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Autovalores e

Autovetores
Vetor próprio e valor próprio de um
operador linear
Seja A uma matriz nn. O número real  é um autovalor de A se existe um vetor não-nulo 𝑣Ԧ em
Rn tal que
𝑇 𝑣Ԧ = 𝐴𝑣Ԧ = 𝜆𝑣Ԧ

 0 1 2
Exemplo: Seja A= 
1 2 0 

1  0 1 2 1 1 2 1 1


A  =     =  = 
1 1 2 0  1 1 2 2 1
1 Autovetor
𝑣Ԧ1 = associado ao
1
autovalor ½.
Vetor próprio e valor próprio de um
operador linear
Vetor próprio e valor próprio de um
operador linear
Exemplo 01: Verificar, utilizando a definição, se os vetores dados são vetores próprios das
correspondentes matrizes:
2 2
a) 𝑣Ԧ = −2,1 𝐴 =
1 3
1 1 1
b) 𝑣Ԧ = (1,1,2) 𝐴 = 0 2 1
0 2 3
1 −1 0
c) 𝑣Ԧ = (−2, 1, 3) 𝐴 = 2 3 2
1 2 1
Determinação dos valores próprios e dos
vetores próprios
Seja o operador linear T: R³ → R³, cuja matriz canônica é:
𝑎11 𝑎12 𝑎13
𝐴 = 𝑎21 𝑎22 𝑎23
𝑎31 𝑎32 𝑎33
Isto é, 𝐴 = [𝑇]
Se v e 𝜆 são, respectivamente, vetor próprio e o correspondente valor próprio do operador T,
tem-se
𝐴𝑣 = 𝜆𝑣 (𝑣 é a matriz coluna 3x1)
Ou
𝐴𝑣 − 𝜆𝑣 = 0
Determinação dos valores próprios e dos
vetores próprios
𝐴𝑣 − 𝜆𝑣 = 0
Tendo em vista que 𝑣 = 𝐼𝑣 (I é a matriz identidade) pode-se escrever:
𝐴𝑣 − 𝜆𝐼𝑣 = 0
Ou:
𝐴 − 𝜆𝐼 𝑣 = 0
Para que esse sistema homogêneo admita soluções não-nulas, isto é:
𝑥 0
𝑣= 𝑦 ≠ 0
𝑧 0
Deve-se ter:
det 𝐴 − 𝜆𝐼 = 0
Determinação dos valores próprios e dos
vetores próprios
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝜆 0 0
𝑑𝑒𝑡 𝑎21 𝑎22 𝑎23 − 0 𝜆 0 =0
𝑎31 𝑎32 𝑎33 0 0 𝜆

𝑎11 − 𝜆 𝑎12 𝑎13


𝑑𝑒𝑡 𝑎21 𝑎22 − 𝜆 𝑎23 = 0
𝑎31 𝑎32 𝑎33−𝜆

A equação det (A-𝜆I) = 0 é denominada equação característica do operador T ou da matriz A, e suas


raízes são os valores próprios do operador T ou da matriz A. O determinante det (A-𝜆I) é um polinômio
em 𝜆 denominado polinômio característico.
Determinação dos valores próprios e dos
vetores próprios
Exemplo 02: Determinar os valores próprios e os vetores próprios do operador linear. 𝑇: 𝑅3 →
𝑅3 , 𝑇 𝑥, 𝑦, 𝑧 = (3𝑥 − 𝑦 + 𝑧, −𝑥 + 5𝑦 − 𝑧, 𝑥 − 𝑦 + 3𝑧).

Exemplo 03: Determinar os valores próprios e os vetores próprios da matriz:


4 5
a) 𝐴 =
2 1
−16 10
b) 𝐴 =
−16 8
Diagonalização de Operadores
Diagonalização de operadores
Propriedade: Autovetores associados a autovalores distintos de um operador são linearmente
indepentes.
Corolário: Se V é um espaço vetorial de dimensão n e T:V →V é um operador linear que possui n
autovalores distintos então V possui uma base cujos vetores são todos autovetores de T.

Exemplo 04: Os valores próprios de um operador linear 𝑇: 𝑅2 → 𝑅2 são 𝜆1 = 2 e 𝜆2 = −3,


sendo 𝑣Ԧ1 = (1, −1) e 𝑣Ԧ2 = (−1,0) os respectivos vetores associados. Determinar T(x,y).

Exemplo 05: Determinar o operador linear 𝑇: 𝑅2 → 𝑅2 cujos valores próprios são 𝜆1 = 3, 𝜆2 =


− 2 associados aos vetores próprios 𝑣Ԧ1 = 𝑥(1,2) e 𝑣Ԧ2 = 𝑥(−1,0), respectivamente.
Diagonalização
Consideremos um operador linear T em R³ que admite valores próprios 𝜆1 , 𝜆2 e 𝜆3 distintos, associados a 𝑣Ԧ1 , 𝑣Ԧ2 e
𝑣Ԧ3 , respectivamente. O corolário anterior nos assegura que o conjunto 𝑃 = {𝑣Ԧ1 , 𝑣Ԧ2, 𝑣Ԧ3 } é uma base do R³.
Tendo em vista que
𝑇 𝑣Ԧ1 = 𝜆1 𝑣Ԧ1 = 𝜆1 𝑣Ԧ1 + 0𝑣Ԧ2 + 0𝑣Ԧ3
𝑇 𝑣Ԧ2 = 𝜆2 𝑣Ԧ2 = 0𝑣Ԧ1 + 𝜆2 𝑣Ԧ2 + 0𝑣Ԧ3
𝑇 𝑣Ԧ3 = 𝜆3 𝑣Ԧ3 = 0𝑣Ԧ1 + 0𝑣Ԧ2 + 𝜆3 𝑣Ԧ3
O operador T é representado na base P dos vetores próprios pela matriz diagonal:
𝜆1 0 0
[𝑇]𝑃 = 0 𝜆2 0 = 𝐷
0 0 𝜆3
Constituída de valores próprios na diagonal principal.
Sendo A a matriz canônica do operador T, isto é, [T]=A, as matrizes A e D são semelhantes por representarem o
mesmo operador T em bases diferentes. Logo, a relação entre matrizes semelhantes permite escrever:
𝐷 = 𝑃−1 𝐴𝑃
Diagonalização
Exemplo 06: Determinar uma matriz P que diagonaliza:
3 −1 1
𝐴 = −1 5 −1
1 −1 3
E calcular 𝑃−1 𝐴𝑃.

Exemplo 07: Seja 𝑇: 𝑅2 → 𝑅² um operador linear dado por: 𝑇 𝑥, 𝑦 = (4𝑥 + 5𝑦, 2𝑥 + 𝑦).
Encontrar uma base de R² em relação à qual a matriz de T é diagonal.

2 1 0
Exemplo 08: Determinar uma matriz P que diagonaliza 𝐴 = 0 1 −1 .
0 2 4
Diagonalização de matrizes simétricas
Propriedades
1. A equação característica de uma matriz simétrica tem apenas raízes reais
2. Se 𝑇: 𝑉 → 𝑉 é um operador linear simétrico com valores próprios distintos, então os vetores próprios
são ortogonais.
3. 𝐷 = 𝑃𝑇 𝐴𝑃, ou seja, P diagonaliza A ortogonalmente.
Diagonalização de Matrizes Simétricas
Exemplo 09: Determinar uma matriz ortogonal P que diagonaliza a matriz simétrica:
7 −2 0
𝐴 = −2 6 −2
0 −2 5

Exemplo 10: Seja o operador linear simétrico 𝑇: 𝑅2 → 𝑅² definido pela matriz


4 12
𝐴=
12 −3
Determinar a matriz ortogonal P que diagonaliza A.

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