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Sumário
Grazia.tanta@gmail.com 29/1/2021 1
trabalhadores, dando-lhes mais tempo de vida fora da canga do Tripalium. Nada
disso, os capitalistas aproveitam-se da maior longevidade para se apossarem dos
trabalhadores durante mais anos. A aplicação desta filosofia esclavagista ficou
plasmada em Portugal pela ação de dois patifes – Vieira da Silva, ex-ministro e Pedro
Marques, ex-secretário de estado, agora no Parlamento Europeu a preparar o seu
regresso e subir na hierarquia.
Aos 65 anos a esperança de vida passou de 19,49 anos em 2018, para os 19,61 anos
em 2019 e, para os 19,69 em 2020. Assim, a fórmula de cálculo da idade legal de
reforma passa de 66 anos e cinco meses que vigoraram entre 2019 e 2020 e dos 66
anos e seis meses que vigorarão para 2021, para os 66 anos e sete meses que
vigorarão em 2022. Ora como para os mais novos, o trabalho tende a ser precário,
sob o regime de subempreitada, de “independente” e, com intermitências de
desemprego, aqueles aumentos, para além de cavalgarem sobre o tempo de velhice,
tenderão a corresponder a pensões mais baixas.
O empobrecimento espreita, por uma ampla janela, as gerações mais novas, que
tardam em se revoltar contra a aliança da classe política, mormente o partido-estado
PS/PSD com o empresariato. Por outro lado, o dinheiro que a Segurança Social
deveria cobrar aos patrões é subtraído, com tranquilidade por empresários-ladrões .
O que a idade legal de reforma garante é que, a partir do seu limiar, todos se poderão
reformar sem penalizações na reforma. Quem se reformar antes estará em situação de
reforma antecipada. Isto não quer dizer, contudo, que todos os que se reformem
antes da idade legal de reforma sofram cortes na sua pensão. Já foi assim no passado
mas desde que foi criado o conceito de idade pessoal de reforma cada caso passou a
ser um caso. Cada pessoa pode ter uma idade pessoal de reforma distinta (idade a
partir da qual se pode reformar sem penalizações) sendo que esta nunca pode ser
superior à idade legal de reforma.
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A título de exemplo, à data em que escrevemos, cada ano de contribuições acima dos
40 anos de carreira confere um bónus de 4 meses na idade pessoal de reforma face à
idade legal de reforma.
Note-se também que poder-se-ão aplicar outras penalizações (como 0,5% por cada
mês a menos face à idade legal de reforma) ou mesmo bonificações (por cada ano
completo de contribuições a mais além da idade de reforma sem penalizações), tudo
dependerá da carreira contributiva de cada um.
O Bourbon sénior, rei sem mérito nem legitimidade, está envolvido em tráfico de
influências e corrupção (65 milhões que amealhou) e vive confortável nos Emiratos
Árabes Unidos – um refúgio de ricos e respeitados parasitas, certamente bem
rodeado de odaliscas e… caixas de viagra...
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A utilização do termo "fascista" costuma ser pouco utilizada uma vez que se pretende
apresentar classes políticas de tipos educados, práticos e pouco ideologizados,
focados no business e nos “mercados” mesmo quando resvalam na direção do
autoritarismo, da corrupção e da imbecilidade.
Paulo Portas costumava dizer que "temos de ajudar os empresários porque são eles
que criam os empregos". Numa visão bíblica, deus terá criado os empresários para
gerir o planeta e, depois inventou os trabalhadores para os servirem à mesa.
Bannon foi preso no iate de um empresário chinês amigo, onde certamente lhe
caberia ... a lavagem do convés. E. claro que não foi preso por trabalho ilegal, nem
pelo desvio de uns tijolos para a construção do muro do Trump por onde se infiltram
uns tais "latinos" pobres e perseguidos; um qualificativo estúpido, para muitos que
nem têm ancestrais europeus, embora falem castelhano.
Bannon, andou pela Europa a estabelecer as bases para uma central fascista onde
confraternizariam o AfD, o Salvini, o Vlaams Belang, o Wilders, o Abascal do Vox que
tresanda a franquismo e, imaginem... esqueceu-se do luso ventureco!
Bannon chegou a conselheiro de Trump que, para além de negócios e mulheres, não
sabe nada de nada; depois, passou a centrar-se na família, mais precisamente no
genro Jared Kushner que, como racista e fascista se deve rever no Houston
Chamberlain, conselheiro próximo de Hitler, mormente para questões de "raça".
Cada seita fascista tem os seus inimigos de estimação. Bannon, os latinos e Kushner,
os semitas árabes ou islâmicos (excepto se... ricos monarcas do Golfo).
5 – Racismo
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A escravatura foi praticada em toda a parte; era o destino dado aos inimigos vencidos
e aos falidos, uma vez que rareavam tecnologias para substituir o trabalho mais
penoso. E a cor da pele humana era tão importante para o trabalho como a cor dos
burros. O racismo é coisa mais moderna.
Por exemplo, os romanos não eram racistas, que o diga Marco António quando
conheceu Cleópatra, acabadinha de se banhar em leite de burra. Chegavam a Roma
pessoas dos mais variadas cores, proveniências, hábitos... e os romanos aceitavam-
nos com naturalidade.
Mas frutificou na Península Ibérica dos reinos cristãos e teve como destinatários,
judeus, muçulmanos, moçárabes, no seguimento da guerra secular contra os reinos
do Sul, de cultura muçulmana e onde as pessoas de outros créditos viviam em paz.
Por volta de 1560, o rei de Espanha (Granada havia sido dominada), por zelo religioso
e falta de dinheiro, decidiu acabar com os heréticos e iniciou a conversão forçada que,
tinha como alternativa, a mudança de ares, para o norte de África, para o império
turco ou para os civilizados (e cristãos) Países Baixos, por parte dos judeus. Em muitas
situações eram obrigados a deixar para trás os filhos menores ... tenros objetos de
evangelização.
A plebe instada pelo clero vomitava ódio aos anticristos e, pelo contrário, a nobreza
achava isso mal, porque os judeus e os muçulmanos eram os melhores artífices
(ferreiros, cordoeiros...) e os que melhor conheciam as técnicas agrícolas. Mesmo que
confinados em guetos, com acesso aos seus próprios templos.
Perante essa perseguição validada por um papa espanhol ... a pedido do rei de
Espanha… os que podiam procuravam outras paragens para viver, excepto quando
assaltados no Mediterrâneo por piratas que roubavam e vendiam os cativos como
escravos.
Até os ditos cristãos-novos, por definição papal, eram tomados como de "sangue
impuro" mesmo que os convertidos tivessem sido os seus pais ou avós; teriam
adoptado, em Portugal, certos apelidos ligados a árvores, como Carvalho, Pereira,
Figueira…
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No século XVIII, um primeiro-ministro de mente aberta decidiu industrializar Portugal
e contratou dois cristãos-novos endinheirados e sabedores da tecelagem para criarem
uma fábrica na serra da Estrela, onde a lã abundava mas, tratada de modo artesanal. A
populaça ameaçada pela concorrência – açulada pelo clero, agiu de modo
"adequado" para que os contratados abandonassem o projeto. Isso de ter sangue
impuro era (e é, sob outras formas) uma coisa muito ... chata...
Mas, claro... os portugueses não são racistas... até mesmo a venturosa besta e seus
afins.
Costa e o fabuloso Marcelo perderam o pé. Afinal, não há condições para atrair
turistas como aconteceu quando da prova automóvel em Portimão, em outubro. E
Portugal, está em vias de ultrapassar a Suécia que, quanto a infetados e mortos, era o
patinho feio da UE.
Tudo pôde fechar, todos tiveram de ficar confinados e aprisionados, excepto para a
participação na romaria eleitoral de 24 de Janeiro, que acabou por reconduzir
Marcelo no cargo mais inútil da República1. Claro, que a oligarquia tinha de mostrar o
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http://grazia-tanta.blogspot.com/2020/11/parodia-na-paroquia-eleicao-presidencial.html
http://grazia-tanta.blogspot.com/2021/01/et-consumatum-est-no-rescaldo-das.html
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seu poder, de exibir os seus rituais, permitir um excepcional passeio dominical à plebe
e, arrostar com o descrédito de uma abstenção de 55.2% (incluindo os votos anulados
e em branco), com o PR “de todos os portugueses” a ter uma representatividade falsa
e ridícula (27.2%), para ostentar esse rótulo.
Os nomes dos partidos são apenas siglas adocicadas geradas no pos-25A, na sua
maioria. Então, todos tinham de apresentar credenciais de esquerda.
O PPD passou a PSD no âmbito de uma tentativa (falhada) de ingressar na IS, o que
tinha o óbvio desacordo do PS que foi montado com o dinheiro do SPD, via Fundação
Frederich Ebert, que viria a financiar e formar quadros dessa coisa chamada UGT. Sá
Carneiro pretendia cavalgar a onda que todos os tugas andavam montando, a
caminhada para o socialismo.
E, até o CDS sob o olhar arguto do Amaro da Costa (o Freitas sempre pareceu pouco
hábil, pouco dotado politicamente), na altura do 11 de Março e das nacionalizações
chegou a apontar para a construção de … uma sociedade sem classes!! E agora é
apenas o grupo de um Chicão qualquer.
Claro que hoje, na paz de cemitério que se vive em Portugal, só perturbada pelo mau
folclore na AR e na TV, falar de esquerda quanto ao espectro partidário, como aliás
para o cenário europeu, só com muito boa vontade ou ignorância.
8 - A espiral consumo/dívida
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Não há solução nenhuma sem alterações profundas no quadro da produção de bens
e serviços; sem a constituição de uma economia baseada na satisfação das
necessidades das pessoas, gerida por estas e não por classes políticas e banqueiros.
Enquanto isso não acontecer, os povos vão sendo entretidos com dados da
contabilidade macabra sobre mortos, infetados, recuperados, máscaras, gel,
confinamentos, distanciamentos sociais, etc... à espera que os coronavírus recolham
às suas bases ancestrais, depois de corresponderem, emigrando para sobreviverem,
aos maus tratos que os humanos dão/deram aos seus habitats.
Felizmente que há um governo que se encarrega de zelar por nós; mas, como pai
tirano, preparado para nos punir, se desobedecermos.
Em suma, esse pai quer todos em casa, fechados, com escapadelas ao supermercado,
devidamente açaimados e, com regresso rápido para ver alguém “responsável”
debitar na tv – a fonte informativa dos pobres - os últimos números, os últimos
mortos, algures; e, nos fazer pequeninos, indefesos mas confiantes que “eles” estão
totalmente dedicados à prática do bem-comum.
Tudo será diferente com o vírus e no pós-vírus. Ficaremos mais unidos, sobretudo se
desempregados ou em layoff já que são coisas parecidas. A classe política não sofrerá
essa situação, evidentemente, é o escol da nação!
Unidos sim, mas sem manifestações humanas de afeto, desconfiados, enluvados, com
cumprimentos pelo toque de cotovelos, como decepados, sem contactos que não
pelo écran; claro que não se diz que a tv é o maior tóxico e, com a maior difusão de
sempre. E a Zoom tornou-se um caso espetacular de valorização do capital investido.
O que nos vale é vermos os nossos dirigentes, também açaimados, a circular por aí a
distribuir milhões pelos chamados empresários e com ar grave a referir a última vaga
de “casos suspeitos”. E, na sua ignorância, até colocaram a Azambuja na Área
Metropolitana de Lisboa… a que não pertence.
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10 - A mania das grandezas (2/3/2020)
A bolha turística não é eterna. Mais importante e, melhor do ponto de vista ambiental
seria uma rede ferroviária decente e com ligação rápida com a Espanha e o resto da
Europa. Fica por saber quanto estará a Vinci a meter no cofre do PS e de alguns dos
seus gauleiters; e não será pouco. Essa rede ferroviária serviria também para aliviar o
fluxo de camiões com percursos de longa distância, com um lastro poluente muito
superior ao caminho-de-ferro.
O mesmo pendor para o investimento físico vê-se na área portuária. Num país
periférico, o tráfego portuário terá sempre um hinterland curto; conhecemos em
tempos um presidente do porto de Lisboa que queria fazer concorrência a...
Roterdão!! … O grave da afirmação é que não estava bêbedo!
Por outro lado, parece haver quem queira fazer acreditar que Espanha irá preferir
Sines a Algeciras ou Valência. Dragar Setúbal para quê? Há um porto bem
apetrechado a sul (Sines) para os granéis e com capacidade para acolher contentores,
dado que Lisboa está entupida. Os singapuranos já estão em Sines há alguns anos,
para operações de transhipment e, bastaria uma ligação ferroviária decente de Sines
para norte.
11 - As taras religiosas
As taras religiosas desde sempre foram de argumento para estabelecer domínio sobre
outrem. E os ateus sempre estiveram entre as vítimas de todas elas. E, em casos
recentes, também iluminados nacionalistas auto-ungidos como superiores aos outros
agiram de igual modo; veja-se o caso dos nazis. Curiosamente, há séculos que no
Médio Oriente há diversidade religiosa; por exemplo, no Irão xiita qualquer um pode
designar-se ateu e há igrejas de outras confissões. Na Península Ibérica, judeus,
muçulmanos e moçárabes, foram perseguidos, espoliados e expulsos no século XVI,
não sobrando ninguém, para amostra.
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A primeira coletividade defensora do ateísmo surgiu na Índia. Pessoa das nossas
relações, ainda muito jovem mas dando aulas a jovens com poucos anos a menos que
ele, numa conversa privada com um grupo de alunas, disse-se ateu, o que provocou
algum espanto entre as raparigas. Elas acharam isso tão estranho (vivia-se no
fascismo) que terão falado nisso ao padre da escola que... se foi queixar ao diretor e
que, por acaso... era da União Nacional, um género de partido fascista, na paróquia
lusa dos anos 60; e, intimado a não falar dessas coisas com as alunas.
No século XVIII um padre numa aldeia francesa de nome Meslier nas suas cogitações
sobre os textos sagrados dos cristãos concluiu que era tudo parvoíces e sentiu-se
ateu. Em segredo, escreveu um livro que entregou a um notário, para que o editasse
após a morte do Meslier. E assim aconteceu. Claro que houve escândalo em França, o
livro foi apreendido embora já havia chegado ao exterior; e Catarina II da Rússia
mandou uma equipa a França para arranjar o livro
Qualquer um facilmente discorre que a tropa para pouco ou nada serve. Uns navios-
patrulha das áreas marítimas no âmbito de uma guarda costeira; e, se somarmos
aviões e gente para incorporar a proteção civil temos tudo para dar utilidade à
instituição. Tudo o mais é desperdício, equipamentos em segunda-mão, impostos
pelos EUA, pela NATO ou pelo Pentágono… com alguns “empresários” a mediar.
Nada justifica umas FA's em Pt. Mais, o que justifica uma tropa ter mais oficiais que
soldados? E, porque temos de pagar por mercenários às ordens da NATO, no
Afeganistão ou no Sahel?
Há uns anos atrás foi a burla dos submarinos, num processo em que houve
corruptores mas nenhum corrupto; uma inovação! Mais recentemente foi a prisão de
uma vasta quadrilha que atingiu quadros da tropa, incluindo um general,
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Nada há ali de democrático. Os candidatos ou são ricos ou, financiados por ricos que,
por essa via determinam a política americana.
O grande triunfo estratégico de Trump não é dele mas do querido genro, sionista,
que conseguiu isolar e futuramente esmagar os palestinianos, com a indiferença dos
sultões do Golfo e da Europa, entretida com a incapacidade de fazer face à peste e
com o embrulho do Brexit.
Qual será o futuro de uma estrela como o Boris, com o afastamento do seu suporte
político, o Trump?
Sendo Biden um frouxo rico e, para mais com marcas de senilidade, não é
de admirar que Kamala Harris venha a subir ao topo provavelmente porque é mulher
e muito ligada ao big business.
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