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1. Introdução................................................................................................................ 2
2. Características Técnicas
2.1 Matéria-prima
2.1.1. Polietileno ................................................................................................ 5
2.1.2. Tipos de PE em função da densidade ...................................................... 5
2.1.3. Resistência Química do PE ....................................................................... 5
2.1.4. Resistência à Abrasão do PE .................................................................... 7
2.1.5. Flexibilidade do PE ................................................................................... 8
3. Dimensionamento .................................................................................................... 20
3.1 Hidráulico
3.1.1 Condutos livres ..................................................................................... 20
3.1.2 Dimensionamento hidráulico de condutos livres ................................. 21
3.1.3 Eficiência hidráulica .............................................................................. 22
3.1.4 Tabela de Vazões e Velocidades ........................................................... 23
3.2 Mecânico
3.2.1 Tubos rígidos, semi-rígidos e flexíveis – Conceito ................................ 24
3.2.2 Interação do tubo com o solo............................................................... 24
1
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
4. Instalação ................................................................................................................. 34
4.1 União de tubos e acessórios .............................................................................. 34
4.2 Preparação da vala ............................................................................................ 36
4.3 Recomposição do pavimento ............................................................................ 37
4.4 Método de reparo do KNTS Drain ..................................................................... 37
7. Aspectos da Qualidade
7.1 Padrões normativos para o KNTS Drain............................................................. 42
7.2 Identificação do produto ................................................................................... 42
7.3 Controle da Qualidade do KNTS Drain............................................................... 42
7.3.1 Controle da matéria-prima ................................................................... 42
7.3.2 Controle do produto no processo de fabricação.................................. 43
7.3.3 Inspeção Final ....................................................................................... 43
NOTAS............................................................................................................................ 44
2
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
1. Introdução
O KNTS Drain é um tubo corrugado de dupla parede, sendo a interna lisa e a externa corrugada
anelar, fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade), destinado à condução de líquidos
em obras de infraestrutura.
Disponível na classe de rigidez (ISO 9969) SN4, apresentando alto desempenho mecânico,
possibilitando a realização de uma instalação segura, mesmo em situações de baixo
recobrimento, sempre respeitando os parâmetros de projeto.
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
• Sistema tipo ponta-bolsa-anel: o perfil do tubo KNTS Drain, regular ao longo de toda
seção, permite um encaixe perfeito entre ponta e bolsa, que associado a sua junta
elástica garante estanqueidade ao sistema.
• Cor: parede interna e externa preta.
Quando fornecido perfurado, o KNTS Drain é um tubo dreno corrugado externamente e liso
internamente, fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) com perfuração circular,
para captação de fluido subterrâneo (Figura 2).
Figura 2
4
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
2. Características Técnicas
O polietileno é a poliolefina que possui a mais simples estrutura molecular e é o plástico mais
utilizado no mundo.
O PE é notável pela sua extensa faixa de densidade e, de acordo com esta propriedade, pode
ser dividido em:
Os polietilenos utilizados para a fabricação dos tubos KNTS Super possuem o valor típico de
densidade de aproximadamente 0,95 g/cm³. Devido a essa característica, aliada à estrutura
corrugada dos tubos, o produto final apresenta leveza quando comparado com tubos
equivalentes fabricados com outros materiais.
O Polietileno possui uma estrutura apolar similar a dos hidrocarbonetos parafínicos e por esta
razão, esse polímero possui excelente resistência a substâncias químicas.
5
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Esta resistência não exclui, entretanto, a possibilidade de que, sob certas condições, as
propriedades mecânicas do polietileno possam ser influenciadas pela ação de compostos
químicos. Para informações mais específicas e detalhadas, recomendamos consultar a norma
ISO/TR 10358 “Platics pipes and fittings – Combined chemical – resistance classification table”.
Temperatura Temperatura
Produto Produto
20 °C 60 °C 20 °C 60 °C
Acetato de chumbo E E Cloreto de sódio E E
Acetona 100% E E,D Cloreto de zinco E E
Ácido acético glacial E G,D,c,f Cloro (gás e líquido) F N
Ácido bromídrico 100% E E Clorobenzeno G F,D,d,c
Ácido carbônico E E Clorofórmio G F,D,d,c
Ácido carboxílico E E Detergentes E E,c
Ácido cianídrico E E Diclorobenzeno F F
Ácido clorídrico E E,d Dioctilftalato E G,c
Ácido clorosulfônico F N Dióxido de enxofre líquido F N
Ácido crômico 80% E F,D Enxofre E E
Ácido fluorídrico 1-75% E E Essência de terebentina G G
Ácido fosfórico 30-90% E G,D Ésteres alifáticos E G
Ácido glicólico 55-70% E E Éter G F
Ácido nítrico 50% G,D F,D,f Éter de petróleo G,d,i F,d
Ácido nítrico 95% N,F,f N,c Flúor gasoso 100% N N
Ácido perclórico 70% E F,D Gasolina E G,c
Ácido salícílico E E Hidróxido de amônia 30% E E
Ácido sulfocrômico F F,f Hidróxido potássio conc. E E,c
Ácido sulfúrico 50% E E Hidróxido de sódio conc. E E,c
Ácido sulfúrico 98% G,D F,D,f Hipoclorito de cálcio sat. E E
Ácido sulfuroso E E Hipoclorito de sódio 15% E E,D,d
Ácido tartárico E E Iso-octano G G
Ácido tricloroacético 50% E E Metiletilcetona E F
Ácido tricloroacético100% E F Nafta E G
Acrilonitrila E E Nitrato de amônia saturado E E
Água do mar E E Nitrato de prata E E
Álcool benzílico E E Nitrato de sódio E E
Álcool butílico E E Nitrobenzeno F N,c
Álcool etílico 96% E E Óleo comestível E E
Álcool metílico E E Óleo diesel E G
Amônia E,D,d E,D,d Pentóxido de fósforo E E
Anídrico acético E G,D Permanganato de potássio D,E E
Anilina E G Peróxido de hidrogênio 30% E E,d
Benzeno G,d G,d,i Petróleo E G
Benzoato de sódio E E Querosene G G,c
Bicromato de potássio 40% E E,D Sais de níquel E E
Borato de sódio E E Sulfatos metálicos E E
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
LEGENDA
D – Descoloração.
E – Exposição durante 30 dias, sem perda de características, podendo tolerar o contato por muitos anos.
N – Não recomendado. Detectado sinais de ataque entre minutos a horas, após o início de exposição.
c – Fendilhamento.
d – Deformação.
f – Fragilização.
i – Inchamento.
O Polietileno possui excelente resistência à abrasão quando comparado com outros materiais
utilizados na fabricação de tubulações para aplicações de infraestrutura.
Para avaliar essa propriedade foi desenvolvido um método de ensaio, que ficou conhecido
como Teste de Abrasão de Darmstadt, padronizado na norma DIN 19534.
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
2,5
Tubo com reforço
de fibra de vidro
2,0
1,5
Tubo de concreto
1,0
Tubo de cerâmica
Tubo de PVC
0,5
Tubo de PEAD
0
200.000 400.00 600.000
Número de ciclos (N)
Figura 3: Gráfico de Abrasão (DIN 19534) – Universidade de Darmstad
2.1.5. Flexibilidade do PE
Os polietilenos utilizados para a fabricação dos tubos KNTS Drain, apresentam valores típicos
de resistência ao alongamento na ruptura acima de 350%, e módulo de elasticidade na ordem
de 800 MPa.
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
2.2. Tubo
DE DI DIB DEB
LB
Nota: Os valores indicados nas tabelas de medidas dos tubos e acessórios a seguir servem para referência
de especificação. Não tem o caráter de valores de controle.
Comprimento Útil
Ø Nominal Medidas do Tubo Medidas da Bolsa
da barra 6 metros
(mm)
DE (mm) DI (mm) DEB (mm) DIB (mm) LB (mm) (m)
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
2.3. Acessórios
A Kanaflex disponibiliza para a linha KNTS Drain uma ampla variedade de acessórios que
objetivam proporcionar flexibilidade e versatilidade para necessidades especificas de projetos
um sistema completo e versátil.
Os acessórios apresentados a seguir são fabricados a partir do próprio tubo, por processo de
soldagem garantindo a estanqueidade e elevada resistência nas ligações em casos de cargas
extremas.
Peça em PEAD, de seção interna circular, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo
diâmetro nominal. A estanqueidade é assegurada pela junta elástica que vai alojada na 1a
corrugação do tubo (Figura 5, Tabela 3).
L
L1
DIB
10
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD, de seção interna circular, destinada ao tamponamento dos tubos KNTS Drain
evitando assim a entrada de elementos estranhos para o seu interior no início ou final da linha.
(Figura 6, Tabela 4).
L1
DI B DE
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura 7,
Tabela 5).
L1
L2
L1
DE
11
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura 8,
Tabela 6).
L1
L2
L1
DI B
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura 9,
Tabela 7).
L1
L2
L2
DE
L1
12
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
10, Tabela 8).
L1
L2 L
2
DI B
L1
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
11, Tabela 9).
L1
DE
13
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
12, Tabela 10).
L1
DI B
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal (Figura
13, Tabela 11).
DE
L1
14
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir os tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal (Figura
13, Tabela 12).
L1
L1
DI B
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Super de mesmo diâmetro nominal, formando
ângulo de 90° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 14, Tabela 13).
L1
DE
L1
15
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal, formando
ângulo de 90° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 16, Tabela 14).
L1
DI B
L1
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta, com corrugação anelar externa
e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal,
formando ângulos de 45° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 17, Tabela 15).
L2
DE
L1 L2
16
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa
e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de mesmo diâmetro nominal,
formando ângulos de 45° entre os eixos longitudinais dos tubos (Figura 18, Tabela 16).
L2
DI B
L1 L2
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Ponta Bolsa, com corrugação anelar
externa e lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de diferentes diâmetros
nominais (Figura 19, Tabela 17).
L2
L1 L3
DI B
DE
17
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça em PEAD de seção interna circular no formato Bolsa, com corrugação anelar externa e
lisa internamente, destinada a unir tubos KNTS Drain de diferentes diâmetros nominais (Figura
20, Tabela 18).
L3
L1 L4
L2
DI B
dIB
18
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Peça circular, não toroidal, fabricada em borracha, de seção circular, destinada a vedar e dar
estanqueidade aos tubos KNTS Drain nas conexões, junções e reduções (Figura 21).
Pasta neutra à base de ácidos graxos saponificados de grande poder lubrificante, para facilitar
o deslizamento do anel na montagem da junta elástica (Figura 22).
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
3. Dimensionamento
Tubos e canais funcionam como condutos livres quando na superfície do líquido escoado reina
a pressão atmosférica. Canais são considerados condutos livres abertos e tubos para aplicação
em drenagem ou esgotamento, nesta condição de pressão, são considerados condutos livres
fechados.
Pm
Figura 23: Variáveis para dimensionamento hidráulico
20
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Um dos parâmetros de destaque nesta fórmula é o coeficiente de Manning (ƞ). Quanto mais
baixo seu valor, maior é a capacidade de condução hidráulica do tubo para determinada
declividade.
O coeficiente de Manning pode variar de acordo com o tipo de tubo e o material empregado
para sua fabricação. Há várias literaturas com tabelas que indicam valores de Manning para os
diversos tipos de materiais empregados na fabricação de tubos. Para fins práticos e efeitos de
cálculos, tubos de polietileno com parede lisa apresentam o valor do coeficiente de Manning
na ordem de 0,010.
A vazão em um tubo funcionando como conduto livre, para líquidos não viscosos, pode ser
calculada a partir da fórmula de Manning que considera o raio hidráulico e a área molhada no
interior do tubo, conforme equação 2 abaixo.
Q = vazão, [m³/s]
Am = área molhada, [m²]
Rh = raio hidráulico, [m]
i = declividade, [m/m]
ƞ = coeficiente de Manning, [-]
21
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Área molhada - Am
Raio hidráulico - Rh
A seleção do diâmetro do tubo geralmente é feita com base na vazão desejada, resguardando
as limitações de projeto com relação à declividade.
Quando um tubo for selecionado de acordo com esse critério, é importante assegurar que a
linha de tubulação tenha uma velocidade de fluxo mínima, a fim de evitar a deposição de
matéria sólida na parte inferior do tubo, o que poderia causar um retardamento ou
comprometimento do transporte normal do fluxo.
22
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
23
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Esta deformação é conhecida como deflexão ou distorção que permite ao tubo se adaptar à
forma do invólucro exterior, transferindo a maior parte da carga vertical recebida para a
envoltória.
Deflexão
Fissuras
24
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Tanto os tubos rígidos quanto os flexíveis requerem um solo apropriado, embora a interação
do tubo com o solo seja diferente em cada um dos casos.
No caso de tubo rígido, este transfere a carga recebida em sua parede para o fundo da vala
(fundação). Já no tubo flexível, a carga é transferida e transportada pelo solo, daí a se dizer
que o tubo flexível interage com o solo.
A figura 24 ilustra a interação solo/tubo e a transferência de carga nos dois tipos de tubos:
Um tubo rígido é muitas vezes mais rígido do que o solo de reaterro, conduzindo a
necessidade de suportar cargas de solo muito maior do que a carga de prisma ao longo do
tubo.
Por outro lado, o tubo flexível não é tão rígido quanto o solo de reaterro, forçando assim uma
mobilização do solo de envolvimento lateral (envoltória), a fim de suportar o peso das cargas
de tráfego e das cargas de solo.
Salvo acordo contrário entre o projetista e o proprietário do sistema, recomenda-se que, por
razões de operacionalidade, os valores médios calculados de deflexão não ultrapassem os
valores indicados na Tabela 21.
25
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Para a deflexão indicada no gráfico de projeto, a tensão será muito abaixo do limite de projeto
e não necessita ser levada em conta.
10
9
8
7
III
6
5
4
II
3
2
I
1
O gráfico de projeto serve apenas como referência informativa para o projetista e não tem a
intenção de substituir o cálculo estrutural, nem limitar as condições que os tubos poderão ser
submetidos. As condições de validação do gráfico de projeto estão indicadas na tabela 22.
26
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
A equação resultante desse estudo ficou conhecida como equação de Spangler ou fórmula de
Iowa:
27
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
A equação de Spangler foi modificada com base em estudos conduzidos por diversos
pesquisadores, como por exemplo, os Drs. Barnard e Watkins, que simplificaram a equação
original e estabeleceram a fórmula modificada de Iowa:
A experiência mostra que a deflexão máxima será alcançada dentro de 1 a 3 anos após a
instalação, dependendo do material de enchimento, da qualidade do trabalho de compactação
do solo e das cargas externas. Devido a isso, o cálculo da deformação vertical desse manual
considera somente as propriedades de curto prazo (inicial) do produto.
Com Tráfego
II
Estabilização
Sem Tráfego
da Deflexão
I
Deflexão na
Instalação
Instalação Após Instalação
Tempo
Figura 26: Gráfico de deflexão do tubo no momento da instalação e após sua instalação
Pesquisas indicam que a deflexão adicional, até o sistema atingir sua estabilização, pode variar
de 1,5 a 2 vezes a deflexão resultante da instalação.
28
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
A experiência demonstra que a carga vertical que atua sobre um tubo colocado numa vala, é
inferior ao peso do material de enchimento. Os cálculos que se apresentam a seguir baseiam-
se nas normas Alemãs ATV 127 e na fórmula modificada de Iowa (equação 4).
A carga atuante na tubulação pode ser calculada segundo a teoria de Silo, onde é considerado
um fator de correção da carga de solo originado pela auto-sustentação do terreno.
Cálculo do coeficiente SC
Equação 6: Coeficiente SC
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Condições de recobrimento K1 δ
Os diversos tipos de solos e seus respectivos valores de peso específico e ângulo de fricção
interna, estão indicados na tabela 24.
γ Ψ
Tipos de Solo peso específico Ângulo de fricção interna
[kN/m³] [°]
SOLOS NÃO COESIVOS
Areia densa 21 35
Cascalho-areia 21 35
Cascalho 20 35
Areia semi-densa 20 32,5
Areia solta 19 30
Escombros 17 35
SOLOS COESIVOS
Argila arenosa rígida 22 22,5
30
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
A medida da qualidade de compactação do solo é dada pela “Densidade Proctor” (Dp), que
representa a relação entre a densidade do material de enchimento e a do solo natural.
A composição de cada grupo de solo, classificados de acordo com a norma DIN 18.196, está
indicada na tabela 26.
31
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Quanto mais rasa for a vala, maior será o esforço da carga de tráfego. A equação abaixo não é
aplicável para valores de H < 0,5 metros.
H
Pt
Equação 7: Carga de tráfego - Pt
Valores da carga de tráfego esperada (T) podem ser considerados de acordo com a tabela 27.
32
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Médio 300 50
O fator de autocompactação (C) é utilizado para correção da carga de solo. O valor de 1,5 deve
ser adotado para compactações moderadas e o valor de 2,0 deve ser adotado para
compactações moderadas com baixa altura de recobrimento.
Os tubos corrugados são classificados pela sua rigidez anelar, que é determinada de acordo
com a norma internacional ISO 9969.
33
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
O termo “SN” (Nominal Ring Stiffness) indica a rigidez anelar nominal do tubo, ou seja, a
rigidez mínima suportada pelo tubo.
Os valores do “SN” são apresentados em kN/m². Portanto, um tubo classificado como SN4, por
exemplo, apresenta uma rigidez anelar mínima de 4 kN/m².
4. Instalação
Abaixo estão os passos a serem seguidos para correta união dos tubos, garantindo a
estanqueidade do sistema.
Na extremidade do tubo, remover a proteção que envolve o anel de vedação e verificar sua
integridade. Limpar a Ponta e Anel;
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
2o Passo: Lubrificação.
Lubrificar o Anel e a Bolsa do Tubo com pasta lubrificante Kanalub em abundância;
A inserção da Ponta na Bolsa é feita através de encaixe rápido, empurrando manualmente uma
barra em direção à outra;
Pode ser utilizada uma alavanca e anteparo de madeira para facilitar esse deslocamento
conforme demonstrado na figura 33.
35
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Na instalação de tubulações enterradas, as paredes da vala devem ser verticais e sua largura
pode ser determinada pelo diâmetro do tubo KNTS Drain a ser instalado, pela qualidade do
solo local, materiais de preenchimento, níveis de cargas e de compactação. A altura de
reaterro deverá ter no mínimo 0,60 metro, medido a partir da geratriz superior do tubo até a
superfície da camada asfáltica ou linha rasante do terreno.
Em situações onde existam tráfego de veículos com níveis muito elevados, esta poderá variar
a partir de 1,20 metro.
A vala deve ser suficientemente larga, para permitir a adequada colocação e compactação do
material de preenchimento ao redor do tubo e/ou de acordo com as especificações do projeto.
Em função destes parâmetros a largura da vala poderá ser determinada através da fórmula B =
DN (mm) + 500 mm.
O uso de retro escavadeiras ou valetadeiras são muito vantajosos, exceto quando rochas ou
outras interferências impedirem o uso das mesmas.
Durante a escavação, as terras escavadas isentas de pedras ou entulhos, devem ser colocadas
fora dos limites da vala, a fim de se evitar eventuais desabamentos para o interior da mesma.
O fundo da vala deve ser uniforme, isento de pedras ou outros objetos que possam vir a
danificar os tubos a serem instalados e sempre obedecendo a declividade prevista no projeto.
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
Em locais onde o fundo da vala apresente pedras ou formações rochosas, cobrir o mesmo com
uma camada de terra ou areia na espessura de 10 cm, formando um berço devidamente
compactado e com inclinação uniforme.
Para início dos trabalhos de acomodação dos tubos KNTS Drain, certifique-se que estão
abrigados do sol, evitando o possível amolecimento e consequente amassamento durante o
manuseio e processo de reaterro.
Para execução do reaterro deve-se prever um material de bom suporte lateral (por exemplo:
areia grossa), principalmente em se tratando de casos em que o terreno acima do tubo estiver
sujeito ao tráfego de veículos.
O restante do recobrimento pode ser feito com terra do próprio local escavado, compactado
em camadas de 20 cm de espessura.
Caso este material não atingir o grau de compactação necessário, substituir o reaterro com
outro de melhor qualidade.
Tipos de danos:
A) Danos leves
Reparo: não há necessidade de reparo, uma vez que não compromete a sua utilização.
Reparo: quando de uma avaria maior com perfuração ou rompimento do tubo, cortar o trecho
danificado e substituí-lo por outro de mesmo comprimento.
Colocar duas conexões de emenda Bolsa Bolsa, encaixando as pontas dos tubos nas bolsas da
conexão.
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
5. Manuseio e Transporte
Durante o transporte e manuseio dos tubos, deve-se evitar que ocorram choques ou contatos
com elementos que possam comprometer a integridade dos mesmos, tais como: objetos
cortantes ou pontiagudos com arestas vivas, pedras, etc.
O descarregamento deverá ser efetuado cuidadosamente, não devendo permitir que os tubos
sejam lançados diretamente ao solo a fim de evitar amassamentos, rompimentos, perfurações
dos mesmos ou concentração de cargas num único ponto (figuras 34, 35 e 36).
Para diâmetros de até 400mm o descarregamento poderá ser efetuado manualmente e para
tubos de 500mm até 1200mm, com o auxílio de equipamentos usando-se cintas de nylon.
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
500 192 m 32 96 m 16 96 m 16 96 m 16
600 144 m 24 72 m 12 72 m 12 72 m 12
800 72 m 12 36 m 6 36 m 6 36 m 6
1000 48 m 8 24 m 4 24 m 4 24 m 4
1200 24 m 4 12 m 2 12 m 2 12 m 2
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
6. Armazenamento e Estocagem
A estocagem/armazenamento dos tubos KNTS Drain deve ser efetuada em locais de chão firme
e plano, isentos de quaisquer elementos que possam danificar o material, tais como:
superfícies rígidas com arestas vivas, objetos cortantes ou pontiagudos, pedras, entulhos, etc.
Evitar golpes nas Pontas dos tubos para que não haja qualquer tipo de dano. Não arrastar os
tubos. As Bolsas devem estar livres para fora da pilha de armazenagem.
Devem ser colocadas estroncas verticais, espaçadas de metro em metro para apoio lateral das
camadas de tubos ou usar calços largos de vigas de madeira.
Não armazenar os tubos próximos de fontes de calor e evitar contatos com agentes químicos
agressivos como solventes de uma forma geral.
Estocar a uma altura máxima de 3,00 metros a fim de facilitar a colocação e a retirada dos
tubos da última camada, não devendo ficar expostos a céu aberto por um período superior a
12 (doze) meses.
41
Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
7 Aspectos da Qualidade
O sistema de tubulações KNTS Drain atende aos mais rigorosos padrões internacionais de
produtos, definidos pela International Organization for Standardization (ISO) e European
Committee for Standardization (CEN).
Os tubos KNTS Drain são marcados de forma legível e indelével com as seguintes informações:
- Kanaflex / KNTS Drain (nome da empresa e da linha de produto);
- Dimensão nominal (DN/ID);
- Rigidez Anelar (SN);
- Material (PE);
- Código de rastreabilidade (lote);
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
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Tubo Corrugado de Grande Diâmetro
2) Este manual técnico tem o intuito de colaborar com os usuários de KNTS Drain nos
trabalhos de canalização.
Caso ocorra em suas obras particularidades ou dúvidas não contempladas neste
manual, favor contatar nosso Departamento de Assistência Técnica.
Dúvidas?
www.kanaflex.com.br vendapead@kanaflex.com.br
1ª Edição – Janeiro/2014
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