Propor a análise do vídeo experimental “Como fazer um MOTOR elétrico
com um ÍMÃ (EXPERIÊNCIA de FÍSICA)” do canal Manual do Mundo. Link nas referências.
2. MOTOR elétrico com um ÍMÃ
A ideia de se obter energia mecânica a partir da energia elétrica,
criando-se assim o primeiro motor de corrente contínua surgiu a partir dos trabalhos de Faraday. No entanto, naquela época, as fontes de energia elétrica eram limitadas o que fez com que este motor apenas se tornasse uma curiosidade de laboratório sem nenhuma aplicação prática imediata. Os motores modernos se baseiam no princípio de que quando uma corrente elétrica percorre um condutor (um fio metálico, por exemplo) imerso em um campo magnético externo surge uma força perpendicular ao fio que tende a movê-lo. Se no lugar de um simples fio condutor for usada uma bobina com muitas espiras, apropriadamente disposta sobre um eixo e este sobre mancais, se o conjunto estiver imerso em um campo magnético uniforme externo, quando a bobina for percorrida por uma corrente elétrica está poderá girar devido à interação do campo magnético da bobina com o campo magnético uniforme externo.
O princípio básico do funcionamento do motor elétrico é a variação do
fluxo magnético e consequente geração da corrente induzida. Os motores elétricos possuem seu funcionamento baseado na existência de uma força magnética, associada à corrente elétrica em campos magnéticos, com a utilização de espiras. O motor elétrico proposto funciona com base na repulsão entre imãs, um natural e outro não-natural. 3. LEI DE FARADAY
Em relação ao fenômeno da indução eletromagnética, podemos afirmar
que uma corrente elétrica será induzida em um circuito fechado quando ele estiver sujeito a um campo magnético que varia com o tempo. Essa afirmação é conhecida como Lei de Faraday. O sentido da corrente induzida é tal que o campo magnético por ela gerado “compensa” a variação do campo magnético que a gerou (Lei de Lenz). Ou seja: Se com o passar do tempo há um aumento das linhas de campo que atravessam uma espira, aparecerá nela uma corrente induzida que criará um campo magnético no sentido contrário ao do que induziu a corrente. Se com o passar do tempo há uma diminuição das linhas de campo que atravessam uma espira, aparecerá nela uma corrente induzida que criará um campo magnético no mesmo sentido do que já existe no seu interior. Em algumas experiências, Faraday percebeu que ao introduzir um ímã em uma bobina esta acusava a presença de uma corrente elétrica na mesma. Este fenômeno foi caracterizado qualitativamente e quantitativamente e deu origem à Lei da Indução de Faraday que é expressa matematicamente como:
d∅ E= dt
Ou seja, a intensidade da força eletromotriz induzida (ε) é igual à
variação do fluxo magnético no interior da espira. Esta é uma das quatro equações de Maxwell para o Eletromagnetismo.
4. EXPLICAÇÃO DO EXPERIMENTO
O ímã não-natural neste experimento é uma bobina. O conveniente de
se usar ímãs não naturais num motor elétrico é a possibilidade de se manipular (inverter) os pólos magnéticos. O funcionamento deste motor elétrico pode ser explicado em alguns passos:
1. Num primeiro momento, os fios estão em contato com as tiras e a
corrente elétrica cria um campo magnético na bobina. Esta bobina por ter liberdade de rotação entra em movimento, para se livrar da repulsão do ímã comum, que está fixo à sua frente.
2. Em um quarto de volta, a bobina está parcialmente em contato com
as tiras e o campo magnético começa a perder sua força. Não deixando assim que a atração do polo sul da bobina pelo polo norte do imã comum seja forte o suficiente para frear o movimento. 3. Quando a bobina completa meia volta, começaria o processo inverso, ou seja, deveria existir um campo atrativo entre a bobina e o ímã. Mas isso só aconteceria se os contatos estivessem ligados. Este contato não é estabelecido, pois, esta atração frearia ou cessaria o movimento adquirido no primeiro momento.
4. Completando-se mais um quarto de volta, o contato com as tiras
começa a se reestabelecer e o campo magnético a ganhar força. Neste momento a bobina começa a ser repelida pelo ímã comum. Dado o movimento que a bobina já possui, este ganha nova aceleração.
5. Volta-se à posição inicial e o ciclo recomeça. Assim o processo
continua periodicamente, enquanto existir corrente elétrica passando pela bobina.