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SENAI - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS ”ÍTALO BOLOGNA”

LEI OHM E LEIS DE


KIRCHOFF
Rafael Alex Vieira do Vale
FUNDAMENTOS DE ELETROTÉCNICA
LEI DE OHM
 Em 1827, o físico e matemático, Georg Simon
Ohm, publicou os resultados de seus trabalhos
com os circuitos elétricos;
 Ohm descobriu que a corrente que atravessa
um fio condutor é proporcional a diferença de
potencial aplicada;
 A proporcionalidade entre a corrente elétrica e a
diferença de potencial no fio em alguns tipos de
materiais existia e foram chamados de
materiais ôhmicos;
LEI DE OHM
A razão V/I mostra o quanto de tensão deve ser
aplicada para um determinado nível de corrente
em um dispositivo do circuito;
 Quanto maior a dificuldade que o dispositivo
impõe a passagem de corrente elétrica, maior
deve ser aplicada a tensão para atingir um certo
nível de corrente elétrica;
 Logo, essa relação entre tensão e corrente
ficou conhecida como Resistência Elétrica;
LEI DE OHM
 Assim a Lei de Ohm é definida como a relação
entre tensão, corrente e resistência;
 A lei é expressa, matematicamente, da seguinte
forma:

𝑉 = 𝑅 .𝐼

 Onde V é a tensão aplicada, R é a resistência


do componente e I a corrente que passa por
este componente;
LEIS DE KIRCHOFF
O físico alemão Gustav Robert Kirchoff, formulou
suas conhecidas leis da ainda quando estudante
em 1845 na Universidade de Königberg
intituladas hoje como:

 Lei de Kirchoff das Tensões (LKT)


 Lei de Kirchoff das Correntes (LKC)

 Amplamente usadas em resoluções de circuitos


elétricos;
LEI DE KIRCHOFF DAS TENSÕES (LKT)
 Baseado na Lei da Conservação da Energia;

A soma algébrica das elevações e quedas de


potencial em torno de um caminho fechado (ou
malha fechada) é igual a zero;
LEI DE KIRCHOFF DAS TENSÕES (LKT)
 Considerando o circuito:

 Logo,
a soma das elevações de tensão em torno
de uma malha fechada é igual a soma das
quedas de tensão;
LEI DE KIRCHOFF DAS TENSÕES (LKT)
 Por convenção de acordo com o sentido da
corrente elétrica adotada para os resistores a
tensão é sempre negativa;
 Para elementos geradores de tensão o valor da
tensão será negativa se a corrente elétrica
entrar no positivo e sair pelo polo negativo;
 Para elementos geradores de tensão o valor da
tensão será positiva se a corrente elétrica
entrar no negativo e sair pelo polo positivo;
LEI DE KIRCHOFF DAS TENSÕES (LKT)
 EXEMPLO: Determinar as tensões e cada uma das
resistências do circuito abaixo:
LEI DE KIRCHOFF DAS CORRENTES (LKC)
 Baseadana Lei da Conservação das Cargas;
 A soma algébrica das correntes que entram e
saem de uma região sistema ou nó é igual a
zero;
LEI DE KIRCHOFF DAS CORRENTES (LKC)
 Considerando o circuito:

 Então,a soma das correntes que entram em uma


região, sistema ou nó é igual a soma das
correntes que saem dessa mesma região,
sistema ou nó.
LEI DE KIRCHOFF DAS CORRENTES (LKC)
 EXEMPLO: Determinar as correntes e cada uma das
resistências do circuito abaixo:
CIRCUITOS SÉRIE
 Um circuito série é caracterizados por
componentes ligados em sequencia de tal
forma que a corrente elétrica por eles tem o
mesmo valor;
CIRCUITOS SÉRIE
 Para que isto ocorra é necessário que se forme
somente um caminho para a passagem da
corrente elétrica;
 A ligação deve ser feita com um terminal do
componente ao terminal do componente
seguinte;
 Uma outra característica é que a tensão em
cada componente elétrico é dividida
proporcionalmente;
CÁLCULO DA TENSÃO NA ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE
RESISTORES

 Considerando o circuito resistivo série com 3


resistores:

A corrente elétrica que transita pelos três


resistores tem o mesmo valor para cada um
deles;
CÁLCULO DA TENSÃO NA ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE
RESISTORES

 Com isso, pode-se expressar que:

𝐼 = 𝐼1 = 𝐼2 = 𝐼3

 Aplicando a Lei de Kirchoff das Tensões (LKT):

𝑉 − 𝑉1 − 𝑉2 − 𝑉3 = 0

 Passando V1, V2 e V3 para o outro membro:

𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3
CÁLCULO DA TENSÃO NA ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE
RESISTORES

 Desta forma a soma das tensões dos resistores


é igual a tensão de fonte geradora do circuito;
 Multiplicando a última equação pela corrente
elétrica em ambos o lados da equação:

𝑉. 𝐼 = 𝑉1 . 𝐼 + 𝑉2 . 𝐼 + 𝑉3 . 𝐼

 Sabendo que P = V x I:

𝑃𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3
CÁLCULO DA TENSÃO NA ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE
RESISTORES

A última equação denota que a toda a potência


ou energia gerada pela fonte geradora de
tensão é consumida pelos componentes do
circuito;
 Para resistores é dado o nome de potência
dissipada;
 Esta equação satisfaz a Lei da Conservação da
Energia que é base para a Lei de Kirchoff das
Tensões;
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO SÉRIE
 Usando novamente o circuito série:

E de acordo com a equação:

𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO SÉRIE
 Aplicando a Lei de Ohm V = RI:

𝑉1 = 𝑅1 . 𝐼1

𝑉2 = 𝑅2 . 𝐼2

𝑉3 = 𝑅3 . 𝐼3

 Sabendo que o circuito série corrente elétrica


gerada pela fonte é igual a corrente nos
resistiores do circuito: I = I1 = I2 = I3;
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO SÉRIE
 Pode-se expressar que:

𝑉 = 𝑅1 . 𝐼1 + 𝑅2 . 𝐼2 + 𝑅3 . 𝐼3 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 . 𝐼

 Dividindo a equação por I temos que:

𝑉
= 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3
𝐼

 Desta forma, pela Lei de Ohm, a relação V/I = R;


RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO SÉRIE
 Se tratando da tensão total do circuito e a
corrente elétrica também total diz-se que esta
relação é chama de resistência equivalente;

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3

A ideia pode ser estendida para qualquer


quantidade de resistores em série:

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑛
EXEMPLO
 Calcular a resistência equivalente, tensões e
correntes do exemplo da página 105
substituindo os resistores e da fonte por por: R1
= 10Ω, R2 = 5Ω, R3 = 10Ω e V = 25V;
CIRCUITO PARALELO
 Um circuito paralelo é um associação que os
componentes elétricos encontrados no circuito
compartilham da mesma tensão;
 Para que isto ocorra os terminais devem ser
conectados sobre a mesma diferença de
potencial;
CIRCUITO PARALELO
A corrente elétrica é dividida, proporcionalmente,
para cada elemento do circuito;
 Este tipo de associação segue as diretrizes da
Lei de Kirchoff das Correntes (LKC);
 Esta associação é caracterizado também pela
presença de Nós Elétricos onde as correntes
elétricas se dividem para outros ramos do
circuito;
CÁLCULO DA CORRENTE NA ASSOCIAÇÃO
PARALELA DE RESISTORES

 Considerando o circuito da pagina 106:

 Os três resistores estão ligados a mesma


diferença de potencial da fonte V = V1 = V2 =
V3
CÁLCULO DA CORRENTE NA ASSOCIAÇÃO
PARALELA DE RESISTORES

 Seguindo a figura da página 106, usando LKC


no nó A obtemos:

𝐼 − 𝐼1 − 𝐼𝐵 = 0

 Para o nó B:

𝐼𝐵 − 𝐼2 − 𝐼3 = 0

𝐼𝐵 = 𝐼2 + 𝐼3
CÁLCULO DA CORRENTE NA ASSOCIAÇÃO
PARALELA DE RESISTORES

 Substituindo
a ultima equação na equação para
o nó A temos:

𝐼 − 𝐼1 − 𝐼2 − 𝐼3 = 0

 Passando I1, I2 e I3 para o outro membro:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3

 Entãovê-se que a corrente total da fonte é igual


a soma das correntes de cada um dos resistores
em paralelo
CÁLCULO DA CORRENTE NA ASSOCIAÇÃO
PARALELA DE RESISTORES

 Como os resistores estão submetidos a mesma


diferença de potencial podemos multiplicar a
ultima equação por V:

𝑉. 𝐼 = 𝑉. 𝐼1 + 𝑉. 𝐼2 + 𝑉 . 𝐼3

 Como P = V.I

𝑃𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO
PARALELO
A resistência equivalente de um circuito paralelo
é a resistência vista da fonte geradora de
energia com resistores ligados a mesma
diferença de potencial;
 Sabemos que:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3

 Podemos aplicar a Lei de Ohm I = V/R;


RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO
PARALELO
 Assim tem-se que:

𝑉1
𝐼1 =
𝑅1

𝑉2
𝐼2 =
𝑅2

𝑉3
𝐼3 =
𝑅3
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO
PARALELO
 Substituindo na equação da corrente elétrica:

𝑉1 𝑉2 𝑉3
𝐼= + +
𝑅1 𝑅2 𝑅3

 Como os resistores estão sobre a mesma


diferença de potencial a V = V1= V2 = V3 obtém-
se:
𝑉 𝑉 𝑉
𝐼= + +
𝑅1 𝑅2 𝑅3
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO
PARALELO
 Dividindo a equação anterior por V:

𝐼 1 1 1
= + +
𝑉 𝑅1 𝑅2 𝑅3

O que resulta em:

1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO
PARALELO
 Pode-se chamar o fator 1/Req de condutância
propriedade inversa da resistência;
 E ultima equação pode ser expressa para
outros números de resistores obtendo:

1 1 1 1
= + + ⋯+
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO
PARALELO
 Quando tem-se n resistores ligados em paralelo
com o mesmo valor de resistência podemos
calcular a resistência equivalente de acordo com:

𝑅
𝑅𝑒𝑞 =
𝑛

 Um caso particular para 2 resistores quaisquer em


paralelo pode-se calcular a resistência equivalente
da seguinte forma:

𝑅1 . 𝑅2
𝑅𝑒𝑞 =
𝑅1 + 𝑅2
EXMEPLO
 Calcular a resistência equivalente, e as
correntes do circuito abaixo substituindo os
resistores e da fonte por por: R1 = 10Ω, R2 =
5Ω, R3 = 10Ω e V = 25V;
DIVISOR DE TENSÃO
O divisor de Tensão é um circuito série que
objetiva o fracionamento da tensão em um
determinado valor;
 Por questões práticas o divisor de tensão é
estudado basicamente por dois resistores em
série;
DIVISOR DE TENSÃO
 Considerando o circuito anterior para
determinar a tensão no resistor R2 seguindo a
Lei de Ohm:

𝑉2 = 𝑅2 . 𝐼

 Como o circuito é um circuito série o valor da


corrente pode ser calculado por:

𝑉 𝑉
𝐼= =
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 + 𝑅2
DIVISOR DE TENSÃO
 Aplicando
o a equação da corrente elétrica na
equação de V2 obtém-se:

𝑅2
𝑉2 = 𝑉.
𝑅1 + 𝑅2

O mesmo raciocínio é válido para R1 tendo que


a equação para V1 será:

𝑅1
𝑉1 = 𝑉.
𝑅1 + 𝑅2
EXEMPLO
 Determinar por divisor de tensão as tensões
para o seguinte circuito:
DIVISOR DE CORRENTE
O divisor de corrente é um circuito em
associação paralela com o objetivo de fracionar
a corrente elétrica do circuito;
 Por questões práticas o divisor de corrente
elétrica pode ser representado basicamente por
dois resistores associados em paralelo;
DIVISOR DE CORRENTE
 De acordo com o circuito anterior a corrente
que transita pelo resistor R2 pode ser calculado
por:

𝑉
𝐼2 =
𝑅2

 Para esta associação a tensão é definida pela


Lei de Ohm V = Req.I;
DIVISOR DE CORRENTE
 Para dois resistores a resistência equivalente pode ser
calculada por:

𝑅1 . 𝑅2
𝑅𝑒𝑞 =
𝑅1 + 𝑅2

 Substituindo na equação da corrente I2 obtém-se:

𝑅1
𝐼2 = .𝐼
𝑅1 + 𝑅2
DIVISOR DE CORRENTE
 Para a corrente do resistor R1 segue o mesmo
raciocínio, de modo que, I1:

𝑅2
𝐼1 = .𝐼
𝑅1 + 𝑅2
EXERCÍCIO
 Determinar as correntes elétricas pelo método
do divisor de corrente do seguinte circuito:
CIRCUITO MISTO
O circuito misto é basicamente a junção das
duas associações série e paralelo;
EXEMPLO
 Determinar a resistência equivalente, tensões e
correntes do seguinte circuito misto:

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