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CURSO DE LEGITIMAÇÃO

LEIS CANÔNICAS
E
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO

O código de direito canônico


é um conjunto de leis que
rege a estrutura institucional
da igreja católica apostólica
romana, ao clero e leigos
observando as obrigações e
deveres de cada um.
(Questões Formais).
Catecismo da Igreja Católica

 Trata-se de um documento
confessional de referência, oficial e
autêntico, para o ensino da
doutrina da Igreja Católica
Apostólica Romana, com o qual
pode-se conhecer o que a igreja
professa e celebra, vive e reza em
seu cotidiano. (Cuidado Pastoral).
• A igreja tem leis? Como é isso?
• Sim. A igreja tem leis porque Jesus deixou.
• Existem dois tipos de leis deixadas por Jesus
• As leis que provem do direito natural que vem
desde a criação: 10 mandamentos.
• As leis do principio da moralidade, o que é
pecado...estas leis não estão no código é questão
de moral. Elas estão no Catecismo da igreja
católica.
Desmistificando o Direito
Canônico e o Catecismo
• Pode ou não pode

• Espelho da teologia

• Alterações já foram realizadas


• Existem leis que são de outra realidade, a
parte sacramental, sacramento no
sentido especifico dos 7 sacramentos e
também da própria constituição da
igreja, sacramento universal de salvação.
Tudo aquilo que Deus fez para nos salvar
através dos sacramentos da igreja. Jesus
deixou meios de salvação que foram
instituídos por ele, para nossa salvação.
• Os protestantes costumam dizer que o direito
canônico é principio pecaminoso dentro da
igreja. Dizer isso é um erro, pense bem
quando eu ouço o evangelho, esta é a palavra
de cristo, quando é aceita pela fé, me vincula,
acabei de aceitar cristo como meu senhor e
salvador. Vinculo é estudado por uma ciência
chamada direito, tornando-se assim uma lei.
Quando você se vincula a algum compromisso,
passa a ter obrigações.
• Jesus deixou uma heranças (sacramentos), nós cremos
nessa herança, portanto estamos vinculados e somos
obrigados a proteger essa herança e manter o que Jesus
nos deixou.
• Exemplo padre. O código de direito canônico diz que os
fieis tem o direito de receber os sacramentos de acordo
com o que foi instituído na liturgia da igreja.
• Direito de receber a pregação do evangelho da igreja e
não da ideia da cabeça do padre. Se isso não acontecer o
direito dos fieis está sendo violado. Existem leis que que
nem o papa pode mudar, que foram feitos por um
legislador divino que está acima do papa que é nosso
senhor Jesus Cristo.
• O código canônico nada mais é do que a igreja proteger o
patrimônio deixado por Deus., direitos e deveres dos fieis.
O Direito matrimonial canônico
• Cân. 1055 – §1. O pacto matrimonial, pelo qual o
homem e a mulher constituem o consórcio de
toda a vida, por sua índole natural ordenado ao
bem dos cônjuges e à geração e educação da
prole, entre batizados foi por Cristo elevado à
dignidade de sacramento.

• §2. Portanto, entre batizados não pode haver


contrato matrimonial válido, que não seja por
isso mesmo sacramento
• Cân. 1063 – Os pastores de almas têm a obrigação de cuidar que a
própria comunidade eclesial preste assistência aos fiéis, para que o
estado matrimonial se mantenha no espírito cristão e progrida na
perfeição. Essa assistência deve prestar-se sobretudo:
• §1. pela pregação, pela catequese apropriada aos menores, aos
jovens e adultos, mesmo pelo uso dos meios de comunicação social,
com que seja os fiéis instruídos sobre o sentido do matrimônio e o
papel dos cônjuges e pais cristãos;
• §2. com a preparação pessoal para contrair matrimônio, pela qual os
noivos se disponham para a santidade e deveres do seu novo estado;
• §3. com a frutuosa celebração litúrgica do matrimônio, pela qual se
manifeste claramente quês cônjuges simbolizam o mistério da
unidade e do amor fecundo entre Cristo e a Igreja, e dele participam;
• §4. com o auxílio prestado aos casados, para que guardando e
defendendo fielmente a aliança conjugal, cheguem a levar na família
uma vida cada vez mais santa e plena.
CATECISMO E O MATRIMONIO
• O matrimónio no desígnio de Deus
• 1602. A Sagrada Escritura começa pela criação do
homem e da mulher, à imagem e semelhança de Deus
(94), e termina com a visão das «núpcias do Cordeiro»
(Ap 19, 9) (95). Do princípio ao fim, a Escritura fala do
matrimónio e do seu «mistério», da sua instituição e do
sentido que Deus lhe deu, da sua origem e da sua
finalidade, das suas diversas realizações ao longo da
história da salvação, das suas dificuldades nascidas do
pecado e da sua renovação «no Senhor» (1 Cor 7, 39),
na Nova Aliança de Cristo e da Igreja (96).
• 1604. Deus, que criou o homem por amor, também o
chamou ao amor, vocação fundamental e inata de todo
o ser humano. Porque o homem foi criado à imagem e
semelhança de Deus (100) que é amor (1 Jo 4, 8.16).
Tendo-os Deus criado homem e mulher, o amor mútuo
dos dois torna-se imagem do amor absoluto e
indefectível com que Deus ama o homem. É bom, muito
bom, aos olhos do Criador (101). E este amor, que Deus
abençoa, está destinado a ser fecundo e a realizar-se na
obra comum do cuidado da criação: «Deus abençoou-os
e disse-lhes: "Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a
terra e submetei-a"» (Gn 1, 28).
• 1605. Que o homem e a mulher tenham sido criados
um para o outro, afirma-o a Sagrada Escritura: «Não é
bom que o homem esteja só» (Gn 2, 18). A mulher,
«carne da sua carne» (102), isto é, sua igual, a criatura
mais parecida com ele, é-lhe dada por Deus como
uma ,auxiliar» (103), representando assim aquele
«Deus que é o nosso auxílio» (104). «Por esse motivo, o
homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher:
e os dois serão uma só carne» (Gn 2, 24). Que isto
significa uma unidade indefectível das duas vidas, o
próprio Senhor o mostra, ao lembrar qual foi, «no
princípio», o desígnio do Criador (105): «Portanto, já não
são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6).
• O momento de união e transformação onde os
dois se tornam uma só carne acontece quando
os dois se doam e se recebem mutuamente.
• “Eu te recebo por minha mulher”
• “Eu te recebo por meu marido”
• Este é o sinal de consentimento que liga os
esposos entre si encontra seu cumprimento no
fato “os dois se tornarem uma só carne”
• O consentimento (vontade manifestada)é o que
fundamenta o matrimonio.
• 1640. O vínculo matrimonial é, portanto,
estabelecido pelo próprio Deus, de maneira
que o matrimónio ratificado e consumado
entre batizados não pode jamais ser dissolvido.
Este vínculo, resultante do ato humano livre
dos esposos e da consumação do matrimónio,
é, a partir de então, uma realidade irrevogável
e dá origem a uma aliança garantida pela
fidelidade de Deus. A Igreja não tem poder
para se pronunciar contra esta disposição da
sabedoria divina (160).
• 1647. O motivo mais profundo encontra-se na fidelidade de
Deus à sua aliança, de Cristo à sua Igreja. Pelo sacramento do
Matrimónio, os esposos ficam habilitados a representar esta
fidelidade e a dar testemunho dela. Pelo sacramento, a
indissolubilidade do Matrimónio adquire um sentido novo e
mais profundo.
• 1649. No entanto, há situações em que a coabitação
matrimonial se torna praticamente impossível pelas mais
diversas razões. Em tais casos, a Igreja admite a
separação física dos esposos e o fim da coabitação. Mas os
esposos não deixam de ser marido e mulher perante Deus:
não são livres de contrair nova união. Nesta situação difícil, a
melhor solução seria, se possível, a reconciliação. A
comunidade cristã é chamada a ajudar estas pessoas a
viverem cristãmente a sua situação, na fidelidade ao vínculo
do seu Matrimónio, que continua indissolúvel (173).
• 1650. Hoje em dia e em muitos países, são numerosos os
católicos que recorrem ao divórcio, em conformidade com as
leis civis, e que contraem civilmente uma nova união. A Igreja
mantém, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo («quem
repudia a sua mulher e casa com outra comete adultério em
relação à primeira; e se uma mulher repudia o seu marido e
casa com outro, comete adultério»: Mc 10, 11-12), que não
pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro
Matrimónio foi válido. Se os divorciados se casam civilmente,
ficam numa situação objetivamente contrária à lei de Deus.
Por isso, não podem aproximar-se da comunhão eucarística,
enquanto persistir tal situação. Pelo mesmo motivo, ficam
impedidos de exercer certas responsabilidades eclesiais. A
reconciliação, por meio do sacramento da Penitência, só pode
ser dada àqueles que se arrependerem de ter violado o sinal
da Aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometerem a
viver em continência completa.
• 1666. O lar cristão é o lugar onde os
filhos recebem o primeiro anúncio da fé.
É por isso que a casa de família se
chama, com razão, «Igreja doméstica»,
comunidade de graça e de oração, escola
de virtudes humanas e de caridade cristã.
Validade do Matrimônio
• Para que o matrimonio se torne valido temos que
analisar 3 pilares, se houve impedimentos, se teve o
consentimento SIM livre e racional, e se foi
respeitada a forma canônica (litúrgica)
consentimento dado pelos noivos (ministros da
celebração) mais as duas testemunhas qualificadas
para dar validade ao ato.
• Celebrado com a observância de todas as
formalidades canônicas, o matrimônio é considerado
válido. No entanto, há dois requisitos exigidos no
contexto desta validade:.
• a) o matrimônio ratificado, mas não consumado
(em latim, matrimonium ratum sed non
consumatum) - é a situação que ocorre quando
os nubentes já manifestaram o consentimento,
isto é, já celebraram o matrimônio perante o
sacerdote e a comunidade, mas ainda não
realizaram o ato conjugal (a conjunção carnal,
pelo qual os dois se tornam uma só carne);
• b) o matrimônio ratificado e consumado (em
latim, matrimonium ratum et consumatum) -
quando os esposos já realizaram, pelo menos
uma vez, o ato conjugal de modo humano.
• Esta observação é importante, porque a falta de
consumação do matrimônio é uma causa que pode
ser alegada como fundamento para declaração de
sua nulidade.
• Além deste caso específico, há ainda outras
circunstâncias que podem tornar o matrimônio
inválido, apesar das aparências de normalidade.
Pode ocorrer que um dos contraentes, em seu
íntimo, está sendo forçado a manifestar o seu
consentimento, embora externamente ninguém
perceba isto. O consentimento somente será válido
quando for manifestado em plena harmonia da
palavra dita e do ato de vontade que a acompanha.
Proibições  e  impedimentos  ao  matrimônio
• Em princípio, todos os fiéis cristãos podem dar-se e receber-
se em matrimônio. Há, porém, algumas restrições ou
situações especiais protegidas pelo Direito Canônico através
de proibições ou impedimentos. Nestes casos, é exigida uma
licença prévia da Autoridade eclesiástica, na maioria dos
casos, do Bispo Diocesano; em outros, porém, a licença deve
ser solicitada à Santa Sé. Uma destas situações é, por
exemplo, os chamados matrimônios mistos, nos quais um
dos contraentes é católico e o outro é ateu ou professa outra
religião.
• Vejamos algumas situações especiais de impedimento. Em
algumas delas, será sempre necessária a dispensa por parte
da Autoridade eclesiástica. Em outras, o impedimento não
pode ser dispensado.
• 1. Impedimento de idade: o homem com menos
de dezesseis anos e a mulher com menos de
catorze anos; de forma livre e racional Lei
Complementa CNBB - (Brasil, homem 18 e
mulher 16);
• 2. Impedimento de vínculo: quando um dos
contraentes já teve um casamento anterior (não
pode ser dispensado);
• 3. Impedimento de disparidade de culto: quando
apenas um dos nubentes é católico e o outro é
pagão, ateu ou membro de outra religião;
• 4. Impedimento de ordem sacra: quando o homem
recebeu alguma ordem sacra (ordenação de
diaconato, presbiterado ou episcopado - a dispensa
deve ser solicitada à Santa Sé);
• 5. Impedimento de profissão religiosa: quando um
dos contraentes tiver feito voto de castidade em
alguma instituição religiosa (sendo o voto
permanente, a dispensa deve ser solicitada à Santa
Sé);
• 6. Impedimento de rapto: quando a mulher é levada
para outro lugar mediante o uso da força, do medo
ou por engano, permanecendo sob o poder de outra
pessoa, ainda que não seja aquele com quem ela vai
casar-se;
• 7. Impedimento de crime: quando um dos cônjuges
fica viúvo por haver matado o outro cônjuge, isto
independentemente do conhecimento que as outras
pessoas tiverem do fato;
• 8. Impedimento de consanguinidade: este se baseia
no parentesco natural ou jurídico, sendo proibido
quando o parentesco for em linha reta em todos os
graus e na linha colateral, até o quarto grau,
inclusive;
• 9. Impedimento de afinidade: é o resultante do
parentesco jurídico com os consanguíneos do outro
cônjuge, sendo proibido em todos os graus da linha
reta, mas dispensado na linha colateral em qualquer
grau;
• 10. Falta de capacidade de consentir,
(cânon1095), se um dos cônjuges não tem
condições mentais de assumir as obrigações
do matrimônio; (cânon 1096).
• 11. Impotência permanente para o ato sexual,
atestada por um medico (cânon 1084).
• Observação: nestes casos e em outros o
casamento será inválido; então o pároco se
souber do impedimento antes do casamento ,
não pode realizá-lo.
Estes são os casos mais comuns. De um modo
geral, todos os impedimentos declarados na lei
civil também são acatados na legislação
canônica. Alguns deles podem ser dispensados
pela autoridade eclesiástica, como por exemplo,
o de idade ou de disparidade de culto, mas
outros são chamados "dirimentes" e não podem
ser dispensados. O casamento contraído com
inobservância destas normas será declarado
nulo pelos Tribunais Eclesiásticos, desde que
seja comprovado isso em processo regular.
DIFERENÇA ENTRE O CASAMENTO E O
MATRIMÔNIO
• O casamento é o "vinculo estabelecido entre duas
pessoas", já o matrimônio é um dos Sacramentos da
Igreja. É a união de um Hmem e sua Mulher com a
benção de Deus.
• Cristo nos oferece o sacramento do matrimônio, ( O
QUE DEU UNIU O HOMEM NÃO SEPARA ) que é a
doação integral, projeto de vida comum, geração,
criação e educação dos filhos e conquista da
felicidade na busca da felicidade do outro. E mais: no
sacramento convidamos Cristo a fazer parte do nosso
matrimônio, que passa, na verdade, a ser a três:
marido, esposa e Deus.
MATRIMONIO É A ....
Consagração do amor na plenitude.
É o nascimento da igreja domestica.
Receber sacramento matrimonio é o maior
gesto de amor, e reafirma a coragem de
acreditar na beleza do amor de Deus.
É viver plenamente o amor.

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