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d)pressão osmótica
O que é pressão osmótica? Pressão para impedir a osmose.
Osmose – fluxo de solvente de um meio menos concentrado de soluto para um meio mais
concentrado de soluto através de uma membrana semipermeável (deixa atravessar solvente,
mas não soluto).
P = 0,242 MPa
H2O 0,1M
A B
Membrana semipermeável
Tendo uma diferença de concentração de soluto entre os dois meios separados por uma
membrana semipermeável, o que se espera? Fluxo de água de A para B
Fluxo osmótico de A B, esse fluxo ocorre para que os sistemas tendam a entrar em
equilíbrio. Esse fluxo iria cessar quando as concentrações de A e B fossem iguais. Nesse
caso, as concentrações de A e B não chegam a se igualar, uma vez que a membrana não
deixa atravessar o soluto. Mas se pode ter uma maneira compensatória para que se atinja
esse equilíbrio. Primariamente se diz que o fluxo de água é devido a diferenças de
concentração de solvente, mas na verdade não é. O que explica esse fluxo de água não é a
concentração.
A pressão osmótica como é uma propriedade coligativa, ela vai depender da concentração
de soluto ou do solvente.
= RTC
R – constante dos gases reais
T – temperatura do soluto em K
C – concentração molar
Com uma concentração de 0,1M a 25ºC eu teria uma pressão osmótica de = 0,242 MPa
Se eu dobrar a concentração de soluto em B a pressão osmótica também vai dobrar, relação
linear. O fluxo osmótico ele vai ser maior quanto maior for a diferença de concentração
entre o compartimento A e B. Se aplicar sobre o compartimento B uma pressão de 0,242
MPa, o que acontecerá com o fluxo de água? Se fosse água pura no compartimento B, faria
com que o movimento de água fosse de B para A, mais como não é água pura. Ele vai
parar. A aplicação de pressão de mesma intensidade impede o fluxo de água, impede o
fluxo osmótico, é a pressão osmótica. Essa pressão utilizada para impedir a osmose é
chamada de pressão osmótica.
Se a pressão aplicada sobre o compartimento B fosse de 0,3 MPa, o que aconteceria com o
fluxo de água, teria o fluxo de água de B para A, mesmo sendo B um compartimento mais
concentrado. Isso mostra que o fluxo de água é independente da concentração de soluto.
a)Sistema e vizinhança
Sistema é uma porção tomada de um todo utilizado para estudo (avaliação). Exemplo
quando se faz um experimento utiliza-se uma amostra (fração), não se utiliza uma
população toda.
Vizinhança é o que se encontra ao redor do sistema de estudo, em um experimento é toda a
condição externa ao experimento.
O sistema pode ser:
-aberto – troca matéria e energia com a vizinhança
-fechado – troca só energia com a vizinhança, mas não matéria. Ex: a Terra
-isolado – não troca nem matéria nem energia. Ex: Garrafa térmica.
U = q – W (calor – trabalho)
Calor – é um meio de transferência de energia desde que haja diferença de temperatura.
Trabalho é um meio de transferência de energia. Como não conseguimos quantifica a
energia intrínseca interna de um sistema, nós podemos diferenciar essa equação em:
dU = q – W 1
Embolo
Gás
Em um sistema com gás, se eu fornecer a esse sistema energia, à medida que forneço
energia o volume do gás se expande, o gás se expande linearmente com o aumento da
temperatura. A medida que o gás se expande vai gerar uma força ou pressão capaz de
deslocar o embolo.
Fxd=W
Se considerarmos que esse êmbolo tenha uma massa desprezível, a pressão antes de se
fornecer energia e após a expansão do gás seria exatamente igual. Se dobrar a temperatura,
o volume precisa ser dobrado para que a pressão seja mantida constante (fórmula abaixo).
Esse êmbolo não fornece nenhuma pressão contrária a expansão do gás, dessa forma a
maneira que o gás vai se expandindo a pressão do gás pode se manter constante.
P = nRT / V
Substituindo 2 em 1
dU = q – pdV
entalpia (H)
B B A = espontânea
A B = precisa de energia
h = 10 m
A
entropia (S)
Também é uma função de estado e é utilizado para descrever a espontaneidade de uma
certa transformação.
S q / T – (calor sobre temperatura) ela mede o grau de desordem de um sistema. Quando
ocorre uma certa reação, parte da energia pode ser usada para rearranjo estrutural, em
termos termodinâmicos favoráveis, seria o aumento da desordem ou aumento da
desestruturação do sistema.
Ex: um frasco de perfume, se eu o abrir, vai haver difusão do perfume por toda uma sala.
Esse processo é espontâneo? Sim, ocorre naturalmente. Dentro do frasco ele se apresenta na
forma líquida, altamente organizada, a maneira que ela vai se difundindo para o ambiente
ele aumenta o grau de desordem.
Um mol de água na fase líquida tem 18 mL, é altamente organizado, mais esse mesmo 1
mol de água agora na forma gasosa ocupa um volume de 22,4L. Onde ele está mais
desorganizado? Na água na forma de vapor que ocupa 22,4L.
1 mol de água líquida – 18 mL
1 mol de água na forma de vapor – 22,4 L
Se eu deixar a água aqui em cima da mesa, ele vai espontaneamente evaporar, é um
processo entropicamente espontâneo. Agora para voltar da forma gasosa para a forma
líquida é espontaneo? Não é espontaneo. Da mesma forma o perfume, a medida que ele se
difunde não é espontaneo que essas moléculas retornem para aquele frasco.
Se pensarmos no corpo, ele é um sistema organizado, estruturado. Ele é espontaneo? Não,
se fosse espontaneo a gente não precisaria comer. A gente usa energia para mater a
estruturação do sistema, porque um sistema tende sempre a se desorganizar..
Se colocarmor um béquer com água, e no canto sacarose, o que acontece com a sacarose
com o passar do tempo?
água
Sacarose
A sacarose que foi colocada só no canto do béquer com o tempo ela tende a se difunde,
formando uma solução, é uma reação espontanea, deixa de ser organizada, tem uma maior
desordem.
Em uma célula vegetal tem muito mais potássio fora ou dentro da célula? Tem muito mais
dentro, a tendência é que houvesse um equilíbrio, que o potássio sai-se de dentro da célula
para alcançar o equilibrio. Para manter essa alta quantidade de potássio dentro da célula
requer gasto de energia, é um processo entropicamente desfavoráveis, pode ocorrer desde
que se forneça a energia, para manter essa organização.
Em processo entrópico espontâneo é um processo que aumenta o grau de desordem, ou de
desestruturação.
S q / T q = TdS 4
Ex: se pensarmos na combustão de um gás, é um processo entropicamente espontâneo ou
não? Aumenta o nível de desordem do produto, a gasolina é mais estruturada na forma
líquida do que na forma de gás, então a combustão é um processo entropicamente
espontâneo, pois aumenta o nível de desordem, aumenta a entropia. Entalpicamente
também é espontâneo, pois libera energia.
Ex: para haver a ebulição de água, é um processo espontâneo ou não?
Líquido gás. Entropicamente é espontâneo, favorecido, ele passa da forma líquida mais
organizada para a forma de gás, com alta desordem. Entalpicamente não é espontâneo
porque precisa de energia. O que prevalece, o que processo entalpico ou entrópico? Ai
depende, por isso foi criado a energia de Gibbs.
Energia de Gibbs – nada mais é que um parâmetro que acopla entalpia e entropia para
medir a espontaneidade de um processo, porque a energia de Gibbs nada mais é que:
G = H – TS
∆G = ∆H - T∆S 5
T – temperatura constante
Nós podemos ter em uma transformação uma parte da energia interna é utilizada para
realizar trabalho e a outra parte para provocar a desordem de um sistema.
∆G < 0 – exergônica, espontânea. – aumento de entropia, entalpia diminui, ambos
contribuem para diminuir a energia livre de Gibbs. É critério tanto da entropia como da
entalpia para dizer se∆G é positivo ou negativo.
∆G > 0 – endergônica , não espontânea – podem acontecer desde que se forneça energia
extra.
A energia interna é a base para a determinação da primeira lei da termodinâmica, onde a
energia de um sistema isolado é constante. O ser vivo é um sistema aberto, troca matéria e
energia com a vizinhança.
No sistema aberto a energia interna é:
dU = q – pdV + j dnj 6
j – potencial químico da substância
dnj - número de moles da substância
Ex: numa solução de sacarose, quanto maior for o número de moles de sacarose, maior será
a energia interna, quanto mais substancia mais energia dentro do sistema. Esse potencial
químico nada mais é que a energia associada aquela substancia.
Ex: se fornecêssemos a um sistema qualquer, papel e gasolina, qual tem mais energia
associada? A gasolina. É a energia intrínseca de uma substancia que não pode ser
quantificada. Então quanto maior for a energia intrínseca, quanto maior quantidade, maior
será o ganho de energia interna total.
Substituindo 6 em 3
dH = q . pdV + j dnj + pdV 7
Substituindo 7 em 4 em 5
∆G = q + j dnj - q
∆G = j dnj
G = j nj
j = G / nj ou =G / n (J/mol) quanto maior a energia de Gibbs, maior o potencial químico
da substancia.
Não conseguimos medir a entropia, entalpia, energia interna, medimos a diferença de
entropia, diferença de entalpia, diferença de energia interna e o potencial químico da
substancia, mas não a energia intrínseca da substancia ou o potencial químico intrínseco da
substancia.
w1
∆ E W
w2
Aqui a gente tem a diferença o potencial químico entre 1 e 2, que vai gerar uma energia,
que pode ser utilizada para realizar trabalho, como movimentar uma roda dá água, produzir
energia.
Convencionou-se então para quantificar o potencial químico da água usar a diferença de
potencial químico da água (sistema qualquer) em relação à água pura na mesma pressão e
temperatura.
w - o = R T ln aw + Vw P + Zw F∆ E + mw . g . h
o – potencial químico da água pura na mesma pressão e temperatura, é por convenção = 0
T – temperatura absoluta
ln aw – logaritmo da atividade da água (atividade é um termo análogo a concentração. Por
exemplo se fornecemos água pura, a liberdade de movimentação da água é maior ou menor
que um sistema que tenha solução? Maior, porque quando eu tenho soluto eu diminuo a
movimentação da água, tenho a formação de fortes ligações químicas entre água e soluto.
Se pegarmos uma gota de água e jogarmos em um vaso de argila seco, ela se movimenta?
Não ela vai interagir com o vaso (argila-vaso). Se eu jogar essa gota de água em um papel?
Ela também irá interagir com o papel, o papel absorve. Agora se eu jogar uma solução ela
tende a diminuir a movimentação da água, tende a reduzir a energia livre, energia na qual a
água se movimenta. Quanto maior for a redução da energia livre da água, menor é sua
atividade, a atividade é função da concentração da água ou soluto, porque quanto maior for
a concentração de soluto, maior restrição a livre movimentação da água, menor é a energia
livre da água. O efeito da concentração é dada pela atividade que é de 0 (água pura) a 1.
Vw – volume molal
P -pressão
Zw (valência da água) – qual a valência da água? A valência da água é 0, assim como que
para qualquer substancia eletricamente neutra. Então ele pode ser cortado.
F∆ (variação do campo elétrico)
mw – massa da água
g – superação da gravidade
h - altura
Se considerarmos a água em uma célula a gravidade não é usada, igual à água em uma
placa de Petri, a gravidade não tem influência. A influência da gravidade só é considerada
quando se tem o transporte de água em diferentes alturas, no mais ele pode ser
desconsiderado. Só é considerado quando eu tenho o transporte a favor ou contra a
gravidade em uma certa altura, como o transporte de água da raiz até as folhas de uma
árvore.
Então se fossemos reduzir o potencial químico da água leva em consideração a
concentração e a pressão.
Potencial químico é dado por J/mol. Qual a unidade de potencial hídrico? Atm, bar, MPa,
potencial químico da água historicamente em vez de se dar em energia por mol é dado por
gás de pressão, porque o primeiro aparelho usado para isso era dado em unidades de
pressão.
Vw = 18 mL / mol = 18 x 10-6 m3 mol –1
(w - o) / Vw = (RT) / Vw ln aw + (VwP) / Vw
O potencial hídrico da água é o potencial químico da água expresso em unidades de
pressão.
Potencial hídrico:
w = (RT / Vw ) ln aw + P
Potencial hídrico provém do potencial químico, da energia de Gibbs, entalpia, entropia,
energia interna.
Processos espontâneos
∆G < 0 – energia de Gibbs negativa
∆ < 0 – diferença de potencial químico seria forçadamente negativo
∆w < 0 – o potencial hídrico também é negativo, a água se movimenta espontaneamente
porque o potencial hídrico de B está sendo maior do que o de A. O movimento de água na
fase líquida sempre obedece à diferença de potencial hídrico e não de diferença de
concentração.
Potencial osmótico s ou
w = s + P
s = -
= RTC
s = - RTC