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Instalações Elétricas em Baixa

Tensão
Aula 1

João Henrique
Ementa
Aula 1
1. Introdução
2. Segurança
3. Aterramento
4. DPS – Dispositivos Contra Surto
5. Levantamento de Cargas
6. Comandos (Interruptores)

Aula 2
6. Divisão de Circuitos
7. Dimensionamento de Condutores

Aula 3
9. Dimensionamento de Disjuntores
10. Dimensionamento de Eletrodutos
11. Dimensionamento do Alimentador e Diagrama Unifilar
12. Iluminação artificial básica (Exercícios)
13. Exercícios Gerais
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Introdução
1. 1 Instalações Elétrica de baixa tensão.
Regulamentadas pela norma NBR-5410, da ABNT, que estabelece como
limite para a baixa tensão:
– 1.000 V para corrente alternada (CA);
– 1.500 V para corrente contínua (CC).
– Energia gerada sob a forma trifásica, alternada e com a freqüência de
60 ciclos por segundo (60 Hz).
– Componentes do sistema elétrico: Produção, Transmissão e
Distribuição.
G
LT DP 6 kV ou 13,2 kV
132 kV ou 230 kV

T1 T2 T3 T4

DS DS

220/127 V 380/220 V
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Introdução
1.2. PRODUÇÃO

• Geração hidrelétrica;
• Geração termelétrica (combustíveis fósseis, combustíveis não
fósseis e combustível nuclear).
• Geração Eólica e Fotovoltaica.

1.3. TRANSMISSÃO

• É o transporte de energia elétrica gerada até os centros


consumidores;
• Tensões mais usuais em CA: 69 kV,138 kV, 230 kV, 400 kV;
• A partir de 500 kV pode ser utilizada CC (Ex: Itaipu e Madeira ±600
kV, Belo Monte ±800 kV), objetivando diminuição de perdas.

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Introdução
1.4. DISTRIBUIÇÃO

• Inicia na subestação abaixadora, onde a tensão da linha é


baixada para valores padronizados nas redes de distribuição
primária (11 kV, 13,2 kV, 15 kV, 34,5 kV).
• A parte final de um sistema elétrico é a subestação
abaixadora para a baixa de tensão, ou seja, a tensão de
utilização.
• Redes de distribuição dentro dos centros urbanos: aéreas
(postes ou subestações abrigadas) ou subterrâneas (câmaras
subterrâneas).
• Ramal de entrada: entrada de energia dos consumidores
finais (aérea ou subterrânea).

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Introdução
1.4. DISTRIBUIÇÃO
Tipos ligações aos consumidores de acordo com a carga:

• Até 4 kW - monofásica (2 condutores)


• Entre 4 e 8 kW - bifásica (3 condutores)
• Maior que 8 kW - trifásica (4 condutores)
• Circuitos de luz: destinado unicamente a fins de iluminação ou
pequenos motores monofásicos (geladeiras, máquinas de lavar,
aparelhos eletrodomésticos, ventiladores etc.).
• Circuitos de força: destinado a força eletromotriz, aquecimento,
solda ou outros fins industriais. Em edifícios residências, usamos
força nas bombas, elevadores, incineradores etc.
• Ramal único de alimentação para luz e força (Port. No 84, de 27-04-
67, do DNAE/Ministério das Minas e Energia)

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Introdução
3 PROJETO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

 Memória – o projetista justifica, descreve a sua solução;

 Conjunto de plantas, esquemas e detalhes – deverão conter


todos os elementos necessários à perfeita execução do
projeto;

 Especificações – descreve-se o material a ser usado e as


normas para a sua aplicação;

 Orçamento.
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Introdução
TERMOAÇU 2008

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Introdução
TERMOAÇU 2008

Correta: as perdas de energia elétrica decorrentes das resistências


elétricas nas linhas de subsistemas de transmissão e distribuição são
estimáveis em 7%, sendo 2% para a transmissão e 5% para a
distribuição. Para reduzir estas perdas, as linhas de transmissão
operam com as tensões mais elevadas do sistema (345 kV, 500 kV, etc.)
tendo com função principal não só o transporte de energia entre
centros de produção e centros de consumo, como também a
interligação de centros de produção. Em geral, terminam em
subestações abaixadoras regionais onde a tensão é reduzida de nível
para início da distribuição.

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Introdução
TERMOAÇU 2008

Correta: os geradores transformam a energia mecânica em energia


elétrica e injetam a potência elétrica gerada na rede de transmissão.
Devido a limitações físicas e de isolamento elétrico, os geradores não
podem operar nos níveis altos de tensão, operando com tensões entre
10 kV e 30 kV. Assim, geradores que estão afastados dos centros de
carga injetam sua potência gerada na rede através de transformadores
elevadores que têm por finalidade transformar a potência gerada nos
níveis de tensão de geração para os níveis de tensão de transmissão,
com a conseqüente redução dos níveis de corrente e, portanto das
perdas de transmissão (perdas ôhmicas).

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Introdução
TERMOAÇU 2008

Correta: por razões práticas, a potência entregue aos centros de carga


não pode, em geral, ser consumida nos níveis de tensão em que é feita
a transmissão. Então, transformadores abaixadores são utilizados para
reduzir os níveis de tensão em que é feita a transmissão. Isso acarreta
um aumento correspondente dos níveis de corretes (e perdas), mas
isto normalmente é aceitável, pois ocorre nas proximidades das cargas.

Incorreta: comentário da afirmativa I

Alternativa C é correta 11
Introdução
CASAN 2011

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Introdução
CASAN 2011 - Solucção

Alternativa C é correta

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Segurança

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Segurança
Choque Elétrico:

Efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente


elétrica, a chamada corrente de choque, através do corpo de
uma pessoa ou um animal.

Uma corrente elétrica “externa” superpondo-se à pequena


corrente fisiológica “interna” pode causar alterações vitais, essas
alterações dependem:

 Do percurso da corrente pelo corpo;


 Da intensidade da corrente;

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Segurança
Continuação:

 Do tempo de duração dessa corrente;


 Das condições orgânicas;
 Espécie (cc ou ca) e freqüência;
 Da superfície de contato;
 Da condição de contato:
Umidade
Temperatura
Pressão

 Zona tempo x corrente.

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Segurança

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Segurança
Em função da passagem da corrente definimos 4 limites:

1. Limiar de percepção: Valor mínimo de corrente capaz de


provocar qualquer sensação na pessoa.

2. Limiar de reação: Valor mínimo de corrente capaz de


provocar contração involuntária (Tetanização).

 Para CA 0,5 mA independente do tempo.


 Para CC 2,0 mA

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Segurança
3. Limiar de largar Valor máximo de corrente para qual uma
pessoa segurando um eletrodo pode ainda largar usando os
músculos que estão tomando choque.

 Para CA 10 mA, independente do tempo;


 Para CC não é definido

4. Limiar de fibrilação ventricular: Valor mínimo de corrente


que passa pelo corpo humano, capaz de provocar fibrilação.

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Segurança
Principais efeitos da corrente elétrica:

1. Tetanização: é a paralisia muscular provocada pela circulação de


corrente através dos nervos que controlam os músculos. A corrente
supera os impulsos elétricos que são enviados pela mente e os anula,
podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro, e de nada vale nestes
caso a consciência do indivíduo e a sua vontade de interromper o
contato.
2. Parada respiratória: quando estão envolvidos na tetanização os
músculos dos pulmões, isto é , os músculos peitorais são bloqueados e
pára a função vital da respiração. Isto trata-se de uma grave emergência ,
pois todos nós sabemos que o humano não aguenta muito mais que 2
minutos sem respirar.
 Perda de consciência e conseqüentemente sufocamento;
 Lesões Irreversíveis nos tecidos cerebrais;

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Segurança
Principais efeitos da corrente elétrica:

3. Queimaduras: Desenvolvimento de calor, por efeito joule, no corpo


humano.
 Situação mais crítica nos pontos de entrada e saída da corrente;
 Destruição dos tecidos superficiais e profundos (necrose);
 Rompimento das artérias com conseqüente hemorragia;
 Destruição dos centros nervosos.

4. Fibrilação cardíaca: a corrente atingindo o coração, poderá perturbar o


seu funcionamento, os impulsos periódicos que em condições normais
regulam as contrações (sístole) e as expansões(diástole) são alterados e o
coração vibra desordenadamente(perde o passo). A fibrilação é um
fenômeno irreversível que se mantém mesmo depois do descontato do
indivíduo com a corrente, só podendo ser anulada mediante o emprego
de um equipamento conhecido ''desfibrilador''.

http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/choque.htm
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Segurança
Aterramentos de Tensão de Toque

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Segurança
Tensão de Passo

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Segurança

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Segurança
UFPE 2008

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Segurança
UFPE 2008 – Solucção alternativa D

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Aterramento

A, B e C – Condutores fase
N – Condutores neutro
T – Condutor de terra (ou proteção)
TN – Condutor de terra e neutro
PEN – Condutor de proteção e neutro
PE – Condutor de proteção

A A
B B
C C
PEN
N TN T
PE
T N

Massas Massas

a) Condutor neutro e condutor terra distintos. b) Condutor neutro e terra combinados em um


(Sistema TN-S) único condutor numa parte do sistema.
(Sistema TN-C-S)
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Aterramento
A A
B B
C C
PEN
TN N

T
PE
Massas Massa

c) Condutor neutro e terra combinados em um d) Neutro aterrado independentemente do


único condutor. aterramento da massa.
(Sistema TN-C) (Sistema T-T)
A
B
C

Impedância

T(PE)

Massa

d) Não há ponto de alimentação diretamente


aterrado; massa aterrada.
(Sistema IT)
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Aterramento
Simbologia

1a letra – indica a situação da alimentação em relação à terra:


T – para um ponto diretamente aterrado;
I – isolação de todas as partes vivas ou aterramento através de
impedância.
2a letra – indica a situação das massas em relação à terra:
T – massas diretamente aterradas, independentemente do
aterramento eventual de um ponto de alimentação;
N – massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação
aterrado, geralmente o ponto neutro.
Outras letras (eventuais) – disposição do condutor neutro e do
condutor de proteção:
S – funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores
distintos;
C – funções de neutro e de proteção combinadas em único condutor
(condutor PEN). 30
Aterramento
Aterramento é a ligação intencional à terra através do qual a
corrente elétrica pode fluir difundindo-se.

TIPOS DE ATERRAMENTO

• Aterramento funcional: consiste no aterramento de um


condutor do sistema, geralmente o neutro, e objetiva garantir
a utilização correta e confiável da instalação.

• Aterramento de proteção: consiste na ligação à terra das


massas e dos elementos condutores estranhos à instalação,
visando à proteção contra choques elétricos por contato
indireto.

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Aterramento
COMPONENTES:

• eletrodo aterramento – constitui a parte colocada em contato com


o solo;
• condutor de aterramento – liga o eletrodo de aterramento ao
terminal de aterramento principal;
• terminal de aterramento – terminal (ou barra) destinado a ligar ao
dispositivo de aterramento, os condutores de proteção, incluindo os
condutores de equipotencialidade;
• condutor de proteção principal – condutor de proteção que liga os
diversos condutores de proteção da instalação ao terminal de
aterramento principal;
• condutor de proteção das massas – acompanham os circuitos
terminais promovendo o aterramento das massas dos
equipamentos de utilização alimentados;
• condutores de equipotencialidade – com os quais são feitas as
ligações equipotenciais, que são ligações destinadas a colocar no
mesmo potencial as massas e os elementos condutores estranhos à
instalação.
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Aterramento
ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE ATERRAMENTO

PE MASSA
PRINCIPAL
ELEMENTO
CONDUTOR

PE

CONDUTOR DE
TERMINAL DE
EQUIPOTENCIALIDADE
ATERRAMENTO
PRINCIPAL

CONDUTOR ELEMENTO CONDUTOR


DEATERRAMENTO (CANALIZACAO DE AGUA)

ELETRODO DE
ATERRAMENTO

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Aterramento
ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE ATERRAMENTO

Seções mínimas prescritas pela NBR-5410 para os


condutores de proteção

Seção dos condutores fase, Seção mínima do condutor de


S (mm2) proteção correspondente (mm2)
S < 16 S
16 < S < 35 16
S > 35 S/2

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Aterramento
Transpetro 2008

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Aterramento
TRT-4 2009

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Aterramento
Petrobras Distribuidora 2010

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Aterramento

TRT-8 2010

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Aterramento

IBGE 2010

39
Aterramento
CASAN 2011

40
Aterramento
FIOCRUZ 2010

41
Aterramento
TCE-SC 2010

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DPS – Dispositivo contra surto

Tem a finalidade de proteger os circuitos contra sobretensões,


atuando em conjunto com o disjuntor do circuito.

Dentro do DPS existe um varistor. Alguns DPS têm uma proteção


térmica, mas essa proteção térmica já é compensada no
disjuntor termomagnético.

O varistor é um componente à base de óxido metálico no qual a


resistência em tensão nominal tende ao infinito e numa tensão
elevada sua resistência diminui drasticamente o que leva o curto
circuito e por conseguinte a queda do disjuntor ou a queima do
fusível.

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http://eletrotecnicageral.blogspot.com.br/2011/05/autopsia-do-dps.html
DPS – Dispositivo contra surto

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http://eletrotecnicageral.blogspot.com.br/2011/05/autopsia-do-dps.html
DPS – Dispositivo contra surto

Através deste layout podemos verificar a facilidade de


instalação do mesmo e também entender o princípio do
funcionamento, como pode ser observado o DPS não
funciona isoladamente, ele necessita de um disjuntor ligado
paralelamente, sendo assim o funcionamento fica desta
forma.

Quando a tensão de entrada sofre uma elevação brusca e de


alta intensidade o DPS atua formando um curto circuito no
sistema, em conseqüência levando o desarme do disjuntor no
qual corta a alimentação do circuito e assim protegendo o
circuito da alta tensão.

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http://eletrotecnicageral.blogspot.com.br/2011/05/autopsia-do-dps.html
DPS – Dispositivo contra surto

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Página 132 da NBR 5410:2004
Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas

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Levantamento de Cargas
TCE SC 2010

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Comandos (Interruptores)
Notas:

O padrão de cor utilizado na identificação dos condutores está


descrito no item 6.1.5.3 da NBR 5410:2004, página 86.

 A Fase é o condutor que deve ser interrompido para se


comandar uma lâmpada.

O Neutro (condutor azul) não deve ser interrompido. Ele deve


ser ligado diretamente na base rosqueada da lâmpada.

 O Retorno , o condutor que vai do comando à lâmpada, deve


portanto ser ligado no disco central da lâmpada.

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Comandos (Interruptores)

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Comandos (Interruptores)
1 – Comando de uma ou mais lâmpadas de um único ponto:
Interuptor Simples

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Comandos (Interruptores)
1 – Comando de uma ou mais lâmpadas de um único ponto:
Interuptor Simples

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Comandos (Interruptores)
2 – Comando separado de duas lâmpadas ou dois grupos de
lâmpadas, de um mesmo ponto: Interuptor Duplo

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Comandos (Interruptores)
2 – Comando separado de duas lâmpadas ou dois grupos de
lâmpadas, de um mesmo ponto: Interuptor Duplo

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Comandos (Interruptores)
3 – Comando de uma lâmpada ou de um grupo de lâmpadas,
de dois pontos: “Three-way”

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Comandos (Interruptores)
3 – Comando de uma lâmpada ou de um grupo de lâmpadas,
de dois pontos: “Three-way”

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Comandos (Interruptores)
4 – Comando de uma lâmpada ou de um grupo de lâmpadas,
de trêsvpontos: “Four-way”

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Comandos (Interruptores)
4 – Comando de uma lâmpada ou de um grupo de lâmpadas,
de trêsvpontos: “Four-way”

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Comandos (Interruptores)

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Comandos (Interruptores)
4 – Minuteria

Em edifícios residenciais é usual o emprego de um interruptor


que apaga automaticamente o circuito de serviço, visando à
maior economia para o condomínio.

5 - Contatores e chaves magnéticas

São dispositivos com dois circuitos básicos, de comando e de


força, que se prestam a comandar circuitos elétricos à distância.

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IBGE 2010 Comandos (Interruptores)

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CASAN 2011 Comandos (Interruptores)

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