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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

1. Introdução................................................................................................................ 2

2. Características Técnicas

2.1 Matéria-prima
2.1.1. Polietileno ................................................................................................ 5
2.1.2. Tipos de PE em função da densidade ...................................................... 5
2.1.3. Resistência Química do PE ....................................................................... 5
2.1.4. Resistência à Abrasão do PE .................................................................... 7
2.1.5. Flexibilidade do PE ................................................................................... 8

2.2 Tubo ................................................................................................................... 9

2.3 Acessórios .......................................................................................................... 10


2.3.1. Conexão Bolsa Bolsa ................................................................................ 10
2.3.2. Tampão Ponta Bolsa ................................................................................ 11
2.3.3. Curva 45° Ponta Ponta ............................................................................. 11
2.3.4. Curva 45° Bolsa Bolsa .............................................................................. 12
2.3.5. Curva 90° Ponta Ponta ............................................................................. 12
2.3.6. Curva 90° Bolsa Bolsa .............................................................................. 13
2.3.7. Joelho 45° Ponta Ponta............................................................................ 13
2.3.8. Joelho 45° Bolsa Bolsa ............................................................................. 14
2.3.9. Joelho 90° Ponta Ponta............................................................................ 14
2.3.10. Joelho 90° Bolsa Bolsa ........................................................................... 15
2.3.11. Junção “Tee” Ponta Ponta ..................................................................... 15
2.3.12. Junção “Tee” Bolsa Bolsa ....................................................................... 16
2.3.13. Junção “Y” Ponta Ponta ......................................................................... 16
2.3.14. Junção “Y” Bolsa Bolsa ........................................................................... 17
2.3.15. Redução Excêntrica Ponta Bolsa............................................................ 17
2.3.16. Redução Excêntrica Bolsa Bolsa ............................................................ 18
2.3.17. Anel de Vedação .................................................................................... 19
2.3.18. Pasta Lubrificante Kanalub .................................................................... 19

3. Dimensionamento .................................................................................................... 20

3.1 Hidráulico
3.1.1 Condutos livres ..................................................................................... 20
3.1.2 Dimensionamento hidráulico de condutos livres ................................. 21
3.1.3 Eficiência hidráulica .............................................................................. 22
3.1.4 Tabela de Vazões e Velocidades ........................................................... 23

3.2 Mecânico
3.2.1 Tubos rígidos, semi-rígidos e flexíveis – Conceito ................................ 24
3.2.2 Interação do tubo com o solo............................................................... 24

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

3.2.3 Projeto estrutural do tubo.................................................................... 25


3.2.4 Estrutura solo / tubo (Spangler) ........................................................... 27
3.2.5 Cálculo da deflexão vertical do tubo .................................................... 29
3.2.5.1 Determinação da carga de solo (carga estática) ............................ 29
3.2.5.2 Determinação do módulo de rigidez do mat.de enchimento........ 31
3.2.5.3 Determinação da carga de tráfego (carga dinâmica)..................... 32
3.2.5.4 Determinação dos fatores de correção ......................................... 33
3.2.5.5 Determinação da rigidez anelar nominal ....................................... 33

4. Instalação ................................................................................................................. 34
4.1 União de tubos e acessórios .............................................................................. 34
4.2 Preparação da vala ............................................................................................ 36
4.3 Recomposição do pavimento ............................................................................ 37
4.4 Método de reparo do KNTS Drain ..................................................................... 37

5. Manuseio e Transporte ............................................................................................ 38

6. Armazenamento e Estocagem ................................................................................. 41

7. Aspectos da Qualidade
7.1 Padrões normativos para o KNTS Drain............................................................. 42
7.2 Identificação do produto ................................................................................... 42
7.3 Controle da Qualidade do KNTS Drain............................................................... 42
7.3.1 Controle da matéria-prima ................................................................... 42
7.3.2 Controle do produto no processo de fabricação.................................. 43
7.3.3 Inspeção Final ....................................................................................... 43

NOTAS............................................................................................................................ 44

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

1. Introdução

O KNTS Drain é um tubo corrugado de dupla parede, sendo a interna lisa e a externa corrugada
anelar, fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade), destinado à condução de líquidos
em obras de infraestrutura.

Aplicável na condução de água, proporcionando elevada velocidade de escoamento e alta


vazão ao sistema quando comparado a tubos fabricados com outra matéria-prima.

Figura 1: Tubo KNTS Drain

Disponível na classe de rigidez (ISO 9969) SN4, apresentando alto desempenho mecânico,
possibilitando a realização de uma instalação segura, mesmo em situações de baixo
recobrimento, sempre respeitando os parâmetros de projeto.

São características do KNTS Drain:

• Leveza: que facilita na instalação, eliminando a necessidade de maquinário pesado


para o manuseio e colocação na vala e também, propiciando maior facilidade de
transporte;
• Barra de 6 metros: torna a instalação muito mais rápida se comparado a outros tubos
de mesma aplicação;
• Resistência química: que possibilita a utilização em ambientes agressivos e também,
para condução de fluidos agressivos tais como esgoto e chorume;
• Baixa rugosidade: com um coeficiente de Manning de 0,010 possibilita a aplicação até
mesmo em baixas declividades e também a redução do diâmetro de galerias
previamente tratadas com produtos de rugosidade maior.
• Resistência a impacto: reduzindo a zero a perda de material por quebras decorrentes
de quedas e impactos durante a movimentação / transporte / instalação na obra.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

• Sistema tipo ponta-bolsa-anel: o perfil do tubo KNTS Drain, regular ao longo de toda
seção, permite um encaixe perfeito entre ponta e bolsa, que associado a sua junta
elástica garante estanqueidade ao sistema.
• Cor: parede interna e externa preta.

Quando fornecido perfurado, o KNTS Drain é um tubo dreno corrugado externamente e liso
internamente, fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) com perfuração circular,
para captação de fluido subterrâneo (Figura 2).

Neste caso especificar o tubo como KNTS Drain Perfurado.

Não é fornecido anel de vedação na barra do tubo perfurado.

Figura 2

O tubo perfurado é para aplicação em sistemas drenantes subterrâneos, possuindo excelentes


características mecânicas, eficiência hidráulica e resistência química. Ideal para instalação em
aterros sanitários, mineração, pilhas de lixiviação, drenagem subterrânea, entre outras
aplicações.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2. Características Técnicas

2.1. Matéria prima

2.1.1. Polietileno (PE)

O Polietileno é um plástico obtido pela união de inúmeras moléculas de etileno (monômeros),


através da reação de polimerização, gerando uma grande macromolécula, a qual, por sua vez,
confere a este material as características próprias de um polímero.

Polímeros que são constituídos unicamente de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos) são


classificados como poliolefinas.

O polietileno é a poliolefina que possui a mais simples estrutura molecular e é o plástico mais
utilizado no mundo.

Dentre as vantagens do PE, podemos destacar:


- leveza;
- alta resistência química;
- excelente elasticidade;
- alta resistência à abrasão;
- alta resistência ao impacto, mesmo à baixa temperatura.

2.1.2. Tipos de PE em função da densidade

O PE é notável pela sua extensa faixa de densidade e, de acordo com esta propriedade, pode
ser dividido em:

Polietileno de Alta Densidade PEAD


Polietileno de Média Densidade PEMD
Polietileno de Baixa Densidade PELD

Os polietilenos utilizados para a fabricação dos tubos KNTS Super possuem o valor típico de
densidade de aproximadamente 0,95 g/cm³. Devido a essa característica, aliada à estrutura
corrugada dos tubos, o produto final apresenta leveza quando comparado com tubos
equivalentes fabricados com outros materiais.

2.1.3. Resistência Química do PE

O Polietileno possui uma estrutura apolar similar a dos hidrocarbonetos parafínicos e por esta
razão, esse polímero possui excelente resistência a substâncias químicas.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

O PE é resistente a soluções aquosas de sais, ácidos diluídos e álcalis. Apenas agentes


fortemente oxidantes, tais como peróxidos altamente concentrados e ácidos ou halogênios
atacam o PE após um período de exposição prolongado.

Esta resistência não exclui, entretanto, a possibilidade de que, sob certas condições, as
propriedades mecânicas do polietileno possam ser influenciadas pela ação de compostos
químicos. Para informações mais específicas e detalhadas, recomendamos consultar a norma
ISO/TR 10358 “Platics pipes and fittings – Combined chemical – resistance classification table”.

Algumas informações genéricas sobre a resistência química do Polietileno estão indicadas na


tabela 1.

Temperatura Temperatura
Produto Produto
20 °C 60 °C 20 °C 60 °C
Acetato de chumbo E E Cloreto de sódio E E
Acetona 100% E E,D Cloreto de zinco E E
Ácido acético glacial E G,D,c,f Cloro (gás e líquido) F N
Ácido bromídrico 100% E E Clorobenzeno G F,D,d,c
Ácido carbônico E E Clorofórmio G F,D,d,c
Ácido carboxílico E E Detergentes E E,c
Ácido cianídrico E E Diclorobenzeno F F
Ácido clorídrico E E,d Dioctilftalato E G,c
Ácido clorosulfônico F N Dióxido de enxofre líquido F N
Ácido crômico 80% E F,D Enxofre E E
Ácido fluorídrico 1-75% E E Essência de terebentina G G
Ácido fosfórico 30-90% E G,D Ésteres alifáticos E G
Ácido glicólico 55-70% E E Éter G F
Ácido nítrico 50% G,D F,D,f Éter de petróleo G,d,i F,d
Ácido nítrico 95% N,F,f N,c Flúor gasoso 100% N N
Ácido perclórico 70% E F,D Gasolina E G,c
Ácido salícílico E E Hidróxido de amônia 30% E E
Ácido sulfocrômico F F,f Hidróxido potássio conc. E E,c
Ácido sulfúrico 50% E E Hidróxido de sódio conc. E E,c
Ácido sulfúrico 98% G,D F,D,f Hipoclorito de cálcio sat. E E
Ácido sulfuroso E E Hipoclorito de sódio 15% E E,D,d
Ácido tartárico E E Iso-octano G G
Ácido tricloroacético 50% E E Metiletilcetona E F
Ácido tricloroacético100% E F Nafta E G
Acrilonitrila E E Nitrato de amônia saturado E E
Água do mar E E Nitrato de prata E E
Álcool benzílico E E Nitrato de sódio E E
Álcool butílico E E Nitrobenzeno F N,c
Álcool etílico 96% E E Óleo comestível E E
Álcool metílico E E Óleo diesel E G
Amônia E,D,d E,D,d Pentóxido de fósforo E E
Anídrico acético E G,D Permanganato de potássio D,E E
Anilina E G Peróxido de hidrogênio 30% E E,d
Benzeno G,d G,d,i Petróleo E G
Benzoato de sódio E E Querosene G G,c
Bicromato de potássio 40% E E,D Sais de níquel E E
Borato de sódio E E Sulfatos metálicos E E

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Branqueadores E G,c Sulfeto de sódio E G


Bromo líquido F N Tetracloreto de carbono G,d,i F,d,c
Carbonato de sódio E E Tricloroetileno F,D N,D
Cloreto de amônia E E Xileno (xilol) G,d,i F,c,d
Tabela 1: Resistência Química do PE

LEGENDA

D – Descoloração.

E – Exposição durante 30 dias, sem perda de características, podendo tolerar o contato por muitos anos.

F – Alguns sinais de ataque após 07 dias em contato com o produto.

G – Ligeira absorção após 30 dias de exposição, sem comprometer as propriedades mecânicas.

N – Não recomendado. Detectado sinais de ataque entre minutos a horas, após o início de exposição.

c – Fendilhamento.

d – Deformação.

f – Fragilização.

i – Inchamento.

2.1.4. Resistência à Abrasão do PE

O Polietileno possui excelente resistência à abrasão quando comparado com outros materiais
utilizados na fabricação de tubulações para aplicações de infraestrutura.

Para avaliar essa propriedade foi desenvolvido um método de ensaio, que ficou conhecido
como Teste de Abrasão de Darmstadt, padronizado na norma DIN 19534.

Amostras de tubos de diferentes materiais foram submetidas ao mesmo ensaio de abrasão e


os resultados encontrados estão indicados no gráfico da figura 3.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Gráfico - Resistência à Abrasão de Tubos

Tubo de asbesto cimento


3,0
Abrasão (mm)

2,5
Tubo com reforço
de fibra de vidro
2,0

1,5
Tubo de concreto

1,0
Tubo de cerâmica
Tubo de PVC
0,5
Tubo de PEAD

0
200.000 400.00 600.000
Número de ciclos (N)
Figura 3: Gráfico de Abrasão (DIN 19534) – Universidade de Darmstad

2.1.5. Flexibilidade do PE

O Polietileno é um material dúctil e com excelente resistência ao alongamento na ruptura, o


que permite que os tubos fabricados com esse material se deformem com o movimento do
solo sem apresentar quebras ou trincas.

Os polietilenos utilizados para a fabricação dos tubos KNTS Drain, apresentam valores típicos
de resistência ao alongamento na ruptura acima de 350%, e módulo de elasticidade na ordem
de 800 MPa.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.2. Tubo

O KNTS Drain é um tubo para condução de fluido, corrugado externamente e liso


internamente, fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) na configuração PBA
(Ponta Bolsa Anel) sendo a Bolsa integrada à barra. (Figura 4, Tabela 2)

DE DI DIB DEB

LB

Figura 4: Tubo KNTS Drain

Nota: Os valores indicados nas tabelas de medidas dos tubos e acessórios a seguir servem para referência
de especificação. Não tem o caráter de valores de controle.

QUADRO DE MEDIDAS DE REFERÊNCIA

Comprimento Útil
Ø Nominal Medidas do Tubo Medidas da Bolsa
da barra 6 metros
(mm)
DE (mm) DI (mm) DEB (mm) DIB (mm) LB (mm) (m)

250 295,0 247,8 306,0 296,8 135,0 5,865

300 369,0 315,0 381,0 371,3 155,0 5,845

400 465,0 395,6 480,0 467,7 162,0 5,838

500 586,0 495,0 605,0 589,5 295,0 5,705

600 705,0 606,6 725,0 709,0 230,0 5,770

800 902,0 792,8 965,0 916,0 371,0 5,629

1000 1142,0 990,7 1230,0 1160,0 525,0 5,475

1200 1390,0 1192,0 1495,0 1412,0 431,0 5,569

Tabela 2: Quadro de Medidas do Tubo KNTS Drain

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3. Acessórios

A Kanaflex disponibiliza para a linha KNTS Drain uma ampla variedade de acessórios que
objetivam proporcionar flexibilidade e versatilidade para necessidades especificas de projetos
um sistema completo e versátil.

Os acessórios apresentados a seguir são fabricados a partir do próprio tubo, por processo de
soldagem garantindo a estanqueidade e elevada resistência nas ligações em casos de cargas
extremas.

Mediante consulta, a Kanaflex pode fabricar/fornecer outros tipos de acessórios, fabricados a


partir de Tubos KNTS Drain através de processo de segmentação, garantindo a mesma
estanqueidade nas uniões e uma elevada resistência às cargas externas.

2.3.1. Conexão Bolsa Bolsa

Peça em PEAD, de seção interna circular, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo
diâmetro nominal. A estanqueidade é assegurada pela junta elástica que vai alojada na 1a
corrugação do tubo (Figura 5, Tabela 3).

L
L1

DIB

Figura 5: Conexão Bolsa Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB L L1
250 4/8 300 383 113
300 4/8 375 456 146
400 4/8 470 490 170
500 4/8 595 583 203
600 4 715 714 254
Tabela 3: Dimensões da Conexão Bolsa Bolsa KNTS Drain

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.2. Tampão Ponta Bolsa

Peça em PEAD, de seção interna circular, destinada ao tamponamento dos tubos KNTS Drain
evitando assim a entrada de elementos estranhos para o seu interior no início ou final da linha.
(Figura 6, Tabela 4).

L1

DI B DE

Figura 6: Tampão Ponta Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB DE L L1
250 4/8 300 295 253 113
300 4/8 375 369 306 146
400 4/8 470 465 335 170
500 4/8 595 586 401 203
600 4 715 705 492 254
Tabela 4: Dimensões do Tampão Ponta Bolsa KNTS Drain

2.3.3. Curva 45° Ponta Ponta

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura 7,
Tabela 5).

L1
L2
L1
DE

Figura 7: Curva 45° Ponta Ponta KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DE L1 L2
250 4/8 295 233 204
300 4/8 369 303 266
400 4/8 465 349 303
500 4/8 586 414 356
600 4 705 521 451
Tabela 5: Dimensões da Curva 45° Ponta Ponta KNTS Drain

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.4. Curva 45° Bolsa Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura 8,
Tabela 6).

L1
L2
L1
DI B

Figura 8: Curva 45° Bolsa Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB L1 L2
250 4/8 300 195 204
300 4/8 375 254 266
400 4/8 470 292 303
500 4/8 595 346 356
600 4 715 436 451
Tabela 6: Dimensões da Curva 45° Bolsa Bolsa KNTS Drain

2.3.5. Curva 90° Ponta Ponta

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura 9,
Tabela 7).

L1
L2
L2
DE

L1

Figura 9: Curva 90° Ponta Ponta KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DE L1 L2
250 4/8 295 271 204
300 4/8 369 310 281
400 4/8 465 366 337
500 4/8 586 443 346
600 4 705 562 448
Tabela 7: Dimensões da Curva 90° Ponta Ponta KNTS Drain

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.6. Curva 90° Bolsa Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
10, Tabela 8).

L1
L2 L
2

DI B
L1

Figura 10: Curva 90° Bolsa Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB L1 L2
250 4/8 300 158 204
300 4/8 375 205 281
400 4/8 470 236 337
500 4/8 595 278 346
600 4 715 351 448
Tabela 8: Dimensões da Curva 90° Bolsa Bolsa KNTS Drain

2.3.7. Joelho 45° Ponta Ponta

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
11, Tabela 9).

L1

DE

Figura 11: Joelho 45° Ponta Ponta KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DE L1
250 4/8 295 276
300 4/8 369 374
400 4/8 465 426
500 4/8 586 504
600 4 705 636
Tabela 9: Dimensões do Joelho 45° Ponta Ponta KNTS Drain

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.8. Joelho 45° Bolsa Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
12, Tabela 10).

L1

DI B

Figura 12: Joelho 45° Bolsa Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB L1
250 4/8 300 200
300 4/8 375 262
400 4/8 470 298
500 4/8 595 349
600 4 715 443
Tabela 10: Dimensões do Joelho 45° Bolsa Bolsa KNTS Drain

2.3.9. Joelho 90° Ponta Ponta

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
13, Tabela 11).

DE

L1

Figura 13: Joelho 90° Ponta Ponta KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DE L1
250 4/8 295 340
300 4/8 369 446
400 4/8 465 502
500 4/8 586 585
600 4 705 746
Tabela 11: Dimensões do Joelho 90° Ponta Ponta KNTS Drain

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.10. Joelho 90° Bolsa Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura
13, Tabela 12).

L1

L1
DI B

Figura 13: Joelho 90° Bolsa Bolsa KNTS Super

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB L1
250 4/8 300 263
300 4/8 375 346
400 4/8 470 387
500 4/8 595 445
600 4 715 572
Tabela 12: Dimensões do Joelho 90° Bolsa Bolsa KNTS Super

2.3.11. Junção “Tee” Ponta Ponta

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal, formando
ângulo de 90° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 14, Tabela 13).

L1
DE

L1

Figura 14: Junção “Tee” Ponta Ponta KNTS Super

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DE L1
250 4/8 295 338
300 4/8 369 437
400 4/8 465 452
500 4/8 586 540
600 4 705 676
Tabela 13: Dimensões da Junção “Tee” Ponta Ponta KNTS Super

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.12. Junção “Tee” Bolsa Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal, formando
ângulo de 90° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 16, Tabela 14).

L1
DI B

L1

Figura 16: Junção “Tee” Bolsa Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB L1
250 4/8 300 263
300 4/8 375 340
400 4/8 470 396
500 4/8 595 473
600 4 715 592
Tabela 14: Dimensões da Junção “Tee” Bolsa Bolsa KNTS Drain

2.3.13. Junção “Y” Ponta Ponta

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa
e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal,
formando ângulos de 45° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 17, Tabela 15).

L2

DE

L1 L2

Figura 17: Junção “Y” Ponta Ponta KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DE L1 L2
250 4/8 295 263 525
300 4/8 369 291 679
400 4/8 465 339 791
500 4/8 586 405 945
600 4 705 507 1183
Tabela 15: Dimensões da Junção “Y” Ponta Ponta KNTS Drain

16
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.14. Junção “Y” Bolsa Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa
e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal,
formando ângulos de 45° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 18, Tabela 16).

L2

DI B

L1 L2

Figura 18: Junção “Y” Bolsa Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB L1 L2
250 4/8 300 150 488
300 4/8 375 194 631
400 4/8 470 226 735
500 4/8 595 270 878
600 4 715 338 1099
Tabela 16: Dimensões da Junção “Y” Bolsa Bolsa KNTS Drain

2.3.15. Redução Excêntrica Ponta Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta Bolsa, com corrugação anelar
externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de diferentes diâmetros
nominais (Figura 19, Tabela 17).

L2
L1 L3

DI B
DE

Figura 19: Redução Excêntrica Ponta Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB DE L1 L2 L3
300x250 4/8 375 295 150 306 146
400x250 4/8 470 295 150 335 170

17
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

400x300 4/8 470 369 194 335 170


500x250 4/8 595 295 150 401 203
500x300 4/8 595 369 194 401 203
500x400 4/8 595 465 226 401 203
600x250 4 715 295 150 492 254
600x300 4 715 369 194 492 254
600x400 4 715 465 226 492 254
600x500 4 715 586 270 492 254
Tabela 17: Dimensões da Redução Excêntrica Ponta Bolsa KNTS Drain

2.3.16. Redução Excêntrica Bolsa Bolsa

Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de diferentes diâmetros nominais (Figura
20, Tabela 18).

L3
L1 L4
L2
DI B
dIB

Figura 20: Redução Excêntrica Bolsa Bolsa KNTS Drain

Dimensões de Referência (mm)


DN SN DIB dIB L1 L2 L3 L4
300x250 4/8 375 300 253 75 306 146
400x250 4/8 470 300 253 75 335 170
400x300 4/8 470 375 306 97 335 170
500x250 4/8 595 300 253 75 401 203
500x300 4/8 595 375 306 97 401 203
500x400 4/8 595 470 335 113 401 203
600x250 4 715 300 253 75 492 254
600x300 4 715 375 306 97 492 254
600x400 4 715 470 335 113 492 254
600x500 4 715 595 401 135 492 254
Tabela 18: Dimensões da Redução Excêntrica Bolsa Bolsa KNTS Drain

18
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2.3.17. Anel de Vedação

Peça circular, não toroidal, fabricada em borracha, de seção circular, destinada a vedar e dar
estanqueidade aos tubos KNTS Drain nas conexões, junções e reduções (Figura 21).

Figura 21 : Anel de Vedação KNTS Drain

2.3.18. Pasta Lubrificante Kanalub

Pasta neutra à base de ácidos graxos saponificados de grande poder lubrificante, para facilitar
o deslizamento do anel na montagem da junta elástica (Figura 22).

Figura 22: Pasta Lubrificante Kanalub

19
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

3. Dimensionamento

As informações de dimensionamento e instalação contidas neste manual são sugestões


baseadas em normas e literaturas técnicas.

A Kanaflex não é empresa projetista e limita-se ao fornecimento de produto, devendo o


usuário consultar um especialista responsável técnico pela obra/projeto.

3.1. Dimensionamento Hidráulico

3.1.1 Condutos livres

Tubos e canais funcionam como condutos livres quando na superfície do líquido escoado reina
a pressão atmosférica. Canais são considerados condutos livres abertos e tubos para aplicação
em drenagem ou esgotamento, nesta condição de pressão, são considerados condutos livres
fechados.

Em um sistema de tubulações para drenagem ou esgotamento por gravidade, o escoamento


do líquido é geralmente não-uniforme (variado). No entanto, a hipótese de um fluxo uniforme
é postulada de modo a simplificar a análise hidráulica do sistema.

Para efeitos de cálculos hidráulicos, as variáveis da figura 23 devem ser consideradas.

DI = diâmetro interno do tubo, [m]


y = altura da lâmina d’água, [m]
DI

Am = área molhada, [m²]


θ Pm = perímetro molhado, [m]
θ = ângulo da lâmina d’água, [°]
y Am ƞ = coeficiente de Manning, [-]

Pm
Figura 23: Variáveis para dimensionamento hidráulico

20
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

3.1.2 Dimensionamento hidráulico de condutos livres

A equação mais frequentemente utilizada para o dimensionamento hidráulico de condutos


livres é a fórmula de Manning.

V = velocidade de fluxo, [m/s]


Rh = raio hidráulico, [m]
i = declividade, [m/m]
ƞ = coeficiente de Manning, [-]

Equação 1: Fórmula de Manning – velocidade de fluxo no interior do tubo

Um dos parâmetros de destaque nesta fórmula é o coeficiente de Manning (ƞ). Quanto mais
baixo seu valor, maior é a capacidade de condução hidráulica do tubo para determinada
declividade.

O coeficiente de Manning pode variar de acordo com o tipo de tubo e o material empregado
para sua fabricação. Há várias literaturas com tabelas que indicam valores de Manning para os
diversos tipos de materiais empregados na fabricação de tubos. Para fins práticos e efeitos de
cálculos, tubos de polietileno com parede lisa apresentam o valor do coeficiente de Manning
na ordem de 0,010.

A vazão em um tubo funcionando como conduto livre, para líquidos não viscosos, pode ser
calculada a partir da fórmula de Manning que considera o raio hidráulico e a área molhada no
interior do tubo, conforme equação 2 abaixo.

Q = vazão, [m³/s]
Am = área molhada, [m²]
Rh = raio hidráulico, [m]
i = declividade, [m/m]
ƞ = coeficiente de Manning, [-]

Equação 2: Vazão do tubo para declividade

Cálculo das variáveis para determinação da vazão e velocidade:

Ângulo da lâmina d’água - θ

21
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Área molhada - Am

Raio hidráulico - Rh

3.1.3 Eficiência hidráulica

A velocidade de fluxo máxima, no interior de um conduto livre, ocorre quando a altura da


lamina d’água é da ordem de 78,0% do diâmetro interno (y/DI=0,78). A vazão máxima ocorre
quando a altura da lamina d’ água é da ordem de 93,8% do diâmetro interno (y/DI=0,938).

A seleção do diâmetro do tubo geralmente é feita com base na vazão desejada, resguardando
as limitações de projeto com relação à declividade.

Quando um tubo for selecionado de acordo com esse critério, é importante assegurar que a
linha de tubulação tenha uma velocidade de fluxo mínima, a fim de evitar a deposição de
matéria sólida na parte inferior do tubo, o que poderia causar um retardamento ou
comprometimento do transporte normal do fluxo.

No caso de aplicações em esgoto sanitário, também é importante considerar, além da vazão


mínima para qualquer trecho da rede, a velocidade de fluxo mínima e a velocidade crítica
admitida para a rede.

Inexistindo dados práticos ou de normas para auxiliar os cálculos do projeto, pode-se


considerar como referência o valor de vazão mínima de 1,5 l/s. Na prática, o conceito de
considerar as velocidades mínimas (geralmente 0,75 m/s para sistemas de águas pluviais) tem
sido substituído pelo critério do cálculo da tensão trativa.

22
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

3.1.4 Tabela de Vazões e Velocidades

Declividade 0,1% 0,2% 0,3% 0,4% 0,5%


Área Raio
V Q V Q V Q V Q V Q
DN Molhada Hidráulico
mm m² m m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s
250 0,0474 0,0710 0,5424 25,71 0,7671 36,36 0,9395 44,53 1,0848 51,42 1,2129 57,49
300 0,0765 0,0902 0,6362 48,65 0,8997 68,80 1,1019 84,27 1,2723 97,30 1,4225 108,79
400 0,1206 0,1133 0,7404 89,26 1,0471 126,23 1,2824 154,60 1,4808 178,52 1,6556 199,59
500 0,1888 0,1418 0,8599 162,38 1,2161 229,65 1,4894 281,26 1,7198 324,77 1,9227 363,10
600 0,2835 0,1737 0,9846 279,13 1,3924 394,75 1,7054 483,47 1,9692 558,27 2,2016 624,16
800 0,4844 0,2271 1,1771 570,21 1,6647 806,39 2,0388 987,63 2,3542 1140,41 2,6321 1275,02
1000 0,7564 0,2838 1,3656 1033,02 1,9313 1460,91 2,3653 1789,24 2,7312 2066,04 3,0536 2309,90
1200 1,0951 0,3415 1,5448 1691,73 2,1847 2392,47 2,6758 2930,17 3,0897 3383,47 3,4544 3782,83
Tabela 19: Vazões e Velocidades

Declividade 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0%


Área Raio
V Q V Q V Q V Q V Q
DN Molhada Hidráulico
mm m² m m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s m/s l/s
250 0,0474 0,0710 1,7153 81,31 2,4258 114,99 2,9710 140,83 3,4306 162,62 3,8355 181,81
300 0,0765 0,0902 2,0118 153,85 2,8450 217,57 3,4845 266,47 4,0235 307,69 4,4984 344,01
400 0,1206 0,1133 2,3413 282,26 3,3112 399,18 4,0553 488,89 4,6827 564,52 5,2354 631,16
500 0,1888 0,1418 2,7192 513,50 3,8455 726,20 4,7098 889,41 5,4384 1027,01 6,0803 1148,23
600 0,2835 0,1737 3,1135 882,70 4,4032 1248,32 5,3928 1528,87 6,2271 1765,39 6,9621 1973,77
800 0,4844 0,2271 3,7223 1803,15 5,2641 2550,04 6,4472 3123,15 7,4446 3606,30 8,3233 4031,97
1000 0,7564 0,2838 4,3185 3266,69 6,1072 4619,80 7,4798 5658,07 8,6369 6533,38 9,6564 7304,54
1200 1,0951 0,3415 4,8852 5349,73 6,9088 7565,67 8,4615 9266,01 9,7705 10699,47 10,9237 11962,37
Tabela 19(continuação): Vazões e Velocidades

Dados aplicados nas tabelas acima:

Altura da lâmina d’água = 93,8%

Ângulo Ɵ = 5,4 radianos

Coeficiente de Manning = 0,010

23
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

3.2. Dimensionamento Mecânico

3.2.1 Tubos rígidos, semi-rígidos e flexíveis – Conceito

Para efeito de dimensionamento mecânico, em geral os tubos podem ser classificados de


acordo com seu desempenho durante a interação com o solo (deflexão ou distorção). Quando
submetidos à compressão diametral, a níveis de deflexões pré-estabelecidas, sem sofrerem
danos permanentes, conforme tabela 1, os tubos (secções transversais) podem ser
classificados como rígidos, semi-rígidos ou flexíveis. Isso não significa que a barra seja flexível
ou faça curva.

Classificação do Tubo % deflexão sem apresentar danos estruturais


Rígido 0,1 %
Semi-Rígido ≤ 3,0 %
Flexível > 3,0 %
Tabela 20: Classificação dos tubos quanto à sua deflexão

3.2.2 Interação do tubo com o solo

Os tubos flexíveis KNTS Drain se beneficiam de sua capacidade de se deformar ou modificar


sob a ação de cargas, sem apresentarem danos estruturais, conforme ilustração da figura 23.

Esta deformação é conhecida como deflexão ou distorção que permite ao tubo se adaptar à
forma do invólucro exterior, transferindo a maior parte da carga vertical recebida para a
envoltória.

Deflexão

Fissuras

TUBO RÍGIDO TUBO FLEXÍVEL

Figura 23: Comportamento dos tubos sob a ação de carga vertical.

24
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Tanto os tubos rígidos quanto os flexíveis requerem um solo apropriado, embora a interação
do tubo com o solo seja diferente em cada um dos casos.

No caso de tubo rígido, este transfere a carga recebida em sua parede para o fundo da vala
(fundação). Já no tubo flexível, a carga é transferida e transportada pelo solo, daí a se dizer
que o tubo flexível interage com o solo.

A figura 24 ilustra a interação solo/tubo e a transferência de carga nos dois tipos de tubos:

TUBO RÍGIDO TUBO FLEXÍVEL

Figura 24: Interação Solo / Tubo

Um tubo rígido é muitas vezes mais rígido do que o solo de reaterro, conduzindo a
necessidade de suportar cargas de solo muito maior do que a carga de prisma ao longo do
tubo.

Por outro lado, o tubo flexível não é tão rígido quanto o solo de reaterro, forçando assim uma
mobilização do solo de envolvimento lateral (envoltória), a fim de suportar o peso das cargas
de tráfego e das cargas de solo.

3.2.3 Projeto Estrutural do Tubo

Primeiramente, os projetistas precisam estabelecer as deflexões permitidas para as


tubulações, baseados em suas experiências e/ou em referências normativas.

Salvo acordo contrário entre o projetista e o proprietário do sistema, recomenda-se que, por
razões de operacionalidade, os valores médios calculados de deflexão não ultrapassem os
valores indicados na Tabela 21.

25
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Classe de Rigidez Deflexão média inicial Deflexão média de longo prazo


SN 4 8% 10%
Tabela 21: Limites recomendados de deflexão de projeto

Um estudo intensivo da história de deflexão de tubos instalados em diferentes condições, de


até 25 anos atrás, resultou na experiência como apresentada no gráfico da Figura 25.

Para a deflexão indicada no gráfico de projeto, a tensão será muito abaixo do limite de projeto
e não necessita ser levada em conta.

Gráfico de Projeto - Deflexão máxima de longo prazo do tubo


Deflexão do Tubo (%)

10
9
8
7
III

6
5
4
II
3
2
I
1

SN2 SN4 SN8 SN16


Rigidez Anelar do Tubo (kPa)
Legenda:
I – Boa Compactação / II – Moderada Compactação / III – Sem Compactação (não recomendado)

Figura 25: Gráfico de Projeto

O gráfico de projeto serve apenas como referência informativa para o projetista e não tem a
intenção de substituir o cálculo estrutural, nem limitar as condições que os tubos poderão ser
submetidos. As condições de validação do gráfico de projeto estão indicadas na tabela 22.

26
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Parâmetros Condições de validação

Profundidade da instalação 0,8 a 6,0 m

Cargas de tráfego Considerada

“Boa” Compactação (I)


O solo de aterro de tipo granular é colocado cuidadosamente na zona de
envoltória e compactado, depois de ter sido colocado em camadas de no
máximo 30 cm e depois de cada camada ter sido compactada com
cuidado. O tubo deve ser coberto por uma camada de pelo menos 15 cm.
A vala é preenchida com qualquer tipo de solo e depois compactada. Os
valores típicos para a densidade Proctor estão acima de 94%.
Qualidade da instalação
“Moderada” Compactação (II)
Categoria da instalação
O solo de aterro de tipo granular é colocado em camadas de no máximo
“boa”, “moderada”, “sem-“
50 cm, depois de cada camada ter sido compactada com cuidado. O tubo
– deve refletir o trabalho
deve ser coberto por uma camada de pelo menos 15 cm.
da mão-de-obra em que o
A vala é preenchida com qualquer tipo de solo e depois compactada. Os
projetista possa confiar.
valores típicos para a densidade Proctor estão na faixa de 87% a 94%.

As estacas/pranchas do escoramento lateral devem ser removidas antes


da compactação, de acordo com as recomendações da EN 1610:1997. Se,
no entanto, as estacas/pranchas forem removidas depois da
compactação, deve-se considerar que o nível de compactação "Boa” ou
"Moderada" será reduzido para o grau "sem-" compactação (III).
Tabela 22: Condições de validação do gráfico de projeto

3.2.4 Estrutura Solo / Tubo (Spangler)

Os Drs. Spangler e Marston, da Universidade de Iowa, analisaram o desempenho de uma


estrutura solo/tubo flexível para predizer matematicamente a deformação do tubo, em
resposta à carga (de trafego e de solo), ao aterro (compactação e solo) e ao tubo (material e
geometria).

A equação resultante desse estudo ficou conhecida como equação de Spangler ou fórmula de
Iowa:

Equação 3: Equação de Spangler ou fórmula de Iowa

27
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

A equação de Spangler foi modificada com base em estudos conduzidos por diversos
pesquisadores, como por exemplo, os Drs. Barnard e Watkins, que simplificaram a equação
original e estabeleceram a fórmula modificada de Iowa:

∆Dv = deflexão vertical, [%]


b1 = fator de distribuição de carga
C = fator de autocompactação
Ps = carga de solo, [kN]
Pt = carga de tráfego, [kN]
SN = rigidez anelar do tubo, [kN/m²]
ER = Módulo de rigidez do solo, [kN/m²]
Equação 4: Fórmula Modificada de Iowa

Após a instalação, a compactação do solo circundante (envoltória) se desenvolve com o


tempo, devido ao carregamento externo e ao assentamento do solo.

A experiência mostra que a deflexão máxima será alcançada dentro de 1 a 3 anos após a
instalação, dependendo do material de enchimento, da qualidade do trabalho de compactação
do solo e das cargas externas. Devido a isso, o cálculo da deformação vertical desse manual
considera somente as propriedades de curto prazo (inicial) do produto.

A figura 26 abaixo ilustra o comportamento da deflexão do tubo na instalação e após sua


instalação, considerando a influência da carga de tráfego.

Gráfico de Deflexão do tubo em função do tempo


Deflexão do Tubo (%)

Com Tráfego
II
Estabilização
Sem Tráfego
da Deflexão

I
Deflexão na
Instalação
Instalação Após Instalação
Tempo
Figura 26: Gráfico de deflexão do tubo no momento da instalação e após sua instalação

Pesquisas indicam que a deflexão adicional, até o sistema atingir sua estabilização, pode variar
de 1,5 a 2 vezes a deflexão resultante da instalação.

28
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

3.2.5 Cálculo da Deflexão Vertical do tubo - ∆DV

A experiência demonstra que a carga vertical que atua sobre um tubo colocado numa vala, é
inferior ao peso do material de enchimento. Os cálculos que se apresentam a seguir baseiam-
se nas normas Alemãs ATV 127 e na fórmula modificada de Iowa (equação 4).

3.2.5.1 Determinação da carga de solo (carga estática) - PS

A carga atuante na tubulação pode ser calculada segundo a teoria de Silo, onde é considerado
um fator de correção da carga de solo originado pela auto-sustentação do terreno.

H Equação 5: Carga de solo - Ps


Ps
Ps = carga vertical do solo, [kN/m²]
γ = peso específico do material de enchimento, [kN/m3]
H = profundidade da vala até a geratriz superior do tubo [m]
SC = coeficiente de correção da carga de solo

Figura 27: Cargas atuantes

Cálculo do coeficiente SC

O coeficiente de correção da carga de solo, para valas de parede vertical ou aproximadamente


vertical, é calculado de acordo com a fórmula abaixo:

Equação 6: Coeficiente SC

SC = coeficiente de correção da carga de solo


δ = ângulo de fricção efetivo entre o solo de enchimento e a parede da vala, [graus]

29
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

K1 = relação entre os esforços horizontais e verticais existentes no material de enchimento da vala


L = largura da vala, [m]

Nota: Quando δ = 0 , considerar SC = 1.

As condições de execução do enchimento, especificamente o grau de compactação e as


propriedades do solo, são de fundamental importância para um bom desempenho da
tubulação frente às cargas que estará sujeita.

Os parâmetros “δ” e “K1”, em função da qualidade de execução do enchimento, estão


indicados na tabela 23.

Condições de recobrimento K1 δ

Enchimento compactado por camadas contra o solo


C1 0,5 δ=Ψ
natural, com verificação da densidade Proctor (Dp)

Enchimento compactado por camadas contra o solo


C2 0,5 δ = 2/3Ψ
natural, sem verificação da densidade Proctor (Dp)

Enchimento em valas escoradas verticalmente e sem


C3 0,5 δ = 1/3Ψ
compactação
Valas construídas verticalmente, suportadas por
C4 placas de madeiras ou outro tipo de equipamento de 0,5 δ=0
contenção
Nota: Ψ - ângulo de fricção interna do material de enchimento
Tabela 23 – Parâmetros “” e “K1” para condições de recobrimento

Os diversos tipos de solos e seus respectivos valores de peso específico e ângulo de fricção
interna, estão indicados na tabela 24.

γ Ψ
Tipos de Solo peso específico Ângulo de fricção interna
[kN/m³] [°]
SOLOS NÃO COESIVOS
Areia densa 21 35
Cascalho-areia 21 35
Cascalho 20 35
Areia semi-densa 20 32,5
Areia solta 19 30
Escombros 17 35
SOLOS COESIVOS
Argila arenosa rígida 22 22,5

30
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Argila arenosa mole 21 22,5


Argila semi-sólida 21 15
Argila rígida 20 15
Lodo rígido ou sólido 20 22,5
Lodo mole 19 22,5
Argila mole 18 15
Argila e calcário orgânicos 17 10
Turfa 11 15
Tabela 24: Tipos de Solos – Peso específico e ângulo de fricção

3.2.5.2 Determinação do módulo de rigidez do material de enchimento - ER

A medida da qualidade de compactação do solo é dada pela “Densidade Proctor” (Dp), que
representa a relação entre a densidade do material de enchimento e a do solo natural.

Recomenda-se a utilização do grau de compactação Proctor de no mínimo 95%, tanto para


solos coesivos quanto para solos não coesivos.

Os módulos de rigidez do material de enchimento (ER), em função de seu grau de compactação


(Densidade Proctor - Dp), para os diversos grupos de solos, estão indicados na tabela 25.

ER - Módulo de rigidez do material de enchimento


kN/m² (kPa)
Grupo de Solo Dp = 85% Dp = 90% Dp = 92% Dp = 95% Dp = 97% Dp = 100%
1 2.000 6.000 9.000 16.000 23.000 40.000
2 1.200 3.000 4.000 8.000 11.000 20.000
3 800 2.000 3.000 5.000 8.000 13.000
4 600 1.500 2.000 4.000 6.000 10.000
Tabela 25: Módulo de rigidez do material de enchimento, em função da densidade Proctor

A composição de cada grupo de solo, classificados de acordo com a norma DIN 18.196, está
indicada na tabela 26.

31
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Grupo Tipo de Solo Codificação (DIN18196)

1 Solos não coesivos GE, GW, GI, SE, SW, SI

2 Solos ligeiramente coesivos GU, GT, SU, ST

Solos coesivos com misturas


3 GU, GT, SU, ST, UL, UM
(areia coesiva e cascalho)

4 Solos coesivos TL, TM, TA, OU, OT, OH, OK

Tabela 26: Composição dos Grupos de Solo

3.2.5.3 Determinação da carga de tráfego (carga dinâmica) - Pt

As cargas de tráfego são produzidas na superfície do terreno e transmitidas para o subsolo. Os


esforços atuantes no plano tangencial à geratriz superior do tubo podem ser determinados
através da equação 7.

Quanto mais rasa for a vala, maior será o esforço da carga de tráfego. A equação abaixo não é
aplicável para valores de H < 0,5 metros.

H
Pt
Equação 7: Carga de tráfego - Pt

Pt = carga de tráfego, [kN/m²]


T = carga de tráfego esperada, [kN]
H = profundidade da vala até a geratriz superior do tubo [m]
x = distância relativa ao eixo do tubo, onde a carga de tráfego
Figura 27: Carga de tráfego
vai incidir, [m]

Valores da carga de tráfego esperada (T) podem ser considerados de acordo com a tabela 27.

32
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Carga Total Carga por Roda


Tipo de Tráfego
(kN) (kN)

Pesado 600 100

Médio 300 50

40 nas rodas traseiras


Ligeiro 120
20 nas rodas dianteiras
Tabela 27 : Carga de tráfego esperada (T)

3.2.5.4 Determinação dos fatores de correção – b1 e C

O fator de autocompactação (C) é utilizado para correção da carga de solo. O valor de 1,5 deve
ser adotado para compactações moderadas e o valor de 2,0 deve ser adotado para
compactações moderadas com baixa altura de recobrimento.

O fator de distribuição da carga (b1) é um coeficiente de suporte do tubo e está relacionado ao


ângulo formado pela acomodação do tubo no berço (a). Os valores estão indicados na tabela
28 e geralmente é adotado o valor de 0,11.

ângulo do Ângulo do berço


berço Fator b1
(a)
0° 0,110
30° 0,108
45° 0,105
a 60° 0,102
90° 0,096
Berço 120° 0,090
180° 0,083
Figura 29: Ângulo do berço
Tabela 28 : Fator de distribuição da carga (b1)

3.2.5.5 Determinação da Rigidez Anelar Nominal – Nominal Ring Stiffness (SN)

Os tubos corrugados são classificados pela sua rigidez anelar, que é determinada de acordo
com a norma internacional ISO 9969.

33
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

O termo “SN” (Nominal Ring Stiffness) indica a rigidez anelar nominal do tubo, ou seja, a
rigidez mínima suportada pelo tubo.

Os valores do “SN” são apresentados em kN/m². Portanto, um tubo classificado como SN4, por
exemplo, apresenta uma rigidez anelar mínima de 4 kN/m².

4. Instalação

4.1. União de Tubos e Acessórios

O método de união de tubos e acessórios com corrugação anelar, baseia-se na colocação de


um anel na 1a corrugação da Ponta e encaixe em uma Bolsa com parede interna lisa.

Abaixo estão os passos a serem seguidos para correta união dos tubos, garantindo a
estanqueidade do sistema.

1o Passo: Preparação das superfícies a serem encaixadas.


Limpar com pano úmido a Bolsa que receberá a Ponta com o Anel de vedação;

Na extremidade do tubo, remover a proteção que envolve o anel de vedação e verificar sua
integridade. Limpar a Ponta e Anel;

Nota: A cor vermelha do anel é ilustrativa. O anel é fornecido na cor preta.


Figura 30: Detalhe do anel de vedação instalado

34
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

2o Passo: Lubrificação.
Lubrificar o Anel e a Bolsa do Tubo com pasta lubrificante Kanalub em abundância;

Figura 31: Aplicação da pasta lubrificante

3o Passo: Alinhamento dos tubos.

Alinhar os tubos vertical e horizontalmente;

Aproximar a Ponta da Bolsa;

Figura 32: Alinhamentos dos tubos

4o Passo: Introdução da Ponta na Bolsa.

A inserção da Ponta na Bolsa é feita através de encaixe rápido, empurrando manualmente uma
barra em direção à outra;

Pode ser utilizada uma alavanca e anteparo de madeira para facilitar esse deslocamento
conforme demonstrado na figura 33.

35
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Figura 33: Introdução da ponta na bolsa

4.2. Preparação da vala

Na instalação de tubulações enterradas, as paredes da vala devem ser verticais e sua largura
pode ser determinada pelo diâmetro do tubo KNTS Drain a ser instalado, pela qualidade do
solo local, materiais de preenchimento, níveis de cargas e de compactação. A altura de
reaterro deverá ter no mínimo 0,60 metro, medido a partir da geratriz superior do tubo até a
superfície da camada asfáltica ou linha rasante do terreno.

Em situações onde existam tráfego de veículos com níveis muito elevados, esta poderá variar
a partir de 1,20 metro.

A vala deve ser suficientemente larga, para permitir a adequada colocação e compactação do
material de preenchimento ao redor do tubo e/ou de acordo com as especificações do projeto.

Em função destes parâmetros a largura da vala poderá ser determinada através da fórmula B =
DN (mm) + 500 mm.

O uso de retro escavadeiras ou valetadeiras são muito vantajosos, exceto quando rochas ou
outras interferências impedirem o uso das mesmas.

No início da escavação da vala é necessário afastar o entulho resultante da quebra do


pavimento para longe da borda da mesma, para evitar o uso indevido no posterior
envolvimento da tubulação.

Durante a escavação, as terras escavadas isentas de pedras ou entulhos, devem ser colocadas
fora dos limites da vala, a fim de se evitar eventuais desabamentos para o interior da mesma.

O fundo da vala deve ser uniforme, isento de pedras ou outros objetos que possam vir a
danificar os tubos a serem instalados e sempre obedecendo a declividade prevista no projeto.

36
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Em locais onde o fundo da vala apresente pedras ou formações rochosas, cobrir o mesmo com
uma camada de terra ou areia na espessura de 10 cm, formando um berço devidamente
compactado e com inclinação uniforme.

Para início dos trabalhos de acomodação dos tubos KNTS Drain, certifique-se que estão
abrigados do sol, evitando o possível amolecimento e consequente amassamento durante o
manuseio e processo de reaterro.

4.3 Recomposição do pavimento

Para execução do reaterro deve-se prever um material de bom suporte lateral (por exemplo:
areia grossa), principalmente em se tratando de casos em que o terreno acima do tubo estiver
sujeito ao tráfego de veículos.

O recobrimento da tubulação deve ser feito em camadas e compactadas com 20 cm acima da


geratriz superior do tubo, com material isento de pedras ou corpos cortantes e pontiagudos.

O restante do recobrimento pode ser feito com terra do próprio local escavado, compactado
em camadas de 20 cm de espessura.

Caso este material não atingir o grau de compactação necessário, substituir o reaterro com
outro de melhor qualidade.

4.4 Método de reparo dos tubos KNTS Drain

Tipos de danos:

A) Danos leves

- Amassamento de espiras e/ou desgaste na parede externa

Reparo: não há necessidade de reparo, uma vez que não compromete a sua utilização.

B) Danos médios ou pesados

- Perfuração ou rompimento do tubo

Reparo: quando de uma avaria maior com perfuração ou rompimento do tubo, cortar o trecho
danificado e substituí-lo por outro de mesmo comprimento.

Colocar duas conexões de emenda Bolsa Bolsa, encaixando as pontas dos tubos nas bolsas da
conexão.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

5. Manuseio e Transporte

Durante o transporte e manuseio dos tubos, deve-se evitar que ocorram choques ou contatos
com elementos que possam comprometer a integridade dos mesmos, tais como: objetos
cortantes ou pontiagudos com arestas vivas, pedras, etc.

O descarregamento deverá ser efetuado cuidadosamente, não devendo permitir que os tubos
sejam lançados diretamente ao solo a fim de evitar amassamentos, rompimentos, perfurações
dos mesmos ou concentração de cargas num único ponto (figuras 34, 35 e 36).

Figura 34: Cuidados no transporte e descarregamento

Para diâmetros de até 400mm o descarregamento poderá ser efetuado manualmente e para
tubos de 500mm até 1200mm, com o auxílio de equipamentos usando-se cintas de nylon.

38
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

Figura 35: Manuseio

Figura 36: Uso de cintas de Nylon


O uso de qualquer outro material como correntes ou cabos de aço não são recomendáveis,
pois estes podem danificar os tubos.

39
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

CAPACIDADE OCUPACIONAL POR CAMINHÃO

TOCO TRUCK BAÚ CARRETA


Ø NOMINAL
(mm)
Metragem Barras Metragem Barras Metragem Barras Metragem Barras

250 864 m 144 432 m 72 432 m 72 432 m 72

300 504 m 84 252 m 42 252 m 42 252 m 42

400 360 m 60 180 m 30 180 m 30 180 m 30

500 192 m 32 96 m 16 96 m 16 96 m 16

600 144 m 24 72 m 12 72 m 12 72 m 12

800 72 m 12 36 m 6 36 m 6 36 m 6

1000 48 m 8 24 m 4 24 m 4 24 m 4

1200 24 m 4 12 m 2 12 m 2 12 m 2

Tabela 29: Capacidade ocupacional por caminhão

DIMENSÕES DOS CAMINHÕES

Tipo Comprimento (m) Largura (m) Altura (m)

TOCO 6,0 2,4 2,8

TRUCK 8,0 2,4 2,8

BAÚ 10,0 2,4 2,8

CARRETA 12,0 2,4 2,8

Tabela 30: Dimensões dos caminhões

40
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

6. Armazenamento e Estocagem

A estocagem/armazenamento dos tubos KNTS Drain deve ser efetuada em locais de chão firme
e plano, isentos de quaisquer elementos que possam danificar o material, tais como:
superfícies rígidas com arestas vivas, objetos cortantes ou pontiagudos, pedras, entulhos, etc.

Evitar golpes nas Pontas dos tubos para que não haja qualquer tipo de dano. Não arrastar os
tubos. As Bolsas devem estar livres para fora da pilha de armazenagem.

Figura 37: Acomodação em tábuas de madeira

Não recomendamos estocar os tubos diretamente ao solo, para evitar deformações e os


mesmos devem ser dispostos na forma horizontal, onde a primeira camada deverá ser
colocada sobre tábuas de madeira contínua de 0,10 metro de largura, espaçadas a cada 0,20
metro no máximo, colocadas no sentido transversal (Figura 37).

Devem ser colocadas estroncas verticais, espaçadas de metro em metro para apoio lateral das
camadas de tubos ou usar calços largos de vigas de madeira.

Não armazenar os tubos próximos de fontes de calor e evitar contatos com agentes químicos
agressivos como solventes de uma forma geral.

Estocar a uma altura máxima de 3,00 metros a fim de facilitar a colocação e a retirada dos
tubos da última camada, não devendo ficar expostos a céu aberto por um período superior a
12 (doze) meses.

Caso haja necessidade de se permanecer além do período acima estipulado, recomenda-se


estocar os tubos e conexões em locais cobertos e ventilados ou cobrir com lonas para uma
proteção mais eficaz evitando a incidência direta dos raios solares.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

7 Aspectos da Qualidade

7.1 Padrões normativos para o KNTS Drain

O sistema de tubulações KNTS Drain atende aos mais rigorosos padrões internacionais de
produtos, definidos pela International Organization for Standardization (ISO) e European
Committee for Standardization (CEN).

7.2 Identificação do produto

Os tubos KNTS Drain são marcados de forma legível e indelével com as seguintes informações:
- Kanaflex / KNTS Drain (nome da empresa e da linha de produto);
- Dimensão nominal (DN/ID);
- Rigidez Anelar (SN);
- Material (PE);
- Código de rastreabilidade (lote);

7.3 Controle da Qualidade do KNTS Drain

A Kanaflex mantem um rigoroso sistema de controle da qualidade de seus produtos KNTS


Drain, assegurando desde o uso de matérias-primas adequadas assim como o atendimento dos
requisitos de controle de processo de fabricação e desempenho de seus tubos, conexões e
acessórios.

7.3.1 Controle da matéria-prima

Antes da produção, as matérias-primas são avaliadas quanto ao


ensaio de Índice de fluidez e de densidade, para assegurar condições
adequadas de processamento e resistência mecânica para o produto.

Ao lado, foto do Plastômetro (equipamento para determinação do


Índice de fluidez das resinas de polietileno, de acordo com as normas
ISO1133 e NBR9053).

42
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

7.3.2 Controle do produto no processo de fabricação

Durante o processo de fabricação, são avaliadas as características


dimensionais e mecânicas, de todo lote produzido, para assegurar
que o produto atenderá o desempenho esperado para sua
aplicação final.

Ao lado, foto do equipamento para determinação da resistência à


compressão (equipamento para determinação da Rigidez Anelar /
Ring Stiffness, de acordo com as normas ISO9969).

7.3.3 Inspeção Final

A avaliação final compreende a verificação do atendimento dos


requisitos de cada produto, de acordo com seus códigos, descritivos
e sua marcação.

Para cada lote de produto é emitido um Certificado de


Conformidade, contendo a descrição completa do produto, nota
fiscal, padrão normativo e o atendimento aos principais requisitos
avaliados para cada lote do produto.

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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro

1) A Kanaflex S.A. Indústria de Plásticos possui como princípio o melhoramento contínuo


dos produtos de sua fabricação.
Eventuais alterações poderão ser feitas neste manual técnico, sem prévio aviso
objetivando o seu aperfeiçoamento.

2) Este manual técnico tem o intuito de colaborar com os usuários de KNTS Drain nos
trabalhos de canalização.
Caso ocorra em suas obras particularidades ou dúvidas não contempladas neste
manual, favor contatar nosso Departamento de Assistência Técnica.

3) A Kanaflex possui e disponibiliza os serviços de assistência técnica nas obras. Este


serviço tem o objetivo de orientar os instaladores quanto ao procedimento correto da
instalação do tubo e não pode ser considerada como uma fiscalização. Nossos técnicos
são orientados a não interferirem nos procedimentos de engenharia e projeto, que são
responsabilidades das empreiteiras e instaladoras.

Dúvidas?

Ligue para (11) 3779-1670 ou diretamente para


nossa Assistência Técnica no (11) 4785-2132
e-mail: atecnica@kanaflex.com.br

Rodovia Raposo Tavares, km 22,5 - Bloco F - Conj. 14

The Square Open Mall - Bairro Granja Vianna

Cotia - SP CEP 06709-015 ISO 9001

www.kanaflex.com.br vendapead@kanaflex.com.br

1ª Edição – Janeiro/2014

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