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07
expansão
Madura
14
C
Quando a folha em expansão vai se convertendo em uma fonte, essa folha madura vai
suprindo a folha em expansão e quando ela entra em conversão para fonte, se fizermos uma
autoradiografia desta folha em expansão observaríamos um padrão de marcação mais na base,
porque o ápice amadurece primeiro, vai importar menos assimilado, enquanto a base por
amadurecer mais tardiamente importara mais assimilado marcado radioativamente. Este
experimento demonstra que a maturação é um processo basípeda, é processo, portanto que
não ocorre de maneira uniforme.
Quando uma folha vai amadurecendo e sofrendo conversão de fonte para dreno, quer
dizer que começa a haver um aumento na produção de assimilados, a tal ponto em que esta
produção passa ser maior que o consumo da folha, isso é importante para gerar o excedente de
assimilados que será exportado. Quando isto acontece normalmente começa a haver nas
folhas com carregamento apoplasto, começa haver uma perda da capacidade de
descarregamento. Esse descarregamento numa folha seria tipicamente simplastico. Se está
havendo a perda de capacidade de descarregamento isto é atribuído ou a uma redução na
freqüência de plasmodesmas ou obstrução dos plasmodesmas presentes. Além desta perda da
capacidade descarregamento, normalmente ocorre codificação dos genes associados com a
síntese de sacarose.
Imagine uma folha que esteja como dreno, ela teria, bioquimicamente falando, síntese
de sacarose? Uma folha dreno precisaria sintetizar sacarose? Se ela fotossinteiza pouco, mais
é alguma coisa, quando isso acontece à rota passa a ser apoplastica, e o que se gera na
fotossíntese, o produto da fotossíntese é a triose fosfato, que pode formar amido, sacarose, e
pode ir para a respiração. Então uma folha destas plantas tem uma alta taxa respiratória, para
ela formar sacarose e depois quebrar sacarose? Se for para respiração, não tem sentido isso.
Então na verdade a folha em expansão não sintetiza sacarose. Quando ela parte excedente
que, é na verdade a respostas dos genes associados com a maquinaria metabólica necessária
ao acumulo de sacarose. Isso acontece ao longo do processo de conversão de dreno pra fonte.
Em adição a síntese de sacarose, também teria a inserção na membrana do complexo
ETC/CC (elemento de tubo crivado e célula companheira) dos transportadores de sacarose. A
sacarose é na verdade um produto para exportação. As perdas na capacidade de
descarregamento é um fator bem importante, por exemplo, existem algumas plantas, que tem
algumas folhas albinas, a folha Albina não fotossintetiza, ela não tem cloroplasto. Quando
esta folha esta se expandindo, ela também é um dreno tão quão as folhas normais, quando
chega no ponto em que ela deveria passar a ser um órgão fonte, ela jamais será, porque não
tem cloroplasto. Então quando chegaria no ponto em que ela deveria passar a ser um órgão
dreno ela também perde a capacidade de carregamento, portanto ela perde a capacidade de
importar assimilados, então a folha senesce e morre. Ela não consegue importar assimilado,
mas os assimilados chegam à folha, mas ficam restritas as nervuras, porque a capacidade de
carregamento é perdida. Isso é importante, por exemplo, se observar uma folha de uma planta
levada para um ambiente de obscuridade, esta folha fica despigmentada, fica amarelada,
senesce e morre. Se uma folha não produz assimilados ela importaria assimilados de outras
regiões para se manter, mas nas folhas que não tem cloroplastos, como na maioria das
espécies conhecidas, esta capacidade é perdida, o assimilado pode chegar ate a nervura mas
não é descarregado.
Em uma planta em que há ramos muitos sombreados e se eventualmente a irradiância
que chega àqueles ramos for muito baixa, menor que a irradiância de compensação, isso quer
dizer que o que chega de luz naquele ramo é um nível insuficiente para manter uma taxa de
fotossíntese liquida positiva, isso quer dizer que o ramo tal como as folhas não conseguem
produzir o que eles necessitariam para a sua manutenção normal. O que alguns preconizam
que esses ramos atuariam como “ramo parasita ou folhas parasitas”, assimilando ou
importando, assimilados de outras regiões. Mas na realidade não é bem assim não. Porque
quando a capacidade de descarga e perdida então o assimilado é importado. Então o ramo esta
na planta, ele tem que ter fotossíntese positiva, se ela for negativa esse ramo tende a sofrer um
colapso das células cambiais, o ramo morre, e as folhas deste ramo tendem a sofrer
senescencia acelerada e abscisão. As folhas mais baixeiras caem tudo porque não recebe luz
suficiente para suportar a continuidade das folhas nos ramos numa região com baixa
disponibilidade de luz. E grande parte disso acontece em função de um mecanismo que a
planta tem de não permitir folhas que não produzem essa folha não tem nenhum sentido para
a planta. O que é valido para a folha e valido para o ramo, só que por outro mecanismo. Há
espécies que o descarregamento é apoplastico, tem espécies que isso não acontece porque
aparentemente como o descarregamento naturalmente ele é apoplastico não haveria a
possibilidade de obstruções de plasmodesmas ou redução na freqüência de plasmodesmas. A
importância fisiológica desta perda de descarregamento de uma folha quando ela passa para
fonte é uma situação muito importante para evitar que folhas que não se sustentam
autotroficamente sejam mantidas pela planta a despensas de energia metabólica podendo ser
canalizado para uma outra finalidade pela planta.