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FICHA CATALOGRÁFICA
224 p.
CDD - 613.7148
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02511528
RECURSOS DE IMERSÃO
Este item corresponde a uma proposta Utilizado para temas, assuntos ou con-
de reflexão que pode ser apresentada por ceitos avançados, levando ao aprofun-
meio de uma frase, um trecho breve ou damento do que está sendo trabalhado
uma pergunta. naquele momento do texto.
ZOOM NO CONHECIMENTO
P L AY N O CO NH E C I M E NTO
INDICAÇÃO DE L IVRO
E M FO CO
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CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
7UNIDADE 1
29UNIDADE 2
75UNIDADE 3
121
UNIDADE 4
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UNIDADE 5
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UNIDADE 1
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
CONCEITUAÇÃO DE LUTAS E
AS PRINCIPAIS MODALIDADES
APERFEIÇOADAS NO BRASIL
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
As lutas estão presentes desde os primórdios da civilização, sendo utilizadas como
formas de se proteger, guerrear, se conectar com o transcendente, para melhora
do condicionamento físico, disciplina e autocontrole, desenvolvimento mental e
emocional, como forma de competição e para desenvolvimento pessoal.
Por causa disso, é muito importante que conheçamos melhor sobre a temática,
aprofundando, inclusive, na conceituação dos termos lutas, artes marciais e
esportes de combate.
Atualmente, existem diversas modalidades de lutas que são praticadas ao
redor do mundo, sendo que algumas possuem mais destaque nas mídias,
as tornando mais populares. Um exemplo é o Karatê, que foi propagado pelo
mundo a partir de filmes que marcaram a infância de muitas pessoas, como
a saga Karatê Kid. Outro exemplo é o MMA, que se tornou muito popular e
ajudou também na popularização de outras artes marci-
ais que são demonstradas pelos lutadores.
Para iniciarmos, indicamos um texto escrito por João Car-
los Cavalcanti e publicado na revista digital Tatame, intitu-
lado Como as artes marciais se popularizam no Brasil e sua
história ao longo dos anos.
As Lutas e Artes Marciais têm origens distintas e ainda são um mistério para mui-
tos estudiosos, porém é sabido que desde os primórdios da humanidade o homem
precisou lutar para atender as suas necessidades fisiológicas e garantir seu espaço,
como, na busca por alimento, luta por terras e sua defesa. Desde épocas antigas,
há relatos de lutas em duplas. Uma das histórias mais detalhadas é a de Davi, que
matou Golias com uma pedra atirada por uma funda (SANTANA et al., 2019).
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Na Grécia antiga, havia uma forma de luta chamada Pancrácio, presente nos pri-
meiros Jogos Olímpicos. Os Gladiadores Romanos utilizavam técnicas corporais
de luta e armas em combates um a um. Os Espartanos, retratados em filmes, como
300, tinham um regime militar de treinamento rígido. Na Índia e China, surgiram
as primeiras formas organizadas de combate. A história dessas modalidades foi
distorcida ao longo do tempo, já que os antigos mestres não compartilhavam
facilmente seus conhecimentos e poucos registros foram documentados. As tra-
dições eram passadas oralmente, de mestre para discípulo ou de pai para filho.
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As Lutas e Artes Marciais eram manifestadas em muitas culturas em
cerimônias, caças, defesas de aldeias e tribos e festividades (MAZ-
ZONI; OLIVEIRA JUNIOR, 2011, s. p.).
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A P RO F UNDA NDO
Existem diversas razões que motivam a busca pelas lutas e artes marciais, in-
cluindo aprimorar a qualidade de vida, manter o condicionamento físico, pro-
mover a saúde, disciplinar a mente, aprender autodefesa, aprimorar habilidades
de combate corporal, praticar meditação e desenvolver o caráter, entre outras
(BRANDT et al., 2015; BU et al.,2010).
Artes Marciais
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ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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Marcial – de Marte, deus romano da guerra (CORREIA; FRAN-
CHINI, 2010, p. 9).
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Lutas
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ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Significado de Luta
substantivo feminino
[Esporte] Combate de dois atletas, corpo a corpo, sem armas.
[Por Extensão] Ação de combater, com armas ou sem elas (LUTA, 2023, on-line).
Esportes de Combate
Existem diversas lutas que foram desenvolvidas no Brasil. Neste material, trata-
remos de duas que são bem conhecidas, até mesmo por quem nunca praticou
nenhuma delas: a Capoeira, Jiu-jitsu Brasileiro e o MMA.
Capoeira
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A capoeira foi proibida por muitos anos no país, sendo considerada uma prática
marginalizada e perigosa, mas a partir da década de 1930, foi reconhecida como
patrimônio cultural brasileiro e passou a ser valorizada e estudada. Hoje em dia, a
capoeira é praticada em todo o mundo, como uma forma de expressão cultural e
esportiva, e é considerada uma importante manifestação da cultura afro-brasilei-
ra (REIS; PATRICIO; TELLES, 2020; CUNHA et al., 2014).
Descrição da Imagem: trata-se de uma fotografia que apresenta um homem, sem camisa, de pele negra, onde
aparece sua cintura, peito e parte do braço e mãos. Em sua mão direita, ele segura um berimbau e, com os dedos
polegar e indicador, uma pedra. Em sua mão esquerda, ele segura um caxixi e, com os dedos polegar, indicador e
médio, uma vareta. O homem está à esquerda da foto, um pouco inclinado, mais ao fundo aparece as mãos abertas
de outra pessoa, onde a mão esquerda está em cima de um atabaque. Fim da descrição.
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ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Durante muitos anos, a prática da Capoeira foi considerada como crime no Bra-
sil. A seguir, um trecho do Código Penal de 1890, que tipifica o delito:
“Art. 402. Fazer nas ruas e praças públicas exercício de agilidade e destreza cor-
poral conhecida pela denominação de Capoeiragem: andar em carreiras, com
armas ou instrumentos capazes de produzir lesão corporal, provocando tumulto
o desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum
mal; Pena de prisão celular por dois a seis meses.
Parágrafo único. É considerado circunstância agravante pertencer a capoeira
em alguma banda ou malta” (BRASIL, 1890, s. p.).
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Original Moderna
Tradicional Descaracterizada
Quadro 1 – Diferenciação entre os estilos Capoeira Angola e Capoeira Regional / Fonte: adaptado de
Natividade (2005).
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Jiu-jitsu Brasileiro
O Jiu-jitsu é uma luta esportiva individual que envolve técnicas de torções, estran-
gulamentos, rotações, chaves nas articulações e imobilizações, com o objetivo de
vencer o adversário por finalização ou pontos. A palavra Jiu-jitsu vem da combi-
nação de “ju”, que significa suavidade ou via de ceder, e “jutsu”, que significa arte
ou prática, e pode ser traduzida como “arte suave”.
A origem do Jiu-jitsu é controversa, mas uma teoria aceita é que ele surgiu na
Índia como uma forma de defesa usada por monges budistas contra bandidos.
O Jiu-jitsu se espalhou para outros países orientais antes de chegar ao Japão e
se tornar a arte marcial mais importante na segunda metade do século XVI, antes
de emigrar para o Ocidente (SILVA; SILVA; OLIVEIRA, 2019). A modalidade é carac-
terizada pela execução de golpes de alavancas, torções e pressões, possuindo a
finalidade de dominar o oponente (LENZ; EL HAJJAR, 2020).
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Em 1993, o Ultimate Fighting Championship (UFC) foi criado por Rorion Gracie,
um membro da família Gracie, famosa por seu envolvimento no desenvolvimento
do Jiu-jitsu brasileiro. O objetivo das primeiras competições de MMA era determi-
nar qual arte marcial era a melhor em um combate sem regras, onde praticamente
qualquer técnica poderia ser utilizada.
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NOVOS DESAFIOS
Como vimos, existe toda uma gama de possibilidades de atuação no contexto
das lutas. A partir do conhecimento teórico acerca da origem das lutas e artes
marciais e das principais lutas de origem brasileira, é possível pensar em diversas
formas de atuação profissional na área: professor de lutas (exige uma formação
específica na modalidade), gestor de academias e centros de lutas, organizador
de eventos de lutas, atleta profissional de lutas, dentre muitas outras.
Essas são apenas algumas das diversas oportunidades de atuação profissional
na área das lutas e artes marciais. Cada uma dessas áreas exige um conjunto espe-
cífico de habilidades e conhecimentos, e é importante buscar formação adequada
e experiência prática para se destacar profissionalmente.
Cabe ao profissional se especializar e buscar entender a origem e a história
de como a arte marcial que ele pratica ou atua profissionalmente foi construída.
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VAMOS PRATICAR
a) Esportes de combate.
b) MMA.
c) Capoeira.
d) Lutas.
e) Artes Marciais.
2. A capoeira é uma arte marcial que combina elementos de dança, música e luta. Essa
arte marcial já foi proibida durante muitos anos no país, sendo considerada uma prá-
tica marginalizada e perigosa, mas, a partir da década de 1930, foi reconhecida como
patrimônio cultural brasileiro e passou a ser valorizada e estudada.
a) Foi criado por samurais no Japão feudal como forma de defesa pessoal.
b) Foi desenvolvido por lutadores de rua na China.
c) Surgiu na Índia como uma forma de defesa usada por monges budistas contra ban-
didos.
d) Foi criado por lutadores de sumô no Japão antigo.
e) Nenhuma das opções anteriores.
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REFERÊNCIAS
ARTES. In: DICIO. Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2023. Disponível em: https://
www.dicio.com.br/artes/. Acesso em: 10 maio 2023.
BRASIL. Decreto 847, de 11 de outubro de 1890. Promulga o Código Penal. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/D847.htmimpressao.htm. Acesso
em: 10 maio. 2023.
BU, B. et al. Effects of martial arts on health status: a systematic review. Journal of Eviden-
ce-Based Medicine, [s. l.], v. 3, n. 4, p. 205-219, 2010.
CUNHA, I. M. C. F. et al. Capoeira: a memória social construída por meio do corpo. Movimen-
to, [s. l.], v. 20, n. 2, p. 735-755, 2014.
FETT, C. A.; FETT, W. C. Filosofia, ciência e a formação do profissional de artes marciais. Mo-
triz, Rio Claro, v. 15, n. 1, p. 173-184, jan./mar. 2009.
LUTA. In: DICIO. Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2023. Disponível em: https://
www.dicio.com.br/luta/. Acesso em: 10 maio 2023.
MARCIAIS. In: DICIO. Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2023. Disponível em:
https://www.dicio.com.br/marciais/. Acesso em: 10 maio 2023.
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REFERÊNCIAS
SANTANA, W. B. et al. Uma análise sobre a prática pedagógica do ensino das lutas.
Campina Grande: Realize Editora, 2019. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/
visualizar/64741>. Acesso em: 17 abr. 2023.
SILVA, D. S.; SILVA, C. M.; OLIVEIRA, D. L. Jiu-jitsu: arte suave e estilo de vida. Ciência Atual,
[s. l.], v. 13, n. 1, p. 2-26, 2019.
VASQUES, D. G. As artes marciais mistas (MMA) como esporte moderno: entre a busca da
excitação e a tolerância à violência. Esporte e Sociedade, [s. l.], v. 8, n. 22, p. 1-23, 2013.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. A.
2. E.
A capoeira é uma arte marcial brasileira que combina elementos de dança, música e
luta. Sua origem é controversa, mas acredita-se que tenha surgido durante o período
da escravidão no Brasil, como forma de defesa e resistência dos escravos africanos
contra seus opressores, possuindo inúmeras características da cultura e religião dos
povos escravizados.
3. C.
A origem do Jiu-jitsu é controversa, mas uma teoria aceita é que ele surgiu na Índia
como uma forma de defesa usada por monges budistas contra bandidos.
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 2
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MODALIDADES OLÍMPICAS DE
LUTAS
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Sempre que se iniciam os Jogos Olímpicos, nossos olhos
se enchem ao vermos as modalidades de lutas. Os atletas
de elite dos países entram em combate corporal para ten-
tar descobrir quem é o melhor.
Quais são as modalidades de luta que mais te chamam a
atenção nas Olimpíadas?
Para iniciarmos nossa conversa, recomendamos a leitu-
ra de um texto que narra, de forma resumida, a história dos Jogos Olímpicos
da Era Moderna: http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/
uma-disputa-milenar
As lutas estão presentes nos Jogos Olímpicos desde a antiguidade, sendo que a
Luta Livre integra o quadro dos cinco esportes disputados nos primeiros Jogos
Olímpicos da Era Moderna, realizados em Atenas, em 1896. Essas modalidades
esportivas de combate exigem uma alta capacitação técnica e tática, além de um
excelente preparo físico, mental e uma capacidade de adaptação às situações de
combate em tempo real (RUBIO, 2010).
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JUDÔ
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AP RO F U NDA NDO
Ao longo de sua vida, Jigoro Kano trabalhou constantemente para garantir o de-
senvolvimento do atletismo e do esporte japonês de uma maneira geral e, como
resultado de seus esforços, muitas vezes é chamado de “Pai dos Esportes Japone-
ses”. Em 1935, ele foi premiado com o prêmio Asahi por sua excepcional contribuição
para a organização do esporte no Japão durante sua vida (NUNES, [202-?]).
O mestre Jigoro Kano, por sua vez, dedicou-se por O mestre Jigoro
anos a estudar as antigas formas de autodefesa. Ele Kano, por sua vez,
procurou explicar cientificamente os golpes, ba- dedicou-se por
seando-se nas leis de dinâmica, ação e reação. As- anos a estudar as
sim, selecionou e classificou as melhores técnicas antigas formas de
autodefesa
dos vários sistemas de Ju-jutsu em um novo estilo
chamado de Judô, que significa “caminho suave”:
Ju (suave) e Do (caminho ou via). Em 1882, Kano fundou o Instituto Kodokan.
Esse nome significa “um lugar para estudar o caminho”, e reflete a intenção do
fundador da arte. Além de transformar o ensino da arte marcial em um esporte,
Kano desenvolveu uma linha filosófica baseada no conceito ippon-shobu (luta
pelo ponto perfeito) e um código moral. Seu objetivo era fortalecer o físico, a
mente e o espírito de forma integrada (NUNES, [202-?]) .
O Judô foi introduzido no Brasil por volta do século passado e atualmente é pra-
ticado por cerca de dois milhões de pessoas. Os primeiros imigrantes japoneses
trouxeram o judô para o Brasil como uma forma de manter a sua cultura e como
diversão. Aos poucos, a prática foi permitida aos brasileiros natos. Outra versão é
que a modalidade foi introduzida por professores-lutadores, como Mitsuyo Maeda
e Soishiro Satake, representantes da Kodokan, que chegaram ao Brasil em 1914.
Eles fizeram demonstrações e desafios em diversas cidades antes de se estabele-
cerem em Belém e Manaus, respectivamente (NUNES; RUBIO, 2012).
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O jiu-jítsu era ensinado principalmente por meio da observação vi-
sual e o foco era nos resultados em combates reais, enquanto Kano
propunha um método de ensino sistemático com princípios que bus-
cavam o aprimoramento da sociedade (NUNES; RUBIO, 2012, s. p.).
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TAEKWONDO
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Princípios do Taekwondo
CORTESIA
este princípio tem como objetivo mostrar ao aluno a relação de respeito que ele
deve ter com todas as pessoas, sejam elas praticantes de taekwondo ou não.
Quanto à relação que ele deve ter com os outros praticantes, se trata de estar
sempre ciente da hierarquia que existe no taekwondo, respeitando seus superio-
res e ser sempre educado, justo e nunca tratar os outros com desprezo.
INTEGRIDADE
PERSEVERANÇA
a perseverança tenta mostrar ao aluno que ele não deve desistir de seus ideais
por mais difíceis que eles pareçam. Ele deve sempre lutar pelo que deseja con-
quistar e nunca desanimar perante as dificuldades.
AUTOCONTROLE
ESPÍRITO INDOMÁVEL
este princípio retrata a luta contra quem quer que seja, pela verdade, pelo que é
justo, agindo sempre com obstinação (MCM, [202-?]).
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BOXE
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LUTA OLÍMPICA
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A modalidade é dividida em duas categorias no programa olímpico:
estilo Livre e estilo Greco-Romano. O termo wrestling, em inglês, é
usado para se referir à luta olímpica em ambos os estilos. A palavra
significa agarrar, prender e imobilizar (COB, [202-?]).
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KARATÊ
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NOVOS DESAFIOS
Como vimos, são várias as lutas presentes nos Jogos Olímpicos. E várias também
são as possibilidades de atuação profissional nelas.
As modalidades de lutas nos Jogos Olímpicos não apenas proporcionam uma
exibição emocionante de habilidades atléticas, mas também oferecem oportunida-
des de carreira para os atletas de elite e para todos os membros da equipe técnica.
Os competidores são apoiados por equipes de preparação física e téc-
nica, como professores da modalidade, preparadores físicos e treinadores
de competição. Para integrar esse quadro de profissionais, é necessária uma
densa formação teórico-prática.
Além disso, é possível se especializar em arbitragem ou como juízes em com-
petições, contribuindo para o desenvolvimento e a justiça esportiva. Outras op-
ções de carreira incluem o papel de comentarista esportivo, transmitindo suas
experiências e análises para o público, ou até mesmo como escritor especializado
em lutas olímpicas, fornecendo artigos e reportagens para jornais e revistas.
Além disso, é possível trabalhar as lutas dentro do contexto escolar, pois elas
compõem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Inclusão das lutas nas
diretrizes curriculares reconhece seu valor na promoção de valores como respei-
to, disciplina e trabalho em equipe, além de contribuir para a consciência corporal
e o condicionamento físico dos alunos. Essa medida representa um avanço na
construção de uma educação mais inclusiva e diversa.
Assim, as modalidades de lutas nos Jogos Olímpicos abrem portas para
uma variedade de oportunidades profissionais relacionadas ao mundo das
artes marciais e das lutas.
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VAMOS PRATICAR
Com base nas informações fornecidas, qual das alternativas a seguir descreve correta-
mente uma mudança ocasionada pelo processo de esportivização do judô?
a) 1970.
b) 1988.
c) 1902.
d) 2023.
e) 2000.
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VAMOS PRATICAR
3. O Taekwondo é uma arte marcial coreana sistemática e científica que ensina mais do
que habilidades físicas de luta. Atualmente, é um esporte global bem estabelecido e
uma competição oficial nas Olimpíadas. Ele apresenta alguns princípios fundamentais.
I - O princípio da integridade existe para tentar conscientizar o aluno sobre o que é certo
ou errado.
PORQUE
II - Ele mostra que o foco da luta é a briga e que não existe uma conversa ou diálogo
com o adversário.
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REFERÊNCIAS
CBBOXE. Confederação Brasileira de Boxe. História do Boxe Olímpico. Página inicial, [202-
?]. Disponível em: http://cbboxe.org.br/historia/. Acesso em: 10 ago. 2023.
CBW. Confederação Brasileira de Wrestling. Luta olímpica nos jogos olímpicos. [202-?].
Disponível em: http://cbw.org.br/modalidades/estilos-olimpicos/. Acesso em: 10 ago. 2023.
FERREIRA, J. E. R. Voltando aos princípios do judô: prática para uma educação integral. EF-
Deportes, [s. l.], v. 26, n. 285, 2021.
NUNES, A. V.; RUBIO, K. As origens do judô brasileiro: a árvore genealógica dos medalhistas olím-
picos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, [s. l.], v. 26, n. 4, p. 667-678, 2012.
RUBIO, K. Jogos olímpicos da era moderna: uma proposta de periodização. Revista Brasi-
leira de Educação Física e Esporte, [s. l.], v. 24, n. 1, p. 55-68, mar. 2010.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção C.
2. Opção E.
3. Opção C.
O princípio da integridade existe para tentar conscientizar o aluno sobre o que é certo ou
errado. Ele mostra que o aluno deve sempre agir de maneira correta, buscar seus objetivos
de maneira justa e nunca tentar demonstrar ser superior a ninguém.
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MEU ESPAÇO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
MINHAS METAS
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Enquanto ouviam uns aos outros, João, Lindomar e Luiz perceberam que, em-
bora praticassem diferentes modalidades, as características comuns nas artes
marciais eram notáveis. A disciplina, a paciência e o respeito mútuo eram valores
essenciais compartilhados entre eles. Eles entenderam que, independentemente
da escolha de modalidade, as artes marciais eram uma jornada de autodesenvol-
vimento, superação e construção de caráter.
VAMOS RECORDAR?
Você certamente já se deparou com uma modalidade de luta e ficou intrigado com
seus movimentos ágeis e precisos, seja nos filmes de ação, nas academias ou em
qualquer outro lugar, as artes marciais exercem um poderoso fascínio sobre nós.
Das milenares técnicas orientais aos modernos estilos ocidentais, existem inú-
meras modalidades de lutas praticadas em todo o mundo. Mas o que todas elas
têm em comum? É exatamente isso que vamos explorar.
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A filosofia das artes marciais não se limita apenas ao contexto de
combate físico, mas também se estende ao desenvolvimento pes-
soal, ao cultivo de virtudes e à busca por uma vida equilibrada e
significativa. Cada praticante pode interpretar e aplicar esses prin-
cípios de acordo com suas próprias experiências e objetivos indivi-
duais (FERNANDES, 2013, s. p.).
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Dentro do contexto das várias atividades físicas, as artes marciais destacam-se por
aspectos positivos que são adquiridos por meio de sua prática. É frequente encontrar
nas campanhas promocionais de diversas escolas a afirmação de que as artes marciais
fomentam a disciplina e auxiliam no controle da agressividade (SANTOS, 2021).
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Não é por acaso que as artes marciais mais tradicionais ainda utili-
zam os termos “mestre” e “discípulo”, mesmo que esses termos se-
jam, muitas vezes, mal vistos em nossa sociedade atual, que tende
a reduzir o papel do professor a uma função técnica ou de simples
“mediador”, como muitos afirmam (FERNANDES, 2019, s. p.).
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IN D ICAÇ ÃO DE FI LM E
Ip Man
Sinopse: o filme Ip Man – O Grande Mestre, de 2008, é basea-
do na história real do mestre de Wing Chun, Ip Man, mestre do
ator e lutador Bruce Lee, e retrata sua jornada e seu compro-
misso com os valores das artes marciais, incluindo respeito,
humildade e compaixão.
Comentário: embora o filme Ip Man – O Grande Mestre seja um
filme de ação, ele demonstra importantes princípios e filosofias
das artes marciais, como a disciplina, o respeito e a humildade.
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Analisando o contexto das lutas, encontramos frases e campanhas
com slogans como “Quem luta, não briga”. Dentro dessa frase há
uma grande importância filosófica e educacional, que estabelece
uma regra e um comportamento para lutadores e praticantes de
artes marciais, incentivando-os a não brigar e a utilizar as técnicas
marciais apenas no âmbito próprio das artes marciais, com o devido
respeito (FERNANDES, 2013, s. p.).
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As lutas não devem ser associadas à violência, pois, em sua essência, elas não
possuem nenhuma relação direta com tal comportamento. É importante ressaltar
que a violência, muitas vezes, é o resultado de comportamentos inadequados por
parte de alguns praticantes, que utilizam as lutas de forma equivocada. Infeliz-
mente, essa associação errônea contribui para que a sociedade relacione essas
práticas à violência. Além disso, a forma como as artes marciais são retratadas
pela mídia também desempenha um papel importante, pois pode influenciar na
percepção pública sobre o assunto (LOPES; PONTES; CAMPOS, 2015).
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DIFUSÃO DO RESPEITO
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As lutas são caracterizadas por atitudes de respeito, mesmo durante
os combates, em que os lutadores se cumprimentam ao finalizar a
luta. Princípios como esses, juntamente com outros, como não gol-
pear um oponente que esteja caindo no boxe ou não atingir abaixo
da cintura, são filosofias que são exploradas dentro das regras de
cada modalidade (FERNANDES, 2013, s. p.).
O mestre tem como objetivo incentivar seus discípulos a descobrirem sua própria
maneira de utilizar as técnicas transmitidas, deixando sua própria marca na forma
como executam os golpes, sempre com autenticidade, legitimidade e autonomia.
Um bom mestre deseja que seu discípulo não dependa dele eternamente, mas
sim que aprenda e se torne um mestre por si mesmo, continuando assim a tarefa
de educar.
Por sua vez, um bom discípulo não guarda os ensinamentos apenas para si, mas
os transmite para as próximas gerações e os utiliza para intervir no mundo real.
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Dessa forma, toda arte marcial é uma arte de viver bem, uma tentativa de se
moldar ao mundo e resolver os problemas que surgem (FERNANDES, 2019).
COMBATE CORPORAL
Cada arte marcial e modalidade de luta possui suas próprias técnicas de combate
distintas, que abrangem uma variedade de movimentos, como golpes, chutes, so-
cos, bloqueios, arremessos, quedas e imobilizações. Essas técnicas são ensinadas
e praticadas com o objetivo de aprimorar as habilidades de combate e autodefesa.
A P RO F UNDA NDO
SUMÔ
O sumô é um esporte tradicional do Japão que remonta a séculos atrás, des-
crito no livro Kojiki. Atualmente, as regras e tradições do sumô permanecem
praticamente inalteradas, mantendo a homenagem aos deuses e o desejo por
uma boa colheita. A luta ocorre em um círculo com solo duro, e o objetivo é fazer
com que o oponente saia do círculo ou toque o chão com uma parte do corpo
que não seja a sola do pé. As lutas são rápidas, variando de alguns segundos a,
no máximo, 3 minutos.
Embora aparentemente simples, o sumô possui uma tradição profunda, prepa-
rações exaustivas e uma organização impressionante, envolvendo altos cus-
tos financeiros. Os lutadores, conhecidos como rikishis, vivem em academias
onde treinam intensamente, comendo e dormindo no local. A admissão nas
academias é rigorosa, com idade entre 12 e 15 anos. Os treinos são intensos,
começando às 5 horas da manhã, e incluem uma refeição especial chamada
“chanco-nabe”. A temporada oficial de sumô é composta por seis campeonatos
anuais, com aproximadamente 850 lutadores divididos em seis categorias.
Os lutadores de sumô são gigantes, com média de 150 kg na divisão superior.
Os campeões yokozuna são considerados semideuses na cultura japonesa e
têm prestígio até mesmo junto ao Imperador. No Brasil, o sumô começou a ser
praticado em 1912, e existe um Campeonato Brasileiro de Sumô que ocorre há
50 anos. Alguns brasileiros lutam profissionalmente no Japão, representando o
país nessa arte marcial tradicional (CULTURA JAPONESA, [202-?], on-line).
Fonte: https://www.culturajaponesa.com.br/index.php/esportes/artes-mar-
ciais/sumo/
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SISTEMA DE GRADUAÇÃO
Judô
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Capoeira
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Muay Thai
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NOVOS DESAFIOS
A filosofia, disciplina e valores morais promovidos pelas artes marciais podem
ser uma estratégia adotada até mesmo para o trabalho fora dos tatames, cabendo
ao profissional extrapolar esses conceitos para a vida de seus alunos ou clientes.
A aplicação desses conceitos é possível até mesmo no mundo corporativo, fa-
zendo com que a organização empresarial e a gestão de recursos financeiros e hu-
manos sejam embasadas nos princípios milenares propostos pelas artes marciais.
Os princípios filosóficos, a disciplina e os valores morais promovidos pelas ar-
tes marciais podem influenciar positivamente não apenas nas habilidades físicas,
mas também em diversas profissões. Algumas possíveis atuações profissionais
que podem lançar mão desses conceitos: Coaching Empresarial, Instrutor de
Treinamento de Equipes, Consultor em Gestão de Conflitos, Palestrante Moti-
vacional e Consultor de Desenvolvimento Pessoal.
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VAMOS PRATICAR
Sobre as artes marciais e sua relação com a autodefesa, assinale a alternativa correta:
a) As artes marciais são exclusivamente voltadas para a autodefesa física e não possuem
outras dimensões além disso.
b) A autodefesa é o único objetivo das artes marciais, não havendo espaço para a ex-
pressão artística ou o desenvolvimento pessoal.
c) Embora a autodefesa seja uma parte das artes marciais, essas práticas também
abrangem outras dimensões e enfrentam ameaças além dos ataques físicos diretos.
d) As artes marciais são apenas uma forma de luta esportiva e não têm relação com a
autodefesa ou outros aspectos mais amplos.
e) A autodefesa não tem relevância nas artes marciais, que se concentram principal-
mente em atividades físicas e condicionamento do corpo.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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VAMOS PRATICAR
3. A prática das artes marciais vai além dos movimentos físicos e possui um conjunto de va-
lores morais que possibilitam transcender sua dimensão de combate. Esses valores têm
como objetivo desenvolver a consciência de si mesmo, do mundo e dos companheiros.
a) A filosofia das artes marciais se restringe à prática de movimentos físicos e não envolve
um sistema de valores ou uma visão particular do universo.
b) A filosofia das artes marciais visa apenas ao aprimoramento da concentração e da
percepção, não estando relacionada à consciência de si mesmo ou aos valores morais.
c) A filosofia das artes marciais é baseada em uma visão particular do universo e busca
o desenvolvimento da consciência de si mesmo, do mundo e dos companheiros, além
de possuir um conjunto de valores morais.
d) A filosofia das artes marciais se limita ao exercício físico, não estando associada à
percepção ou à atenção.
e) A filosofia das artes marciais não possui um conteúdo intelectual e está exclusiva-
mente focada nos movimentos específicos da prática, sem considerar valores morais.
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REFERÊNCIAS
CMTB. Confederação de Muay Thai do Brasil. Graduação. [202-?]. Disponível em: https://
www.cmtb.com.br/graduacao. Acesso em: 11 ago. 2023.
FERNANDES, D. S. Lutas e suas possibilidades. EFDeportes, Buenos Aires, ano 18, n. 180,
maio 2013.
LOPES, J. C.; DANUCALOV, M. A. D. Filosofia, ética e moral: um estudo dos valores inerentes
às artes marciais. American Journal of Sports Training, [s. l.], 2016.
LOPES, R. R.; PONTES, J. A. M.; CAMPOS, W. M. Lutas marciais: briga, luta ou caminho à edu-
cação. FIEP Bulletin, [s. l.], v. 85, n. 2, 2015.
SANTOS, G. O. Arte marcial, cinema e moralidade: impulsos do corpo e o cultivo de si. Movi-
mento, [s. l.], v. 27, n. e27051, 2021.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção C.
2. Opção C.
3. Opção C.
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MEU ESPAÇO
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 3
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Talvez influenciados pelo cinema, geralmente temos a percepção de que as
artes marciais se resumem ao combate corporal e à defesa pessoal, não per-
cebendo a amplitude de benefícios que podem ser ocasionados a partir de
sua prática de maneira regular. Essa percepção limitada das artes marciais é
compreensível, uma vez que muitas vezes somos expostos apenas às cenas
de lutas espetaculares nos filmes, relegando outras dimensões igualmente im-
portantes dessas práticas. No entanto, é fundamental ressaltar que as artes
marciais são muito mais do que meros combates físicos; são disciplinas que
abrangem aspectos físicos, mentais e emocionais, com potencial para promo-
ver uma transformação holística na vida dos praticantes.
Quais são suas percepções acerca do tema? Já pensou nas artes marciais
como algo que vai muito além do combate corporal?
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A prática de artes marciais tem sido reconhecida como uma forma de promover
não apenas a saúde física, mas também o bem-estar psicológico dos seus pratican-
tes. Estudos sobre os benefícios psicossociais das artes marciais começaram a surgir
no final dos anos 60, com o objetivo de investigar a relação entre traços de perso-
nalidade, desempenho e nível de habilidade dos praticantes (GOMES et al., 2019).
Ao longo da vida, a prática de artes marciais e lutas como modali-
dades esportivas pode trazer benefícios significativos para a saúde e o
bem-estar dos praticantes. Essa prática não se restringe apenas à juventude,
mas também pode ser mantida durante a terceira idade, proporcionando um
estilo de vida ativo e saudável.
“
A prática das Artes Marciais tem mostrado um efeito positivo na redu-
ção da ansiedade, depressão e estresse, ajudando a prevenir a Síndrome
de Burnout e a procrastinação (MARTINS; FERREIRA, 2023, s. p.).
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QUALIDADE DE VIDA
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O Tai Chi Chuan, uma arte marcial chinesa milenar, abrange uma abordagem
multifacetada, incluindo aspectos culturais, rituais religiosos, exercício físico e
defesa pessoal. Seus movimentos suaves e contínuos tornam-no adequado para
pessoas de diferentes idades e capacidades físicas. A prática regular do Tai Chi
Chuan traz diversos benefícios, tais como o fortalecimento muscular, melhora do
equilíbrio, aprimoramento da função cognitiva e aumento da coordenação moto-
ra. Esses resultados positivos tornam-no uma atividade benéfica para pessoas de
todas as idades, especialmente idosos, contribuindo para a saúde e o bem-estar
geral (LINHARES et al., 2022).
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Portanto, o Tai Chi Chuan oferece uma ampla gama de benefícios para in-
divíduos de todas as idades, incluindo idosos. Os ganhos de força muscular,
equilíbrio, melhora da função cognitiva e coordenação motora são reconhecidos
como resultados positivos da prática regular dessa arte marcial chinesa, propor-
cionando não apenas benefícios físicos, mas também contribuindo para a saúde
e o bem-estar geral (LINHARES et al., 2022).
APTIDÃO FÍSICA
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A P RO F UNDA NDO
A aptidão física se refere à capacidade que uma pessoa possui para realizar
atividades físicas com eficiência, minimizando o esforço necessário, tanto nas
tarefas simples do cotidiano como em atividades estruturadas, como exercícios
físicos e esportes. Em termos mais específicos, ela engloba um conjunto de
atributos relacionados aos aspectos funcionais do corpo humano. O conceito
de aptidão física se divide em duas categorias: aptidão física relacionada à per-
formance/desempenho e aptidão física relacionada à saúde.
A aptidão física relacionada à performance/desempenho está diretamente liga-
da aos atributos necessários para uma melhor execução das atividades físicas,
sejam elas realizadas durante momentos de lazer, trabalho, exercícios físicos ou
esportes. Os principais atributos que compõem essa categoria são: agilidade,
equilíbrio, velocidade, potência, coordenação e tempo de reação.
Por outro lado, a aptidão física relacionada à saúde engloba os atributos consi-
derados essenciais para uma vida ativa e saudável. Esses elementos influenciam
na prevenção de doenças, na capacidade de realizar as atividades diárias com
disposição e na promoção de uma vida autônoma e longeva. Os principais atribu-
tos que compõem essa categoria são: força e resistência muscular, flexibilidade,
aptidão cardiorrespiratória e composição corporal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022).
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Nesse sentido, a avaliação física se torna uma ferramenta essencial. É
necessário avaliar os atletas de forma objetiva, a fim de compreender
seu estágio atual de condicionamento físico e, em seguida, moni-
torar seu progresso. Isso permite identificar se é necessário realizar
adaptações ao planejamento original, garantindo que o treinamento
seja efetivo e direcionado às necessidades específicas de cada atleta
(BUENO; LOPES; MARTÍNEZ-ÁVILA, 2018).
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LIDERANÇA
O suporte social e a interação com outros praticantes são elementos que contri-
buem para a saúde mental e emocional, proporcionando um senso de pertenci-
mento e fortalecendo a autoestima e as artes marciais são excelentes ferramen-
tas para estimular isso. Além disso, a prática de artes marciais pode ser uma forma
de expressão pessoal e de autodesenvolvimento. Ela estimula o autoconhecimen-
to, a disciplina e o controle emocional, habilidades que são importantes para lidar
com os desafios do dia a dia. A superação de obstáculos físicos e mentais durante
o treinamento também promove um senso de realização pessoal e confiança nas
próprias capacidades (TOIGO; JESUS; MORALES, 2022).
Muitos pais incentivam seus filhos a praticarem esportes como uma forma sau-
dável de canalizar sua energia. O Jiu-Jitsu é uma opção popular para prepará-los
para situações desafiadoras. A idade ideal para iniciar é geralmente a partir dos 6
anos, quando as crianças estão mais desenvolvidas fisicamente e têm habilidades
motoras básicas. A decisão de começar deve ser baseada no interesse e disposição
da criança, com orientação de profissionais capacitados.
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O Jiu-Jitsu vai além das técnicas de defesa pessoal, ensinando disciplina, respeito,
perseverança e autocontrole. Promove o condicionamento físico, coordenação
motora e equilíbrio, contribuindo para um crescimento saudável e melhoria da
saúde geral da criança.
Os pais devem acompanhar de perto a jornada esportiva de seus filhos, assegu-
rando que a prática seja em um ambiente seguro e supervisionado, com instrutores
qualificados. Os treinos de Jiu-Jitsu envolvem diversos movimentos que desen-
volvem o corpo e a mente das crianças, além de estimular a interação social com
outros parceiros de treino, promovendo o companheirismo e trabalho em equipe.
Além de aprimorar as habilidades físicas, o Jiu-Jitsu ensina valo-
res como disciplina, autocontrole, foco e confiança, contribuindo para
o desenvolvimento pessoal e emocional da criança. É uma atividade que
oferece benefícios abrangentes em diferentes aspectos da vida das crianças
(SILVA; SILVA; ESPÍNDOLA, 2015).
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SAÚDE CARDIOVASCULAR
Uma dessas modalidades é o Judô, que não apenas oferece um treinamento físico
completo, mas também se baseia em princípios de disciplina, respeito e auto-
controle. Esses aspectos combinados promovem benefícios tanto para o corpo
quanto para a mente dos praticantes.
Ao praticar o Judô, os indivíduos se engajam em atividades físicas que en-
volvem força, resistência, flexibilidade e coordenação, o que contribui para o
fortalecimento do sistema cardiovascular. Além disso, a prática dessa arte marcial
estimula a concentração, a tomada de decisões rápidas e a melhoria da autoesti-
ma, promovendo um equilíbrio entre o aspecto físico e mental.
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Dessa forma, o Judô se apresenta como uma opção valiosa para aqueles que dese-
jam melhorar sua saúde cardiovascular, desenvolver habilidades físicas e mentais,
e desfrutar dos benefícios gerais proporcionados pela prática regular de exercícios
físicos (PAMPLONA; FRANÇA, 2021).
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AUTOESTIMA E AUTOCONFIANÇA
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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Aprender a técnica do Jiu-Jitsu Brasileiro não apenas ajuda a lidar com situações
de agressão, mas também previne acidentes domésticos. No caso de uma queda,
por exemplo, um idoso que conheça as técnicas de queda adequadas pode mi-
nimizar o risco de se machucar ou reduzir os danos causados pelo impacto. Além
disso, o aprendizado das técnicas desafia o cérebro a ir além das tarefas diárias
habituais, promovendo uma atividade mental mais intensa e estimulante.
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O Jiu-Jitsu Brasileiro pode ser uma valiosa ferramenta para os idosos en-
frentarem os desafios do envelhecimento de forma ativa e saudável. Ao
aprender as técnicas apropriadas, eles podem reduzir o risco de quedas e aci-
dentes, mantendo sua musculatura e reflexos mais ágeis.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
É válido ressaltar que a prática de artes marciais para a pessoa idosa deve ser
adaptada às necessidades e capacidades individuais, levando em consideração
a saúde física e eventuais limitações. É recomendado buscar a orientação de
profissionais qualificados e adequar os treinos de acordo com as características
de cada pessoa, garantindo uma prática segura e benéfica ao longo do tempo
(TOIGO; JESUS; MORALES, 2022).
ANSIEDADE E ESTRESSE
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ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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NOVOS DESAFIOS
As artes marciais vão além de uma prática esportiva e de autodefesa. Elas ofere-
cem um vasto campo de atuação profissional, focado na promoção da saúde e
qualidade de vida das pessoas.
Diversas áreas se beneficiam das habilidades e conhecimentos adquiridos
nas artes marciais. Profissionais de educação física podem se especializar
em programas de treinamento baseados em artes marciais, proporcionando
condicionamento físico, fortalecimento muscular e melhoria da resistência
cardiovascular aos seus clientes.
Além disso, a educação também se beneficia das artes marciais. Professores
podem introduzir princípios de disciplina, respeito e autodisciplina em seus alu-
nos, promovendo um ambiente de aprendizado saudável e equilibrado.
Empresas e organizações também estão reconhecendo o potencial das artes
marciais para melhorar o bem-estar de seus colaboradores. Programas de treina-
mento corporativo baseados nas artes marciais podem ajudar a reduzir o estresse,
aumentar a produtividade e promover um ambiente de trabalho mais saudável.
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VAMOS PRATICAR
1. A prática de artes marciais tem sido reconhecida como uma forma de promover não
apenas a saúde física, mas também o bem-estar psicológico dos seus praticantes.
Qual dos seguintes benefícios psicossociais pode ser alcançado pela prática de artes
marciais?
2. Qualidade de vida refere-se à percepção que o indivíduo possui sobre sua posição na
vida, levando em consideração o contexto cultural e os valores do sistema em que
está inserido, em relação às suas metas, expectativas, padrões e preocupações. Esse
conceito abrange diversos aspectos, incluindo a saúde física, o estado psicológico, o
nível de independência, os relacionamentos sociais, as crenças pessoais e as ques-
tões relacionadas ao ambiente em que se vive. Em suma, a qualidade de vida é uma
perspectiva ampla que engloba múltiplas dimensões e reflete a percepção subjetiva
do indivíduo em relação ao seu bem-estar global.
Quando se trata de qualidade de vida, é importante reconhecer que esse conceito é sub-
jetivo e depende da percepção individual. Cabe ao próprio indivíduo assumir a responsa-
bilidade pela construção da sua qualidade de vida. A escolha da atividade a ser praticada
desempenha um papel crucial para alcançar os resultados desejados e observar melhorias.
I - A qualidade de vida abrange aspectos como saúde física, estado psicológico, relacio-
namentos sociais e ambiente em que se vive.
II - A qualidade de vida é uma perspectiva objetiva e universal, independente da percep-
ção individual.
III - A escolha da atividade a ser praticada não tem influência significativa na busca por
uma melhor qualidade de vida.
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VAMOS PRATICAR
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. A busca pelas artes marciais é motivada por diversos fatores, que incluem a melhoria
da qualidade de vida, manutenção do condicionamento físico, promoção da saúde,
disciplina mental, autodefesa, combate corporal, meditação, desenvolvimento do ca-
ráter, entre outros.
Qual dos seguintes aspectos não é abrangido pela prática das artes marciais em relação
à melhoria da qualidade de vida?
a) Aspecto físico.
b) Aspecto psicológico.
c) Aspecto das relações sociais.
d) Aspecto da qualidade de vida.
e) Aspecto da competição sem limites.
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REFERÊNCIAS
BUENO, C. A. M.; LOPES, J. C.; MARTÍNEZ-ÁVILA, D. Protocolos de testes utilizados para ava-
liação de parâmetros de aptidão física em atletas de taekwondo: um estudo de revisão de
literatura. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 26, n. 1, p. 178-188, 2018.
LINHARE, D. G. et al. Efeito das artes marciais em variáveis físicas em idosos: um es-
tudo de revisão sistemática. 2022. Disponível em: https://www.researchgate.net/publica-
tion/366685678_EFEITOS_DAS_ARTES_MARCIAIS_EM_VARIAVEIS_FISICAS_EM_IDO-
SOS-_UM_ESTUDO_DE_REVISAO_SISTEMATICA/stats. Acesso em: 24 ago. 2023.
MARTINS, M. C.; FERREIRA, A. L. Relação entre liderança e a prática de artes marciais. Revis-
ta E&S, v. 4, n. e20230002, p. 1-9, 2023.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Glossário Saúde Brasil. Aptidão física: capacidade do corpo humano
de realizar atividades físicas. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assun-
tos/saude-brasil/glossario/aptidao-fisica. Acesso em: 24 out. 2023.
ROSA, J. L.; PEIXOTO, N. Praticantes de jiu-jitsu têm menor nível de estresse percebido e
melhor percepção de qualidade de vida que indivíduos irregularmente ativos. Conexões:
Educação Física, Esporte e Saúde, v. 16, n. 3, p. 325–334, 2018.
TOIGO, J. I. M.; JESUS, E. E. D.; MORALES, P. J. C. Perfil do estilo de vida dos praticantes de
artes marciais. Scientia Generalis, v. 3, n. 2, p. 173-178, 2022.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção B.
A prática de artes marciais tem sido reconhecida como uma forma de promover não ape-
nas a saúde física, mas também o bem-estar psicológico dos seus praticantes. Estudos
sobre os benefícios psicossociais das artes marciais começaram a surgir no final dos anos
60, com o objetivo de investigar a relação entre traços de personalidade, desempenho e
nível de habilidade dos praticantes (GOMES et al., 2019).
Ao longo da vida, a prática de artes marciais e lutas como modalidades esportivas pode
trazer benefícios significativos para a saúde e o bem-estar dos praticantes. Essa prática
não se restringe apenas à juventude, mas também pode ser mantida durante a terceira
idade, proporcionando um estilo de vida ativo e saudável.
2. Opção C.
3. Opção E.
A busca pelas artes marciais é motivada por diversos fatores, que incluem a melhoria da
qualidade de vida, manutenção do condicionamento físico, promoção da saúde, disciplina
mental, autodefesa, combate corporal, meditação, desenvolvimento do caráter, entre
outros. No caso específico do jiu-jitsu, essa modalidade contribui significativamente
para a melhoria da qualidade de vida, abrangendo diferentes aspectos, como o físico, o
psicológico, as relações sociais, o meio ambiente e a qualidade de vida global.
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MEU ESPAÇO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
MINHAS METAS
Verificar alguns desafios e justificativas para a inclusão das lutas no ambiente escolar.
Demonstrar que as lutas estão incluídas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
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VAMOS RECORDAR?
Por uma vivência pessoal, ou através do conhecimento adquirido, sabemos que
as lutas e artes marciais estão inseridas, ou deveriam estar, no processo edu-
cacional. Ao abordarmos essas disciplinas na prática pedagógica, buscamos
compreender como sua aplicação pode aprimorar o desenvolvimento motor,
a capacidade cardiovascular e a coordenação dos alunos. Também contribuí-
mos para o estímulo de aspectos cognitivos, como o raciocínio estratégico e a
tomada de decisões rápidas e para a formação de valores éticos e sociais nos
educandos, tornando-os cidadãos mais completos e conscientes do papel do
esporte na educação integral.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
Apesar dos benefícios que as modalidades de lutas proporcionam aos seus prati-
cantes, os professores que trabalham no ambiente escolar, especialmente nas aulas
de educação física, enfrentam dificuldades ao abordar os conteúdos relacionados
às lutas em suas aulas. Essas dificuldades são decorrentes da falta de formação es-
pecífica, da pouca experiência prática com as modalidades de lutas, do preconceito
em relação a essas práticas e da escassez de materiais didáticos que possam apoiar
as ações pedagógicas voltadas para o ensino e a aprendizagem dos alunos.
P E N SA N D O J UNTO S
Você já pensou sobre o papel das lutas no ambiente escolar? Se houvesse aulas
de lutas durante sua educação básica, isso poderia impactar sua formação e
amadurecimento?
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UN I C ES UMA R
A presença das lutas nas escolas é limitada, muitas vezes ministrada por terceiros,
separadamente da disciplina de Educação Física, como atividade extracurricular
ou por meio de grupos de treinamento. Professores justificam essa restrição devi-
do à falta de experiência no tema, receio de que a violência seja inerente às lutas
e possa estimular agressividade nos alunos.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
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Os alunos aprendem a respeitar e trabalhar em conjunto com os co-
legas, a lidar com a competitividade de forma saudável e a valorizar
o esforço coletivo. Essas habilidades são fundamentais para a vida
em sociedade e para o sucesso profissional (SO; BETTI, 2013, s. p.).
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UN I C ES UMA R
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No entanto, é comum que educadores e até mesmo os pais dos alu-
nos questionem a inclusão das lutas como conteúdo escolar, espe-
cialmente em um mundo já tão violento (SO; BETTI, 2013, s. p.).
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IN D ICAÇÃO DE FI LM E
Esporte Sangrento
Comentário: indicamos o filme Esporte Sangrento (Only the
Strong), de 1993. A história gira em torno de Louis Stevens,
um ex-soldado das Forças Especiais do Exército dos Estados
Unidos, que retorna ao seu antigo bairro para ser professor
substituto em uma escola pública deteriorada. Ao perceber a
violência e a influência das gangues sobre os alunos, Louis
decide usar suas habilidades em capoeira, uma arte marcial
brasileira, para inspirar e guiar os jovens em uma jornada de
autodescoberta e superação.
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UN I C ES UMA R
AP RO F U NDA NDO
Segundo Costa et al. (2019), que citam Alencar et al. (2015) em um estudo pros-
pectivo, foram apresentados argumentos para justificar a ausência do conteúdo
das lutas nas escolas. Entre esses argumentos, destacam-se os seguintes pontos:
Esses fatores contribuem para a exclusão das lutas do currículo escolar, impe-
dindo que os alunos tenham acesso a esse conteúdo. No entanto, é importan-
te ressaltar que superar esses desafios requer investimentos em infraestrutura
adequada, formação profissional voltada para as lutas e uma compreensão mais
ampla e desassociada de preconceitos em relação à violência, reconhecendo as
lutas como práticas esportivas com potencial educativo.
No entanto, existem justificativas para incluir o trabalho com lutas e artes mar-
ciais no ambiente escolar.
Além disso, na esfera social mais ampla, encontramos uma ampla exposição
dessas práticas por meio da mídia, como novelas, seriados e programas de tele-
visão que abordam lutas e artes marciais. A presença de academias e escolas de
educação infantil que oferecem atividades extracurriculares nessas áreas também
demonstra a relevância desse tema na sociedade. No meio acadêmico, observa-se
um crescente interesse e número de artigos e profissionais voltados para essa
manifestação corporal (NUNES, 2013).
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AP RO F U N DA NDO
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E U IN D ICO
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Avaliar e refletir sobre a prática pedagógica é fundamental para
avançar e melhorar o processo de ensino e aprendizagem das lutas
(COSTA et al., 2019, s. p.).
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E U IN D ICO
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A QUESTÃO DE GÊNERO:
CUIDADOS E SEGURANÇA:
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INCLUSÃO:
o princípio da inclusão deve ser central em todas as aulas. Isso implica em criar
aulas que atendam a todos os alunos, independentemente de suas circunstân-
cias individuais. Mesmo que não haja alunos com deficiências, outros fatores
como obesidade ou falta de habilidades podem demandar adaptações nos
procedimentos. A participação de todos é crucial e, em algumas situações, pode
exigir modificações por parte do professor.
AVALIAÇÃO:
a avaliação das aulas de luta requer atenção por parte do professor. Manter regis-
tros individuais, aplicar questionários de opinião dos alunos e conduzir avaliações
conceituais são abordagens que devem ocorrer de forma constante, ao invés de
serem realizadas somente em períodos específicos. Eventos e festivais também
podem oferecer oportunidades de avaliação, destacando o progresso e as dificul-
dades dos alunos de maneira contínua. A apresentação do desenvolvimento dos
alunos deve ser um pilar fundamental do processo educativo.
entender as diferenças nas idades dos alunos é crucial para adaptar o ensino das
lutas. Ensinar lutas para uma criança de 6 anos é substancialmente diferente do
que ensinar a um adolescente de 16, mesmo com objetivos semelhantes. O es-
tágio de desenvolvimento e as experiências anteriores variam, portanto as aulas
devem ser adaptadas a essas diferenças.
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Exemplo de atividade:
Pega-pega das lutas: os alunos deverão pendurar em suas cinturas uma fita de aproxi-
madamente 30 cm que pode ser de diversos materiais como TNT, plástico, borracha,
papel crepom, entre outros. O objetivo da atividade será conquistar o maior número
de fitas das outras pessoas sem, com isso, perder a própria fita. Os alunos não poderão
encostar uns nos outros, apenas nas fitas penduradas na cintura. Os que forem per-
dendo as fitas podem continuar na brincadeira buscando conquistar o maior número
de fitas possível. Ganha aquele que conquistar o maior número de fitas no prazo de
tempo estipulado pelo professor. Explique para os alunos que o objetivo é algo preso
na outra pessoa, ou seja, o foco está na outra pessoa e é móvel, pois ela se desloca,
aspectos que encontramos de modo geral nas lutas.
Essas abordagens pedagógicas, aliadas à ludicidade e à flexibilidade, proporcio-
nam uma experiência mais significativa e envolvente no ensino das lutas. Ao incor-
porar elementos históricos, filosóficos e contextuais, os alunos têm a oportunidade
não apenas de aprender técnicas e habilidades, mas também de compreender o sig-
nificado cultural e social das lutas. Isso contribui para o desenvolvimento integral dos
alunos, promovendo a valorização da diversidade cultural, o respeito às diferenças e
a construção de uma visão crítica sobre as artes marciais (TERLUK; ROCHA, 2021).
NOVOS DESAFIOS
Na dinâmica educacional contemporânea, a presença em expansão das lutas e artes
marciais dentro das instituições de ensino revela um terreno fértil de desafios ins-
tigantes e perspectivas empolgantes. A criação de métodos educativos inovadores,
embasados nas artes marciais, pode não só estimular o crescimento físico, emocional
e social dos estudantes, mas também abrir caminho para carreiras multifacetadas.
Como instrutores ou treinadores, habilitados por uma formação sólida, os profis-
sionais podem impulsionar jovens atletas em direção a conquistas esportivas, enquan-
to cultivam valores cruciais como trabalho em equipe, resiliência e ética esportiva.
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VAMOS PRATICAR
Qual das seguintes dificuldades é enfrentada pelos professores que trabalham no am-
biente escolar ao abordar os conteúdos relacionados às lutas em suas aulas?
2. A presença das lutas nas escolas é bastante limitada, e quando ocorre, muitas vezes é
ministrada por terceiros e separada da disciplina de Educação Física, sendo oferecida
como atividade extracurricular ou por meio de grupos de treinamento. A restrição da
prática de lutas nas escolas, segundo o texto, pode ser justificada pelos seguintes
motivos, EXCETO:
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VAMOS PRATICAR
Analise as afirmativas:
I - As metodologias de ensino das lutas e dos esportes de combate não levam em con-
sideração os aspectos históricos, culturais e pedagógicos.
II - É importante adaptar as práticas de acordo com as necessidades dos estudantes.
III - Todos os estudos utilizaram uma abordagem tradicional, com ênfase na disciplina e
hierarquia professor-aluno.
IV - Os estudos indicam que as metodologias de ensino relacionadas às lutas e aos es-
portes de combate devem ser centradas no aluno.
a) I, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
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REFERÊNCIAS
COSTA, A. V.; LAGE, V.; SAFONS, M.; COSTA, F. R. Desafios para o ensino das lutas na escola:
um panorama a partir da base de dados do Portal de Periódicos da Capes. Cadernos de
Formação RBCE, v. 10, n. 1, p. 44-56, 2019.
FERREIRA, H. S.; LOPES, J. C.; BARROSO-JÚNIOR, F. S.; OLIVEIRA, M. A.; FROSI, T. O.; REIS-
-JÚNIOR, C. A. B.; SONODA-NUES, R. J. Artes marciais e educação física escolar: o budō
como conteúdo pedagógico. Lecturas: Educación Física y Deportes, v. 27, n. 289, p. 26-41,
2022.
SO, M. R.; BETTI, M. Lutas na Educação Física escolar: relação entre conteúdo, pedagogia e
currículo. EFDeportes, v. 17, n. 178, 2013.
TERLUK, M. G.; ROCHA, R. E. R. Metodologias e estratégias pedagógicas para o ensino das lu-
tas, artes marciais e esportes de combate: uma revisão integrativa. Caderno de Educação
Física e Esporte, v. 19, n. 1, p. 49-54, 2021.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção B.
2. Opção D.
A presença das lutas nas escolas é bastante limitada, e quando ocorre, muitas vezes é mi-
nistrada por terceiros e separada da disciplina de Educação Física, sendo oferecida como
atividade extracurricular ou por meio de grupos de treinamento. Existem duas principais
justificativas apresentadas pelos professores de Educação Física para essa restrição da
prática de lutas na escola. A primeira é a falta de experiência dos próprios docentes em
relação ao tema, tanto em sua formação acadêmica quanto em suas histórias de vida. A
segunda justificativa é a crença de que a violência é inerente às lutas, e que sua prática
poderia estimular a agressividade nos alunos. No entanto, é importante ressaltar que
existem outras razões para essa restrição, como a falta de estudos aprofundados sobre
o tema, a formação inadequada dos professores, a escassez de materiais e recursos
disponíveis, entre outros fatores. De fato, a agressividade, a indisciplina e a violência são
problemas enfrentados pela escola contemporânea, sendo apontados por pesquisadores
e educadores como desafios significativos a serem abordados (SO; BETTI, 2013).
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
3. Opção B.
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UNIDADE 4
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
METODOLOGIA DO ENSINO
DE LUTAS
MINHAS METAS
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P L AY N O CO NHEC I M ENTO
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VAMOS RECORDAR?
Em uma pequena cidade onde as artes marciais eram uma parte importante
da cultura local, a academia de lutas era um lugar de encontro para os en-
tusiastas de todas as idades, desde crianças curiosas até adultos dedicados.
Nessa cidade, havia dois mestres de lutas renomados: o mestre Antônio e
o mestre Bruno. Ambos tinham uma vasta experiência e conhecimento em
artes marciais, mas possuíam abordagens completamente diferentes quando
se tratava de ensino e treinamento.
O mestre Antônio era conhecido por sua abordagem tradicional. Ele acreditava na
disciplina rigorosa, na repetição e no domínio das técnicas básicas. Seus alunos
passavam horas praticando movimentos fundamentais, aperfeiçoando a forma e
a precisão. O mestre Antônio valorizava a tradição e enfatizava os valores, como
respeito, humildade e autocontrole. Seus alunos desenvolviam uma base sólida
e eram habilidosos nas técnicas tradicionais das artes marciais.
Por outro lado, o mestre Bruno tinha uma abordagem mais moderna. Ele acre-
ditava na adaptação às diferentes situações e estilos de luta. Seus treinos eram
intensos e dinâmicos, com ênfase na aplicação prática das técnicas. Os alunos
do mestre Bruno eram encorajados a explorar diferentes estilos de luta e a de-
senvolver seu próprio estilo único. Ele incentivava a criatividade e a inovação,
encorajando seus alunos a experimentarem e adaptarem as técnicas de acordo
com suas habilidades e preferências.
À medida que o tempo passava, a popularidade de ambos os mestres crescia
e atraía diferentes tipos de alunos. Alguns preferiam a abordagem mais tradi-
cional do mestre Antônio, valorizando a disciplina e a conexão com as raízes
históricas das artes marciais, outros se sentiam atraídos pela abordagem mais
moderna do mestre Bruno, buscando uma experiência prática e adaptável.
Os dois mestres respeitavam as diferenças um do outro e reconheciam que
não havia uma abordagem única para o ensino e treinamento de lutas. Eles
frequentemente compartilhavam conhecimentos e trocavam ideias, reconhe-
cendo que cada aluno tinha suas próprias necessidades e preferências.
Com o tempo, ficou claro que ambas as abordagens tinham méritos e benefí-
cios únicos. Alguns alunos buscavam a tradição e a disciplina, enquanto ou-
tros buscavam a adaptação e a criatividade. A cidade era felizarda por ter dois
mestres tão diferentes, oferecendo aos lutadores uma variedade de opções
para explorar e aprender.
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P E N SA N DO J UNTO S
As estratégias de ensino das lutas, artes marciais e esportes de combate têm valoriza-
do cada vez mais a utilização de jogos de oposição. Essas abordagens proporcionam
aos alunos a liberdade de expressão e a oportunidade de aprender e assimilar novas
informações, além de favorecer o desenvolvimento afetivo. O uso de brincadeiras
e jogos lúdicos nas aulas de lutas cria um ambiente propício para trabalhar com
regras e limites, estimulando a imaginação e a distinção entre a fantasia e a reali-
dade. Para as crianças, brincar significa autonomia, imaginação e liberdade para
expressar movimentos, gestos e sentimentos, permitindo que sejam elas mesmas e
vivenciem experiências que promovam o desenvolvimento integral.
Outra metodologia de ensino que tem sido adotada nas aulas de lutas é a ex-
ploração de novos gestos e movimentos, assim como a liberdade de expressão. Ao
criar gestos e movimentos, os alunos desenvolvem conhecimentos e experiências,
estimulando a aprendizagem, a criatividade e a atribuição de significados às lutas
em seu cotidiano (TERLUK; ROCHA, 2021).
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IN D ICAÇÃO DE FI LM E
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Muito do que é praticado no ensino das artes marciais em nosso país deriva de sua
estreita relação com o modo de vida das culturas orientais, das quais foram trazidas
para o Brasil. Um perigo comum nessa prática, que merece atenção, é o aluno se
distanciar completamente da realidade sociocultural de seu próprio país e tentar se
apropriar de outra cultura, no caso, a oriental, o que transformaria a prática em alie-
nação. Esse equívoco recorrente no ensino das artes marciais é a alienação dos estu-
dantes em relação ao contexto sociocultural de sua própria nação. Ao entrar na sala
de treinamento, é como se atravessássemos uma “porta mágica” que nos transporta
para um Japão, China ou Coreia em miniatura, cuja cultura desses países se torna
mais importante que a cultura nacional, tanto para o aluno quanto para o professor.
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IN D ICAÇ ÃO DE FI LM E
O ensino das artes marciais para crianças requer uma abordagem pedagógica cui-
dadosa, que leve em consideração não apenas os aspectos técnicos e físicos, mas
também os aspectos sociais, cognitivos e afetivos dos alunos. O professor desempe-
nha um papel de guia e facilitador no processo de desenvolvimento dos praticantes,
buscando promover a autonomia e o crescimento integral de cada um.
Ao planejar as atividades, o professor deve considerar a realidade cotidiana
dos alunos, relacionando as práticas de artes marciais com seus conhecimentos
prévios e vivências. Isso ajuda a valorizar a bagagem individual de cada criança
e a estabelecer conexões significativas entre a arte marcial e sua vida diária. Além
disso, é fundamental fornecer informações éticas e princípios que auxiliem os
alunos a tomar decisões responsáveis e a lidar com situações desafiadoras tanto
dentro como fora do tatame (JAMES, 2014).
Estimular o pensamento crítico é um objetivo importante no ensino das artes
marciais para crianças. Os alunos devem ser encorajados a questionar, refletir e
compreender os fundamentos por trás dos movimentos e das técnicas. Dessa
forma, eles desenvolvem não apenas habilidades físicas, mas também uma com-
preensão mais profunda das artes marciais como um todo.
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E M FO CO
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NOVOS DESAFIOS
As diferentes formas de ensino e treinamento de lutas oferecem amplas oportu-
nidades profissionais para aqueles que desejam seguir carreira nesse campo. Os
profissionais qualificados têm a possibilidade de se tornarem instrutores em acade-
mias especializadas, escolas de artes marciais, clubes esportivos ou até mesmo em
academias de autodefesa. Eles podem compartilhar seus conhecimentos técnicos e
experiência prática com os alunos, ajudando-os a desenvolver suas habilidades físi-
cas e mentais, promovendo a disciplina, o condicionamento físico e a autoconfiança.
Além disso, há também a oportunidade de se tornar um treinador ou prepa-
rador físico em equipes de competição de artes marciais, seja em nível amador
ou profissional. Nessa função, os profissionais podem trabalhar com atletas de
alto rendimento, auxiliando-os no desenvolvimento de suas habilidades técnicas,
na preparação física específica para a modalidade e na elaboração de estratégias
para competições. Essa área exige um profundo conhecimento das técnicas de
luta, bem como habilidades de comunicação e liderança para orientar e motivar
os atletas. As oportunidades profissionais na área de ensino e treinamento de lutas
são diversificadas e podem se adaptar aos interesses e habilidades individuais. A
escolha do ambiente profissional dependerá dos objetivos e da especialização de
cada pessoa interessada em seguir carreira nesse campo.
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VAMOS PRATICAR
1. As dificuldades enfrentadas pelos professores no ensino das lutas vão além da falta
de domínio dos conteúdos e da pouca experiência prática com as modalidades. Outro
desafio é lidar com o preconceito em relação às práticas de luta, muitas vezes vistas
como violentas ou inadequadas no contexto educacional. Além disso, a escassez de
materiais didáticos apropriados dificulta a elaboração de ações pedagógicas eficazes
para o ensino e a aprendizagem dos alunos nessa área. Quais estratégias podem ser
adotadas pelos professores para promover um ensino mais inclusivo e contextualizado
das lutas?
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VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção D.
As dificuldades enfrentadas pelos professores no ensino das lutas vão além da falta de
domínio dos conteúdos e da pouca experiência prática com as modalidades. Outro de-
safio é lidar com o preconceito em relação às práticas de luta, muitas vezes vistas como
violentas ou inadequadas no contexto educacional. Além disso, a escassez de materiais
didáticos apropriados dificulta a elaboração de ações pedagógicas eficazes para o ensino
e a aprendizagem dos alunos nessa área.
Nesse sentido, é fundamental que os professores sejam encorajados a explorar abor-
dagens pedagógicas mais inclusivas e contextualizadas, que levem em consideração
as particularidades de cada aluno e estimulem sua participação ativa no processo de
aprendizagem. Isso implica em utilizar diferentes recursos e estratégias, como discussões,
reflexões, análise de vídeos e textos, além de incentivar a prática das lutas de forma ética
e respeitosa, enfatizando os valores de colaboração, resiliência e autocontrole.
2. Opção C.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
3. Opção D.
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MEU ESPAÇO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
MINHAS METAS
Discutir sobre a formação acadêmica necessária para atuar como professor de lutas.
Explanar sobre o planejamento e execução de aulas de lutas para diferentes faixas etárias.
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VAMOS RECORDAR?
As diversas modalidades de lutas têm desempenhado um papel fundamental
tanto na esfera esportiva quanto na área da saúde e bem-estar, mas quais são
as perspectivas e áreas de atuação para um profissional nessa área?
A crescente demanda por profissionais especializados nesse campo destaca a
importância de compreender a relevância social, cultural e terapêutica dessas
práticas, bem como suas potencialidades para aprimorar o condicionamento
físico, promover a autoconfiança e atuar na prevenção e reabilitação de lesões.
“
O crescente interesse e reconhecimento desses benefícios têm im-
pulsionado a busca por profissionais qualificados e especializados
nas lutas (TAVARES JÚNIOR; DRIGO, 2018, s. p.).
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Para atuar como profissional na área de lutas, é crucial desenvolver uma série
de competências e habilidades específicas. Em primeiro lugar, é fundamental
possuir um amplo conhecimento das modalidades de lutas escolhidas, com-
preendendo suas técnicas, regras e estratégias. Além disso, é importante ter uma
base sólida em educação física, incluindo conhecimentos de anatomia, fisiologia,
biomecânica e treinamento desportivo. A capacidade de comunicar-se efetiva-
mente com os praticantes de lutas e de adaptar os
métodos de ensino às diferentes faixas etárias e
níveis de habilidade é igualmente essencial.
Outras habilidades importantes incluem
liderança, capacidade de motivar e ins-
pirar os atletas, gerenciamento de equi-
pe, tomada de decisão rápida e precisão
(DIAS; NASSIF, 2022).
A formação acadêmica e profissional
em lutas desempenha um papel fun-
damental para aqueles que dese-
jam atuar nessa área. Por meio
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AP RO F U N DA NDO
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Para aqueles que buscam se especializar em lutas, existem diversos cursos e es-
pecializações disponíveis. Esses programas oferecem uma ampla gama de co-
nhecimentos, abordando aspectos teóricos e práticos relacionados às diferentes
modalidades de lutas, incluindo boxe, jiu-jitsu, taekwondo, judô, entre outras.
Esses cursos englobam temas como técnicas de combate, estratégias de treina-
mento, regras e regulamentos, nutrição esportiva e primeiros socorros. Além
disso, muitos programas também incluem estágios práticos, permitindo que os
estudantes apliquem os conhecimentos adquiridos em um ambiente real.
A atuação como professor de lutas requer habilidades específicas no plane-
jamento e execução de aulas direcionadas a diferentes faixas etárias. Além disso,
é essencial adaptar os conteúdos e métodos pedagógicos para atender às neces-
sidades e características dos alunos. Além do papel de professor, também há a
possibilidade de ser treinador de atletas de lutas, assumindo a responsabilidade
de desenvolver o potencial dos lutadores e prepará-los para competições. Nesse
contexto, é importante analisar as competências necessárias para atuar como
professor de lutas, o planejamento e execução de aulas para diferentes faixas
etárias, a adaptação de conteúdos e métodos pedagógicos, bem como a função
de treinador de atletas de lutas.
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E U IN D ICO
Descubra o caminho para se tornar um faixa preta de Karatê e estar pronto para
ensinar. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente
virtual de aprendizagem.
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Atividades básicas
como brincadeiras
Habilidades funda-
gerais, atividades
mentais (correr, sal-
de empurrar, rolar,
tar, pular, rolar etc.),
Fase do movimento correr e pegar de
5-7 proficientes, coorde-
fundamental (estágio modo lúdico, indo
anos nadas e controladas,
de proficiência) do abstrato para o
construção de suas
concreto, ou seja,
representações
jogos mais gerais
mentais.
para jogos mais
específicos.
Início do processo de
Combinação de mo-
ensino dos aspectos
vimentos fundamen-
gerais, brincadeiras
tais em situações
Fase do movimento de oposição, movi-
7-10 esportivas e recrea-
especializado (está- mentos de distância
anos tivas com maior
gio de transição) curta, média e longa,
precisão e controle e
diversidade de jogos
maior relação com os
de oposição em
outros.
duplas e grupos.
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Movimentos mais
avançados como
combinação de
Maior tomada de socos e chutes,
decisão, ampliação aprendizagem de es-
da relação com a quivas, movimentos
tarefa e o ambiente, de defesa e contra-
Fase do movimento
11-13 e maior ênfase na golpes, aplicação de
especializado (está-
anos forma, habilidade e movimentos como
gio de aplicação)
precisão, ampliando rolamentos, agarres
as atividades especí- e toques em situa-
ficas e ampliação de ções de oposição
sua autonomia. direta, jogos espe-
cializados e algumas
modalidades de luta
adaptada.
Quadro 1 – Atividades de lutas: abordagens específicas para diferentes faixas etárias / Fonte: Gonzáles,
Darido e Oliveira (2014, p. 45).
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A preparação física é essencial para garantir que os atletas de lutas adquiram as ca-
pacidades físicas necessárias para enfrentar os desafios da modalidade. Por meio
do treinamento físico adequado, os atletas podem desenvolver força muscular,
resistência cardiovascular, explosão, agilidade e flexibilidade. Essas capacidades
são cruciais para realizar movimentos técnicos com eficiência e resistir ao estresse
físico durante os combates. Além disso, a preparação técnica é fundamental para
aprimorar as habilidades específicas da modalidade, como golpes, defesas, quedas
e estratégias de combate. A combinação de preparação física e técnica adequadas
permite que os atletas alcancem seu máximo potencial no esporte.
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IN D ICAÇÃO DE FI LM E
“
A preparação física é identificada como o fator mais importante no
processo de desenvolvimento das habilidades dos atletas, especial-
mente em termos de aprendizado, aprimoramento técnico e aqui-
sição de estratégias para competições (ANDREATO, 2010, s. p.).
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ESTRUTURA DO PLANO
COMPETIDORES DE ELITE
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COMPETIDORES AMADORES
Bloco 1
TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA
CONDICIONAMENTO METABÓLICO
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Bloco 2
TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA
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CONDICIONAMENTO METABÓLICO
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Bloco 3
TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA
CONDICIONAMENTO METABÓLICO
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A prioridade desse bloco é o treinamento tático. Muitas vezes, isso será ditado pela
proficiência técnica do atleta e pelas regras do torneio. Níveis mais altos de cortisol
foram relatados em competidores de Jiu-Jitsu antes e depois da competição oficial
em comparação com lutas simuladas. Isso sugere que os atletas de Jiu-Jitsu experi-
mentam maiores quantidades de estresse psicológico e físico durante a competição do
que nos treinos. Normalmente, as sessões de Jiu-Jitsu duram períodos prolongados e
consistem em intervalos mínimos, com todos os lutadores lutando o tempo todo. Como
tal, a intensidade é, inerentemente, menor do que a de um torneio. Períodos de alta
intensidade de rolamento ao vivo com maior duração de recuperação atenderiam me-
lhor às demandas fisiológicas de um torneio e, portanto, devem ser considerados pelos
treinadores. Uma estrutura de torneio poderia ser imitada, onde apenas um único par
de atletas rolaria de acordo com as regras do torneio, enquanto os outros observariam.
Tal estrutura também aumentaria o estresse psicológico imposto ao lutador.
ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO
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AQUECIMENTO E FLEXIBILIDADE
E U IN D ICO
Quer se aprofundar ainda mais nos estudos das bases para treinamento do Jiu-
-jitsu? Indicamos o artigo “Bases para a prescrição do treinamento desportivo
aplicado ao Brazilian Jiu-jitsu”, escrito pelo professor Leonardo Vidal Andreato,
e que trata das bases para a prescrição do treinamento desportivo aplicado ao
Brazilian Jiu-jitsu.
Fonte: ANDREATO, L. V. Bases para a prescrição do treinamento desportivo apli-
cado ao Brazilian Jiu-jitsu. Conexões, v. 8, n. 2, p. 174-186, 2010. Recursos de
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendiza-
gem.
ARBITRAGEM EM LUTAS
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E U IN D ICO
E U IN D ICO
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O campo das lutas na Educação Física tem passado por transformações significa-
tivas, impulsionadas por novas abordagens, metodologias inovadoras e a crescen-
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 7
E U IN D ICO
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UN I C ES UMA R
O ensino das lutas tem evoluído além da abordagem tradicional focada apenas
no aspecto competitivo. Novas abordagens pedagógicas têm surgido, buscando
promover a aprendizagem significativa, a inclusão e o desenvolvimento integral
dos alunos. Uma abordagem comum é a “educação lúdica”, que incorpora jogos e
atividades recreativas que ensinam os fundamentos das lutas de forma divertida
e motivadora. Além disso, a abordagem educacional enfatiza a importância dos
valores e ética nas práticas de lutas, promovendo o respeito, a responsabilidade
e a cooperação entre os alunos. O uso de tecnologias digitais, como aplicativos e
vídeos interativos, também tem sido explorado para enriquecer a experiência de
aprendizado e facilitar a compreensão dos conceitos e técnicas das lutas.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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NOVOS DESAFIOS
Oportunidades de atuação profissional no campo das lutas e artes marciais são
abundantes. Com o constante crescimento da busca por atividades físicas e esporti-
vas, a área das lutas oferece uma ampla gama de possibilidades para aqueles que de-
sejam se especializar e contribuir para o desenvolvimento dos praticantes e atletas.
Uma das principais oportunidades de atuação profissional está na fun-
ção de professor de lutas. Para exercer essa atividade, é crucial possuir um
amplo conhecimento das modalidades de lutas escolhidas, incluindo suas
técnicas, regras e estratégias. Além disso, é importante ter uma base sólida
em educação física, com conhecimentos de anatomia, fisiologia, biomecânica
e treinamento desportivo. A capacidade de comunicar-se, efetivamente, com
os praticantes de lutas e adaptar os métodos de ensino às diferentes faixas
etárias e níveis de habilidade é, igualmente, essencial.
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VAMOS PRATICAR
I - No boxe, os árbitros atribuem pontos com base na precisão dos golpes desferidos
no adversário, levando em consideração também a técnica, a defesa e a conduta
dos lutadores.
II - No judô, os árbitros avaliam o controle do adversário, a execução técnica dos golpes
e a demonstração de espírito esportivo, sendo que pontos são atribuídos por arre-
messos bem-sucedidos e imobilizações.
III - O conhecimento das regras e critérios específicos de cada modalidade é irrelevante
para os árbitros, uma vez que o julgamento é subjetivo e baseado na experiência de
cada um.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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VAMOS PRATICAR
Quais são as competências necessárias para atuar como professor de lutas e treinador
de atletas de lutas?
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REFERÊNCIAS
CONFEF. Conselho Federal de Educação Física. Artes marciais, capoeira, dança e ioga: en-
tenda a decisão do STJ. Confef, 2017. Notícias. Disponível em: https://www.confef.org.br/
confef/comunicacao/noticias/1116. Acesso em: 13 set. 2023.
JAMES, L. P. An evidenced-based training plan for Brazilian Jiu-jitsu. Strength & Condi-
tioning Journal, v. 36, n. 4, p. 14-22, 2014.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Para aqueles que buscam se especializar em lutas, existem diversos cursos e especia-
lizações disponíveis. Esses programas oferecem uma ampla gama de conhecimentos,
abordando aspectos teóricos e práticos relacionados às diferentes modalidades de lutas,
incluindo boxe, jiu-jitsu, taekwondo, judô, entre outras. Esses cursos englobam temas
como técnicas de combate, estratégias de treinamento, regras e regulamentos, nutrição
esportiva e primeiros socorros. Além disso, muitos programas também incluem estágios
práticos, permitindo que os estudantes apliquem os conhecimentos adquiridos em um
ambiente real. A formação acadêmica e profissional em lutas desempenha um papel vital
para aqueles que desejam seguir carreira nessa área. por meio de cursos e especializações
específicas, os profissionais têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e
desenvolver as habilidades necessárias para atuar como instrutores, treinadores ou pre-
paradores físicos de lutadores. É importante buscar programas de qualidade que ofereçam
uma combinação equilibrada entre teoria e prática, além de estágios que proporcionem
experiência no campo. Ao adquirir as competências e habilidades necessárias, os pro-
fissionais estarão preparados para oferecer um ensino de qualidade, promover o desen-
volvimento dos praticantes de lutas e contribuir para o avanço da área como um todo.
2. Opção C.
Cada modalidade de luta possui suas próprias regras e critérios de avaliação. Por exemplo,
no boxe, os árbitros devem levar em consideração a precisão dos golpes, a técnica, a
defesa e a conduta dos lutadores. Pontos são concedidos com base nos golpes efetivos
desferidos no adversário, enquanto penalidades são aplicadas para infrações às regras.
No judô, por outro lado, os árbitros avaliam o controle do adversário, a execução técnica
dos golpes e a demonstração de espírito esportivo. Pontos são atribuídos com base em
arremessos bem-sucedidos e imobilizações, e penalidades são dadas por comportamen-
to antiético ou violações das regras. É essencial que os árbitros tenham um profundo
conhecimento das regras e critérios específicos de cada modalidade para garantir um
julgamento justo e consistente.
3. Opção E.
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MEU ESPAÇO
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 5
TEMA DE APRENDIZAGEM 8
PEDAGOGIA DO JOGO NO
PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Vamos relembrar que há muitos séculos, as lutas eram realizadas sem regras
definidas, sem equipamentos de proteção e em cenários caóticos. Os com-
petidores se lançavam em combates brutais, onde a vitória era alcançada a
qualquer custo, resultando em frequentes lesões graves. A necessidade de
regulamentação tornou-se evidente, pois era preciso equilibrar a paixão pela
luta com a preservação da integridade física dos praticantes.
Com o passar dos anos, sábios e experientes mestres das artes marciais re-
uniram-se para desenvolver um conjunto de regras que equilibrasse a com-
petitividade e a segurança. Surgiram, então, as primeiras regulamentações,
proibindo golpes em áreas perigosas do corpo e exigindo o uso de equipamen-
tos de proteção adequados. As lutas tornaram-se mais estratégicas e menos
selvagens, valorizando a técnica e a inteligência em igual medida.
No entanto, mesmo com as regras estabelecidas, a justiça nas competições
ainda era uma questão delicada. A interpretação subjetiva dos árbitros, muitas
vezes, gerava controvérsias e descontentamentos. Diante dessa problemáti-
ca, a arbitragem foi profissionalizada, e juízes especializados foram treinados
para aplicar as regras de forma imparcial e precisa. Essa mudança trouxe maior
credibilidade ao esporte e garantiu que os competidores fossem julgados de
maneira justa, independentemente de sua nacionalidade ou popularidade.
Em tempos modernos, a regulamentação, arbitragem e organização de even-
tos esportivos de lutas se tornaram aspectos essenciais para a prática segura
e competitiva das diversas artes marciais. Através da evolução das regras, do
aprimoramento dos árbitros e juízes, e da excelência na organização, as lutas
conquistaram um lugar de destaque no cenário esportivo mundial. Atualmente,
os competidores podem mostrar suas habilidades em um ambiente controlado
e seguro, sabendo que serão julgados com justiça, e que o público desfrutará
de uma experiência emocionante e enriquecedora. Ao assistir um combate de
determinada luta, você fica atento e busca conhecer as regras dela?
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ARBITRAGEM EM LUTAS
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Boxe
No esporte do boxe, existe um árbitro presente dentro do ringue que tem como
responsabilidade supervisionar a luta e garantir a segurança física dos lutadores.
Esse árbitro emite comandos específicos, tais como “box” para dar início ou reiniciar
a luta, “stop” para interrompê-la temporariamente e “break” quando os lutadores
ficam em agarramento e precisam parar de golpear, se separar e reiniciar a luta.
Em volta do quadrilátero, encontram-se os juízes, cuja função é avaliar os
golpes desferidos pelos lutadores e atribuir pontuações correspondentes ao de-
sempenho de cada um deles. Além disso, há um cronometrista responsável por
controlar o início e o fim dos rounds, tocando a campainha ou gongo. Também
temos um diretor técnico, cujas atribuições incluem autorizar o início da luta,
revisar as decisões dos juízes antes de divulgar o resultado e tomar decisões gerais
relacionadas ao evento do combate (DICIONÁRIO OLÍMPICO, [202-?]).
No boxe, os torneios são organizados em categorias de peso, com cada lutador
competindo contra adversários de sua faixa de peso.
Antes da Olimpíada de Londres, em 2012, os atletas profissionais não podiam
participar do boxe nos Jogos Olímpicos. No entanto, a partir da Olimpíada do
Rio de Janeiro, em 2016, a Federação Internacional de Boxe (AIBA) aprovou
uma mudança na regra que permitiu a participação de lutadores profissionais
nos Jogos pela primeira vez. Existem três formas de vitória no boxe: nocaute,
nocaute técnico ou vitória por pontos. Os juízes atribuem 10 pontos ao vencedor
de cada round, enquanto o perdedor recebe entre seis e nove pontos, dependendo
de seu desempenho. A pontuação leva em consideração diversos fatores, como
o número de golpes conectados no adversário, domínio da luta, superioridade
técnica e tática, além de infrações às regras (ANDRADE, [202-?]a).
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Em lutas profissionais, três juízes são responsáveis pela contagem dos golpes,
enquanto no boxe olímpico, são cinco juízes. A partir da Olimpíada de Tóquio, a
pontuação de todos os cinco juízes será considerada. Além do sistema de pontos,
existem outras formas de determinar o vencedor no boxe:
NOCAUTE:
NOCAUTE TÉCNICO:
DESISTÊNCIA DO COMBATE:
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MMA
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- Dar cabeçada.
- Qualquer tipo de golpe com os dedos no olho do adversário.
- Morder ou cuspir no oponente.
- Inserir o dedo ou a mão na boca ou narina do adversário.
- Puxar o cabelo do oponente.
- Arremessar o adversário contra a lona pela cabeça ou pescoço.
- Golpear a espinha ou a parte de trás da cabeça (golpe ilegal
chamado “golpe na nuca”).
- Qualquer golpe na garganta e/ou agarrar a traqueia.
- Usar os dedos esticados contra o rosto ou olhos do oponente
(golpe chamado “olho de águia”).
- Golpear com o cotovelo de cima para baixo (golpe chamado
“cotovelada de cima para baixo”).
- Qualquer tipo de ataque à virilha do adversário.
- Dar joelhada e/ou chutar a cabeça de um oponente caído.
- Pisar em um oponente caído.
- Segurar a luva ou os shorts do oponente.
- Segurar ou se pendurar na grade com a mão ou os dedos dos pés.
- Manipular pequenas juntas (dedos, dedões, dedos dos pés etc.).
- Arremessar o oponente para fora do ringue ou área de luta.
- Intencionalmente, colocar o dedo em qualquer orifício ou corte
ou laceração do oponente.
- Agarrar, beliscar ou torcer a pele ou carne do oponente.
- Timidez (evitar contato com o adversário, intencionalmente ou
constantemente deixar cair o protetor bucal ou fingir uma lesão).
- Usar linguagem abusiva na área de luta.
- Desrespeitar, flagrantemente, as instruções do árbitro.
- Ter conduta antidesportiva que cause lesão ao oponente.
- Atacar o oponente depois do gongo marcar o fim do round.
- Atacar o oponente durante o intervalo.
- Atacar o oponente enquanto ele estiver sob os cuidados do árbitro.
- Interferência do córner ou de segundos auxiliares do lutador no
córner.
- Aplicar qualquer substância estranha no cabelo ou no corpo
para obter vantagem.
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Pontuação
Os critérios estabelecidos para julgar uma luta de MMA são baseados em dois
principais elementos: trocação (golpes em pé) e luta agarrada (no chão). O
lutador que produzir o maior impacto em qualquer uma dessas áreas deve ser
considerado o vencedor. A qualidade e efetividade dos golpes têm maior impor-
tância do que a quantidade. Quando os elementos de trocação e luta agarrada
são muito parelhos, outros critérios podem ser considerados na seguinte ordem:
agressividade e controle do octógono.
Para facilitar a pontuação dos rounds, três “D” são considerados básicos:
Dano, Domínio e Duração.
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Karatê
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Modalidade Kata:
No kata, não há contato físico entre os competidores. Cinco juízes avaliam o
carateca com base na execução correta e na velocidade dos movimentos, atri-
buindo pontos de acordo com o desempenho. Além disso, existem apresenta-
ções em trios, onde a sincronia entre os membros da equipe é observada. Essa
modalidade de competição se assemelha ao que ocorre na ginástica artística.
Modalidade Kumite:
No kumite, dois caratecas lutam em combate direto. As lutas têm duração de
dois a cinco minutos. Pontos são concedidos pelos golpes desferidos, e o valor
da pontuação pode variar dependendo da área do corpo do adversário atingida
pelo golpe (ANDRADE, [202-?]b).
YUKO:
WAZA-ARI:
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IPPON:
Se um atleta abrir uma vantagem de oito pontos sobre o adversário, a luta será
encerrada antes do tempo ser esgotado. Após uma técnica ser aplicada, o árbitro
central deve paralisar a luta e o cronômetro. Em seguida, ele observa a reação
dos quatro juízes posicionados nos cantos do tatame, que seguram bandeiras
vermelhas e azuis para indicar a pontuação. Se dois ou mais juízes concordarem,
a pontuação será assinalada para o carateca.
Além disso, se um competidor pontuar com mais de uma técnica, consecu-
tivamente, antes de o árbitro paralisar a luta, será considerada a técnica válida de
maior valor, independentemente da sequência das técnicas. Por exemplo, se um
carateca desferir um golpe de punho seguido por um chute, será pontuado apenas
o chute, já que ele vale mais pontos do que o golpe de punho.
Nas competições de Karatê na modalidade Kata, existem competições in-
dividuais e por equipes, compostas por três atletas. Não há competições mistas,
sendo cada equipe exclusivamente masculina ou feminina. O desempenho dos
competidores ou equipes é avaliado pelos juízes considerando tanto a perfor-
mance técnica quanto a performance atlética.
Durante as apresentações, os karatecas devem demonstrar técnica, velocidade
nos movimentos e controle dos golpes. Nas competições por equipes, a sincronia
entre os membros da equipe também é levada em conta. O sistema de pontuação
do kata envolve eliminar as duas notas mais altas e as duas mais baixas, tanto
para o desempenho técnico quanto para o desempenho atlético, e, em seguida,
calcular a pontuação total.
O desempenho técnico tem um peso de 70%, enquanto o desempenho atlé-
tico tem um peso de 30% na pontuação final. Ambos os desempenhos recebem
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■ perca o equilíbrio;
■ execute um movimento de forma incorreta;
■ realize um movimento não sincronizado;
■ deixe a faixa frouxa;
■ provoque perda de tempo, como uma saudação prolongada ou uma pausa
antes de iniciar a apresentação.
Judô
IPPON:
é a pontuação mais alta e acontece quando o golpe é executado com força, veloci-
dade e controle, fazendo o oponente cair perfeitamente de costas no tatame ou
quando é imobilizado por 20 segundos. Um ippon encerra imediatamente a luta.
WAZARI:
ocorre quando o golpe não atende a todos os critérios do ippon, mas, ainda as-
sim, é bem executado. Além disso, o wazari é atribuído quando a imobilização do
adversário dura de 15 a 19 segundos.
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YUKO:
é a pontuação mais baixa, concedida quando o atleta projeta o oponente e ele cai
de lado, ou quando a imobilização dura de 10 a 14 segundos.
O wazari e o yuko não encerram a luta, mas permitem ao judoca acumular pontos
para vencer. Na contagem, um wazari tem maior valor do que qualquer quanti-
dade de yuko. Dois wazari equivalem a um ippon.
Penalidades
Durante uma luta de judô, o árbitro pode interromper o combate para aplicar
penalidades ou advertências aos competidores, caso eles não respeitem as regras da
modalidade. As situações em que um judoca pode ser penalizado são as seguintes:
FALTA DE COMBATIVIDADE:
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machucados na pele das mãos, que podem ocorrer ao golpear sacos de pan-
cadas ou aparadores de soco sem a proteção adequada. Assegurar o uso das
bandagens adequadamente é essencial para garantir a integridade física dos
praticantes, permitindo-lhes desfrutar da prática das modalidades de com-
bate de forma segura e eficaz (TUDO SOBRE MUAY THAI, 2020).
Outro aspecto relevante para a segurança nas lutas é o treinamento adequado
dos competidores. Os lutadores devem ser instruídos sobre técnicas de golpea-
mento e finalização seguras, bem como aprender a proteger-se adequadamente
durante os treinos e competições. A consciência sobre os limites físicos e a im-
portância de não os ultrapassar é essencial para evitar lesões desnecessárias. Os
árbitros e juízes também têm um papel a desempenhar na segurança dos com-
petidores, pois devem estar atentos a qualquer sinal de lesão ou fadiga excessiva
durante as lutas. Combinando o uso adequado de equipamentos de proteção,
treinamento técnico e supervisão responsável, é possível promover um ambiente
mais seguro e protegido para os praticantes de artes marciais em todas as faixas
etárias e níveis de habilidade.
IN D ICAÇÃO DE FI LM E
Redbelt
Sinopse: Mike Terry é praticante de jiu-jitsu e instrutor de au-
todefesa. Terry ensina a seus alunos as habilidades para per-
severar, e a lutar e lidar com as dificuldades em suas vidas.
Uma série de circunstâncias faz com que Terry entre em con-
tato com o ator de cinema Chet Frank e com muitas pessoas
poderosas na indústria do entretenimento. Terry logo se des-
cobre vítima de um golpe e é pressionado a lutar dentro de um
ringue devido a sua situação financeira.
Comentário: o filme “Redbelt” (2008) traz a história de um pro-
fessor de jiu-jitsu brasileiro que busca manter sua integridade
e ética no meio de uma indústria corrupta de lutas. O filme
aborda questões de ética, competição e os desafios enfrenta-
dos por profissionais no cenário das artes marciais.
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NOVOS DESAFIOS
Na área de regulamentação, arbitragem e organização de eventos esportivos de
lutas, diversas oportunidades profissionais se destacam. Árbitros e juízes desem-
penham um papel crucial ao aplicar as regras de forma imparcial durante as com-
petições, assegurando a integridade dos combates. Por outro lado, a organização
de eventos requer uma equipe de profissionais especializados, desde produtores,
gerentes de marketing, relações públicas, logística até a equipe de segurança. Esses
profissionais trabalham em conjunto para planejar e executar os eventos, garan-
tindo a excelência em sua realização e a satisfação de todos os envolvidos. Além
disso, o campo do direito esportivo abre espaço para advogados e especialistas
que lidam com questões legais e contratuais relacionadas aos competidores e
organizações. A segurança dos lutadores também é assegurada por profissionais
de saúde, como médicos, fisioterapeutas e paramédicos, que estão prontos para
fornecer atendimento médico qualificado em caso de necessidade. Juntos, esses
profissionais contribuem para o crescimento, profissionalismo e sucesso das artes
marciais em todo o mundo.
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VAMOS PRATICAR
Qual é o papel fundamental dos árbitros e juízes nas lutas das artes marciais?
Considerando o texto base sobre a importância da regulamentação das lutas nas artes
marciais, elabore uma dissertação expondo sua opinião sobre como as regras são es-
senciais para garantir a segurança dos competidores e a integridade das competições.
a) I, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
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REFERÊNCIAS
TUDO SOBRE MUAY THAI. Pra que serve e como colocar a bandagem no muay thai.
c2020. Disponível em: https://tudosobremuaythai.com/blog/pra-que-serve-e-como-colo-
car-a-bandagem-no-muay-thai/. Acesso em: 14 set. 2023.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção D.
O papel dos árbitros e juízes é essencial para garantir um desfecho justo e imparcial nas
lutas. Eles devem estar plenamente familiarizados com as regras específicas de cada
arte marcial e serem capazes de tomar decisões rápidas e precisas durante as lutas. A
pontuação é um aspecto fundamental da arbitragem em muitas artes marciais, onde os
juízes avaliam os golpes e técnicas executadas pelos competidores. A decisão final pode
ser baseada em pontos acumulados, finalizações ou nocautes.
3. Opção D.
No kata não há contato físico entre os competidores. Cinco juízes avaliam o carateca com
base na execução correta e na velocidade dos movimentos, atribuindo pontos de acordo
com o desempenho. Além disso, existem apresentações em trios, onde a sincronia entre
os membros da equipe é observada. Essa modalidade de competição se assemelha ao
que ocorre na ginástica artística. No kumite dois caratecas lutam em combate direto. As
lutas têm duração de dois a cinco minutos. Pontos são concedidos pelos golpes des-
feridos, e o valor da pontuação pode variar dependendo da área do corpo do adversário
atingida pelo golpe.
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MEU ESPAÇO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
O ENSINO-APRENDIZAGEM DE
LUTAS PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Relembramos que, frequentemente, subestimamos as habilidades e potenciais
das pessoas com deficiência, caindo em preconceitos que as categorizam de
maneira homogênea, sem considerar as notáveis diferenças entre as variadas
deficiências e seus graus de comprometimento. No entanto, ao testemunhar-
mos competições esportivas como os Jogos Paralímpicos, deparamo-nos com
realizações que desafiam a imaginação. Nessas ocasiões, fica evidente que es-
ses indivíduos são capazes de feitos verdadeiramente extraordinários.
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Ao desenvolver abordagens de ensino, é crucial adotar uma visão holística do ser hu-
mano. Isso implica que as propostas educacionais não devem se limitar apenas ao
ensino de aspectos físicos, técnicos ou táticos. É preciso reconhecer a pessoa como
um todo, considerando não somente os aspectos físicos, mas também os cognitivos,
emocionais e sociais. Dessa forma, as abordagens de ensino devem ser construídas
com a intenção de promover o crescimento e o desenvolvimento completo dos indi-
víduos, em alinhamento com os valores da pedagogia esportiva e considerando tanto
as particularidades do esporte quanto os objetivos do alto rendimento.
Uma estratégia altamente eficaz para ensinar lutas, artes marciais e esportes de
combate é apresentar e explorar essas atividades de maneira que os alunos com-
preendam, pratiquem e participem ativamente das ações e decisões. No entanto,
é crucial combinar essas abordagens com as características únicas de cada mo-
dalidade, como judô, esgrima, wushu e parataekwondo, para preparar os alunos,
individualmente ou em grupos, para uma prática de alta qualidade. Isso não só
implica no aprimoramento das habilidades específicas dessas modalidades, mas
também no desenvolvimento cognitivo, motor, social e psicológico dos praticantes.
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Veja algumas atividades que podem ser utilizadas para pessoas com deficiên-
cia visual. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente
virtual de aprendizagem.
Um exemplo específico pode ser dado no judô para pessoas com deficiência visual.
Utilizar informações táteis pode facilitar o aprendizado de forma mais precisa. Su-
gere-se também a utilização de colegas tutores que auxiliem no desenvolvimento
das aulas, visando o crescimento abrangente de todos os praticantes envolvidos.
Esses colegas podem ensinar os movimentos necessários por meio de instruções
verbais, auditivas e cinestésicas, como permitir que o aluno sinta o movimento no
corpo do tutor ou que o tutor execute o movimento no corpo do aluno.
Um outro exemplo é o ensino da esgrima, onde é viável trabalhar a modali-
dade com adaptações de materiais, usando “espadinhas” feitas de jornal ou EVA.
Todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência, podem participar de con-
frontos sentados, o que também ajuda a desenvolver a motricidade fina da mão
não dominante com a arma.
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O esporte adaptado é um fenômeno global que atrai atenção devido a suas carac-
terísticas singulares, proporcionando oportunidades de ascensão social, prática
em condições equitativas, melhorias na aptidão física e condições de saúde para
pessoas com deficiência.
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CAPOEIRA ADAPTADA
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ao utilizar jogos no contexto da educação física, é dada à criança
com deficiência intelectual a oportunidade de se movimentar e se
perceber como um ser social.
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JUDÔ ADAPTADO
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O judô é uma modalidade que tem se mostrado inclusiva ao incluir pessoas com
deficiência visual. Na Paraolimpíada, atletas com deficiência visual participam
nessa modalidade, e uma das adaptações realizadas diz respeito ao início do com-
bate. No judô paraolímpico, a adaptação ocorre no momento inicial da luta, em
que os atletas começam o combate com as mãos em forma de pegada no judogui
(o quimono utilizado no judô) (VIEIRA; SOUZA JÚNIOR, 2006).
Essa adaptação assegura que os atletas com deficiência visual tenham um ponto
de contato tátil desde o início do combate, permitindo uma orientação mais precisa
para iniciar o confronto. Se um dos atletas perder o domínio da pegada do opo-
nente, o cronômetro é pausado para que o juiz possa orientar a pegada de ambos
os atletas, assegurando que eles mantenham contato durante a luta.
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No judô adaptado para pessoas com deficiência, diversas estratégias podem ser
implementadas para tornar a prática inclusiva. Para aqueles com deficiência visual,
faixas coloridas podem ser empregadas para sinalizar a posição do oponente, além
de assistentes visuais ou táteis para auxiliar na orientação no tatame. Pessoas com
deficiência motora podem se beneficiar de adaptações, como cintos ou proteções,
que facilitam a execução dos movimentos, bem como técnicas modificadas que
exigem menos esforço físico. Para aqueles com deficiência intelectual, a comuni-
cação mais simples e um tempo estendido para aprender os movimentos podem
ser oferecidos. Já para indivíduos com deficiência mental, atividades alternativas
no judô, como o canto ou o uso de instrumentos musicais, podem ser exploradas,
promovendo inclusão e participação ativa na modalidade esportiva.
O judô é uma modalidade esportiva que acolhe a todos, desde que trabalhado
com uma metodologia inclusiva, independentemente de suas habilidades físicas
ou deficiências, pois, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), o esporte é um direito de todos. O judô proporciona ensinamentos valio-
sos para os praticantes, sejam eles fortes, menos habilidosos ou com deficiências.
Os alunos que praticam judô aprendem princípios como “ceder para vencer”, per-
severança, superação e resiliência, valores que são aplicados tanto na luta quanto
na vida cotidiana. Esses princípios são abrangentes e podem ser incorporados
por todos os praticantes.
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Algumas pessoas com mobilidade reduzida podem acabar se rotulando como in-
capazes devido às deficiências que possuem. No entanto, as Paraolimpíadas nos
apresentam uma impressionante demonstração de superação, com atletas que
enfrentam desafios, sejam eles desde o nascimento ou adquiridos ao longo da
vida. Muitos deles, em algum momento, podem ter sentido que não eram mais
ninguém e que a vida tinha perdido seu significado após sofrerem lesões ou ad-
quirirem deficiências. A inclusão do esporte tem o poder de mudar essa percep-
ção, permitindo que os alunos/atletas com deficiência se sintam capazes de reali-
zar as mesmas atividades que as pessoas sem comprometimentos.
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KARATÊ ADAPTADO
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Algumas dicas práticas de como introduzir o ensino das lutas para pessoas com
deficiência:
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AVALIAÇÃO INDIVIDUAL:
APOIO FÍSICO:
algumas pessoas podem precisar de apoio físico para realizar movimentos espe-
cíficos. É importante garantir que haja assistência disponível, se necessário.
ADAPTAÇÃO DE MOVIMENTOS:
para pessoas que usam cadeira de rodas é possível adaptar movimentos e criar
exercícios que envolvam a cadeira. A capoeira em cadeira de rodas é uma vari-
ante que pode ser explorada.
COMUNICAÇÃO CLARA:
ATIVIDADES EM GRUPO:
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APOIO PSICOLÓGICO:
ACESSIBILIDADE FÍSICA:
certifique-se de que o local onde as aulas são ministradas seja acessível a pes-
soas com deficiência. Isso inclui rampas, banheiros adaptados e outras medidas
de acessibilidade.
NOVOS DESAFIOS
A temática do ensino-aprendizagem de lutas para pessoas com deficiência abre
um horizonte empolgante e humanitário para profissionais atuarem nesse campo.
Dentre as diversas carreiras relacionadas, dois exemplos notáveis são a de profis-
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a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Opção D.
Certamente, é possível englobar várias modalidades esportivas que abrangem uma di-
versidade de participantes, incluindo pessoas com deficiência e aqueles com diferentes
características físicas e biotipos. Isso não apenas promove a inclusão, mas também
desafia os estereótipos e preconceitos que frequentemente limitam a participação em
atividades físicas e esportivas.
Essa abordagem pode ser implementada em diversos cenários, como escolas, clubes,
associações, parques e academias, onde a prática esportiva pode ser adaptada para
atender às necessidades e objetivos específicos de cada grupo. Diferentes significados
e metas podem ser atribuídos ao esporte, abrangendo desde a iniciação esportiva, lazer,
saúde e bem-estar até a busca pelo alto rendimento.
Essa diversificação não apenas torna as atividades esportivas mais acessíveis, mas
também reconhece a importância de atender às diversas motivações e aspirações das
pessoas em relação à atividade física. Ao abranger essa variedade de pessoas, caracte-
rísticas e cenários, o esporte pode se tornar uma ferramenta poderosa para promover a
inclusão, saúde, socialização e realização pessoal em um espectro amplo de contextos.
2. Opção A.
Ao desenvolver abordagens de ensino, é crucial adotar uma visão holística do ser huma-
no. Isso implica que as propostas educacionais não devem se limitar apenas ao ensino
de aspectos físicos, técnicos ou táticos. É preciso reconhecer a pessoa como um todo,
considerando não somente os aspectos físicos, mas também os cognitivos, emocionais
e sociais. Dessa forma, as abordagens de ensino devem ser construídas com a intenção
de promover o crescimento e o desenvolvimento completo dos indivíduos, em alinha-
mento com os valores da pedagogia esportiva e considerando tanto as particularidades
do esporte quanto os objetivos do alto rendimento.
3. Opção E.
Essa abordagem pode ser implementada em diversos cenários, como escolas, clubes,
associações, parques e academias, onde a prática esportiva pode ser adaptada para
atender às necessidades e objetivos específicos de cada grupo. Diferentes significados
e metas podem ser atribuídos ao esporte, abrangendo desde a iniciação esportiva, lazer,
saúde e bem-estar até a busca pelo alto rendimento.
Essa diversificação não apenas torna as atividades esportivas mais acessíveis, mas
também reconhece a importância de atender às diversas motivações e aspirações das
pessoas em relação à atividade física. Ao abranger essa variedade de pessoas, caracte-
rísticas e cenários, o esporte pode se tornar uma ferramenta poderosa para promover a
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