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SET.

/1991 EB-2150
Porta-fusíveis de pequeno porte e
miniatura
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA

Origem: Projeto 03:032.03-004/88


CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:032.04 - Comissão de Estudo de Fusíveis de Pequeno Porte
EB-2150 - Fuse-holders for miniature fuse-links - Specification
Copyright © 1990, Esta Norma foi baseada na IEC-257, seu Amendment nº 1- 1980 e doc. 32C
ABNT–Associação Brasileira (CO) 45 - Jun/1986
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Fusível. Porta-fusível 12 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 2 Documentos complementares


1 Objetivo
2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
3 Definições
4 Condições gerais EB-552 - Fusíveis de pequeno porte - Especificação
5 Inspeção
6 Aceitação e rejeição MB-451-II-Fc - Ensaios de ambiente e de resistência
ANEXO A - Tabelas mecânica de componentes e equipamentos eletrôni-
ANEXO B - Figuras cos - Ensaio Fc:Vibração (senoidal) - Método de ensaio

MB-451-II-T - Ensaios de ambiente e de resistência


1 Objetivo mecânica para componentes e equipamentos eletrô-
nicos - Ensaio T: Soldagem - Método de ensaio
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis como requisi-
tos de segurança uniformes para os porta-fusíveis e de
MB-451-II-U - Ensaios de ambiente e de resistência
compatibilidade mecânica e elétrica em fusíveis de peque-
mecânica para componentes e equipamentos eletrô-
no porte para uso geral.
nicos - Ensaio U: Resistência mecânica dos termi-
nais - Método de ensaio
1.2 Esta Norma é aplicável a porta-fusíveis para fusíveis de
pequeno porte de acordo com a EB-552, incluindo aqueles
para uso geral em equipamentos eletrônicos e similares, MB-1729 - Fusíveis de pequeno porte - Método de
normalmente para utilização em ambientes abrigados. ensaio

1.3 Esta Norma aplica-se a porta-fusíveis para fusíveis de NB-93 - Rugosidade de superfície - Procedimento
pequeno porte, dimensionados para corrente nominal até
16A inclusive e tensão nominal até 1000V CA ou CC. NB-238 - Segurança de aparelhos eletrônicos e apa-
relhos associados para uso doméstico em geral liga-
1.4 Esta Norma se aplica a porta-fusíveis tipo rosca e baio- dos a um sistema elétrico - Procedimento
neta. As exigências, quando apropriadas, podem ser apli-
cadas a outros tipos de porta-fusíveis mediante acordo NB-848 - Indicação do estado de superfícies em
entre fabricante e usuário. desenhos técnicos - Procedimento
2 EB-2150/1991

3 Definições 4.1 Condições atmosféricas padrão para ensaio

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições 4.1.1 Todos os ensaios devem ser executados dentro dos
de 3.1 a 3.6. valores abaixo, salvo acordo em contrário:

3.1 Base do porta-fusível a) temperatura entre 15°C e 35°C;

Parte fixa do porta-fusível provida de terminais para cone- b) umidade relativa entre 45% e 75%;
xão ao circuito externo.
c) pressão do ar entre 8,6 x 104 Pa e 10,6 x 104 Pa.
3.2 Cartucho do porta-fusível
4.1.2 Se estes limites forem muito amplos para certos en-
Parte móvel do porta-fusível na qual é fixado o fusível, a fim saios, estes podem ser repetidos em caso de dúvida à
de facilitar a sua inserção e remoção. temperatura de (23 ± 1)°C e umidade relativa entre 48% e
52%.
3.3 Porta-fusível
4.1.3 Antes que as medições sejam efetuadas, o compo-
Combinação de base e cartucho do porta-fusível. nente deve ser mantido nas condições atmosféricas pa-
drão por tempo não inferior a 4h.
3.4 Potência de aceitação de um porta-fusível
4.1.4 Em todo relatório de ensaio a temperatura ambiente
deve ser anotada.
Valor máximo de potência dissipada, que o porta-fusível
pode tolerar, acima das condições prescritas sem exce-
4.1.5 Se as condições normais de umidade relativa e/ou
der os limites da temperatura especificada. A potência de
pressão do ar não forem satisfeitas durante o ensaio o fato
dissipação pode ser estabelecida pelo fabricante caso
deve ser mencionado no relatório de ensaio.
não seja especificada nas partes subseqüentes.
4.2 Inspeção, critério de aceitação e ensaios de tipo
Nota: Dependendo do tipo de fusível aplicado, o possível prolon-
gamento da sobrecarga neste fusível causa o surgimento
de uma parcela variável de dissipação de potência no por- Os ensaios de tipo e a ordem de realização utilizados para
ta-fusível provocada pela resistência de contato e o fusível. homologação ou recebimento são indicados na Tabela 1
Certos tipos de fusíveis de pequeno porte abrangidos pelas (Anexo A). Nesta Tabela são também indicados o número
EB-552 e MB-1729, especialmente para os do tipo de ação de espécimes da amostra e o número de falhas permitidas
rápida com alta capacidade de ruptura, sustentam sobre- nos ensaios.
carga a níveis de 1,5 a 2,1 vezes a corrente nominal por um
considerável período de tempo. As aplicações de tais fusí- 4.3 Corpos-de-prova para os ensaios
veis em porta-fusíveis fechados podem sob tais circunstân-
cias resultarem em elevação de temperatura do porta-fusí-
4.3.1 Para ensaios que requeiram corpos-de-prova de re-
vel e de suas partes acessíveis, acima dos limites dados na
NB-238. Atenção, portanto, deve ser dada para possibili- ferência os mesmos devem ser como na Figura 1 (Ane-
dade de situações perigosas surgidas na situação de so- xo B) e Tabela 2 (Anexo A).
brecarga.
4.3.2 Não devem haver furos nas extremidades dos cor-
3.5 Corrente nominal de um porta-fusível pos-de-prova de latão.

Maior corrente nominal do fusível que determina a utiliza- 4.3.3 Os corpos-de-prova devem ter uma composição ho-
ção do porta-fusível sem que seja excedida a máxima dis- mogênea.
sipação permissível de potência.
5 Inspeção
3.6 Tensão nominal do porta-fusível
5.1 Marcação e informação
Maior tensão para a qual o porta-fusível é projetado.
5.1.1 As bases ou os cartuchos dos porta-fusíveis devem
ser marcados com o nome ou marca do fabricante junto
Nota: A tensão nominal do porta-fusível deve ser um valor maior
ou igual ao da tensão nominal do fusível utilizável no mes- com uma referência de tipo ou de catálogo.
mo.
5.1.2 A marcação deve ser indelével e facilmente legível. A
4 Condições gerais conformidade é verificada pela inspeção e pelo ensaio
descrito em 5.1.2.1.
Notas: a) Ensaios de acordo com esta Norma são ensaios de tipo.
5.1.2.1 A marcação não deve ser removida quando friccio-
b) Os requisitos de ordem geral que os porta-fusíveis de-
nada levemente à mão, por 15 s, com uma peça de pano
vem satisfazer tanto para homologação como para re- embebida em água e novamente por 15 s com uma peça
cebimento, tais como embalagem, acondicionamento, de pano embebidos em querosene. Informações que se-
proteção, armazenamento e transporte, devem ser objeto jam necessárias para a correta aplicação do porta-fusível,
de acordo entre fornecedor e consumidor. em particular, a categoria da proteção oferecida de acordo
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com 5.2 deve ser dada no catálogo do fabricante ou docu- 5.4 Requisitos elétricos
mento que a substitua.
5.4.1 Medição da resistência de contato
Nota: Além desta marcação, o fabricante deve fornecer marcação
adicional para a tensão nominal em volts, portência nominal 5.4.1.1 A medição pode ser realizada em CA ou CC. Em ca-
admissível em watts com a corrente nominal em ampéres, so de controvérsia prevalece a medição em CC. A instru-
por exemplo, 250 V (4 A/6,3 W). Estas marcações adicionais mentação utilizada deve permitir medições dentro de uma
devem ser colocadas na parte frontal do porta-fusível de precisão de ± 10%. A resistência de contato deve ser me-
forma que sejam visíveis quando o porta-fusível estiver dida entre terminais pelo método da queda de tensão, a-
montado na posição normal de uso. pós o porta-fusível ter sido equipado com um corpo-de-
prova de latão conforme 4.3 de forma a evitar a ruptura da
5.2 Proteção contra choques elétricos fina camada isolante dos contatos, a aplicação da f.e.m.
não deve exceder a 20 mV de pico (CA) ou 20 mV (CC). De
5.2.1 Categoria A: Porta-fusíveis com proteção integral contra forma a evitar o aquecimento indevido dos contatos, a
choque elétrico corrente não deve exceder a 1 A, em relação à corrente
nominal.
5.2.1.1 Partes vivas não devem ser acessíveis quando o
porta-fusível estiver instalado como em uso normal, isto é, 5.4.1.2 O ciclo de medição em CC, consiste de:
no painel frontal de um equipamento. Todas as três possí-
veis condições devem ser verificadas: a) colocação do corpo-de-prova no porta-fusível;

a) porta-fusíveis fechados - cartucho e fusível inseri- b) medida com circulação da corrente em uma direção;
dos na base do porta-fusível;
c) medida com circulação da corrente na direção o-
b) porta-fusível aberto - cartucho e fusível extraídos posta;
da base;
d) remoção do corpo-de-prova do porta-fusível.
c) durante a inserção ou extração do cartucho, com o
5.4.1.3 O ciclo de medição em CA, consiste de:
fusível.
a) colocação do corpo-de-prova no porta-fusível;
5.2.1.2 Além disto, todos os requisitos devem ser obede-
cidos independentemente de qual dos terminais da base
b) medição;
está conectado ao condutor energizado da fonte de ali-
mentação. A conformidade é verificada utilizando o ensaio
c) remoção do corpo-de-prova do porta-fusível.
de dedo especificado na NB-238.
5.4.1.4 A medição completa deve ser constituída de cinco
5.2.2 Categoria B: Porta-fusíveis sem proteção integral contra
ciclos de medida, os quais deverão ser realizados em su-
choque elétrico
cessão imediata. O valor médio das resistências de conta-
to não deve exceder a 5 mý. O valor de nenhuma medição
Porta-fusíveis que não atendam a todos os requisitos de individual deve exceder 10 mý.
5.2.1 devem ser providos com meios adicionais de proteção
contra choque elétrico, pelo projetista do equipamento no 5.4.2 Medição da resistência de isolamento
qual estes porta-fusíveis serão incorporados. Deve neste
caso ser dada especial atenção nas especificações rele- 5.4.2.1 Montagem
vantes destes equipamentos.
Os porta-fusíveis devem ser adaptados para aquele uso,
5.3 Distâncias de escoamento e de isolação ser montados em chapas metálicas de 3 mm de espessu-
ra como em uso normal. Para porta-fusíveis que tenham
5.3.1 As distâncias de escoamento e de isolação devem um diâmetro de rosca menor que 12 mm, deve ser utiliza-
ser medidas entre: da uma chapa metálica de 2 mm de espessura. Quando os
porta-fusíveis forem projetados para uso com chapas
a) contatos da base fusível, incluindo partes metálicas grossas, chapas de máxima espessura especificada de-
conectoras ligadas em derivação a esta, quando o vem ser utilizadas.
porta-fusível é montado como se contivesse um
5.4.2.2 Pré-condicionamento
fusível;
No pré-condicionamento dos porta-fusíveis separam-se
b) partes condutoras e partes metálicas acessíveis,
os fusíveis e os porta-fusíveis, sendo todos mantidos em
inclusive os dispositivos de fixação da base fusível;
uma câmara climática por 48 h sob temperatura (t) entre
20°C e 30°C e com umidade relativa entre 91% e 95%.
c) partes condutoras e superfície de montagem ou Qualquer que seja o valor de temperatura, ela não deve
quaisquer partes metálicas que possam estar em variar mais que 1°C. Antes de colocadas na câmara cli-
contato com esta superfície, a qual deve ter uma mática, as amostras devem ser mantidas em uma tempe-
das espessuras especificadas em 5.4.2.1. ratura que não difira de t em mais de 2°C.

5.3.2 As distâncias mínimas de isolação e escoamento no Nota: De forma a atender as condições especificadas é necessá-
ar devem estar de acordo com as da Tabela 3 (Anexo A). rio manter circulação constante do ar dentro da câmara
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climática. Imediatamente após serem removidos da câma- exemplo um furo, que permita manter o condutor indepen-
ra climática, os porta-fusíveis devem ser inseridos nas ba- dentemente da solda.
ses e as partes isolantes normalmente acessíveis quando
em uso devem ser envolvidas com uma folha metálica co-
5.5.2.2 Ensaio de tração
mo mostra a Figura 2 (Anexo B).

5.4.2.3 Medição Os terminais para conexão por solda devem ser submetidos
ao ensaio descrito na MB-451-II-U - Execução ao ensaio
A medição da resistência de isolamento deve ser feita en- Ua1 - tração. Uma carga de 20 N deve ser aplicada e não
tre 1 h e 2 h após a remoção da câmara climática, em cor- deve ocorrer dano visível.
rente contínua com tensão não excedendo a 500 V entre:
5.5.2.3 Ensaio de flexão
a) os terminais do porta-fusível;
Os terminais para conexão por solda devem ser submetidos
b) os terminais e a parte externa, quando especifica- ao ensaio descrito na MB-451-II-U - Execução ao ensaio
do. A parte externa deve incluir todas as partes Ub - dobramento. Um dobramento deve ser aplicado e não
metálicas acessíveis (exceto terminais), os parafusos deve ocorrer dano visível.
de fixação e a folha metálica que cobre a superfície
externa, se aplicável. A leitura deve ser feita 5.5.2.4 Ensaio de soldabilidade
(60 ± 5) s após aplicação da tensão. A resistência
de isolamento deve ser maior ou igual a 10 mý. Os terminais para conexão por solda devem ser submeti-
dos aos ensaios descritos na MB-451-II-T, aplicando-se o
5.4.3 Ensaio de tensão método do banho de solda para porta-fusível destinado a
uso em circuitos impressos e o método do ferro de solda
O porta-fusível deve ser montado e envolvido com uma “Ponta A” para os outros tipos de porta-fusíveis. A solda
lâmina metálica como descrito em 5.4.2.2. deve aderir satisfatoriamente, dentro do tempo especifi-
cado, e não haver dano visível.
5.4.3.1 A tensão de ensaio deve ser alternada e de forma
substancialmente senoidal com freqüência entre 40 Hz e 5.5.3 Ensaio de torque nos parafusos dos terminais
60 Hz.
Os parafusos dos terminais devem ser apertados e desa-
5.4.3.2 A tensão de valor 2 U + 1000 (onde U é a tensão pertados, por cinco vezes consecutivas, com o auxílio de
nominal em V) deve ser aplicada durante 1 min imediata- um torquímetro, sendo aplicado um torque como o indica-
mente após a medição da resistência de isolamento entre do na Tabela 5 (Anexo A). Um condutor com a maior das
os mesmos pontos indicados em 5.4.2.3. Não deve ocor- seções transversais indicadas em 5.5.2.1 é fixado no ter-
rer durante a aplicação da tensão, ruptura do meio isolan- minal do porta-fusível sob ensaio e deve ser substituído
te ou faiscamento. após cada operação. Durante o ensaio não deve ocorrer
nenhuma modificação ou deformação da conexão apara-
5.5 Requisitos mecânicos fusada que impeça seu uso posterior.

5.5.1 Compatibilidade entre fusível e porta-fusível 5.5.4 Ensaio de torque no cartucho

5.5.1.1 O corpo-de-prova máximo conforme 4.3 deve ser Quando aplicável, o seguinte ensaio deve ser realizado. O
inserido e removido do porta-fusível por dez vezes conse- cartucho do porta-fusível, contendo o corpo-de-prova
cutivas. Para porta-fusível contendo cartuchos tipo rosca, máximo mostrado em 4.3, deve ser montado cinco vezes
os cartuchos devem ser fixados como em uso normal para consecutivas com um torque (M) conforme a Figura 3 (Ane-
cada operação, com um torque de 2/3 do valor especifica- xo B). Após o ensaio, o cartucho não deve mostrar altera-
do em 5.5.4. ção que impeça seu uso posterior.

5.5.1.2 O corpo-de-prova mínimo deve se inserido no por- 5.5.5 Ensaio de impacto (para porta-fusíveis fechados)
ta-fusível e a resistência de contato deve ser medida con-
forme o especificado em 5.4.1. O porta-fusível deve ser montado com um torque espe-
cificado em 5.5.7.1 em uma chapa metálica como o espe-
5.5.1.3 Após o ensaio não devem haver danos ou partes cificado em 5.4.2.2 e com o corpo-de-prova máximo indi-
desgastadas. Na condição mais desfavorável, o corpo- cado em 4.3 inserido. Quando aplicável, o porta-fusível
de-prova mínimo não deve se soltar dos contatos. Os re- deve ser fechado com torque de 2/3 do valor máximo
sultados da medição da resistência de contato devem previsto em 5.5.4. A parte frontal do porta-fusível é então
atender ao descrito em 5.4.1.4. submetida a cinco impactos com um martelo de impacto
mecânico operado a mola como mostrado na Figura 4
5.5.2 Terminais da base do porta-fusível (Anexo B) e aplicados a pontos igualmente distribuídos da
parte frontal do porta-fusível. Após o ensaio, o porta-fu-
5.5.2.1 Dimensões sível não deve apresentar danos sérios, dentro do estabe-
lecido nesta Norma.
Os terminais dos porta-fusíveis devem permitir a conexão
de condutores rígidos ou flexíveis dentro dos limites mos- Nota: Deve-se atentar para o fato de que as especificações par-
trados na Tabela 4 (Anexo A). Para terminais para cone- ticulares utilizadas podem conter exigências adicionais ou
xão por solda, deve ser prevista uma possibilidade, por divergentes (conforme mencionado na NB-238).
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5.5.6 Ensaio de tração no cartucho todo equivalente. As elevações de temperatura não de-
vem exceder:
O cartucho contendo o corpo-de-prova máximo descrito
em 4.3 é fechado com um torque de 2/3 do valor máximo a) 65°C para partes acessíveis (tocáveis quando o
permitido, conforme especificado em 5.5.4 para os tipos porta-fusível está instalado como em uso normal);
rosca ou inserido para o tipo baioneta. O porta-fusível é
então submetido durante 1 min a uma força axial (F) de b) 100°C para todas as outras partes externas incluin-
acordo com a Figura 5 (Anexo B). Durante o ensaio o car- do materiais isolantes.
tucho deve ficar seguramente mantido na base, não apre-
sentando alterações que impeçam seu uso posterior. 5.5.8.2.2 Durante o ensaio o porta-fusível não deve sofrer
alterações que impeçam seu uso posterior ou que diminu-
5.5.7 Ensaio de torque nos elementos de fixação da base am sua segurança.

5.5.7.1 A porca de fixação de porta-fusíveis, montados em um 5.5.9 Ensaio de vida


único furo, deve ser apertada e desapertada por cinco vezes
consecutivas com um torque especificado na Tabela 6. O corpo-de-prova máximo de acordo com 4.3 inserido no
porta-fusível deve ser ajustado em posição com um torque,
se aplicável, de acordo com 5.5.4. O porta-fusível é então
5.5.7.2 Os parafusos, porcas ou arruelas de fixação de por-
colocado num forno cuja temperatura seja (85 ± 2)°C por
ta-fusíveis montados por vários furos devem ser apertados
7 x 24 h (168 h). Após o ensaio não devem haver danos
e desapertados por cinco vezes consecutivas, com um
visíveis no porta-fusível e devem ser satisfeitas as exigên-
torque conforme especificado na Tabela 7 (Anexo A). Após
cias de 5.4.1, 5.4.2, 5.5.2.2 e 5.5.2.4. O corpo-de-prova
o ensaio o porta-fusível não deve apresentar nenhuma al-
mínimo não deve se desprender dos contatos do cartucho
teração que impeça seu uso posterior.
na posição mais desfavorável.
5.5.8 Ensaio de elevação da temperatura 5.5.10 Tensão interna

5.5.8.1 Montagem As partes metálicas do porta-fusível devem ser de cobre


ou liga de cobre e estar livres de toda tensão interna. Esse
5.5.8.1.1 O porta-fusível deve ser montado sobre uma pla- controle é efetuado pelo ensaio descrito em 5.5.10.1.
ca isolante, por exemplo, de baquelite, tendo a máxima es-
pessura permissível especificada em 5.4.2.1. O compri- 5.5.10.1 A superfície das peças cuidadosamente limpa, o
mento dos condutores de conexão ao circuito não deve verniz é removido com acetona, a graxa e as impressões
ser inferior a 1 m e a área de seção transversal deve ser digitais removidas por benzina. As partes são conservadas
1,5 mm2 para todos os porta-fusíveis projetados para fu- durante uma hora à temperatura de (20 ± 5)°C numa so-
síveis de máxima corrente nominal até 10 A inclusive. lução de cloreto de mercúrio saturado a essa temperatu-
ra. As peças são então lavadas em água corrente e após
5.5.8.1.2 Ume peça de ensaio resistiva, como na Figura 6 24 hsm devem ser examinadas e não devem apresentar
(Anexo B) e com as mesmas dimensões de corpo-de- nenhuma trinca (fissura).
prova mínimo conforme 4.3.1, deve ser inserida no porta-
fusível. 5.5.11 Resistência à oxidação

5.5.11.1 As partes de material metálico devem ser adequa-


5.5.8.1.3 Uma corrente apropriada deve ser então circula-
da pelo porta-fusível, produzindo uma dissipação na pe- damente protegidas contra oxidação e verificadas pelo
ça resistiva igual ao valor admissível informado pelo fabri- seguinte ensaio: toda graxa é removida das partes a se-
cante. O elemento de aquecimento tem uma resistência de rem ensaiadas por imersão em tetracloreto de carbono por
5 ý ± 10% e é feito de fio de níquel-cromo soldado às cáp- 10 min. As partes são então imersas por 10 min numa so-
sulas terminais. O elemento de aquecimento consiste de lução de água com 10% de cloreto de amoníaco mantido
aproximadamente dez espiras uniformemente espaça- uma temperatura de (20 ± 5)°C.
das ao longo do comprimento do tubo.
5.5.11.2 Sem secar, mas após a remoção das gotas even-
tuais, por agitação manual, as peças são então alojadas
5.5.8.1.4 Para uma peça de ensaio de (5 x 20) mm, fio ní-
por 10 min numa estufa contendo ar saturado de umidade
quel-cromo de diâmetro da ordem de 0,18 mm deve ser
a uma temperatura de (20 ± 5)°C. Finalmente as peças são
utilizado. Para peça de ensaio de (6,3 x 32) mm deve ser
secadas por 10 min numa estufa a uma temperatura de
utilizado diâmetro da ordem de 0,25 mm. As cápsulas ter-
(100 ± 5)°C.
minais devem ser feitas de latão com espessura da pare-
de entre 0,3 mm e 0,5 mm. Estas devem ser niqueladas. 5.5.11.3 Após os ensaios as superfícies não devem apre-
sentar nenhum sinal de oxidação.
Nota: O valor de 5 ý foi escolhido de forma a eliminar contribui-
ções variáveis de calor devidas às resistências de contato. 5.5.12 Ensaio de instabilidade dos contatos

5.5.8.2 Medição O ensaio mencionado nesta seção deve ser exclusivamen-


te executado por acordo entre comprador e fornecedor,
5.5.8.2.1 Após ser atingido o equilíbrio térmico, a elevação devendo ser estabelecido em qual grupo de ensaios de
de temperatura deve ser medida com termopares ou mé- homologação deve ser incluído.
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5.5.12.1 Procedimento do ensaio ensaio de vibração deve-se verificar se a continuidade


elétrica entre os contatos é interrompida. Interrupções de
5.5.12.1.1 O corpo-de-prova mínimo segundo 4.3 deve ser 1 ms ou menor devem ser ignoradas.
introduzido no porta-fusível.
5.5.12.1.4 Depois do ensaio, a resistência de contato deve
estar de acordo com o prescrito em 5.4.1.
5.5.12.1.2 No caso de porta-fusível fechado, o cartucho, se
aplicável, deve ser rosqueado até o final com um torque 6 Aceitação e rejeição
igual à metade do valor prescrito em 5.5.4.
Os porta-fusíveis que atenderem a todos os requisitos
5.5.12.1.3 Os ensaios de vibração devem ser conduzidos desta Norma devem ser aceitos, caso contrário devem ser
de acordo com o ensaio Fc da MB-451-II-Fc. Durante o rejeitados.

/ANEXOS
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ANEXO A - Tabelas

Tabela 1 - Ensaios de tipo e sua utilização na inspeção para homologação ou recebimento

Ensaios na ordem Nº de peças Realizar na Realizar no Falhas permitidas Ensaio


de realização a ensaiar homologação recebimento na no conforme
homologação recebimento seção

Marcação X X 5.1

Proteção contra choque elétrico 6 X 0 0 5.2

Distâncias de escoamento/isolamento X 5.3

Resistência de contato X X 5.4.1

Resistência de isolamento X X 5.4.2

Ensaio de tensão 3 X 1 1 5.4.3

Elevação de temperatura X 5.5.8

Resistência à oxidação X 5.5.11

Ensaio de vida X 1 5.5.9

Terminal da base X X(A) 0 5.5.2

Compatibilidade X X 0 5.5.1

Torque nos parafusos dos terminais 3 X 1 1 5.5.3

Torque dos elementos de fixação da base X 1 5.5.7

Torque no cartucho X 1 5.5.4

Ensaio de impacto X 1 5.5.5

Ensaio de tração no cartucho X 1 5.5.6

(A)
Apenas ensaios de verificação das dimensões dos terminais e soldabilidade.

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Tabela 2 - Características dos corpos-de-prova para ensaios relativos à Figura 1

Tipo de Padrão L D d b Peso Material


fusível (mm) (mm) (mm) (mm) aprox.
(g)

0 +0,01 +0,01

5 mm x 20 mm máx. 20,54-0,04 5,30 0 4±0,1 50 - aço (A)

+0,04 0 +0,1

mín. 19,46 0 5,00-0,1 4±0,1 50 2,5 latão (B)

0 +0,01 +0,1

6,3 mm x 32 mm máx. 32,64-0,04 6,45 0 5+0,1 60 - aço (A)

+0,04 0 +0,1

mín. 30,96 0 6,25-0,01 5±0,1 60 6,0 latão (B)

(A)
temperado
(B)
contendo de 53% a 70% de cobre

Nota: Os padrões de latão devem ser banhados com 8 µm de níquel e mais 4,5 µm de ouro.

Tabela 3 - Distâncias de escoamento e de isolação

Tensão de pico Distância mínima de Distância mínima de


(V) isolação no ar escoamento no ar
(mm) (mm)

até 34 2,0 2,0


De 34,1 até 354 3,0 (4,0) 3,0 (4,0)
De 354,1 até 500 3,0 (4,0) 4,0
De 500,1 até 630 3,5 (4,0) 4,5
De 630,1 até 800 3,5 (4,0) 5,0
De 800,1 até 1000 4,0 6,0
De 1000,1 até 1100 4,5 7,0
De 1100,1 até 1250 4,5 8,0
De 1250,1 até 1400 5,5 9,0

Nota: Os valores entre parênteses se aplicam a distâncias entre partes vivas e partes metálicas
acessíveis do porta-fusível, se houverem, que sejam acessíveis do lado externo de um
equipamento quando o fusível for montado de acordo com 5.4.2.

Tabela 4 - Dimensões dos terminais

Diâmetro mínimo Seção transversal

Corrente nominal (A) (mm) Mínimo Máximo


(mm2) (mm2)

Até 6,3 0,6 - 1,5

De 6,3 a 10 - 0,75 2,5

De 10,1 a 16 - 0,75 4,0


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Tabela 5 - Torque nos parafusos dos terminais

Diâmetro nominal da Torque no parafuso (N.m)


rosca do parafuso
(mm) Sem cabeça Com cabeça

2,3 - 0,25

2,6 0,20 0,40

3,0 0,25 0,50

3,5 0,40 0,80

4,0 0,70 1,20

5,0 0,80 2,00

Tabela 6 - Torque nos elementos de fixação da base para porta-fusíveis com um furo

Diâmetro da rosca Torque


(mm) (N.m)

Até 18 (inclusive) 1,2

Maior que 20, até 30, (inclusive) 2,4

Tabela 7 - Torque nos elementos de fixação da base para fusíveis com mais de um furo

Diâmetro da rosca Torque


(mm) (N.m)

2,3 0,25

2,6 0,40

3,0 0,50

3,5 0,80

4,0 1,20

5,0 2,00

6,0 2,50

Maior ou igual a 8,0 3,50

/ANEXO B
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ANEXO B - Figuras

Nota: O símbolo indicando a rugosidade está conforme NB-93 e NB-848.

Figura 1 - Corpo-de-prova para ensaios

Figura 2 - Cartucho no pré-condicionamento para medição da resistência de isolamento

M = (0,2 + 0,1 hd2) N.m

onde: h e d em centímetros

Figura 3 - Ensaio de torque no cartucho


EB-2150/1991 11

O aparelho consiste de três partes principais: o corpo, o ponta de disparo deve exercer uma força de 20 N, quando
elemento de impacto e a ponta de disparo. o aparelho está engatilhado. A mola do martelo é ajustada
de modo que o produto da compressão (em mm) e a força
O corpo compreende a cápsula, o guia do elemento de exercida (em N) seja igual a 450, com uma compressão de
impacto, o mecanismo e todas as partes a ele fixadas ri- 13,5 mm, aproximadamente. Com este ajuste, a energia de
gidamente. A massa desse conjunto é de 1250 g. impacto será de (0,225 ± 0,05) Nm.

A mola do mecanismo de disparo é ajustada de modo a


O elemento de impacto compreende a cabeça do martelo,
exercer apenas a pressão suficientemente para manter o
o eixo do martelo e o botão do gatilho. A massa deste con-
gatilho na posição do disparo. O aparelho é engatilhado
junto é de 250 g.
puxando-se o botão do gatilho até que este encaixe no
sulco existente no eixo do martelo.
A cabeça do martelo tem uma forma hemisférica de raio
igual a 10 mm e é feita de poliamida com dureza Rockwell Os golpes são aplicados empurrando-se a ponta de dis-
RB 100, é fixada ao eixo do martelo de modo tal que a paro contra a amostra, numa direção perpendicular à su-
distância entre a sua ponta e o plano frontal da ponta de perfície no ponto a ser ensaiado. A pressão deve ser au-
disparo seja de 20 mm, quando o elemento de impacto mentada lentamente de modo que a ponta de disparo se
está engatilhado. retraia até encostar na barra de disparo, a qual então
move-se e opera o mecanismo de disparo, permitindo o
A ponta de disparo tem uma massa de 60 g e a mola da disparo do martelo.

Figura 4 - Dispositivo para ensaio de impacto

F = K.h.d em N

Onde:

K = 0,25 MPa (25 N/cm2)

h e d em centímetro

Figura 5 - Ensaio de tração no cartucho


12 EB-2150/1991

Figura 6 - Peça resistiva para ensaio de elevação de temperatura

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