Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Deus é o Senhor do tempo. Nós vivemos em Deus e todos os momentos de nossa vida,
devemos consagrar a Ele, como autor da vida.
O Ano Litúrgico é a organização do tempo cronológico, para marcarmos a graça de Deus
em nossa vida. O tempo de Deus, que chamamos de kairológico, é celebrado em nosso
cotidiano. Este é o mistério e a razão de ser do Ano Litúrgico.
1
O domingo é o centro da vida dos cristãos. Neste dia, os cristãos são convidados a
viverem em família, para aprofundar os laços afetivos, a repousarem, para restituir as
energias, ao lazer e, particularmente ao encontro com o Senhor na Santa Eucaristia.
O domingo é o dia da criação, dia de Cristo, dia da comunidade e da pessoa, para sua
valorização e santificação.
Na tradição dos séculos, este dia é devotado ao Senhor, por isto é um dia de alegria e de
fraternidade.
A ORIGEM DO DOMINGO
As origens do domingo estão nos últimos cápitulos dos evangelhos. Este dia foi se
consagrando aos poucos como o dia específico para a comunidade dos seguidores de
Jesus de Nazaré se reunirem, pautando-se no dia da Ressurreição do Senhor. A expressão
aparece várias vezes: “no primeiro dia da semana”. Este primeiro dia da semana é
denominado naquele período como do “dia do sol”. Jesus ressuscitado é a Luz do mundo
que irrompe nas trevas do mundo, como o sol é a luz na natureza, que irrompe na
escuridão do universo. Os primeiros cristãos se reuniam para celebrar o Senhor, por meio
da ceia eucarística, e atualizar a sua presença na comunidade. Sendo este dia consagrado
ao Sol, a ícone do sol e da luz torna-se uma analogia para celebrar a presença divina na
comunidade dos fiéis.
2
O SABADO JUDAICO E O DOMINGO CRISTÃO
Jesus pertence a uma comunidade, que se consagra a Deus, por meio de uma Aliança,
que sela um pacto de pertencimento mútuo. O povo professa fidelidade a Deus e procura
viver seus mandamentos e prestar-lhe um culto verdadeiro e fiel. Deus protege e cuida do
povo com amor e misericórdia. A grande celebração anual do povo da Aliança é a
Páscoa, cujo evento fundante é a libertação do povo do Egito. Existem várias outras
celebrações, que fazem memória dos grandes acontecimentos históricos e os eventos
naturais, como colheita, plantação, entre outros.
O povo celebra com muita intensidade um rito semanal, o Sabath, cuja tradição dá origem
ao domingo cristão.
São muito importantes as dimensões do sábado judaico, que devem ser cuidadas com
harmonia, para a saúde pessoal e comunitária dos fiéis:
Em primeiro lugar, o sábado é o dia do louvor, no qual os fiéis se reúnem no lar ou na
sinagoga para prestar culto a Deus, elevando graças pela criação e pela presença de Deus
na sua história;
Em segundo lugar, este dia de louvação é para a dedicação à família, numa
convivência familiar entre os conjuges entre si e seus filhos. Naqueles tempos, onde as
pessoas eram devoradas pelo trabalho nos dias feriais, a lei judaica exige um dia de
repouso para os féis, para estreitar os laços familiares. Podemos imaginar em nossa
sociedade de produção e de dominação do mercado e do capital, como é muito mais
importante insistir neste dia de repouso. Nasce daqui a necessidade do repouso, como
um valor do sábado, que é sua terceira dimensão. A quarta dimensão é a beleza do
lazer, que suaviza o espírito humano.
Estas quatro dimensões são fundamentais para animar o espírito humano a viver em
plenitude, consigo mesmo, com a comunidade de fé, com a sociedade em que vive e
sobretudo com Deus.
Desde então, a festa do SABATH tem por objetivo fundamental a louvação ao Senhor, a
alegria do lazer, a convivëncia familiar e o repouso das fatigas semanais.
Desde a criação (Gen 1, 1), a comunidade deve consagrar a Deus um dia semanal para
contempla a criação e louvar seu Criador. O próprio Criador contempla a sua obra
maravilhosa. Os seres criados são convidados a contemplar a grandeza infinita de seu
Senhor.
3
Tendo compreendido a importäncia do Senhor, como criador, os cristãos se reúnem para
celebrar o DIES CHRISTI (dia de Cristo), contemplando e exaltando o Senhor
Ressuscitado, que venceu a morte no primeiro dia da Semana, o dia do Sol, ao mesmo
tempo louvar a Deus pelo Dom do Espírito Santo. Desde os primeiros instantes depois da
Páscoa e Pentecostes, os cristãos se reúnem para cantar louvações ao Senhor glorioso e o
Espírito da Luz. Este dia vai sobressaindo-se ao Sábado judaico e vai se consagrando
como o dia da comunidade viver sua unidade e sua fé em Jesus Cristo e no Espírito
Santo.
Esta é a festa da edificação da comunidade, a festa dos fiéis, que deixam seus afazeres
para viverem a fraternidade e a amizade entre todos. Este é o DIES ECCLESIAE (dia
da comunidade dos fiéis), consagrado ao povo de Deus, que se reúne como família de
Jesus Cristo. O Domingo torna-se o dia excelente da "comunidade dos fiéis", que une os
corações e fortalece os laços entre seus membros. Isso é fundamental em tempos de
perseguição e de martírio, nos primeiros séculos do cristianismo.
A comunidade defende seus direitos e fortalece os seus integrantes para crescerem na sua
dignidade, não vivendo apenas para o trabalho, mas também para si mesmo, seja no lar,
no lazer ou no repouso. Entendemos que o domingo é o DIES HOMINIS (dia da
pessoa), que resgata a pessoa contra a sua escravidão do trabalho e das estruturas de
escravidão modernas.
Ao celebrar a Eucaristia, os fiéis entram em comunhão com os cristãos do mundo inteiro,
numa comunhão de fé. Pela Eucaristia, os fiéis entram em comunhão com os que estão na
glória do Reino de Deus. A ceia eucarística integra os fiéis no DIES DIERUM (o dia
dos dias, dia da plenitude), congregando o povo como corpo místico do Senhor.
A celebração da Ceia Eucarística é o sacramento da plenitude cristã, que congrega o povo
de Deus para viver em comunhão com seu Senhor e, na mesma dignidade, em comunhão
com os irmãos e irmãs na fé, para servir os pobres e libertar os oprimidos.
4
Estamos falando da paixão e morte do Senhor. Mas este grão não é estéril, pois tem nova
vida. A semente da Ressurreição se revela na morte do Senhor.
Este período também é, finalmente, dividido em três momentos, sejam a quaresma, como
preparação para o grande mistério da Paixão e Morte do Senhor; o Tríduo Pascal, para
celebrar especificamente a morte e a ressurreição e, para completar, o Tempo Pascal,
onde se realizam as manifestações do Senhor Ressuscitado.
A CEIA DO SENHOR
Pelas narrativas do Novo Testamento, após a morte por crucifixão de Jesus Cristo, seus
discípulos passaram a se reunir nas “igrejas domésticas”, normalmente no “dies Domini”
(dia do Senhor) e celebravam a ceia em memória do Senhor, como nos atesta Trajano
Plínio: “....toda sua falta ou seu erro , se limitara a reunir-se habitualmente num dia fixo,
antes do nascer do sol para cantar entre si alternativamente um hino a Cristo como si
fosse deus... eles tinham o costume de se separar, para voltarem a se reunir, afim de fazer
uma refeição, mas essa refeição bastante comum e inocente...”
A ceia pascal contada por Paulo (1 Cor 17), revela o sentido de partilha e ágape
fraterno. Já no segundo século, há uma evolução, pois ágape fraterno torna-se mais
profundamente uma ceia de unidade comunitária, manifestando a importância de viver a
memória do ritual do Cordeiro. É muito importante ler um testemunho de Justino de
Roma, um escritor do século II, que testemunha o siginifcado da ceia eucarística em
Roma. Assim, nós lemos: “ no domingo, reúnem-se em só lugar todos os cristãos da
cidade e do interior ... depois de o leitor terminar sua função , o presidente faz uma
homilia.. Em seguida trazem as ofertas: pão, vinho e água. O presidente pronuncia
5
orações e ações de graças.A seguir distribuem-se as dádivas aos presentes e depois por
intermédio dos diáconos , também aos que estavam impedidos de participar na
assembléia”.
Encontramos cada vez mais presente na tradição cristã a compreensão que o mistério
pascal é o sentido mais profundo da Ceia Pascal e, pelo ritual deste sacramento,
atualizamos a paixão, morte e ressurreição do Senhor. Trata-se, portanto de um ritual que
revive a partilha e a oferenda do Cordeiro de Deus, personificado no próprio Senhor
Jesus.
A ceia do Senhor está no contexto pascal da liturgia judaica e renova seu significado,
centralizado na encarnação do Verbo Divino. Na continuidade da tradição judaica, Jesus
Cristo renova seu sentido mais profundo, renovando em si a Aliança Pascal.
Na ceia eucarística encontramos duas dimensões fundamentais: a partilha e o sacrifício.
REFEIÇÃO SAGRADA
A ceia eucarística é denominada pela comunidade primitiva como “ceia do Senhor”. Ela
se refere ao ágape, que congregava os amigos, que comungavam a mesma fé e a mesmo
ideal religioso, de viver um projeto de vida em comum: a prática religiosa e a partilha dos
bens. As comunidades se reúnem ao redor de um líder espiritual, em nome do Senhor
ressuscitado. Esta comunidade partilha os bens da mesa e professam a mesma fé. Esta é
uma dimensão da ceia eucarística, que recebemos de herança dos primeiros discípulos,
conforme testemunharam do Mestre. Desta forma, este ritual será igualmente
denominado “fractio panis”(fração do pão), um título importante nas narrativas
evangélicas (Lc 24, 35; At 2, 42.46; 20, 7; 27, 35). Dentro desta perspectiva, a ceia
eucarística tem uma conotação de partilha e de convívio, inspirando o ideal social de
partilha, despertando a virtude do convívio comunitário e da partilha com os pobres. Este
ritual é mais acentuadamente refeição comunitária e grandeza da partilha dos bens. A
ceia eucarística é ação de graças a Deus por seus benefícios para a comunidade e, por
causa disso, a partilha dos bens.”
SACRIFÍCIO PASCAL
Em muitas religiões, encontramos rituais de oferenda de animais e alimentos ou flores à
divindade. A variedade de oferendas é muito grande, conforme as culturas. Também é
muito grande a variedade de animais nos sacrifícios. Encontramos mesmo comunidades
que ofertam seres humanos, normalmente jovens ou crianças. Entre os judeus, no templo,
o sacerdote ofertava alimentos, particularmente as primícias do trigo nas colheitas e
sacrificava animais, normalmente cordeiros. Esta oferenda representa a gratidão a Deus e
o reconhecimento de seus merecimentos pelos produtos da terra, colheitas e procriações.
No tempo de Jesus, antes da destruição do templo (Ano 70), encontramos as oferendas
feitas pelo povo, nas mãos dos sacerdotes, em Jerusalém.
Estas oferendas servem como rituais de comunhão da comunidade com Deus e o
reconhecimento de sua ação libertadora para o povo.
Jesus Cristo, com a ceia pascal, quer inovar esta prática ritual, pois apresenta-se como o
cordeiro de Deus, que partilha o pão e o vinho e aceita o martírio da cruz e a morte, como
consequência de sua missão messiânica. As espécies do pão e do vinho são escolhidas
por Jesus, por serem alimentos típicos de sua comunidade familiar. As duas espécies
apresentadas na ceia comunitária representam os bens recebidos da gratuidade divina,
6
pelos quais, em nome de todos, Jesus rende graças ao Pai. Os elementos da ceia, quer
sejam, o pão e o vinho, vão aparecendo com valor sacramental, destacando seu
significado representativo da presença do Senhor no seio da comunidade. Com o passar
dos anos, a Igreja aprofunda o valor sacrifical da ceia eucarística. Cristo torna-se presente
pela consagração e o mistério pascal se realiza no ritual eucarístico. Este é o sentido mais
amplo e profundo da ceia eucarística.
7
A primeira parte do Advento celebra a Segunda Vinda do Senhor e, na segunda parte,
celebramos a preparação próxima ao Natal, recordando os personagens mais importantes,
que preparam a Vinda do Senhor, como João Batista e especialmente Maria.
O Natal é celebrado por três Missas, para que a data seja vivida de forma congênere ao
Tríduo Pascal. Assim, os cristãos celebram a Missa da Vigília de Natal, a Missa da
Alvorada e aquela do dia. As mensagens aprofundam o mistério da encarnação, narrando
o nascimento, a visita dos pastores e o sentido teológico destes eventos de nossa fé. No
tempo de Natal, celebramos a Mãe de Deus, a Sagrada Família e a Epifania, que são
eventos próximos e posteriores ao Nascimento do Senhor.
LITURGIA DO CICLO DE NATAL
UMA AVENTURA DIVINA NA TERRA DOS HOMENS
Novamente o Natal está chegando, mais uma vez nos preparamos para receber o Menino
Jesus. Nas ruas, caminhamos, vendo a nossa cidade iluminada; imagens do Deus Menino
e também do Papai Noel, que é uma simbologia bonita. Mas o mais importante, começa
sempre no final de novembro. Estamos pensando no Advento, um momento bastante
importante da nossa fé. Vamos celebrar durante quatro semanas, com nosso símbolo que
são as quatro velas. Vamos acendendo cada vela uma vez por semana, no final teremos
uma única chama das velas porque já é Natal e o Menino Jesus chegou, mais uma vez,
nos corações de toda a humanidade. Muita luz e muita alegria.
8
Roma, este período litúrgico começou a entrar nas celebrações, pois confirmava a
encarnação do Verbo como parte do mistério pascal.
Santo Agostinho nos ensina que a festividade do Natal é uma grande "memória". O
Advento é a sua grande preparação, não apenas comemoração do nascimento do Filho de
Deus. Este tempo Advento-Natal é ainda a manifestação escatológica de Cristo, no fim
dos tempos, como Senhor da História e da Eternidade.
Leão Magno manifesta que o Natal é como uma espécie de "sacramento", revelando a
presença de Cristo na história. Para este grande doutor da Igreja, o Advento é o tempo de
preparação da humanidade para receber o seu Salvador. Desde as origens, o Advento
revelava um caráter místico, que se realizava em seis semanas. O tempo do Advento nos
primeiros séculos tinha a mesma estrutura litúrgica da Quaresma. Como a quaresma
preparava para o mistério da ressurreição, o Advento prepara o povo para o mistério da
encarnação do Verbo divino. No século VI, São Gregório de Tours, ensinou que este
tempo é para ser vivido com penitência, jejum e abstinência. Por isso, utilizamos a cor
roxa nas celebrações, cuja origem foi a tradicional "quaresma de São Martinho". Após a
festa deste santo, pratica-se o jejum até o Natal.
Nesta evolução histórica, nos deparamos com a tríplice dimensão do Advento:
1. A comemoração da comunhão divina com a humanidade;
2. A presença litúrgica, que engrandece a presença de Cristo na vida da Igreja,
especialmente na eucaristia;
3. A escatológica, que revela Jesus Cristo no mundo através de seu Reino até a
consumação dos tempos.
O Advento tem uma histria que faz parte da maior história de todos os tempos que é a
Vida, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A Bíblia nos conta o nascimento de Jesus,
quando José e Maria sem ter onde ficar, acabaram numa estrebaria e Maria deu a luz ao
Menino Jesus, filho de Deus Pai, que foi gerado pelo Espírito Santo. O Advento nos
recorda três verades de nossa fé:
2- a perspectiva escatológica do mistério cristão, pois Deus vindo ao mundo nos eleva a
Ele;
3 - o caráter missionário da vinda do Salvador, uma vez que o próprio Deus vem em
missão no mundo, por meio de seu Filho.
9
MENSAGEM BÍBLICA NAS LITURGIAS
Como vimos, o tempo do Advento se divide em duas partes significativas, quer sejam o
período que vai até o dia 16 de dezembro, que celebra "aquele que é, que era e que está
por vir"(Ap 1, 8) e o período do dia 17 ao 24 de dezembro que manifesta a teologia
histórico-profética e expressa a preparação imediata ao Natal.
O primeiro período temos a preparação espiritual de "espera quase ansiosa". A
invocação de súplica presente no Apocalipse (22, 17. 20) brada ao Senhor que venha e
que se manifeste à humanidade que espera. Neste primeiro momento, os personagens são
Isaias e João Batista, os quais tem personalidades marcantes.
O segundo período fortalece a esperança da comunidade cristã, pois os cristãos
testemunham perante seus olhos a manifestação plena de Deus. Nas leituras, encontramos
as ações referentes aos acontecimentos preparatórios ao nascimento do Salvador. Os
nomes bíblicos deste período são Abraão, Davi, José, Zacarias, Isabel, João Batista e,
especialmente, Maria. Merecem especial atenção as liturgias dominicais deste período
litúrgico.
No 1º domingo, as leituras veterotestamentárias são tiradas de Isaías, nos três ciclos
anuais. No ano A, mostra a ação pacífica do Messias que reúne todos os povos; no ano
B, manifesta o apreço por sua vida e a aclama e no ano C desponta a promessa pela
vinda do Messias da descendência davídica. Assim temos que este domingo visa preparar
a comunidade para a vinda de Jesus e também para sua segunda manifestação no fim dos
tempos.
No 2º domingo, a liturgia segue esta progressiva necessidade de preparação para a vinda
de Jesus. Nos textos neotestamentários, Jesus é manifestado como Salvador de todos os
povos, que restaura a harmonia do mundo por inteiro e que fará a justiça reinar na
humanidade.
O 3º domingo do Advento recebe o nome de "Gaudete", que deve revelar a alegria da
vinda próxima do libertador dos povos e é originária da perícope: "Alegrai-vos sempre
no Senhor. Repito: alegrai-vos, pois o Senhor está perto" (Fl 4, 4s). Daqui a
substituição da cor roxa para a cor rosácea, como inspiração do espírito litúrgico.
O 4º domingo do Advento relata os acontecimentos muito próximos e anteriores ao
nascimento de Jesus. As orações do Tempo do Advento manifestam a tensão entre a
condição de espera que o Reino se realize e a sua preparação ativa. A comunidade é
chamada à esperança, mas também à ação, pois ela é a protagonista da construção do
Reino que Jesus vem inaugurar com sua encarnação.
Merecem destaque as antífonas que são utilizadas como introdutórias à Aclamação ao
Evangelho. São as assim denominadas "Antifonas OH", por suas iniciais no latim.
Merecem ser apresentados:
1. OH Sapientia - Sabedoria do Altíssimo.
2. OH Adonai - Chefe da Casa de Israel.
3. OH Radiz Jesse - Raiz de Jessé.
4. OH Clavis David - Chave de Davi.
5. OH Oriens - Sol nascente.
6. OH Rex gentium - Rei das nações.
7. OH Emmanuel - Deus conosco.
Estas antífonas são "peças de arte absolutamente únicas e singulares em seu gênero e
constiutuem uma grande riqueza para a liturgia pré-natalina...e manifestam que o autor ou
10
autores dominam perfeitamente a riqueza de temas da Bíblia". Estas expressões
manifestam a presença histórica de Deus no meio do seu povo e sua manifestação na
Encarnação do Verbo, que virá para reger o mundo no rigor e na ternura de Deus que é
justiça e amor. É uma proclamação de humildade e de júbilo, que manifesta a alegria da
esperança e a ansiedade da espera.
11
Se o Ciclo Natalino é o tempo da sementeira; o ciclo Pascal será o tempo da ceifa da
plantação, o Tempo Comum pode ser equiparado ao cultivo da lavoura de nossa
evangelização. Este tempo tem, normalmente, 34 semanas, onde aprofundamos e
celebramos as cenas, pregações, encontros e acontecimentos da vida pública do Senhor.
Dividido em dois períodos, este tempo tem seu início logo após o Batismo do Senhor,
indo até a Quarta Feira de Cinzas. O segundo período reinicia em Pentecostes e finaliza
na Festa de Cristo Rei, antes do Advento, um novo Ano Litúrgico.
Infelizmente, este tempo esmorece a participação dos fiéis, que acorrem um pouco menos
às comunidades e às litúrgicas. Sim, infelizmente. Pois, se todo agricultor sabe bem que
uma boa colheita depende dos cuidados da plantação, nós deveríamos bem saber que,
sem o amadurecimento da fé e da evangelização, viveremos menos fortemente os
mistérios pascais.
RENASCIMENTO
Desbravando rotas no infinito dos tempos e dos espaços
Descobri, Senhor, tua presença em minha vida
Me recriei em ti, qual polén no seio do gineceu
12