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Bolinha

Era uma vez uma menina, linda e tímida que vivia com os seus pais. O nome dela era
Mayara. Ela nascera numa família humilde onde todos ajudavam na realização de alguns
trabalhos domésticos. A Mayara tinha dois irmãos, a Shenize e o Nichols. A Shenize cuidava
da limpeza da casa e o Nichols da limpeza do quintal cabendo assim a arrumação dos quartos
a menina Mayara. Ela tinha olhos castanhos da cor do mel e um corpo exuberante do formato
de uma bola.

Numa bela manhã após a realização dos trabalhos domésticos a mãe decide arruma-la de
modo que fosse à escola, na verdade ela costumava a fazer isso quase que todos os dias, visto
que, a menina era muito lenta em arrumar-se.

Chegado à escola, Mayara dirige-se à sala de aulas, acanhada e cabisbaixa onde à porta
encontra a Milena, a Ciara, e a Luana suas colegas de turma, onde as mesmas empurram-na e
num tom irónico a Milena diz:

- Ela parece uma bolinha e nem aguenta andar.

Naquele momento as outras meninas puseram-se a rir da pequena Mayara e num coro elas
gritavam:

- Bolinha não se aguenta só rola, rola, rola….

Este mau comportamento das suas colegas era feito na ausência da professora bem antes do
início das aulas ou mesmo no momento do recreio.

Enquanto as meninas zombavam da sua colega eis que chegara o José Carlos, o menino mais
agitados da turma que de imediato dirige-se ao seu lugar habitual bem ao lado da Mayara.

Minutos depois a professora Heloísa chega onde os meninos recebem-na e saúdam-na:

- Bom dia, senhora professora.

- Bom dia, meninos. Como estão?

- Estamos bem de saúde obrigado.

De seguida a professora faz a marcação das presenças, finda a mesma quando a professora
estava prestes a dar inicio à aula um barulho estranho surge bem no fundo da sala que deixa
todos distraídos, era a Ana Maria batendo na porta e que pedia licença.
A professora ouvindo a Ana Maria respondeu dizendo:

- Sim, podes entrar!

Ana Maria aproxima-se da professora e saúda-a e de seguida a professora questiona-a.

- Por que atrasaste?

-Desculpe, senhora professora atrasei-me porque estava a ajudar a mamã a lavar os pratos.
Ana Maria respondeu.

De seguida ela dirigiu-se ao seu lugar e a professora deu início à aula. A aula daquele dia
seria sobre as letras onde os meninos aprenderiam a escrever todas as letras cursivas de A à
Z.

Na hora do recreio as três amigas decidiram brincar no pátio, lugar este preferido pela
Mayara, mas naquele dia ela abdicou-se em brincar no pátio, pois aquelas que tanto
zombavam com ela estariam lá a brincar, enquanto as três amigas divertiam-se no pátio, o
José não mensurou esforços em ficar a provocar a Mayara começando por jogar a sua pasta
ao chão. A Ana Maria vendo esta situação aproximou-se do José Carlos e questionou:

- Por que fazes isso?

- Não é da sua conta. José Carlos respondeu.

Quando a Ana Maria estava prestes a ajudar a sua colega Mayara, José Carlos empurra-a
caindo assim ao chão. Mayara ao ver esta situação pôs-se a chorar e sem mais forças ajudou a
sua colega a levantar-se. Do lado de fora da janela viam-se as três meninas vindo em direcção
à sala de aulas, chegado nela, gozam da sua colega Ana Maria chamando-a de feio, ferindo
assim os sentimentos.

Não seria aquele o início de uma bela amizade entre as três amigas e o José Carlos?

Mayara regressa à casa toda triste e sem mais vontade de voltar à escola, chegado à casa, ela
encontra a sua mãe a preparar o almoço e cumprimenta-a dizendo:

- Boa tarde mãe!

A mãe saúda a sua filha e de imediato pergunta-a como foram as aulas, e com a tristeza
evidente nos seus olhos a mãe não exitou em pergunta-la porque ela estava triste e Mayara ao
ouvir este questionamento da sua mãe pôs-se a chorar mais uma vez explicando o que tivera
ocorrido na escola.
No dia seguinte como era de costume e com os alunos já dentro da sala, a professora chega e
os alunos cumprimentam-na e de seguida dá inicio à aula.

Minutos depois a Mayara chega à escola juntamente com os seus pais que por ventura eram
muito amáveis e dedicados a sua filha. O motivo que os trouxera naquele dia era o facto da
sua amável filha não querer ir à escola, visto que, a mesma temia ser gozada pelos seus
colegas por apresentar uma aparência física diferente dos outros colegas.

A dona Clara, mãe da Mayara pede licença e a professora atende:

-Sim, em posso ajudar?

A mãe da Mayara explica a professora o motivo que lhe trouxera à escola falando dos
problemas que a sua filha vem enfrentando na sala de aulas. A professora por sua vez afirmou
que tem notado um mau estar da menina Mayara, mas que não levara a caso e desculpou-se
aos pais e comprometeu-se em intervir.

A aula daquele dia seria sobre as sílabas onde os mesmos aprenderiam a dividir as palavras,
mas o que viera mudar pois a professora dar-lhes-ia uma aula diferente daquela falando sobre
o amor e o respeito pelos outros.

Os pais da Mayara, a Sra. Carla e o Sr. Langa apelaram a sua filha que entrasse na sala de
modo que não perdesse a aula, mas ela recusou-se, pois sentia-se insegura, ameaçada e
incapaz de brincar no pátio com os seus colegas. Após muita insistência por parte dos pais e
da professora, Mayara acabou aceitando e a professora mais uma vez deu inicio a aula
contando-lhe uma história sobre o amor e respeito ao próximo. Os meninos ao ouvir a história
emocionaram-se e mudaram de atitude, a Ciara e os outros colegas que tanto gozavam dos
outros pediram desculpas a Mayara e a Ana Maria prometendo assim que nunca mais
voltariam a ofender qualquer que seja a pessoa.

Naquela aula os alunos aprenderam que todos são iguais e que merecem ser tratados com o
devido respeito.

No momento do intervalo José Carlos e as três amigas convidaram a Ana Maria e a Mayara
que fossem brincar no pátio até aos dias de hoje eles tornaram-se melhores amigos.

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