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Instituto de Física
FÍSICA MODERNA I
AULA 13
Profa. Márcia de Almeida Rizzutto
Pelletron – sala 220
rizzutto@if.usp.br
https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=64495
Hipóteses de De Broglie
A hipótese de de Broglie em sua tese de doutorado de 1924, era que
o comportamento dual (onda-partícula) da radiação
eletromagnética poderia ser aplicado a matéria
Vimos que podemos associar a um fóton uma frequência de uma
onda luminosa que governa seu movimento E h
E um momento do fóton é relacionado ao comprimento de onda
h
p
Então segundo de Broglie se ondas de luz tem propriedades de
partículas, partículas devem ter propriedades de onda. E propôs que
ambas as relações cima são validas também para partículas.
Deste modo, o comprimento de onda (não relativístico) associado a
partícula de massa m e velocidade v é: h h
p mv
3
Exercício:
Determine o comprimento de onda de de Broglie para elétrons de
54eV? p2
Ec h hc 1240eV .nm
2me
p pc 2 mc 2
E
p 2me E
2
1240eV .nm
6
0,167nm
2 x 0,511x10 x54
Exercício:
Aprendemos inicialmente que a partícula (gás ideal) em equilíbrio
térmico com o ar ao redor tem energia cinética de 3/2kT. Calcule o
comprimento de De Broglie para: h
a) Nêutron a temperatura ambiente (300K)
p 2
2mE
p
b) Nêutron frio a 77K (nitrogênio líquido) 3
p 2 2mE 2m kT
h hc 1240eV .nm 2
p 3mkT
p pc 3mc 2 kT
mnc 2 939,6MeV
a) T=300K
1240eV .nm
6 5 0,145nm
3 x939,6 x10 x8,62 x10 T
2.52
nm a) T=77K 0,287nm
T
Difração de RX 5
0,215sen50 0,165nm
8
Caso relativístico
• Para se determinar uma expressão equivalente que se aplique
tanto as partículas relativísticas como não-relativísticas: Energia de
repouso da
E 2 pc mc
2 2 2 mc E0
2 partícula
Energia total
E0 EK 2
pc E0
2 2
E E0 EK p
2E E 0 K E K
2 1/ 2
c
h hc
Aplicável a qualquer
1/ 2 partícula com qualquer
p 2 E0 E K E K2 energia
9
Exercício:
Qual a energia cinética que os nêutrons devem ter se
forem difratados por cristais?
As difrações ocorrem se o comprimento de onda de De Broglie do nêutron for da
mesma ordem de magnitude da distância interatômica.
~1A ~10-10m
h 6,63x1034 J .s 24
p 6,63 x10 kgm / s
10
1x10 m
p2 (6,63x1024 ) 2 kg 2 m 2
Ec 27
( 2 )
2mn 2 x1,66 x10 s kg
A energia cinética
Ec 1,32x1020 J 0,0825eV
Note que são nêutrons não relativísticos,E m c 2 939,6MeV
c n
Energia menor que a massa de repouso do
nêutron
( x, t ) 1
2 2
2 2
Função de onda
2 x, t A cos(kx wt )
k
Cujo no de onda
Curva que viaja na
direção de x positivo
Velocidade de fase v f
11
Meios dispersivos
d d dv f
vg (kv f ) v f k
dk dk dk
Por outro lado quando a velocidade de fase é diferente para
as diferentes frequências, temos que dv f 0 v f vg
dk
Neste caso o meio é dito DISPERSIVO
Exemplos de meios dispersivos:
• Água para as ondas do mar
• Corda que não é perfeitamente flexível para ondas mecânicas
• Meio transparente como o vidro (índice de refração varia com )
• ou água para as ondas luminosas
• Qualquer meio para as ondas da matéria
17
Exercício:
Certas ondas de oceano viajam com velocidade de fase
g onde g é a aceleração da gravidade. Determine
vf a velocidade do grupo do “pacote de onda”
2
destas ondas (expresse em termos da velocidade
de fase).
d
vg
Lembrando que a velocidade de grupo: dk
2 2
Sabemos que: k e 2f e fv f .
k 2 k
então: d d
g g 2 vg
1/ 2 1/ 2
( gk )
vf dk dk
2 2 k
1 1 g
g v g k 1/ 2 g 1
vf vg
k k gk 2 2 k 2
vf
A incerteza x
nesta localização
corresponde a
distância entre
dois nulos
consecutivos do
envoltório
wt 2
será o numero de
ondas utilizado
para a construção
25/09/2018 FNC0375 - Fisica V 18 do pacote
O princípio da incerteza 19
Exercício:
Um elétron se move na direção x com velocidade de 3,6x106m/s.
Podemos medir sua velocidade com precisão de 1%
a) Com que precisão podemos medir simultaneamente sua posição
b)o que podemos dizer sobre o movimento na direção y
31 p x mv x 1% p x
p x mv x 9,1x10 x3,6 x10 6
26 m
24 m p x 3,3x10 (kg. )
p x 3,3x10 (kg. ) s
s 1,05x1034 J .s
x
Do princípio de incerteza 2 p x 2 x3,3 x10 26 kg / ms
p x x 0,16 x108 m 1,6nm 16 x1010 m
2
sobre o movimento na direção y: p 0
y
Se o elétron se move na direção x O que é aproximadamente 16
temos que yp y / 2 distâncias atômicas (distância
atômica ~1A ~10-10m)
Não sabemos nada sobre y y
21
E
D
22
Interferência
• A luz ao atravessar duas
ID IED
fendas em um anteparo
apresenta um padrão de
interferência como o das
ondas na superfície da água.
IIED
• A luz apresenta também
aquelas outras propriedades
(superposição, reflexão,
Detectores
refração, ...) fenômeno de luz
ondulatório.
• Mas...
E D
Fonte de
luz
23
D
Partículas
PED
E
(grandes
ESFERAS)
PD
D
E
PE
D
E
• Um spray é usado para
jogar tinta sobre um Papel
anteparo coberto por
papel.
Fenda E
Fenda D
Spray
24
Elétrons
D
PED
Feixe de elétrons
E
•
incidindo sobre um
anteparo com duas
fendas:
D
E
PD
Interferência!
PE
Mas não deveria
D
E
haver um
comportamento como Detectores
de elétrons
o das esferas?
Elétrons: partículas
ou ondas? E D
Fonte de
Elétrons
25
Elétrons
0,02 s
D
PED
Feixe de elétrons
E
•
incidindo sobre um
anteparo com duas
fendas:
D
10 s
E
PD
Interferência!
PE
Mas não deveria
D
E
haver um
60 s
comportamento como Detectores
de elétrons
o das esferas?
Elétrons: partículas
ou ondas? E D
Fonte de
120 s
Elétrons
26
Elétrons e ondas
Hipóteses:
• Os elétrons dividem-se em dois e essas metades
passam pelas fendas.
• Os elétrons do feixe ao atingirem as fendas,
interagem e produzem esse padrão coletivo de
interferência.
abertas
EeD
Observando elétrons
PED??
• Fácil: é só marcar por
qual fenda o elétron
PD
passou.
D
E
• Isto pode ser feito
PE
usando uma fonte de
fótons após o anteparo.
D
E
Detectores
de elétrons
x
2sen
Portanto:
2h
p x x sen h
2sen 2
Se Δx diminui Δpx aumenta. Por ex.:
↓ Δx↓ Δpx↑
Esta análise mostra que o
princípio de incerteza é
uma imposição da
natureza
29
1 2
2 2 2
1 2 1 2 2 1 2 cos
2
1 2
2 2
1 2
2 2 2
31
Probabilidade
Em 1925-1926 Max Born propôs como relacionar a
(função de onda) com o comportamento das partículas que
ela descreve:
A probabilidade que a partícula seja encontrada no instante t
em uma coordenada entre x e x+dx é :
2
P( x)dx ( x, t ) dx
P( x)dx ( x, t ) ( x, t )dx
*
Já que a partícula deve ser encontrada em algum lugar ao longo do eixo x, a soma
das probabilidade sobre todos os valores de x deve ser 1.
( x, t )
2 Qualquer função que satisfaz
dx 1 esta equação é dita normalizada
A probabilidade de uma partícula estar no intervalo
a=<x<=b esta relacionado área embaixo da curva de a até b
de uma função densidade de probabilidade ( x, t ) 2
b
P ( x, t ) dx
2
a
o área embaixo da
curva entre a e b
a b
34
Exercício:
2) A função de onda inicial de uma partícula é dada por:
x / x0
( x,0) Ce onde C e x0 são constantes
Exercício:
2) A função de onda inicial de uma partícula é dada por:
x / x0
( x,0) Ce onde C e x0 são constantes.
C e
2 2 x / x0
dx 1
b) Encontre C em termos
de x0 temos que :
2 x / x0
e
e
2 x / x0
2C 2
dx 2C 2
2 / x0
( x, t )
2 0
dx 1
0
C 2 x0 (0 1) C 2 x0 1
1
C
x0
36
Exercício:
2) A função de onda inicial de uma partícula é dada por:
onde C e x0 são constantes.
x / x0
( x,0) Ce x0
Ce
2 2 x / x0
c)Calcule a probabilidade
P dx
de encontrar a partícula no x0
intervalo –x0=<x<=x0. x0 2 x / x0
x0
e
e
2 x / x0
2C 2
dx 2C 2
b 0
2 / x0 0
P ( x, t ) dx
2
12 2
a
C x0 (e 1) x0 (1 e )
2
x0
1
C 2
x0 P (1 e ) 0.8647 86,5%
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OBSERVÁVEIS:
não é uma quantidade mensurável
MAS como podemos relacionar a função de onda com grandezas
observáveis????
COMO podemos obter a posição, o momento ou a energia de uma
partícula a partir da função de onda (de maneira exata no mundo
quântico)?????
VALORES ESPERADOS: