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Módulo 1: Introdução ao Tesouro Direto

Este é o primeiro módulo do treinamento Tesouro Direto Descomplicado.

Neste módulo, você vai aprender:

O que é o Tesouro Direto;


O que são títulos públicos;
Quais as principais vantagens desta excelente aplicação financeira.

Confira tudo isso (e muito mais!) agora, assistindo ao vídeo abaixo:


13:03

O que é o Tesouro Direto?


O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a
BM&FBOVESPA.

Investir no Tesouro Direto é simples e você não precisa de muito dinheiro para começar. Essa alternativa de aplicação permite investimentos a
partir de R$ 30,00, de curto, médio ou longo prazo.

E o melhor: não precisa nem sair de casa, pois as transações são feitas pela Internet.

Estes títulos são exatamente os mesmos que os bancos compram (com o seu dinheiro) quando você investe em fundos de investimento em renda
fixa ou fundos DI.

Também são os mesmos títulos que os administradores de planos de previdência privada compram para investir na sua aposentadoria.

A (grande) diferença é que, para fazer esse trabalho para você, eles cobram altíssimas taxas de administração. E isso prejudica demais a
rentabilidade dessas aplicações.

Não vale a pena pagar essas altas taxas por algo que você pode investir por conta própria, de uma forma muito simples e fácil de aprender, como
você verá neste treinamento.

Por essa razão, você nunca verá seu gerente do banco oferecendo o investimento em títulos públicos, pois o banco não ganha nada com isso.

No Tesouro Direto, você mesmo gerencia seus investimentos, ao escolher os prazos e os indexadores dos títulos públicos que deseja comprar. Você
também pode agendar suas aplicações com antecedência e regularidade.

É uma ótima opção para quem quer investir com alta rentabilidade, segurança e liquidez.

Uma vez comprados os títulos, você receberá os rendimentos da aplicação até o vencimento do papel (data predeterminada para o resgate do
título), quando os recursos são depositados em sua conta com o rendimento combinado.

Mas, sempre que precisar, você pode vendê-los antes de seu vencimento ao Tesouro Nacional, pelo seu valor de mercado.
As vantagens não param por aí.

O rendimento da aplicação em títulos públicos é bastante competitivo se comparado com as outras aplicações financeiras de renda fixa existentes
no mercado.

As taxas de administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda, pagamento de cupom de juros ou
vencimento do título (vou explicar cada item mais a frente).

O que são títulos públicos?


Os títulos públicos são ativos de renda fixa, ou seja, seu rendimento pode ser dimensionado no momento do investimento, ao contrário dos ativos
de renda variável (como ações, fundos imobiliários ou fundos de índice), cujo retorno não pode ser estimado no instante da aplicação.

Dada a menor volatilidade dos ativos de renda fixa frente aos ativos de renda variável, este tipo de investimento é considerado mais conservador,
ou seja, de menor risco.

O investidor deve escolher, entre os títulos ofertados, aqueles cujas características sejam compatíveis com o seu perfil e com o objetivo de seu
investimento.

Existem títulos prefixados, cuja taxa de rentabilidade é determinada no momento da compra.

Há também títulos pós-fixados, cujo valor do título é corrigido por um indexador definido, como os títulos remunerados por índices de preços
(inflação medida pelo IPCA) e indexados à taxa de juros básica da economia (a taxa Selic).

Os títulos podem ser ainda de curto, médio ou longo prazo, e realizar ou não pagamento de cupom semestrais de juros.

Títulos públicos são considerados os ativos de menor risco da economia de um País, e são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.

O Brasil possui excelente reputação de emissor, sendo que seus títulos são considerados Grau de Investimento pelas três maiores agências de
classificação de risco.

O investimento no Tesouro Direto é um investimento em renda fixa, mas isso não quer dizer que os preços e taxas dos títulos públicos do Tesouro
Direto não apresentem variação ao longo do tempo.

Entre a data de compra e de vencimento, o preço do título flutua em função das condições do mercado e das expectativas quanto ao
comportamento das taxas de juros futuras.

Uma redução nas taxas de juros de mercado em relação à taxa de compra do título provocará aumento no valor do título. Já um aumento nas taxas
de juros proporciona o efeito contrário.

O valor do título na carteira do investidor é atualizado considerando essas variações.

O título é atualizado de acordo com o valor que ele é negociado no mercado secundário no momento, procedimento conhecido como marcação a
mercado.

Desta forma, havendo queda nos preços negociados no mercado, o saldo do investidor cairá.

Por outro lado, se houver valorização do título, o saldo do investidor irá se elevar.

Se o investidor permanecer com os títulos até a sua data de vencimento, receberá o valor correspondente à rentabilidade pactuada no momento
da compra, independente das variações de preço do título ao longo da aplicação.

Em outras palavras, se você permanecer com os títulos até seu vencimento, não precisa se preocupar com essa variação de preço.

Entretanto, no caso da venda antecipada, o Tesouro Nacional recompra o título com base em seu valor de mercado.

Logo, na venda antes do vencimento, o retorno da aplicação poderá ser diferente da acordada no momento da compra, dependendo do preço do
título no momento em que o investidor decidir vender o título.

Para ilustrar a situação, observe o seguinte exemplo.

Um investidor comprou uma LTN (antigo nome do Tesouro Prefixado, que utilizarei apenas para ser fiel às datas do exemplo) com vencimento em
1° de janeiro de 2009 no dia 19 de dezembro de 2006, a um preço de R$ 788,11 e a uma taxa de R$ 12,46%.

Suponha que ele decida vender esse título antecipadamente, no dia 18 de fevereiro de 2008. Nesta data, o preço do título é de R$ 906, 05.

Sob essas condições, a rentabilidade obtida pelo investidor com a venda antecipada seria equivalente a uma taxa de 12,93% a.a., pouco superior,
portanto, àquela contratada no momento da compra.

Logo, na venda antes do vencimento, o retorno da aplicação poderá ser diferente da acordada no momento da compra (para mais ou para menos),
dependendo do preço do título no momento em que o investidor decidir vender o título.

No exemplo apresentado, o investidor obteve uma taxa bruta de rentabilidade (12,93% a.a.) maior que a contratada no momento da compra
(12,46% a.a.), mas ela também poderá ser menor que a contratada, a depender das condições do mercado no momento da venda.

Outra maneira de visualizar a diferença da rentabilidade obtida com o título no caso de venda antecipada ou na data de vencimento nos exemplos
acima é graficamente:
A linha azul apresenta o comportamento do preço do papel supondo que a taxa contratada no momento da compra, 12,46% a.a., se mantenha
inalterada até o vencimento do papel.

Em termos técnicos, ela representa a evolução do preço do título na curva, ou seja, a apropriação natural de juros até a data de vencimento.

A linha vermelha, por sua vez, mostra o preço de mercado do título.

Nos momentos em que a linha vermelha está acima da linha azul, o investidor obteria rentabilidade maior à contratada caso vendesse
antecipadamente.

Nas datas onde a linha azul está acima da vermelha, a rentabilidade do investidor seria menor que a contratada no caso de venda antecipada.

Outro fator que a afeta o preço é o prazo. Quanto maior o prazo para o vencimento, mais sensível é o preço do título às alterações nas taxas de
juros ou prêmios.

Como o preço do título é o valor presente do fluxo descontado a uma taxa, para títulos do mesmo tipo, quanto maior o prazo até o vencimento,
mais o preço (valor presente do fluxo) varia quando há alteração nas taxas de juros.
Para aumentos iguais nas taxas de juros, o título com maior prazo até o vencimento tem alterações no preço de forma mais intensa.

Assim, papéis curtos têm menor volatilidade de preço, mas têm maior risco de reinvestimento.

Por exemplo, suponha-se que existam dois títulos, sendo o primeiro a 1 ano do seu vencimento e o segundo a 2 anos, ambos com a mesma taxa de
juros.

Se o investidor preferisse comprar o título com 1 ano e no seu vencimento comprar outro de 1 ano, ele pode não encontrar o título com as mesmas
taxas.

Este é um trade-off que o investidor deve assumir: fazer a sua melhor escolha entre volatilidade versus risco de reinvestimento.

Considerando o que foi explicado, não é possível ao Tesouro Nacional afirmar se o investidor obterá ganho ou perda financeira no caso de venda
antecipada, pois isso dependerá das condições de mercado na referida data de venda.

Vale ressaltar, entretanto, que se o investidor permanecer com os títulos até a sua data de vencimento, receberá o valor correspondente à
rentabilidade pactuada no momento da compra, independente das variações de preço do título ao longo da aplicação.

Antes de concluir essa aula, quero fazer um resumo das principais vantagens em investir em títulos públicos:

Baixo risco: Títulos públicos são considerados os ativos de menor risco da economia de um País, e são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional;
Boa liquidez: Se você precisar resgatar parte do seu investimento antes do vencimento do título, poderá fazê-lo diariamente;
Baixo custo de operação: Como veremos em outras aulas, as taxas administrativas cobradas para investir em títulos públicos é baixíssima,
podendo até nem ser cobrada em alguns casos.
Baixo investimento inicial: Você pode começar a investir em títulos públicos com apenas R$ 30. Os melhores fundos de investimento dos
bancos cobram valores muito maiores que isso.
Comodidade: Você pode fazer absolutamente tudo pela internet, desde a compra e venda de títulos, até o acompanhamento da rentabilidade
e demais informações sobre sua carteira.

Para concluir, saiba que você está adquirindo conhecimento para investir numa das melhores aplicações de renda fixa disponíveis no mercado.

E tem mais: uma aplicação financeira que seu gerente nunca lhe ofereceria.

Afinal, seu gerente não é um consultor financeiro, mas um vendedor dos produtos financeiros mais rentáveis... para o banco!

É por isso que você sempre o verá oferecendo títulos de capitalização, fundos de investimento e planos de previdência privada com altas taxas de
administração e carregamento.

Conhecimento é liberdade. Assuma o controle da sua vida financeira.

Conclusão
É provável que você esteja com muitas dúvidas após ter assistido a esta aula.
Sabe o que isso significa?

Que você está no caminho certo!

Nos próximos módulos, eu garanto que todas as suas dúvidas serão sanadas.

E, caso você queira discutir algum assunto específico sobre esta aula, acesse agora nosso fórum exclusivo para membros e compartilhe sua opinião
por lá.

Sua participação é muito importante para desenvolver seu conhecimento e colaborar com outros membros do treinamento.

Então é isso.

Tenho certeza que você terá muito sucesso se estudar com dedicação e colocar em prática tudo que aprender.

Vamos em frente!

 Sobre Rafael Seabra

Educador financeiro e autor do Quero Ficar Rico, o maior blog de Educação Financeira do Brasil. Rafael conquistou a independência
financeira e quer ajudar você a alcançar o mesmo objetivo.

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