnológica (SCT) e Assessoria Jurídica da (AJU).
Cartilha Embrapa Direito Autoral, Coleção Orientações Jurídicas,
Brasília,DF,2001.
64
MAIOR, Mario Souto. Folclore etc. & tal. 20-20Comunicação e Editora, Recife,
PE, 1996.
NETTO, Costa José Carlos. Direito Autoral no Brasil. 2 ed. São Paulo: FTP,
2008.
65
19
SENA, José Roberto Feitosa de. Interpretando o Ethos Sagrado do Maracatu
Rural Cruzeiro do Forte- Recife /PE. Disponível em: http://www.abhr.org.br/wp-
content/uploads/2013/01/art_SENA_maracatu_recife.pdf
SILVA, Gilcélia Barboza da. FILHA, Maria José de Paula. PINTO, Suênia,
Claudiana do N. A presença das mulheres na cultura popular: Os casos dos
Maracatus Rural e Nação(TCC), Recife, PE, 2015.
http://www.unespar.edu.br/noticias/procura-por-cursos-na-area-de-audiovisual-e-
cinema-tem-crescido-no-pais>, consultado em junho 2016.
http://docslide.com.br/download/link/pisos-salariais-2014-2015-tabela-de-pisos-
salarias-para-profissionais-de-longa-media-curta-metragem-documentario,
consultado em junho 2016.
66
18. APÊNDICE
5367
19
19. ANEXOS
Caboclas de Lança
68
19
Fonte: AMUNAM.Disponívelem: http://inteja.com.br/wp-content/uploads/2015/02/
Maracatu-FemininoCora%C3%A7%C3%A3o-Nazareno-16.jpg)
ANEXO B - Autorização do participante para uso de imagem e voz
Identificação
ANEXO B - Fotografias
Nome:_____________________________________________________________________
Endereço:__________________________________________________________________
Nº________ Complemento:_______________________Bairro:_______________________
Cidade:____________________________ Data de Nascimento:_______________________
Tel. ANEXO C - DVD – Curta-Documentário
Residencial:_________________________ Maracatu Lilás
Celular:______________________________
69
19
ANEXO D - GLOSSÁRIO, SIMBOLOS E SIGLAS
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MARACATU- Termo de origem africana que significa dança ou batuque do
19
“maracá”(instrumento indígena).
ALFAIAS- tambores
CCMM- Clube Carnavalesco Misto Maracatu. Escrito nos estandartes das Nações
que descendem de organizações de negros.
GUIADAS- lanças
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20. DECUPAGEM
Decupagem de Cenas
Cena 08 duração (10’13”-11’13”) plano geral cablocos ponta de lança dançando, fecham em
uma delas no plano fechado e ela inicia sua fala.
Cena 09 duração (11’21”-12’40”) plano geral das meninas dançando e Mestra Gil cantando.
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19