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História
Após uma série de tumultos patrióticos, o regente russo do Tsar Alexandre
II introduziu a lei marcial na Polônia, em 14 de outubro de 1861. A revolta
eclodiu no momento em que havia uma calma generalizada na Europa e
na Rússia, e quando o Partido Revolucionário não tinha suficientes meios para
armar e equipar os grupos de jovens que estavam escondidos nas florestas
para fugir à ordem de Alexandre II, para que se alistassem no exército russo.
Ao todo, cerca de 10 000 homens reuniram-se em torno da bandeira
revolucionária. Eles foram recrutados, principalmente, nas classes
trabalhadoras da cidade e do funcionalismo administrativo, embora houvesse
também uma considerável participação dos filhos mais jovens da szlachta mais
pobre e, igualmente, uma quantidade de padres do baixo clero.
Para lidar com esses mal armados grupos, o governo tinha a sua disposição,
na Polônia, um exército bem treinado de 90 000 homens sob o comando do
General Ramsay, 60 000 tropas na Lituânia e 45 000 em Volhynia. Parecia que
a rebelião seria esmagada em curto tempo.
A sorte foi lançada, e o governo provisório se dedicou à grande tarefa com
empenho. Publicou um manifesto, no qual declarava "todos os filhos
da Polônia livres e cidadãos iguais, sem distinção de credo, condições e classe
social." Declarou ainda que a terra cultivada pelos camponeses, fosse na base
de arrendamentos ou serviços, doravante se transformaria em suas
propriedades incondicionais. Aos senhores de terras, a título de compensação,
seriam distribuídos os fundos gerais do Estado.
O governo revolucionário fez o melhor possível para prover e abastecer os
desarmados, espalhando guerrilhas pelo território. Durante o mês de fevereiro,
foram oitenta encontros sangrentos com os russos. Enquanto isso, enviou um
apelo às nações do oeste europeu, recebido, em toda a parte, desde
a Noruega até Portugal, com sinceras e comovidas respostas. O Papa Pio
IX pediu uma prece especial para o sucesso das forças polonesas, tendo sido
muito ativo em provocar a simpatia para com o sofrimento dessa nação.
"Zuavos da Morte" (żuawi śmierci), uma unidade de revoltosos organizada por
François Rochebrune em 1863. Desenho (publicado em 1909) por K. Sariusz-
Wolski, a partir de uma fotografia. Da esquerda para a direira: Conde Wojciech
Komorowski, Coronel François Rochebrune, Tenente Bella.
Insurgentes famosos
Stanisław Brzóska (1832-1865) foi um padre polonês e comandante até o
fim da revolta
Władysław Niegolewski (1819-1885) foi um político liberal polonês e
membro do parlamento, um insurgente nas revoltas polonesas de 1846,
1848 e na de janeiro de 1863. Foi o co-fundador em (1861) da Sociedade
Central Econômica e em (1880) da Sociedade de Bibliotecas das Pessoas.
São Raphael Kalinowski, nasceu Joseph Kalinowski na Lituânia, deixou de
ser capitão do exército russo para tornar-se Ministro da Guerra dos
insurgentes poloneses. Ele foi preso e sentenciado à morte por um pelotão
de fuzilamento, mas a sentença foi depois mudada para 10 anos na Sibéria,
incluindo uma extenuante jornada de nove meses até chegar lá.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_Janeiro