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CEJA >>
Unidades 5 e 6
CENTRO DE ESTUDOS
de JOVENS e ADULTOS
CIÊNCIAS
HUMANAS
e suas
TECNOLOGIAS >>
Módulo 2
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Governador Vice-Governador
Sergio Cabral Luiz Fernando de Souza Pezão
Secretário de Estado
Gustavo Reis Ferreira
Secretário de Estado
Wilson Risolia
FUNDAÇÃO CECIERJ
Presidente
Carlos Eduardo Bielschowsky
Produção Gráfica
Verônica Paranhos
Sumário
Unidade 5 | Vivendo a vida do seu jeito 5
Seja bem-vindo a uma nova etapa da sua formação. Estamos aqui para auxiliá-lo numa jornada rumo ao
aprendizado e conhecimento.
Você está recebendo o material didático impresso para acompanhamento de seus estudos, contendo as
informações necessárias para seu aprendizado e avaliação, exercício de desenvolvimento e fixação dos conteúdos.
Além dele, disponibilizamos também, na sala de disciplina do CEJA Virtual, outros materiais que podem
site da internet onde é possível encontrar diversos tipos de materiais como vídeos, animações, textos, listas de
exercício, exercícios interativos, simuladores, etc. Além disso, também existem algumas ferramentas de comunica-
Você também pode postar as suas dúvidas nos fóruns de dúvida. Lembre-se que o fórum não é uma ferra-
menta síncrona, ou seja, seu professor pode não estar online no momento em que você postar seu questionamen-
to, mas assim que possível irá retornar com uma resposta para você.
Para acessar o CEJA Virtual da sua unidade, basta digitar no seu navegador de internet o seguinte endereço:
http://cejarj.cecierj.edu.br/ava
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Para algumas disciplinas, você precisará verificar o número do fascículo que tem em mãos e acessar a sala corres-
pondente a ele.
Bons estudos!
Fascículo 3 • História • Unidade 5
Vivendo a vida
do seu jeito
Para início de conversa...
Não somos todos iguais. Essa afirmação pode parecer, a princípio, evidente.
É só você olhar para alguém ao seu lado e perceber que não somos iguais. No
entanto, por muitas vezes, as pessoas pelo mundo afora parecem se esquecer de
que essa afirmação não se restringe à nossa aparência. Não é apenas fisicamente
que não somos iguais. Personalidade, educação, cultura, modo de vida e muitas
Figura 1: O mundo é formado por povos de diferentes culturas, que se vestem, comuni-
cam-se e comportam-se de formas diferentes. Esquimós, muçulmanos, monges tibeta-
nos, africanos, aborígenes e índios brasileiros são exemplos dessa diversidade cultural,
existente no mundo.
Para tanto, vamos dedicar especial atenção aos elementos formadores de nossa
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Seção 1
Um mundo diverso
Para podermos conviver em um mundo repleto de diferenças culturais, é importante compreender que a
diversidade é natural, que nosso estilo de vida não é o “jeito certo” de se viver. Tampouco é ele o “melhor” modo de
vida, ainda que assim possa nos parecer – afinal, estamos acostumados a viver, conforme nossa própria cultura.
Ao nos situarmos como indivíduos dentro de um mundo de grande diversidade e aceitarmos que nosso modo
de viver e de compreender o mundo é apenas um entre os muitos possíveis, estaremos mais próximos de evitar o
etnocentrismo.
Etnocentrismo é a ideia de que uma cultura diferente da sua é menor, pior, errada, atrasada. Uma
visão etnocêntrica desconsidera a diferença cultural como algo natural, compreendendo que seu mo-
delo cultural seria o ideal, modelo o qual todos os outros deveriam seguir.
nossos padrões.
Xenofobia
Figura 2: Os kilts (saiotes) escoceses, os anéis no pescoço das mulheres gi-
Repulsa, antipatia profunda ou até mesmo ódio
rafa da Tailândia, o peito desnudo de mulheres caiapó no Brasil e insetos
a estrangeiros. vendidos como comida em uma feira na Tailândia. Para a nossa cultura,
podem ser estranhos, no entanto são todos elementos valorizados da
cultura de seus povos.
comemorações de 500 anos da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, aponta para o etnocentrismo presente na
Caracterizar a viagem de Cabral como a do “Descobrimento do Brasil” e a carta de Pero Vaz de Caminha
como uma “certidão de batismo” tem pressupostos que precisam ser discutidos. Há um etnocentrismo evi-
dente que expressa a visão do conquistador, do vencedor. Os portugueses seriam o agente e os índios, os
“descobertos”, os protagonistas passivos do episódio.
Novais expostos anteriormente, explique por que não deveríamos caracterizar a chegada
Seção 2
As sociedades indígenas
Muitos grupos indígenas habitaram as Américas. Só no território atual do Brasil, quando da chegada de Pedro
Álvares Cabral, existiam milhões de nativos, divididos em milhares de tribos, falando centenas de idiomas diferentes.
Com muito pouco contato entre si, a diversidade cultural entre esses grupos era enorme.
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Maias: Sabemos pouco sobre os maias. Quando os espanhóis chegaram à re-
gião da América Central que habitavam (atualmente o sul do México, Hondu-
ras e Guatemala), eles já haviam desaparecido, por motivos ainda desconheci-
dos pelos historiadores. Restavam apenas as ruínas de suas grandes cidades,
como: Copán, Tikal e Palenque.
Astecas: Os astecas dominavam a região do México atual até serem dizimados Figura 3: O templo na
antiga cidade maia de
pelos espanhóis no século XVI. Sua capital, Tenochtitlán, tinha uma popula-
Tikal mostra o grau de
ção de aproximadamente 200.000 habitantes, cobrindo uma área duas vezes desenvolvimento téc-
maior do que Sevilha, a maior cidade espanhola do período. nico desse povo.
Figura 4: Ruínas da
cidade inca de Ma-
chu Picchu, principal
vestígio da cultura
material inca.
Na América do Norte, também existiam diversos grupos indígenas, como os sioux, cheyennes, apaches, navajos
e moicanos, entre outros. Grande parte desses povos perdeu suas terras e vive hoje em pequenas reservas, mantendo
parte de suas tradições. O único grupo que manteve a maior parte de suas terras são os inuit, também conhecidos
como esquimós, que vivem nas terras geladas do Alasca e do norte do Canadá.
Agora vamos nos deter um pouco nas sociedades indígenas brasileiras. Tendo em vista facilitar o seu estudo, vamos
examinar aqui algumas de suas principais características. Isso não quer dizer que todas vivessem da mesma forma.
É importante lembrar-se sempre da grande diversidade cultural existente entre as sociedades indí-
genas. As sociedades nativas não viviam todas da mesma forma, tendo uma enorme variedade de
hábitos, costumes e tradições.
Na década de 1950, um estudo feito pelo antropólogo Eduardo Galvão introduziu a ideia de se agrupar as
sociedades indígenas brasileiras em áreas culturais. A partir dessa ideia, o Brasil foi dividido em onze áreas distintas,
cada uma reunindo um grande número de sociedades que compartilhavam certos costumes comuns ligados à
Existem grupos indígenas que mantêm um estilo de vida bem parecido com o que tinham há 500 anos, ao passo
que outros precisam se esforçar para preservar suas tradições e sua cultura, e não desaparecerem em meio à cultura
urbana brasileira.
Figura 5: Nem todo índio veste tanga e usa o arco e flecha o dia inteiro. Várias sociedades indígenas têm grande contato com
a cultura de povos não índios.
Organização
Os povos indígenas brasileiros não construíram cidades nem formaram estados centralizados. Eles não
utilizavam moeda, não possuíam propriedades privadas e não havia desigualdade social entre membros de uma
mesma tribo. Nessas sociedades, não havia um poder político que determinasse as regras que as pessoas deveriam
seguir. Grupos pequenos possuíam seus líderes, normalmente de autoridade temporária, que comandavam seus
Grande parte das tribos era seminômade e dividia-se em aldeias. Algumas aldeias chegavam a ter milhares de
pessoas, enquanto outras possuíam apenas algumas centenas. O relacionamento entre as aldeias variava. As guerras
Seminômade
Grupos que migram periodicamente, vivendo em moradias temporárias e portáteis, e que possuem um acampamento onde
praticam a agricultura.
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Alguns dos relatos, feitos por viajantes europeus no século XVI, retratam o costume de algumas sociedades
indígenas em guerra praticarem a antropofagia, como parte de um ritual. Um prisioneiro de guerra era levado à aldeia
inimiga, onde aguardaria a execução. Enquanto permanecia por lá, o prisioneiro era muito bem tratado, podendo até
mesmo ter uma esposa da aldeia. No dia da execução, aldeias amigas reuniam-se para uma grande festa, onde o
prisioneiro era executado e seu corpo era limpo, cozido e degustado por todos os presentes. O canibalismo não era
motivado pelo prazer em se consumir carne humana, ele tinha como objetivo vingar a morte de antepassados em
Antropofagia
Ato de comer carne humana.
Figura 6: A ilustração do canibalismo dos tupinambás, feita por Theodore de Bry, mostra a visão que os europeus tinham do
ritual antropofágico
Esse ritual antropofágico de sociedades indígenas brasileiras foi representado no cinema no filme
“Como era Gostoso o Meu Francês” (Nelson Pereira dos Santos, 1970).
A divisão do trabalho era essencialmente sexual. Os homens eram encarregados da caça, da pesca, da
construção das casas e da guerra. Já as mulheres, dedicavam-se às atividades domésticas, ao artesanato e ao trabalho
agrícola, sendo que em diversas localidades os homens auxiliavam no trabalho com a mandioca.
Algumas sociedades indígenas não conheciam a agricultura e viviam exclusivamente da caça/pesca e coleta.
No entanto, grande parte das tribos cultivava inúmeros produtos, como: batata-doce, caju, cará e mandioca, sendo
é uma raiz de alto valor nutritivo que seria originária do Brasil, tendo se espalhado pela América antes mesmo da
chegada dos europeus. Com a mandioca, fazia-se farinha, tapioca, beiju, pirão e paçoca, que era comida com carnes,
folhas e frutos. Ela é também a matéria-prima da caiçuma, uma bebida alcoólica. Algumas espécies da mandioca são
venenosas, por isso devem ser cuidadosamente preparadas para o consumo, sendo torradas e prensadas.
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a. De acordo com o texto, qual é a relação entre a organização social das socieda-
a nossa, seria possível a eles dedicar pouco tempo ao trabalho? Justifique a sua
resposta.
c. Por que a autora afirma que “os índios têm muito mais tempo para serem seres
humanos plenos, do que nós, que pretendemos ser ‘civilizados’. E são livres para
fazê-lo!”?
Na época da chegada dos portugueses, estima-se que existissem 3 milhões de nativos, vivendo no território
hoje denominado Brasil. Atualmente, de acordo com o censo do IBGE de 2010, os povos indígenas no país somam
817.963 pessoas, das quais cerca de um terço vive em cidades e o resto em áreas rurais. A maior parte destes últimos
A Constituição Federal de 1988 reconheceu o princípio de que os povos indígenas são os primeiros e naturais
senhores da terra no Brasil. A partir desse princípio, em teoria, esses povos passaram a ter direito sobre as terras
que ocupam, sendo demarcadas terras Indígenas, das quais os índios teriam posse permanente e direito sobre suas
fontes naturais de riqueza (o solo, os rios e a natureza). Através da posse dessas terras, esses povos teriam os recursos
No entanto, na prática, grande parte dessas terras ainda não está juridicamente consolidada ou é desrespeitada.
Interesses na exploração das terras para garimpo, extração de madeira ou por posseiros são hoje os principais motivos
Observando o mapa anterior com as terras indígenas brasileiras, explique por que
podemos afirmar que os povos indígenas brasileiros foram vítimas da opressão dos povos
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Seção 3
As sociedades africanas
Assim como os povos nativos das Américas, os nativos africanos apresentam uma grande variedade cultural,
linguística e étnica. Muitas pessoas possuem a falsa impressão de que a África é um continente homogêneo, onde
todas as sociedades nativas são do mesmo grupo, possuem o mesmo desenvolvimento tecnológico, falam o mesmo
idioma, têm os mesmos costumes e tradições. Nada poderiam estar mais erradas. A diversidade presente entre os
povos nativos do continente africano é um fator que não pode ser esquecido, ao se estudar suas sociedades.
Existem milhares de línguas nativas da África, apesar de os países africanos terem em geral adotado como
línguas oficiais os idiomas europeus de seu período de colonização. Mandinga, ioruba, suaíli, banto e zulu são algumas
das línguas faladas pelos nativos africanos antes da chegada dos europeus que se mantêm vivas até hoje.
No período da escravidão, o Brasil teve a maior parte de seus escravos proveniente de grupos que
falavam idiomas da família linguística banto, que tiveram importante contribuição na formação cul-
tural nacional. Elementos como a cuíca, o berimbau, a congada, o lundu e o candomblé são heranças
provenientes do contato da cultura em formação no Brasil e esses povos.
Figura 6: A pintura de Debret representa escravos brasileiros no século XIX e demonstra elementos da
cultura africana que se associavam à cultura brasileira
Organização
estereótipo de uma África essencialmente selvagem e não civilizada. Tal imagem é em grande
parte fruto de uma visão etnocêntrica de que todas as civilizações devem ter a mesma aparência
que a nossa, de que só é civilizada a sociedade que se porta como a civilização ocidental.
de organização.
A organização política dos grupos nativos africanos também era muito diversificada. Pequenas aldeias e
grandes reinos coexistiram durante o mesmo período histórico. A maior parte da população africana vivia em aldeias.
Essas eram formadas por diversas famílias, cada uma com seu chefe, em geral o homem mais velho, que obedecia
ao chefe da aldeia. Trabalhava-se em conjunto e repartia-se a produção entre as famílias. Já os reinos eram formados
pela união de diversas aldeias, com uma capital na qual residia um chefe maior, um rei, com autoridade sobre os
Os reinos africanos funcionavam de modo muito semelhante aos reinos absolutistas europeus: o rei detinha
poder quase que total e não havia separação dos poderes. Sua capacidade em arrecadar fundos (em geral através
do controle do comércio) e de formar fortes exércitos era o principal meio de se manter no poder. Entre os principais
reinos da África Ocidental (de maior contato com o Brasil), podemos destacar os reinos de Gana, Mali e Ioruba. Vamos
Apogeu
O auge, o mais importante ou
mais alto grau de elevação.
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Império Mali: Situado no atual Mali e em partes do Senegal e da Guiné, o reino de Mali foi um dos maiores
impérios africanos, tendo conquistado grandes cidades, como Tombuctu. O auge de seu império ocorreu no século
XIV, com o governo de Mansa Mussa, que converteu seu império ao islamismo. Escolas corânicas, mesquitas e
universidades foram construídas em suas principais cidades, sendo o idioma árabe transformado na língua oficial.
Alcorão
O livro sagrado do islamismo, também chamado de Corão.
se nos atuais Benin e Nigéria. Grande parte dos escravos levados à Bahia era
assim como dos produtos lá comercializados. Com a riqueza adquirida pelo comércio, essas cidades tornaram-se
grandes centros urbanos, com templos (mesquitas), escolas e universidades. Por ali, passavam produtos, como: sal,
O comércio de escravos era uma prática existente na África desde tempos remotos. No entanto, foi
apenas com a chegada dos europeus que o tráfico de pessoas tornou-se um grande negócio no con-
tinente, passando a ser o motivador de inúmeras guerras que tinham como objetivo a captura de
pessoas a serem vendidas como escravos a mercadores europeus, que os levariam ao continente
americano.
A escravidão na África pré-colonial não era a mesma que no período posterior. O escravo era integrado a uma
família e era propriedade coletiva da mesma, não estando sujeito a um único indivíduo e era também vinculado a ela,
não podendo ser vendido. Seus filhos nasciam livres e ele mantinha certa autonomia econômica e cultural, embora
Com o início do tráfico de escravos (conhecido também como “tráfico negreiro”), mobilizado pelos europeus,
a prática da escravidão espalhou-se por regiões onde até então esta atividade era escassa. A atração dos altos lucros
obtidos pelo comércio de seres humanos com povos europeus fez com que este se tornasse a principal fonte de
renda de muitos Estados, que passaram a concentrar seus esforços na captura e na venda de escravos. Para isso, o
investimento na força militar, com o crescimento de exércitos e a utilização de armas modernas, obtidas junto aos
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Leia o trecho e responda à pergunta a seguir:
(Kátia de Queirós Mattoso. Ser escravo no Brasil. 3ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 2001, pp. 27-28)
Tendo em vista o trecho anterior, justifique por que é possível afirmar que a chegada
dos europeus ocasionou uma grande mudança na organização política e social dos povos
africanos?
Cativos ávidas
Prisioneiros. Que deseja algo de forma muito intensa.
Seção 4
Tradições ameaçadas
Um traço comum entre as sociedades indígenas e africanas é o atual risco de desaparecimento de suas culturas
tradicionais. O contato com povos europeus, a partir do século XV, impulsionados pela expansão ultramarina, pelos
“descobrimentos” e pelo controle de territórios nas Américas e na África, significou o início de um processo de
destruição da maioria das tradições sociais, culturais e políticas existentes entre esses povos.
ocorrer um processo de imposição cultural, em que o modelo de cultura europeia era imposto sobre os povos locais.
Nesse processo, os hábitos e costumes dos povos colonizadores passaram a ser sobrepostos a tradições locais, que
Em nosso mundo atual, que assumiu seu contorno essencialmente urbano, a partir da Revolução Industrial, a
existência de comunidades tradicionais é um fato cada vez mais raro e suas particularidades são vistas em geral como
sinais de atraso e “incivilidade”. No entanto, cabe a nós deixar de lado nosso olhar etnocêntrico e compreendê-las pelo
Veja ainda
Filmes
Apresenta a história de um náufrago alemão que é capturado por uma tribo tupinambá no século XVI.
Apresenta o cotidiano de uma sociedade indígena brasileira. Realizado a partir do relato real de Hans Staaden.
Desenho animado, premiado na Europa, que representa um mito de algumas sociedades tradicionais da África
ocidental. Nele podem ser observados valores e costumes de alguns povos africanos.
Sites
Funai. http://www.funai.gov.br/
Site da Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão federal responsável pela política indigenista brasileira.
Espaço cultural relacionado ao continente africano. Possui grande acervo de textos e imagens relacionadas à
África.
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Imagens
• http://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=File:Eskimo_mother_and_child_in_furs,_Nome,_
Alaska,_bust-length,_with_child_on_back,_1915_-_NARA_-_532339.tif&page=1
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Woman_walking_in_Afghanistan.jpg?uselang=pt-br
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tibetian_monks_on_a_Bir-Billing.jpg?uselang=pt-br
• http://www.sxc.hu/photo/804616
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kutia_kondh_woman_3.jpg
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:%C3%8Dndio_patax%C3%B3.jpg
• http://en.wikipedia.org/wiki/File:1981_Arnhemland_Aboriginal_Performance_on_Open_Air_Theatre.
jpg. • Nambassa Trust and Peter Terry (http://www.nambassa.com)
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kilt_Murray.jpg
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kayan_woman_with_neck_rings.jpg
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kayapo_3067a.JPG - http://veton.picq.fr
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Insect_food_stall.JPG
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tikal_Temple1_2006_08_11.JPG
• http://es.wikipedia.org/wiki/Archivo:Before_Machu_Picchu.jpg
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Indios_da_tribo_Tucuxi_participam_do_F%C3%B3rum_Social_
Mundial_1006_FP6469.jpg?uselang=pt-br
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Indigenous_brazil.jpg
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Debretberimbau.jpg
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Djingareiber_cour.jpg
• Ricardo da Costa. A expansão árabe na África e os impérios negros de Gana, Mali e Songai (sécs; VII-XVI) –
segunda parte. Disponível em <http://www.casadasafricas.org.br/banco_de_textos#183>
Atividade 1
presença dos povos indígenas nas terras brasileiras. O território encontrado pelos portugueses
Atividade 2
a. De acordo com o texto, por ser uma sociedade igualitária que não promove a
exploração de muitos por poucos, a sociedade indígena permite que cada fa-
mília trabalhe para produzir apenas o que necessita, sem precisar produzir para
b. Caso houvesse desigualdade social, isso não seria possível, uma vez que famílias
teriam de produzir não só o que necessitavam para viver, mas também para o
grupo social mais alto, detentor das terras ou dos meios de produção.
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c. A autora faz essa afirmação devido ao fato de que os índios não precisavam de-
dicar sua vida ao trabalho. Trabalhavam apenas o necessário para obter sua sub-
de nosso tempo ao trabalho, tendo pouco tempo disponível para atividades que
Atividade 3
Observando o mapa, podemos ver os limites das terras indígenas no Brasil. Povos
que, no momento da chegada dos portugueses, ocupavam grandes regiões e não possuíam
um limite demarcado para suas terras, agora precisam viver dentro de terras delimitadas,
geralmente de tamanho reduzido. Ao longo dos séculos de contato com os povos que
maior parte de suas terras e foram obrigados a viver em locais demarcados por outros.
Atividade 4
Com a chegada dos povos europeus, o tráfico de escravos torna-se a mais lucrativa
fonte de renda do comércio africano. No entanto, para se obter novos escravos que
alimentariam esse comércio, diversos Estados fortalecem seus exércitos e travam diversas
Questão 1
A “agricultura para consumo era, no feudalismo, a atividade principal. O comércio, muito reduzido. As terras
não tinham valor de troca, de mercado, porque, geralmente, não se adquiriam terras comprando-as no mercado, mas
A posse da terra, para os senhores feudais, era indispensável, quer para assegurar a subsistência do feudo, quer
para manter o seu poderio, sempre dependente da obtenção de maiores parcelas de território. A terra era riqueza
decisiva, porque permitia abrigar homens, reforçar o feudo com soldados em potencial, aptos a secundar a força e o
poder dos senhores feudais. ‘Nós queremos terras’, disseram os senhores normandos recusando os presentes em jóias,
armas, cavalos ofertados pelo seu duque, e acrescentavam entre si: ‘Com as terras, será possível manter numerosos
cavaleiros e o duque não terá maior poder’.”
(SALINAS, Samuel Sérgio. Do feudalismo ao capitalismo: transições. 12 ed. São Paulo: Atual, 1994. Pp. 26 e 27.
Feudo
É a terra entregue por um suserano ao vassalo, em troca de fidelidade e ajuda militar. Essa prática desenvolveu-se na Idade
Média, atingindo o seu apogeu nos séculos IX-X em algumas regiões da Europa. Foi a base para o estabelecimento de uma aris-
tocracia (elite) fundiária. Estabelecia laços binários de relação pessoal, instituindo o dom e o contra dom. Simplificadamente, o
dom e o contra dom significa uma troca de direitos e deveres.
a. “Na Idade Média, a principal riqueza que um homem poderia possuir era a terra”. No texto, identi-
fique dois fatores que confirmem essa afirmativa e transcreva-os no espaço a seguir:
b. Indique, a partir do texto, dois pensamentos do homem medieval acerca do conceito de riqueza, que ex-
Questão 2
Até hoje _ e talvez para sempre _ visitantes de todo o mundo se curvam diante dela: a Catedral de Notre Dame, em
Questão 3
No interior da igreja do Mosteiro de Alcobaça, o visitante vivencia a imensidão do vão central, que o conduz
por um caminho rumo ao infinito dos céus e à luz ao fim do corredor. Po-
26
Questão 4
ção das muralhas, podemos afirmar que são Fonte: www.airo.pt (Acesso em 13/09/2013)
a. construções pensadas somente para o prazer estético dos poderosos das cidades.
c. elementos de delimitação de propriedade, uma vez que suas terras careciam de cartas forais.
d. símbolos de distinção entre os objetivos comerciais da cidade e as metas de subsistência dos feudos.
Questão 5
raíso e o Inferno.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Jardim_das_
Del%C3%ADcias_Terrenas (Acesso em 13/09/2013)
b. da vida do camponês, pois observa-se
c. da arte popular, embora as laterais tratem de temas propostos pela Igreja, como o destino das almas.
d. do cenário das guerras, que na Idade Média marcou as disputas de senhores feudais pela posse da terra.
a. o Tempo das Catedrais, pois os artistas renascentistas souberam reconhecer a beleza desses edifícios.
b. o Tempo da Peste Negra, pois o século XIV foi marcado pela doença, que exterminou parte da população.
c. o Tempo dos Mosteiros, pois esses edifícios cobriram o território europeu, de leste a oeste, de norte a sul.
d. o Tempo das Trevas, pois para os renascentistas o homem medieval nada produzira nas Artes e na Filosofia.
Questão 7
Os Humanistas tendiam a considerar como mais perfeita e expressiva a arte greco-romana, pois esse movi-
Questão 8
28
Questão 9
Durante os séculos XIV e XV, além da nobreza, as Monarquias Nacionais selaram parcerias que lhes garantiam
c. pelas corporações de ofícios, representantes de classes que se organizaram nas cidades medievais.
d. pelos banqueiros, proprietários das casas comerciais que emitiam as cartas promissórias dadas em garantia.
Questão 1
a) O aluno deverá compreender e caracterizar que o feudo (terras) assegurava a subsistência do senhor feudal
e de seus vassalos e servos, garantindo o seu poderio pelo sistema de troca de favores, a chamada “relação de
binariedade”. Ao ser capaz de ter terras suficientes para abrigar homens, o senhor podia oferecê-las a um maior
número de gente, pedindo em troca que uns trabalhassem na terra _ os servos _ e outros garantissem a segu-
b) O aluno deverá argumentar que um dos sentidos de riqueza do homem medieval era o da terra para a sub-
sistência. Com base nessa conclusão, deverá explicar que o comércio exige uma produção excedente _ para
além da subsistência _ para poder haver a compra e a venda de produtos. Além disso, o aluno deverá observar
que a terra em si não era objeto de compra e venda, o que significa que seu valor baseava-se em outro critério,
que não o comercial. Esse critério, como bem o aluno pode observar no texto, é o da garantia de segurança e de
proteção. Vale lembrar que a Idade Média foi um período de muitas guerras.
Questão 2
O aluno deverá demonstrar a importância dos “livros de madeira” em uma sociedade em grande parte iletrada,
como a Medieval, na formação das almas e dos comportamentos sociais. Se não podiam ler em Latim ou nas
Línguas Românicas, deviam ler em imagens. A catedral, como obra da arquitetura, surge com a retomada do
crescimento da cidade medieval. Na sociedade que se urbanizava, ela surge imponente, como obra de arte,
mas também como instrumento de poder da Igreja. Ao apresentar a vida no paraíso e no inferno, controlava
os sentidos dos corpos e definia destinos das pessoas no Além. As imagens do portal exemplificam a Dança da
Questão 3
A B C D
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Questão 4
A B C D
Questão 5
A B C D
Questão 6
A B C D
Questão 7
A B C D
Questão 8
A B C D
Questão 9
A B C D