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Fisiologia da adrenal
Síndrome de Cushing – que é o excesso de cortisol
Insuficiência adrenal – que é a insuficiência da glândula adrenal tanto da parte do
cortisol, como da aldosterona.
CASO 01
Corresponde à insuficiência adrenal primária – lesão das glândulas adrenais.
Observações:
Paciente tem DM1, passa a faser hipoglicemia, mas não consegue identificar o motivo.
Escurecimeno da pele da paciente.
O que chamam a atenção: DESIDRATAÇÃO, hiperpigmentação das linhas das palmas das
mãos, mucosa labial e gengival. Um pouco taquicárdica e hipotensa (desidratação) e uma
glicemia aleatória de 68mg/dl. Potássio alto (hipercalemia), ureia com padrão alto indicando
tendência pré-renal – desidratação – ureia maior que a creatinina.
CASO 02
Insuficiência adrenal secundária – o problema não é na adrenal – o problema é a
falta do estímulo para adrenal, ou seja, o problema é na hipófise.
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O que chamam a atenção: Sódio baixo -128; confusão a esclarecer com a suspeita diagnóstica
P1 de hiponatremia. K normal e Hipoglicemia – 62mg/dl.
Os dois casos têm alguns pontos parecidos, a questão dos sintomas constitucionais,
adinamia, anorexia, hipoglicemia.
INSUFICIÊNCIA ADRENAL
1. Como é dividida a glândula adrenal e os seus setores de produção hormonal?
Córtex e medula.
2. Como se dá a regulação da produção dos hormônios da adrenais (sistema de feed-
back)?
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CÓRTEX
Essas 03 zonas que produzem 03
principais hormônios.
Sobretudo a zona Fasciculada
produz mais Glicocorticoide;
Zona Glomerulosa produz mais
Mineralocorticoides.
ZONA FASCICULADA:
**Glicocorticoide – cortisol. Quem
regula o cortisol é o eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal.
Hipotálamo produz o CRH –
estimula a Hipófise a produzir
ACTH – estimula a adrenal a produzir o Cortisol.
Se o cortisol tende a cair vai uma sinalização para o eixo hipotálamo-hipófise que
vai aumentar o CRH, aumentar o ACTH e vai estimular a adrenal a produzir
cortisol.
Se o cortisol subir vai uma sinalização para o eixo hipotálamo-hipófise, o ACTH
diminui para inibir mais a produção pela adrenal do cortisol.
ZONA GLOMERULOSA:
O antro mineralocorticoide é importante entender que essa relação não se faz pelo
ACTH. O mineralocorticoide – a aldosterona, seu principal representante vai ser
produzido fisiologicamente em função da quantidade de sódio e água no organismo.
Fisiologicamente falando desidratei ou sangrei e/ou choque hipovolêmico, cardiogênico
- minha volemia, meu volume efetivo para o rim diminui. Diante disso, meu aparelho
justaglomerular renal fica com menos aporte de sódio. O rim sente que tem menos sódio
e o rim produz pelo aparelho justaglomerular renina. A renina estimula a produção de
angiotensina que estimula a produção de aldosterona que vai reter sódio e água. A
aldosterona retém sódio e água e espolia potássio é numa resposta fisiológica ao
volume efetivo. Aqui temos o SRAA que é basicamente o sistema de regulação
hidroeletrolítica.
Lembrando que a aldosterona produzida nas 02 glândulas do córtex adrenal não
depende do ACTH hipofisário e sim da sua correlação com o sistema hidroeletrolítico -
SRAA.
ZONA RETICULADA:
Na zona reticulada temos a produção dos andrógenos – DHEA – testosterona. Homens
tem muita testosterona e as mulheres pouca. As mulheres têm um pouco de testosterona
dos ovários e um pouco da adrenal.
MEDULA
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A medula é um setor a parte que produz adrenalina e noradrenalina e tem a ver com o
sistema nervoso simpático.
Com relação ao metabolismo das proteinas há uma proteólise produzida pelo cortisol
para servir de substarto energético para essa pessoa acordar e ir caçar. Quando tenho
excesso de cortisol posso ter um aumento da proteólise e por exemplo na Síndrome de
Cushing é clássico a diminuição de massa muscular.
No metabolismo da gordura, preciso mobilizar ácidos graxos para ter um substrato energético.
O metabolismo dos carboidratos, proteínas e gordura serve para entender o acúmulo
periférico de gordura da Síndrome de Cushing, hipercortisolismo com perda de massa
muscular. Na insuficiência adrenal serve para entender a hipoglicemia.
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A mesma coisa acontece se o cortisol estiver excessivo no osso – Síndrome de Cushing,
hipercortisolismo dá osteoporose. Por que dar osteoporose? Existe uma inibição da síntese de
colágeno e osteoblasto e se for patológico vamos ter a osteoporose.
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Uma doença que acomete as duas adrenais – insuficiência adrenal primaria – não temos
cortisol e nem aldosterona. Lembrando que no córtex da adrenal temos a produção do
cortisol e da aldosterona. Se há destruição desse córtex seja por inflamação ou demais
causas descritas no quadro acima perde-se cortisol e aldosterona.
Na insuficiência adrenal secundaria, só temos problemas com o cortisol, pois vão faltar
CRH e ACTH,e vai ter deficiência só de cortisol, visto que falta estimulo para as
adrenais. As adrenais estão integras, o que falta são os estímulos para elas. Lembrem
que o setor do mineralocorticoide está integro e há produção de aldosterona e também a
aldosterona não depende do ACTH. O setor aldosterona depende da sua relação com o
sistema hidroeletrolítico.
O paciente do caso 02 não tem problema nenhum na adrenal dele, o eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal está tudo bem obrigado – o problema dele é o pulmão – DPOC. Esse
paciente tomou corticoide e como o seu eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é normal,
percebe que tem muito cortisol, em uma resposta fisiológica, baixa o CRH, baixa o
ACTH e vai suprimir a adrenal. E de repente ele para de usar esse corticoide – perde o
seguimento, ou seja, parou de vez o cortisol (prednisona, meticorten, decadron), com
isso o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal normal, porém supresso e não dar tempo de
voltar a funcionar rapidamente e por conta disso, falta cortisol endógeno – o eixo estava
supresso, adormecido.
Quando falta o cortisol endógeno, o corpo passa apresentar manifestações – lembrar que
o cortisol é o hormônio da disposição – o paciente passou a apresentar indisposição,
fadiga, anorexia e hipoglicemia. Vimos na fisiologia que o cortisol é importante
sobretudo para glicogenólise e a neoglicogênese matinal, até ele chegar na emergência
por hiponatremia. Esse é o protótipo da insuficiência adrenal secundária.
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uso exógeno de corticoide por motivos terapêuticos, consequentemente a principal causa de
insuficiência adrenal secundária que é a falta de ACTH é o não desmame do cortisol.
Insuficiência adrenal secundária é transitória – temos que dar tempo o eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal se recuperar.
Os resultados laboratoriais não são
exatamente iguais, pois de um lado
tenho deficiência de glicocorticoide
e mineralocorticoide e do outro só
tenho deficiência de glico apenas.
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Paciente do caso 01 – desidratada, hipotensa, taquicárdica.
Paciente do caso 02 – normocárdico com FC=80, mas com a PA=120x70, que é
relativamente baixa para um paciente de 68 anos.
Agora por que tenho uma presença de hiperpigmentação nas linhas da palma das mãos e
de mucosa labial e gengival? Destruiu as adrenais, aumento dos níveis de CRH, e tenho
aumento de liberação do ACTH e do hormônio MSH (hormônio estimulante dos
melanócitos). Ex: Adrenalite autoimune, tuberculose - cortisol cai, mas a hipófise está
funcionando – sobe o CRH (hipotálamo) que estimula a produção de precursores de ACTH –
parte desses precursores se quebra em ACTH e MSH.
Na INSUFICIÊNCIA ADRENAL
PRIMÁRIA falta a aldosterona.
Aldosterona retém sódio e água e espolia
potássio.
Desidratação a rigor não tem hiponatremia, tende até ficar hipernatrêmico. Na insuficiência
adrenal primária o sódio sérico não é muito chamativo, pois vai depender desse desbalanço
sódio/água – podendo aparecer essas 03 situações em relação ao sódio – baixo/ normal/alto. Por
conta disso, o sódio não chama muito atenção na insuficiência adrenal primária, chamando mais
atenção é a não espoliação do potássio.
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Na insuficiência adrenal primária o marcador laboratorial é o potássio alto – paciente
do caso 01.
Na insuficiência adrenal secundária não têm hipercalemia. Aqui tenho aldosterona.
Na insuficiência adrenal primária o sódio sérico vai depender do equilíbrio com a água. A
hipercalemia tende a ocorrer, ele está desidratado mesmo, vai ter sempre uma pré-renal com a
ureia um pouco maior que a creatinina, vai ter hipoglicemia. Terá uma hipercalcemia leve, pois
o cortisol também é importante para o metabolismo ósseo. A eosinofilia ocorre, pois, o cortisol
é importante para lise dos eosinófilos – não tem cortisol – ocorre a eosinofilia (aumento da
concentração de eosinófilos no sangue).
Por que nosso paciente do caso 02 chegou na emergência com o estado confusional agudo e
com hiponatremia?
Esse paciente tem DPOC usou corticoide e perdeu seguimento – ele passa por um período com
indisposição, fadiga, anorexia, hipoglicemia – Passa até a se pensar que esse paciente está
deprimido, não quer comer, será NEO de pulmão, indisposto, tem uma infecção intercorrente?
Na maioria das vezes não percebe que ele está fazendo insuficiência adrenal. Associa a
hipoglicemia, porque ele não quer comer, não faz o diagnóstico e chega na emergência com
estado confusional agudo. Ele está com insuficiência adrenal, temos que repor um pouco de
corticóide, fazendo doses baixas e fazendo o desmame progressivo, para dar tempo a adrenal
dele se recuperar. Isso não foi detectado e ele foi direto para hiponatremia e chegou com
estado confusional agudo.
A pergunta é, por que ele fez hiponatremia? Hiponatremia é uma das situações chamativas para
a insuficiência adrenal secundária. Ela não acontece na primária necessariamente.
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Doença de Addison sinônimo de
insuficiência adrenal primária.
A pessoa pode ter adrenalite
autoimune e não ter mais nada.
50% adrenalite autoimune isolada.
50% a outras doenças autoimunes
associadas.
No paciente do caso 01 – DM tipo
1 e depois de 07 anos desenvolveu
a doença de Addison – adrenalite
autoimune.
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Nosso caso 01 que é o protótipo da insuficiência adrenal primária – tem o cortisol baixo
com o ACTH alto.
Nosso paciente com DPOC do caso 02 tem o cortisol baixo com ACTH baixo.
Agora quando se tem dúvidas lança mão do teste do ACTH aguda ou Cortrosina
(ACTH venoso) – aplica o ACTH venoso ou IM e avalia se o cortisol sobe. Colhe o
cortisol basal antes de dar, aplica o ACTH IM ou EV e dosa o cortisol depois. Se o
cortisol vier acima de 20mcg/dl exclui a insuficiência adrenal. Se menor que 20mcg/dl
confirma a insuficiência adrenal e em seguida investiga se é primária ou secundária.
Pensou na insuficiência adrenal secundária – cortisol baixo com ACTH baixo que
consegui através dos níveis basais ou através da Cortrosina. Começa a investigar se
usou corticoide, exemplo do paciente do caso 02. E se nunca fez uso de corticoide pode
ser um tumor hipofisário, pode ser uma Síndrome de Sheehan, sela túrcica vazia, uma
necrose hipofisária – faz a RM do hipotálamo- hipófise.
SÍNDROME DE CUSHING
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Percebeu uma mudança corporal.
**Gibosidade - acúmulo de gordura na região cervical posterior.
Esse paciente traz um conjunto de sinais e sintomas que remete a Síndrome de Cushing.
Além do mais ele traz 02 comemorativos que ele não tinha – DM e HAS.
A principal causa de diabetes nesse caso é o DM tipo II. A principal cauda da HAS é a
hipertensão essencial. Mas existem as causas secundárias de diabetes e hipertensão.
Ainda não tenho uma documentação de um hipercortisolismo nesse caso, mas tenho um
conjunto de sinais e sintomas. Existe diabetes secundária as endocrinopatias e uma delas
é a Síndrome de Cushing. Assim como existe hipertensão secundária (não é essencial) a
Síndrome de Cushing.
Nem sempre o paciente aparece com esse fenótipo tão clássico de secundário a
Síndrome de Cushing, como no caso descrito acima – obesidade centrípeta, diminuição
de massa muscular, fragilidade capilar, equimose, estrias largas e violáceas, pletora
facial, gibosidade cervical – parece muito Síndrome de Cushing.
Sempre lembrar que a Síndrome de Cushing leva a diabetes e a HAS. Dentro daquelas
causas todas de DM e HAS que sabemos, quem poderia ser a Síndrome de Cushing? É
um olhar clínico um pouco mais específico.
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Na Síndrome de Cushing precisamos saber da fonte do cortisol, da onde vem esse
cortisol em excesso. O cortisol vem em excesso por que o problema é na hipófise, ou o
cortisol em excesso vem das adrenais?
Por que uma Síndrome de Cushing tem estrias violáceas, tem equimose? Porque ele tem
proteólise, colagenólise (perde colágeno vascular) e fragilidade capilar.
Por que a Síndrome de Cushing pode cursar com osteoporose? Porque inibe a síntese de
colágeno.
É o quadro clínico com o
hipercortisolismo.
Quando tenho excesso de corticoide
bagunça o eixo hipotálamo-hipófise e
adrenal e perco esse contrarregulação
fugindo do controle da fisiologia e se
perde a noção do ritmo circadiano do
nosso cortisol. E isso serve para os
métodos diagnóstico de Síndrome de
Cushing.
Na ausência da Síndrome de Cushing
nosso cortisol matinal é mais
elevado, baixando a partir das 18
horas e também em torno da meia-noite. No paciente com Síndrome de Cushing fica
com hipercortisolismo o dia todo.
Na definição quando se fala da exposição em quantidade excessiva de cortisol – esse
cortisol pode ser endógeno ou exógeno.
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Aqui nós temos o hipotálamo produzindo o
CRH. A hipófise produzindo ACTH,
estimulando adrenal a produzir cortisol.
Quando nosso cortisol fisiologicamente cai,
nosso sistema faz com que o CRH suba,
estimule a hipófise a produzir mais ACTH
para estimular as adrenais a produzir
cortisol. O contrário é verdadeiro.
Vamos imaginar que aqui nessa imagem
temos também um pulmão, uma mama e
uma boca.
Essa imagem nos fala da fonte excessiva de
cortisol.
Posso ter um adenoma na adrenal
produzindo o cortisol em excesso – vou ter
Síndrome de Cushing. Por outro lado, posso
ter um adenoma na hipófise produzindo
ACTH em excesso e o ACTH vai estimular a adrenal a produzir cortisol em excesso -
Síndrome de Cushing, hipercortisolismo. Existem neoplasias malignas em pequenas
áreas do pulmão que produzem ACTH. E também posso tomar corticóide em excesso –
tudo levando a hipercortisolismo.
O uso de corticoide é a causa mais
comum. Toda vez que estivermos diante
de um fenótipo sugestivo da Síndrome de
Cushing, fácies Cushingoide – procurar
saber se está usando alguma medicação.
Questão de prova – qual é a principal
causa de Síndrome de Cushing?
A) Adenoma Hipofisário de ACTH
B) Adenoma de adrenal produtora de
cortisol
C) Neo de pulmão produtor de ACTH
ectópico
D) Uso exógeno de corticoide
A principal causa da insuficiência adrenal
secundária é o não desmame do corticoide. É lógico que se a principal causa da
Síndrome de Cushing é o corticoide e se por acaso não desmamo isso direito, tiro de
uma vez temos aquele painel do lado 02 que é a insuficiência adrenal secundária.
As outras causas endógenas – a Síndrome de Cushing endógena é mais comum em
mulher. E se divide em:
1. ACTH dependentes – o problema não está na adrenal. Adenoma hipofísário –
acusa mais comum de endógeno dependentes.
2. ACTH independentes – o problema está na adrenal. ACTH baixo.
Questão da prova anterior – qual a causa mais comum de Síndrome de Cushing e tirasse
a opção D como alternativa, a correta seria a letra A.
A causa mais comum da Síndrome de Cushing endógeno seria uma “bolinha” na
hipófise anterior, ou seja, um adenoma produtor de ACTH (70%) estimulando as
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adrenais a produzir cortisol. Temos a síndrome paraneoplásica que é a Síndrome de
ACTH ectópica (10%) é um tumor de pulmão, um tumor de mama que produz o ACTH
e estimula o cortisol. Existe, porém, rara a síndrome de CRH ectópica, o tumor maligno
produz o CRH que faz estimulo na hipófise, produz ACTH que estimula as adrenais a
produzir o cortisol.
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Esses são os 03 exames principais para confirmar o hipercortisolismo independente da
causa. Lembrando que a Síndrome de Cushing é hipercortisolismo.
Cortisol urinário de 24 horas – vai dar aumentado.
Cortisol Salivar noturno – colhe a saliva entre as 23 e 24 horas – vai dar
aumentado.
Teste 1mg Dexametasona (decadron) a meia- noite, no dia seguinte coleta o
exame.
Se qualquer um de nós tomarmos 1mg de cortisol à noite, vai informação para meu
hipotálamo que informa a minha hipófise que tem muito corticoide, vai cair meu CRH
endógeno, meu ACTH e meu cortisol endógeno que vai está menor que 1,8mcg/dl pela
manhã – não tenho Síndrome de Cushing.
Agora se tenho Síndrome de Cushing e tomei 1mg de cortisol à noite, não vai suprimir
nada, pois vai está tudo “bagunçado”, meu eixo está todo atrapalhado e vou acordar com
o cortisol alto. Meu cortisol endógeno não vai ser supresso – ele amanhece alto
(1,8mcg/dl).
Importante: Cortisol sérico basal não serve para diagnóstico de Síndrome Cushing.
Muitas coisas aumenta o cortisol sérico como o estresse, medo, apneia do sono,
alcoolismo. Serve para diagnóstico de insuficiência adrenal. Mesmo assim se pede o
cortisol basal para se ter uma ideia. O que vai permitir o diagnóstico é se tiver o cortisol
urinário aumentado, cortisol salivar aumentado e a dosagem do cortisol do dito não
basal endócrino – teste de supressão de mg do Dexametasona e se vier alto fala a favor
de Cushing.
O ACTH alto ajuda a suspeitar nos casos de Adenoma de hipófise e se estiver muito alto
até mesmo ACTH ectópico (tumor produtor de ACTH). O ACTH ajuda para saber a
fonte do hipercortisolismo. Se for na adrenal pensar em adenoma da adrenal produzindo
cortisol, é um carcinoma na adrenal produzindo cortisol, com isso o ACTH da pessoa
vai estar baixo. O ACTH dar uma ideia da fonte do hipercortisolismo, lembrando aqui
da divisão clássica do ACTH dependentes e ACTH independentes (hipercortisolismo
com o ACTH baixo – adenoma adrenal, carcinoma adrenal e hiperplasia adrenal).
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No basal desse paciente tinha um ACTH baixo – o diagnóstico – Síndrome de Cushing
secundário a adenoma de suprarrenal. Já poderia ter pedido também glicemia (virá alta),
colesterol, já teria um cortisol sérico alto, ACTH baixo, potássio baixo – já pensa que o
paciente tem um Cushing na adrenal – vem o cortisol urinário elevado, vem o teste 1mg
de dexa que não deprime com o ACTH baixo – o problema é na adrenal. Faz uma TC de
adrenal que revela um adenoma de adrenal.
Ex: tenho uma paciente que chega para mim com síndrome de Cushing e dizia que não
usava corticoide só que usava umas capsulas da Índia, ela tinha artrose e fazia uso
dessas cápsulas e passou a apresentar fácies cushingoide. Nessas cápsulas tinha
corticoide.
O cortisol sérico – baixo
O cortisol urinário – baixo
O ACTH – baixo.
Quando pedimos nosso exame de sangue estamos dosando nosso cortisol endógeno – o
decadron, a prednisona, o meticorten não é lido no sangue como cortisol. Essas
medicações não cruzam com o cortisol sérico – nosso eixo vai estar supresso.
Essa paciente teve o quadro de síndrome de Cushing, teve seu eixo endógeno supresso
(insuficiência adrenal) – o hipotálamo, a hipófise e adrenal dela é saudável. Ela tomou
por muito tempo o corticoide exógeno e o CRH dela caiu, ACTH caiu e o cortisol
endógeno caiu. Se for dosar o cortisol sérico e urinário dessa paciente dará baixo – é
uma dica para a síndrome de Cushing exógena.
Síndrome de Cushing exógena que é a mais comum, nosso eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal vai estar supresso, com isso fisiologicamente estamos com a insuficiência
adrenal endógena. Não é à toa que a principal causa de insuficiência adrenal secundária
é a retirada abrupta do corticoide – pois o eixo está supresso.
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A única que não cruza com o cortisol sérico é a hidrocortisona formulada é lida como
cortisol.
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