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A Parábola Do Semeador e o Concílio Do Vaticano II
A Parábola Do Semeador e o Concílio Do Vaticano II
2007-06-22 09:29:00
Neste tempo em que os juízos quanto ao Concílio são dos mais diversos, creio que aqui
se aplica muito bem a parábola do semeador:
“Disse ele [Cristo]: Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao
longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram. Outra parte caiu em solo
pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco
profunda. Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes. Outras
sementes caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram. Outras,
enfim, caíram em terra boa: deram frutos, cem por um, sessenta por um, trinta por um.
Aquele que tem ouvidos ouça. [...] Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador:
quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o
que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do
caminho. O solo pedregoso em que ela caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra
ouvida, mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma
perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda. O terreno que
recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas
nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa. A
terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por
um, sessenta por um, trinta por um” (Mt 13,4-9.18-23).
Assim como a parábola, nem toda semente querida pelo Concílio germinou e deu frutos.
Com efeito, algumas caíram ao longo do caminho. Sobre estas diz o Senhor que é o
ensino da Igreja que não foi compreendido e, portanto logo foi abandonado. Aqui estão
os tradicionalistas que não pouparam ataques ao Concílio acusando a Santa Igreja de ter
se afastado da Doutrina Católica. Eles possuem grande dificuldade de encontrar nos
textos do Concílio a Doutrina perene da Igreja e acabam por rejeitá-lo. Notem que a
causa do infortúnio das sementes não é o terreno: “os pássaros vieram e a comeram”.
Com efeito, os tradicionalistas amam a Igreja, amam a Sã Doutrina e amam o Papa.
Porém permitiram que Satanás plantasse a dúvida em seus corações. Com efeito, ensina
o Senhor que os pássaros que comeram as sementes são o “Maligno [que] vem e arranca
o que foi semeado no seu coração”. Esta dúvida semeada por Satanás no seio dos
tradicionalistas está tão enraizada que chegam a duvidar das recentes canonizações
realizadas pelo Papas ou a veracidade das recentes revelações da Igreja (por exemplo, a
polêmica acerca do Terceiro Segredo de Fátima).
Outras sementes caíram em solo pedregoso. Porém quando nasceu o Sol foram
queimadas, pois não possuíam raízes, dada a pouca terra do terreno. Diz o Senhor que o
terreno pedregoso são aqueles que acolhem “com alegria a palavra ouvida, mas não tem
raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da
palavra, logo encontra uma ocasião de queda”. Estes são os fiéis que perderam a Fé
devido à crise atual da Igreja. Alguns se tornaram ateus, outros foram para as falsas
religiões, outros se fizeram tradicionalistas ou modernistas. Por causa da fé superficial
que possuem são como a "onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para
o outro" (cf. Tg 1,6).
Algumas sementes caíram entre espinhos. Diz o Senhor que “O terreno que recebeu a
semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os
cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa”. Estes
são os progressistas ou modernistas. Conhecem bem a Doutrina Católica, mas se
deixaram levar pelos “cuidados do mundo e a sedução das riquezas”. São exatamente os
modernistas que possuem sede insaciável de novidades. Pautam a vida cristã não
segundo os limiares perenes do Evangelho conforme foi confiado à Igreja, mas segundo
os rudimentos do mundo. Para eles a Verdade é relativa e está sempre sujeita ao
desenrolar da História. Os modernistas transviaram o Concílio e obtiveram muito êxito
na deformação das aplicações de suas diretrizes. Transformaram o agiornamento da
Igreja tão querido pelo Concílio numa Anti-Igreja. Seu liberalismo é como um câncer
que destrói o organismo onde está inserido. São eles os principais demolidores da
Igreja.
Entre o terreno cujas sementes foram comidas (os tradicionalistas) e o terreno onde as
sementes foram sufocas por espinhos (os modernistas), está o terreno pedregoso, cuja
terra boa é superficial (os fiéis inconstantes). Quantos fiéis não perderam a Fé por causa
do embate tradicionalista x modernista? Como a metáfora da parábola se aplica ao
nosso tempo...
Enfim a parábola diz que algumas sementes deram muitos frutos, pois caíram em terra
boa. Disse o Senhor que a terra boa “é aquele que ouve a palavra e a compreende, e
produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um”. Estes são aqueles que
confiaram e confiam na Igreja.
O católico deve permanecer fiel à Igreja, mesmo quando Ela não ensina infalivelmente,
recusando tudo o que não estiver de acordo com este ensino:
Não assentimento de fé, mas religioso obséquio de inteligência e vontade deve ser
prestado à doutrina que o Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos, ao exercerem o
magistério autêntico, enunciam sobre a fé e os costumes, mesmo quando não tenham a
intenção de proclamá-la por ato definitivo; portanto os fiéis procurem evitar tudo o que
não esteja de acordo com ela. (CDC cân. 752) (grifos meus).
Nosso Senhor orou especialmente por Pedro (cf. Lc 22,31-32) para que confirmasse
toda a Igreja. Dizer que os Papas João XXIII, Paulo VI e João Paulo II foram coniventes
com o erro é afirmar que a oração do Senhor não foi atendida desde o Concílio do
Vaticano II e que Ele desde então não esteve com Sua Igreja "todos os dias, até o fim do
mundo" (cf. Mt 28,20).
Fonte: www.veritatis.com.br
A Parábola do Semeador
(Mateus 13,1-9)
No Evangelho de hoje, (Mt 13,1-9) encontramos Jesus fazendo uso de uma didática
bastante eficiente, para inserir na realidade humana, o conhecimento sobre a revelação
de Deus.
Usando o método das parábolas, Jesus contou histórias sobre os acontecimentos do dia-
a-dia, para ilustrar verdades espirituais, e na liturgia de hoje, nos é revelada uma das
mais importantes destas histórias, a Parábola do Semeador, encontrada em Mateus 13,
1-23, Marcos 4, 1-20 e Lucas 8, 4-15.
É a partir de elementos presentes na trajetória do ser humano, que Jesus nos fala,
enfocando o Semeador, a Semente e os solos para, ilustrar a instabilidade dos homens.
Nesse entendimento, percebe-se que Jesus está dizendo que esta parábola é fundamental
para o entendimento das outras.
A história contada por Jesus é simples, porém, profunda e edificante: “O semeador saiu
para semear.” Jesus não revela a identidade pessoal do semeador, não o chama pelo
nome, nada diz sobre sua aparência. Simplesmente, Jesus põe em contato o semeador, a
semente e o solo. Certo de que, a partir dessa combinação, a colheita poderá ser farta,
dependendo apenas da estabilidade do solo e dos fenômenos da natureza.
Para o nosso entendimento, a mesma palavra de Deus pode ser plantada em nossos
corações no dias atuais, mas os resultados serão determinados pelos corações daqueles
que ouvem.
Isso significa que, alguns de nós somos solos de beira de estrada, duro, impermeável.
Sendo esse tipo de solo, ficamos de mentes fechadas, não receptivas, impedindo que a
palavra de Deus nos transforme.
“Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As
sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda”. As raízes das plantas, no
solo pedregoso, nunca se aprofundam. A superficialidade deixa transparecer que durante
os tempos fáceis, os brotos podem parecer interessantes, mas, as raízes não estão se
desenvolvendo abaixo da camada externa.
Nas horas difíceis, nas primeiras dificuldades, o resultado é desastroso, com uma
pequena temporada de seca ou um vento forte, a planta murcha e morre.
Nós cristãos, batizados em Jesus Cristo, precisamos desenvolver raízes profundas, por
meio da fé e da nossa atuação no mundo. A palavra de Deus não deve ser recebida na
superficialidade da vida, pois tempos difíceis virão, e somente aqueles que tiverem
desenvolvido suas raízes abaixo da superfície do solo sobreviverão.
Olhando em nosso redor, é fácil perceber que o compromisso com a vocação cristã, não
anda muito na moda. Isso porque, por qualquer programa social ou até mesmo, político,
deixamos em segundo plano a vivência da fé. Existe uma grande tentação a permitir que
interesses mundanos dominem nossas vidas. Perdemos as boas energias e não nos resta
vocação para devotar-nos ao crescimento da fé e da palavra de Deus em nossas vidas.
Aqui há uma lição para todos nós. O fruto produzido depende da resposta à palavra de
Deus. É decisivamente importante ler, estudar e meditar sobre a palavra de Deus.
“Que a palavra de Cristo permaneça em vocês com toda a sua riqueza, de modo que
possam instruir-se e aconselhar-se mutuamente com toda a sabedoria...” (Colossenses
3,16). “Por isso, deixem de lado qualquer imundice e sinal de malícia, e receba com
docilidade a Palavra que lhes foi plantada no coração e que pode salvá-los.” (Tiago
1,21).
Se a boa terra é o mundo, este, é discipulado de Jesus. Por isso, temos que permitir que
nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e moldadas pela
palavra de Deus.
A conclusão desta parábola é deixada a cada um, para que descreva que espécie de solo
você é.
Introdução: A palavra parábola vem do grego “Parabole” significa “por ao lado”. No uso
bíblico, uma parábola compara ou contrasta um a realidade natural com uma verdade
espiritual implícita. Mas ao contrário do que parece ou do que alguns sugerem hoje, este
recurso não foi usado por Jesus como uma espécie de facilitador da compreensão de seus
ensinos, ou para tornar as verdades espirituais mais fáceis de entender, mas pelo
contrário. Jesus a usou como um recurso obscurecedor de seus ensinos. As histórias
contadas em vez de facilitar complicavam o entendimento e a clareza do que Jesus
ensinava até que as devidas explicações fossem dadas. Os próprios discípulos de Jesus
não entendiam as parábolas e pediam explicação (Mr 4.10-13). Em João 16.29-30 os
próprios discípulos declaram que era mais fácil entender o que Jesus estava dizendo
quando ele falava “claramente” do que quando usava as parábolas.
Por que Jesus usava este recurso, então? Os discípulos fizeram esta mesma pergunta (Mt
13:10). Ao que Jesus respondeu: “A vós vos é dado saber os mistérios do reino...” (Mt
13:11,13-14) – As parábolas serviam como um instrumento de filtro dos ouvintes. Os que
queriam de fato entendê-las deveria se esforçar, refletir e buscar de Jesus a explicação
delas. A mente natural por si só não tem a disposição nem o interesse de buscar estas
verdades. Por isto, se você é um discípulo de Jesus as parábolas, seus ensinos e
verdades reveladas são para vocês. Os tesouros das revelações espirituais profundas
nelas contidas se destina àqueles cujas mentes e corações estão desejosos de entender.
Hoje, as parábolas são mais fáceis de entender, porque a bíblia inclui a maioria de suas
interpretações que só os discípulos mais chegados tinham acesso. Além disso, aquelas
que não são explicadas são colocadas dentro de contextos específicos de maneira que
sua compreensão e interpretação ficam facilitadas.
3-“Espinheiro” (7;22) São os de coração dividido. São sufocados pelas riquezas. São os
que Servem a Deus e ao mundo. Lucas 16:13 “ninguém pode servir a dois senhores...”
Querem o melhor dos dois mundos. Querem Jesus, mas não abrem mão do mundo e de
suas ofertas. Esses não permanecem nem frutificam. Deus exige exclusividade,
integridade, inteireza de coração. Ou o coração é dele ou ele esta do lado de fora batendo!
4-“Boa Terra” (8,9;23); São os que ouvem, acolhem e praticam a palavra. São os que
rendem o coração inteiramente a ele. São os que assumem compromisso com Deus e sua
palavra. Estes são os que têm vida e produzem 40,60,100 por um
Aplicações Práticas
1-A mensagem deve ser pregada a todos – Nós não conhecemos os corações, assim
precisamos pregar a todos. Como o semeador que lança a semente em todos os lugares;
3-Não basta apenas começarmos bem, precisamos terminar bem: Duas das sementes até
chegaram a germinar, receberam a Palavra com alegria, mas não permaneceram, não
resistiram as tempestades e as seduções do mundo; Há muitos que começaram a trilhar o
caminho de Jesus e não chegarão até o fim porque se perderam no caminho, não
vigiaram, não se cuidaram;
4-Mesmo sendo boa terra, a produtividade não será igual – Mesmo recebendo a Palavra e
permanecendo firmes, poderemos frutificar mais ou menos depende de nossa dedicação.
Que possamos ser daqueles que correspondem com Deus a ponto de permitir que Deus o
use no máximo de sua capacidade de produzir. I cor 15:58