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ESCOLA DE COMUNICAÇÃO
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
1. Introdução
Segundo Janice Caiafa a etnografia surgiu muito por conta da inquietação que
havia com relação as diferentes formas de pensar e se organizar em sociedade, o que
acarretou no início da etnografia sendo reconhecida como estudo dos grupos não oci-
dentais , assim provocando a criação de uma série de técnicas para se elaborar tal estudo
de diferentes culturas , seus costumes e fenômenos .
O método etnográfico de acordo com o IBPAD realiza a pesquisa qualitativa,
pesquisa que busca entender, descrever e em algumas vezes até mesmo explicar outras
culturas e hábitos de grupos ou indivíduos, seguindo alguns princípios:
- Pesquisa de campo (modelo popularizado por Malinowski)
- Multifatorial
- Indutivo
- Holístico
E dessa forma a coleta de dados é feita e assim o etnógrafo expõe sua experiên-
cia de campo desenvolvendo sua comunicação e aprendendo a lidar com diferentes ritu-
ais de outros povos, destacando sempre a participação de campo e a principal técnica
utilizada na metodologia a técnica da observação participante.
Podemos perceber que o tratamento com relação a etnografia sofreu uma mu-
dança considerável diante da mudança dos tempos, pois os primeiros antropólogos não
eram etnógrafos e usavam os relatos de viajantes para compor sua pesquisa qualitativa
,totalmente diferente do que pode se ver no uso das mais variadas técnicas para aplicar a
pesquisa etnográfica ,como visto na famosa Monografia de Malinowski( 1920 ) que foi
um documento essencial para formação da etnografia.
Contudo, a etnografia sofre do dilema da “autoridade etnográfica“ questão discu-
tida por muitos etnógrafos onde se trabalha a ideia de que o autor da pesquisa possa se
colocar acima dos dados coletados em sua experiência de campo. O antropólogo Clif-
ford Geertz foi um expoente na discussão desse tema onde as culturas parecem apenas
objetos sem vida a serem interpretados pelo antropólogo, deixando de lado todas as im-
pressões proporcionadas pela participação de campo e da técnica da observação partici-
pante.
A solução para esse dilema surge na ideia do agenciamento ( Deleuze e Guattari
,duas figuras importantíssimas para o cenário da antropologia)
Termo que consiste no conjunto de componentes heterogêneos por meio de um co-
funcionamento ou simpatia ,termo utilizado pelos mesmos, em que se realizam o estudo
de outros fenômenos culturais com um interesse afetivo e profissional em harmonia.
Todas as questões nos levam ao mundo que conhecemos hoje, totalmente conectado
seja por tecnologia ou meios de transporte e estamos à beira de mais uma evolução com
o surgimento do 5G e a internet das coisas. Por isso o entendimento de diferentes cultu-
ras para que se possa saber como podemos nos relacionar com elas , seja as inserido no
mundo ou as deixando isoladas, evitando uma homogeinização e o desaparecimento de
aspectos característicos de cada povo ou indivíduo, ferindo o aspecto da alteridade.
Portanto, a etnografia e a pesquisa etnográfica acabam se tornado conteúdos extrema-
mentes necessários para o exercício das mais diversas profissões no mercado de traba-
lho , que se expande e alcança os mais diversos públicos ao redor do mundo e ainda
mais do campo da comunicação , porque essa acaba sendo a linha de frente para conver-
sar e chamar a atenção desses públicos então se faz importante que esse contato seja
feito com cautela, respeito e simpatia.
3. Considerações finais