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Atletismo
Prof. Ana Maçãs
Habilidades Motoras
Partida de pé
Técnica de corrida
Técnica de Partida de blocos
Vozes de Posição de
transmissão comando partida
Vozes de comando
Fase de apoio Postura
Técnica Francesa
Fase de Coordenação
Posição Suspensão
inicial
Membros superiores e inferiores
Fase de Recepção
aceleração
Habilidades Motoras
Comprimento Altura
Pega Fases
Corrida preparatória
Queda
ATLETISMO
5000 m 10 000 m
100 m M/F 100 m F
CULTURA DESPORTIVA
O Atletismo em Portugal
Estes torneios prosseguiram até cerca de 1914, ano em que uma dissidência levou
alguns clubes a fundarem a Federação Portuguesa de Sports, cuja actividade durou até
1916. Desde essa data até à fundação da Federação Portuguesa de Atletismo, em 5 de
Novembro de 1921, o Atletismo manifestou-se apenas em organizações particulares à
custa do esforço de alguns clubes.
Actualmente as competições oficiais estendem-se praticamente ao longo do ano inteiro,
organizadas pelas Associações Regionais e pela Federação, sendo os Campeonatos
Nacionais Masculinos (individuais e por equipas) os mais importantes conjuntos de
provas que se efectuam em Portugal.
Embora lento, o progresso do Atletismo Nacional não deixou de se verificar. Para tal,
tem contribuído de certa forma, a participação de atletas e equipas nacionais em
competições internacionais, e a conquista de alguns títulos. De todos os títulos
conquistados, importa referir os alcançados por Carlos Lopes e Rosa Mota. Esta última
foi a vencedora da primeira maratona feminina, realizada num campeonato da Europa
em 1982 em Atenas e medalha de ouro na maratona Olímpica de Seul em 1988. Carlos
Lopes foi também medalha de ouro na maratona Olímpica mas nos Jogos de 1984 em
Los Angeles. Mais recentes foram os resultados alcançados por Fernanda Ribeiro, com
a medalha de ouro alcançada nos 10.000m dos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 e
por Paulo Guerra, com o título de Campeão Europeu de Corta-mato. Mais recentes
ainda foram as medalhas de Francis Obikwelu e Rui Silva nos Jogos de Atenas 2004
(prata nos 100 e bronze nos 1500m, respectivamente).
Todos estes resultados mostram como o Atletismo se apresentou sempre como a
modalidade com melhores resultados internacionais do nosso país bem como a
modalidade com mais participações Olímpicas.
Caracterização da modalidade
- Velocidade
- Meio-fundo
- Fundo
- Barreiras
Corridas
- Estafetas
- Obstáculos
- Maratona
- Marcha
- Altura
- Comprimento
Saltos
- Triplo
- Vara
- Peso
- Dardo
Lançamentos
- Disco
- Martelo
- Triatlo
- Pentatlo
Provas Combinadas
- Heptatlo
- Decatlo
Apesar do Atletismo ser a modalidade que com mais impacto dos Jogos, nem todas as
suas disciplinas são disciplinas Olímpicas. As corridas disputadas no âmbito dos Jogos
Olímpicos dividem-se em três grupos: (i) provas de velocidade, das quais fazem parte as
distâncias de 100, 200 e 400 m, e estafetas; (ii) as provas de meio-fundo e fundo,
compreendendo os 800, os 1500, os 5000 e os 10 000 m, os 3000 m obstáculos e a
meia-maratona; e (iii) a maratona, uma longa corrida realizada em estádio e estrada. As
corridas com barreiras, incluídas nas provas de velocidade, efectuam-se em 110, 200 e
400 m para homens, e 100 e 400 m para senhoras.
As provas de saltos incluem o salto em altura, o salto em comprimento, o triplo salto e o
salto à vara. Os lançamentos fazem todos parte do calendário de provas Olímpicas.
Apesar de, como já vimos, o Atletismo ser considerado a base de todos os desportos,
este é por vezes visto como um “parente pobre” das modalidades desportivas, sendo que
é, não raras vezes, a desmotivação dos próprios professores que induz reacções
negativas por parte dos alunos quando confrontados com actividades nesta área. Aliás é
frequente que quando o professor transmite aos alunos que a modalidade a abordar é
Atletismo, se ouça das suas bocas aquela angustiada exclamação: “Correr?!...” (Rolim,
2003).
REGRAS
Antes de abordar as regras das diversas disciplinas do atletismo deve-se ter em mente
que estas, excepto as básicas para a prática, devem ser transmitidas em função das
necessidades que vão surgindo (Rolim, 2003).
Existem grupos de disciplinas com regras algo complexas e outros com regras bastante
simples. As regras das disciplinas pertencentes ao grupo das corridas não são
complexas. Na verdade são muito simples e em número reduzido tendo em conta as
outras disciplinas.
Corridas
As regras para o grupo das corridas são bastante simples. Para o a disciplina de corrida
de resistência a única regra que é mesmo necessária abordar é o cumprimento do
percurso pré-definido.
Corrida de Velocidade
É falsa partida sempre que um concorrente sai do seu lugar antes de ser
dado o sinal de partida ou simultaneamente com este. Quando ocorre
uma falsa partida, o atleta é desclassificado;
As corridas disputam-se em corredores individuais, delimitados por
linhas;
O atletas que sair do corredor que lhe foi destinado, e deste facto tirar
vantagem ou prejudicar outros concorrentes, é desqualificado.
Corrida de Estafetas
Corrida de Barreiras
A transposição das barreiras deve ser feita o mais rasante possível (junto à barreira), de
forma a não perder velocidade.
Deve-se manter o ritmo das passadas entre as barreiras (o mesmo número de passadas
entre as barreiras, três passadas ou quatro apoios).
A impulsão não se deve fazer muito perto das barreiras, para evitar derrubá-las.
Saltos
Salto em altura
Salto em comprimento
Lançamentos
Lançamento do peso
HABILIDADES MOTORAS
Corridas
Técnica de corrida
A técnica de corrida foi escolhida para a primeira abordagem por considerarmos que
constitui, ao nível das aprendizagens e adaptações no âmbito do Atletismo, um meio de
aquisição de determinadas sensações motoras fundamentais à aprendizagem de todos os
outros gestos técnicos da modalidade.
Figura 2. Cada passada de corrida compreende quatro fases: Apoio à frente, impulsão, recuperação e
balanço.
Figura 3. A perna está flectida durante a fase de recuperação; O joelho eleva-se para a frente e para cima
durante a fase de balanço à frente.
Figura 4. Fase de apoio: apoiar o terço anterior do pé na fase de apoio à frente; Extensão total das
articulações do tornozelo, joelho e coxa durante a fase de impulsão.
Skipping tíbio-társico;
Skipping baixo, médio e alto;
Skipping MI estendidos à frente;
Skipping nadegueiro ou atrás;
Movimento dos MS a 90º parado;
Saltitar simples;
Corrida saltada;
Step’s;
Hop’s;
Movimento dos MS para o skipping baixo;
Skipping baixo para skipping alto;
Skipping assimétrico (baixo ou médio + médio ou alto);
Skipping assimétrico (atrás + baixo);
Step + hop;
Skipping progressivo de baixo até à corrida;
Corrida em velocidade progressiva;
In–out’s.
VELOCIDADE
como um meio. No final da abordagem desta capacidade será feita a sua avaliação
através da repetição do teste de velocidade contemplado nos testes de condição física, os
60 metros planos.
Partidas
Partida de pé
A abordagem deste conteúdo insere-se no desenvolvimento da velocidade de
reacção, sendo que passam a estar presentes neste conteúdo considerações de ordem
regulamentar. A partida de pé pode ser dividida em 2 fases:
Posicionamento inicial:
• Pés no eixo da corrida;
• Pernas flectidas;
• Tronco inclinado à frente;
• Peso corporal na perna da frente;
• Cabeça no prolongamento do tronco;
Movimentação:
• Deve desequilibrar-se o corpo à frente;
• A perna mais avançada deve empurrar energicamente o corpo para a frente e a mais
atrasada deve avançar de uma forma dinâmica;
• Os braços devem movimentar-se de uma forma enérgica;
• O tronco deve levantar-se progressivamente;
• Os apoios inicialmente não são colocados debaixo do Centro de Gravidade mas sim
atrás dele, deslocando-se progressivamente para o alinhamento vertical (ao
mesmo tempo que o tronco).
Partida de blocos
A partida de pé pode ser dividida em 3 fases:
1. A primeira corresponde à voz “aos seus lugares” que tem como critério
uma posição equilibrada estando o peso equitativamente distribuído pelos 2 membros
inferiores, numa atitude descontraída, com um pé ligeiramente à frente do outro e o
tronco numa posição vertical.
Posicionamento inicial:
• Mãos no solo mais afastadas que os ombros;
• Polegar e indicador afastados e paralelos à linha de partida;
• O peso do corpo distribui-se pelos 5 apoios (dois pés, um joelho e duas mãos);
• O joelho da perna de trás apoia no solo.
Posição de “prontos”
• Peso do corpo distribui-se pelos 4 apoios, com predominância dos braços;
• Ombros avançam ligeiramente para além da vertical;
• Bacia sobe até que o joelho da frente atinja sensivelmente os 90 graus;
• Bacia sobe um pouco mais alto que o nível dos ombros;
• Não se deve olhar em frente, mas sim para baixo, eventualmente para a linha da partida;
• O pé que fica mais atrás deve estar totalmente encostado ao bloco em pré tensão.
Partida
• Avanço do corpo através da extensão enérgica da perna da frente;
• Os braços saem simultaneamente do solo e movimentam-se alternada e vigorosamente;
• A amplitude da passada aumenta progressivamente;
• O tronco atinge a vertical progressivamente;
• Os Apoios passam para baixo do centro de gravidade progressivamente.
ESTAFETAS
A corrida de estafetas possui um grande potencial formativo, por um lado pelo trabalho
de domínio sobre si mesmo, de cálculo de velocidades e de domínio de uma técnica – a
de transmissão – e por outro por ser uma actividade em equipa em que todos realizam a
mesma tarefa, todos são importantes e onde é fundamental o espírito de grupo. Esta
pode ser definida como o levar de um testemunho o mais rapidamente possível da linha
de partida à linha de chegada, e por isso, evitar uma perda sensível da velocidade nas
passagens do testemunho. A passagem do testemunho de um corredor a outro deve
obrigatoriamente efectuar-se de mão em mão e em zonas regulamentares de 20 metros
(zona de transmissão). Para as estafetas de 4x60m a 4x200m, uma zona de balanço de
10 metros precede a zona de transmissão (Figura 5).
A técnica específica a ensinar será a ascendente (Figura 6), executada sem qualquer
referência visual excepto para o início de corrida do receptor do testemunho (Figura 7).
Começaremos pelo ensino da pega do testemunho, realizada pela parte posterior do
mesmo, passaremos para a transmissão sem referências visuais, apenas sonoras,
realizada em corrida lenta ou mesmo a passo, e terminaremos com situações
semelhantes mas em velocidade crescente e nas marcas respectivas. Acresce-se que a
formação das equipas em situações
Partida
Do que inicia a corrida:
Idêntica à partida para uma corrida de velocidade;
Testemunho seguro entre o polegar e o indicador e envolvido pelos outros dedos.
Dos receptores:
De pé:
O receptor coloca-se em pé, ocupando a parte interna ou externa do corredor,
conforme vá receber o testemunho com a mão direita ou a esquerda;
Linha de ombros paralela ao eixo da pista;
Pés orientados no sentido da corrida, um à frente do outro.
1º passos:
Impulsões completas;
Tronco vai-se endireitando progressivamente;
Cabeça mantém-se descontraída;
Passar rapidamente para o interior do corredor.
Velocidade máxima
Manutenção de elevada frequência;
Aumento da amplitude dos passos;
Corrida de transmissão
De quem transmite:
Deve ser reduzida o menos possível a velocidade;
Continuar no seu corredor, até que todas as transmissões tenham terminado.
Começar a correr 10 metros antes da zona de transmissão;
Concentrar a atenção na marca de partida e no companheiro que dele se aproxima;
Cabeça virada para trás, a fim de reduzir ao mínimo a torção do tronco;
Manter-se junto à linha exterior ou interior da sua pista, conforme o método que
utilizar.
Transmissão
Métodos de transmissão
Método de transmissão exterior:
O atleta que transmite, traz o testemunho na mão esquerda e passa o testemunho para a
mão direita do receptor. Após a recepção, o atleta que recebeu faz a mudança do
testemunho para a outra mão.
Partida
o Dos receptores:
o Inicia-se tardiamente.
Corrida de transmissão
Transmissão
CORRIDA DE RESISTÊNCIA
A continuidade do esforço;
A descoberta do potencial;
Uniformidade do ritmo;
Escolha da velocidade ideal de corrida.
CORRIDA DE BARREIRAS
Componentes Criticas:
- Até à primeira barreira o atleta tem de adquirir uma velocidade em que o comprimento
da passada aumenta progressivamente até ao último passo, o qual será mais curto que o
anterior.
2 - Impulsão
Componentes Criticas:
- Pé da perna de impulsão deve apoiar-se no eixo da corrida, ao mesmo tempo, a outra
perna efectua o ataque à barreira
- Perna de ataque para a frente e para cima, flectida;
- Tronco inclina-se para ficar no prolongamento da perna de impulsão, a cintura e os
ombros devem estar no sentido da corrida;
- A perna de impulsão só deixa o contacto com o solo depois da sua extensão.
3 - Transposição
Componentes Criticas:
- Flexão do tronco sobre a perna de ataque, com a ajuda do braço do lado oposto desta;
- A perna de ataque deve passar a barreira semiflectida, para a frente e para baixo;
- A perna de impulsão, na passagem da barreira, deve flectir lateralmente (abdução) e o
braço do mesmo lado deve ser levado um pouco à frente do tronco, flectido;
- Na fase final, a perna de ataque alonga-se para a frente e para baixo, naturalmente,
facilitando a acção do corpo para o movimento da perna de passagem.
5 - Corrida Terminal
Componentes Criticas:
Na fase final da corrida (após a última barreira) o atleta acelera em direcção à meta com
passadas vigorosas.
Saltos
Os saltos dividem-se em horizontais e verticais, conforme o seu componente espacial
mais marcante. As fases dos mesmos são comuns, a saber:
- corrida preparatória;
- chamada ou impulsão;
- voo;
- queda.
A corrida preparatória
É a fase mais importante para o salto. Só se transforma, ainda que parcialmente, em
salto a velocidade adquirida até a chamada. O aumento de velocidade, a aceleração, é
conseguido por dois meios:
1º - pelo aumento da coordenação do movimento (idades pré-púberes);
2º - pelo aumento da potência muscular (idades púberes e pós-púberes).
Não devemos esquecer que o desenvolvimento da força acontece, sobretudo, durante o
período pubertário.
Salto em altura
O Salto em Altura pode ser definido como a tentativa de passar por cima de uma barra
horizontal (fasquia) colocada a determinada altura, após uma corrida de balanço. Este é
uma disciplina do agrado da maioria dos alunos, embora possua características que
tornam a sua abordagem, por vezes, inexequível na escola, já que o material que requer
– colchões em quantidade e qualidade razoáveis - é caro e não pode facilmente ser
improvisado. Quanto à fasquia, a sua ausência é perfeitamente ultrapassável com um
elástico, sendo que numa fase de iniciação este poderá mesmo ser o mais aconselhável.
A técnica que abordaremos neste ano lectivo é a Fosbury Flop, por ser a mais usada no
Atletismo actual, por ser aquela que possibilita maior e mais rápida progressão de
rendimento e porque o salto de tesoura já deverá ter sido abordado nos anos lectivos
anteriores. A principal característica desta técnica, para além da transposição ser feita de
costas para a fasquia, é a fase final da corrida preparatória ter trajectória curvilínea,
possibilitando a criação de uma força centrífuga responsável pela transposição da
fasquia. Mas a salto em altura é muito mais que uma corrida, é uma elevação após a
mesma- importância da impulsão. Outro aspecto a ter em linha de conta é a criação de
uma rotação do corpo no espaço. A dissociação da acção dos membros inferiores no
momento da impulsão é outro objectivo a ter em conta. Se um dos membros é
impulsionador o outro deve, em flexão do joelho, elevar-se o mais possível. Quanto à
queda, há que ter essencialmente preocupações de segurança, de modo a que os alunos
não percam confiança com uma queda mais dolorosa e que os iniba continuar a sua
evolução.
É um tipo de salto que consiste na realização de uma corrida rápida, uma chamada
activa, transpondo de costas, um obstáculo (fasquia), colocado a determinada altura do
solo, apoiado em dois postes, que vai sendo sucessivamente elevado.
Corrida de Aproximação
A aproximação caracteriza-se por ser feita em curva durante os últimos passos, pelo
menos nos três ou quatro últimos. Aqui, a preparação imediata para a chamada leva o
atleta à melhor posição possível. Assim, a corrida de aproximação deverá apresentar os
seguintes critérios:
Chamada
A chamada inicia-se com a perna mais afastada da fasquia, sendo um movimento
especialmente explosivo. Enquanto a perna impulsionadora se estende, o tronco ergue-
se até uma posição quase vertical, a preparar a transposição da fasquia. Estes
movimentos são auxiliados pelo balanço dos braços e pelos ombros; a fim de favorecer
a inclinação da linha dos ombros em relação à fasquia, os braços não podem subir ao
mesmo tempo. O braço direito (impulsão esquerda) sobe energicamente, o esquerdo fica
em baixo para impedir que o respectivo ombro execute um largo movimento
compensatório para o lado de trás e ajuda assim a criar a rotação do corpo em volta do
seu eixo longitudinal. A rotação em volta do eixo longitudinal do corpo deve ser
produzida principalmente à custa da inflexão da perna do balanço, flectida para dentro,
uns 15 a 20º com a direcção da corrida do último passo. A cabeça vira-se para a fasquia,
em movimento compensatório, permitindo ao atleta manter o olhar fixo nela enquanto
executa estes movimentos. Imediatamente antes de o pé de impulsão abandonar o solo,
o tronco encontra-se em posição quase vertical, sobre ele.
Corrida de balanço
em curva na parte final (3 ou 4 últimos passos);aproximação executa-se entre
9 a 13 passos;
ponto de partida deve estar entre 15 a 20 metros da fasquia e numa linha
perpendicular a esta, que passa 3 a 5 metros por fora do poste mais próximo;
o raio da curva é função da velocidade de aproximação, sendo maior quando
esta aumenta;
na primeira parte da corrida a velocidade aumenta rapidamente, sendo
preferível fazê-la quase em linha recta;
ponto de apoio do membro inferior impulsor está entre a projecção vertical
da fasquia e a do centro de gravidade do atleta;
na transição para o último passo há um abaixamento do centro de gravidade;
ao começar o último passo, o tronco do saltador começa a “endireitar-se”;
corpo não deve tomar inclinação em direcção à fasquia, pelo contrário, deve
conservar-se inclinado para o centro da trajectória de modo a realizar na
chamada uma subida quase vertical.
Chamada
é realizada pelo membro inferior mais afastada da fasquia, sendo um movimento
explosivo;
colocação do pé impulsor, faz-se um pouco fora da trajectória da curva;
enquanto o membro impulsor se estende, o tronco ergue-se até uma posição
quase vertical, preparando a transposição da fasquia;
parte da impulsão aplica-se fora do centro de gravidade e produz o binário
exigido pela rotação do corpo para a posição horizontal, de costas para a fasquia;
estes movimentos são auxiliados pelo balanço dos membros superiores e dos
ombros;
os membros superiores não podem subir ao mesmo tempo, para poderem
favorecer a inclinação da linha dos ombros em relação à fasquia;
Transposição
1ª fase do voo
notória descontracção de todo o corpo;
membro inferior de balanço descai para trás, reunindo-se ao membro impulsor, que
se encontra descontraído e pendente;
os membros superiores são mantidos junto ao corpo;
a posição de extensão do corpo facilita a rotação em volta do eixo longitudinal;
no momento em que os ombros fazem a transposição, a sua linha está quase paralela à fasquia.
2ª fase do voo
no momento da transposição da fasquia por parte dos ombros, começa a 2ª fase do
voo, iniciada com uma vigorosa pressão das ancas para a frente.
visto que os ombros e os membros inferiores se encontram de lados opostos da
fasquia, o corpo forma uma espécie de ponte, tendo o atleta neste momento que
fazer a transposição da bacia.
Corrida de balanço
corrida com fraca aceleração e pouco circular;
desaceleração na fase final;
passadas irregulares;
corrida feita do lado do membro inferior de chamada;
salto com reduzida amplitude por exagerado abaixamento do centro de gravidade
durante a penúltima passada;
Chamada
a parte superior do corpo inclina-se na direcção da fasquia antes da chamada;
extensão incompleta do membro inferior de chamada;
Transposição
transposição da fasquia na posição lateral, por rotação insuficiente do membro
inferior livre;
não há rotação do tronco;
curvatura das costas insuficiente ou inexistente;
não eleva a bacia;
cabeça em extensão;
posição em “L” ocorre demasiado cedo, antecipando a preparação para a recepção.
Salto em comprimento
Técnicas de queda
A queda também é uma técnica que poderá ser ensinada aos jovens. Contudo, pela sua
complexidade, não é esse ensino um atarefa prioritária.
Podemos transmitir ao aluno a ideia da harmónica no momento de recepção ao solo.
Quando se tocar com os calcanhares na areia ocorre uma flexão continuada dos joelhos,
bacia e tronco num verdadeiro movimento de harmónica.
Outra técnica, talvez menos natural, é, após tocar com os calcanhares no solo, executar
um movimento do corpo não para diante mas para o lado, projectando-se lateralmente.
Lançamentos
Ou seja, será preciso fixar uma das extremidades (linha dos ombros) e torcer a outra
extremidade (os apoios no solo) de forma a criar uma tensão que ao se soltar irá
chicotear o engenho.
Outro aspecto comum a todos os lançamentos tem a ver com a colocação e actuação da
parte esquerda do corpo (para quem é destro claro), ou seja, o principio da colocação
rígida de pontos de suporte.
Uma boa referência para a aplicação deste princípio é o da travagem brusca de um
comboio com pessoas dentro. Quando isto acontece, as pessoas são projectadas na
direcção de deslocamento do comboio. Deste modo, as pernas e corpo funcionarão
como o comboio e o engenho como o passageiro (Rolim, 2003).
A abordagem dos lançamentos deve ser realizada através de diversos jogos de precisão
e outros que impliquem por si só o acto de lançar. No entanto, quando o objectivo é já a
aproximação ao modelo competitivo, a primeira preocupação é a abordagem da pega.
Este princípio vem-nos da desmontagem da técnica global. As fases comuns a todos os
lançamentos são:
1. pega do engenho;
2. posição inicial;
3. avanço dos apoios;
4. posição de força;
5. projecção final.
Contudo, não devemos recorrer somente a métodos analíticos para a exercitação destas
5 fases. O ideal é o uso de métodos analíticos juntamente com métodos de exercitação
da técnica global (Rolim, 2003).
Peso
A técnica O’Brien, apesar de não tão rentável, apresenta-se como sendo a técnica de
aprendizagem mais fácil de abordar e acessível (Figura 8).
Critérios de êxito:
Estas duas últimas variáveis mostram-se, já desde a abordagem aos lançamentos nas
idades pré-púberes, como os princípios básicos dos lançamentos.
Bibliografia
Carr, G. (1991). Fundamentals of Track and Field. Champaign IL, Human Kinetics.
Motensen J. & Cooper J. (1984). Técnicas del atletismo. Edições hispano europeia, 6ª
edição. Barcelona. Espanha.
MEC Atletismo 9º A 38