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Tipos de SOs Monoprogramável Multiprogramáveis Multiprocessados

Aula 2: Componentes, Tipos de SO e Arquiteturas


de SO

Prof. M.Sc. Rodrigo Costa e Prof. M.Sc. Carlos Maurı́cio


rodccosta@gmail.com e cmauriciojd@gmail.com
Curso de Informática - Propriedades dos Sistemas Operacionais

Fortaleza-CE, Brasil
Tipos de SOs Monoprogramável Multiprogramáveis Multiprocessados

Sumário

Tipos de SOs

Monoprogramável

Multiprogramáveis
Interrupção

Multiprocessados
Fortemente Acoplados
Fracamente Acoplados
Tipos de SOs Monoprogramável Multiprogramáveis Multiprocessados

Tipos de SOs
O Compartilhamento de Memória e Unidade Central de
Processamento (UCP)
Consistem na principal forma de classificação dos tipos de Sistemas
Operacionais.

Figura 1: tipos de Sistema Operacional. Fonte: [3].


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Tipos de SOs

Caracterı́sticas fundamentais dos tipos de SOs:


Monoprogramável ou Monotarefa
Além do S.O., apenas uma aplicação reside na memória em cada instante;

Multiprogramável ou Multitarefa
Vários processos compartilham memória e uma única Unidade Central de
Processamento (UCP), simulando a execução de tarefas “simultâneas”;

Multiprocessados
Vários processos compartilham a memória, podendo ter dois ou mais
processos em execução simultânea (um em cada processador).
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Subclassificações

Figura 2: classificação com tipos e subtipos de sistemas operacionais. Fonte: [3].


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Monoprogramável

Caracterı́stica Principal
Além do S.O., apenas uma aplicação reside
na memória em cada instante.

Figura 3: divisão da memória de um


Sistema Monoprogramável. Fonte: [4].
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Monoprogramável

Principal Problema
Caracterı́sticas: Processador dedicado a um único
◮ Implementação simples; programa causando Grande Tempo
ocioso na espera por I/O.
◮ Aplicações com o controle total
do sistema;
◮ Não existe a preocupação com
proteção;
◮ Máquinas utilizadas por apenas um
usuário.
◮ Dedicação exclusiva de todos os
dispositivos a um único programa;
◮ Ociosidade dos dispositivos.
◮ Grande tempo de espera por
dispositivos.
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Multiprogramação
Motivação:
◮ Tornar mais eficiente o aproveitamento dos recursos do computador;
◮ Execução “simultânea” de vários programas;
◮ Diversos programas são mantidos na memória;
◮ O próprio Sistema Operacional (SO) é um programa.

Figura 5: importância da multiprogramação. Fonte: [5].


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Multiprogramação

Solicitação de
Entrada/Saı́da (E/S)
Processo solicita à chamada
de Sistema
Término de
Entrada/Saı́da (E/S)
Dispositivo envia a
Interrupção.

E como ocorre a Interrupção? Figura 6: forma de implementação de um sistema


multiprogramável. Fonte: [2]
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Interrupção

Ao ocorrer uma interrupção:


1. processador acaba execução da instrução atual;
2. processador testa existência de interrupção;
3. transferência de controle (processador salva estado atual, carrega
contador de programa com endereço da rotina de tratamento,
transfere controle para a rotina de tratamento);
4. rotina de tratamento executa ... acaba ;
5. restaura estado anterior;
6. retorna a execução da rotina interrompida.
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Interrupção

Figura 7: eventos que ocorrem durante a interrupção. Fonte: [3].


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Interrupção

Importância
Permite que módulos interrompam processamento normal do processador.

Tipos
◮ Gerado pelo programa: divisão por zero, referência a memória fora
do espaço permitido, etc.
◮ Gerado pelos dispositivos:
◮ relógio (timer): disparo de um programa em um tempo
determinado;
◮ condição de erro: overflow, violação de memória ou instrução
inválida.
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Surgimento do processamento em lotes

Figura 8: exemplos do sistema em lotes. Fonte: [4].

Caracterı́stica
Vários programas dividindo os mesmos recursos da máquina.
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Sistemas Multiprogramáveis I

Concorrências gerenciadas pelo Sistema Operacional


O Sistema Operacional (SO) gerencia o acesso concorrente aos recursos
de forma ordenada e protegida.

Aumento da produtividade dos usuários e a redução dos custos


◮ Devido ao compartilhamento de recursos do sistema;
◮ Utilização de vários usuários;
◮ Realiza diversas tarefas concorrente ou simultaneamente.

Aplicações com limitações no sistema


◮ Preocupação com a proteção;
◮ Necessidade de hardware adequado capaz de alterar os modos de
operação do processador.
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Multiprocessamento

Figura 9: sistema multiprocessado, com suporte a spooling. Fonte: [4].


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Classificação através do tempo de resposta


◮ Podem ser classificados pela forma em que suas aplicações são
gerenciadas.
◮ O SO pode suportar um ou mais tipos de processamentos.

Figura 10: sub-divisões dos sistemas multiprogramáveis. Fonte: [3].


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Classificação quanto ao tempo de resposta

◮ Sistemas em Lotes (Batch): alto tempo de resposta;


◮ Sistemas em Tempo Compartilhado: baixo tempo de resposta;
◮ Sistemas em Tempo Real: respostas imediatas.
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Sistemas Batch:

◮ Programas executados sequencialmente;


◮ Sem interação do usuário durante a execução;
◮ O programa é preparado e encaminhado para execução;

Caracterı́sticas
◮ Respostas lentas;
◮ Ideia era centralizar o processamento em CPDs (máquinas muito
caras).
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Sistemas de tempo compartilhado / On-line

Timesharing
Uma “fatia de tempo” (time slice) do processador é alocada para cada
processo. Possui caracterı́stiacs:
◮ O sistema cria um ambiente próprio ao usuário;
◮ Dá a impressão de que todo o sistema esta dedicado a ele;
◮ Implementação complexa com alta produtividade e redução de custo
de utilização do sistema.
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Sistemas de tempo compartilhado / On-line

Interação do usuário com o sistema através de terminais


◮ O usuário submete requisições ao sistema e recebe as respostas
imediatamente;
◮ O sistema possui um Interpretador de Comandos, que lê a linha de
comando contendo o nome do programa a ser executado;
◮ Após a execução de um comando, o Interpretador de Comandos
volta a ler o terminal.
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Sistemas de tempo real

Real Time: Resposta imediata


◮ Semelhantes em implementação aos sistemas de tempo
compartilhado;
◮ Diferem no tempo de resposta exigido no processamento das
aplicações;
◮ Não existe a ideia de fatia de tempo;
◮ Detenção do processador pelo tempo necessário, ou até que um
programa prioritário o solicite;
◮ Controlado pela propria aplicação e não pelo SO.
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Sistemas de tempo real

Exemplos: Controle de Processos


◮ Monitoramento de refinarias de petróleo;
◮ trafego aéreo;
◮ sistemas bancários.
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Sistemas Multiprocessados

Definição
Possuem uma ou mais UCPs interligadas, trabalhando em conjunto.

Caracterı́sticas importantes:
◮ A forma de comunicação entre as UCPs;
◮ Grau de compartilhamento da memória e dos dispositivos de
Entrada/Saı́da (E/S);
◮ Podem compartilhar o mesmo sistema operacional ou cada um pode
possuir o seu próprio sistema.
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Sistemas Multiprocessados

Caracterı́sticas:
◮ Permitem que vários programas sejam executados ao mesmo tempo
ou que um programa seja dividido em subprogramas para execução
simultânea por mais de um processador;
◮ O multiprocessamento mantém todos os conceitos de
multiprogramação, mas aplicados a vários processadores.
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Sistemas Multiprocessados

Problemas
Com o multiprocessamento, novos problemas de concorrência foram
surgindo, pois vários processadores podem estar acessando as mesmas
áreas de memória, além da dificuldade de interligação dos componentes.

Fortemente x Fracamente Acoplados


Os sistemas podem ser classificados de acordo com a forma de
compartilhamento de memória e dispositivos, sendo subclassificados como:

◮ Sistemas fortemente acoplados- existe apenas um espaço de


endereçamento compartilhado;
◮ Sistemas fracamente acoplados- cada sistema tem sua própria
memória.
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Fortemente Acoplados
Um sistema fortemente acoplado tem mais de um processador
ligado ao barramento.
◮ Aumento da capacidade de processamento ;
◮ Compartilhamento de periféricos e memória ;
◮ Tolerância a falhas;
◮ Processamento Paralelo;

Sistemas de detecção de falhas


Duplicação de hardware (+ de 2 processadores).

Podem ser divididos conforme a forma de divisão de funções


entre os processadores
◮ Simétricos: mesma função;
◮ Assimétricos: funções diferentes.
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Fortemente Acoplados
Caracterı́stica Principal
Uma única memória para todos os processadores.

Figura 11: ilustração mostrando um exemplo de sistema multiprocessado fortemente


acoplado. Fonte: [3].
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Tipos de Sistemas Fortemente Acoplados

Assimétricos Exemplo
Processadores com
funcionalidades
especı́ficas. Um mestre e
um escravo.

Figura 12: ilustração de um sistema assimétrico. Fonte: [3].


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Sistemas Assimétricos

Caracterı́sticas
◮ Somente um processador (mestre) pode executar serviços do
sistema operacional.
◮ Sempre que o processador do tipo escravo precisar realizar uma
operação de E/S, tera que requisitar o serviço ao processador
mestre.
◮ Se o processador mestre falhar, todo o sistema ficara comprometido.
◮ Processadores podem ter tarefas pré-definidas;
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Tipos de Sistemas Fortemente Acoplados

Simétricos
◮ Todos os Exemplo
processadores
realizam as
mesmas funções.

Figura 13: exemplo de um sistema simétrico. Fonte: [3].


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Sistemas Simétricos

Caracterı́sticas
◮ Todos os processadores realizam as mesmas funções;
◮ Cópias do sistema operacional em cada processador;
◮ Um programa pode ser executado por qualquer processador ou por vários
processadores ao mesmo tempo.
◮ Quando um processador falha, o sistema não e comprometido, porem com
menor capacidade.
◮ Comunicação entre os processadores;
◮ Escalonamento de tarefas para as Unidade Central de Processamentos (UCPs);
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Fracamente Acoplados
Definição
Dois ou mais sistemas de computação conectados através de linhas de
comunicação.

Figura 14: ilustração de um sistema fracamente acoplado. Fonte: [3].


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Fracamente Acoplados

Caracterı́sticas
◮ Comunicação através de redes de computadores;
◮ Cada sistema tem seu Sistema Operacional (SO) gerenciado seus
próprios recursos;
◮ Caracteriza-se por processamento distribuı́do pelos seus diversos
processadores.
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Sistemas Operacionais de Rede

cada nó possui seu próprio Sistema Operacional (SO), além de


hardware e software
Possibilitam ao sistema ter acesso o outros nós da rede.

Cada nó é totalmente independente um do outro


Podem ter sistemas operacionais diferentes.

Tolerância à falhas
Se uma estação falhar, a rede continua funcionando sem os recursos
daquela que falhou.

Objetivo
A ideia é prover o compartilhamento de recursos e troca de informações.
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Sistemas Operacionais de Rede

Para ser considerado um Sistemas Operacionais de Rede


(SOR), este deve possuir as seguintes caracterı́sticas:
◮ baixa utilização do hardware da estação cliente;
◮ transparência dos recursos remotos;
◮ facilidade de Utilização;
◮ alta confiabilidade;
◮ segurança no acesso e utilização.

Exemplos
Os sistemas operacionais de redes permitem cópia de arquivos, impressão
e até gerência remotas, além de serviços de correio eletrônico, emulação
de terminais.
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Sistemas Distribuı́dos

Existe um relacionamento mais forte entre seus componentes


◮ Sistemas operacionais iguais.

um único sistema centralizado.


Para o usuário e suas aplicações e como se não existisse uma rede de
computadores

Dinâmica
Possibilidade de balanceamento de carga.

Funcionamento
Para o usuário e suas aplicações e como se não existisse uma rede de
computadores e sim um único sistema centralizado.
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Sistemas Distribuı́dos

Software fortemente acoplado em hardware fracamente


acoplado
◮ Ilusão de um sistema único ou maquina virtual
◮ Middleware

Caracterı́sticas principais:
◮ Mecanismo único de comunicação entre processos
◮ Gerenciamento único de processo (criação, destruição,
escalonamento, etc..)
◮ Sistema de arquivos uniforme
◮ Chamada de sistemas e comandos uniformes
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Comparação

Caracterı́stica SO de Rede SO Distribuı́do


Imagem do sistema usuários enxergam o fornece a ideia de uma
sistema como um conjunto maquina virtual
de maquinas
Autonomia construı́do sobre sistemas ideia de um sistema único
centralizados
(independentes)
Gerenciamento local de Gerenciamento global de
recursos recurso
Sistema de Arquivos Podem ser diferentes são iguais
Tolerância a falhas perda de perda de desempenho
funcionalidades/capacidades
Introdução Monolı́tico Camadas Máquinas Virtuais MicroKernel

Estruturas do SO

Prof. M.Sc. Rodrigo Costa e Prof. M.Sc. Carlos Maurı́cio


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Curso de Informática - Propriedades dos Sistemas Operacionais

Fortaleza-CE, Brasil
Introdução Monolı́tico Camadas Máquinas Virtuais MicroKernel

Sumário

Introdução

Monolı́tico

Arquitetura em Camadas

Máquinas Virtuais

Cliente-servidor
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Estrutura

Os Sistema Operacionals (SOs) são sistemas muito grandes e


complexos.
Definição
Estrutura de um SO é a maneira como o código do sistema é organizado
e o inter-relacionamento entre seus diversos componentes. Esta estrutura
pode variar conforme a concepção do projeto.
As principais formas de organização dos SO são:
◮ monolı́ticos;
◮ em camadas;
◮ máquinas virtuais;
◮ cliente-servidor.
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SO Monolı́tico

◮ é um conjunto de rotinas que


podem interagir livremente umas
com as outras;

Figura 15: ilustração do relacionamento


das rotinas em um SO monolı́tico. Fonte:
Introdução Monolı́tico Camadas Máquinas Virtuais MicroKernel

SO Monolı́tico

◮ formada por diversos módulos que são compilados e unidos,


utilizando Linkeditor, para formar um único executável, onde
os módulos podem interagir livremente;
◮ simples e com bom desempenho, mas de manutenção difı́cil;
◮ comparada a uma aplicação formada de vários procedimentos
que fazem o processo de compilação gerando um único
executável.
◮ exemplos de SO: LINUX, DOS.
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SO Monolı́tico

Figura 16: modelo simples de estruturação de um sistema monolı́tico. Fonte: [5].


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SO em Camadas
Sistema é dividido em nı́veis sobrepostos.
◮ Cada módulo oferece um conjunto de funções que pode ser
usado por outros módulos respeitando a hierarquia.
◮ Pode acessar apenas as camadas mais externas ao modulo
◮ Exemplos de SO arquiteturado em Camadas: THE,
WINDOWS, maioria das versões UNIX.

Figura 17: à esquerda as camadas do sistema THE e à direita a do sistema OpenVMS


. Fonte:[5].
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SO em Camadas
Sistema é dividido em nı́veis sobrepostos.
◮ Cada módulo oferece um conjunto de funções que pode ser
usado por outros módulos respeitando a hierarquia.
◮ Pode acessar apenas as camadas mais externas ao modulo
◮ Exemplos de SO arquiteturado em Camadas: THE,
WINDOWS, maioria das versões UNIX.

Figura 17: à esquerda as camadas do sistema THE e à direita a do sistema Unix.


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Arquitetura em Camadas

Vantagens:
◮ Isola o SO
◮ Facilita sua alteração e depuração
◮ Cria uma hierarquia de nı́veis de modos de acesso
◮ Protege as camadas mais privilegiadas
Desvantagens:
◮ Uma desvantagem deste modelo é o desempenho.
◮ Cada nova camada implica em novo modo de acesso.
A maioria dos atuais sistemas comerciais utiliza duas camadas,
onde existem os modos de acesso usuário (não-privilegiado) e kernel
(privilegiado).
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Visualização em camadas do UNIX

◮ Kernel: é o núcleo do sistema operacional, controla o


hardware traduzindo comandos UNIX em instruções
de hardware. O usuário não trabalha diretamente
com o kernel;
◮ Sistema de arquivos: é o modo do UNIX armazenar
informações de qualquer tipo, como por exemplo,
gráficos, textos, etc;
◮ Shell: é um programa que atua como interface entre
o kernel e o usuário; Figura 18: camadas do
UNIX
◮ Aplicativos: são programas que podem ser invocados
pelo shell para realizar diversas tarefas. . Fonte:[5].
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Máquina Virtual

Problemas de compatibilidade entre os componentes do sistema


◮ Um SO so poderá executar sobre uma plataforma de hardware
se for compatı́vel com ela
◮ Geralmente não é possı́vel criar novas instruções de
processador
◮ Nem novas chamadas de sistema
Para contornar esses problemas, utiliza-se técnicas de visualização:
◮ Construir uma camada de software que ofereça aos demais
componentes, serviços com outra interface;
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Máquina Virtual

◮ Cria uma camada intermediária entre o hardware e o sistema


operacional chamada Gerência de Máquina Virtual.
◮ Esta camada oferece, para cada máquina virtual, uma cópia
virtual do hardware.

Figura 19: Estrutura do VM/370 com o CMS. Fonte: [5].


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Máquina Virtual
É possı́vel que cada máquina tenha seu próprio S.O. e que seus
usuários executem aplicações como se todo o computador estivesse
dedicado a eles.

Figura 20: Estrutura do VM/370 com o CMS. Fonte: [5].


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Máquinas Virtuais

◮ Vantagens: Este modelo, por causa do isolamento total entre


cada VM, possibilita grande segurança às máquinas.
◮ A desvantagem desta arquitetura é a sua grande
complexidade, devido à necessidade de se compartilhar e
gerenciar os recursos do hardware entre as diversas VMs
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Exemplo

Figura 21: exemplo de virtualização. Fonte: [4].


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Máquinas Virtuais
Os ambientes de MV podem ser divididos em duas grandes
famı́lias:

Figura 22: exemplos de tipos de ambientes de máquinas virtuais. Fonte: [1].


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SO Cliente-Servidor ou Microkernel
Objetivo: Tornar o núcleo menor e mais simples possı́vel
◮ Sistema e dividido em processos;
◮ Quando uma aplicação deseja algum serviço ela solicita ao
processo responsável
◮ Facilita a manutenção do SO;
◮ Apenas o núcleo do sistema executa o modo kernel;
◮ Núcleo realiza a comunicação entre os Servidores e os Clientes
(Aplicações dos Usuários).

Figura 23: o modelo cliente-servidor. Fonte: [5]


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Visão do SO Microkernel

Figura 24: relacionamento de componenets num sistema microkernel. Fonte: [3].


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Microkernel
◮ Surgiu na década de 80 no sistema operacional Mach, cujo
núcleo oferece basicamente quatro serviços: gerência de
processos, gerência de memória, comunicação por troca de
mensagens e operações de Entrada/Saı́da (E/S), todos em
modo usuário.
◮ Este modelo permite isolar as funções do SO por processos
servidores pequenos e dedicados a serviços especı́ficos,
tornando o núcleo menor, mais fácil de depurar.
◮ A arquitetura possibilita ainda a criação de sistemas
distribuı́dos.
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Microkernel

◮ A implementação é muito difı́cil. Existe problema no


desempenho, por causa das mudanças de acesso a cada
comunicação entre clientes e servidores. Outro problema é
que certas funções do S.O. exigem acesso direto ao hardware,
como as operações de E/S.
◮ Existem projetos baseados em sistemas microkernel em
instituições como o MIT (Exokernel), Universidade de
Dresden (L4) e Vrije Universiteit (Amoeba).
Introdução Monolı́tico Camadas Máquinas Virtuais MicroKernel

Observações

◮ O que é mais implementado atualmente é uma combinação do


modelo de camadas com a arquitetura microkernel;
◮ O núcleo é responsável pela comunicação entre cliente e
servidor;
◮ O núcleo incorpora outras funções crı́ticas como
escalonamento, tratamento de interrupções e gerência de
dispositivos.
Referências

Referências I

[1] Cristina Boeres, 2010. URL http://www.ic.uff.br/~ boeres/soI.html.


[2] Edeyson Andrade Gomes. Sistemas operacionais, 2010. URL www.edeyson.com.br.
[3] F. M. Machado and L. P. Maia. Arquitetura de Sistemas Operacionais. Grupo Gen:
LTC, Rio de Janeiro, 4 edition, 2007.
[4] Prof. Ernesto Massa, 2010. URL http://ernestomassa-so.blogspot.com.
[5] Andrew S. Tanenbaum. Sistemas Operacionais Modernos. Pearson do Brasil, São
Paulo, 3 edition, 2010.
Referências

Abreviaturas I

DOS Disk Operational System


E/S Entrada/Saı́da
SO Sistema Operacional
UCP Unidade Central de Processamento
SOR Sistemas Operacionais de Rede

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