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FUNDAMENTOS
DO COOPERATIVISMO
FICHA CATALOGRÁFICA
152 p.
“Graduação - EaD”.
1. História 2. Fundamentos 3. Cooperativismo 4. EaD. I. Título.
CDD - 334.07
Impresso por:
RECURSOS DE IMERSÃO
P E N SA N DO J UNTO S
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
INDICAÇÃO DE L IVRO
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SUMÁRIO
5UNIDADE 1
COOPERATIVISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
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UNIDADE 2
ASSOCIATIVISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
TIPOLOGIA COOPERATIVISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
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U N I D A D E 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
MINHAS METAS
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UN I AS S ELV I
“
“A competição é a lei da selva, a cooperação é a lei da civilização”
(KROPOTKIN, 2009).
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Alimentação, moradia,
FISIOLÓGICAS conforto físico,
descanso, lazer etc.
Figura 1 - Pirâmide das necessidades - Teoria das necessidades de Maslow / Fonte: adaptada de Reeve (2019).
Descrição da Imagem: A imagem é composta por uma ilustração de pirâmide dividida em cinco partes, as quais,
de baixo para cima, estão, respectivamente, nas cores amarelo, laranja em três tons e vermelho. Na base de fundo
amarelo, está escrito ‘fisiológicas, ao seu lado direito o seguinte texto: alimentação, moradia, conforto físico,
descanso, lazer etc.’ Acima, na base de fundo laranja, está escrito segurança, ao seu lado direito o seguinte texto:
amparo legal, orientação, interação com colegas, superiores e clientes etc.’ Acima desta, outra base de fundo
laranja mais escuro, está escrito afetivo-Social, com o texto ao lado direito decorrendo: bom clima, respeito,
aceitação, interação com colegas etc.’ Acima desta, outra base de fundo laranja mais escuro ainda, temos o tema,
‘autoestima, e o seguinte texto ao lado direito: ser estimado, reconhecimento, promoções e responsabilidade por
resultado’. E no topo, a base de cor vermelha, o tema autorrealização com o seguinte texto a sua direita: ‘desafios
mais complexos, trabalho criativo, autonomia e participação nas decisões.
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P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Bem, para te ajudar e entender melhor o conteúdo deste
material, vamos recapitular, de forma simples, o modelo
do cooperativismo e seu impacto socioeconômico.
Acesse o QR Code e assista ao vídeo “Como funciona o
Cooperativismo”.
O capitalismo surgiu como uma resposta às limitações do modelo feudal que do-
minou a Idade Média, onde a posse de terras era o principal indicador de poder
econômico. Contudo, esse sistema gerou conflitos, exclusão e crises, o que levou à
busca por soluções, como as Cruzadas. Embora essa mobilização tenha ocupado
os excedentes populacionais, ela também gerou um problema maior: o genocídio.
Dessa forma, o capitalismo nasceu
como um modelo socioeconômico
que possibilitou a monetarização,
as trocas comerciais e o acúmulo de
reservas, tornando-se uma alternativa
mais viável para atender às necessida-
des da população em crescimento.
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Vitral representando
a Primeira Cruzada e
Godfrey de Bouillon, na
catedral de Bruxelas.
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O vitral do Julgamento de
Salomão.
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ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Martinho Lutero é mais conhecido por sua obra “95 Teses”, que foi a sua
principal crítica à Igreja Católica Romana e um dos catalisadores para o
início da Reforma Protestante. No entanto, sua obra mais importante é “As
Noventa e Cinco Teses sobre a Igreja e a Dispensação das Indulgências”, que
foi publicada em 1517. Esta obra é um manifesto contra a venda de indulgên-
cias e é considerada um dos marcos iniciais da Reforma Protestante.
Já João Calvino, é conhecido principalmente por sua obra “Instituição da
Religião Cristã”, que é uma exposição sistemática da teologia reformada.
Essa obra foi publicada originalmente em 1536 e é considerada a principal
obra de Calvino. Ela abrange muitos tópicos teológicos importantes, incluin-
do a doutrina da eleição, a soberania de Deus e a predestinação. Vale ressal-
tar suas leituras para compreender melhor sobre as influências na época.
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A P RO F UNDA NDO
A P RO F UNDA NDO
EM FOCO
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.
NOVOS DESAFIOS
Quanto aprendizado! Apesar de o cooperativismo e o associativismo serem sempre
apresentados como uma das soluções intermediadoras, como vimos a pouco, grande
parte da população mundial ainda desconhece sua existência e real propósito.
Segundo o anuário 2022 da OCB (Organização das Cooperativas Brasilei-
ras), existem 3 milhões Cooperativas no mundo. O faturamento combinado das
300 maiores cooperativas é de US$2,18 bilhões. Ao todo, são 1 bilhão Coope-
rados, 12% da humanidade, sendo gerados 280 milhões de empregos gerados
representam 4% da população mundial.
Dessa forma, querido(a) aluno(a), podemos lhe pontuar, com certeza, que
este mercado de trabalho segue muito promissor e que o conteúdo apresentado
neste tema de aprendizagem fará com que você seja não apenas um(a) profis-
sional formado(a) em cooperativismo, mas um(a) formador(a) de opinião e
promotor(a) da filosofia cooperativista.
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VAMOS PRATICAR
Com base nos estudos apresentados, defina as cooperativas e suas principais vantagens.
2. O ano de 2012 foi considerado, pela Organização das Nações Unidas, como o Ano In-
ternacional do Cooperativismo. Veja: em plena crise econômica mundial (crises coadu-
nadas vindas de 2008, nos Estados Unidos, quando da problemática das hipotecas), a
ONU estabeleceu ações no sentido de fomentar o cooperativismo. Percebeu a ligação
entre os assuntos? Ficou claro que, assim como na época atual, no século XIX, as orga-
nizações associativas e, principalmente, o cooperativismo foram as saídas encontradas
para minimizar os efeitos nocivos das crises? É indiscutível que as Organizações Asso-
ciativas se apresentam como uma das soluções voltadas à inserção, justa e solidária,
dos atores sociais em um mercado extremamente competitivo.
Esses atores são associados com maiores condições de enfrentar suas adversidades
no alcance de seu protagonismo e desenvolvimento sustentável. Quais empreendi-
mentos podem ser chamados de Organizações Associativas? As formas comuns de
Organizações Associativas são: Cooperativa, Associação e Sindicato. Nas próximas
seções, discutiremos essas três formas de organização.
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VAMOS PRATICAR
De acordo com o texto, por que as organizações associativas surgiram? Assinale a alter-
nativa correta.
3. De acordo com Kropotkin (1902), "a competição é a lei da selva, a cooperação é a lei da
civilização". Esta afirmação destaca claramente a temática que aborda: o Cooperativismo
e sua importância para um desenvolvimento solidário e equitativo da sociedade. É funda-
mental compreender sua lógica histórico-filosófica e seus principais conceitos. A Teoria
das Necessidades de Maslow é relacionada à dinâmica de plenitude e crise da história da
humanidade, destacando a importância do cooperativismo para enfrentar crises sociais.
KROPOTKIN, P. Ajuda mútua: um fator de evolução. Rio de Janeiro: William Heinemann, 1902.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.
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VAMOS PRATICAR
meio a uma crise econômica global, que começou em 2008, nos Estados Unidos, com
a crise das hipotecas. Isso mostra que, assim como no século XIX, em que as Organi-
zações Associativas e, em particular, o Cooperativismo foram soluções encontradas
para minimizar os efeitos nocivos das crises, hoje em dia as Organizações Associativas,
incluindo o Cooperativismo, são vistas como formas de combater as crises econômicas.
a) I, apenas.
b) I e III.
c) II, apenas.
d) I e II.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
COOPERATIVISMO
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
Conhecer a definição legal de cooperativa e como ela se relaciona com outras aborda-
gens do tema.
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“
Graças a sua luta e visão de mundo mais justo e igualitário, hoje
temos milhões de brasileiros em cooperativas de crédito que de-
senvolvem trabalhos de suma importância econômica e social. A
história do Sicredi tem ligação direta com a trajetória de Theodor
Amstad. Foi ele quem nos ensinou a caminhar nos fez andar e nos
deu a inspiração para continuarmos disseminando a cooperação
entre as pessoas (SISTEMA OCB/MT, 2019, on-line).
Você sabe quem é Theodor Amstad, cuja citação se refere? Este conceito apresen-
tado e seus princípios representam familiaridade para você?
Neste tema, além de compreender a fundo o surgimento do cooperativismo,
vamos entender a influência do cooperativismo no Brasil, passando pelo pionei-
rismo do Padre Theodor Amstad, bem como todas as instituições que existem
para fomentar o cooperativismo no Brasil e no mundo.
Vale ressaltar que, para compreendermos os desafios que a cultura cooperati-
vista enfrentou em toda sua estruturação até os dias atuais, devemos estar atentos
à lei que regulamenta as cooperativas, bem como entender a fundo como funcio-
na todo a sistemática da participação dos membros, seus direitos e deveres, prin-
cipais pensadores e o essencial, aprender sobre as organizações regulamentadoras.
Ao final, será de suma importância você compreender os sete princípios pri-
mordiais que regem o cooperativismo em âmbito mundial e os pensadores que
traduziram o cooperativismo em modelos que existem até os dias atuais.
Vamos buscar as respostas para nossas perguntas?
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
VAMOS RECORDAR?
Agora vamos conhecer e nos aprofundar mais na Lei de
Cooperativas, Art. 4º da Lei nº 5.764/71, e entender sobre
sua total relevância para o cooperativismo. Acesse o QR
Code e assista ao vídeo Como funciona o Cooperativismo.
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PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO
E U IN D ICO
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
promove estudos
O serviço ainda promove estudos e pesquisas rela-
e pesquisas
cionados ao desenvolvimento humano, e seus valores
relacionados ao
são baseados na fidelidade aos princípios e à doutrina desenvolvimento
cooperativista, respeito à diversidade, desenvolvimen- humano
to e valorização das pessoas, compromisso com a ino-
vação e resultados, transparência e austeridade. Seus serviços abrangem as coopera-
tivas, os cooperados, os colaboradores das cooperativas, a sociedade, a comunidade
e o Poder Executivo, por meio do apoio das políticas públicas.
“
“[...] a participação dos associados no empreendimento cooperativo
se dá de forma organizada e com muita responsabilidade, onde to-
dos devem assumir o papel de verdadeiros donos, tendo em mente
que a cooperativa não é uma casa de caridade, nem simplesmente
uma casa de comércio, e sim uma prestadora de serviços aos asso-
ciados, com objetivos econômicos, sociais e culturais”.
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DONO
CLIENTE
FORNECEDOR
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Quadro 1 - Direitos e deveres dos associados / Fonte: adaptado de Gawlak e Ratzke (2007).
Mundo
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BRASIL
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EM FOCO
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.
NOVOS DESAFIOS
Agora que já conhecemos a história do cooperativismo e, da história do coo-
perativismo, seus pensadores, e recordamos os princípios cooperativistas, você
consegue compreender quanta oportunidade aguarda os profissionais que serão
formados nessa área de atuação? Te convido a reler o material, bem como ver os
vídeos sugeridos, sempre que tiver alguma dúvida sobre o movimento coopera-
tivo, para absorver ainda mais essa filosofia. E, também, te desafio a verificar se
existe alguma cooperativa em sua cidade ou região e qual o segmento de atuação.
Assim, você vivenciará na prática tudo o que aprendeu neste tema.
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VAMOS PRATICAR
“[...] associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer as-
pirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um em-
preendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido” (CARDOSO, 2009, p. 5).
A HISTÓRIA do padre Theodor Amstad: o patrono do cooperativismo. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo
(1h04min). Publicado pelo canal MundoCoop. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?-
v=ejQ4q-SbTvw. Acesso em: 24 maio 2023.
Quem foi o pensador que até os dias atuais é considerado o “pai do cooperativismo” e
quem criou a primeira cooperativa bem-sucedida em Rochdale, em 1844. Identifique e
assinale a alternativa correta.
a) Padre Amstad.
b) Charles Fourier.
c) Robert Owen.
d) Friedrich Raiffeisen.
e) Friedrich Raiffeisen.
3. Os direitos e deveres dos cooperados são definidos pela legislação específica de cada
país, bem como pelas normas e estatutos de cada cooperativa. Em geral, os direitos dos
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VAMOS PRATICAR
cooperados incluem o direito de participar nas assembleias, de votar e ser votado para
os cargos da cooperativa, de receber uma parte dos resultados da cooperativa, de uti-
lizar os serviços da cooperativa e de participar na gestão democrática da cooperativa.
Por outro lado, os deveres dos cooperados incluem contribuir para o capital social da
cooperativa, utilizar os serviços da cooperativa de forma responsável e ética, cumprir
com as obrigações financeiras assumidas com a cooperativa, respeitar as decisões
tomadas em assembleias e participar ativamente da vida da cooperativa, colaborando
para o seu fortalecimento e desenvolvimento.
Direitos e deveres são propostos para a civilização desde os primórdios, com o intuito de
que haja uma coerência e harmonia na existência de uma comunidade. Eles são emba-
sados em regras e liberdades que as pessoas têm de cumprir. No cooperativismo não é
diferente, pois o cooperado deve seguir algumas normas para fazer parte da cooperativa,
bem como para não ser desligado.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.
Com base no texto estudado, assinale a alternativa que representa a característica prin-
cipal do cooperado como dono.
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VAMOS PRATICAR
5. O Sescoop é um serviço nacional que tem como objetivo promover a cultura e o aper-
feiçoamento cooperativista no Brasil, por meio da educação e formação profissional
dos trabalhadores e cooperados das cooperativas. Ele foi criado a partir da autorização
da Medida Provisória nº 1.715, de 1998 e é regulamentado pelo Decreto nº 3.017, de
1999. O Sescoop é dirigido pelo Conselho Nacional, que é presidido pelo Presidente da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e é composto por representantes do
poder público e da OCB.
Além disso, o Sescoop estabelece metodologias para a formação dos empregados, diri-
gentes e cooperados das cooperativas, colaborando com o poder público em ações rela-
cionadas à gestão das cooperativas. O serviço promove estudos e pesquisas relaciona-
dos ao desenvolvimento humano e seus valores são baseados na fidelidade aos princípios
e à doutrina cooperativista, respeito à diversidade, desenvolvimento e valorização das
pessoas, compromisso com a inovação e resultados, transparência e austeridade. Seus
serviços abrangem as cooperativas, os cooperados, os colaboradores das cooperativas,
a sociedade, a comunidade e o Poder Executivo, por meio do apoio das políticas públicas.
SISTEMA OCB. Anuário do cooperativismo brasileiro 2019. Brasília: Sistema OCB – CN-COOP,
OCB, Sescoop, 2019.
O Sescoop foi criado a partir da autorização da Medida Provisória nº 1.715, de 1998. Ele
é dirigido pelo Conselho Nacional, que é presidido pelo Presidente da Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB) e é composto por representantes do poder público e da
OCB. Sua criação vem envolto de um principal objetivo. Com relação a esse objetivo,
assinale a alternativa correta.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
PRINCÍPIOS E ORIGENS DO
COOPERATIVISMO
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Agora vamos entender um pouco mais como essa acon-
tece essa distinção de lucros para as empresas tradicio-
nais e para cooperativas. Acesse o QR Code e assista ao
vídeo Como funciona o Cooperativismo.
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“
“Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se
unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades
econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma em-
presa de propriedade coletiva e democraticamente gerida (ACI,
1995 apud ANDRADE, [s. d.], [s. p.]).”
“
“uma sociedade de, no mínimo, (20) pessoas físicas, com um
interesse em comum, economicamente organizada de forma
democrática, isto é, com a participação livre e igualitária dos
cooperantes, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos” (AN-
DRADE, [s. d.], [s. p.]).
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Retorno “pró-
Retorno “pró-rata”
rata” das Taxa limitada de juros ao capital.
das operações
operações
Desenvolvimento
Educação dos Ativação de um fundo em plano
da educação em
membros. local, nacional e internacional.
todos os níveis
Neutralidade
Cooperativização Neutralização política religiosa e
política, religiosa
global. racial.
e racial
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É uma sociedade
É uma sociedade
É uma união de pessoas simples, regida por
empresária.
legislação específica.
Objetivo principal é a
Objetivo sem fins prestação de serviços Objetivo principal é o
econômicos. econômicos ou lucro.
financeiros.
Número ilimitado de
Número ilimitado de Número ilimitado ou não
associados, salvo
associados. de acionistas.
incapacidade técnica.
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Não é permitida a
transferência das
Não tem quotas de Transferências das
quotas-partes a
capital. ações a terceiros.
terceiros, estranhos à
sociedade.
Quadro 2 - Diferenças entre Associação, Cooperativa e Empresa Mercantil / Fonte: adaptado de Andrade ([s. d.]).
De forma geral, podemos perceber a diferença entre uma empresa mercantil e ou-
tras formas de organizações associativas por meio do quadro anterior. A empresa
mercantil trabalha com o conceito acionário, onde o poder de decisão é definido
pelo grau de investimento feito por um acionista, e o lucro é o objetivo principal.
Já em uma cooperativa, a eficiência dos serviços prestados é o foco principal, e as
sobras são distribuídas entre os cooperados de acordo com seu grau de participação
e investimento na cooperativa. Além disso, apenas cooperados podem participar da
cooperativa, não permitindo a transferência de cotas para terceiros não cooperados,
garantindo o ideário cooperativo como ênfase. Por outro lado, em uma empresa
mercantil, é permitida a transferência das cotas de ações a elementos exógenos, o
que destaca o ideário do capital em detrimento do ideário cooperativo.
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É importante res-
saltar que cada coope-
rativa é responsável por
sua gestão de forma in-
dependente, de acordo
com o princípio da Au-
tonomia e Autogestão,
mesmo que exista uma
relação de filiação entre
as cooperativas e suas
organizações represen-
tativas. Além disso, a
hierarquia interna de
a hierarquia interna
uma cooperativa é de-
de uma cooperativa
finida pela Assembleia
é definida pela
Assembleia Geral, Geral, a gestão, nessa
assembleia, é democrá-
tica (um cooperado, um
voto), de maneira que os temas discutidos são deliberados de acordo com a
maior votante, por meio das:
a) Assembleias Gerais Ordinárias: realizadas uma vez por ano, no de-
correr dos três primeiros meses, após o término do exercício social, me-
diante a publicação de Edital que deve mencionar a pauta da reunião.
Geralmente, na AGO, realizam-se discussões sobre a prestação de conta
dos órgãos administrativos, acompanhada do parecer documentado do
Conselho Fiscal, discussões sobre a destinação das sobras ou rateio de
perdas, sobre a eleição e posse dos componentes da Diretoria e do Con-
selho Fiscal para o novo exercício social e outros assuntos que sejam de
interesse dos cooperados.
b) Assembleias Gerais Extraordinárias: realizadas sempre que necessário,
mediante a publicação de Edital que deve mencionar a pauta da reunião.
Geralmente, trata-se, na AGE, da reforma do Estatuto Social, fusões, in-
corporações ou desmembramento de cooperados, mudanças de objetivos
da sociedade, dissoluções voluntárias e nomeação do liquidante e, ainda,
a discussão das contas do liquidante.
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OS DIREITOS DO COOPERANTE:
OS DEVERES DO COOPERANTE:
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EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
Espero que nosso conteúdo tenha esclarecido a parte tangível do conhecimento
acerca do cooperativismo, enquanto organização associativa, que tem como
objetivo o desenvolvimento sustentável dos cooperados, seres humanos, pro-
tagonistas de seus caminhos. Além disso, espero ter instigado você a pensar
em como atuar como futuro(a) Gestor(a) de Cooperativas, lembrando que ao
trabalhar com cooperativas, trabalhará com seres humanos com suas expecta-
tivas, saberes e culturas diferenciadas.
Este material não é
definitivo e não reúne
todo o conhecimento
sobre o tema em uma
única obra, pois o coo-
perativismo é uma atitu-
de empreendedora que
se encontra no cerne da
humanidade. Portanto,
sugiro que busque outros
materiais para aprofun-
dar seus conhecimentos
sobre o Cooperativismo
para ser um(a) profissio-
nal formado(a) e bem in-
formado(a), o que é chave
para o desenvolvimento
sustentável. Ao final des-
te tema, você encontrará
sugestões de materiais
extras para acompanhar.
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VAMOS PRATICAR
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VAMOS PRATICAR
3. A ACI (Aliança Cooperativa Internacional) é uma entidade que une, atende e repre-
senta as cooperativas ao redor do mundo. Trata-se de uma das organizações não
governamentais mais antigas — fundada em 1895 — e maiores, segundo o número de
representados: 1 bilhão de cooperados. Nesse sentido, é o órgão máximo que repre-
senta as cooperativas, que são cerca de 3 milhões no planeta. Assim, a ACI oferece
uma voz global e um espaço de conhecimento, experiência e ação coordenada para e
sobre as cooperativas.
AILOS. Aliança Cooperativa Internacional (ACI): o que é e qual a sua importância para o cooperati-
vismo. AILOS, [s. l.], 9 set. 2022. Disponível em: https://blog.ailos.coop.br/cooperativismo/alianca-
-cooperativa-internacional/. Acesso em: 24 maio 2023.
Nesse sentido, é o órgão máximo que representa as cooperativas, que são cerca de 3
milhões no planeta. Sobre os órgãos reguladores do cooperativismo, suas divisões e
hierarquia, analise as asserções a seguir:
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VAMOS PRATICAR
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) II, IV e V.
e) V, apenas.
4. É importante ressaltar que cada cooperativa é responsável por sua gestão de forma
independente, de acordo com o princípio da Autonomia e Autogestão, mesmo que
exista uma relação de filiação entre as cooperativas e suas organizações representa-
tivas. Além disso, a hierarquia interna de uma cooperativa é definida pela Assembleia
Geral, a gestão, nesta assembleia, é democrática (um cooperado, um voto), de maneira
que os temas discutidos são deliberados de acordo com a maior votante, por meio das:
Além das referidas assembleias, vale destacar o papel da Diretoria, também chamada
Conselho de Administração. Em termos administrativos, trata-se do órgão superior da
cooperativa, eleito por meio de Assembleia Geral e com prazo de mandato conforme o
estabelecido no Estatuto Social. Seus membros são cooperados em gozo de seus di-
reitos sociais definidos no Estatuto Social e sua função primordial é decidir os assuntos
de interesse da cooperativa diante de seus dispositivos legais.
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VAMOS PRATICAR
Sendo a Assembleia Geral o órgão máximo dentro de uma cooperativa, responsável pela
fiscalização da Diretoria em uma cooperativa, qual é o seu principal papel de execução?
Assinale a alternativa correta:
5. Além das referidas assembleias, vale destacar o papel da Diretoria, também chamada
Conselho de Administração. Em termos administrativos, trata-se do órgão superior da
cooperativa, eleito por meio de Assembleia Geral e com prazo de mandato conforme o
estabelecido no Estatuto Social. Seus membros são cooperados em gozo de seus di-
reitos sociais definidos no Estatuto Social e sua função primordial é decidir os assuntos
de interesse da cooperativa diante de seus dispositivos legais.
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VAMOS PRATICAR
Os cooperados em gozo de seus direitos sociais definidos no Estatuto Social tem como
função primordial decidir, por meio de Assembleia Geral, os assuntos de interesse da
cooperativa diante de seus dispositivos legais.
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UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
ASSOCIATIVISMO
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Destaca-se a confusão entre associativismo e cooperativ-
ismo. A ideia de associação é mais antiga e natural ao
ser humano do que a ideia de cooperação, que é voltada
exclusivamente para atividades econômicas. A associação
tem como características a representatividade e a soma
de esforços para a realização de uma meta comum. Para isso, confira o vídeo
a seguir e entenda o associativismo na prática.
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UN I AS S ELV I
“
Somente as associações beneficentes ou fundações (entidades que
prestam serviços assistenciais nos campos social, educacional e de
saúde) podem ser consideradas pertencentes àquele setor, excluin-
do-se, portanto, as demais associações que não têm por objetivo a
prestação de tais serviços.
São controvérsias válidas, tendo em vista que, assim como ocorre com
as cooperativas instrumentais, existem casos de ‘associações de facha-
da’ que servem para lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
A EVOLUÇÃO
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O ambiente participativo criado pela organização espontânea de
cidadãos e cidadãs é muito salutar, desde que não ultrapasse um
limite muito claro: Ações que possam desestabilizar o sistema po-
lítico e econômico considerado como um modelo ideal pautado
por imperativos racionais e pela lâmina fria e imparcial da lei. O
aumento da participação política dos cidadãos pala além do rito
eleitoral, influenciando decisões e buscando compartilhar o poder
é um forte elemento para desestabilização do sistema político. [...]
dito de outra forma, a participação da ‘população do andar de bai-
xo’ [...], afetaria os privilégios históricos da ‘elite do andar de cima’
(GANANÇA, 2006, p. 15-16).
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ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA
Realização da Assembleia de
Constituição, com eleição dos
membros dos órgãos internos Elaboração do Estatuto Social.
(Conselho Fiscal, Conselho
Administrativo, Diretoria e outros).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA
Inscrição no INSS.
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UN I AS S ELV I
ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
EM FOCO
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.
NOVOS DESAFIOS
Ao estudarmos o Cooperativismo e o Associativismo, percebemos que os trâ-
mites legais, embora não sejam complexos para formalizar essas organizações,
são numerosos e demandam tempo para que os associados ou cooperados
compreendam completamente. É fácil ver que alguns casos de insucesso de
cooperativas ou associações podem ser atribuídos à impaciência, ao imedia-
tismo e à falta de conhecimento sobre esses trâmites.
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UN I AS S ELV I
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VAMOS PRATICAR
NETO, S. B. Cooperativismo é Economia Social, um ensaio para o caso brasileiro. In: SEMINÁRIO
TENDÊNCIAS DO COOPERATIVISMO CONTEMPORÂNEO, 3., 2004, Cuiabá. Anais [...], Cuiabá: OCB;
Sescoop, 2004.
Com base no que estudamos, o que é o Terceiro Setor e como as associações se encai-
xam nele? Justifique.
O grande diferencial das cooperativas é o seu princípio básico, que é a adesão voluntá-
ria e democrática dos seus membros. Cada cooperado tem direito a um voto nas deci-
sões tomadas pela cooperativa, independentemente do seu tamanho ou participação
nos negócios da cooperativa.
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VAMOS PRATICAR
3. Por meio do quadro anterior, pode-se notar as semelhanças e diferenças entre a forma-
ção de associações e cooperativas. Para a formação de cooperativas, há um aumento
no número de procedimentos, como Projeto de Viabilidade Econômica, Registro na
Receita Estadual, Junta Comercial e Aval de Conselhos de Classe, especialmente em
cooperativas de saúde e direito. Esse aumento nos procedimentos tem um claro ob-
jetivo econômico, já que as cooperativas são criadas com esse propósito.
As associações não têm essa finalidade específica, embora, como discutido anteriormen-
te, estejam inseridas na Economia Social e tenham como critério de sucesso o acesso à
renda. Com base nisso, qual é o objetivo principal do associativismo? Leia as assertivas.
I - Obtenção de lucros.
II - Potencializar o poder de competição.
III - Prestação de serviços públicos.
IV - Enriquecimento ilícito.
a) I, apenas.
b) I e II.
c) II, apenas.
d) I e III.
e) I, II, III e IV
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VAMOS PRATICAR
Sobre a diferença entre a formação das associações e das cooperativas, assinale a opção
correta.
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VAMOS PRATICAR
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
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UN I AS S ELV I
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Vamos ver na prática como a Educação Cooperativista é
feita e sua importância real? Acesse o QR Code e assista
ao vídeo.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
EDUCAÇÃO
FORMAÇÃO
INFORMAÇÃO
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UN I AS S ELV I
Aprendiz Cooperativo
“
“Objetiva o desenvolvimento cultural e profissional do associado
e da sua família. A formação, a capacitação e a constante requa-
lificação de associados, diretores, conselheiros, líderes e funcio-
nários” (GAWLAK; RATZKE, 2007, p. 25).
Coopercred
Formacred
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
Desenvolvido pelo Sescoop, juntamente com o Banco Central, o curso tem como
objetivo apresentar a importância da educação financeira aos envolvidos nas
cooperativas. Os módulos do curso envolvem tópicos, como relação pessoal com
o dinheiro, orçamento pessoal e familiar, estudo sobre crédito e endividamento,
consumo, investimentos, seguros e aposentadoria.
O curso ressalta a importância da educação fi-
nanceira na vida das pessoas, bem como a relevância a importância da
no hábito de poupar, possibilitando que os agentes educação financeira
na vida das pessoas
envolvidos possam administrar suas finanças pes-
soais de forma consciente (SISTEMA OCB, s. d.).
Antes de nos aprofundarmos ainda mais no tema, vamos conhecer o Fundo de
Assistência Técnica, Educacional e Social, o FATES. Ele é constituído de 5% das so-
bras líquidas do exercício da cooperativa usado para desenvolvimento e aperfeiçoa-
mento técnico de associados, gestores e colaboradores. Em resumo, funciona desta
maneira: as cooperativas oferecem educação e treinamento para seus membros,
representantes eleitos, gerentes e colaboradores, para que eles possam contribuir,
efetivamente, para o desenvolvimento de suas cooperativas (SISTEMA OCB, 2022).
É nesse sentido que a OCB definiu a Diretriz Nacional de Educação Coo-
perativista, implementada pelo Sescoop, que entre as três áreas de atuação, tem
a área de formação profissional cooperativista. Esta busca a promoção de ações
ligadas à formação, qualificação e formação dos associados, bem como gerentes
e colaboradores (SESCOOP, s. d.).
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UN I AS S ELV I
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
Além dos programas e cursos oferecidos pelo Sistema OCB, desenvolvidos pelo
Sescoop e pelas próprias cooperativas, há também os grupos específicos para
os familiares do cooperado, um exemplo é o clube das mães, que tem como
objetivo a integração de um ambiente cooperativo entre pais, mães e filhos e
a capacitação profissional dos envolvidos com cursos e palestras (GAWLAK;
RATZKE, 2007, p. 69-70).
As cooperativas são constituídas, essencialmente, por pessoas que se benefi-
ciam, por meio dos serviços prestados, mutuamente. Dessa forma, a participação
do associado na cooperativa vem ao encontro de seu envolvimento nas tomadas
de decisão, assim como na fiscalização da organização e da gestão da cooperativa.
Nesse sentido, Schneider (1999) explica que a educação cooperativa está além
de uma capacitação, ela envolve a experiência do associado no modelo cooperativo:
“
“ [...] para a verdadeira educação cooperativa, deve visar-se mais do
que à mera educação formal. É preciso saber o que e como um povo
poderá aprender. [...] cada fase da experiência e da ação coletiva
pode e deve ser um momento de aprendizado cooperativo, pois a
educação cooperativa é um processo permanente, que transcende
os limites da educação formal e institucionalizada que se realiza
através da escola e da universidade (SCHNEIDER, 1999, p. 134).
A representação política
e institucional das coope-
rativas no país é realizada
pela OCB, criada em 1969,
no IV Congresso Brasileiro
de Cooperativismo, em que
substituiu a Associação
Brasileira de Cooperati-
vas (ABCOOP) e a União
Nacional de Cooperati-
vas (Unasco) (SISTEMA
OCB, s. d.).
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UN I AS S ELV I
Assim, a atuação da OCB se faz, principalmente, junto aos três poderes (Execu-
tivo, Legislativo e Judiciário) uma organização apartidária, sendo sua atuação
determinante para a sanção da Lei nº 5.764/1971.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
E U IN D ICO
Representação Sindical
“
“Em meados de 1930, frente a crises internacionais e internas, o go-
verno Vargas designou comissões para regulamentar cooperativas e
sindicatos. Nessa década, essas duas associações trabalhavam em con-
junto. Porém, na Ditadura Militar, as cooperativas e os sindicatos se
afastaram. Até o início dos anos 2000 houve duas tendências entre
cooperativas e sindicatos: as cooperativas de sindicatos e o desenvolvi-
mento de um novo sindicalismo cooperativo (PINHO, 2004, p. 285).”
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UN I AS S ELV I
“
[...] organizar, administrar e executar o ensino de formação profis-
sional e a promoção social dos trabalhadores e dos cooperados das
cooperativas em todo o território nacional. Operacionalizar o mo-
nitoramento, a supervisão, a auditoria e o controle em cooperativas,
conforme sistema desenvolvido e aprovado em Assembleia Geral da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) (BRASIL, 1999).
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E U IN D ICO
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UN I AS S ELV I
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
FORMAÇÃO SOCIAL
A iniciativa de promoção
social tem como finalidade
promover ações que melho-
rem a qualidade de vida de
quem vivencia o cooperati-
vismo. Um modo de realizar
essa promoção é por meio da
ajuda do Sescoop às coope-
rativas, para atuarem junto
às comunidades em que es-
tão inseridas. São projetos
contínuos e sustentáveis, como o Dia C – Dia de Cooperar, um projeto que
já beneficiou mais de 2,5 milhões de pessoas no Brasil (SISTEMA OCB, s. d.).
Dessa forma, com a missão de promover a cultura cooperativista por meio
da educação, o Sescoop busca transformar os ideais cooperativistas em atitudes,
contribuindo para o crescimento do modelo cooperativista no país.
EM FOCO
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
NOVOS DESAFIOS
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VAMOS PRATICAR
SILVA, J. F. Educação cooperativa: conceitos e práticas. São Paulo: Editora Atlas, 2015.
Além dos programas e cursos oferecidos pelo Sistema OCB, desenvolvidos pelo Ses-
coop e pelas próprias cooperativas, há, também, os grupos específicos para os familia-
res do cooperado, um exemplo é o clube das mães, que tem como objetivo a integração
de um ambiente cooperativo entre pais, mães e filhos e a capacitação profissional dos
envolvidos com cursos e palestras (GAWLAK; RATZKE, 2007, p. 69-70).
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VAMOS PRATICAR
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.
BRASIL. Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Dispõe sobre o Programa Nacional de Coope-
rativismo e dá outras providências. Brasília, DF, 16 dez. 1971. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/L5764.htm. Acesso em: 24 maio 2023.
Sobre a principal finalidade da OCB segundo a Lei n° 5.764/1971. Assinale a opção correta:
8
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VAMOS PRATICAR
SISTEMA OCB. Mapa Estratégico do Cooperativismo. Brasília: Sistema OCB - CNCOOP, OCB,
SESCOOP, [s. d.]. Disponível em: https://somoscooperativismo.coop.br/assets/arquivos/MapaEs-
trategico/final_mapa_estrategico_sistema_21_09.pdf. Acesso em: 24 maio 2023.
a) II, apenas.
b) II e IV.
c) IV apenas.
d) I, II e III.
e) I, II, III e IV.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
TIPOLOGIA COOPERATIVISTA
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Para ficar ainda mais fácil de gravar os ramos do cooper-
ativismo e sua tamanha importância, acesse o QR Code e
assista ao vídeo Os 7 ramos do cooperativismo.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
“
“ [...] será considerada como sociedade cooperativa, qualquer
que seja a sua conceituação legal, toda a associação de pessoas
que tenha por fim a melhoria econômica e social de seus mem-
bros, através da exploração de uma empresa sobre a base da
ajuda mútua e que observe os princípios de Rochdale (SISTEMA
OCB, 1973, p. 24).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
COOPERATIVAS
As constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares, podendo,
CENTRAIS OU
excepcionalmente, admitir associados individuais;
FEDERAÇÕES
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URBANAS
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RURAIS
Seu principal objetivo é melhorar a vida dos produtores rurais, fornecendo acesso
a financiamentos, contribuindo para a educação cooperativista, consumo, pro-
dução e economia do país, principalmente na produção de produtos primários
para a exportação, como soja, milho e trigo.
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UN I AS S ELV I
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
A partir de agora, espero que você, estudante, esteja apto(a) a explicar os dife-
rentes tipos de cooperativas, de acordo com a atividade econômica, localização
e estrutura, assim como a importância das cooperativas para o desenvolvimento
econômico e sustentável de um país.
Dessa forma, como profissional e com os conhecimentos adquiridos neste
tema, é esperado que você seja capaz de identificar um dos ramos do cooperati-
vismo que mais se identifique e possa somar esforços, fomentação e disseminação
do modelo cooperativista.
9
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VAMOS PRATICAR
BORGES, A.; LAVILLE, J. A economia social e solidária: uma abordagem plural. Porto Alegre: Edito-
ra da UFRGS, 2004.
Sobre a principal diferença entre uma empresa solidária uma empresa capitalista, assinale
a alternativa correta.
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VAMOS PRATICAR
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III.
e) I, II e III.
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VAMOS PRATICAR
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UNIDADE 3
un a
i
TEMA DE APRENDIZAGEM 7
COOPERATIVISMO AGROPECUÁRIO,
TRANSPORTE E ESPECIAL
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
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UN I AS S ELV I
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
Até o ano de 2019, o Brasil tinha 13 ramos distintos. Em 2020, após um processo
democrático e uma avaliação minuciosa dos benefícios para as cooperativas, pas-
samos para uma estrutura de sete ramos. Essa modernização vem para garantir
que o Sistema OCB fique, ainda mais, próximo da realidade das nossas coops,
gerando, cada vez mais, impactos positivos, tanto para as pessoas quanto para os
negócios — num grande movimento de fortalecimento da economia brasileira.
Ficou curioso(a) para saber quais são os novos ramos do cooperativismo?
VAMOS RECORDAR?
Conferiremos, detalhadamente, como foi essa evolução e
como está nos dias de hoje.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 7
RAMO AGROPECUÁRIO
Arroz, feijão, carne, legumes, ovos, leite e o café diário que tomamos, tudo isso, e muito
mais, é produzido hoje em dia em cooperativas. O cooperativismo agropecuário é um
dos modelos de negócios cooperativistas mais antigos. Ele tem como objetivo reunir e
organizar produtores rurais para fortalecer seu poder de escala e atuação no mercado.
As cooperativas agropecuárias, também, desempenham papel fundamen-
tal na assistência técnica, industrialização e comercialização da produção dos
cooperados e são referências de credibilidade e segurança não apenas para seus
cooperados, mas também para todos que fazem negócios com o cooperativismo.
Ao atuarem nas atividades agropecuárias, extra-
tivistas, agroindustriais, aquícolas ou pesqueiras, as as cooperativas
cooperativas levam modernização ao campo, forne- levam modernização
ao campo
cem alimentos de qualidade para os lares brasileiros
e contribuem, diretamente, para a economia do país.
Além disso, no Brasil, as cooperativas agrícolas são o ramo mais bem estruturado,
pois, devido a situações internacionais, como o protecionismo do setor agrícola em
países desenvolvidos, essas cooperativas foram obrigadas a buscarem soluções para
aumentar sua competitividade e sustentabilidade (PINHO, 2004).
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UN I AS S ELV I
Descrição da Imagem: a figura apresenta um infográfico em formato de três tabelas. Nelas, há três linhas com os
anos 2021, 2020 e 2019, de cima para baixo. A primeira tabela destaca a quantidade de cooperativas, a segunda,
a quantidade de cooperados, e a terceira, a quantidade de empregados ao longo dos anos. Dessa forma, em relação
ao número de cooperativas, em 2019, havia 1.223, em 2020, 1.173 e, em 2021, 1.170. Em relação ao número
de cooperados, em 2019, havia 992.11, em 2020, 1.001.362 e, em 2021, 1.024.605. Em relação ao número de
empregados, em 2019, havia 207.201, em 2020, 2233.477 e, em 2021, 239.628.
RAMO DO TRANSPORTE
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 7
Descrição da Imagem: a figura apresenta um infográfico em formato de três tabelas. Nelas, há três linhas com
os anos 2021, 2020 e 2019, de cima para baixo. A primeira tabela destaca a quantidade de cooperativas, a se-
gunda, a quantidade de cooperados, e a terceira, a quantidade de empregados ao longo dos anos. Dessa forma,
em relação ao número de cooperativas, em 2019, havia 1.093, em 2020, 984 e, em 2021, 982. Em relação ao
número de cooperados, em 2019, havia 99.568, em 2020, 89.857 e, em 2021, 99.279. Em relação ao número
de empregados, em 2019, havia 8.531, em 2020, 5.461 e, em 2021, 5.800.
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RAMO ESPECIAL
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A P RO F UNDA NDO
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
Neste tema, aprendemos mais sobre a evolução dos ramos do cooperativismo
e, aqui, focamos em três, Agropecuário, Transporte e Especial. Você já conhecia
algum deles? Vimos também que as cooperativas, em 2021, injetaram mais de
R$ 17 bilhões em tributos nos cofres públicos. Isso sem contar nos mais de R$
18 bilhões referentes ao pagamento de salários e outros benefícios destinados a
colaboradores. Bem, é notável que é vasto esse território, e que um(a) profissional
como você é imprescindível, por isso, desafio-o(a) a se aventurar, ainda mais, nos
conteúdos que vimos hoje e se tornar perito(a) em cooperativismo.
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VAMOS PRATICAR
COOPERATIVISMO agropecuário cresce no Brasil. Globo Rural, São Paulo, 11 ago. 2021. Disponível
em: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2021/08/cooperativismo-a-
gropecuario-cresce-no-brasil.html. Acesso em: 24 maio 2023.
Com relação ao objetivo principal das cooperativas agropecuárias no Brasil, assinale al-
ternativa correta.
3. Vale destacar que, ao longo dos anos, muitas inovações e investimentos têm sido
feitos na área de tecnologia. Um exemplo disso é a criação do laboratório de análises
de solo, semente e tecido vegetal, que oferece serviços de análises de alta qualidade
para produtores rurais da região.
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VAMOS PRATICAR
Além disso, a Coopavel é a patrocinadora do Show Rural Coopavel, uma das maiores
feiras do agronegócio do Brasil, que acontece anualmente em Cascavel, no Paraná.
O evento atrai milhares de pessoas de todo o país e é uma oportunidade para que os
produtores rurais conheçam as últimas tendências e tecnologias do setor, além de
fazerem negócios e trocarem experiências.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.
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VAMOS PRATICAR
5. Até o ano de 2019, no Brasil tínhamos 13 ramos distintos. Em 2020, após um processo
democrático e uma avaliação minuciosa dos benefícios para as cooperativas, passa-
mos para uma estrutura de sete ramos. Essa modernização vem para garantir que o
Sistema OCB fique ainda mais próximo da realidade das nossas coops, gerando cada
vez mais impactos positivos tanto para as pessoas quanto para os negócios – num
grande movimento de fortalecimento da economia brasileira.
a) Sete ramos.
b) Treze ramos.
c) Cinco ramos.
d) Onze ramos.
e) Nove ramos.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
COOPERATIVISMO DE CRÉDITO,
TRABALHO, PRODUÇÃO, EDUCAÇÃO,
CONSUMO, MINERAL E SAÚDE
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
Identificar a evolução dos ramos cooperativistas ao longo dos últimos três anos;
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8
VAMOS RECORDAR?
O cooperativismo de crédito é o mais antigo do Brasil, mas
também temos grandes histórias e transformações no
cooperativismo, por isso, te convido a assistir esses dois
vídeos que contam a história e os números da Unimed, a
cooperativa de saúde mais antiga de nosso país. Fundada
em Santos (SP) em 1967, a Unimed se consolidou como
a maior cooperativa de saúde do país, com mais de 18 mil-
hões de clientes e uma rede de atendimento que abrange
todo o território nacional.
CRÉDITO
Cooperativas Plenas
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UN I AS S ELV I
Clássicas
Capital de empréstimo
São distintas das demais por estarem impedidas de realizar captação de depósitos.
Segmento composto por 134 cooperativas ativas junto à OCB.
Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior “Indicadores Financeiros
do Cooperativismo de Crédito”. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresenta dados de 2021, onde
se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 518,8 BI, Capital Social, que corresponde a
38,9 BI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 60,4 BI e Sobras do Exercícios, que corresponde a R$
10,1 BI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações referentes às cooperativas de crédito
autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema OCB. Fonte: Relação de Instituições em
Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”. Em seguida, a informação em destaque: “E os
resultados alcançados pelas cooperativas de crédito também voltam para a sociedade com mais desenvolvimento
e qualidade de vida: Em 2021, elas investiram mais de R$ 5 bilhões em despesas com pessoal”.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8
Após essa iniciativa, outras cooperativas de crédito surgiram, com foco no aten-
dimento ao produtor rural. Em junho de 2003, o Conselho Monetário Nacional
(CMN) aprovou a resolução nº 3.106, que possibilitou às cooperativas a livre
admissão de associados (SOARES, 2007). Com relação aos Desafios e Oportuni-
dades para as Cooperativas de Crédito, o Sistema OCB (2019, p. 52) acredita que:
Pinheiro (2008) afirma que, as cooperativas de crédito têm como finalidade fornecer
serviços financeiros aos associados, como a prestação de serviços de cobrança,
custódia, recebimentos e pagamentos, concessão de crédito, captação de depósitos
à vista e a prazo, cheques, bem como a celebração de convênios com outras
instituições financeiras para pagamentos de terceiros. Além disso, o autor destaca
que as cooperativas de crédito são regulamentadas pelo Banco Central do Brasil.
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Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior da imagem “Indicadores
Financeiros do Cooperativismo de Trabalho e Produção de Bens e Serviços”. Há quatro linhas em um quadro dinâ-
mico que apresenta dados de 2021, onde se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 1,1
BI, Capital Social, que corresponde a 118,5 BI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 2,9 BI e Sobras
do Exercícios, que corresponde a R$ 665,2 MI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações
referentes às cooperativas de crédito autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema
OCB. Fonte: Relação de Instituições em Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”.
CONSUMO
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FIGURA 3 – Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Consumo. / Fonte: Anuário Coop (2022, s. p.)
Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior da imagem “Indica-
dores Financeiros do Cooperativismo de Consumo”. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresenta
dados de 2021, onde se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 3,0 BI, Capital Social,
que corresponde a 341,5 MI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 5,3 BI e Sobras do Exercícios,
que corresponde a R$ 140,3 MI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações referentes às
cooperativas de crédito autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema OCB. Fonte:
Relação de Instituições em Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8
SAÚDE
A P RO F UNDA NDO
EM FOCO
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FIGURA 4: Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Saúde. / Fonte: Anuário Coop (2022, s. p.)
Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior da imagem “Indicadores
Financeiros do Cooperativismo de Saúde”. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresenta dados de 2021,
onde se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 53,5 BI, Capital Social, que corresponde
a 2,5 BI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 89,5 BI e Sobras do Exercícios, que corresponde a R$
2,1 BI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações referentes às cooperativas de crédito
autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema OCB. Fonte: Relação de Instituições
em Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”.
NOVOS DESAFIOS
Agora, que você conheceu mais sobre a reformulação dos novos ramos do coo-
perativismo, sua transição de 13 ramos para o que são hoje os sete principais,
deve notar que a atuação do profissional dentro do cooperativismo é vasto, sendo
possível atuar em vários segmentos. Ao longo dos últimos anos, o crescimento
exponencial das cooperativas e sua competitividade vem se destacando nos va-
riados ramos de seguimento.
Agora, te desafio, a partir de suas anotações, a desbravar na sua região quantos
ramos do cooperativismo existem, se existem. Vale, também, desbravar as coo-
perativas no âmbito mundial. Isso fará com que você compreenda a grandeza e
a vasta oportunidade para sua atuação como profissional da área.
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VAMOS PRATICAR
1. A história do Sicredi remonta ao ano de 1902, quando foi fundada a primeira cooperativa
de crédito rural no Brasil, em Linha Imperial, município de Nova Petrópolis (RS), pelo
padre suíço Theodor Amstad.
Explique como o modelo de negócio cooperativo adotado pelo Sicredi tem impactado a
economia brasileira.
Com base no texto que descreve o cooperativismo de saúde brasileiro, sua missão e
objetivos, além do destaque da maior cooperativa de saúde do Brasil, Unimed, de acordo
com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2020, assinale a alternativa correta que
apresenta o número de unidades cooperadas da Unimed e o faturamento que a torna a
maior cooperativa de saúde do país:
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VAMOS PRATICAR
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.
a) Cooperativismo de Crédito.
b) Cooperativismo de Trabalho.
c) Cooperativismo de Infraestrutura.
d) Cooperativismo de Saúde.
e) Cooperativismo de Transporte.
Sistema OCB. Ramo Consumo. Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2021. 2021. Disponível
em: https://anuario.coop.br/ramos/consumo. Acesso em: 25 maio 2023.
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VAMOS PRATICAR
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MINHAS ANOTAÇÕES
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
COOPERATIVISMO DE
INFRAESTRUTURA,
HABITACIONAL, TURISMO E LAZER
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA
MINHAS METAS
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UN I AS S ELV I
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
“
O cooperativismo de infraestrutura tem como desafio constante
aumentar a eficiência de seus processos e produtos. Para isso,
busca melhorar continuamente sua gestão e diversificar seus mo-
delos de negócio. Caminhos que podem ser construídos com o
compartilhamento de produtos e serviços, investimentos conjun-
tos em geração e comercialização de energia, tornando o ramo
cada vez mais apto a aproveitar as oportunidades. Além disso, é
necessária a consolidação das cooperativas nos setores econô-
micos onde atuam, a partir da elaboração de leis e normativos
que considerem as especificidades do movimento cooperativo.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
VAMOS RECORDAR?
Agora, compreenderemos, mais a fundo, os ramos do
cooperativismo de Infraestrutura, Turismo e Lazer, em
relação às projeções de desenvolvimento. Acesse o QR
Code e assista a uma sequência de vídeos elaborados
pelo Sistema Ocesp “Programa do Cooperativismo”.
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UN I AS S ELV I
INFRAESTRUTURA
Composto por cooperativas que fornecem serviços essenciais para seus associa-
dos, o ramo Infraestrutura oferece recursos para melhoria da qualidade de vida
e pleno desempenho das atividades produtivas da sociedade. Com mais de 80
anos de existência no Brasil, hoje, o ramo reúne cooperativas que prestam servi-
ços, como distribuição de energia elétrica, saneamento básico, telecomunicações,
construção civil, irrigação e habitação. Participando em todas essas frentes, as
cooperativas de infraestrutura são agentes de extrema relevância para seus coo-
perados e para as regiões onde estão presentes, contribuindo, diretamente, para
o desenvolvimento e a qualidade de vida nas cinco regiões brasileiras.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
Descrição da Imagem: a figura apresenta um infográfico que representa os Indicadores Financeiros do Coopera-
tivismo de Infraestrutura. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresentam dados de 2021. Na primeira
linha, de cima para baixo, temos o ativo total, que corresponde a R$ 6,2 BI; na segunda linha, temos o Capital
Social, que corresponde a 624,1 MI; na terceira linha, temos Sobras do Exercícios, que corresponde a R$ 406,9
BI; e, na última linha, temos Ingressos e Receitas Brutas, que corresponde a R$ 4,2 BI.
Desafios e Oportunidades
O cooperativismo surge como uma opção viável para o acesso à energia de quali-
dade, especialmente, com o aumento da geração e distribuição de energias reno-
váveis. Existem muitos exemplos de produtores rurais que transformam passivos
ambientais em biogás, e pessoas e empresas que adquirem painéis solares para
produzir sua própria energia nas cidades, por meio da organização em coope-
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UN I AS S ELV I
A P RO F UNDA NDO
Você sabia que o Brasil possui 8 das 300 maiores cooperativas do mundo?
São elas: Copersucar, do ramo do Agro, com mais de 8,86 volume de negóci-
os (em US$ bilhões); Sicredi, do ramo de Crédito, com mais de 4,03 volume
de negócios (em US$ bilhões); Coamo, do ramo do Agro, com mais de 3,29
volume de negócios (em US$ bilhões); C. Vale, do ramo do Agro, com mais
de 2,16 volume de negócios (em US$ bilhões); e Central Nacional Unimed, do
ramo da Saúde, com mais de 1,55 volume de negócios (em US$ bilhões).
Fonte: adaptado de Loturci (2020).
EM FOCO
Confira a aula referente a este tema, acesse o conteúdo para aprender mais!
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
NOVOS DESAFIOS
Bem, é notável que o cooperativismo é imenso e, ainda, tem vasta oportu-
nidade de crescimento e desenvolvimento. Você, como profissional da área,
pode e deve ajudar a disseminar essa cultura que ainda é pouco explorada
e não tão conhecida por grande parte da população. Aconselho que você
explore livros, podcasts e, principalmente, vivencie o cooperativismo na
prática, pois, assim, conseguirá somar esforços a todo esse movimento. Vale
lembrar que estamos migrando para uma era quase 100% vivenciada no
digital, por isso, utilizar as ferramentas digitais ao seu favor e instruir as
muitas cooperativas a também as utilizarem será um grande passo para as
inovações dentro do cooperativismo.
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VAMOS PRATICAR
1. Com mais de 80 anos de existência no Brasil, hoje o ramo reúne cooperativas que
prestam serviços como: distribuição de energia elétrica, saneamento básico, tele-
comunicação, construção civil, irrigação e habitação. Participando em todas essas
frentes, as cooperativas de infraestrutura são agentes de extrema relevância para seus
cooperados e para as regiões onde estão presentes, contribuindo diretamente para o
desenvolvimento e a qualidade de vida nas cinco regiões brasileiras.
De acordo com o texto no qual estudamos, explique qual é a principal finalidade das
cooperativas de produção agropecuária.
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VAMOS PRATICAR
Sobre o órgão regulador das cooperativas a nível mundial e sua função, analise as afir-
mativas a seguir:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III.
e) I, II e III.
4. O consumo consciente é uma prática que busca diminuir o impacto negativo do con-
sumo no meio ambiente e na sociedade. Trata-se de uma mudança de comportamento
que valoriza a qualidade, a durabilidade e a origem dos produtos, além de incentivar a
redução do consumo e a reutilização de itens.
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VAMOS PRATICAR
a) 1 milhão.
b) 1 bilhão.
c) 10 bilhões.
d) 100 milhões.
e) 500 milhões.
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REFERÊNCIAS
TEMA 1
TEMA 2
TEMA 3
AILOS. Aliança Cooperativa Internacional (ACI): o que é e qual a sua importância para o
cooperativismo. 9 set. 2022. Acesso em: 2 maio 2023. Disponível em: https://blog.ailos.coop.
br/cooperativismo/alianca-cooperativa-internacional/. Acesso em: 2 maio 2023.
ANDRADE, R. L. A cartilha do corporativismo. [S. l.: s. n.], [s. d.].
ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Cenário Internacional. 2022. Disponível em:
https://anuario.coop.br/mundo/cenario/. Acesso em: 9 mar. 2023.
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REFERÊNCIAS
TEMA 4
DARWIN, C. A origem das espécies por meio da seleção natural ou a preservação das
raças favorecidas na luta pela vida. São Paulo: Martin Claret, 2002.
FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL. Manual de capacitação da tecnologia social PAIS — Pro-
dução Agroecológica Integrada e Sustentável. Brasília: Fundação Banco do Brasil, 2009.
NETO, S. B. Cooperativismo é Economia Social, um ensaio para o caso brasileiro. In: SEMI-
NÁRIO TENDÊNCIAS DO COOPERATIVISMO CONTEMPORÂNEO, 3., 2004, Cuiabá. Anais [...].
Cuiabá: OCB; Sescoop, 2004.
TEMA 5
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REFERÊNCIAS
TEMA 6
TEMA 7
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REFERÊNCIAS
TEMA 8
TEMA 9
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GABARITO
TEMA 1
2. C.
3. A.
De fato, o ser humano é insaciável e nunca terá suas necessidades 100% atendidas. Vale
ressaltar também que as necessidades básicas, a cada ano que se avança, vão tendo
transformações e, de acordo com esta evolução, as prioridades vão tendo variações, bem
como atualmente, a internet e sua conectividade é fator básico para existência de várias
pessoas e comunidades.
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GABARITO
5. C.
Elas são formas de associação de pessoas com objetivos em comum, que buscam de-
fender seus interesses e promover mudanças positivas em suas comunidades, seja por
meio de ações sociais, econômicas ou políticas. Cada uma dessas organizações apresenta
características específicas e atua em diferentes áreas, mas todas compartilham a premissa
de que juntos é possível alcançar mais do que individualmente.
TEMA 2
2. C.
Ele defendia a ideia de que os trabalhadores deveriam ter maior participação no controle
das empresas e, assim, criou um modelo cooperativista que tinha como objetivo a melhoria
das condições de vida e trabalho dos trabalhadores.
3. C.
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GABARITO
4. B.
A obrigação máxima do cooperado é zelar pelo bem existente da cooperativa, bem como
patrimônio e cultural.
5. E.
TEMA 3
2. C.
3. A.
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GABARITO
4. E.
Realizar discussões sobre a destinação das sobras ou rateio de perdas. A Assembleia Geral
tem como um de seus papéis discutir e deliberar sobre temas importantes da cooperativa,
como a destinação das sobras ou rateio de perdas, eleição e posse dos componentes da
Diretoria e do Conselho Fiscal para o novo exercício social, entre outros assuntos que sejam
de interesse dos cooperados. As assembleias podem ser ordinárias, realizadas uma vez por
ano, ou extraordinárias, realizadas sempre que necessário, e têm como base o princípio
da democracia, ou seja, um cooperado, um voto. Além disso, é importante ressaltar que
cada cooperativa é responsável por sua gestão de forma independente, de acordo com
o princípio da Autonomia e Autogestão.
5. B.
TEMA 4
1. O Terceiro Setor é composto por organizações sem fins lucrativos que prestam serviços
de caráter público. As associações são sociedades sem fins lucrativos formadas por pes-
soas físicas e exercem operações financeiras e bancárias no fomento à associação. Elas
são entidades pertencentes ao Terceiro Setor e prestam serviços aos seus associados,
serviços estes que deveriam ser prestados pelo Estado.
As associações são consideradas parte do Terceiro Setor porque prestam serviços públicos
aos seus associados. No entanto, há controvérsias sobre o encaixe das associações como
entidades pertencentes ao Terceiro Setor. Segundo Neto (2004), apenas as associações
beneficentes ou fundações (entidades que prestam serviços assistenciais nos campos so-
cial, educacional e de saúde) podem ser consideradas pertencentes àquele setor [CITAÇÃO]
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GABARITO
2. D.
3. C.
4. B.
5. D.
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GABARITO
TEMA 5
2. C.
O Dia de Cooperar é uma iniciativa que busca incentivar e promover ações sociais e vo-
luntárias em prol da comunidade, demonstrando a preocupação das cooperativas com
a responsabilidade social. Além disso, destaca-se que todas as cooperativas se reúnem
para realizar ações em prol da comunidade, sendo um dos princípios do cooperativismo
mais vivenciados do dia C, a intercooperação, em que algumas cooperativas do mesmo
ramo ou não unem esforços para realizar suas ações.
3. B.
Segundo o texto base, os programas como A união faz a vida e Crescer e Pertencer do
SICREDI e PEC do Sicoob são alternativas de promoção da qualificação profissional dos
associados e, portanto, fundamentais para a manutenção do modelo cooperativo nas
comunidades. Além disso, há também os grupos específicos para os familiares do coo-
perado, como o clube das mães, que têm como objetivo a capacitação profissional dos
envolvidos com cursos e palestras. A qualificação profissional dos associados e seus fa-
miliares é importante para o sucesso e sustentabilidade das cooperativas, garantindo que
eles possam contribuir de forma eficaz para o desenvolvimento das suas comunidades.
4. A.
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GABARITO
é uma organização apartidária que atua junto aos três poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário), tendo papel determinante na sanção da referida lei.
5. B.
TEMA 6
2. A.
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GABARITO
3. B.
4. B.
De acordo com o último relatório divulgado pelo Banco Central sobre o Sistema Nacional
de Crédito Cooperativo (SNCC), o Sicoob é a cooperativa com o maior número de agên-
cias, contando com 4.378 unidades em todo o país. Em seguida, a Sicredi possui 2.400
agências e a Cresol conta com 730 agências. Portanto, a afirmativa b é verdadeira. As
outras afirmativas são falsas.
5. A.
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GABARITO
TEMA 7
2. A.
3. A.
A Coopavel é uma das cooperativas mais importantes do agronegócio brasileiro, pois atua
em diferentes ramos da agroindústria, agregando valor aos produtos de seus cooperados.
Para isso, a cooperativa investe em tecnologia, infraestrutura e capacitação de seus cola-
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GABARITO
4. A.
O texto explica que o ramo de cooperativas de transporte tem como objetivo organizar a
prestação de serviços de transporte, profissionalizar e garantir a liberdade dos pequenos
e médios transportadores.
5. A.
TEMA 8
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GABARITO
o Sicredi se destaca no mercado financeiro como uma instituição financeira cooperativa, que
tem como principal objetivo o desenvolvimento das regiões em que atua. Diferentemente
dos bancos tradicionais, o Sicredi é uma cooperativa de crédito, o que significa que seus
associados são donos da instituição e participam ativamente de suas decisões e resultados.
Além disso, o Sicredi oferece serviços financeiros a preços mais acessíveis e com taxas mais
competitivas, o que contribui para a inclusão financeira e o desenvolvimento das regiões
em que atua. Por meio do cooperativismo financeiro, o Sicredi tem se destacado como uma
alternativa inovadora e sustentável ao mercado financeiro tradicional, contribuindo para o
desenvolvimento econômico e social das comunidades em que está presente.
2. C.
3. C.
4. C.
5. B.
As cooperativas de consumo são formadas por pessoas físicas que se unem para adquirir
produtos e serviços em comum, visando sempre o melhor custo-benefício e promovendo
o bem-estar de seus cooperados, oferecendo a eles produtos de qualidade por um preço
justo. Portanto, a resposta correta é a alternativa B. As alternativas A, C, D e E não são
corretas, pois não refletem o principal objetivo das cooperativas de consumo.
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GABARITO
TEMA 9
3. C.
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GABARITO
4. C.
5. B.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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