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Atualização: 04/05/2020.
##Atenção: As questões que foram consideradas ERRADAS pelo gabarito oficial constam ao
final da questão a palavra [CORRIGIDA]
##Atenção: O movimento Tolerância Zero parte da ideia de que os pequenos delitos devem ser
rechaçados, o que acabaria inibindo os mais graves (fulminar o mal em seu nascedouro),
atuando, assim, como prevenção geral. Em outras palavras, o Estado não deve negligenciar
fatos criminosos, por mais insignificantes que eles representem, já que tais fatos contêm em si
uma fonte de irradiação da criminalidade.
(TJBA-2019-CESPE): A explicação do crime como fenômeno coletivo cuja origem pode ser
encontrada nas mais variadas causas sociais, como a pobreza, a educação, a família e o ambiente
moral, corresponde à perspectiva criminológica denominada sociologia criminal.
(MPSC-2016): O italiano Cesare Lombroso, autor da obra “L’Uomo delinquente”, foi um dos
precursores da Escola Positiva de Criminologia, a qual admitia a ideia de que o crime é um ente
jurídico - infração - e não ação.
(MPSC-2016): Enquanto a criminologia pode ser identificada como a ciência que se dedica ao
estudo do crime, do criminoso e dos fatores da criminalidade, a vitimologia tem por objeto o
estudo da vítima e de suas peculiaridades, sendo considerada por alguns autores como ciência
autônoma.
##Atenção: Para retratar esta assertiva, vale destacar uma passagem do grande criminólogo
ZAFFARONI: A corrente abolicionista radical sustenta que a pena e o sistema de justiça
criminal possuem efeitos mais nefastos que positivos; por isso mesmo, propõem os
abolicionistas a eliminação total de qualquer espécie de controle “formal” decorrente do delito,
que deve dar lugar a outros modelos informais de solução de conflitos. (ZAFFARONI, Raúl. En
busca de las penas perdidas. 2. ed. Bogotá: Ed. Temis, 1990).
##Atenção: "Ranking – Com as novas estatísticas, o Brasil passa a ter a terceira maior população
carcerária do mundo, segundo dados do ICPS, sigla em inglês para Centro Internacional de
Estudos Prisionais, do King’s College, de Londres. As prisões domiciliares fizeram o Brasil
ultrapassar a Rússia, que tem 676.400 presos. " fonte:
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/61762-cnj-divulga-dados-sobre-nova-populacao-
carceraria-brasileira
(MPSC-2016): Em sua obra "O Novo em Direito e Política", José Alcebíades de Oliveira Júnior
cita interessante trecho da doutrina de Luigi Ferrajoli: "a sujeição do juiz à lei já não é de fato,
como no velho paradigma juspositivista, sujeição à letra da lei, qualquer que seja o seu
significado, mas sim sujeição à lei somente enquanto válida, ou seja, coerente com a
Constituição". A interpretação da frase em destaque nos remete ao conteúdo do modelo
garantista.
##Atenção: A questão é correto, uma vez que o garantismo prega uma atuação do juiz em
conformidade com a lei, de acordo com uma interpretação que respeite a Constituição, ou seja,
deve ir além da interpretação literal.
(MPSC-2014): Em "Direito e Razão: teoria do Garantismo Penal", Luigi Ferrajoli observa que é
possível distinguir três significados diversos para a palavra "garantismo". Em primeiro lugar,
designa um modelo normativo de direito. Em um segundo significado, designa uma teoria
jurídica da validade e da efetividade como categorias distintas não só entre si mas, também pela
existência ou vigor das normas. Segundo um terceiro significado, designa uma filosofia política
que requer do direito e do Estado o ônus da justificação externa com base nos bens e nos
interesses dos quais a tutela ou a garantia constituem a finalidade.
##Atenção: Garantismo é uma teoria jusfilosófica, cunhada por Luigi Ferrajoli no final do
Século XX, mas com raízes no Iluminismo doSéculo XVIII, que pode ser entendido de três
formas distintas, mas correlacionadas: como um modelo normativo de Direito, como uma teoria
crítica do Direito, e como uma filosofia política. No primeiro sentido, é um sistema de vínculos
impostos ao poder estatal em garantia dos direitos dos cidadãos, sendo possível falar-se em
níveis de efetividade do garantismo normatizado na Constituição de um determinado Estado
nas práticas judiciárias desse Estado.2 Na segunda forma, é uma teoria jurídica da validade e da
efetividade do Direito, fundando-se na diferença entre normatividade e realidade, isto é, entre
Direito válido (dever ser do Direito) e Direito efetivo (ser do Direito), ambos vigentes. Neste
segundo significado, permite a identificação das antinomias do Direito, visando a sua crítica.
Por último, garantismo é uma filosofia política que impõe o dever de justificação ético-política
(dita, também, externa) ao Estado e ao Direito, não bastando a justificação jurídica (também
chamada de interna). Neste último sentido, pressupõe a distinção entre Direito e moral, entre
validade e justiça, tão cara ao positivismo, e a prevalência desta última, a justificação externa.
(MPSC-2014): Contrariamente ao classicismo, que não visualizou no criminoso nenhuma
anormalidade - e dele não se ocupou - o positivismo reconduziu-o para o centro de suas
análises, apreendendo nele estigmas decisivos da criminalidade.
##Atenção: A Escola Positiva surge, então, em meados do Século XIX, como uma alternativa
crítica à Filosofia Clássica do Século XVIII. Ao contrário da Escola Clássica, centra suas
ideologias na figura do criminoso. Desloca o objeto de estudo para o desviante, tendo por
objetivo precípuo descobrir as motivações do crime, com a finalidade última de atuar sobre elas
na busca da diminuição da criminalidade. O primeiro que tenta identificar o criminoso é
Lombroso, em sua obra “O Homem Delinquente”, na qual sustenta a tese do criminoso nato,
baseando suas teorias no estereótipo do criminoso. Para esse autor, o criminoso já nasce com
essa característica. Nesse momento, há o surgimento da Criminologia como ciência, que nasce
como antropologia criminal. Nasce aqui, também, o Paradigma Etiológico, que domina o
pensamento criminológico até da primeira metade do Século XX, o qual aduz a divisão dos
indivíduos em normais e anormais. Contrariamente, pois ao classicismo, que não visualizou no
criminoso nenhuma anormalidade – e dele não se ocupou – o positivismo reconduziu-o para o
centro de suas análises, apreendendo nele, estigmas decisivos da criminalidade.
##Atenção: Segundo Rogério Greco, podemos, “(...) seguindo as lições de Jésus-Maria Silva
Sánchez, visualizar três velocidades, três enfoques diferentes que podem ser concebidos ao Direito Penal.
A primeira velocidade seria aquela tradicional do Direito Penal, que tem por fim último a aplicação de
uma pena privativa de liberdade. Nessa hipótese, como está em jogo a liberdade do cidadão, devem ser
observadas todas as regras garantistas, sejam elas penais ou processuais penais. Numa segunda
velocidade, temos o Direito Penal à aplicação de penas não privativas de liberdade, a exemplo do que
ocorre no Brasil com os Juizados Especiais Criminais, cuja finalidade, de acordo com o art. 62 da Lei no
9.099/95, é, precipuamente, a aplicação de penas que não importem na privação da liberdade do cidadão,
devendo, pois, ser priorizadas as penas restritivas de direitos e a pena de multa. Nessa segunda velocidade
do Direito Penal poderiam ser afastadas algumas garantias, com o escopo de agilizar a aplicação da lei
penal. Embora ainda com certa resistência, tem-se procurado entender o Direito Penal do Inimigo como
uma terceira velocidade. Seria, portanto, uma velocidade híbrida, ou seja, com a finalidade de aplicar
penas privativas de liberdade (primeira velocidade), com uma minimização das garantias necessárias a
esse fim (segunda velocidade).” (Fonte: http://www.rogeriogreco.com.br/?p=1029)
##Atenção: Luis Martin Gracia explica: "O direito penal moderno é próprio e característico da
"sociedade de risco". O controle, a prevenção e a gestão de riscos gerais são tarefas que o Estado deve
assumir, e assume efetivamente de modo relevante. Para a realização de tais objetivos o legislador recorre
ao tipo penal de perigo abstrato como instrumento técnico adequado por excelência. Por ele, o direito
penal moderno, ou ao menos uma parte considerável dele, se denomina "direito penal do risco". (Fonte:
GRACIA MARTIN, Luis. Modernización del derecho penal penal y derecho penal del enemigo.
Lima: IDEMSA, 2007. p. 45).
(MPSC-2012): Segundo o abolicionismo, todo o sistema penal deve ser abolido para que a
sociedade possa solucionar seus próprios conflitos através de juntas de conciliação, associações
de bairro e lides na esfera civil. Buscando um meio termo, é edificada uma teoria chamada
garantismo penal, dizendo que, apesar da crise do sistema penal, sua inexistência seria muito
mais prejudicial. O garantismo penal defende que, para se legitimar o sistema penal, este deve
estar fundamentado segundo os princípios de um Estado Democrático de Direito e segundo os
preceitos contratualistas do iluminismo, tendo como fim limitar o seu poder punitivo através de
um direito penal mínimo. Zaffaroni é um garantista. [CORRIGIDA]
##Atenção: Segundo Foucault desde seu nascimento a prisão deveria ser um instrumento tão
aperfeiçoado de transformação e ação sobre os indivíduos como a escola, o exército ou o
hospital. Foucault chama-as de "instituições de seqüestro", em razão de que a reclusão
submetida, não pretende propriamente "excluir" o indivíduo recluso, mas, sobretudo, "incluí-lo"
num sistema normalizador. (Fonte: https://jaderresende.blogspot.com/2011/10/michel-
foucault-principais-ideias.html).
##Atenção: "Módulos de aço com capacidade para oito detentos estão sendo adotados como
celas no sistema prisional de Santa Catarina. A medida está causando polêmica, e a OAB local
entrou na Justiça para pedir a interdição do que o órgão considera um "contêiner desumano".
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u50351.shtml).
(MPSC-2010): Não é errado afirmar-se que o programa "Tolerância Zero", executado em Nova
Iorque sob a chefia do policial Willian Bratton, teve como base teórica o estudo formulado por
Kelling e Wilson (a referida Teoria das Janelas Quebradas).