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Ciências Sociais

Lévi-Strauss

‘’Tristes Trópicos’’

A monocultura implicava que todos eram iguais em toda a parte. Era necessário olhar
para outras culturas » Tédio da sociedade Ocidental.

A Escola Estruturalista afirmava ‘’é do grupo que os indivíduos recebem as suas


lições’’, pois é a nossa cultura e sociedade que diz como é que nos devemos comportar.

Existem dois tipos de viagens, as reais e as imaginárias, que consistem em viagens


espácio-temporal para um mundo utópico que transforma o Homem de várias maneiras.
Com o ‘’tempo das verdadeiras viagens’’ (primeiros exploradores) houve uma
consciencialização da evolução e dos estudos sobre as populações » Mais tempo, mais
conhecimento.

As estruturas vão determinar os comportamentos -» conceito fundamental de


Estrutura.

Índios Brutais vs Bom Selvagem:

Para os gregos a linguagem dos outros era percetível como ‘’barbarbar’’ daí o termo de
bárbaros. Para além disso possuíam uma educação diferente considerada inferior, com
costumes, princípios e rituais estranhos e desconhecidos. Os índios brutais eram
submissos a um poder absoluto, enquanto que o bom selvagem é utopia e paz como um
estado da humanidade sendo que o bem comum prevalece sobre o individualismo.

 Os Tristes trópicos são tristes pois vivemos um momento de tédio; a civilização em


massa é como um vegetal e o grupo prevalece sobre o individuo. Trópicos porque
fazem parte das viagens descritas e brasil e índia.

- “A humanidade está adotando a monocultura, prepara-se para produzir a


civilização em massa”, escreveu Lévi-Strauss, em 1952, na obra Tristes Trópicos. “

Lewis Morgan
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‘’A sociedade primitiva I’’

Autor: Pai da antropologia moderna.

Ideia principal do Evolucionismo ‘’A história da humanidade é uma só quanto à sua


origem, uma só quanto à sua experiência e uma só quanto ao seu progresso’’.

Os evolucionistas demonstram principal preocupação pela origem da humanidade e


todas as civilizações apresentam um fio condutor comum. No entanto, algumas
populações estagnaram numa das etapas primitivas, que no texto é referente à evolução
humana em 3 etapas: Selvajaria, (caça) barbária (agricultura) e civilização
(industrialização).

O ser humano estaria extinto se não tivessem ocorrido as migrações.

Fatores específicos essenciais para a sobrevivência:

 Meios de subsistência » importância da pesca.


 Governo
 Linguagem
 Família
 Religião
 Vida doméstica » intimamente ligada à família
 Arquitetura
 Propriedade

Ou seja, o homem surgiu selvagem, desenvolveu-se Barbárie acabando por se maturar


numa Civilização. Os 3 estados dividem-se em 3 períodos: o antigo, médio e recente, e
em 3 fases: a inferior, média e superior.

- Os autores evolucionistas construíram hipóteses sobre a origem e evolução da


sociedade primitiva.

Karl Marx Tombo 1,2,3

Manifesto do Partido Comunista


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Autor: Intelectual e revolucionário, preocupado em mudar o mundo, preocupa-se com a


classe dos oprimidos (proletariado/operários) no século XIX » Revolução Industrial.

Luta de classes » Opressor Vs Oprimido

Apoia o capitalismo como sendo a Ditadura da Burguesia. Previu que o sistema


capitalista iria desenvolver tensões entre a burguesia e o proletariado, e que estas
produziriam uma auto-destruição, sendo, nessa altura o capitalismo eventualmente
substituído pelo socialismo (ordem social das pessoas, teriam mais valor que o próprio
capital, sendo uma sociedade socialista) governado pela classe trabalhadora » Ditadura
do proletariado, estado dos trabalhadores ou democracia dos operários, que resultaria
por uma sociedade sem classes, como combate ao capitalismo.

Opressão social: Ricos – Pobres, Burguesia – Proletariado, Capitalista – Trabalhador.

Porque Karl é um evolucionista? Porque contribuiu para o nascimento da sociologia


moderna.

O que é o comunismo primitivo? O trabalho era feito para suprir as necessidades


imediatas do grupo, não havendo preocupação com acúmulo de sobras. A terra pertencia
a todos e não havia escravidão.

Qual é o “motor” da história segundo Marx? Luta de classes.

O que é a ditadura do proletariado? Refere-se à condição na qual o proletariado (ou a


classe trabalhadora) detém o controle do poder político.

Porque o comunismo falhou? Embora tenha sido bem-sucedido em derrubar o


governo burguês que era odiado por ambos, ainda falha em garantir um governo
cooperativo com uma divisão justa.

Marx foi o primeiro autor a considerar que a luta de classes conduzia à ditadura
do proletariado.

Emile Durkheim As regras do método sociológico

» Pai da sociologia;
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» Coesão social (respeitar as normas através do estabelecimento da sociedade) definição


do ‘’normal’’ e do ‘’patológico’’, para cada sociedade (o que é normal para x cultura
não tem de ser normal para a cultura y).

- AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLOGICO (1895):

Pretende sistematizar como se faz sociologia/antropologia nas ciências sociais, assim


como, aplicá-las a um objeto para ver se era possível aplicar as suas regras à
investigação sociológica, (ex: suicídio).

- O QUE É UM FACTO SOCIAL?

» Papel coercivo / obrigatório (ex: se n respeitar as regras da minha sociedade vou ser
punida – marginais);

» Através da educação faz se a ligação entre o individuo e a sociedade.

» Consiste nas representações e ações, que ocorrem independentes da consciencia


individual, sendo produzidos da mesma forma por um conjunto de indivíduos, sendo
também instrumentos sociais e culturais que determinam as maneiras de agir, pensar na
vida;

» Os factos sociais vão determinar os nossos costumes – coisas geradas pela sociedade,
nascem da sociedade, são exteriores, e através da educação, pais e professores molda-se
o individuo

» Não é inato aprendemos com a sociedade

Regras para explicar 

» Analisar os factos sociais como coisas, sendo possível objetividade da ‘’coisa’’,

» Afastar pré-noções, todos os pré-conceitos e preconceitos,

» Isolamento social através da estatística,

» Analisá-lo e compará-lo com outros factos sociais dentro da sua dinâmica/categoria.

Durkheim considera que os factos sociais são coisas, com poder imperativo.

Max Weber Entre o Protestantismo e o Capitalismo


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A reforma protestante, que ocorreu no século XVI, começa com Lutero, um clérigo, que
considerava que os padres deveriam ter família. Esta reforma faz-se com revolta,
protesto e cisão relativamente à Igreja Católica.

Lutero acreditava e defendia que para horar a Deus se deve trabalhar pela vocação
profissional, um mandamento divino escolhido por Deus. É esta vocação profissional, e
o uso dela, a única forma de amar a Deus e trabalhar para Deus, e não indo à missa. Os
luteranos nunca tiveram intenção de gerar riqueza, nem possuíam sentido iluminista,
eram puritanos.

Na Igreja católica, os crentes tinham que pagar uma fracção do que possuíam à igreja.
Além disso, a missa era feita em latim, de forma que a população não entendia. Lutero
traduziu, pela primeira vez, a bíblia para alemão, sendo mais tarde traduzida também
para inglês e francês, eliminando-se os intermediários – as pessoas podiam aceder ao
conteúdo original da bíblia.

Lutero considerava, no entanto, que Deus tem ideias fixas sobre a vocação profissional
de cada um e não há livre arbítrio.

O calvinismo marcou a segunda fase da reforma protestante. Os calvinistas eram


revolucionários, e fizeram florescer o espírito do Capitalismo. Consideravam que para
amar a Deus é preciso trabalhar ao máximo e não ir ao templo, e que se deve trabalhar
10 horas por dia / 365 dias por ano. Esta linha de pensamento existia em oposição à
ideia de ser preguiçoso e odiar Deus (perder tempo sem trabalhar é odiar a Deus).
Consideravam ainda que Deus tem muitas ideias e pode mudar de ideias. No
calvinismo, acumular riqueza não é um problema e existe pré-destinação: há pessoas
que nasceram predestinadas a ser ricas e ser salvas e outras não. É aqui que nasce o
espírito do Capitalismo.

Webber demonstra que o capitalismo nasce do espírito burguês protestante que surge
com a reforma protestante, mas sobretudo com a Igreja Calvinista, que automatiza os
seus crentes para o individualismo e disciplina como forma de amar a Deus.

Pode um regime económico nascer de uma religião?


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A igreja protestante incentivava à procura de lucro dos já de si detentores de capital em


transformarem as suas fábricas o mais competitivas e lucrativas possível. Um regime
económico pode mesmo suplantar uma religião

Weber escreve, referindo-se aos membros participantes da ética protestante, “todos


têm uma coisa em comum: o “espírito do trabalho”, do “progresso” (…) cujo
despertar se costuma atribuir ao protestantismo, não pode, como tantas vezes
acontece hoje, ser considerado no sentido de “alegria mundana” ou em qualquer
outro sentido “iluminista”.

Marcel Mauss Ensaio sobre a dádiva

Analisa a Dádiva e a obrigação de retribuir; estuda a importância da troca e a


necessidade de apurar o significado que é atribuído pelos membros da sociedade
estudada, nomeadamente os seus caracteres simbólicos e, finalmente, estudar o que é
um facto social total.

A história da humanidade tem sido gerada através das trocas (fundadoras das relações
interpessoais). Para Mauss as trocas são uma fator de coesão moral e de integração
social.

O Potlach é uma cerimónia que consiste num contexto religioso de homenagem e


significa “dar”. É caracterizado como uma festa em que os bens são redistribuídos, com
o objetivo de fazer uma redistribuição da riqueza.

- Os serviços económicos totais consiste num complexo de trocas que tem funções
sociais, religiosas, morais, económicas, políticas e de parentesco.

Teoria da reciprocidade: Presentes ou serviços que se apresentariam como forma


voluntária, fazem parte de uma organização que torna a reciprocidade uma obrigação.
Dispor de um objetos é fazer um pacto e reorganiza a teoria em 3 momentos: 1) Dar 2)
receber 3) retribuir

Facto Social Total- todos os aspetos de um sistema social.


Mana- parte espiritual, que liga quem dá a quem recebe
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Kula- troca de objetos significativos sempre pela mesma ordem. Quebra dessa ordem leva a uma
declaração de guerra
Hau- espírito da coisa, o potlach é necessário para que o hau não prejudique as pessoas

Mauss considera que num bom número de sociedades, as trocas e os contratos


fazem-se sob a forma de presentes, aparentemente voluntários.

Radcliffe-Brown Trabalho de campo e observação paricipante

Vantagem da observação participante: não se observa só, é necessário também


participar nas vidas quotidianas da população estudada, para gerar familiaridade.
Quando se gera familiaridade há uma integração na sociedade. As tarefas de um
etnógrafo segundo Malinowski: são capturar o ponto de vista do nativo, a sua relação
com a vida/mundo e compreender a sua visão sobre o seu mundo.

Princípios da Escola Funcionalista: Inicialmente toda a cultura existe porque tem função
aliada ideia da necessidade biológica.

A ferramenta indispensável de qualquer antropólogo é o diário de campo. É o primeiro


antropólogo a dizer que é preciso colocar a subjetividade do autor a nu. É fundamental
fazer trabalho de campo com recurso a observação participante conhecendo a língua.

A sociologia estuda a própria sociedade e a antropologia estuda culturas diferentes.

O problema apresentado consiste na diferenciação o trabalho de campo com a


observação participante.

Trabalho de campo VS observação participante

Observação participante – permite descrever as práticas quotidianas com maior realismo


do seu ponto de vista (por conviver com o grupo em questão, pode criar uma narrativa
mais realista, mais fie aos verdadeiros costumes).

O trabalho de campo consiste em estar a par dos valores e critérios da etnologia


(conhecer profundamente a teoria) assim como estabelecer uma vivência prolongada e
profunda entre a civilização. Mais envolvente do que a observação participante. Porque
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quanto interagimos com as populações, vamos além das entrevistas e do que é


verbalizado, observando e fazendo parte dos seus comportamentos e rotinas.

A observação participante é uma inovação metodológica da autoria de Malinowski.

Raça e História - Lévi-Strauss

Lévi-Strauss escreveu: "Quando procuramos caracterizar as raças biológicas


mediante propriedades psicológicas particulares, afastamo-nos da verdade
científica".

Estudo do parentesco – Serge Toney

'Desde que a etnologia começou a ser encarada cientificamente, encontramos o estudo


parentesco no centro das suas preocupações. "

"Os costumes e as práticas relativas ao parentesco, pertencem, ao menos parcialmente,


ao domínio do inconsciente. "

"Todas as sociedades têm sistemas ou estruturas de parentesco. Cada cultura dispõe


na sua língua de meios próprios para pensar e exprimir as categorias da sua
existência.

Conseguimos perceber que a escola deste autor é estruturalista, porque assume que
a língua, pensamento, etc.., como fatores da compreensão das culturas.

"Serge Tornay considera que mesmo sendo etnólogos, ainda não aplicámos toda a
nossa inteligência no estudo dos nossos próprios sistemas de parentesco,"

"O parentesco não é uma fatalidade biológica, é uma construção social e cultural. "

"O parentesco é um princípio de classificação e organização."

"As relações biológicas não são pertinentes, enquanto tais, no domínio do parentesco.
Todas as sociedades humanas tomam em conta os laços biológicos. Mas nenhum
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sistema resulta pura e simplesmente desses laços. Por isso se diz que o parentesco
pertence à ordem da cultura e não à ordem da natureza"

Os factos geradores de uma relação de parentesco são:

fenómenos de sanguinidade:
o entende-se por uma relação social entre pessoas que reconhecem ter ao
menos um antepassado comum; fenómenos de aliança o é a relação criada por um
casamento.

5 ordens de fenómenos de parentesco:

Filiação: como se recrutam os grupos de parentes e como se assegura a


transmissão de bens e dos estatutos;
Residência: como se edificam as comunidades locais;
Aliança: como as unidades sociais se articulam entre si;
Termos de parentesco: como parentes e aliados se designam e se tratam;

Atitudes: como se comportam em relação uns aos outros.

Segundo Serge Tornay, considera que, mesmo sendo etnólogos, ainda não aplicámos
toda a nossa inteligência no estudo dos nossos próprios sistemas de parentesco.

A Crítica da Razão Indolente de Boaventura de Sousa Santos

O paradigma emergente é resultado de um paradigma dominante que vive uma crise


profunda e irreversível porque é o resultado interativo de condições sociais e teóricas,
entretanto a ciência precisa de financiamento, estando refém dos interesses económicos
e capitalistas. É preciso criar um novo paradigma emergente.

O fim dos monopólios de interpretação é um bem absoluto da humanidade.

Qual a diferença entre senso comum e conhecimento cientifico?

O senso comum assume que a ciência tem capacidade para resolver todos os problemas.
O conhecimento cientifico faz-se com evidencias e provas. No entanto as promessas da
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ciência falharam, por isso precisamos de um novo paradigma emergente (o autor não dá
o nome para esse paradigma emergente).

A crise do paradigma dominante é, segundo Boaventura Sousa Santos, profunda e


irreversível.

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