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DIÁRIO DA REPÚBLICA
Presidência da República
Decretos Presidenciais n.os 21 e 22/2002
Assembleia Nacional
Leis n.os 1,2 e 3/VII/2002
Gabinete do Ministro
Despacho.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Neste contexto e tendo em conta a vontade de 2. As autoridades competentes de cada uma República Democrática de S. Tomé e Príncipe e o
concretizar aquele desígnio, os Governos da República das Partes Contratantes informarão as outras Partes, Governo da República de Cabo Verde;
Decreto Presidencial N.º 21/2002 de Angola, da República Federativa do Brasil, da por via diplomática, da introdução de novos
República de Cabo Verde, da República da Guiné- passaportes, das categorias anteriormente referidas, No uso da competência que me é conferida
Tornando-se necessário ratificar o Acordo Bissau, da República de Moçambique, da República bem como quaisquer modificações nos existentes. pelo artigo 78.º da Constituição Política;
Sobre Supressão de Vistos em Passaportes Diplo- Portuguesa e da República Democrática de S. Tomé e
máticos e Passaportes Especiais de Serviços entre os Príncipe, adiante denominados Partes Contratantes, 3. As autoridades competentes de cada uma Decreto o seguinte:
Governos dos Países Membros da comunidade dos das Partes Contratantes fornecerão às outras Partes os
Países de Língua Portuguesa Acordam o seguinte nossos modelos de passaportes mencionados no artigo Artigo 1.°
4.°, número 2.
No uso da competência que me é conferida Artigo 1.º É ratificado o Acordo Sobre o Estatuto de
pelo artigo 78.º da Constituição Política; Artigo 5.º Pessoas e Bens entre o Governo da República de S.
1. Os cidadãos dos países da CPLP titulares Tomé e Príncipe e o Governo da República de Cabo
Decreto o seguinte: de passaportes diplomáticos, especiais e de serviço, 1. Os diferendos resultantes de interpretação Verde estabelecido em 20 de Junho de 2001, na Praia-
válidos poderão entrar, passar em trânsito, permanecer ou aplicação do presente Acordo serão resolvidos por República de Cabo Verde, cujo texto em Português e
Artigo 1.° e sair do território de cada uma das Partes acordo entre as Partes Contratantes. aprovado pela Assembleia Nacional, em conformidade
Contratantes, sem necessidade de obtenção prévia de com a Resolução n.°26/VII/2002, de 16 de Outubro de
É ratificado o Acordo Sobre Supressão de visto. 2. As Partes Contratantes permutarão 2002, faz parte integrante do presente Decreto
Vistos em Passaportes Diplomáticos e Passaportes informações e sugestões relativas às medidas Presidencial.
Especiais de Serviços entre os Governos dos Países 2. A permanência no território de cada uma apropriadas à boa execução deste Acordo.
Membros da Comunidade dos Países de Língua das Partes Contratantes realizada ao abrigo do disposto Artigo 2.°
Portuguesa, estabelecido em 17 de Julho de 2000, em no número anterior será noventa (90) dias por semestre Artigo 6.º
Maputo-República de Moçambique, cujo texto em em cada ano civil, a contar da data da primeira entrada. O Presente Decreto Presidencial entra
Português e aprovado pela Assembleia Nacional, em 1. As Partes Contratantes reservam-se o imediatamente em vigor.
conformidade com a Resolução n.°24/VII/2002, de 16 3. Exceptuam-se do disposto no número direito de suspender temporariamente a aplicação do
de Outubro de 2002, faz parte integrante do presente anterior os titulares de passaportes diplomáticos, presente Acordo por motivos de ordem pública, de Publique-se.
Decreto Presidencial. especiais e de serviço, no exercício de funções segurança nacional, de saúde pública ou obrigações
diplomáticos ou consulares, bem como os seus internacionais, dando do facto imediato conhecimento Feito em S. Tomé, aos 3 de Dezembro de
Artigo 2.° dependentes, como tal definidos nas Convenções de por via diplomática às outras Partes Contratantes. 2002;- O Presidente da República, Fradique Bandeira
Viena sobre as Relações Diplomáticas e Consulares, Melo de Menezes.
O Presente Decreto Presidencial entra cujo prazo de permanência será o da missão oficial. Artigo 7.º
imediatamente em vigor.
Artigo 2.º 1. As disposições do presente Acordo Acordo Sobre o Estatuto de Pessoas e Bens
Publique-se, relativas à circulação de titulares passaportes Entre o
Os cidadãos que, ao abrigo do disposto no diplomáticos, especiais e de serviço, prevalecem sobre Governo da Republica Democrática de São Tomé e
Feito em S. Tomé, aos 3 de Dezembro de 2002;- O artigo anterior, permanecerem no território de uma das as constantes em acordos bilaterais, Salvo se essas Príncipe
Presidente da República, Fradique Bandeira Melo de Partes Contratantes, estarão obrigados a observar as disposições forem mais favoráveis. - E o Governo da República de Cabo Verde
Menezes. respectivas disposições legais, nomeadamente as
relativas à estada de estrangeiros. Artigo 8.º O Governo da República Democrática de São
Tomé e Príncipe e o Governo da República de Cabo
III Conferência Dos Chefes De Estado e De Artigo 3.º 1. O presente Acordo entrará em vigor logo Verde, adiante designados «as partes»
Governo Da Comunidade Dos Países De Língua que cada uma das Partes informe as outras de que
Portuguesa 1. As autoridades competentes de cada uma foram cumpridas as respectivas formalidades internas. Animados do desejo de fortalecer cada vez
Maputo, 17 e 18 De Julho De 2000 das Partes Contratantes reservam-se o direito de negar mais as relações privilegiadas que existem entre os
a entrada ou permanência no seu território, a cidadãos 2. O presente Acordo é concluído por um dois países; e
ACORDO nacionais das outras, Partes Contratantes, titulares dos período indeterminado, permanecendo em vigor até
passaportes a que refere o artigo 1.º deste acordo, sessenta (60) dias após a data, na qual uma das Partes Visando prosseguir os objectivos fixados no
Sobre supressão de vistos em passaportes sempre que se verifiquem razões ponderosas. , Contratantes tenha notificado, por escrito, as Outras, Acordo de Amizade e Cooperação e com base no
diplomáticos, especiais e de serviço, Entre os através dos canais diplomáticos, da sua intenção de o disposto nos seus artigos 1.º e 11.º,
governos dos países membros da comunidade dos 2. As autoridades a que se refere o número denunciar;
anterior notificarão, imediatamente, as autoridades Acordam o seguinte:
países de língua portuguesa
competentes do Estado a que pertencer o cidadão, das Feito e assinado em Maputo, aos 17 de Julho
razões da recusa. de 2000, em sete exemplares em Língua Portuguesa, Artigo I
Um dos objectivos da constituição da sendo todos os textos igualmente válidos. (Âmbito de Aplicação)
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é o de Artigo 4.º
contribuir para o reforço dos laços humanos, a O presente Acordo aplica-se aos cidadãos
solidariedade e a fraternidade entre todos os povos que 1. Cada uma das Partes Contratantes fornecerá Decreto Presidencial N.°22/2002 nacionais da República Democrática de São Tomé e
têm em comum a língua portuguesa, pedra basilar da às demais Partes os modelos de passaportes assinalados Príncipe residentes no território da República de Cabo
sua identidade e nesse sentido promover medidas que no artigo 1.°, no prazo de sessenta (60) dias a contra da Tornando necessário ratificar o Acordo Sobre Verde e 2 cidadãos nacionais da República de Cabo
facilitem a circulação dos cidadãos dos Estados data de assinatura do presente Acordo. o Estatuto de Pessoas e Bens entre o Governo da
membros, no espaço da CPLP.
Verde aos residentes no território da República abrange o acesso a actividades profissionais nos órgãos transferência monetária de prestações resultantes do Artigo XIV
Democrática de São Tomé e Príncipe. de defesa e ordem pública e na carreira diplomática. direito de alimentos aos familiares dos cidadãos (Contratos de cooperação de cidadãos residentes)
residentes que permanecerem no território do Estado
Artigo II Artigo V de que o mesmo é nacional. 1. O presente Acordo não impede a
(Definição de Nacionalidade) (Transferência de encargos de previdência ou de celebração de contratos individuais de cooperação
seguros) Artigo X entre os cidadãos de uma das Partes e as autoridades,
Para efeito do presente Acordo entende-se Ao cidadão residente no território de uma das (Fixação e mudança de residência) pessoas colectivas públicas ou privadas da outra Parte.
por: Partes que já tenha vindo a satisfaz encargos de
a) Cidadão nacional da República Demo- previdência ou de seguros no Estado de que é nacional, 1. Aos cidadãos nacionais de uma das Partes 2. O disposto no número anterior é extensivo
crática de São Tomé e Príncipe aquele que como tal é será facultado pelo Estado de residência, a que tenham obtido autorização de residência no aos contratos celebrados com o nacionais de uma das
considerado pela Lei interna Santomense. possibilidade de transferência das prestações território da outra, é permitido fazer-se acompanhar Partes, residentes no território da outra, nos termos da
b) Cidadão nacional da República de Cabo correspondentes à continuação desses encargos. dos seus bens móveis necessários à sua instalação e dos lei do país de residência.
Verde aquele que como tal considerado pela Lei adequados ao exercício da sua profissão com isenção
interna cabo-verdiana. Artigo VI de direitos alfandegários; Artigo XV
(Satisfação de Encargos) (Vigência, revisão e denúncia)
Artigo III 2. No caso de cessação voluntária de
(Cidadão Residente) 1. Ao cidadão residente no território de uma residência ou de expulsão do cidadão residente de uma 1. Este Acordo vigorará pelo prazo de cinco
das Partes que haja satisfeito encargos de previdência das Partes do território do Estado de residência, é-lhe anos tacitamente renovável por períodos sucessivos de
1. Considera-se cidadão nacional da ou seguros no Estado de que é nacional, de acordo com reconhecido por este o direito de exportar para o um ano.
República Democrática de São Tomé Príncipe legislação desse Estado, será permitido continuar a território de destino os bens referidos no número 1 do
residente na República de Cabo Verde todo o cidadão satisfação desses encargos no Estado de residência. presente artigo, bem como o direito de transferir as 2. Este Acordo pode ser revisto a pedido de
nacional Santomense que se encontre legalmente economias e outros bens legalmente adquiridos no país uma das Partes, a partir de cinco anos da sua entrada
fixado com o propósito de permanência no território 2. Na hipótese do número anterior operar-se-á de residência. em vigor.
deste último país. a totalização dos dois períodos de .prestação,
assumindo cada uma das Partes a responsabilidade pela Artigo XI 3. O Presente Acordo poderá ser denunciado
2. Considera-se cidadão nacional da satisfação dos direitos e regalias correspondentes aos (Expulsão) por qualquer das Partes, mediante notificação a outra
República de Cabo Verde residente na República respectivos períodos. Parte com antecedência mínima de seis meses.
Democrática de São Tomé e Príncipe todo o cidadão No caso de expulsão do cidadão residente de
nacional Cabo Verdiano que se encontre legalmente 3. As prestações monetárias devidas por umas das Partes, o Governo do Estado de residência 4. A denúncia deste Acordo não prejudica os
fixado com o propósito de permanência no território organismos de previdência ou I seguros nos termos deverá comunicar previamente ao Governo do Estado direitos adquiridos durante a sua vigência.
deste último país. deste artigo serão na moeda do Estado em que for de que aquele é nacional os motivos determinantes de
exercido direito a elas, operando-se a necessária tal medida. Artigo XVI
Artigo IV compensação entre as Partes. (Disposições Finais)
(Direitos e Deveres) Artigo XII
Artigo VII (Regime Fiscal) 1. O presente Acordo entrará em vigor após
1. Aos cidadãos nacionais de uma das (Transferências de pensões de previdência) a troca dos instrumentos de ratificação.
Partes, residentes no território da outra Parte, é As Partes tomarão medidas legislativas
reconhecida, numa base de reciprocidade, em relação As Partes assumem o compromisso de adequadas para evitar a dupla tributação e para tomar 2. As Partes designarão os organismos de
aos nacionais desta igualdade de direitos e deveres de autorizar a transferência das prestações monetárias efectiva a punição da evasão fiscal. Aos cidadãos ligação aos quais será atribuída execução e aplicação
natureza pessoal, cultural, económica e social, devidas por organismos de previdência ou de seguros, residentes de ambas as Partes não poderão ser permanente deste Acordo.
designadamente: seja qual for a sua natureza, a que tenham direito os colectadas taxas, contribuições ou impostos qualquer
a) Livre exercício das suas actividades nacionais de uma delas que tendo prestado serviços no que seja a sua denominação ou natureza diferentes ou Feito na Praia, aos 20 de Junho de 2001, em
culturais, religiosas, económicas e sociais; território da outra, hajam regressado ao seu país de mais onerosas que os cobrados aos cidadãos nacionais. dois exemplares originais em língua portuguesa,
b) Gozo e exercício dos direitos civis em origem. fazendo ambos igualmente fé.- Pelo Governo da
geral, de conformidade com legislação vigente nos Artigo XIII República de Cabo Verde, A Secretária dos Negócios
respectivos países; Artigo VIII (Direitos adquiridos) Estrangeiros, Dr.ª Fátima Lima Veiga; pelo Governo
d) Possibilidade de instalar e exercer qualquer (Pensões de Sobrevivência) da República Democrática de São Tomé e Príncipe, O
actividade de carácter industrial, comercial, agrícola ou 1. Nenhuma disposição do presente acordo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Dr.
artesana1; Os familiares do cidadão residente de cada deve ser interpretado como contrário ou lesivo de actos Joaquim Rafael Branco.
e) Livre exercício de todas as profissões uma das Partes, protegidos quer pela legislação de anteriores constitutivos de direitos.
liberais; previdência e segurança social do Estado de residência,
f) Faculdade de obter e gerir concessões, quer pela do Estado de que aquele é nacional, 2. As Partes podem, através dos organismos ASSEMBLEIA NACIONAL
autorizações e licença administrativas ; beneficiarão, qualquer que seja a sua nacionalidade, de ligação designados para a sua aplicação, acordar em
g) Acesso à frequência de todos os níveis de das prestações que lhes forem devidas a título de atribuir os benefícios resultantes deste Acordo a Lei N.º1/VII/02
ensino; sobrevivência, morte ou invalidez. situações anteriores ao mesmo.
h) Beneficio quanto a aplicação da legislação Lei de Alteração ao Artigo 9.º da Lei n.º 3/99
vigente sobre trabalho e segurança social. Artigo IX ( Lei Orgânica de Tribunal de Contas)
(Transferência de pensões)
2. O livre exercício de actividades Tornando-se necessário proceder à instalação
profissionais a que se refere o número anterior não O Estado de residência deve possibilitar a do Tribunal de Contas criado pela Lei n.º 3/99, de 20
de Agosto; Lei N.º 2/VII/02 devendo os mesmos apresentar trimestralmente à Artigo 6.º
Direcção do Orçamento, justificação das receitas (Financiamento Interno)
Considerando as dificuldades encontradas Orçamento Geral do Estado Para d Ano Económico realizadas, bem como das despesas efectuadas a fim de
após a publicação daquele diploma face à de 2002 permitir a consolidação das contas públicas. 1 - O Governo fica autorizado a recorrer ao
especificidade desse Tribunal; crédito interno junto do Banco Central de São Tomé e
A Assembleia Nacional, no uso das 2 - As transferências previstas no OGE para Príncipe no montante nunca superior ao défice
Tendo em conta a urgência da instalação do faculdades que lhe são conferi das pela alínea g) do as Autarquias nos termos da Lei das Finanças Locais orçamental a verificar no decorrer da execução, para
Tribunal de Contas, com vista a dar a necessária artigo 86.º da Constituição Política, para vigorar como são feitas trimestralmente de acordo com a distribuição efeito do seu financiamento, desde que no final do
credibilidade à gestão do bem público; Lei, aprova o seguinte: exercício, o crédito líquido ao Governo não seja
para cada Autarquia.
superior a zero.
A Assembleia Nacional decreta, nos termos CAPITULO I
3 - Igualmente, as transferências previstas
da alínea d) do artigo 87.º da Constituição, o seguinte: 2 - Fica ainda autorizada a mesma entidade a
Artigo 1.º para a Região do Príncipe deverão ser feitas utilizar os Fundos de Contrapartida nos montantes
trimestralmente, observando as regras descritas no n.º 1
Artigo 1.º Aprovação do Orçamento necessários, observando as regras pré-estabelecidas
do presente artigo. para a sua utilização, visando os seguintes objectivos:
O artigo 9.º da Lei n.o 3/99, de 20 de Agosto, É aprovado o Orçamento Geral do Estado a) Financiamento complementar do Programa
passa a ter a seguinte redacção: (OGE) para o Ano Económico de 2002, conforme os 4 - As receitas da Região do Príncipe são de Investimentos Públicos;
avaliadas no montante correspondente à transferência
mapas anexos n.º 1 e 2 que fazem parte integrante b) Pagamento do capital da dívida externa.
Artigo 9.° desta Lei. do OGE, incluindo as receitas localmente cobradas,
sendo em igual montante fixadas as respectivas
Composição 3 - É proibida a utilização de Fundo de
Artigo 2.º despesas. contrapartida ou outro recurso extraordinário para
1. O Tribunal de Contas é composto por três (Receitas) financiar despesas que não tenham sido inscritas
Juizes. Conselheiros, sendo um deles o Presidente. 5 - No que toca às despesas de Investimento previamente no Orçamento Geral do Estado.
Público, as autorizações serão dadas após o
São estimadas em Dbs. 464.009.000.000,00 as
2. O Presidente do Tribunal de Contas é eleito receitas do OGE, sendo Dbs. 107.000.000.000,00 cumprimento de todas as formalidades legais, Artigo 7.º
nomeadamente, a adjudicação da Empresa, a
de entre os três Juizes Conselheiros. correspondentes às receitas correntes, e Dbs. (Crédito Externo)
357.009.000.000,00 correspondentes às receitas de celebração do Contrato na Direcção do Tesouro e
Património e o respeito das condições de desembolso
3. Para início do funcionamento do Tribunal capital, (incluindo financiamento externo através de O Governo, representado pelo Ministro do
de Contas, tanto o Presidente como os restantes Juizes Desembolsos de Empréstimos no valor de Dbs. nele previstas. Plano e Finanças, fica autorizado a contrair novos
são nomeados pela Assembleia Nacional mediante o 131.130.000.000,00, Donativos de Dbs. empréstimos externos que resultarem da necessidade
concurso documental de entre os candidatos referidos 245.020.000.000,00 (sendo Dbs. 202.740.000.000,00 Artigo 5.º de financiamentos adicionais, no âmbito da execução
(Com participação do Estado nos Lucros das
no artigo 10.°, a ser aberto pela Assembleia, nos trinta de donativo externo e Dbs. 23.324.000.000,00 do das despesas de capital orçamentadas, nas seguintes
dias subsequentes à publicação do presente diploma. fundo HIPC), Dbs. 353.000.000,00 de Fundo de Empresas Estatais) condições:
Contrapartida e um Saldo de Dbs. 19.494.000.000,00 a) Ser o produto desses empréstimos aplicado
4. Uma vez posto em funcionamento o conforme o anexo I. 1 - É fixada em 80% a taxa de no financiamento de objectivos previstos no Programa
comparticipação do Estado nos lucros líquidos das
Tribunal, o Presidente designado pela Assembleia de Investimentos Públicos ou de outros
Nacional apresentará a sua demissão no prazo de oito Artigo 3.º Empresas Estatais, apurados de acordo com os empreendimentos especialmente reprodutivos;
respectivos planos financeiros, devendo o montante
dias, para seguidamente se proceder à eleição do (Despesas) b) Serem contraídos segundo as condições de
Presidente de Tribunal de Contas. correspondente ser depositado no Tesouro Público,
segundo o regime duodecimal a entregar ao Orçamento concessionalidades máximas compatíveis com a
São fixadas no montante de Dbs. capacidade de endividamento do País, nomeadamente
Artigo 2.º 464.009.000.000,00 às despesas do OGE, sendo Dbs. Geral do Estado.
da taxa de juro e prazo de reembolso.
Entrada em vigor 130.653.000.000,00 relativas às despesas de
funcionamento, (incluindo Dbs. 34.243.000.000,00 de 2 - Quando se trate de Empresas Públicas em
situação económica difícil e desde que o Programa Artigo 8.º
A presente lei entra em vigor nos termos juros da divida pública), Dbs. 272.356.000.000,00 de
legais. despesas de Investimento Público, Dbs. para a sua viabilização exista o nível de (Dívida Externa)
comparticipação das mesmas será o que for
5.600.000.000,00 de Licenciamento Público e Dbs.
Assembleia Nacional em São Tomé, 15 de 55.400.000.000,00 de amortização de capital, determinado no Contrato/Programa, assinado entre o Caberá ao Governo, no âmbito da divida
Ministério do Plano e Finanças e a Direcção da referida externa levar a cabo negociações em molde a obter dos
Agosto de 2002.- O Presidente da Assembleia distribuído conforme anexo II.
Nacional, Interino, Carlos Filomeno Azevedo Empresa. credores o reescalonamento, perdão, redução ou
reconversão da dívida.
Agostinho das Artigo 4.º
3 - Entende-se por situação económica difícil, CAPÍTULO II
aquela em que o fundo de maneio seja negativo ou os Execução Orçamental
Promulgado em 10 de Dezembro de 2002. (Fundos Autónomos e Transferências Públicas para
Organismos Autónomos, Finanças Locais e Região resultados líquidos tenham sido negativos durante os
últimos três anos. Capítulo II
Publique-se. do Príncipe).
Execução Orçamental
4 - Para efeito do número anterior as cifras
O Presidente da República, Fradique 1 - A Região do Príncipe e as outras
Bandeira Melo de Menezes. Instituições que disponham de orçamentos privativos deverão ser devidamente comprovada por auditoria
externa. Artigo 9.º
incluídos no Orçamento Geral do Estado, ficam (Contenção de Despesas Públicas)
autorizadas a aplicar as suas receitas próprias na
realização das despesas que legalmente lhes competem,
1 - O Governo, através do Ministro do Plano e (Liquidação de Despesas não Orçamentadas 6 - Durante o ano, após a liquidação dos
Finanças, tomará medidas necessárias à rigorosa Responsabilidade) 2 - Para o efeito, os Serviços Públicos devem títulos, será fixada nos mesmos uma data limite para
contenção das despesas públicas e ao controlo da sua 1- É proibida a realização e/ou liquidação de apresentar a Direcção do Orçamento, no inicio de cada pagamento cujo período não deverá ultrapassar oito
eficiência e eficácia de forma a atingir o saldo primário despesas não inscritas no OGE, ficando o infractor trimestre, uma requisição de fundos. dias.
previsto. incurso em responsabilidade disciplinar, civil e
criminal. 3 - Só serão aceites novas requisições de Assembleia Nacional, em São Tomé, aos 31
2 - Fica o Governo autorizado a criar, durante fundos para o trimestre seguinte, após apresentação de de Julho de 2002.- O Presidente da Assembleia
o ano de 2002, mecanismos que permitam uma gestão 2- É igualmente proibida a autorização e conta de utilização das verbas do trimestre anterior, Nacional, Interino, Carlos Filomeno Azevedo
centralizada das dotações orçamentais de forma a liquidação de despesas públicas por pessoas não devidamente documentada. As justificações deverão Agostinho das Neves.
permitir uma melhor aplicação dos recursos públicos, investidas de poderes para o efeito, incorrendo os ser apresentadas nos oito dias subsequentes ao termo
infractores nas responsabilidades acima do trimestre, com excepção do último trimestre do ano,
Artigo 10.º previstas. em que este prazo é fixado a 20 de Dezembro. Promulgado em 3 de Dezembro. de 2002
(Autorização de Despesas)
3- Não serão autorizados pagamentos de 4 - Os fundos estarão sob a responsabilidade Publique-se.
1 - Enquanto não se proceder a actualização despesas relativas a organismos que não estejam de uma comissão de gestão criada por despacho do
da Lei n.º 1/86, de 30 de Dezembro, o artigo 35.º desta legalmente criados. Ministro de tutela, tendo a seguinte composição: O Presidente da República, Fradique
Lei passa a ter a seguinte redacção: As despesas até - Director do Gabinete ( Presidente da Bandeira Melo de Menezes.
Dbs. 150.000.000.00 são autorizadas pelo Ministro do Artigo 13.º Comissão)
Plano e Finanças e as que sejam superiores a esse (Reforço de Verbas) - Director do respectivo sector
montante apenas pelo Chefe do Governo, cabendo ao - Chefe de Secretaria ou do Departamento
Conselho de Ministros as autorizações das que Fica autorizado o Governo, através do Administrativo do sector.
excedam Ministro do Plano e Finanças, a proceder ao reforço de
Dbs. 250.000.000,00 . verbas desde que este seja efectuado por via de Artigo 17.º
compensação dentro do mesmo organismo, ou entre os (Prazos de autorização e pagamento das despesas)
2 - As autorizações concedidas pelo Chefe do diferentes organismos, mantendo em ambos os casos
Governo e pelo Conselho de Ministros serão os níveis previstos de despesas públicas. 1 - Durante o ano 2002, a autorização das
precedidas de parecer favorável do Ministro do Plano e despesas deixará de ser através do sistema manual do
Finanças. Artigo 14.º modelo 17 passando o controlo a ser através do sistema
(Ajustamento no Programa de investimento informatizado.
3 - Em relação aos encargos com o serviço da Público)
Divida Externa, transferências para o exterior incluindo 2 - Todas as despesas orçamentadas devem
as Embaixadas e os projectos de investimento público, 1 - Fica o Governo autorizado a proceder aos ser submetidas a liquidação até ao dia 5 do mês
desde que estejam orçamentados não obedecerão à ajustamentos que se mostrarem necessários no âmbito seguinte àquele a que respeitam, exceptuadas as
regra prevista no n.o 1 do presente artigo da realização do programa de investimentos públicos. referentes ao mês de Dezembro, que observarão o
disposto no número 4 deste artigo, incorrendo em
Artigo 11.º 2 - Para efeitos do precedente numero um, os procedimento disciplinar, os responsáveis pela
(Despesas com Investimentos Públicos) ajustamentos não deverão ultrapassar o montante execução do serviço que não cumpram o determinado
global de despesas de capital programado. neste número.
1 - Caberá à Direcção do Orçamento
conjuntamente com a Direcção de Planificação Artigo 15.º 3 - Todas as propostas que envolvam encargo
Económica do Ministério do Planeamento e Finanças, (Ajustamento no Programa de Investimentos
para o Estado deverão dar entrada na Direcção de
proceder ao controlo mensal das despesas por conta do Públicos)
Programa de Investimento Público. Finanças até ao dia 30 de Novembro, para efeitos de
A aquisição de quaisquer bens e serviços autorização.
2 - Para efeito do disposto no número anterior, pelos Organismos da Administração Central do Estado 4 - As requisições e respectivos títulos para
todos os documentos relacionados com a liquidação de só poderá fazer-se em face de requisições definitivas, liquidação de despesas deverão, impreterivelmente, dar
despesas de investimento público devem ser devidamente despachadas pelas entidades competentes, entrada na Direcção do Orçamento até ao dia 10 de
previamente visados pela Direcção de Planeamento sob pena de as respectivas importâncias não poderem Dezembro de 2002, sob pena de não serem
antes da sua liquidação definitiva pela Direcção do ser reclamadas ao Estado. considerados encargos de Estado, excepto quando
Orçamento. respeitem a despesas com comunicações, água e
Artigo 16.º energia eléctrica referentes ao mês de Dezembro, cujos
3 - Para o cumprimento do n.º 1 do presente (Regime de Duodécimos das Despesas) documentos poderão ser apresentados para pagamento
artigo as unidades de execução de projectos devem até ao dia 20 de Dezembro.
1 – Durante o ano de 2002, podem ser
fornecer periodicamente às Direcções do Orçamento e
antecipados, trimestralmente os duodécimos das 5 - O pagamento das despesas efectuadas e
do Planeamento todas as informações concernentes à seguintes dotações Orçamentais: cujos documentos não sejam remetidos à Direcção do
realização dos mesmos. Orçamento dentro do prazo fixado no número 3, ficará
Código de Classificação Discriminação a cargo dos responsáveis pelo sector respectivo,
Artigo 12.º Económico independentemente de procedimento disciplinar e
02.02.04 Alimentação criminal, sendo caso disso.
02.02.09 Outros Bens não duradoiros
02.03.01 Outros Encargos
02.03.02 Conservação de Bens
Milhões de Dbs Em Percentagem %
ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO Totais correntes
RECEITAS 1.2.3.2 Transporte e comunicação 4,200 1 3
(OGE – 2002) 1.2.3.3 Outros 2,171 0 2
ANEXO I 1.3 Transferencias 9,299 2 7
1.3.1 Sector público 3,814 1 3
Designação Em Valor Em Percentagem %
1.3.2 Empresas públicas 94 0 0
Designação M.Dbs Totais correntes 1.3.3 Instituições particulares 137 0 0
Receitas + Financiamento 464.009 100 1.3.4 Particulares 1,722 0 1
I- RECEITAS CORRENTES 107.000 23 100 1.3.5 Exterior 3,532 1 3
1.1 Receitas fiscais 86.9000 18 81 1.4 Outras despesas correntes 16,387 4 13
1.1.1 Impostos directos 27.900 6 26 1.4.1 Embaixadas 2,279 1 2
1.1.2 Impostos indirectos 55.900 12 51 1.4.2 Defesa 109 0 0
1.1.2.1 Imposto s/Importação 21.600 5 20 1.4.3 Outros 13,169 3 11
1.1.2.3 Imposto s/consumo 33.400 7 31 1.5 Fundo de desemprego 1,800 0 1
1.1.2.3.1 Sobretaxa 31.200 7 29 1.6 Juros da dívida 34,243 8 26
1.1.2.3.2 Produtos domésticos 2.200 0 2 1.6.1 Interna 1,143 0 1
1.1.3 Outros 4.000 0 4 1.6.2 Externa 33,100 7 25
1.2 Receitas não fiscais 20.100 4 19 1.7 Segurança social 0
1.2.1 Transferencia de empresas 10.773 2 14 II DESPESAS DE CAPITAL 327,756 71
1.2.2 Direitos de pesca 5.000 1 5 2.0 PIP 272,356
1.2.3 Outros 4.326 1 4 2.1 PIP – Moeda interna 12,700 3
.1.2.4 Receitas extraordinárias
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