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Introdução
estratificado
estratificado
ondulado
bolhas
alongadas
golfadas
anular
bolhas
dispersas
gás
líquido
(a) (b)
Figura 1.4 – Mecanismos de formação de golfadas: (a) instabilidades de Kelvin-
Helmholtz; (b) acumulação de líquido devido à mudança de inclinação.
Figura 1.5 – Longa golfada de líquido viajando através do riser : golfada severa.
Introdução_______________________________________________________ 5
1.1
Objetivo
1.2
Organização do Trabalho
2.1
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Padrões de Escoamento
O primeiro mapa de padrões de escoamento foi proposto por Baker (1954). Este
mapa é apresentado na Fig. 2.2. Nota-se no referido gráfico que a abscissa é
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0 .5
⎡ρ ρ ⎤
λ=⎢ G L ⎥
⎣ ρ A ρW ⎦
1/ 3
σ ⎡µ ⎛ρ
2⎤
⎞
Ψ = L ⎢ L ⎜⎜ W ⎟⎟ ⎥
σ W ⎢ µW ⎝ ρ L ⎠ ⎥
⎣ ⎦
Figura 2.2 – Mapa dos padrões de escoamento proposto por Baker (1954).
Diversos outros mapas foram sugeridos no decorrer dos anos seguintes, porém
ainda puramente baseados em observações experimentais. Seguem alguns exemplos:
Revisão Bibliográfica___________________________________________________________________ 10
Kosterin (1949), White e Huntington (1955), Govier e Omer (1962) e Mandhane et al.
(1974). Uma análise crítica destes trabalhos pode ser encontrada em Taitel e Dukler
(1976) .
A disponibilidade crescente de dados experimentais mostrava claramente a
dificuldade em se generalizar as correlações disponíveis, gerando grande necessidade
pelo desenvolvimento de modelos teóricos capazes de prever as faixas em que os
regimes de escoamento aconteciam.
Taitel e Dukler (1976) desenvolveram um modelo teórico mecanicista capaz de
prever as transições entre os diversos regimes de escoamento, para tubulações
horizontais e levemente inclinadas, estabelecendo grupos adimensionais que
representassem razões entre as forças mais importantes governando as transições. As
fronteiras entre os padrões eram então previstas analiticamente, mostrando-se ainda
que, para cada ângulo de inclinação da tubulação, eram necessários apenas dois
parâmetros adimensionais para descrever a transição entre dois padrões quaisquer.
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2.2
Regime de Golfadas
O padrão de golfadas tem sido vastamente estudado ao longo dos anos, tanto
experimentalmente quanto numericamente. Correlações e observações experimentais
para as principais propriedades das golfadas são extremamente importantes para
validar os resultados obtidos numericamente. A seguir, a revisão bibliográfica
referente ao regime de golfadas está subdividida em duas seções: a primeira,
englobando os estudos experimentais mais importantes referentes à determinação dos
principais parâmetros das golfadas (comprimento, velocidade e freqüência); e a
segunda, envolvendo as principais metodologias numéricas utilizadas na previsão do
regime de golfadas em tubulações, com especial ênfase dada ao Modelo de Dois
Fluidos.
2.2.1
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Estudos Experimentais
Scott, 1969; Heywood e Richardson, 1979; Tronconi, 1990). No entanto, são válidas
estritamente para posições axiais suficientemente longe da entrada da tubulação, de
modo que o regime já tenha se desenvolvido espacialmente (no trabalho de Gregory e
Scott, por exemplo, uma distância de 300D da entrada foi escolhida). Segundo
Tronconi (1990), dois fatores contribuem para que a freqüência das golfadas (longe da
região de entrada) seja menor do que a freqüência das ondas que surgem na interface
do escoamento estratificado. Primeiramente, apenas uma fração das ondas
efetivamente origina golfadas. Ainda, algumas das golfadas originadas são instáveis e
se dissipam, ou são absorvidas por outras cuja velocidade de translação é maior. Este
processo contribui para que as golfadas aumentem de comprimento e diminuam, por
conseguinte, a sua freqüência na tubulação. O autor especula que a freqüência de
geração de ondas seja aproximadamente o dobro da freqüência das golfadas para um
regime de golfadas em desenvolvimento. Para um regime de golfadas desenvolvido,
quando aproximadamente todas as ondas devem originar golfadas, a freqüência de
golfadas próximo à região da entrada deve ser o dobro daquela longe da entrada.
Revisão Bibliográfica___________________________________________________________________ 15
2.2.2
Estudos Numéricos
toda a região estável segundo a análise invíscida é instável segundo a análise viscosa.
Contrariamente aos resultados para o duto em inclinações ascendentes e na horizontal,
a curva representando o critério não-viscoso apresenta melhor concordância com os
dados experimentais. Este fato também é observado nos resultados da análise de
estabilidade não-linear realizada nas equações do modelo. Os aspectos comentados
acima encontram-se ilustrados na Fig. (2.6).
Na derivação do critério de estabilidade, os autores argumentam ainda que, para
perturbações de longos comprimentos de onda, o efeito da tensão superficial deve ser
muito pequeno, sendo o termo devido a esta influência desprezado no critério de
estabilidade. No entanto, nenhum argumento quantitativo é apresentado para justificar
esta escolha.
O Modelo de Dois Fluidos foi também recentemente utilizado para a previsão
da formação do regime de golfadas a partir do escoamento estratificado, através de
uma metodologia desenvolvida por Issa e Kempf (2003) denominada de “slug
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capturing” (ou “captura das golfadas”). A grande vantagem desta abordagem frente às
outras metodologias, como por exemplo, “slug tracking” (Bendiksen et al., 1991,
Nydal e Banerjee, 1996) e “empirical slug specification” (De Henau e Raithby, 1995)
doravante denominadas “acompanhamento das golfadas” e “especificação empírica
das golfadas”, respectivamente) é o fato de conseguir prever a transição e o
desenvolvimento do padrão de golfadas através do crescimento natural de
instabilidades inerentes ao sistema de equações sendo resolvido. Isto elimina a
necessidade da introdução de critérios de transição entre os padrões no modelo. As
golfadas se desenvolvem, crescem e podem coalescer ou se dissipar, a depender
unicamente da solução numérica do sistema de equações de conservação de massa e
de quantidade de movimento linear das fases. A única informação empírica requerida
é para as equações de fechamento envolvendo as forças viscosas interfaciais (líquido
– parede, gás – parede e líquido-gás). No entanto, para a previsão da formação e
subseqüente desenvolvimento das golfadas a partir do escoamento estratificado, é
preciso que o espaçamento da malha seja pequeno o suficiente para que capture
corretamente o crescimento das instabilidades presentes no escoamento. Isto tende a
desrespeitar o compromisso entre acurácia e rapidez, principalmente no que concerne
às simulações de dutos cuja extensão pode atingir quilômetros. Assim, em boa parte
das situações práticas de interesse, a resolução numérica inadequada exige que outros
Revisão Bibliográfica___________________________________________________________________ 19
critérios sejam usados para estabelecer o padrão local de escoamento, conforme feito
na maior parte dos códigos comerciais existentes (Issa e Kempf, 2003).
A filosofia de acompanhamento da golfada utiliza uma abordagem
lagrangeana, visando acompanhar a translação das golfadas individualmente.
Normalmente, assume-se que o regime de golfadas se desenvolveu segundo algum
critério, que usualmente é baseado no conceito de mapas de padrões de escoamento.
Subseqüentemente, monitora-se continuamente a frente e a cauda das golfadas ao
longo da tubulação, e os fluxos de massa e quantidade de movimento são alimentados
nas equações do Modelo de Dois Fluidos. Neste tipo de análise, algumas
características das golfadas são modeladas empiricamente. Este tipo de metodologia
encontra-se implementada no sofwtare comercial OLGA (Bendiksen et al., 1991), por
exemplo.
Um exemplo do uso da metodologia de “especificação empírica da golfada”
pode ser encontrado no trabalho de De Henau e Raithby (1995). Os autores
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assim como o ponto de inversão de fases e viscosidade efetiva da mistura líquida. Nos
resultados do estudo, mostrou-se a existência de altas perdas de carga próximo ao
ponto de inversão de fases.
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3
Modelagem Matemática
De um modo geral, linhas de petróleo são formadas por tubulações que podem
se estender por quilômetros. Como conseqüência as maiores variações dos parâmetros
de escoamento se dão principalmente na direção axial, o que justificaria uma
abordagem unidimensional. Além disso, conforme apontado em diversas referências
(Lin e Hanratty, 1986; Taitel e Barnea, 1994; Issa, 2005), as características principais
do escoamento no regime de golfadas se desenvolvem a partir da dinâmica das
perturbações de longos comprimentos de onda, as quais são aproximadamente
unidimensionais (mesmo a geometria deste padrão sendo essencialmente
tridimensional). Por outro lado, os efeitos tridimensionais são determinantes para
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ondas de pequenos comprimentos de onda (Andritsos e Hanratty, 1986; Kuru et. al,
1995; Hervieu, E. e Seleghim Jr., P., 1999). Portanto, não é recomendável o uso desta
formulação na tentativa de se prever o regime estratificado ondulado (Bonizzi, 2003),
a não ser que outras relações constitutivas sejam incorporadas de modo a compensar
este fato.
Vale ainda enfatizar que a metodologia apresentada aqui (i.e., a metodologia de
“captura das golfadas”), a qual utiliza o Modelo de Dois Fluidos para prever a
transição natural do escoamento estratificado para o regime de golfadas, está restrita à
tubulações horizontais e levemente inclinadas. Isto se dá pelo fato de que, para
maiores inclinações da tubulação, e especialmente as inclinações ascendentes, outros
mecanismos tornam-se importantes na transição para golfadas (Barnea, 1987;
Bonizzi, 2003). Isto não significa, no entanto, que o modelo de dois fluidos não pode
ser utilizado para maiores inclinações da tubulação.
As equações para o Modelo de Dois Fluidos foram derivadas primeiramente por
Ishii (1975). O movimento das fases é descrito por um conjunto de equações de
conservação de massa e quantidade de movimento linear para cada uma delas (será
tratado apenas o caso isotérmico).
Os escoamentos bifásicos em tubulações são normalmente fenômenos
tridimensionais. No entanto, como mencionado acima, as aplicações práticas aqui
Modelagem Matemática _______________________________________________ 22
∫Z
AK
K dA
ZK = (3.1)
∫ dA
AK
Conservação de Massa:
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∂ ( ρ G α G ) ∂ ( ρ G α GU G )
+ =0 (3.2)
∂t ∂x
∂ ( ρ Lα L ) ∂ ( ρ Lα LU L )
+ =0 (3.3)
∂t ∂x
∂ ( ρ G α GU G ) ∂ ( ρ G α GU G2 )
+ =
∂t ∂x
∂ piG ∂h τ S τ S
= − αG − α G ρ G g L cos β − α G ρ G g sen β − wG G − i i (3.4)
∂x ∂x A A
∂ ( ρ Lα LU L ) ∂ ( ρ Lα LU L2 )
+ =
∂t ∂x
∂ p iL ∂h τ S τ S
= −αL − α L ρ L g L cos β − α L ρ L g sen β − wL L + i i (3.5)
∂x ∂x A A
SG
AG
Si γ /2
hL AL
SL
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pG piG
ρG = ≈ (3.6)
RT RT
AL A
α L + α G = 1, com α L = ; αG = G (3.7)
A A
1 ⎡ −1
αG = ⎢cos (ξ ) − ξ 1 − ξ 2 ⎤⎥ (3.8)
π⎣ ⎦
D π D2
AG = [SG − Si ξ ] ; AL = − AG ; (3.10)
4 4
⎛γ ⎞
cos ⎜ ⎟ = − ξ (3.11)
⎝2⎠
sendo
h
ξ = 2 L −1 (3.12)
D
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3.1
Equações de Fechamento
1
τ= f ρ ur ur (3.13)
2
Wallis, 1969), Taitel e Dukler (1976), Andritsos e Hanratty (1986) e Hand (1991). De
acordo com o estudo realizado por Issa e Kempf (2003) e Bonizzi (2003), foi revelado
que as correlações mais adequadas para o escoamento estratificado encontram-se na
Tabela 3.1.
ρ U D
Re sL = L sL (3.14)
µL
4 AG U G ρ G
Re G = (3.15)
(SG + S i )µG
4 AG U G − U L ρ G
Re i = (3.16)
(SG + S i )µ G
U sL = α L U L (3.17)
Para finalizar, é necessária uma relação entre as pressões interfaciais das fases.
Duas abordagens distintas serão utilizadas. Na primeira, a diferença entre as pressões
de gás e líquido na interface será desprezada, i.e., pGi = p Li . Na segunda, um salto de
pressão será introduzido e calculado através de (Barnea e Taitel, 1994):
∂ 2 hL
piG − piL = σ (3.18)
∂x 2
movimento linear. A equação para o líquido pode então ser reescrita como
∂ ( ρ Lα LU L ) ∂ ( ρ Lα LU L2 )
+ = (3.19)
∂t ∂x
∂ piG ∂ 3 hL ∂h τ S τS
= − αL + αLσ − α L ρ L g L cos β − α L ρ L g sen β − wL L + i i
∂x ∂x 3
∂x A A
3.2
Condições de Contorno e Iniciais
αG, UsG
Patm
UsL
ENTRADA SAÍDA
x
Figura 3.2– Condições de contorno utilizadas.
Modelagem Matemática _______________________________________________ 27
∂ piG ⎛ τ S + τ wG S G ⎞
= −⎜ wL L ⎟ − (ρ Lα L + ρ Gα G )g senβ (3.20)
∂x ⎝ A ⎠
Nos trabalhos de Issa e Kempf (2003) e Bonizzi (2003), a pressão inicial foi
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[i (ω t − k p x)]
φ = φ eq + φ 0 e (3.21)
1/ 2
⎡α α A ⎤
U G − U L < K ⎢( L + G )( ρ L − ρ G ) g cos β ⎥ (3.22)
⎣ ρ L ρG dAL / dhL ⎦
(CV − C IV ) 2
KV = 1 − (3.23)
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( ρ L − ρG ) A
g cos β
ρ ρ dAL
( L + G)
α L αG dhL
dAL
= D 1 − ξ 2 = D sen (γ / 2) (3.24)
dhL
hL
K = K TD = 1 − (3.25)
D
U 2 ⎛α ⎞
U ⎛ h ⎞ α
( sG − sL ) 2 < ⎜1 − L ⎟ [(ρ L − ρ G )g cos β D ] ⎜⎜ L + G ⎟⎟ (3.26)
αG αL ⎝ D⎠ ⎝ ρ L ρG ⎠
com
∂ p iG τ S τ S
− αG − α G ρ G g sen β − wG G − i i = 0 (3.28)
∂x A A
∂ piG τ S τ S
−αL − α L ρ L g sen β − wL L − i i = 0 (3.29)
∂x A A
τ wL S L τ wG S G τ i Si ⎛ 1 1 ⎞
− α L (ρ L − ρ G )g sen β − − − ⎜⎜ + ⎟⎟ = 0 (3.30)
AL AG A ⎝αL αG ⎠
calculado este parâmetro, verifica-se o critério dado pela eq. (3.26). A estratégia para
obter a curva de transição é varrer todo o espectro do mapa de velocidades
superficiais, verificando que sempre que o critério para a estabilidade for violado,
deve haver uma mudança no padrão de escoamento.
Um procedimento semelhante pode ser criado para definir as transições entre os
outros regimes de escoamento, como golfada e anular, golfada e bolhas, etc. No
Apêndice C encontra-se um resumo dos critérios propostos por Taitel e Dukler
(1976), sendo utilizados aqui para construir os mapas de padrão de escoamento para
cada configuração investigada.
4
Método Numérico
∆x
(a)
∆x
(b)
cada fase. Além disto, no trabalho de Ortega Malca (2004), observou-se que a
formulação não-conservativa é muito dissipativa, suprimindo as instabilidades que
dão origem às golfadas e formando apenas ondas de amplitude aproximadamente
constante que viajam ao longo da tubulação.
A seguir, os detalhes numéricos da formulação serão apresentados.
4.1
Fração Volumétrica
e t + ∆t ∂( ρ α ) t + ∆t e ∂( ρ α U )
A∫ G G dt dx + G G G dx dt = 0
∫ A ∫ ∫ (4.1)
w t ∂t t w ∂x
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( ρ Gα G ) P − ( ρ Gα G ) oP
A∆x + ( ρ GU G ) e Aαˆ G , e − ( ρ GU G ) w Aαˆ G , w = 0
∆t
(4.2)
o
onde ρG, o
P e α G, P são referentes ao instante de tempo anterior. A fração
~ ~
Fe = ρˆ G ,eU G ,e A ; Fw = ρˆ G , wU G , w A (4.7)
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( ρ G α G ) P − ( ρ G α G ) oP ~ ~
A∆x + Fe ,0 α G , P − − Fe ,0 α G , E −
∆t (4.8)
~ ~
Fw ,0 α G ,W + − Fw ,0 α G , P = 0
a P α G , P = a E α G , E + aW α G ,W + b (4.9)
~ ~ oα o o o ∆x
a E = − Fe ,0 ; aW = Fw ,0 ; b = a P G , P ; a P = ρ G , P A ∆t (4.10)
∆x ~ ~
a P = ρ G, P A + Fe ,0 + − Fw ,0 (4.11)
∆t
Nas eqs. (4.10) a (4.11), nota-se que todos os coeficientes são sempre
positivos, o que garante que a fração volumétrica do gás seja sempre maior ou
igual a zero, conforme desejado.
A fração volumétrica da fase líquida pode ser diretamente determinada
através da relação (3.7):
Método Numérico _________________________________________________ 34
α L, P = 1 − α G , P (4.12)
4.2
Velocidades
t + ∆t e ⎛ t + ∆t ⎡ ⎛ 2 ⎞⎤
⎜ ∂ 3 hL ⎞⎟ ⎢ ~ ⎜ ∂ hL ∂ 2 hL ⎟ ⎥
A ∫ ∫ − α Lσ dx dt = A ∫ − α L, wσ ⎜ − ⎟⎥ dt
⎜ ∂x 3 ⎟⎠ ⎢ ⎜ ∂x 2 ∂ 2 ⎟
t w⎝ t ⎢ ⎝ x W ⎠⎥⎦
⎣ P
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(4.13)
Na eq. (4.13), α~L,w é calculado através de uma média aritmética entre α L, P e
aw
U K ,w = a wwU K ,ww + aeU K ,e + b +
γ
(4.15)
aw
(1 − γ ) U *
− α K ,w A( PGi , P − PGi ,W )
γ K ,w
Método Numérico _________________________________________________ 35
*
Na eq. (4.15), a variável U K ,w refere-se à velocidade da fase K na iteração
anterior. Os coeficientes são determinados através das seguintes expressões:
∆x
aww = FW ,0 ; ae = − FP ,0 ; awo = ρ Ko ,wα Ko ,w A
∆t (4.16)
aw = aww + ae + a + SP∆ x ; b = a U
o
w
o
w
o
K ,w + SC∆ x
FP = ( ρ K α K U K ) P A = ( Fw + Fe ) / 2 ;
(4.17)
FW = ( ρ K α K U K )W A = ( Fww + Fw ) / 2
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Fw = ( ρ K α K U K ) w A = ρ~ K ,wα~ K , wU K , w A (4.18)
As expressões para Fww e Fe são análogas. Para avaliar ρ~K , w e α~K , w , uma
onde:
b grav,G = − ρ G ,wα G ,w gAsenβ (4.20)
h L, P − h L,W
bh,G = − ρ G , wα G ,w gA cos β (4.21)
∆x
1
b parede,G = fG ,w ρG ,wSG ,w U G , w (4.22)
2
Método Numérico _________________________________________________ 36
1
binterface = fi ,w ρG ,wSinterface, w U G ,w − U L, w (4.23)
2
onde:
⎧ − α~ L,wσ A
⎪ ( )
h L, E + 3h L,W − h L,WW − 3h L, P , se PGi ≠ PLi
⎪ ∆x2
⎪ (4.25)
bsalto = ⎨
⎪0, se P = P
⎪ Gi Li
⎪
⎩
b grav, L = − ρ L,wα L,w gAsenβ (4.26)
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h L , P − h L ,W
bh, L = − ρ L, wα L, w gA cos β (4.27)
∆x
1
b parede, L = f L, w ρ L , wS L, w U L, w (4.28)
2
4.3
Pressão
∂α L ∂(α LU L ) 1 ⎡ ∂( ρ G α G ) ∂( ρ G α GU G ) ⎤
+ + + ⎥=0
ref ⎢⎣
(4.29)
∂t ∂x ρG ∂t ∂x ⎦
(4.30)
⎡ ⎤
⎢ 1 (ρ ∆x
G , P α G , P A − ρ G , P α G , P A) + (α L, P A − α L, P A)⎥
o o o +
⎢ ref ⎥ ∆t
ρ
⎢⎣ G ⎥⎦
1
( ρˆ G , eαˆ G , eU G , e A − ρˆ G , wαˆ G , wU G , w A) + αˆ L, eU L, e A − αˆ L, wU L, w A = 0
ref
ρG
α~ K , w A
U K ,w = U K ,w −
ˆ ( PGi , P − PGi ,W ) (4.31)
aw / γ
α~ K ,e A
U K , e = U K ,e −
ˆ ( PGi , E − PGi , P ) (4.32)
ae / γ
com
a ww U K , ww + a e U K ,e + b + (1 − γ ) ( a w / γ ) U K
*
,w
U K ,w =
ˆ (4.33)
aw / γ
Método Numérico _________________________________________________ 38
a w U K , w + a ee U K ,ee + b + (1 − γ ) ( a e / γ ) U *K ,e
U K ,E =
ˆ (4.34)
ae / γ
PP P
ρ G,P = = P ρ Gref (4.35)
RT Pref
a P PP = aW PW + a E PE + b (4.36)
⎛ ρ G , wα~G , w α G , w α L,w ⎞ 2
aW = ⎜⎜ + α~L , w ⎟A
⎝ ρG
ref
a w ,G / γ a w, L / γ ⎟⎠
(4.37)
⎛ ρ G ,eα~G ,e α G ,e α L ,e ⎞ 2
a E = ⎜⎜ + α~L ,e ⎟A
⎟
⎝ ρ ref
G a e , G / γ a e , L / γ ⎠
α G, P A
a P = aW + a E + SP ∆x ; SP = (4.38)
Pref ∆t
⎡⎛ ρ G , wα~G , w ~
ˆ + α~ Uˆ ⎞⎟ − ⎛⎜ ρ G ,eα G ,e Uˆ + α~ Uˆ ⎞⎟⎥ A +
⎤
b = ⎢⎜⎜ U L,w L,w ⎟ ⎜ L ,e L , e ⎟
⎣⎢⎝ ρ G ⎠ ⎝ ρG
ref G ,w ref G ,e
⎠⎦⎥
(4.39)
⎡ PPoα Go , P ⎤ ∆x
⎢ (
− α L , P − α Lo, P )
⎥A
⎢⎣ Pref ⎥⎦ ∆t
4.4
Condições de Contorno
U N +1 − U N U N − U N −1 3U N − U N −1
= ∴ U N +1 =
∆x / 2 ∆x 2
(4.40)
α N − α N −1 α N −1 − α N −2
= ∴ α N = 2α N −1 − α N −2
∆x ∆x
4.5
Procedimento de Execução
4.6
Formação da Golfada
uma vez que se nenhum procedimento ad-hoc for realizado, é possível que surjam
valores anormalmente altos da velocidade do gás à jusante da golfada.
Assim, conforme recomendações de Issa e Kempf (2003) e Bonizzi (2003),
o surgimento das golfadas na tubulação é monitorado através de uma nova
variável introduzida para avaliar a fração volumétrica nas faces dos volumes de
controle escalares, onde as velocidades são resolvidas. Portanto, para detectar o
surgimento de golfadas, a fração de gás nas faces é calculada segundo uma média
harmônica entre os valores nos pontos nodais W e P, como
2 α G ,W α G , P
α~Gflag
,w = (4.41)
(α G ,W + α G , P )
Bonizzi, 2003), a velocidade do gás deve ser especificada igual a zero. Para tal, os
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aw
= 1, a ww = 0, a e = 0 e
γ
(4.42)
aw *
b + (1 − γ ) UG , w − α G , w A( PGi , P − PGi ,W ) = 0
γ
4.7
Malha Computacional e Passo de Tempo
max( U w )∆t
C= (4.43)
∆x
∆x
∆t ≤ C (4.44)
max( U w )
4.8
Critério de Convergência
4.9
Cálculo dos Parâmetros Médios das Golfadas
x 2 − x1
U t ,n = (4.47)
∑ ∆t
1→ 2
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LS ,n = U t ,n ∑ ∆t (4.48)
f →c
Desta forma, cada valor discreto de freqüência pode ser definido como o
inverso do intervalo que decorre entre a passagem de duas frentes consecutivas de
golfadas por xo. Portanto, pode-se escrever:
1
ν S ,n = (4.49)
∆t n
N N N
∑ U t ,n ∑ LS , n ∑ν S ,n
Ut = n =1
, LS = n =1
, νS = n =1
(4.50)
N N N
∂Φ ∂Φ
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A +B =C (5.1)
∂t ∂x
det[B − λ A] = 0 (5.2)
5.1
Caso Incompressível
Conservação de Massa:
∂α G ∂α ∂U G
+ UG G + αG =0 (5.3)
∂t ∂x ∂x
∂α L ∂α L ∂U L
+ UL + αL =0 (5.4)
∂t ∂x ∂x
∂U G ∂U G α G ∂ piG ∂h
αG + α GU G + + α G g L cos β = SU G (5.5)
∂t ∂x ρG ∂ x ∂x
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∂U L ∂U L α L ∂ piL ∂h
αL + α LU L + + α L g L cos β = SU L (5.6)
∂t ∂x ρL ∂x ∂x
onde
τ wG S G τ i S i
SU G = − α G g sin β − − (5.7)
Aρ G Aρ G
τ wL S L τ i S i
SU L = − α L g sin β − + (5.8)
Aρ L Aρ L
α L + αG = 1 (5.9)
∂ 2 hL
piG − piL = σ κ onde κ= (5.10)
∂ x2
logo
Análise da Hiperbolicidade do Modelo de Dois Fluidos_________________________ 53
∂ hL ∂ hL ∂ α L ∂ αL
= =D (5.12)
∂x ∂ αL ∂ x ∂x
onde
∂ hL A πD
D= = = (5.13)
∂ α L dAL / dhL 4 sen (γ / 2 )
∂α G ∂α ∂U L
− − UL G +αL =0 (5.14)
∂t ∂x ∂x
∂U L ∂U L α L ∂ piG ∂α
αL + αL UL + + α L ℘ G = SU L (5.15)
∂t ∂x ρL ∂ x ∂x
onde
σ ∂κ
℘ = gD cosβ − (5.16)
ρ L ∂α L
Φ = [α G p iG ]
T
UG UL (5.17)
⎡1 0 0 0⎤
⎢− 1 0 0 0⎥⎥
A=⎢ (5.18)
⎢ 0 αG 0 0⎥
⎢ ⎥
⎣0 0 αL 0⎦
⎡ UG αG 0 0 ⎤
⎢ −U L 0 αL 0 ⎥⎥
B=⎢ (5.19)
⎢− α G gD cos β α G U G 0 α G / ρG ⎥
⎢ ⎥
⎣ −αL ℘ 0 αL UL αL / ρL ⎦
[
C = 0 0 SU G ]
SU L T (5.20)
[λ1 λ2 0 0] (5.21)
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−b ± ∆
λ1,2 = (5.22)
2a
a = α G ρ L + α L ρG (5.23)
b = −2(α G ρ L U L + α L ρG U G ) (5.24)
2 + α ρ U 2 − α α ⎡ ( ρ − ρ ) g cos β D − σ ∂κ ⎤
c~ = α L ρGU G (5.25)
G L L G L⎢ L G ⎥
⎣ ∂α L ⎦
∆ = b 2 − 4ac~ (5.26)
⎡ ∂κ ⎤⎛ α L α G ⎞
(U G − U L ) 2 ≤ ⎢(ρ L − ρG ) g cos β D − σ ⎥⎜ + ⎟⎟ (5.27)
⎣ ∂α L ⎦⎜⎝ ρ L ρG ⎠
Análise da Hiperbolicidade do Modelo de Dois Fluidos_________________________ 55
⎡ ∂κ ⎤⎛ ∂hL ⎞⎛ α L α G ⎞
(U G − U L ) 2 ≤ ⎢(ρ L − ρ G ) g x − σ ⎥⎜ ⎟⎟⎜⎜ + ⎟⎟ (5.28)
⎣ ∂hL ⎦⎜⎝ ∂α L ⎠⎝ ρ L ρ G ⎠
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[i (ω t − k p x)]
hL = hLeq + hL 0 e (5.29)
∂ 2 hL
κ= = −k 2p hL (5.30)
∂ x2
e, portanto:
∂κ
= − k 2p (5.31)
∂hL
[(ρ L − ρG ) g x + σ k 2
p ] = [(ρ L − ρ G ) g x D 2 + σ k p2 D 2
D 2
] = [Eo + (k
p D) 2 ] Dσ 2
(5.32)
regiões em que o Modelo de Dois Fluidos é bem- ou mal-posto será afetada pelo
salto de pressão na interface entre os fluidos. Para os casos simulados no presente
trabalho (tomando a ordem de grandeza das variáveis como ρL ~ 1000 kg/m3, ρG ~
1 kg/m3, g ~10 m/s2, D ~ 0,1 m e σ ~ 0,1 N/m), Eo ~ 1000. Assim, para longos
comprimentos de onda nenhum efeito deve ser esperado na natureza das equações.
Um procedimento de adimensionalização realizado diretamente nas equações de
quantidade de movimento do Modelo de Dois Fluidos mostra que, para Eo >>1, o
termo da tensão superficial pode ser desprezado diretamente, portanto, nestas
condições, de fato a tensão superficial não deveria ter qualquer efeito sobre o
critério (vide apêndice B).
Neste ponto, vale enfatizar que o intuito aqui é apenas demonstrar que o
salto de pressão interfacial, mesmo sendo um efeito fisicamente existente, não traz
vantagens adicionais ao modelo para os casos práticos de interesse; e isto é
demonstrado através de experimentos numéricos apresentados nas seções
seguintes. Assim, não serão testados casos em que Eo <<1, mesmo porque haveria
dúvidas quanto à validade do modelo para estes casos, uma vez que, mantendo o
mesmo sistema bifásico ar-água, seria necessário um diâmetro da ordem do
milímetro para atingir um Eo tão pequeno. Desta forma, os termos de interação
interfacial teriam de ser reavaliados.
Análise da Hiperbolicidade do Modelo de Dois Fluidos_________________________ 57
ordem seria: 2 π/λp= π/∆x= 50/D, logo ∆x ~ 0,06 D . Utilizar tamanha resolução
seria certamente impraticável para a maioria dos casos de interesse. Mas ainda
assim, mesmo que uma resolução de malha bastante fina fosse utilizada, o uso de
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100.00
k p = 10/D k p = 50/D
k p = 200/D
10.00
UsL ( m / s )
1.00
0.10 kp= 0
0.01
0.1 1.0 10.0 100.0
U sG ( m / s )
Figura 5.1 – Mapas de UsL vs. UsG: Influência do número de onda nas curvas de
transição entre as regiões em que o modelo é bem- e mal-posto.
5.2
Caso Compressível
p iG γ cp
ρG = = 2 piG ; γ* = (5.33)
RT c cv
∂α G ∂α 1 ⎡ ∂ ρG ∂ ρG ⎤ ∂U G
+ UG G + ⎢α G ∂t + α GU G ∂ x ⎥ + α G ∂ x = 0 (5.34)
∂t ∂x ρG ⎣ ⎦
∂α G ∂α ∂U L
− − UL G +αL =0 (5.35)
∂t ∂x ∂x
∂U G ∂U G c 2 α G ∂ ρ G ∂α G
αG + α GU G + + α G gD cos β = SU G (5.36)
∂t ∂x γ * ρG ∂ x ∂x
Análise da Hiperbolicidade do Modelo de Dois Fluidos_________________________ 59
∂U L ∂U L α L c 2 ∂ ρ G ∂α
αL +αL UL + + α L ℘ G = SU L (5.37)
∂t ∂x ρL γ * ∂x ∂x
Φ = [α G UG UL ρ G ]T (5.38)
⎡1 0 0 α G / ρG ⎤
⎢− 1 0 0 0 ⎥
A=⎢ ⎥ (5.39)
⎢ 0 αG 0 0 ⎥
⎢ ⎥
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⎣0 0 αL 0 ⎦
⎡ UG αG 0 α G U G / ρG ⎤
⎢ −UL 0 αL 0 ⎥
B=⎢ ⎥ (5.40)
⎢− α G gD cos β αG UG 0 (c 2 / γ *) (α G / ρ G )⎥
⎢ ⎥
⎣ −αL ℘ 0 αL UL (c 2 / γ *) (α L / ρ L ) ⎦
[
C = 0 0 SU G ]
SU L T (5.41)
λ4 − 2(U L + U G )λ3 +
⎡ α ⎛ ∂κ ρ c 2 ⎞⎤ 2
+ ⎢(U L + U G ) 2 + 2 U L U G + L ⎜⎜ ρ L gD cosβ − σ − G ⎟⎥ λ +
⎣⎢ ρL ⎝ ∂α L α G γ * ⎟⎠⎥⎦
⎡ α ⎛ ∂κ ρ c2 ⎞ c2 ⎤
− ⎢U L U G (U L + U G ) + L ⎜⎜ ρ L gD cosβ − σ − G ⎟⎟ U G + UL⎥ λ +
⎢⎣ ρL ⎝ ∂α L α G γ * ⎠ γ * ⎥⎦
c2 2 αL ⎛ ∂κ ρ c2 ⎞ 2
+ U L2 U G2 − UL + ⎜⎜ ρ L gD cosβ − σ − G ⎟UG +
γ* ρL ⎝ ∂α L α G γ * ⎟⎠
c2 αL ⎛ ∂κ ⎞
− ⎜⎜ ( ρ L − ρ G ) gD cosβ − σ ⎟⎟ = 0
γ * ρL ⎝ ∂α L ⎠
(5.42)
L = 36 m
998,2 kg/m3, e sua viscosidade absoluta µ igual a 1,139 × 10-3 Pa.s. Dezenove valores
diferentes para as condições de contorno na entrada foram investigados (os quais
encontram-se especificados no Apêndice D), sendo a pressão na saída mantida constante
e igual à pressão atmosférica.
Segundo recomedações de Issa (2005), testes de malha devem ser constantemente
realizados devido ao problema da falta de hiperbolicidade do modelo. Para os casos
6.1
Obtenção dos Regimes Estratificado e de Golfadas
Nas seções 2.1 e 3.2, enfatizou-se a importância do uso dos mapas de padrões de
escoamento na seleção de condições de contorno adequadas para as simulações,
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100.00
Golfadas Estratificado BOLHAS DISPERSAS
10.00
UsL ( m / s )
1.00 GOLFADAS
ANULAR
0.10
ESTRATIFICADO ESTRATIFICADO
ONDULADO
0.01
0.1 1.0 10.0 100.0
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U sG ( m / s )
6.2
Investigação do Efeito do Hold-up de Líquido Inicial
Neste caso as velocidades superficiais de líquido e gás na entrada são iguais a 3 m/s e
0,55 m/s, respectivamente. Como pode ser observado na Fig. 6.2, nestas condições
espera-se que o regime de golfadas se desenvolva.
0.6
0.5
0.4
10 s 20 s 40 s
0.3
0.2
0.1
0.0
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
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(a)
65 s
64 s
63 s
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
(b)
Figura 6.3 – Desenvolvimento do regime de golfadas na tubulação para αL = 0,01:
(a) desenvolvimento do nível de líquido em equilíbrio, segundo Taitel e Dukler (1976); (b)
crescimento de perturbações na interface até formar a golfada precursora.
Segundo Taitel e Dukler (1977), é improvável que para níveis de líquido tão
baixos se desenvolvam ondas na interface. Mesmo quando o nível cresce, existe um
gradiente hidrostático entre as regiões em que o nível de líquido ainda corresponde a
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 65
αL = 0,01 e o resto do domínio. Este gradiente parece ser grande o suficiente para que
pequenas perturbações em torno da interface se dissipem, devido ao efeito estabilizante
da gravidade. Assim, o escoamento estratificado busca primeiramente um novo estado
de equilíbrio (em que o nível de líquido de equilíbrio equivale ao hold-up de equilíbrio
de Taitel e Dukler, 1976), até que pequenas ondas consigam se desenvolver na interface
mais achatada, cresçam, e formem a golfada precursora; a qual varre o excesso de
líquido à sua frente, crescendo de tamanho e caminhando para a saída da tubulação. No
presente caso, as golfada precursora ocorreu aproximadamente no instante de tempo
igual a 63 s (Fig. 6.3b). A partir daí sucessivas golfadas vão se formando, cada vez mais
à montante da golfada antecessora, até uma região próxima à entrada da tubulação.
Um comportamento semelhante é observado para valores do hold-up inicial
sucessivamente maiores até o valor de equilíbrio. A diferença é que o instante em que a
primeira golfada se forma é adiantado, assim como o tempo para que o regime de
golfadas se desenvolva. Isto é observado na Fig. 6.4. O nível de líquido aumenta
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1.0
Nível de Equilíbrio (Taitel & Dukler, 1976)
0.9
0.8 15 s
Hold-up do Líquido
0.7
0.6 9s
6s
0.5
3s
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
Figura 6.4 – Desenvolvimento do regime de golfadas na tubulação para αL = 0,25.
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 66
100.00
BOLHAS DISPERSAS
10.00
α L = α L,eq =0,7
UsL ( m / s )
0.10 ANULAR
ESTRATIFICADO ESTRATIFICADO
ONDULADO
α L =0,01
0.01
0.1 1.0 10.0 100.0
U sG ( m / s )
Figura 6.5 – Curvas para αL = constante, correspondentes aos valores do hold-up inicial
das simulações preliminares (UsL = 3 m/s e UsG = 0,55 m/s); superpostas ao mapa de padrões
de escoamento para a configuração utilizada.
6.3
Parâmetros Médios das Golfadas
envolveram três velocidades superficiais diferentes para o líquido (UsL = 0,55 m/s,
UsL = 0,625 m/s, e UsL = 1 m/s) e diversas velocidades superficiais do gás.
As Figuras 6.6 e 6.7 apresentam a evolução dos perfis de hold-up ao longo da
tubulação com o tempo, onde cada curva corresponde a um instante de tempo diferente.
As figuras ilustram o desenvolvimento do regime de golfadas na tubulação para dois
dos testes analisados, os quais correspondem às velocidades superficiais UsL = 0,55 m/s
e UsG = 2,18 m/s (Caso 1; Fig. 6.6); e UsL = 0,625 m/s e UsG = 2 m/s (Caso 2; Fig. 6.7).
Resultados dos parâmetros médios das golfadas (comprimento, velocidade e freqüência)
para estes casos serão detalhados nas sub-seções a seguir.
Na Fig. 6.6, correspondendo ao Caso 1, observa-se o surgimento da primeira golfada
com aproximadamente 15 s, ocorrendo um crescimento anormalmente alto do seu tamanho
ao viajar em direção à saída do domínio. Isto é uma conseqüência da condição inicial
imposta para o hold-up de líquido, a qual determina a quantidade de líquido que a golfada
encontra à sua frente. Naturalmente, como o excesso de líquido foi carregado pela golfada
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28 s
24 s
20 s
16 s
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
Figura 6.6 – Evolução dos perfis de hold-up com o tempo para o Caso 1: UsL = 0,55 m/s
e UsG = 2,18 m/s .
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 68
170 s
160 s
150 s
140 s
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
Figura 6.7 – Evolução dos perfis de hold-up com o tempo para o Caso 2: UsL = 0,625 m/s
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e UsG = 2 m/s .
6.3.1
Comprimento das Golfadas
Dois tipos de resultados encontram-se ilustrados nas Figs. 6.8 a 6.11 (para os dois
casos apresentados aqui): histogramas típicos do comprimento adimensional médio das
golfadas próximo à saída da tubulação; e ainda, a evolução do comprimento médio das
golfadas ao longo da tubulação.
Para ambos os casos analisados, observa-se nas Figs. 6.9 e 6.11 que o
comprimento médio das golfadas ao longo de toda a tubulação, situa-se dentro da faixa
observada experimentalmente, a qual compreende valores entre 15D e 40D (Dukler e
Hubbard, 1975; Fabre e Liné, 1992). Entretanto, de acordo com os histogramas,
comprimentos fora desta faixa também acontecem, e valores tanto acima quanto abaixo
foram obtidos. As golfadas obtidas nas simulações exibem um comportamento similar
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 69
condições iniciais); portanto 2,7 vezes o comprimento médio para o Caso 1, e 2,1 vezes
para o Caso 2. Este resultado também está de acordo com o modelo teórico de Barnea e
Taitel (1993), segundo o qual o máximo comprimento observado deve ser da ordem de
2 vezes o comprimento médio.
x = 30 m
25
20
No.de Ocorrências
15
10
0
0 8 16 24 32 40 48 56 64 Acima
Ls /D
Figura 6.8 – Caso 1: UsL = 0,55 m/s e UsG = 2,18 m/s. Histograma do comprimento
adimensional das golfadas próximo à saída da tubulação.
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 70
40
35
30
Ls / D
25
20
15
Figura 6.9 – Caso 1: UsL = 0,55 m/s e UsG = 2,18 m/s. Evolução do comprimento médio
das golfadas ao longo da tubulação.
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x = 30 m
18
16
14
No.de Ocorrências
12
10
8
6
4
2
0
0 8 16 24 32 40 48 56 64 Acima
Ls /D
Figura 6.10 – Caso 2: UsL = 0,625 m/s e UsG = 2 m/s. Histograma do comprimento adimensional
das golfadas próximo à saída da tubulação.
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 71
40
35
30
Ls / D
25
20
15
Figura 6.11 – Caso 2: UsL = 0,625 m/s e UsG = 2 m/s. Evolução do comprimento médio
das golfadas ao longo da tubulação.
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6.3.2
Velocidade de Translação das Golfadas
U t = C oU M + U d , com :
(6.1)
⎧C o = 1,05 e U d = 0,54 gD , se FrM < 3,5
⎪
⎨
⎪C = 1,2 e U = 0, se Fr > 3,5
⎩ o d M
1.5
Co
1.0
0.0
1.5
Co
1.0
0.0
A Figura 6.14 fornece uma comparação entre os valores das constantes Co obtidos
numericamente e o valor da constante na correlação de Bendiksen (1984), para as
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Figura 6.14 – Razão entre as constantes Co num,obtidas numericamente, e Co exp (Co exp = 1,05,
se UM < 3,06 m/s; Co exp = 1,2, se UM > 3,06 m/s) da correlação de Bendiksen (1984).
6.3.3
Freqüência das Golfadas
Caso 1). Do sinal obtido, calcula-se as freqüências das golfadas conforme descrito no
Capítulo 4. O resultado é mostrado nas Figs. 6.17e 6.18 (Casos 1 e 2, respectivamente),
onde fica evidente que a freqüência flutua randomicamente com o tempo, como é o caso
do comprimento das golfadas.
1.0
H o ld -u p d o L íq u id o
0.5
0.0
1.0
H old-up do Líquido
0.5
0.0
0.5
0.0
0.8
F req . ( 1 / s )
0.4
0.0
1, 2
⎡U ⎛ 19,75 ⎞⎤
ν s = 0,0226 ⎢ sL ⎜⎜ + U M ⎟⎟⎥ (6.2)
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⎣ gD ⎝ U M ⎠⎦
1.1
1.0
0.9
Sim. Numéricas
0.8
Freq. ( 1 / s )
0.6
0.5
0.4
0.1
0.0
1.2
1.1
1.0
0.9
Sim. Numéricas
0.8
Freq. ( 1 / s )
Gregory & Scott (1969)
0.7
0.6
0.5
0.4
UsL = 0.625 m / s
0.3
0.2
0.1
0.0
Figura 6.20 – Comparação dos valores médios da freqüência com a correlação de Gregory e
Scott (1969), para UsL = 0,625 m/s.
1.2
1.1
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1.0
0.9
Sim. Numéricas
0.8
Freq. ( 1 / s )
0.6
0.5
0.4
UsL = 1 m / s
0.3
0.2
0.1
0.0
Foi feita ainda uma comparação entre os valores médios da freqüência calculada
próximo à região de formação das golfadas, e próximo à saída da tubulação (Fig. 6.22).
Em todos os casos analisados, a freqüência diminui ao longo da tubulação, como
também observado em diversas referências na literatura (Taitel e Dukler, 1977;
Tronconi, 1990). Segundo Tronconi (1990), a razão entre os valores de freqüência
próximo à região de formação das golfadas e os valores próximo à saída da tubulação
deveria situar-se em torno de 2. Entretanto, para os casos simulados aqui, a razão média
entre estas duas freqüências foi de 17%, mostrando uma grande discrepância em relação
ao valor proposto pelo autor. Na verdade, a estimativa teórica proposta por Tronconi
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 77
Figura 6.22 – Razão entre as freqüências na próximo à região de formação das golfadas
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6.4
Investigação do Efeito do Salto de Pressão na Interface
30 s
20 s
10 s
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
Figura 6.23 – Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 1 m/s e UsG = 2 m/s;
∆x/D = 2,64.
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 79
30 s
20 s
10 s
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
Figura 6.24 – Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 1 m/s e UsG = 2 m/s;
∆x/D = 1,32.
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30 s
20 s
10 s
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
x(m)
1.0
Sim. Numéricas, sem salto de pressão
Freq ( 1 / s ) 0.8
0.4
0.2
0.0
0.4
0.2
0.0
A Figura 6.28 ajuda a justificar os testes numéricos realizados, uma vez que
ilustra a variação da influência relativa do termo fonte devido ao salto de pressão na
equação para determinar a velocidade do líquido (eq. 4.15) com o espaçamento da
malha. Para tal, uma nova variável é definida (b*):
a
b* = b + (1 − γ ) w U *K , w − α K , w A( PGi , P − PGi ,W ) (6.3)
γ
de modo que
Resultados para Tubulações Horizontais _____________________________________ 82
aw
U L, w = a wwU L, ww + aeU L, e + b* (6.4)
γ
1E-2
UsL = 1 m/s; UsG = 2 m/s
1E-3
1E-4
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1E-5
αG, UsG
patm
UsL
β β
L=21,34 m
L=21,34 m
L=0,3m
(a) tubulação em “V”
αG, UsG
patm
UsL
(b) L=42,98 m
β
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patm
Figura 7.1 – Configurações utilizadas: (a) tubulação em “V”; (b) tubulação horizontal e
(c) levemente inclinada.
7.1
Obtenção dos Regimes Estratificado e de Golfadas
Para o caso horizontal, Fig. 7.2, observa-se que o regime de golfadas foi
observado nos dois casos analisados, confirmando a expectativa esperada através do
Resultados para Tubulações Inclinadas ______________________________________ 86
mapa. Para o caso da tubulação inclinada, Fig. 7.3, o mapa de padrões prevê um
aumento da região de regime estratificado, englobando um dos casos que previamente
situava-se na região de golfadas. Esta tendência também foi observada nas simulações.
7.2
Características das Golfadas
dados necessários para uma análise quantitativa devido ao sigilo comercial exigido para
os mesmos. Adicionalmente, apesar da seção de teste em “V” utilizada na simulação ser
exatamente como no referido trabalho, o comprimento total da tubulação na bancada
experimental é de 420 m, pois foi utilizado um grande comprimento de tubulação a
montante e outro a jusante da seção de testes. Uma vez que a simulação em uma
tubulação de 420 m requer um excessivo esforço computacional e na falta de maiores
detalhes experimentais devido ao sigilo comercial, optou-se por realizar somente uma
comparação qualitativa.
7.2.1
Categoria 1
As Figuras 7.4 a 7.6 mostram a evolução dos perfis de hold-up com o tempo ao
longo da tubulação, para as três geometrias utilizadas e velocidades superficiais iguais a
UsL = 0,6 m/s e UsG = 0,64 m/s. O regime de golfadas é observado na tubulação
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horizontal, Fig. 7.4, mas não é observado para o caso em que a tubulação é descendente,
Fig. 7.5, (conforme já apontado pelos mapas de padrões apresentados na seção anterior).
Isto acontece devido ao efeito estabilizante exercido pela gravidade, a qual impede que
pequenas perturbações cresçam na interface e originem as golfadas. Para a seção em
“V”, ilustrada na Fig. 7.6, o regime de golfadas se desenvolve através da acumulação de
líquido no vale. Para as velocidades superficiais utilizadas, este foi exatamente o
comportamento observado experimentalmente por Al Safran et al. (2005).
A Tabela 7.1 apresenta os valores médios para a constante Co (calculado a partir
da eq. 6.1), freqüência (νs), e comprimento adimensional (Ls / D) das golfadas obtidos
numericamente para a posição axial x = 37 m. É interessante notar que o regime de
golfadas, resultante da acumulação de líquido no vale da seção em “V”, possui uma
freqüência superior àquela observada para o caso horizontal, o que ocorre pelo fato de
as golfadas possuírem um comprimento médio menor neste caso (já que as velocidades
não variam significativamente). Esta tendência também foi observada por Al Safran et
al. (2005). Ainda, o valor da constante Co para as golfadas iniciadas no vale da seção em
“V” situa-se próximo de 1,2 ; resultado este também obtido experimentalmente.
Resultados para Tubulações Inclinadas ______________________________________ 88
60 s
50 s
40 s
30 s
20 s
0 7 14 21 28 35 42
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x(m)
Figura 7.4 - Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 0,6 m/s e UsG = 0,64 m/s;
tubulação horizontal
60 s
50 s
40 s
30 s
20 s
0 7 14 21 28 35 42
x(m)
Figura 7.5 - Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 0,6 m/s e UsG = 0,64 m/s;
tubulação descendente
Resultados para Tubulações Inclinadas ______________________________________ 89
40
35
30
25
20
15
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10
0 7 14 21 28 35 42
Figura 7.6 - Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 0,6 m/s e UsG = 0,64 m/s;
seção em “V”.
Tabela 7.1 – Variação dos parâmetros médios das golfadas com a geometria da tubulação, em
x = 37m, para UsL = 0,6 m/s e UsG = 0,64 m/s
Geometria Co νs (1 / s) Ls / D
Horizontal 1,25 0,33 42,6
Descendente - - -
“V” 1,23 0,38 29,6
Resultados para Tubulações Inclinadas ______________________________________ 90
7.2.2
Categoria 2
As Figuras 7.7 a 7.9 apresentam a evolução dos perfis de hold-up com o tempo, ao
longo da tubulação, para as três geometrias utilizadas e velocidades superficiais iguais a
UsL = 1,22 m/s e UsG = 1,3 m/s. Pode-se observar que, ao contrário da Categoria 1, as
golfadas ocorrem em todos os casos analisados: tanto para o caso horizontal, Fig. 7.7,
quanto para o caso descendente ilustrado na Fig. 7.8 e para a seção em “V”, Fig. 7.9.
Nota-se que para esta categoria, o mecanismo de formação das golfadas é igual em todas
as geometrias,ocorrendo a aproximadamente a 7 m da entrada para todos os casos (na
realidade, a gravidade parece retardar um pouco a formação das golfadas, uma vez que
estas se formam, para o caso horizontal, um pouco mais perto da entrada).
Adicionalmente, nota-se que, devido às altas freqüências envolvidas, não há tempo
suficiente para que haja acumulação de líquido no vale da seção, portanto no caso da
seção em “V”, não surgem golfadas adicionais resultantes deste fenômeno, estando de
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70 s
60 s
50 s
40 s
30 s
20 s
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0 7 14 21 28 35 42
x(m)
Figura 7.7 - Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 1,22 m/s e UsG = 1,3 m/s;
tubulação horizontal
70 s
60 s
50 s
40 s
30 s
20 s
0 7 14 21 28 35 42
x(m)
Figura 7.8 - Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 1,22 m/s e UsG = 1,3 m/s;
tubulação descendente.
Resultados para Tubulações Inclinadas ______________________________________ 92
70 s
60 s
50 s
40 s
30 s
20 s
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0 7 14 21 28 35 42
x(m)
Figura 7.9 - Evolução dos perfis de hold-up com o tempo: UsL = 1,22 m/s e UsG = 1,3 m/s;
seção em “V”.
Tabela 7.2 – Variação dos parâmetros médios das golfadas com a geometria da tubulação,
para UsL = 1,22 m/s e UsG = 1,3 m/s.
Geometria Co νs (1 / s) Ls / D
Horizontal 1,40 0,95 13,9
Descendente 1,39 0,94 13,5
“V” 1,37 0,83 21,3
processo de crescimento das golfadas no caso horizontal parece sobrepor este fator para
longas distâncias axiais.
Para a seção em “V”, maiores comprimentos foram observados ao longo de toda a
tubulação; sendo que as maiores diferenças em relação às outras geometrias ocorrem na
parte ascendente da seção (a partir de 425 D, aproximadamente), onde também nota-se
um aumento significativo no comprimento das golfadas. Isto claramente mostra uma
assimetria da influência da gravidade no comprimento das golfadas. Segundo Al Safran
(2005), apesar de a seção em “V” ser simétrica, a influência da gravidade não
necessariamente o é, podendo ser mais significativa tanto na parte descendente quanto
na parte ascendente, a depender do caso analisado.
35
Horizontal
30 Descedente
25 Seção V
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20
Ls / D
15
10
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
x/D
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APÊNDICE A
σ
piG − piL = (A.1)
R
dθ
κ= (A.2)
ds
1
κ= (A.3)
R
Apêndice A______________________________________________________ 105
∂h L d (tan θ ) dθ 2 dθ ∂ 2 h L
tan θ = ∴ = sec θ = (A.4)
∂x dθ dx dx ∂x 2
hL
Gás
Líq.
ainda:
∂ 2 hL ∂ 2 hL
2 dθ ∂ 2 h L dθ ∂x 2 ∂x 2
(1 + tan θ ) = ∴ = = (A.5)
dx ∂x 2 dx 1 + tan 2 θ ∂h
1 + ( L )2
∂x
dθ ds dθ ∂h
= = κ 1 + ( L )2 (A.6)
dx dx ds ∂x
∂ 2 hL
κ= ∂x 2 (A.7)
3/ 2
⎡ ∂h L 2 ⎤
⎢1 + ( ∂x ) ⎥
⎣ ⎦
∂ 2 hL
κ≈ (A.8)
∂x 2
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∂ 2 hL
piG − piL = σ (A.9)
∂x 2
APÊNDICE B
DU L DU G ∂ ( piG − piL ) ∂h
ρL − ρG + ( ρ L − ρ G ) g L cos β = S GL
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− (B.1)
Dt Dt ∂x ∂x
ρL
DU L
Dt
− ρG
DU G
Dt
[
+ σ k p2 + ( ρ L − ρ G ) g x
∂ hL
∂x
]= − S GL (B.2)
14444244443
⎡ 2 ⎤ σ ∂ hL
⎢ Eo + ( k p D ) ⎥
⎣ ⎦
D 2 ∂x
⎡ 4ν (ρ − ρ G )g cos β ⎤
1/ 2
U sG
≥⎢ L L ⎥ (C.1)
α G ⎣ sρ G (U sL / α L ) ⎦
do hold–up do líquido (αL) e do gás (αG) são os valores de equilíbrio, dados por
(3.29) e (3.7).
Para altas velocidades superficiais do líquido, a altura de líquido em
equilíbrio se aproxima do topo seção transversal da tubulação, e as correntes de
líquido e gás tendem a se misturar, formando o regime de bolhas dispersas. Este
padrão de escoamento será mantido, desde que as forças devido às flutuações
turbulentas prevaleçam em relação às forças de empuxo, as quais tentam manter o
gás escoando no topo da tubulação. Assim, a dispersão do gás é esperada quando:
1/ 2
U sL ⎡ 4 A g cos β ⎛ ρ ⎞⎤
≥⎢ G ⎜⎜1 − G ⎟⎟⎥ (C.2)
α L ⎣ Si fL ⎝ ρ L ⎠⎦
Dissertação de Mestrado
Rio de Janeiro
Fevereiro de 2006
João Neuenschwander Escosteguy Carneiro
Ficha Catalográfica
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128 f. ; 30 cm
CDD: 621
Agradecimentos
À minha família, Pai, Mãe, Irmã; ao apoio incondicional nas mais difíceis
situações e decisões, e por constituírem sempre a referência fundamental
da minha vida....vocês moram no meu coração!
Palavras-chave
Escoamento em golfadas; Modelo de Dois Fluidos; tubulação horizontal e
levemente inclinada.
Abstract
pipelines with sections of different inclinations. The present work consists of the
numerical simulation of the onset of slugging in both situations, as well as the
subsequent development of statistically steady slug flow in the pipe. The
prediction of the flow is obtained through a one-dimensional formulation based
on the Two-Fluid Model. Averaged slug parameters (length, velocity and
frequency) are compared with previous numerical studies and experimental
correlations avaiable in the literature, and a very satisfactrory agreement is
obtained, specially given the simplicity of a one dimensional formulation.
Keywords
Slug flow; Two Fluid Model; horizontal pipeline; hilly terrain.
Sumário
1. Introdução 1
1.1. Objetivo 5
2. Revisão bibliográfica 7
3. Modelagem Matemática 21
4. Método Numérico 31
4.2. Velocidades 34
4.3. Pressão 37
7.2.1. Categoria 1 87
7.2.2 Categoria 2 90
Referências Bibliográficas 97
Apêndice A 104
Apêndice B 107
Apêndice C 108
110
Apêndice D
Lista de tabelas
Lista de símbolos
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Símbolos gregos
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Subscritos
G Fase gasosa
I Iésimo ponto nodal
i Interface
L Fase líquida
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M Mistura
max Máximo valor
N Número total de nós no domínio / medidas realizadas
n n-ésima medida
P Referente ao centro do volume de controle principal
p Referente à perturbação
r Relativa
ref Referência
s Referente a “slug”, ou golfada
saída Saída da tubulação
t Translação
w Parede da tubulação
W Referente ao centro do volume principal de controle a leste
Sobrescritos