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HISTÓRIA E

FUNDAMENTOS
DO COOPERATIVISMO

ME. FERNANDA H. MANSANO


ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

ACESSE AQUI ESTE


MATERIAL DIGITAL!
EXPEDIENTE

Coordenador(a) de Conteúdo Revisão Textual


Leonardo Furtado da Silva Elaine Machado
Projeto Gráfico e Capa Ilustração
Arthur Cantareli Silva Welington Vainer
Editoração Realidade Aumentada
Matheus Silva de Souza Maicon Douglas Curriel
Design Educacional Fotos
Letícia Matheucci Zambrana Grou Shutterstock

FICHA CATALOGRÁFICA

C397 Centro Universitário Leonardo da Vinci.


Núcleo de Educação a Distância. MANSANO, Fernanda H.; CASTRO,
Silvio César de; COSTA, Tiago Ribeiro da.
História e Fundamentos do Cooperativismo / Fernanda H. Mansano,
Silvio César de Castro, Tiago Ribeiro da Costa, Anderson Melo (Org). -
Indaial, SC: Arqué, 2023.

152 p.

“Graduação - EaD”.
1. História 2. Fundamentos 3. Cooperativismo 4. EaD. I. Título.

CDD - 334.07

Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.

Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Impresso por:
RECURSOS DE IMERSÃO

A P RO F UNDA NDO EU INDICO

Utilizado para temas, assuntos ou Utilizado para agregar um


conceitos avançados, levando ao conteúdo externo. Utilizando
aprofundamento do que está sen- o QR-code você poderá
do trabalhado naquele momento acessar links de vídeos,
do texto. artigos, sites, etc. Acres-
centando muito aprendizado
em toda a sua trajetória.

P E N SA N DO J UNTO S

Este item corresponde a uma PL AY NO CONHECIMENTO


proposta de reflexão que pode
ser apresentada por meio de uma Professores especialistas e
frase, um trecho breve ou uma convidados, ampliando as
pergunta. discussões sobre os temas
por meio de fantásticos
podcasts.

ZO O M N O CO NHEC I M ENTO

Utilizado para desmistificar pontos INDICAÇÃO DE FIL ME

que possam gerar confusão


sobre o tema. Após o texto trazer Uma dose extra de conheci-
a explicação, essa interlocução mento é sempre bem-vinda.
pode trazer pontos adicionais que Aqui você terá indicações de
contribuam para que o estudante filmes que se conectam com
não fique com dúvidas sobre o o tema do conteúdo.
tema.

INDICAÇÃO DE L IVRO

Uma dose extra de conheci-


mento é sempre bem-vinda.
Aqui você terá indicações de
livros que agregarão muito
na sua vida profissional.

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SUMÁRIO

5UNIDADE 1

PRÓLOGO SOBRE ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS E COOPERATIVISMO . . . . . . . . . 6

COOPERATIVISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

PRINCÍPIOS E ORIGENS DO COOPERATIVISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

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UNIDADE 2

ASSOCIATIVISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

TIPOLOGIA COOPERATIVISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

95
U N I D A D E 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

COOPERATIVISMO AGROPECUÁRIO, TRANSPORTE E ESPECIAL . . . . . . . . . . . . . 96

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO, TRABALHO, PRODUÇÃO, EDUCAÇÃO, CONSUMO,


MINERAL E SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106

COOPERATIVISMO DE INFRAESTRUTURA, HABITACIONAL, TURISMO E LAZER . . 120

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TEMA DE APRENDIZAGEM 1

PRÓLOGO SOBRE ORGANIZAÇÕES


ASSOCIATIVAS E COOPERATIVISMO
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Entender a importância da lógica histórico-filosófica para compreender o


papel das cooperativas na sociedade atual;

Identificar os elementos históricos e filosóficos que levaram à formação de


organizações associativas como as cooperativas;

Compreender o poder do cooperativismo em âmbito global e sua relevância


abrangente nos setores de atuação;

Entender o modelo das cooperativas, seu modelo de formação e gestão;

Diferenciar o cooperativismo qualificado do cooperativismo instrumental.

Compreender os princípios e diretrizes do cooperativismo.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA

COOPERATIVISMO: PRINCÍPIOS, HISTÓRIA E FUNDAMENTOS

Aluno(a), você já parou para pensar que as organizações associativas e coope-


rativas surgem como uma alternativa para superar uma limitação do modelo
econômico predominante, que não é capaz de promover o desenvolvimento sus-
tentável e equitativo para todos?
Compreender e resolver essa questão é fundamental, pois a criação de coo-
perativas e organizações associativas permite o desenvolvimento de atividades
econômicas comunitárias, gerando emprego e renda para as comunidades locais.
Além disso, essas organizações estimulam a participação ativa dos associados na
gestão dos empreendimentos, promovendo a igualdade e a justiça social.
Por fim, antes de identificarmos os caminhos para a resolução do problema
apresentado inicialmente, é importante refletir sobre os desdobramentos do coo-
perativismo e das organizações associativas na sociedade, já que essas iniciativas
promovem a solidariedade, a igualdade e a justiça social, transformando a realidade
econômica e social das comunidades. Compreender a importância do seu papel
como profissional, das organizações e como elas podem contribuir para uma so-
ciedade mais justa e igualitária é fundamental para sua formação e atuação na área.


“A competição é a lei da selva, a cooperação é a lei da civilização”
(KROPOTKIN, 2009).

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1

A afirmação de Kropotkin, em destaque, afirma claramente a temática que abor-


da: o Cooperativismo e sua importância para um desenvolvimento solidário e
equitativo da sociedade. A história da humanidade é marcada por momentos de
plenitude e crise, e isso se deve à própria natureza humana.
A Teoria das Necessidades de Maslow explica as motivações que impulsionam
o processo de mudanças nos seres humanos. Em um modelo piramidal, as necessi-
dades mais básicas estão na base (fisiológicas e orgânicas), enquanto as necessidades
secundárias estão no topo (de segurança, afetivas, materiais etc.). À medida que as
necessidades mais básicas são satisfeitas, o ser humano busca atingir as necessidades
superiores. Antes de conceituar e apresentar as Organizações Associativas, é impor-
tante entender a dinâmica que permitiu sua inserção na história da humanidade.
A Figura 3 ilustra a Pirâmide das necessidades, segundo Maslow.

Desafios mais complexos, trabalho criativo,


AUTO autonomia e participação nas decisões.
REALIZAÇÃO

Ser estimado, reconhecimento, promoções


AUTO-ESTIMA e responsabilidade por resultados.

Bom clima, respeito, aceitação, interação


AFETIVO-SOCIAL com colegas, superiores, clientes etc.

Amparo legal, orientação


precisa, segurança no trabalho,
SEGURANÇA
estabilidade e remuneração.

Alimentação, moradia,
FISIOLÓGICAS conforto físico,
descanso, lazer etc.

Figura 1 - Pirâmide das necessidades - Teoria das necessidades de Maslow / Fonte: adaptada de Reeve (2019).

Descrição da Imagem: A imagem é composta por uma ilustração de pirâmide dividida em cinco partes, as quais,
de baixo para cima, estão, respectivamente, nas cores amarelo, laranja em três tons e vermelho. Na base de fundo
amarelo, está escrito ‘fisiológicas, ao seu lado direito o seguinte texto: alimentação, moradia, conforto físico,
descanso, lazer etc.’ Acima, na base de fundo laranja, está escrito segurança, ao seu lado direito o seguinte texto:
amparo legal, orientação, interação com colegas, superiores e clientes etc.’ Acima desta, outra base de fundo
laranja mais escuro, está escrito afetivo-Social, com o texto ao lado direito decorrendo: bom clima, respeito,
aceitação, interação com colegas etc.’ Acima desta, outra base de fundo laranja mais escuro ainda, temos o tema,
‘autoestima, e o seguinte texto ao lado direito: ser estimado, reconhecimento, promoções e responsabilidade por
resultado’. E no topo, a base de cor vermelha, o tema autorrealização com o seguinte texto a sua direita: ‘desafios
mais complexos, trabalho criativo, autonomia e participação nas decisões.

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UN I AS S ELV I

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

A filosofia cooperativista está mais próxima de nós do que


você imagina. Quer conhecer mais sobre o assunto? Ouça o
podcast no seu ambiente virtual de aprendizagem.

VAMOS RECORDAR?
Bem, para te ajudar e entender melhor o conteúdo deste
material, vamos recapitular, de forma simples, o modelo
do cooperativismo e seu impacto socioeconômico.
Acesse o QR Code e assista ao vídeo “Como funciona o
Cooperativismo”.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

O CAPITALISMO COMO “ESTOPIM” PARA A EVOLUÇÃO DO


COOPERATIVISMO

O capitalismo surgiu como uma resposta às limitações do modelo feudal que do-
minou a Idade Média, onde a posse de terras era o principal indicador de poder
econômico. Contudo, esse sistema gerou conflitos, exclusão e crises, o que levou à
busca por soluções, como as Cruzadas. Embora essa mobilização tenha ocupado
os excedentes populacionais, ela também gerou um problema maior: o genocídio.
Dessa forma, o capitalismo nasceu
como um modelo socioeconômico
que possibilitou a monetarização,
as trocas comerciais e o acúmulo de
reservas, tornando-se uma alternativa
mais viável para atender às necessida-
des da população em crescimento.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1

Vitral representando
a Primeira Cruzada e
Godfrey de Bouillon, na
catedral de Bruxelas.

Rei medieval francês e seus conselheiros, na


Catedral de St. Rumbold.

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UN I AS S ELV I

O vitral do Julgamento de
Salomão.

O surgimento do capitalismo como modelo socioeconômico está diretamente


ligado à queda do feudalismo. As rotas comerciais formadas no século XIV
permitiram que empreendedores prestassem serviços aos viajantes, como
alimentação, estalagem e abastecimento de mantimentos, gerando lucro e um
mercado vantajoso. Esse conceito de lucro foi importante para a mudança
de paradigma em que o poderio econômico individual passou a ser definido
pelo acúmulo de capital, em vez de terras, como era no modelo feudal. As Re-
formas Protestantes, lideradas por Martinho Lutero e João Calvino, também
contribuíram para esse novo modelo econômico, ao pregar a prosperidade e
a obtenção de lucro como sinal de predestinação para a salvação.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1

ZO O M N O CO NHEC I M ENTO

Martinho Lutero é mais conhecido por sua obra “95 Teses”, que foi a sua
principal crítica à Igreja Católica Romana e um dos catalisadores para o
início da Reforma Protestante. No entanto, sua obra mais importante é “As
Noventa e Cinco Teses sobre a Igreja e a Dispensação das Indulgências”, que
foi publicada em 1517. Esta obra é um manifesto contra a venda de indulgên-
cias e é considerada um dos marcos iniciais da Reforma Protestante.
Já João Calvino, é conhecido principalmente por sua obra “Instituição da
Religião Cristã”, que é uma exposição sistemática da teologia reformada.
Essa obra foi publicada originalmente em 1536 e é considerada a principal
obra de Calvino. Ela abrange muitos tópicos teológicos importantes, incluin-
do a doutrina da eleição, a soberania de Deus e a predestinação. Vale ressal-
tar suas leituras para compreender melhor sobre as influências na época.

E U IN D ICO

Os canais do YouTube ‘Impérios AD e Nerd-


ologia’ são referências em conteúdo cultur-
al e histórico. O streamer Thiago Braga (Im-
périos AD), se dedica a fazer vídeo história,
cultura e batalhas dos maiores impérios e
nações do mundo em animações insanas
com muito humor. Aqui, você conhecerá mais sobre o feudalismo e o período
medieval. Já com o Filipe Figueiredo (Nerdologia), eles contam a história e curi-
osidade de maneira ilustrada, prática e científica. Aqui você conhecerá mais so-
bre a revolução industrial. Acesse os vídeos para complementar seus estudos!

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UN I AS S ELV I

No final do século XVIII, durante o início da Revolução Industrial, a adoção do


modelo capitalista resultou em uma crise causada pela intensa acumulação de
capital derivada da produção em série, exploração do proletariado e capitalização
social em termos de força de trabalho e consumidores em massa. Isso levou a uma
“nação de excluídos”, em que o dinheiro se tornou o centro das atenções e Deus
ficou em segundo plano, de acordo com Michellon (2006).
Essas dinâmicas sociais continuam a afetar as pessoas hoje em dia, excluindo
muitos da competitividade em um mercado seletivo. Aqueles que possuem mais
competitividade têm vantagens para ampliar seu domínio sobre aqueles que não
conseguem competir, levando a uma exclusão ainda maior.

VOCÊ SABE RESPONDER?


Analisando esse contexto, você consegue exemplificar o momento histórico
do surgimento do cooperativismo e o por que ele tem um embasamento em
princípios de participação igualitária na sua gestão?

Caro(a) aluno(a), as perguntas apresentadas são uma oportunidade para refletir


sobre o início da sua jornada no estudo do cooperativismo e suas implicações na
sociedade. É importante considerar como os princípios cooperativistas podem
revolucionar os contextos em que são aplicados.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1

A P RO F UNDA NDO

Para comprovar a relação intrínseca entre as crises e a geração de soluções,


gostaria de apresentar uma informação adicional que complementa a nossa
discussão sobre Organizações Associativas. Em 2012, a Organização das
Nações Unidas declarou o Ano Internacional do Cooperativismo. É interessante
notar que esta ação foi tomada em meio a uma crise econômica global, que
começou em 2008 nos Estados Unidos com a crise das hipotecas. Isso mostra
que, assim como no século XIX, em que as Organizações Associativas e, em
particular, o Cooperativismo, foram soluções encontradas para minimizar os
efeitos nocivos das crises, hoje em dia as Organizações Associativas, incluindo
o Cooperativismo, são vistas como formas de combater as crises econômicas.

Como vimos, o cooperativismo é um modelo de organização que se baseia na união


de pessoas em torno de um objetivo comum. Ao longo dos anos, o cooperativismo
se consolidou como uma importante forma de organização em diversos setores da
economia, como agronegócio, indústria, comércio e serviços. No entanto, existem
diferentes modelos de cooperativismo, cada um com suas particularidades e obje-
tivos específicos. Nesse contexto, é importante compreender as diferenças entre o
cooperativismo qualificado e o cooperativismo instrumental:

O cooperativismo qualificado Já o cooperativismo


tem como objetivo principal instrumental tem como
promover o desenvolvimento dos foco principal a obtenção de
cooperados, com ênfase no seu benefícios econômicos para
crescimento pessoal e profis- os seus cooperados. Nesse
sional, por meio da participação modelo, a cooperativa é vista
ativa em todas as atividades da como uma ferramenta para a
cooperativa. A ideia é que os geração de renda e lucro para
cooperados tenham voz ativa os seus membros, que podem
nas decisões e na gestão da utilizar a organização para
cooperativa, o que resulta em obter melhores condições de
um ambiente de trabalho mais negociação com fornecedores
democrático e colaborativo. e clientes.

Assim, enquanto o cooperativismo qualificado enfatiza o desenvolvimento pessoal


e a participação ativa dos cooperados na gestão da cooperativa, o cooperativismo
instrumental prioriza a obtenção de benefícios econômicos para seus membros.
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UN I AS S ELV I

A P RO F UNDA NDO

É inegável que as Organizações Associativas são uma das soluções para a


inserção justa e solidária dos atores sociais em um mercado altamente
competitivo. Esses atores, quando associados, têm maiores condições de
enfrentar suas adversidades e alcançar seu desenvolvimento sustentável. Mas
o que são Organizações Associativas? As formas mais comuns de Organizações
Associativas são as Cooperativas, Associações e Sindicatos.

EM FOCO

Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.

NOVOS DESAFIOS
Quanto aprendizado! Apesar de o cooperativismo e o associativismo serem sempre
apresentados como uma das soluções intermediadoras, como vimos a pouco, grande
parte da população mundial ainda desconhece sua existência e real propósito.
Segundo o anuário 2022 da OCB (Organização das Cooperativas Brasilei-
ras), existem 3 milhões Cooperativas no mundo. O faturamento combinado das
300 maiores cooperativas é de US$2,18 bilhões. Ao todo, são 1 bilhão Coope-
rados, 12% da humanidade, sendo gerados 280 milhões de empregos gerados
representam 4% da população mundial.
Dessa forma, querido(a) aluno(a), podemos lhe pontuar, com certeza, que
este mercado de trabalho segue muito promissor e que o conteúdo apresentado
neste tema de aprendizagem fará com que você seja não apenas um(a) profis-
sional formado(a) em cooperativismo, mas um(a) formador(a) de opinião e
promotor(a) da filosofia cooperativista.

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VAMOS PRATICAR

1. As cooperativas são organizações autônomas e democráticas, que são formadas por


pessoas que se unem para atender as suas necessidades e aspirações comuns, por
meio de uma empresa de propriedade conjunta. Elas podem ser encontradas em diver-
sos setores, desde agricultura, finanças, até serviços de saúde e educação.

As cooperativas são uma alternativa ao modelo de negócios tradicional, que muitas


vezes é orientado pelo lucro e desconsidera os interesses dos trabalhadores e das
comunidades locais. As cooperativas, por outro lado, são dirigidas pelos seus membros
e trabalham para atender as suas necessidades e interesses.

Uma das principais vantagens das cooperativas é a sua capacidade de aumentar o


poder de negociação e reduzir os custos para os seus membros. Isso é especialmente
importante para pequenos produtores e empresários que muitas vezes enfrentam
dificuldades em competir com grandes corporações. As cooperativas permitem que
eles se unam para obter preços mais justos e melhores condições de trabalho.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativis-


mo. Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

Com base nos estudos apresentados, defina as cooperativas e suas principais vantagens.

2. O ano de 2012 foi considerado, pela Organização das Nações Unidas, como o Ano In-
ternacional do Cooperativismo. Veja: em plena crise econômica mundial (crises coadu-
nadas vindas de 2008, nos Estados Unidos, quando da problemática das hipotecas), a
ONU estabeleceu ações no sentido de fomentar o cooperativismo. Percebeu a ligação
entre os assuntos? Ficou claro que, assim como na época atual, no século XIX, as orga-
nizações associativas e, principalmente, o cooperativismo foram as saídas encontradas
para minimizar os efeitos nocivos das crises? É indiscutível que as Organizações Asso-
ciativas se apresentam como uma das soluções voltadas à inserção, justa e solidária,
dos atores sociais em um mercado extremamente competitivo.

Esses atores são associados com maiores condições de enfrentar suas adversidades
no alcance de seu protagonismo e desenvolvimento sustentável. Quais empreendi-
mentos podem ser chamados de Organizações Associativas? As formas comuns de
Organizações Associativas são: Cooperativa, Associação e Sindicato. Nas próximas
seções, discutiremos essas três formas de organização.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativis-


mo. Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

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VAMOS PRATICAR

De acordo com o texto, por que as organizações associativas surgiram? Assinale a alter-
nativa correta.

a) Para promover o desenvolvimento individual.


b) Para atender às necessidades materiais da sociedade.
c) Para promover o desenvolvimento solidário e equitativo dos diferentes estratos sociais.
d) Para atender às necessidades de segurança da sociedade.
e) Para formalizar e concentrar o poder econômico.

3. De acordo com Kropotkin (1902), "a competição é a lei da selva, a cooperação é a lei da
civilização". Esta afirmação destaca claramente a temática que aborda: o Cooperativismo
e sua importância para um desenvolvimento solidário e equitativo da sociedade. É funda-
mental compreender sua lógica histórico-filosófica e seus principais conceitos. A Teoria
das Necessidades de Maslow é relacionada à dinâmica de plenitude e crise da história da
humanidade, destacando a importância do cooperativismo para enfrentar crises sociais.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativis-


mo. Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

KROPOTKIN, P. Ajuda mútua: um fator de evolução. Rio de Janeiro: William Heinemann, 1902.

Por que a humanidade nunca atingirá um platô de estabilidade, segundo o texto?

I - Porque as necessidades humanas são infinitas e variáveis.


II - Porque as organizações associativas não são eficazes.
III - Porque a Teoria das Necessidades de Maslow não é definitiva.
IV - Porque a humanidade não tem capacidade para se estabilizar.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.

4. Para comprovar a relação intrínseca entre as crises e a geração de soluções, gostaria


de apresentar uma informação adicional que complementa a nossa discussão sobre
Organizações Associativas. Em 2012, a Organização das Nações Unidas declarou o Ano
Internacional do Cooperativismo. É interessante notar que essa ação foi tomada em

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VAMOS PRATICAR

meio a uma crise econômica global, que começou em 2008, nos Estados Unidos, com
a crise das hipotecas. Isso mostra que, assim como no século XIX, em que as Organi-
zações Associativas e, em particular, o Cooperativismo foram soluções encontradas
para minimizar os efeitos nocivos das crises, hoje em dia as Organizações Associativas,
incluindo o Cooperativismo, são vistas como formas de combater as crises econômicas.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativis-


mo. Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

Explique por que é importante compreender a lógica histórico-filosófica das organizações


associativas, segundo o texto.

5. Nem todos os empreendimentos podem ser chamados de Organizações Associativas,


pois as Organizações Associativas se apresentam como uma das soluções voltadas à
inserção, justa e solidária.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativis-


mo. Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

Refletindo sobre este tema, avalie os itens a seguir:

I - Cooperativas, ONGs e Instituições governamentais.


II - Associação, Cooperativa e Sindicato.
III - Entidades religiosas, Holding e Empresas com fins lucrativos.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) I e III.
c) II, apenas.
d) I e II.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

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MINHAS ANOTAÇÕES

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TEMA DE APRENDIZAGEM 2

COOPERATIVISMO
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Conhecer a definição legal de cooperativa e como ela se relaciona com outras aborda-
gens do tema.

Identificar o marco histórico da transferência do cooperativismo, do plano das ideias


ao plano das ações.

Entender o papel do cooperativismo, buscando uma forma alternativa de produção


que valorize o trabalho e o trabalhador.

Refletir os objetivos do SESCOOP em todo o território nacional.

Diferenciar os direitos e deveres que regem o cooperativismo no âmbito mundial.

Compreender e conhecer os principais pensadores do cooperativismo e a importância


e influência do cooperativismo no Brasil. 

Diferenciar cooperativismo qualificado do cooperativismo instrumental.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


Segundo Manfred Alfonso Dasenbrock,


Graças a sua luta e visão de mundo mais justo e igualitário, hoje
temos milhões de brasileiros em cooperativas de crédito que de-
senvolvem trabalhos de suma importância econômica e social. A
história do Sicredi tem ligação direta com a trajetória de Theodor
Amstad. Foi ele quem nos ensinou a caminhar nos fez andar e nos
deu a inspiração para continuarmos disseminando a cooperação
entre as pessoas (SISTEMA OCB/MT, 2019, on-line).

Você sabe quem é Theodor Amstad, cuja citação se refere? Este conceito apresen-
tado e seus princípios representam familiaridade para você?
Neste tema, além de compreender a fundo o surgimento do cooperativismo,
vamos entender a influência do cooperativismo no Brasil, passando pelo pionei-
rismo do Padre Theodor Amstad, bem como todas as instituições que existem
para fomentar o cooperativismo no Brasil e no mundo.
Vale ressaltar que, para compreendermos os desafios que a cultura cooperati-
vista enfrentou em toda sua estruturação até os dias atuais, devemos estar atentos
à lei que regulamenta as cooperativas, bem como entender a fundo como funcio-
na todo a sistemática da participação dos membros, seus direitos e deveres, prin-
cipais pensadores e o essencial, aprender sobre as organizações regulamentadoras.
Ao final, será de suma importância você compreender os sete princípios pri-
mordiais que regem o cooperativismo em âmbito mundial e os pensadores que
traduziram o cooperativismo em modelos que existem até os dias atuais.
Vamos buscar as respostas para nossas perguntas?

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

Já são mais de 150 anos desde a criação da primeira cooper-


ativa que foi formada por 27 homens e 1 mulher. Você sabia?
Ouça o podcast no seu ambiente virtual de aprendizagem e
aprimore ainda mais seu conhecimento.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2

VAMOS RECORDAR?
Agora vamos conhecer e nos aprofundar mais na Lei de
Cooperativas, Art. 4º da Lei nº 5.764/71, e entender sobre
sua total relevância para o cooperativismo. Acesse o QR
Code e assista ao vídeo Como funciona o Cooperativismo.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

DIFERENÇAS DO COOPERATIVISMO QUALIFICADO E


COOPERATIVISMO INSTRUMENTAL

O cooperativismo qualificado é uma forma de organização cooperativa, que


busca o desenvolvimento sustentável e a valorização dos seus cooperados, além
de promover a igualdade, a democracia e a autonomia dos seus membros. Nesse
modelo, as cooperativas são regidas pelos valores e princípios do cooperativismo,
e têm como objetivo principal melhorar a qualidade de vida dos seus associados,
bem como da comunidade em que estão inseridas.
Já o cooperativismo instrumental é uma forma mais limitada de organiza-
ção cooperativa, em que o foco está na maximização dos lucros e na utilização dos
cooperados como meros instrumentos para atingir esse objetivo. Nesse modelo,
as cooperativas podem se afastar dos valores e princípios do cooperativismo, e
acabar por explorar os seus membros em benefício próprio. Esse tipo de coope-
rativismo pode ter um impacto negativo na sociedade como um todo, ao invés
de contribuir para o seu desenvolvimento sustentável.

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UN I AS S ELV I

VOCÊ SABE RESPONDER?


Analisando esse contexto, qual é o impacto do cooperativismo na inclusão
social e no desenvolvimento sustentável em comunidades rurais e urbanas?

PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO

Os princípios do cooperativismo são pontos que buscam nortear as cooperati-


vas, independentemente do ramo de atuação, de uma forma padrão, para que a
linguagem ética seja a mesma para todos.

E U IN D ICO

Para aprofundar os conhecimentos e entender sobre os


princípios do cooperativismo, acesse o QR Code e as-
sista ao vídeo.

SISTEMA DE APOIO À EDUCAÇÃO COOPERATIVA – SESCOOP

O SESCOOP é um serviço nacional que tem como objetivo promover a cul-


tura e o aperfeiçoamento cooperativista no Brasil, por meio da educação e
formação profissional dos seus colaboradores e cooperados. Ele foi criado a
partir da autorização da Medida Provisória nº 1.715, de 1998, e é regulamen-
tado pelo Decreto nº 3.017, de 1999.
Dirigido pelo Conselho Nacional, regido pelo Presidente da OCB (Organi-
zação das Cooperativas Brasileiras), o SESCOOP é composto por representantes
do poder público e da OCB. Além disso, o SESCOOP estabelece metodologias
para a formação dos empregados, dirigentes e cooperados, colaborando com o
poder público em ações relacionadas à gestão das cooperativas.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2

promove estudos
O serviço ainda promove estudos e pesquisas rela-
e pesquisas
cionados ao desenvolvimento humano, e seus valores
relacionados ao
são baseados na fidelidade aos princípios e à doutrina desenvolvimento
cooperativista, respeito à diversidade, desenvolvimen- humano
to e valorização das pessoas, compromisso com a ino-
vação e resultados, transparência e austeridade. Seus serviços abrangem as coopera-
tivas, os cooperados, os colaboradores das cooperativas, a sociedade, a comunidade
e o Poder Executivo, por meio do apoio das políticas públicas.

IDEOLOGIA DA PARTICIPAÇÃO COOPERATIVISTA

Segundo o Gawlak e Ratzek (2007, p. 57):


“[...] a participação dos associados no empreendimento cooperativo
se dá de forma organizada e com muita responsabilidade, onde to-
dos devem assumir o papel de verdadeiros donos, tendo em mente
que a cooperativa não é uma casa de caridade, nem simplesmente
uma casa de comércio, e sim uma prestadora de serviços aos asso-
ciados, com objetivos econômicos, sociais e culturais”.

A cooperativa é resultado da partici-


pação de seus membros, por isso, tor-
na-se forte quando seus associados
assumem e usufruem de seus servi-
ços. Portanto, a participação acontece
de forma organizada, em que todos
devem assumir o papel de donos, sen-
do essa uma organização que presta
serviços aos associados com objetivos
econômicos, sociais e culturais (GA-
WLAK; RATZKE, 2007).
Dessa forma, a participação em cooperativas pode ocorrer das seguintes formas:
■ Opinar, votar e participar das Assembleias.
■ Participar da integralização de quotas.

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UN I AS S ELV I

■ Participar das operações e dos serviços prestados pela cooperativa.


■ Utilizar os serviços da cooperativa.
■ Prestar serviços.
■ Solicitar esclarecimentos ao conselho Fiscal e de Administração.
■ Oferecer sugestões.
■ Participar dos comitês educativos.

Conforme descrito na obra Cooperativismo: Primeiras lições (GAWLAK; RAT-


-ZKE, 2007), o associado de uma cooperativa passa a ser, ao mesmo tempo, dono,
cliente e fornecedor.

DONO

• Lutar pela segurança, estabilidade econômica, posição social e cultural da


cooperativa.
• Investir na diversificação dos negócios, na ampliação de seu patrimônio no
seu crescimento profissional e pessoal.
• Participar na formação do capital (integralização de quotas partes).
• Estar presente nas reuniões e assembleias para participar das decisões.
• Utilizar sua capacidade intelectual e seu conhecimento para buscar soluções
conjuntas na superação dos obstáculos.

CLIENTE

• Utilizar os serviços da cooperativa, exigindo qualidade e presteza no


atendimento.
• Utilizar os métodos e as técnicas oferecidas pela cooperativa para produzir,
com qualidade, maior quantidade e menor custo.

FORNECEDOR

• Prestar serviços, com ética e profissionalismo.


• Atender aos requisitos estabelecidos pela cooperativa, fornecendo produtos
com padrão de qualidade.

A participação do associado em uma cooperativa torna-se real quando são esta-


belecidos os direitos e deveres do quadro social, assim:

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2

DIREITOS DOS ASSOCIADOS DEVERES DOS ASSOCIADOS

• Votar em todos assuntos da assem- • Ser um associado exemplar.


bleia geral. • Operar com a cooperativa.
• Participar de todas as operações e • Participar das assembleias, opinar
de todos os serviços prestados pela e votar.
cooperativa. • Integralizar as quotas-partes em
• Solicitar esclarecimentos ao Conse- dia.
lho de Administração e ao Conselho • Respeitar as decisões tomadas,
Fiscal quando houver dúvidas. coletivamente.
• Receber as sobras na proporção • Conhecer e cumprir o estatuto,
das operações realizadas durante o os regulamentos e as normas da
exercício. cooperativa.
• Oferecer sugestões. • Saldar seus compromissos finan-
• Participar dos comitês educativos ceiros.
ou de comissões. • Zelar pelo bom nome e patrimônio
• Solicitar demissão do quadro social. da cooperativa.

Quadro 1 - Direitos e deveres dos associados / Fonte: adaptado de Gawlak e Ratzke (2007).

ORIGEM E PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO NO MUNDO E


NO BRASIL

Mundo

A cooperação existe desde os primórdios da socieda- A cooperação existe


de, constituindo-se de ações de caráter informal e as- desde os primórdios
sistemático. A sistematização da cooperação inicia-se da sociedade
a partir da pretensão de se instaurar um novo sistema
econômico e social, em reação às condições precárias de trabalho, decorrentes
do sistema capitalista que surgia em meados do século XIX (SANTOS, 2009).
Um dos principais idealizadores do cooperativismo foi Robert Owen, um
empresário inglês que, no início do século XIX, implantou uma série de medidas
em sua fábrica para melhorar as condições de trabalho de seus operários, incluin-
do a criação de escolas e moradias para os trabalhadores. Ele defendia a ideia de
que o sucesso de uma empresa não deveria ser medido apenas pelo lucro, mas
também pelo bem-estar dos trabalhadores.

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UN I AS S ELV I

Robert Owen foi um dos primeiros a propor a criação de cooperativas de pro-


dução, que seriam empresas controladas pelos próprios trabalhadores, com o
objetivo de melhorar suas condições de vida.

Foi, no entanto, na cidade de Rochdale, na Inglaterra, que nasceu a primeira


cooperativa moderna, em 1844. Um grupo de tecelões decidiu se unir para criar
uma cooperativa de consumo, em que os membros teriam acesso a produtos
de qualidade a preços mais baixos. A cooperativa de Rochdale foi a primeira a
estabelecer princípios que se tornaram fundamentais para o cooperativismo e
são seguidos até os dias atuais.
No ano de 1895, foi fundada a Aliança Cooperativa Internacional (ACI).
Uma organização que tem como objetivo principal fortalecer e unificar o movi-
mento cooperativista global, promovendo a cooperação entre as organizações e
membros, compartilhando informações e conhecimentos sobre cooperativismo
e defendendo os interesses dos cooperados e do movimento cooperativo em âm-
bito internacional. Até dezembro de 2021, a Aliança Cooperativa Internacional
(ACI) tinha 318 organizações em 111 países.

BRASIL

No Brasil, o cooperativismo teve


início no final do século XIX,
com a chegada do padre suíço
Theodor Amstad, que fun-
dou a primeira coopera-
tiva de crédito do país,
em 1902, a Cooperativa de
Crédito Rural de Nova Petró-
polis, no Rio Grande do Sul. Ams-
tad foi um importante propagador dos valores
e princípios cooperativistas no Brasil e em outros
países da América Latina. Ele acreditava que as
cooperativas eram a solução para os problemas en-
frentados pela classe trabalhadora e para promover o
desenvolvimento econômico e social.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2

A partir da fundação da Cooperativa de Crédito Rural de Nova Petrópolis, outras


cooperativas foram criadas em diferentes regiões do Brasil, principalmente no sul
do país. No entanto, o movimento cooperativista só ganhou força no Brasil a partir
da década de 1950, quando foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), que se tornou uma importante representante do cooperativismo no país.

E U IN D ICO

Para você se aprofundar ainda mais sobre história e criação


do padre Theodor Amstad e conhecer como foi o desafio em
criar a primeira cooperativa no Brasil, acesse o QR Code e
assista ao vídeo “Como funciona o Cooperativismo”.

Existiram diversos pensadores e idealizadores do cooperativismo ao longo da


história. Dentre os mais importantes, destacam-se:

Foi um empresário e reformador social britânico que fundou


a primeira cooperativa bem-sucedida na cidade de Rochdale,
Inglaterra, em 1844. Ele defendia a ideia de que os traba-
ROBERT
lhadores deveriam ter maior participação no controle das
OWEN:
empresas, e, assim, criou um modelo cooperativista que tinha
como objetivo a melhoria das condições de vida e trabalho
dos trabalhadores.

Filósofo e teórico social francês que desenvolveu a teoria do


falanstério, uma comunidade utópica baseada na cooperação
CHARLES
e na propriedade coletiva. Fourier defendia a ideia de que a
FOURIER:
cooperação era a chave para a criação de uma sociedade
justa e igualitária.

Clérigo anglicano que criou a primeira sociedade cooperativa


em Brighton, na Inglaterra, em 1828. King defendia a ideia
WILLIAM KING: de que a cooperação poderia ser uma alternativa ao sistema
capitalista, e sua ideia de cooperativismo se baseava na união
de pessoas para a compra em comum de bens de consumo.

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UN I AS S ELV I

Foi um líder político alemão que criou a primeira cooperativa de


crédito em 1864. Ele defendia a ideia de que a pobreza e a falta
de acesso a crédito eram problemas que poderiam ser resolvi-
FRIEDRICH
dos por meio da cooperação. O modelo de cooperativismo de
RAIFFEISEN:
crédito proposto por Raiffeisen consistia na criação de institui-
ções financeiras que ofereciam empréstimos a juros baixos aos
membros da cooperativa.

Político francês, defendia a ideia de que a cooperação poderia ser


LÉON uma alternativa ao capitalismo. Propôs a criação de um sistema
BOURGEOIS: cooperativista que envolvesse tanto a produção quanto o consu-
mo, e que fosse capaz de competir com o sistema capitalista.

Religioso suíço que veio para o Brasil em 1900 e fundou a pri-


PADRE PIERRE
meira cooperativa de crédito do país, em Nova Petrópolis, Rio
JOSEPH
Grande do Sul. Ele se inspirou nos ideais do cooperativismo de
MARIE LOUIS
Friedrich Raiffeisen, que defendia a criação de cooperativas de
AMÉDÉE
crédito para ajudar agricultores pobres a obter empréstimos
JULES
para suas atividades produtivas. O modelo de cooperativismo
AMSTALDEN
de crédito de Padre Amstad se espalhou por todo o país, e hoje
(PADRE
as cooperativas de crédito são um importante instrumento de
AMSTAD):
inclusão financeira no Brasil.

EM FOCO

Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.

NOVOS DESAFIOS
Agora que já conhecemos a história do cooperativismo e, da história do coo-
perativismo, seus pensadores, e recordamos os princípios cooperativistas, você
consegue compreender quanta oportunidade aguarda os profissionais que serão
formados nessa área de atuação? Te convido a reler o material, bem como ver os
vídeos sugeridos, sempre que tiver alguma dúvida sobre o movimento coopera-
tivo, para absorver ainda mais essa filosofia. E, também, te desafio a verificar se
existe alguma cooperativa em sua cidade ou região e qual o segmento de atuação.
Assim, você vivenciará na prática tudo o que aprendeu neste tema.

2
2
VAMOS PRATICAR

1. O cooperativismo é definido pela International Cooperative Alliance como a união formal


de indivíduos com o objetivo de alcançar objetivos comuns baseados em valores e ideais
democráticos, tendo como foco principal as pessoas e seus princípios fundamentais,
como democracia, igualdade, solidariedade e responsabilidade social. Existem várias
definições do termo cooperativismo na literatura especializada, que variam conforme
a época e o viés doutrinário em que foram elaboradas. O conceito mais próximo dos
principais elementos encontrados nas definições é o de Cardoso (2009), que descreve o
cooperativismo como a associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente
para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por
meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido.

“[...] associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer as-
pirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um em-
preendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido” (CARDOSO, 2009, p. 5).

CARDOSO, U. C. Cooperativa. 2. ed. Brasília: Sebrae, 2009. (Série Empreendimentos Coletivos).

2. Existem diversos pensadores e idealizadores do cooperativismo ao longo da história.


Dentre os mais importantes, destacam-se: Robert Owen, Charles Fourier, William King,
Friedrich Raiffeisen, Léon Bourgeois, Padre Pierre Joseph Marie Louis Amédé e Jules
Amstalden (Padre Amstad).

A HISTÓRIA do padre Theodor Amstad: o patrono do cooperativismo. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo
(1h04min). Publicado pelo canal MundoCoop. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?-
v=ejQ4q-SbTvw. Acesso em: 24 maio 2023.

Quem foi o pensador que até os dias atuais é considerado o “pai do cooperativismo” e
quem criou a primeira cooperativa bem-sucedida em Rochdale, em 1844. Identifique e
assinale a alternativa correta.

a) Padre Amstad.
b) Charles Fourier.
c) Robert Owen.
d) Friedrich Raiffeisen.
e) Friedrich Raiffeisen.

3. Os direitos e deveres dos cooperados são definidos pela legislação específica de cada
país, bem como pelas normas e estatutos de cada cooperativa. Em geral, os direitos dos

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VAMOS PRATICAR

cooperados incluem o direito de participar nas assembleias, de votar e ser votado para
os cargos da cooperativa, de receber uma parte dos resultados da cooperativa, de uti-
lizar os serviços da cooperativa e de participar na gestão democrática da cooperativa.

Por outro lado, os deveres dos cooperados incluem contribuir para o capital social da
cooperativa, utilizar os serviços da cooperativa de forma responsável e ética, cumprir
com as obrigações financeiras assumidas com a cooperativa, respeitar as decisões
tomadas em assembleias e participar ativamente da vida da cooperativa, colaborando
para o seu fortalecimento e desenvolvimento.

GAWLAK, A; RATZKE, F. Cooperativismo: primeiras lições. 3. ed. Brasília: Sescoop, 2007.

Direitos e deveres são propostos para a civilização desde os primórdios, com o intuito de
que haja uma coerência e harmonia na existência de uma comunidade. Eles são emba-
sados em regras e liberdades que as pessoas têm de cumprir. No cooperativismo não é
diferente, pois o cooperado deve seguir algumas normas para fazer parte da cooperativa,
bem como para não ser desligado.

Seguindo esta premissa sobre direitos, leia as afirmativas:

I - Votar em todos os assuntos da assembleia geral.


II - Participar esporadicamente das assembleias, opinar e votar.
III - Solicitar esclarecimentos ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal quando
houver dúvidas.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.

4. Conforme descreve o livro Cooperativismo: primeiras lições (GAWLAK; RATZKE, 2007), o


associado de uma cooperativa passa a ser, ao mesmo tempo, dono, cliente e fornecedor.

GAWLAK, A; RATZKE, F. Cooperativismo: primeiras lições. 3. ed. Brasília: Sescoop, 2007.

Com base no texto estudado, assinale a alternativa que representa a característica prin-
cipal do cooperado como dono.

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VAMOS PRATICAR

a) Utilizar os serviços da cooperativa, exigindo qualidade e presteza no atendimento.


b) Lutar pela segurança, estabilidade econômica, posição social e cultural da cooperativa.
c) Prestar serviços com ética e profissionalismo.
d) Não participar na formação do capital (integralização de quotas partes).
e) Estar presente nas reuniões e assembleias de forma esporádica para participar das
decisões.

5. O Sescoop é um serviço nacional que tem como objetivo promover a cultura e o aper-
feiçoamento cooperativista no Brasil, por meio da educação e formação profissional
dos trabalhadores e cooperados das cooperativas. Ele foi criado a partir da autorização
da Medida Provisória nº 1.715, de 1998 e é regulamentado pelo Decreto nº 3.017, de
1999. O Sescoop é dirigido pelo Conselho Nacional, que é presidido pelo Presidente da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e é composto por representantes do
poder público e da OCB.

Além disso, o Sescoop estabelece metodologias para a formação dos empregados, diri-
gentes e cooperados das cooperativas, colaborando com o poder público em ações rela-
cionadas à gestão das cooperativas. O serviço promove estudos e pesquisas relaciona-
dos ao desenvolvimento humano e seus valores são baseados na fidelidade aos princípios
e à doutrina cooperativista, respeito à diversidade, desenvolvimento e valorização das
pessoas, compromisso com a inovação e resultados, transparência e austeridade. Seus
serviços abrangem as cooperativas, os cooperados, os colaboradores das cooperativas,
a sociedade, a comunidade e o Poder Executivo, por meio do apoio das políticas públicas.

SISTEMA OCB. Anuário do cooperativismo brasileiro 2019. Brasília: Sistema OCB – CN-COOP,
OCB, Sescoop, 2019.

O Sescoop foi criado a partir da autorização da Medida Provisória nº 1.715, de 1998. Ele
é dirigido pelo Conselho Nacional, que é presidido pelo Presidente da Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB) e é composto por representantes do poder público e da
OCB. Sua criação vem envolto de um principal objetivo. Com relação a esse objetivo,
assinale a alternativa correta.

a) Fornecer serviços médicos aos trabalhadores e cooperados das cooperativas.


b) Fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas nas cooperativas.
c) Promover a cultura e aperfeiçoamento do futebol no Brasil.
d) Auxiliar o poder público em ações relacionadas ao meio ambiente.
e) Promover a cultura e o aperfeiçoamento cooperativista no Brasil.

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MINHAS ANOTAÇÕES

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TEMA DE APRENDIZAGEM 3

PRINCÍPIOS E ORIGENS DO
COOPERATIVISMO
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Aprender detalhadamente o surgimento das organizações cooperativas;

Compreender a evolução dos princípios cooperativistas;

Diferenciar os termos cooperativismo e associativismo;

Refletir sobre os “lucros” de uma cooperativa;

Conhecer as Organização das Entidades Cooperativas.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


Neste tema, vamos abordar o cooperativismo e sua relação com o desenvolvimento
profissional dos estudantes. Você sabia que a história e os princípios do cooperati-
vismo surgiram no século XIX, como uma forma dos trabalhadores superarem
a exclusão social e econômica? A Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale
Ltda, na Inglaterra, foi uma das organizações pioneiras nesse movimento.
Com o passar do tempo, os princípios cooperativistas evoluíram, incluindo a
adesão voluntária, a participação econômica e a geração do conhecimento, con-
tribuindo para a educação dos trabalhadores e o desenvolvimento econômico. As
cooperativas também exerceram um papel importante na disseminação de infor-
mações e experiências em diferentes níveis hierárquicos, permitindo a atualização
dos princípios cooperativistas e o progresso das sociedades em todo o mundo.
Aqui, além de explorar a evolução do cooperativismo, discutiremos suas
diferenças em relação ao associativismo e os desafios enfrentados pelas entida-
des associativas, tornando o tema mais próximo e relevante para a realidade dos
estudantes em seu processo de desenvolvimento profissional.

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

A hierarquia do cooperativismo é fundamental para a edu-


cação cooperativista e para que toda a cultura seja repassa-
da ao longo dos anos. Por isso, te convido a ouvir o podcast
e aprofundar ainda mais sobre este tema. Acesse o QR Code
e assista ao vídeo.

VAMOS RECORDAR?
Agora vamos entender um pouco mais como essa acon-
tece essa distinção de lucros para as empresas tradicio-
nais e para cooperativas. Acesse o QR Code e assista ao
vídeo Como funciona o Cooperativismo.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

O COOPERATIVISMO COMO EMPREENDIMENTO

Como já mencionado anteriormente, a organização da economia global exigiu


alternativas de organização social para integrar atores sociais marginalizados
pelos modelos econômicos e produtivos tradicionais. Nesse sentido, segundo o
anuário do Cooperativismo 2022 (ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRA-
SILEIRO, 2022), as cooperativas se apresentam como uma das alternativas mais
avançadas de organização social. Atualmente, existem mais de 3 milhões de coo-
perativas em todo o mundo, atuando em diferentes segmentos e correspondendo
às necessidades e desafios da classe trabalhadora. A geração de emprego e renda
pode ser considerada a meta do processo cooperativista.
Embora não exista uma base metodológica consolidada ou uma teoria so-
cial específica que sustente a criação de uma cooperativa, é importante destacar
que as noções de mutualidade, união de esforços, solidariedade e associação
entre pessoas, considerando objetivos comuns e justiça social, são elementos
fundamentais do ideal cooperativista.

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UN I AS S ELV I

Dessa forma, podemos afirmar que a cooperação é um método ou uma


ação baseada na igualdade de direitos, unindo pessoas que possuem inte-
resses comuns e que vislumbram, na criação do empreendimento chamado
cooperativa, uma possibilidade de atender as suas aspirações e necessidades.
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) define:


“Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se
unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades
econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma em-
presa de propriedade coletiva e democraticamente gerida (ACI,
1995 apud ANDRADE, [s. d.], [s. p.]).”

Ademais, vale também destacar a definição da Organização das Cooperativas


Brasileiras que enfatiza que uma cooperativa é


“uma sociedade de, no mínimo, (20) pessoas físicas, com um
interesse em comum, economicamente organizada de forma
democrática, isto é, com a participação livre e igualitária dos
cooperantes, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos” (AN-
DRADE, [s. d.], [s. p.]).

Portanto, como já aprendemos anteriormente, uma cooperativa deve ter um


mínimo de vinte cooperantes ou associados para ser legalmente validada
como um empreendimento solidário. Esses cooperantes devem aderir vo-
luntariamente e participar ativamente do processo de gestão da coopera-
tiva, além de seguir os valores éticos e demonstrar atributos que permitam
sua plena convivência social, como transparência, responsabilidade social e
preocupação com o próximo.
Além de compreender a caracterização do cooperativismo, da cooperativa
e do cooperado, é essencial ter amplo conhecimento dos princípios básicos do
cooperativismo. Esses princípios são ilustrados, comparativamente, de acordo
com a base conceitual, por meio de um quadro, como demonstrado a seguir:

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3

TEXTOS DE CONGRESSO ACI


CONGRESSO ACI - 1966
ROCHDALE - 1937

Adesão Livre. Adesão livre. Adesão livre (social, política e racial).

Distribuição de sobras e do político


em geral: a) ao desenvolvimento
Gestão Gestão
da cooperativas. b) aos serviços
Democrática. democrática
comuns. c) aos associados “pró-
rata” das operações.

Retorno “pró-
Retorno “pró-rata”
rata” das Taxa limitada de juros ao capital.
das operações
operações

Juros Limitados ao Juros limitados


Taxa limitada de juros ao capital.
capital ao capital

Constituição de um fundo para


Vendas a
Vendas a dinheiro. educação dos cooperados e do
dinheiro
público em geral.

Desenvolvimento
Educação dos Ativação de um fundo em plano
da educação em
membros. local, nacional e internacional.
todos os níveis

Neutralidade
Cooperativização Neutralização política religiosa e
política, religiosa
global. racial.
e racial

Quadro 1 - Comparativo entre os princípios cooperativistas em função da base conceitual


Fonte: adaptado de Andrade ([s. d.]).

Ainda que já tenhamos mencionado alguns princípios cooperativistas ao longo


deste tema, é importante lembrar que as cooperativas têm objetivos de lucro,
entre aspas, porque o lucro não é a sua finalidade principal. Embora seja uma
empresa que precisa sobreviver no mercado, a gestão e as atividades devem visar
a um equilíbrio positivo entre custos e receitas. Se houver um saldo positivo, este
é distribuído aos cooperados de acordo com sua participação e investimento na
cooperativa, na forma de sobras.

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UN I AS S ELV I

É facultado à cooperativa decidir de forma democrática como destinar essas


sobras. Além de serem distribuídas aos cooperados, elas podem ser destinadas a
fundos de investimento para expandir as atividades da cooperativa e atender aos
seus princípios, fornecendo serviços de qualidade aos cooperados. Muitas vezes,
as sobras são destinadas a fundos para educação, formação e informação de seus
membros. Os fundos também podem ser usados para políticas de responsabilida-
de social, demonstrando a preocupação da cooperativa e do cooperativismo com
as sociedades em que atuam. Além disso, os princípios educacionais mencionados
anteriormente enfatizam a importância da cooperação entre os membros e a
comunidade em geral.
Embora as cooperativas se assemelhem a empresas, elas têm características
que as distinguem de outras organizações, como associações ou empresas mer-
cantis. Para entender as diferenças entre essas entidades, recomendamos a leitura
atenta do quadro a seguir.

ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA EMPRESA MERCANTIL

É uma sociedade
É uma sociedade
É uma união de pessoas simples, regida por
empresária.
legislação específica.

Objetivo principal é a
Objetivo sem fins prestação de serviços Objetivo principal é o
econômicos. econômicos ou lucro.
financeiros.

Número ilimitado de
Número ilimitado de Número ilimitado ou não
associados, salvo
associados. de acionistas.
incapacidade técnica.

Cada pessoa tem um Cada pessoa tem um Voto proporcional ao


voto. voto capital

Assembleias: quórum é Assembleias: quórum é


Assembleias: quórum é
baseado no número de baseado no número de
baseado no capital.
associados. associados.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3

ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA EMPRESA MERCANTIL

Não é permitida a
transferência das
Não tem quotas de Transferências das
quotas-partes a
capital. ações a terceiros.
terceiros, estranhos à
sociedade.

Retorno dos excedentes


Lucro proporcional ao
Não gera excedentes. proporcionais ao volume
capital.
das operações.

Quadro 2 - Diferenças entre Associação, Cooperativa e Empresa Mercantil / Fonte: adaptado de Andrade ([s. d.]).

De forma geral, podemos perceber a diferença entre uma empresa mercantil e ou-
tras formas de organizações associativas por meio do quadro anterior. A empresa
mercantil trabalha com o conceito acionário, onde o poder de decisão é definido
pelo grau de investimento feito por um acionista, e o lucro é o objetivo principal.
Já em uma cooperativa, a eficiência dos serviços prestados é o foco principal, e as
sobras são distribuídas entre os cooperados de acordo com seu grau de participação
e investimento na cooperativa. Além disso, apenas cooperados podem participar da
cooperativa, não permitindo a transferência de cotas para terceiros não cooperados,
garantindo o ideário cooperativo como ênfase. Por outro lado, em uma empresa
mercantil, é permitida a transferência das cotas de ações a elementos exógenos, o
que destaca o ideário do capital em detrimento do ideário cooperativo.

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UN I AS S ELV I

VOCÊ SABE RESPONDER?


Como se dividem as cooperativas em sua hierarquia. Quais os ramos de
atuação que mais cresce no Brasil. E qual o significado de lucro para as
cooperativas?

ORGANIZAÇÃO DAS ENTIDADES COOPERATIVAS

O cooperativismo é uma prática que se organiza em diferentes níveis hierárqui-


cos ao redor do mundo. No topo dessa hierarquia, encontra-se a Aliança Coo-
perativa Internacional – ACI, fundada em Londres em 1895, que atualmente
conta com sede em Genebra, Suíça e possui no total mais de 328 organizações,
distribuídas entre 112 países, que são membros da ACI. Elas são cooperativas
internacionais e nacionais, dos mais variados setores da economia — agricul-
tura, consumo, saúde, habitação, financeiro etc.
Na América, a organização supranacional filiada à ACI é a Organização das Coo-
perativas da América (OCA), que possui vinte países filiados e sede em San José,
capital da Costa Rica. Já em âmbito nacional, a máxima representação cooperativista
no Brasil fica por conta da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), fundada
em 1969 a partir do VI Congresso Brasileiro de Cooperativismo. A OCB, juntamente
com a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) e o Serviço Nacional de
Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP), compõem o Sistema OCB e defi-
nem estratégias para consolidar e elevar o cooperativismo brasileiro à excelência.

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

O Sistema de Cooperativas de Crédito (Ailos) é um sistema


cooperativo de crédito brasileiro formado por 13 cooperati-
vas singulares – que somam mais de um milhão de coop-
erados distribuídos no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, além de uma cooperativa central. Eles possuem um
blog muito bem estruturado para educação cooperativista,
bem como um artigo envolto da AIC. Acesse o QR Code para
conhecer o blog!

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3

É importante res-
saltar que cada coope-
rativa é responsável por
sua gestão de forma in-
dependente, de acordo
com o princípio da Au-
tonomia e Autogestão,
mesmo que exista uma
relação de filiação entre
as cooperativas e suas
organizações represen-
tativas. Além disso, a
hierarquia interna de
a hierarquia interna
uma cooperativa é de-
de uma cooperativa
finida pela Assembleia
é definida pela
Assembleia Geral, Geral, a gestão, nessa
assembleia, é democrá-
tica (um cooperado, um
voto), de maneira que os temas discutidos são deliberados de acordo com a
maior votante, por meio das:
a) Assembleias Gerais Ordinárias: realizadas uma vez por ano, no de-
correr dos três primeiros meses, após o término do exercício social, me-
diante a publicação de Edital que deve mencionar a pauta da reunião.
Geralmente, na AGO, realizam-se discussões sobre a prestação de conta
dos órgãos administrativos, acompanhada do parecer documentado do
Conselho Fiscal, discussões sobre a destinação das sobras ou rateio de
perdas, sobre a eleição e posse dos componentes da Diretoria e do Con-
selho Fiscal para o novo exercício social e outros assuntos que sejam de
interesse dos cooperados.
b) Assembleias Gerais Extraordinárias: realizadas sempre que necessário,
mediante a publicação de Edital que deve mencionar a pauta da reunião.
Geralmente, trata-se, na AGE, da reforma do Estatuto Social, fusões, in-
corporações ou desmembramento de cooperados, mudanças de objetivos
da sociedade, dissoluções voluntárias e nomeação do liquidante e, ainda,
a discussão das contas do liquidante.

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UN I AS S ELV I

Além das referidas assembleias, vale destacar o papel da Diretoria, também


chamada Conselho de Administração. Em termos administrativos, trata-se
do órgão superior da cooperativa, eleito por meio de Assembleia Geral e com
prazo de mandato conforme o estabelecido no Estatuto Social. Seus membros
são cooperados em gozo de seus direitos sociais definidos no Estatuto Social e
sua função primordial é decidir os assuntos de interesse da cooperativa diante
de seus dispositivos legais.
Para auxiliar no processo administrativo e nas questões financeiras, obser-
va-se a existência do Conselho Fiscal, constituído por três membros efetivos e
três suplentes, os quais têm a função de fiscalizar a Diretoria em suas ações e
estabelecer os rumos para a utilização dos recursos da cooperativa. Semelhan-
te à Diretoria, seu prazo de gestão é de acordo com o mandato estabelecido
no Estatuto, e a eleição dos conselheiros se dá por meio da AGO.
Mesmo que existam órgãos colegiados de gestão e de fiscalização, é de
responsabilidade de todos os cooperantes conhecer, praticar e aperfeiçoar
seus direitos, deveres e responsabilidade junto à cooperativa. Isso garante o
obedecimento ao princípio de autogestão cooperativa. São direitos e deveres
dos cooperantes:

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3

OS DIREITOS DO COOPERANTE:

• Utilizar os serviços prestados pela cooperativa.

• Tomar parte nas Assembleias Gerais, discutindo e votando os assuntos que


nelas forem tratados.

• Propor ao Conselho de Administração e às Assembleias, as medidas que julgar


conveniente ao interesse do quadro social.

• Efetuar, com a cooperativa, as operações que forem programadas.

• Obter, durante os 30 dias que antecedem a Assembleia Geral, informações a


respeito da situação financeira da cooperativa, bem como sobre os balanços e
demonstrativos.

• Votar e ser votado para os cargos no Conselho de Administração e Conselho Fiscal.

• No caso de desligamento da cooperativa, retirar o capital, conforme estabelece


o Estatuto Social.

OS DEVERES DO COOPERANTE:

• integralizar as quotas-partes de capital;

• operar com a cooperativa;

• observar o estatuto social da cooperativa;

• cumprir fielmente os compromissos em relação à cooperativa;

• respeitar as decisões da assembleia geral e do conselho diretor;

• cobrir sua parte, quando forem apuradas perdas no fim do exercício;

• participar das atividades desenvolvidas pela cooperativa (ANDRADE, [s. d.]).

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UN I AS S ELV I

EM FOCO

Confira a aula referente a este tema, acesse o conteúdo da disciplina.

NOVOS DESAFIOS
Espero que nosso conteúdo tenha esclarecido a parte tangível do conhecimento
acerca do cooperativismo, enquanto organização associativa, que tem como
objetivo o desenvolvimento sustentável dos cooperados, seres humanos, pro-
tagonistas de seus caminhos. Além disso, espero ter instigado você a pensar
em como atuar como futuro(a) Gestor(a) de Cooperativas, lembrando que ao
trabalhar com cooperativas, trabalhará com seres humanos com suas expecta-
tivas, saberes e culturas diferenciadas.
Este material não é
definitivo e não reúne
todo o conhecimento
sobre o tema em uma
única obra, pois o coo-
perativismo é uma atitu-
de empreendedora que
se encontra no cerne da
humanidade. Portanto,
sugiro que busque outros
materiais para aprofun-
dar seus conhecimentos
sobre o Cooperativismo
para ser um(a) profissio-
nal formado(a) e bem in-
formado(a), o que é chave
para o desenvolvimento
sustentável. Ao final des-
te tema, você encontrará
sugestões de materiais
extras para acompanhar.

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VAMOS PRATICAR

1. A história e os princípios do cooperativismo são o foco da nossa segunda unidade. No


século XIX, os trabalhadores se organizaram em cooperativas para superar a exclusão
social e econômica. A Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale Ltda. foi uma das or-
ganizações que impulsionou esse movimento na Inglaterra. Com o passar das décadas,
os princípios cooperativistas evoluíram, incluindo a adesão voluntária, a participação
econômica e a geração do conhecimento. As cooperativas também exerceram um
papel importante na educação dos trabalhadores e na promoção do desenvolvimen-
to econômico. A hierarquia das cooperativas, que inclui organizações em nível local,
estadual, federal, macrorregional e mundial, permite a disseminação de informações
e experiências para a atualização dos princípios cooperativistas e o progresso das
sociedades em todo o mundo. Nesta unidade, além de explorar a evolução do coope-
rativismo, também discutiremos suas diferenças em relação ao associativismo e os
desafios enfrentados pelas entidades associativas.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.


Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

Qual foi o papel das cooperativas na promoção do desenvolvimento econômico e na


educação dos trabalhadores ao longo das décadas? E como a hierarquia das cooperativas
permite a disseminação de informações e experiências para atualização dos princípios
cooperativistas e progresso das sociedades em todo o mundo? Explique.

2. A hierarquia do cooperativismo começa com as cooperativas de base, que são as uni-


dades locais formadas pelos cooperados, ou seja, os membros da cooperativa. Essas
cooperativas são responsáveis pela produção ou fornecimento de produtos e serviços
para seus cooperados.

As cooperativas de base são vinculadas a organizações de segundo grau, como as fe-


derações estaduais, que têm como função apoiar e orientar as cooperativas de base em
questões administrativas, financeiras e técnicas. As federações estaduais, por sua vez,
são vinculadas às confederações, que representam as cooperativas em nível nacional.

Além disso, as cooperativas também podem se filiar a organizações internacionais,


como a Aliança Cooperativa Internacional, que é responsável por promover o coope-
rativismo em todo o mundo.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.


Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

Qual é o objetivo da hierarquia do cooperativismo mencionada no texto? Assinale a al-


ternativa correta.

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VAMOS PRATICAR

a) Estabelecer uma relação de subordinação entre as cooperativas.


b) Fortalecer o movimento cooperativista como um todo.
c) Restringir a autonomia das cooperativas.
d) Diminuir a disseminação dos valores e princípios do cooperativismo.
e) Limitar a capacitação dos cooperados.

3. A ACI (Aliança Cooperativa Internacional) é uma entidade que une, atende e repre-
senta as cooperativas ao redor do mundo. Trata-se de uma das organizações não
governamentais mais antigas — fundada em 1895 — e maiores, segundo o número de
representados: 1 bilhão de cooperados. Nesse sentido, é o órgão máximo que repre-
senta as cooperativas, que são cerca de 3 milhões no planeta. Assim, a ACI oferece
uma voz global e um espaço de conhecimento, experiência e ação coordenada para e
sobre as cooperativas.

AILOS. Aliança Cooperativa Internacional (ACI): o que é e qual a sua importância para o cooperati-
vismo. AILOS, [s. l.], 9 set. 2022. Disponível em: https://blog.ailos.coop.br/cooperativismo/alianca-
-cooperativa-internacional/. Acesso em: 24 maio 2023.

Nesse sentido, é o órgão máximo que representa as cooperativas, que são cerca de 3
milhões no planeta. Sobre os órgãos reguladores do cooperativismo, suas divisões e
hierarquia, analise as asserções a seguir:

I - Órgãos reguladores: OCB e SESCOOP; Divisão: Cooperativas de Produção, de Consu-


mo, de Crédito e de Serviços; Hierarquia: Cooperativa Singular, Cooperativa Central
e Federação.
II - Órgãos reguladores: SEBRAE e ANEEL; Divisão: Cooperativas de Produção, de Con-
sumo, de Crédito e de Serviços; Hierarquia: Cooperativa Singular, Cooperativa Central
e Federação.
III - Órgãos reguladores: CVM e CADE; Divisão: Cooperativas de Produção, de Consu-
mo, de Crédito e de Serviços; Hierarquia: Cooperativa Singular, Cooperativa Central
e Confederação.
IV - Órgãos reguladores: OCB e SESCOOP; Divisão: Cooperativas de Trabalho, de Consu-
mo, de Crédito e de Serviços; Hierarquia: Cooperativa Singular, Cooperativa Central
e Confederação.
V - Órgãos reguladores: SEBRAE e ANEEL; Divisão: Cooperativas de Trabalho, de Consu-
mo, de Crédito e de Serviços; Hierarquia: Cooperativa Singular, Cooperativa Central
e Confederação.

É correto o que se afirma em:

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VAMOS PRATICAR

a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) II, IV e V.
e) V, apenas.

4. É importante ressaltar que cada cooperativa é responsável por sua gestão de forma
independente, de acordo com o princípio da Autonomia e Autogestão, mesmo que
exista uma relação de filiação entre as cooperativas e suas organizações representa-
tivas. Além disso, a hierarquia interna de uma cooperativa é definida pela Assembleia
Geral, a gestão, nesta assembleia, é democrática (um cooperado, um voto), de maneira
que os temas discutidos são deliberados de acordo com a maior votante, por meio das:

a) Assembleias Gerais Ordinárias.


b) Assembleias Gerais Extraordinárias.

Além das referidas assembleias, vale destacar o papel da Diretoria, também chamada
Conselho de Administração. Em termos administrativos, trata-se do órgão superior da
cooperativa, eleito por meio de Assembleia Geral e com prazo de mandato conforme o
estabelecido no Estatuto Social. Seus membros são cooperados em gozo de seus di-
reitos sociais definidos no Estatuto Social e sua função primordial é decidir os assuntos
de interesse da cooperativa diante de seus dispositivos legais.

Para auxiliar no processo administrativo e nas questões financeiras, observa-se a exis-


tência do Conselho Fiscal, constituído por três membros efetivos e três suplentes, os
quais têm a função de fiscalizar a Diretoria em suas ações e estabelecer os rumos para
a utilização dos recursos da cooperativa. Semelhante à Diretoria, seu prazo de gestão
é de acordo com o mandato estabelecido no Estatuto, e a eleição dos conselheiros se
dá por meio da AGO.

Mesmo que existam órgãos colegiados de gestão e de fiscalização, é de responsabili-


dade de todos os cooperantes conhecer, praticar e aperfeiçoar seus direitos, deveres
e responsabilidade junto à cooperativa. Isso garante o obedecimento ao princípio de
autogestão cooperativa.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.


Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

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VAMOS PRATICAR

Sendo a Assembleia Geral o órgão máximo dentro de uma cooperativa, responsável pela
fiscalização da Diretoria em uma cooperativa, qual é o seu principal papel de execução?
Assinale a alternativa correta:

a) Decidir os assuntos de interesse da diretoria, sem a necessidade de participação dos


cooperados.
b) Auxiliar no processo administrativo e nas questões financeiras.
c) Fiscalizar cada cooperado e a Diretoria em suas ações e estabelecer os rumos para a
utilização dos recursos da cooperativa.
d) Eleger os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal para o novo exercício social, sem
a necessidade de eleição.
e) Realizar discussões sobre a destinação das sobras ou rateio de perdas.

5. Além das referidas assembleias, vale destacar o papel da Diretoria, também chamada
Conselho de Administração. Em termos administrativos, trata-se do órgão superior da
cooperativa, eleito por meio de Assembleia Geral e com prazo de mandato conforme o
estabelecido no Estatuto Social. Seus membros são cooperados em gozo de seus di-
reitos sociais definidos no Estatuto Social e sua função primordial é decidir os assuntos
de interesse da cooperativa diante de seus dispositivos legais.

Para auxiliar no processo administrativo e nas questões financeiras, observa-se a exis-


tência do Conselho Fiscal, constituído por três membros efetivos e três suplentes, os
quais têm a função de fiscalizar a Diretoria em suas ações e estabelecer os rumos para
a utilização dos recursos da cooperativa. Semelhante à Diretoria, seu prazo de gestão
é de acordo com o mandato estabelecido no Estatuto, e a eleição dos conselheiros se
dá por meio da AGO.

Mesmo que existam órgãos colegiados de gestão e de fiscalização, é de responsabili-


dade de todos os cooperantes conhecer, praticar e aperfeiçoar seus direitos, deveres
e responsabilidade junto à cooperativa. Isso garante o obedecimento ao princípio de
autogestão cooperativa. São direitos e deveres dos cooperantes:
MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.
Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

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VAMOS PRATICAR

Os cooperados em gozo de seus direitos sociais definidos no Estatuto Social tem como
função primordial decidir, por meio de Assembleia Geral, os assuntos de interesse da
cooperativa diante de seus dispositivos legais.

Assinale a alternativa que apresenta a principal responsabilidade do cooperado ativo


dentro de uma cooperativa.

a) Eleger a Diretoria e o Conselho Fiscal.


b) Acompanhar a prestação de contas dos órgãos administrativos.
c) Gerir e administrar a cooperativa de forma independente.
d) Definir a hierarquia interna da cooperativa.
e) Definir a hierarquia externa da cooperativa.

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UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 4

ASSOCIATIVISMO
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Compreender o conceito de associações como alternativa ao modelo


capitalista.

Evidenciar as características dos modelos de associações e cooperativas.

Identificar a relação entre associações e cooperativas.

Identificar a importância do associativismo no Terceiro Setor, como forma


de prestação de serviços que deveriam ser fornecidos pelo Estado.

Compreender as diferenças existentes entre o modelo de associações e


cooperativas.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


O modelo capitalista atual apresenta limitações para satisfazer as necessidades
sociais, econômicas e políticas dos atores sociais, o que pode levar à exclusão e
desigualdades. Como podemos encontrar alternativas para promover o desenvol-
vimento de indivíduos e comunidades? A busca por alternativas que promovam o
desenvolvimento é essencial para garantir a inclusão social e reduzir as desigualdades.
As associações surgem como possibilidade dinâmica, permitindo a união de grupos
de indivíduos que trabalham com a mesma missão, visão e valores, conferindo-lhes
representatividade e competitividade. A busca por alternativas que promovam o
desenvolvimento é essencial para garantir a inclusão social e reduzir as desigualdades.
Os estudantes podem experimentar situações em que precisam unir-se a ou-
tros indivíduos para alcançar um objetivo comum, como trabalhos em grupo
ou projetos de voluntariado. Além disso, podem identificar associações em sua
comunidade ou região e analisar como elas contribuem para o desenvolvimento
local. É fundamental refletir sobre o papel das associações na construção de uma
sociedade mais justa e igualitária, além de compreender a importância da união
de indivíduos com objetivos comuns. Também, é importante analisar como as
associações podem ser adaptadas a diferentes contextos e situações, a fim de
promover o desenvolvimento de maneira sustentável.

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

Convido-o(a) a ouvir o podcast e aprofundar, ainda mais, so-


bre o associativismo e suas diferenças com o cooperativis-
mo. Acesse o QR Code e assista ao vídeo.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4

VAMOS RECORDAR?
Destaca-se a confusão entre associativismo e cooperativ-
ismo. A ideia de associação é mais antiga e natural ao
ser humano do que a ideia de cooperação, que é voltada
exclusivamente para atividades econômicas. A associação
tem como características a representatividade e a soma
de esforços para a realização de uma meta comum. Para isso, confira o vídeo
a seguir e entenda o associativismo na prática.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

TEORIA DA SELEÇÃO NATURAL

Você se lembra da teoria da se-


leção natural de Charles Dar-
win? “Apenas os indivíduos mais
adaptados a determinadas con-
dições ambientais são capazes
de sobreviver e de se reproduzir,
perpetuando a espécie”. A obra
referida é A Origem das Espé-
cies por Meio da Seleção Natu-
ral, escrita por Charles Darwin
e publicada em 1859. A citação
em questão faz parte do capítulo
4 da obra, intitulado “Seleção Na-
tural: sua força comparada com
a destruição por acidente”. Em Figura 1 - Charles Darwin

certo sentido, a teoria de Darwin


Descrição da Imagem: a figura apresenta um esboço de
pode ser estendida para um teor Charles Darwin, em preto e branco. Senhor na faixa etária

socioeconômico, atrelando-se a de 60 anos, com cabelo e barba branca, olhos castanhos,


expressão séria.
ela a questão da competitividade.

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UN I AS S ELV I

No mundo capitalista em crise, a sobrevivência


No mundo
exige competitividade. Isso vale tanto para indivíduos
capitalista
quanto para empresas e empreendimentos populares. em crise, a
Associar-se pode ser uma forma de potencializar o sobrevivência exige
poder de competição, mas é importante lembrar que competitividade
falamos de representatividade, e não de obtenção de
lucros. As associações são sociedades sem fins lucrativos formadas por pessoas
físicas e exercem operações financeiras e bancárias no fomento à associação.
Elas são entidades pertencentes ao Terceiro Setor e prestam serviços aos seus
associados, serviços esses que deveriam ser prestados pelo Estado.
Há controvérsias sobre o encaixe das associações como entidades pertencentes
ao Terceiro Setor. Mesmo assim, o encaixe das associações e cooperativas no conceito
de Economia Social é lógico e condizente, já que essa vertente da economia busca
explicar como possibilitar à parcela social excluída do bem-estar o acesso a benefícios
sociais básicos, como educação, saúde, trabalho e renda. Neto (2004, p. 53) afirma que


Somente as associações beneficentes ou fundações (entidades que
prestam serviços assistenciais nos campos social, educacional e de
saúde) podem ser consideradas pertencentes àquele setor, excluin-
do-se, portanto, as demais associações que não têm por objetivo a
prestação de tais serviços.

São controvérsias válidas, tendo em vista que, assim como ocorre com
as cooperativas instrumentais, existem casos de ‘associações de facha-
da’ que servem para lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

A EVOLUÇÃO

Ao longo da História, a associação apareceu desde a for-


vantagens na vida
mação da família até a formação dos primeiros agrupa-
em grupo
mentos populacionais na era Pré-Histórica, em que o
ser humano percebeu que havia vantagens na vida em
grupo, especialmente, para sobrevivência. A transformação do modo de vida nômade
para o sedentário exigiu o agrupamento para a sobrevivência e a divisão dos trabalhos,
o que, naturalmente, levou o ser humano para um processo associativo de fato.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4

Esse modelo associativo pré-histórico foi adaptado e gerou a agricultura


e a formação de vilarejos, cidades, formas de produção e formas rudi-
mentares de administração social. Com o passar dos séculos, agregou-se ao
conceito de associação a questão da participação popular e do Estado demo-
crático. As associações seriam estruturas que evitariam a atomização da vida
social, agregando interesses e educando o indivíduo para o convívio social,
geralmente, com pessoas advindas da mesma classe social e com a mesma
formação étnica e religiosa. Trata-se de um instrumento para o compartilha-
mento do poder político e para a socialização e a agregação de interesses nos
diversos grupos sociais. Reflita sobre a seguinte colocação:


O ambiente participativo criado pela organização espontânea de
cidadãos e cidadãs é muito salutar, desde que não ultrapasse um
limite muito claro: Ações que possam desestabilizar o sistema po-
lítico e econômico considerado como um modelo ideal pautado
por imperativos racionais e pela lâmina fria e imparcial da lei. O
aumento da participação política dos cidadãos pala além do rito
eleitoral, influenciando decisões e buscando compartilhar o poder
é um forte elemento para desestabilização do sistema político. [...]
dito de outra forma, a participação da ‘população do andar de bai-
xo’ [...], afetaria os privilégios históricos da ‘elite do andar de cima’
(GANANÇA, 2006, p. 15-16).

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UN I AS S ELV I

Características Gerais de uma Associação

Nesse tema, foi evidenciado que o associativismo é uma consequência da


busca pela sobrevivência e melhoria das condições de vida de comunidades ao
longo dos séculos. Atualmente, existem dois tipos de associativismo: Formal
e Informal. De maneira simples, qualquer processo produtivo ou social que
envolva duas ou mais pessoas é considerado um processo associativo infor-
mal. Práticas de solidariedade e construção social representadas por grupos
de produção e comercialização solidária, grupos de ação comunitária e redes
são formas informais de associativismo.
O ponto de diferenciação entre o informal e o formal é o cumprimento
dos trâmites legais que regem a formação das associações, como previsto
no art. 5°, da Constituição Brasileira de 1988, e no Código Civil de 2002. O
registro na Secretaria da Receita Federal do CNPJ é o papel da associação
como pessoa jurídica e o ponto de partida para a formalização da associação.
Embora existam procedimentos anteriores ao registro de Pessoa Jurídica,
como demonstrado no quadro a seguir, a formalização só será concluída após
o registro do CNPJ no órgão competente.

ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA

Definição do grupo de interessados. Definição do grupo de interessados.

Definição dos objetivos concretos do Definição dos objetivos concretos do


grupo. grupo.

Elaboração do Projeto de Viabilidade


Elaboração conjunta do Estatuto Social.
Técnica, Econômica e Financeira.

Realização da Assembleia de
Constituição, com eleição dos
membros dos órgãos internos Elaboração do Estatuto Social.
(Conselho Fiscal, Conselho
Administrativo, Diretoria e outros).

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4

ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA

Encaminhamento dos documentos


para análise por entidade
Ata da Assembleia de Constituição.
representativa nacional, escolhida
pelo grupo.

Registro, no Cartório de Registro Civil


Realização da Assembleia de
de Pessoas Jurídicas, do Estatuto
Constituição, com eleição dos
Social, dos Livros obrigatórios e da Ata
dirigentes.
de Constituição.

Solicitação do CNPJ (Cadastro Nacional


Subscrição e integralização das cotas
de Pessoas Jurídicas) na Receita
de capital pelos associados.
Federal.

Registros na Prefeitura, no INSS e no Encaminhamento dos documentos


Ministério do Trabalho. para registro na Junta Comercial.

Elaboração do primeiro plano de Solicitação de CNPJ (Cadastro de


trabalho. Pessoa Jurídica) na Receita Federal.

Inscrição na Receita Estadual.

Inscrição no INSS.

Alvará de Licença e Funcionamento na


Prefeitura Municipal.

Registro junto à entidade de


representação.

Outros registros para cada atividade


econômica.

Abertura de conta bancária.

Quadro 3 - Comparação entre os procedimentos de formação e formalização de associações e cooperativas


Fonte: adaptado de Fundação Banco do Brasil (2009).

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UN I AS S ELV I

Por meio do quadro anterior, pode-se notar as semelhanças e diferenças entre


a formação de associações e cooperativas. Para a formação de cooperativas,
há um aumento no número de procedimentos, como Projeto de Viabilidade
Econômica, Registro na Receita Estadual, Junta Comercial e Aval de Conselhos
de Classe, especialmente, em cooperativas de saúde e direito. Esse aumento nos
procedimentos tem um claro objetivo econômico, já que as cooperativas são
criadas com esse propósito. Por outro lado, as associações não têm essa finalidade
específica, embora, como discutido anteriormente, estejam inseridas na Econo-
mia Social e tenham como critério de sucesso o acesso à renda.

ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA

Definição ■ Sociedade civil sem ■ Sociedade civil/comercial sem


fins lucrativos. fins lucrativos.

Objetivos ■ Promover a ■ Viabilizar e desenvolver a


implementação e a atividade produtiva dos seus
defesa dos interesses associados.
dos seus associados. ■ Transformar bens, atuando no
■ Incentivar a melhoria mercado.
técnica, profissional ■ Armazenar e comercializar.
e cultural dos seus ■ Dar assistência técnica e
integrantes. educacional aos associados.

Amparo legal ■ Constituição (art. 5º). ■ Constituição (art. 5º).


■ Código Civil. ■ Código Civil.
■ Lei nº 5.764/71.

Outras características e vantagens de destaque acerca do Associativismo são:


■ O patrimônio das associações é constituído pela contribuição dos asso-
ciados, por doações ou subvenções (ou seja, o patrimônio nunca será dos
associados, e, sim, da associação).
■ São entidades de direito privado, e não público, podendo realizar opera-
ções financeiras e bancárias. As sobras de operações financeiras, porém,
devem ser aplicadas na associação.
■ Os dirigentes não recebem remuneração, ao contrário das cooperativas,
e pode ser facultado o pagamento de pró-labore aos dirigentes.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4

■ Os dirigentes podem representar a Associação em ações coletivas de seu


interesse.
■ Possui um sistema de escrituração contábil simplificada.
■ Possui maior representatividade e força de reivindicação.
■ Por serem organizações de interesse público, têm direito de usufruir de
programas governamentais, como acesso facilitado ao crédito em pro-
gramas de financiamento e a ONGs que promovem programas de ajuda
ou de desenvolvimento.
■ É isenta de imposto de renda.
■ Possui assistência técnica facilitada.

EM FOCO

Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.

NOVOS DESAFIOS
Ao estudarmos o Cooperativismo e o Associativismo, percebemos que os trâ-
mites legais, embora não sejam complexos para formalizar essas organizações,
são numerosos e demandam tempo para que os associados ou cooperados
compreendam completamente. É fácil ver que alguns casos de insucesso de
cooperativas ou associações podem ser atribuídos à impaciência, ao imedia-
tismo e à falta de conhecimento sobre esses trâmites.

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UN I AS S ELV I

Por isso, é crucial que você,


como Gestor(a) de Cooperativas
ou Agente de Desenvolvimento Lo-
cal/Regional, esteja preparado(a)
para lidar com essa problemática e
oferecer soluções criativas e inova-
doras que promovam o desenvol-
vimento dessas organizações. Por
isso, é importante que você apro-
veite, ao máximo, as disciplinas do
seu curso, questione seus colegas,
peça para que eles compartilhem
suas experiências e estabeleça uma
rede de contatos. O conhecimento
é libertador e pode ajudá-lo(a) a
superar esses obstáculos e aprimo-
rar sua prática profissional.
Apenas o conhecimento so-
bre Organizações Associativas,
no entanto, não é suficiente. Você,
também, precisará observar o fun-
cionamento dessas organizações
e utilizar suas habilidades para
encontrar soluções. Portanto, in-
centivamos você e seus colegas
acadêmicos a criarem, juntos, as
soluções que as organizações as-
sociativas precisam. Para isso, su-
gerimos que você amplie seus co-
nhecimentos sobre o assunto por
meio de leituras complementares
que estão disponíveis no final des-
ta unidade. Vamos trabalhar jun-
tos para tornar essas organizações
mais bem-sucedidas?

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VAMOS PRATICAR

1. Há controvérsias sobre o encaixe das associações como entidades pertencentes ao


Terceiro Setor. Mesmo assim, o encaixe das associações e cooperativas no conceito de
Economia Social é lógico e condizente, já que essa vertente da economia busca explicar
como possibilitar à parcela social, excluída do bem-estar, o acesso a benefícios sociais
básicos como educação, saúde, trabalho e renda.

NETO, S. B. Cooperativismo é Economia Social, um ensaio para o caso brasileiro. In: SEMINÁRIO
TENDÊNCIAS DO COOPERATIVISMO CONTEMPORÂNEO, 3., 2004, Cuiabá. Anais [...], Cuiabá: OCB;
Sescoop, 2004.

Com base no que estudamos, o que é o Terceiro Setor e como as associações se encai-
xam nele? Justifique.

2. As associações podem ser formadas por indivíduos ou organizações que compartilham


de um interesse em comum, como uma associação de moradores de um bairro ou uma
associação de comerciantes de uma rua. Essas associações são criadas para defender
os interesses dos seus membros e buscar soluções para as demandas coletivas.

O grande diferencial das cooperativas é o seu princípio básico, que é a adesão voluntá-
ria e democrática dos seus membros. Cada cooperado tem direito a um voto nas deci-
sões tomadas pela cooperativa, independentemente do seu tamanho ou participação
nos negócios da cooperativa.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.


Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

Qual é a principal diferença entre associações e cooperativas, conforme estudado em


nosso material? Assinale a resposta correta:

a) As associações são formadas por organizações, enquanto as cooperativas são for-


madas por indivíduos.
b) As cooperativas são empresas sem fins lucrativos, enquanto as associações visam o
lucro de seus membros.
c) As cooperativas são empresas centralizadas, enquanto as associações são descen-
tralizadas.
d) As cooperativas visam atender às necessidades de seus membros, enquanto as as-
sociações defendem seus interesses coletivos.
e) As associações são modelos de negócios mais comuns, enquanto as cooperativas
são mais raras.

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VAMOS PRATICAR

3. Por meio do quadro anterior, pode-se notar as semelhanças e diferenças entre a forma-
ção de associações e cooperativas. Para a formação de cooperativas, há um aumento
no número de procedimentos, como Projeto de Viabilidade Econômica, Registro na
Receita Estadual, Junta Comercial e Aval de Conselhos de Classe, especialmente em
cooperativas de saúde e direito. Esse aumento nos procedimentos tem um claro ob-
jetivo econômico, já que as cooperativas são criadas com esse propósito.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.


Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

As associações não têm essa finalidade específica, embora, como discutido anteriormen-
te, estejam inseridas na Economia Social e tenham como critério de sucesso o acesso à
renda. Com base nisso, qual é o objetivo principal do associativismo? Leia as assertivas.

I - Obtenção de lucros.
II - Potencializar o poder de competição.
III - Prestação de serviços públicos.
IV - Enriquecimento ilícito.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) I e II.
c) II, apenas.
d) I e III.
e) I, II, III e IV

4. O ponto de diferenciação entre o informal e o formal é o cumprimento dos trâmites


legais que regem a formação das associações, como previsto no Art. 5° da Constitui-
ção Brasileira de 1988 e no Código Civil de 2002. O registro na Secretaria da Receita
Federal do CNPJ é o papel da associação como pessoa jurídica e é o ponto de partida
para a formalização da associação.

Embora existam procedimentos anteriores ao registro de Pessoa Jurídica, a formali-


zação só será concluída após o registro do CNPJ no órgão competente.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.


Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

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VAMOS PRATICAR

Para a formação de cooperativas, há um aumento no número de procedimentos, como


Projeto de Viabilidade Econômica, entre outras pontuações. Por outro lado, as associa-
ções não têm essa finalidade específica, embora, como discutido anteriormente, estejam
inseridas na Economia Social.

Sobre a diferença entre a formação das associações e das cooperativas, assinale a opção
correta.

a) As associações têm mais trâmites legais.


b) As cooperativas têm mais trâmites legais.
c) As associações têm como objetivo principal a obtenção de lucros.
d) As cooperativas não têm como objetivo principal a obtenção de lucros.
e) Não há diferenças entre a formação de associações e cooperativas.

5. A seguir, as características e vantagens de destaque acerca do Associativismo:

• O patrimônio das associações é constituído pela contribuição dos associados, por


doações ou subvenções (ou seja, o patrimônio nunca será dos associados, e sim
da associação).
• São entidades de direito privado, e não público, podendo realizar operações finan-
ceiras e bancárias. As sobras de operações financeiras, porém, devem ser aplicadas
na associação.
• Os dirigentes não recebem remuneração, ao contrário das cooperativas, e pode ser
facultado o pagamento de pró-labore aos dirigentes.
• Os dirigentes podem representar a Associação em ações coletivas de seu interesse.
• Possui um sistema de escrituração contábil simplificada.
• Possui maior representatividade e força de reivindicação.
• Por serem organizações de interesse público, têm direito de usufruir de programas
governamentais, como acesso facilitado ao crédito em programas de financiamento
bem como acesso a ONG ś que promovem programas de ajuda ou de desenvolvimento.
• É isenta de imposto de renda.
• Possui assistência técnica facilitada.

MANSANO, F. H.; CASTRO, S. C. de.; COSTA, T. R. da. História e Fundamentos do Cooperativismo.


Maringá - PR: UniCesumar, 2020.

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VAMOS PRATICAR

Sobre a vantagem do associativismo, assinale a opção correta.

a) Os dirigentes recebem remuneração.


b) O patrimônio é dos associados.
c) É uma entidade de direito público.
d) Possui maior representatividade e força de reivindicação.
e) Não possui assistência técnica facilitada.

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TEMA DE APRENDIZAGEM 5

EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Conhecer a fundo o 5º princípio: educação, formação e informação;

Compreender o FATES (Fundo de Assistência Técnica, Educacional e social);

Estudar os programas desenvolvidos para evolução dos associados;

Compreender a representação política e institucional das cooperativas;

Conhecer os objetivos estratégicos de acordo com o mapa estratégico


(SESCOOP 2015 – 2020);

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


O cooperativismo é um movimento centenário e com abrangência internacio-
nal, mas ainda é desconhecido por grande parte da população. Como podemos
aumentar a percepção do cooperativismo e sua importância na sociedade?
A Educação Cooperativista é fundamental para o desenvolvimento do
cooperativismo e para a sua percepção na sociedade. Através dela, é possível
desenvolver programas participativos, representação política e institucional, além
de disseminar a cultura e ética cooperativista.
Você poderá identificar exemplos de cooperativas em sua região e entender
como a Educação Cooperativista é aplicada na prática. Também poderá desen-
volver projetos cooperativos e perceber os benefícios que o movimento pode
trazer para a comunidade.

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

Agora, vamos compreender ainda mais sobre a educação


cooperativista e sobre o dia C. Ouça o podcast no seu ambi-
ente virtual de aprendizagem.

VAMOS RECORDAR?
Vamos ver na prática como a Educação Cooperativista é
feita e sua importância real?  Acesse o QR Code e assista
ao vídeo.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

DESENVOLVIMENTO CULTURAL E PROFISSIONAL DOS


ASSOCIADOS

A Educação Cooperativista é a base para a solidez do cooperativismo e para a


sua percepção na sociedade. É importante que você compreenda a importância
deste tema para o seu desenvolvimento profissional e para a construção de uma
sociedade mais justa e cooperativa.

EDUCAÇÃO

É compreendida pela educação formal sobre o cooperativismo, a cultura, princí-


pios e doutrina. Compõe o público: os associados, dirigentes, colaboradores e a
comunidade em que a cooperativa está inserida.

FORMAÇÃO

É fundamentada pelo aspecto empresarial, como condições econômicas, técnicas


e profissionais. O público é formado por associados, dirigentes e colaboradores.

INFORMAÇÃO

É a forma de divulgar os dados da cooperativa e do sistema cooperativo. O públi-


co compõe-se de associados, dirigentes, colaboradores e a comunidade.

Sua representatividade é realizada pelas unidades instaladas nos estados, em que


atua, de forma a colaborar com o desenvolvimento das cooperativas da região.
Veremos, portanto, a seguir, os cursos e programas de capacitação disponibiliza-
dos pelo Sistema OCB para a promoção da educação de seus associados.

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UN I AS S ELV I

Aprendiz Cooperativo

O programa Aprendiz Cooperativo é voltado para estudantes entre 14 e 24


anos, o qual prevê a participação desses jovens em treinamentos e dinâmicas
de grupo. O programa tem como objetivo a reflexão sobre a importância de
vivenciar os valores cooperativistas, como a igualdade, honestidade, transpa-
rência e a solidariedade (SISTEMA OCB, s. d.).


“Objetiva o desenvolvimento cultural e profissional do associado
e da sua família. A formação, a capacitação e a constante requa-
lificação de associados, diretores, conselheiros, líderes e funcio-
nários” (GAWLAK; RATZKE, 2007, p. 25).

Coopercred

Coopercred é uma ação de promoção ao cooperativismo, vinculado às insti-


tuições de ensino no Brasil. Professores, alunos e a comunidade em que estão
inseridos vivenciam, diariamente, valores cooperativistas, como a cooperação,
a solidariedade, o voluntariado, a autonomia, a democracia, a honestidade, a
responsabilidade, a igualdade e a ajuda mútua.
É neste âmbito que há o reconhecimento da importância cooperativa, na
melhoria da prática pedagógica.

Formacred

Criado pelo Sescoop, o Formacred é um programa de capacitação dos con-


selheiros das cooperativas de crédito brasileiras, voltado, preferencialmente,
para lideranças cooperativas. O curso presencial tem como objetivo apre-
sentar aos líderes das cooperativas a legislação cooperativa, a promoção de
boas práticas de gestão de pessoas, o desenvolvimento comportamental, assim
como apresentar as tendências do mercado financeiro, com o objetivo de
capacitar os envolvidos em prol do aumento da competitividade das coope-
rativas (SISTEMA OCB, s. d.).

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5

Gestão de Finanças Pessoais (GFP)

Desenvolvido pelo Sescoop, juntamente com o Banco Central, o curso tem como
objetivo apresentar a importância da educação financeira aos envolvidos nas
cooperativas. Os módulos do curso envolvem tópicos, como relação pessoal com
o dinheiro, orçamento pessoal e familiar, estudo sobre crédito e endividamento,
consumo, investimentos, seguros e aposentadoria.
O curso ressalta a importância da educação fi-
nanceira na vida das pessoas, bem como a relevância a importância da
no hábito de poupar, possibilitando que os agentes educação financeira
na vida das pessoas
envolvidos possam administrar suas finanças pes-
soais de forma consciente (SISTEMA OCB, s. d.).
Antes de nos aprofundarmos ainda mais no tema, vamos conhecer o Fundo de
Assistência Técnica, Educacional e Social, o FATES. Ele é constituído de 5% das so-
bras líquidas do exercício da cooperativa usado para desenvolvimento e aperfeiçoa-
mento técnico de associados, gestores e colaboradores. Em resumo, funciona desta
maneira: as cooperativas oferecem educação e treinamento para seus membros,
representantes eleitos, gerentes e colaboradores, para que eles possam contribuir,
efetivamente, para o desenvolvimento de suas cooperativas (SISTEMA OCB, 2022).
É nesse sentido que a OCB definiu a Diretriz Nacional de Educação Coo-
perativista, implementada pelo Sescoop, que entre as três áreas de atuação, tem
a área de formação profissional cooperativista. Esta busca a promoção de ações
ligadas à formação, qualificação e formação dos associados, bem como gerentes
e colaboradores (SESCOOP, s. d.).

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UN I AS S ELV I

Para ficar mais simples de entender: a natureza da formação profissional


cooperativista é dividida em seis níveis educacionais, a saber: aprendizagem
profissional; qualificação ou capacitação profissional; aperfeiçoamento pro-
fissional; graduação acadêmica; graduação tecnológica e a pós-graduação.
Promove-se também eventos com o intuito educativo, como cursos, palestras,
encontros, congressos, jornadas, oficinas, dia de campo, rodadas de negócio,
viagens e visitas técnicas.
Dado o quinto princípio do cooperativismo: Educação, formação e in-
formação, vejamos, detalhadamente, cada um deles, descritos por Ferreira
e Silva (2015):

AÇÕES E PROGRAMAS QUE TRANSFORMAM

Programas como A união faz a vida e Crescer e Pertencer do Sicredi


(Sistema de Crédito Cooperativo) e PEC (Programa de Educação Coopera-
tivista) do Sicoob, são alternativas de promoção da qualificação profissional
dos associados e, portanto, fundamentais para a manutenção do modelo coo-
perativo nas comunidades.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5

Além dos programas e cursos oferecidos pelo Sistema OCB, desenvolvidos pelo
Sescoop e pelas próprias cooperativas, há também os grupos específicos para
os familiares do cooperado, um exemplo é o clube das mães, que tem como
objetivo a integração de um ambiente cooperativo entre pais, mães e filhos e
a capacitação profissional dos envolvidos com cursos e palestras (GAWLAK;
RATZKE, 2007, p. 69-70).
As cooperativas são constituídas, essencialmente, por pessoas que se benefi-
ciam, por meio dos serviços prestados, mutuamente. Dessa forma, a participação
do associado na cooperativa vem ao encontro de seu envolvimento nas tomadas
de decisão, assim como na fiscalização da organização e da gestão da cooperativa.
Nesse sentido, Schneider (1999) explica que a educação cooperativa está além
de uma capacitação, ela envolve a experiência do associado no modelo cooperativo:


“ [...] para a verdadeira educação cooperativa, deve visar-se mais do
que à mera educação formal. É preciso saber o que e como um povo
poderá aprender. [...] cada fase da experiência e da ação coletiva
pode e deve ser um momento de aprendizado cooperativo, pois a
educação cooperativa é um processo permanente, que transcende
os limites da educação formal e institucionalizada que se realiza
através da escola e da universidade (SCHNEIDER, 1999, p. 134).

Representação Política e Institucional

A representação política
e institucional das coope-
rativas no país é realizada
pela OCB, criada em 1969,
no IV Congresso Brasileiro
de Cooperativismo, em que
substituiu a Associação
Brasileira de Cooperati-
vas (ABCOOP) e a União
Nacional de Cooperati-
vas (Unasco) (SISTEMA
OCB, s. d.).

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UN I AS S ELV I

De acordo com a Lei nº 5.764/1971, Artigo 105, a OCB é uma “sociedade


civil, com sede na Capital Federal, órgão técnico-consultivo do Governo, estru-
turada nos termos desta Lei, sem finalidade lucrativa” (BRASIL, 1971).
Nesse sentido, a Organização tem como finalidade principal os seguintes itens:

a) manter neutralidade política e indiscriminação racial,


religiosa e social;
b) integrar todos os ramos das atividades cooperativistas;
c) manter registro de todas as sociedades cooperativas
que, para todos os efeitos, integram a Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB);
d) manter serviços de assistência geral ao sistema
cooperativista, seja quanto à estrutura social, seja quanto
aos métodos operacionais e orientação jurídica, mediante
pareceres e recomendações, sujeitas, quando for o caso, à
aprovação do Conselho Nacional de Cooperativismo (CNC);
e) denunciar ao Conselho Nacional de Cooperativismo práticas
nocivas ao desenvolvimento cooperativista;
f) opinar nos processos que lhe sejam encaminhados pelo
Conselho Nacional de Cooperativismo;
g) dispor de setores consultivos especializados, de acordo com
os ramos de cooperativismo;
h) fixar a política da organização com base nas proposições
emanadas de seus órgãos técnicos;
i) exercer outras atividades inerentes a sua condição de órgão
de representação e defesa do sistema cooperativista;
j) manter relações de integração com as entidades
congêneres do exterior e suas cooperativas (BRASIL, 1971).

Assim, a atuação da OCB se faz, principalmente, junto aos três poderes (Execu-
tivo, Legislativo e Judiciário) uma organização apartidária, sendo sua atuação
determinante para a sanção da Lei nº 5.764/1971.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5

E U IN D ICO

O programa A união faz a vida já atendeu mais de 3,7 milhões


de crianças e adolescentes, são mais de 180 mil educadores
envolvidos, tendo mais 2.600 escolas participantes, e estão
presentes em mais de 470 cidades e 11 estados brasileiros.
Assim, te convido a assistir ao vídeo a seguir e ver na prática
como funciona este projeto. Acesse o QR Code.

Representação Sindical

Antes de seguirmos, vamos compreender o que é Representação Sindical? A Re-


presentação Sindical é quando um grupo de trabalhadores se organiza e escolhe
um sindicato para representá-los em negociações com empregadores, governos
e outras organizações. Essa representação serve para proteger os interesses dos
trabalhadores, como garantir condições de trabalho justas, salários dignos, be-
nefícios sociais e proteção contra abusos e discriminação no local de trabalho.
Os sindicatos também podem oferecer serviços aos seus membros, como acon-
selhamento jurídico e assistência em questões de emprego.


“Em meados de 1930, frente a crises internacionais e internas, o go-
verno Vargas designou comissões para regulamentar cooperativas e
sindicatos. Nessa década, essas duas associações trabalhavam em con-
junto. Porém, na Ditadura Militar, as cooperativas e os sindicatos se
afastaram. Até o início dos anos 2000 houve duas tendências entre
cooperativas e sindicatos: as cooperativas de sindicatos e o desenvolvi-
mento de um novo sindicalismo cooperativo (PINHO, 2004, p. 285).”

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UN I AS S ELV I

Nesse sentido histórico de desenvolvimento de uma categoria para defender as coope-


rativas, fundou-se, em 2005, a representação sindical cooperativista, a CNcoop (Con-
federação Nacional da Cooperativas), entidade sindical de grau máximo de todas as
cooperativas, composto, também, de federações e sindicatos (SISTEMA OCB, 2015).
O objetivo da CNCoop é representar, sindicalmente, as cooperativas na busca
de equilíbrio nas relações de trabalho com os colaboradores das
unidades. A representação acontece no âmbito administrativo,
judicial e extrajudicial, por meio de fóruns, conselhos, câma-
ras e grupos de trabalho (SISTEMA OCB, s. d.). O
sistema sindical, no Brasil, é formado pelos Sin-
dicatos Patronais de Cooperativas, as FECOOP
(Federações) e a CNCoop (Confederação).
De acordo com o Estatuto da Confederação
Nacional das Cooperativas (CNcoop, 2010),
é de responsabilidade da confederação:

■ Representa os interesses gerais da categoria, tanto administrativa quanto ex-


tra e judicialmente.
■ Designa representantes para objetivos específicos.
■ Colabora com o poder público em suas respectivas esferas.
■ Recolhe e aplica as contribuições devidas por lei.

PROMOÇÃO DA CULTURA E APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO


COOPERATIVA

O Sescoop é uma instituição que promove a autogestão das cooperativas e difun-


de a cultura cooperativista. Criado pela Medida Provisória de 3 de setembro de
1998 e regulamentado pelo Decreto 3.017, de abril de 1999, tem como objetivos:


[...] organizar, administrar e executar o ensino de formação profis-
sional e a promoção social dos trabalhadores e dos cooperados das
cooperativas em todo o território nacional. Operacionalizar o mo-
nitoramento, a supervisão, a auditoria e o controle em cooperativas,
conforme sistema desenvolvido e aprovado em Assembleia Geral da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) (BRASIL, 1999).

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5

E U IN D ICO

Vamos ver de outra maneira o Sescoop e o cooperativismo


e a sua influência em vários setores econômicos? Acesse o
QR Code e assista ao vídeo.

Nesse sentido, a atuação do Sescoop é para sete tipos de agentes, a saber, as


cooperativas, os cooperados, o público interno, os colaboradores das coope-
rativas, os órgãos de controle/sociedade, as comunidades e o poder executivo,
o qual ocorre no âmbito de três áreas: no monitoramento das cooperativas,
na formação profissional e na formação social dos cooperados e de suas co-
munidades (SISTEMA OCB, s. d.).

MONITORAMENTO DAS COOPERATIVAS

A função do Sescoop, nesse âmbito, é acompanhar o desenvolvimento e o modelo


de governança de cada cooperativa. Além disso, por meio do programa de mo-
nitoramento, o Sescoop consegue mapear e disseminar as boas práticas no setor,
contribuindo para a qualidade da gestão nas cooperativas (SISTEMA OCB, s. d.).

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UN I AS S ELV I

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Com o objetivo de capacitar seus cooperados, empregados e familiares, são oferecidas


capacitações que visam fortalecer a prática na área de gestão, cultura cooperativista,
finanças pessoais e governança. Do mesmo modo, para os gestores da cooperativa,
conselheiros de administração e conselheiros fiscais são oferecidos cursos de solu-
ções de aprendizagem, visando à formação de novos líderes (SISTEMA OCB, s. d.).

FORMAÇÃO SOCIAL

A iniciativa de promoção
social tem como finalidade
promover ações que melho-
rem a qualidade de vida de
quem vivencia o cooperati-
vismo. Um modo de realizar
essa promoção é por meio da
ajuda do Sescoop às coope-
rativas, para atuarem junto
às comunidades em que es-
tão inseridas. São projetos
contínuos e sustentáveis, como o Dia C – Dia de Cooperar, um projeto que
já beneficiou mais de 2,5 milhões de pessoas no Brasil (SISTEMA OCB, s. d.).
Dessa forma, com a missão de promover a cultura cooperativista por meio
da educação, o Sescoop busca transformar os ideais cooperativistas em atitudes,
contribuindo para o crescimento do modelo cooperativista no país.

EM FOCO

Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este tema.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5

NOVOS DESAFIOS

Notamos que, ao longo dos


anos, a adoção e evolução do
cooperativismo afetou positi-
vamente a humanidade, bem
como as regiões onde elas es-
tão inseridas, e que, ao contrá-
rio de vários outros modelos
de negócio, as cooperativas são
muito bem alicerçadas com
seus órgãos organizadores em
toda sua hierarquia.
Vale ressaltar a força que o
cooperativismo tem no Brasil.
Olhando todas as suas esferas
de atuação, somos muito im-
pactados constantemente por
ele, mas, mesmo tendo tamanha
proporção, ainda falta muito co-
nhecimento da população para
entender seus princípios a fun-
do e seu impacto na sociedade.
Agora, cabe a você, caro(a)
aluno(a), entender e buscar al-
ternativas que somem a essa for-
ça para disseminar essa cultura
pelo mundo. Topa o desafio?

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VAMOS PRATICAR

1. A educação cooperativa é um processo de aprendizado que busca desenvolver habili-


dades e competências dos cooperados para que estes possam participar ativamente
da gestão da cooperativa e contribuir para o seu sucesso.

SILVA, J. F. Educação cooperativa: conceitos e práticas. São Paulo: Editora Atlas, 2015.

A partir desse contexto, disserte sobre a importância da educação cooperativista para o


sucesso de uma cooperativa? Justifique sua resposta.

2. O Dia de Cooperar é uma data importante para as cooperativas, pois é um momento em


que elas demonstram sua preocupação com a responsabilidade social, promovendo
ações em benefício da comunidade em que estão inseridas. Todas as cooperativas se
reúnem para fazer ações em prol da comunidade. Um dos princípios do cooperativismo
mais vivenciados do dia C é a intercooperação, onde algumas cooperativas do mesmo
ramo, ou não, unem esforços para realizar suas ações.

SESCOOP. O papel da educação cooperativista no fortalecimento do setor cooperativista.


Disponível em: https://www.sescooprs.coop.br/artigos/o-papel-da-educacao-cooperativista-no-
-fortalecimento-do-setor-cooperativista/. Acesso em: 24 maio 2023.

Sobre o objetivo do dia de cooperar, assinale a opção correta.

a) Promover a capacitação e formação de lideranças e colaboradores das cooperativas.


b) Difundir a cultura cooperativista.
c) Estimular a participação ativa dos cidadãos em ações de responsabilidade social e
voluntariado.
d) Realizar ações em benefício da comunidade em que estão inseridas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.

3. Programas como A união faz a vida e Crescer e Pertencer do SICREDI (Sistema de


Crédito Cooperativo) e PEC (Programa de Educação Cooperativista) do Sicoob, são
alternativas de promoção da qualificação profissional dos associados e, portanto, fun-
damentais para a manutenção do modelo cooperativo nas comunidades.

Além dos programas e cursos oferecidos pelo Sistema OCB, desenvolvidos pelo Ses-
coop e pelas próprias cooperativas, há, também, os grupos específicos para os familia-
res do cooperado, um exemplo é o clube das mães, que tem como objetivo a integração
de um ambiente cooperativo entre pais, mães e filhos e a capacitação profissional dos
envolvidos com cursos e palestras (GAWLAK; RATZKE, 2007, p. 69-70).

GAWLAK, A; RATZKE, F. Cooperativismo: primeiras lições. 3. ed. Brasília: Sescoop, 2007.

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VAMOS PRATICAR

É notório a importância dos programas de qualificação profissional para a manutenção do


modelo cooperativo nas comunidades. Dado este contexto, avalie as afirmativas a seguir:

I - Os programas de qualificação profissional são importantes apenas para a formação


de líderes cooperativistas.
II - Os programas de qualificação profissional são importantes para a manutenção do
modelo cooperativo nas comunidades.
III - Os programas de qualificação profissional não possuem importância para a manuten-
ção do modelo cooperativo nas comunidades.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.

4. A OCB é a organização responsável pela representação política e institucional das


cooperativas no Brasil, tendo como finalidades principais a integração de todos os
ramos das atividades cooperativistas, o registro de todas as sociedades cooperativas
que integram a Organização, além de manter serviços de assistência geral e opinar
nos processos que lhe são encaminhados pelo Conselho Nacional de Cooperativismo.

BRASIL. Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Dispõe sobre o Programa Nacional de Coope-
rativismo e dá outras providências. Brasília, DF, 16 dez. 1971. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/L5764.htm. Acesso em: 24 maio 2023.

Sobre a principal finalidade da OCB segundo a Lei n° 5.764/1971. Assinale a opção correta:

a) Integrar todos os ramos das atividades cooperativistas.


b) Promover ações políticas para a eleição de representantes das cooperativas.
c) Realizar atividades lucrativas em benefício próprio.
d) Manter relações exclusivas com entidades estrangeiras.
e) Fiscalizar a atuação das cooperativas na economia brasileira.

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VAMOS PRATICAR

5. Em meados de 1930, frente a crises internacionais e internas, o governo Vargas desig-


nou comissões para regulamentar cooperativas e sindicatos. Nessa década, essas duas
associações trabalhavam em conjunto. Contudo, na Ditadura Militar, as cooperativas
e os sindicatos se afastaram. Até o início dos anos 2000 houve duas tendências entre
cooperativas e sindicatos: as cooperativas de sindicatos e o desenvolvimento de um
novo sindicalismo cooperativo (PINHO, 2004, p. 285).

Nesse sentido histórico, de desenvolvimento de uma categoria para defender as coo-


perativas, fundou-se, em 2005, a representação sindical cooperativista, a CNCoop
(Confederação Nacional da Cooperativas), entidade sindical de grau máximo de todas
as cooperativas, composto, também, de federações e sindicatos (SISTEMA OCB, 2015).

SISTEMA OCB. Mapa Estratégico do Cooperativismo. Brasília: Sistema OCB - CNCOOP, OCB,
SESCOOP, [s. d.]. Disponível em: https://somoscooperativismo.coop.br/assets/arquivos/MapaEs-
trategico/final_mapa_estrategico_sistema_21_09.pdf. Acesso em: 24 maio 2023.

Qual é o objetivo da CNCoop, a Confederação Nacional das Cooperativas, em relação às


relações de trabalho nas cooperativas? Leia as assertivas e depois faça o que se pede.

I - Representar as cooperativas na busca de benefícios fiscais e tributários.


II - Representar as cooperativas na busca de equilíbrio nas relações de trabalho com os
colaboradores das unidades.
III - Atuar na regulamentação e fiscalização das cooperativas em todo o país.
IV - Promover o desenvolvimento econômico das cooperativas através de parcerias com
empresas públicas e privadas.

É correto o que se afirma em:

a) II, apenas.
b) II e IV.
c) IV apenas.
d) I, II e III.
e) I, II, III e IV.

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TEMA DE APRENDIZAGEM 6

TIPOLOGIA COOPERATIVISTA
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Reconhecer os tipos de cooperativas de acordo com a atividade econômica


desenvolvida;

Compreender a classificação geográfica;

Conhecer os ramos de maior atuação no brasil;

Desbravar e entender o cooperativismo de crédito;

Entender o que é a economia solidária.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


Agora vamos desbravar ainda sobre os ramos de atuação em que as cooperativas
são classificadas. Você sabia que os ramos atuais foram recentemente modificados?
E arrisca dizer quais são os segmentos que têm maior proporção aqui no Brasil?
Vale anotar tudo sobre o tema que iremos estudar, pois é através dele que
iremos nos aprofundar sobre o cooperativismo no Brasil, bem como ele se
replica em nível mundial.
Uma meta que você terá que cumprir ao final deste tema, é identificar, na sua cida-
de, uma cooperativa e qual dos ramos do cooperativismo ela se enquadra. Além disso,
será preciso descrever qual a sua classificação a partir da sua localização geográfica.

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

Antes de nos aprofundarmos no tema de hoje, convido você


a conhecer os principais idealizadores do cooperativismo,
suas obras e as maiores cooperativas no Brasil. Ouça o pod-
cast no seu ambiente virtual de aprendizagem.

VAMOS RECORDAR?
Para ficar ainda mais fácil de gravar os ramos do cooper-
ativismo e sua tamanha importância, acesse o QR Code e
assista ao vídeo Os 7 ramos do cooperativismo.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6

DESENVOLVA SEU POTENCIAL


Iniciaremos, agora,
nossos estudos sobre
a tipologia coopera-
tivista, tratando, aqui,
as classificações das
cooperativas, de acor-
do com sua atividade
econômica, ou seja,
com a finalidade da
cooperativa, de acordo
com a Resolução OCB
nº 56/2019, que regu-
lamenta a classificação
dos ramos do coopera-
tivismo, agora organi-
zados em sete ramos.
Todos eles ganharam novos ícones, alguns foram ressignificados e outros
se fundiram. Tudo para o cooperativismo contar com ramos ainda mais for-
tes. Agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, trabalho (produção de
bens e serviços), saúde e transporte.
Nesse sentido, a partir da necessidade de uma definição geral de cooperati-
va, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) definiu a sociedade cooperativa:


“ [...] será considerada como sociedade cooperativa, qualquer
que seja a sua conceituação legal, toda a associação de pessoas
que tenha por fim a melhoria econômica e social de seus mem-
bros, através da exploração de uma empresa sobre a base da
ajuda mútua e que observe os princípios de Rochdale (SISTEMA
OCB, 1973, p. 24).

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UN I AS S ELV I

Figura 1 - Ramos do cooperativismo / Fonte: Sistema Ocergs (2019, [s. p.]).

Descrição da Imagem: A imagem apresenta os ramos do cooperativismo, de forma dinâmica em um infográfico.


Da esquerda para a direita, segue o desenho de um trator representando o agronegócio, abaixo do ícone está
escrito “agropecuário”, abaixo, em um quadro verde, se lê “composto por: agropecuário + cooperativas de alunos de
escolas técnicas de produção rural”. Ao lado, o desenho de uma sacola representando as cooperativas de consumo,
abaixo, em um quadro azul claro, se lê “composto por: consumo + turismo e lazer (consumidores + Educacional
(país))”. Na sequência, um desenho de uma cédula de dinheiro representando as cooperativas de crédito, onde
abaixo se tem um quadro azul escuro, e se lê “Não houve alterações”. Na imagem seguinte, um desenho com
prédios e antenas, representando as de infraestrutura, abaixo se vê um quadro Amarelo onde se lê “Composto
por: INFRAESTRUTURA + HABITACIONAL”. O próximo desenho apresenta várias pessoas, representando trabalho,
produção de bens e serviços, onde abaixo se destaca um quadro roxo onde se lê “Composto por: TRABALHO +
PRODUÇÃO + MINERAL + TURISMO E LAZER (profissionais) + ESPECIAL + EDUCACIONAL (professores)”. Ao lado,
um coração, representando as cooperativas de consumo, e abaixo um quadro laranja e a escrita onde se lê “Com-
posto por: MÉDICOS + ODONTÓLOGOS + DEMAIS PROFISSIONAIS DE SAÚDE”. Ao lado, o desenho de uma estrada,
representando as de consumo, seguido abaixo de um quadro cinza com a descrição “Composto por: TRANSPORTE
DE CARGAS + TRANSPORTE DE PASSAGEIROS + TRANSPORTE TURÍSTICO”.

De acordo com a Lei nº 5.764, de 1971 a classificação das sociedades cooperativas


são descritas entre os artigos 5° e 10º, apresentados a seguir:
Art. 5° As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero
de serviço, operação ou atividade, assegurando-se-lhes o direito exclusivo e exi-
gindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão “cooperativa” em sua denominação.
Art. 6° As sociedades cooperativas são consideradas:

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As constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas


físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de
SINGULARES pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou cor-
relatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda,
aquelas sem fins lucrativos;

COOPERATIVAS
As constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares, podendo,
CENTRAIS OU
excepcionalmente, admitir associados individuais;
FEDERAÇÕES

As constituídas, pelo menos, de 3 (três) federações de


CONFEDERAÇÕES
cooperativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de
DE COOPERATIVAS
diferentes modalidades.

Art. 7° As cooperativas singulares se caracterizam pela prestação direta de serviços


aos associados.
Art. 8° As cooperativas centrais e federações de cooperativas objetivam organizar,
em comum e em maior escala, os serviços econômicos e assistenciais de interesse das
filiadas, integrando e orientando suas atividades, bem como facilitando a utilização
recíproca dos serviços.
Art. 9° As confederações de cooperativas têm por objetivo orientar e coordenar
as atividades das filiadas, nos casos em que o vulto dos empreendimentos transcende
o âmbito de capacidade ou conveniência de atuação das centrais e federações.
Art. 10° As coope-
rativas se classificam
também de acordo com
o objeto ou pela na-
tureza das atividades
desenvolvidas por elas
ou por seus associados
(BRASIL, 1971).
A partir dessas apre-
sentações, vamos estu-
dar sobre um ramo de
grande atuação e desta-
que no Brasil, o coope-
rativismo de crédito.

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UN I AS S ELV I

O cooperativismo de crédito é uma realidade for-


cooperativismo
te e crescente no Brasil, graças ao legado deixado
de crédito é uma
pelo padre Theodor Amstad, que fundou a primeira realidade forte e
cooperativa de crédito do país em 1902. Desde en- crescente no Brasil
tão, as cooperativas de crédito se multiplicaram e se
tornaram uma importante alternativa para os bra-
sileiros que buscam uma opção mais justa e participativa no sistema financeiro.
Atualmente, o cooperativismo de crédito no Brasil conta com cerca de
13,9 milhões de associados e mais de 763 cooperativas espalhadas por todo
o território nacional. Em 2021, as cooperativas de crédito registraram um
crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior, somando um total
de R$ 292 bilhões em ativos totais.
Entre as principais cooperativas de crédito do Brasil, destacam-se a Si-
credi, que conta com mais de 6 milhões de associados e R$ 137,4 bilhões
em ativos totais, e a Sicoob, com mais de 7 milhões de associados e R$ 136,4
bilhões em ativos totais.
Além disso, as cooperativas de crédito também têm se destacado em áreas
específicas, como o cooperativismo de crédito rural. A Cresol, por
exemplo, é uma das principais cooperativas de crédito
voltadas para o agronegócio no Brasil, com
mais de 786 mil associados e
R$ 16,8 bilhões em ati-
vos totais.
O cooperativismo
de crédito é uma alterna-
tiva cada vez mais forte e
importante para os brasi-
leiros que buscam um mo-
delo financeiro mais justo e
participativo. Com números
expressivos e uma atuação di-
versificada em várias áreas da
economia, as cooperativas de
crédito se consolidam como uma
força transformadora no país.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6

VOCÊ SABE RESPONDER?


Mediante os ramos do cooperativismo, você sabe identificar quais as
cooperativas de crédito na sua cidade? E qual o seu tamanho em números de
cooperados?

COOPERATIVISMO POR LOCALIZAÇÃO

O Decreto nº 60.597, de 19 de abril de 1967, entre os Artigos 4° ao 11, dispõe


que as cooperativas são classificadas de acordo com a localização geográfica,
conforme descrito a seguir:
a) Cooperativas locais: são compreendidas pela área de ação limitada ao
município, sendo extensiva, se apresentar condições técnicas, até ao mu-
nicípio vizinho.
b) Cooperativas regionais: diferentes das cooperativas locais, a extensão
desse tipo de cooperativa abrange uma área maior.
c) Cooperativas centrais: organizam e realizam atividades de cooperativas
associadas, compreendendo mais de um Estado.
d) Federação de cooperativas: assim como as cooperativas centrais, com-
preendem mais de um Estado e tem como objetivo assistir, orientar e
incentivar atividades das cooperativas associadas.
e) Confederação de cooperativas: a área de abrangência é todo o país, pos-
suindo, no mínimo, cinco federações e tem como objetivo supervisionar
as atividades das filiadas (BRASIL, 1967).

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UN I AS S ELV I

URBANAS

Com o aumento rápido e constante da urbanização nos países, é necessário o


desenvolvimento de políticas em diversos setores, visando o crescimento eco-
nômico. As cooperativas urbanas surgem como uma solução para promover
o crescimento e inclusão social do país.
As cooperativas urbanas, historicamente, surgiram na França e na Grã-
-Bretanha no final do século XVIII, para atender as necessidades de alimen-
tação, vestuário e habitação das famílias, bem como as necessidades dos ar-
tesãos, operários e pequenos comerciantes. As principais cooperativas foram
as de consumo, habitação, artesanato e produção.
Essas cooperativas são caracterizadas por atividades relacionadas às de-
mandas estruturais das cidades, com o objetivo de melhorar a vida do cida-
dão. Elas estão principalmente nos ramos de consumo, crédito, habitação,
infraestrutura, saúde, transporte, turismo, trabalho e cooperativas especiais.
A maioria das cooperativas brasileiras atua no meio urbano.
As cooperativas de crédito e as cooperativas de trabalho são as principais
cooperativas urbanas. A importância das cooperativas de trabalho no meio
urbano está na geração de empregos produtivos, treinamento e proteção ao
trabalhador. Essas cooperativas surgem como uma alternativa aos problemas
enfrentados pelo mundo do trabalho, em um cenário econômico de grandes
mudanças no setor.
Devido ao crescimento da população nas cidades, é importante destacar
a importância das cooperativas urbanas para a inclusão social e o desenvol-
vimento municipal e regional em que estão inseridas.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6

RURAIS

As cooperativas rurais surgiram a partir das comunidades camponesas que ne-


cessitavam de maquinários agrícolas, crédito, materiais e vendas de produtos.
No Brasil, essas cooperativas são muito importantes e incluem as agropecuá-
rias, de consumo, produção e crédito, com cerca de 60% delas ligadas à agricul-
tura, pesca e artesanato.

As cooperativas agropecuárias representam mais de 20% do número total de cooper-


ativas no país, seguidas pelas cooperativas de crédito rural. Embora haja mais cooper-
ativas de crédito urbano, as cooperativas rurais possuem um poder econômico maior.

Seu principal objetivo é melhorar a vida dos produtores rurais, fornecendo acesso
a financiamentos, contribuindo para a educação cooperativista, consumo, pro-
dução e economia do país, principalmente na produção de produtos primários
para a exportação, como soja, milho e trigo.

ECONOMIA SOLIDÁRIA, O QUE É?

A economia solidária surgiu entre os tra-


balhadores no início do capitalismo in-
dustrial, como uma resposta à pobreza e
ao desemprego causados pela dissemina-
ção desregulamentada das máquinas e do
motor a vapor. As cooperativas foram uma
tentativa dos trabalhadores de recuperar
o trabalho e a autonomia econômica,
aproveitando as novas forças produtivas.
Sua estruturação seguiu os valores básicos do movimento operário de igualdade
e democracia, resumidos na ideologia do socialismo. A primeira onda do coope-
rativismo de produção surgiu na Grã-Bretanha, contemporânea à expansão dos
sindicatos e da luta pelo sufrágio universal.
A empresa solidária nega a separação entre trabalho e propriedade dos meios
de produção, que é a base do capitalismo. Na empresa capitalista, os investidores

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UN I AS S ELV I

e fornecedores de capital são os proprietários e a finalidade é maximizar lucros


para eles. O poder de decisão é centralizado nas mãos dos capitalistas ou ge-
rentes contratados. Na empresa solidária, o capital pertence aos trabalhadores e
não há proprietários que não trabalhem na empresa. A propriedade é dividida
igualmente entre todos os trabalhadores para que todos tenham o mesmo poder
de decisão. A empresa é administrada por sócios eleitos que seguem as diretrizes
aprovadas em assembleias gerais ou conselhos de delegados.
A empresa solidária é, basicamente, de trabalhadores, que apenas secundaria-
mente são seus proprietários. Sua finalidade básica não é maximizar lucros, mas
sim a quantidade e qualidade do trabalho. Não há lucro na empresa solidária,
pois nenhuma parte da receita é distribuída em proporção às cotas de capital. As
sobras anuais têm sua destinação decidida pelos trabalhadores, sendo parte des-
tinada ao reinvestimento e outra parte pode ser acrescida ao valor das cotas dos
sócios. O restante das sobras é destinado a fundos sociais (de cultura, saúde etc.)
e, eventualmente, à repartição entre os sócios, por critérios aprovados por eles.
O capital da empresa solidária não é remunerado, e por isso não há lucro,
que é tanto jurídica como economicamente o rendimento proporcionado pelo
investimento de capital.

EM FOCO

Acesse o conteúdo da disciplina e conheça mais sobre este tema.

NOVOS DESAFIOS
A partir de agora, espero que você, estudante, esteja apto(a) a explicar os dife-
rentes tipos de cooperativas, de acordo com a atividade econômica, localização
e estrutura, assim como a importância das cooperativas para o desenvolvimento
econômico e sustentável de um país.
Dessa forma, como profissional e com os conhecimentos adquiridos neste
tema, é esperado que você seja capaz de identificar um dos ramos do cooperati-
vismo que mais se identifique e possa somar esforços, fomentação e disseminação
do modelo cooperativista.

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VAMOS PRATICAR

1. Owen, Gide, Raiffeisen e Schulze-Delitzsch foram importantes pensadores e líderes do


movimento cooperativista, cada um com suas contribuições específicas. Os Rochdale
Pioneers fundaram a primeira cooperativa de consumo do mundo em 1844, baseada
na participação democrática dos membros e distribuição de lucros. Alice Acland foi
uma líder cooperativista britânica do final do século XIX e início do século XX, lutando
pelos direitos dos trabalhadores e pela justiça social.

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO. História do Cooperativismo. 2016. Disponível em: https://coopera-


tivismodecredito.coop.br/cooperativismo-2/historia-do-cooperativismo/. Acesso em: 24 maio 2023.

Qual a importância do pensamento de Robert Owen, Charles Gide, Friedrich Raiffeisen e


Hermann Schulze-Delitzsch para o desenvolvimento e consolidação do cooperativismo?
Explique sua resposta.

2. A economia solidária surgiu como resposta à pobreza e desemprego causados pela


disseminação das máquinas e do motor a vapor. As cooperativas foram criadas pelos
trabalhadores para recuperar a autonomia econômica e seguir os valores do movimento
operário de igualdade e democracia.

BORGES, A.; LAVILLE, J. A economia social e solidária: uma abordagem plural. Porto Alegre: Edito-
ra da UFRGS, 2004.

Sobre a principal diferença entre uma empresa solidária uma empresa capitalista, assinale
a alternativa correta.

a) Na empresa solidária, o capital pertence aos trabalhadores, enquanto na empresa


capitalista, os investidores são os proprietários.
b) A empresa solidária tem como finalidade maximizar lucros, enquanto na empresa
capitalista a finalidade é a quantidade e qualidade do trabalho.
c) Na empresa solidária, o poder de decisão é centralizado nas mãos dos capitalistas
ou gerentes contratados, enquanto na empresa capitalista, a decisão é igualmente
dividida entre todos os trabalhadores.
d) Na empresa solidária, não há lucro, pois nenhuma parte da receita é distribuída em
proporção às cotas de capital, enquanto na empresa capitalista, há distribuição de
lucros aos investidores.
e) Na empresa solidária, todos os trabalhadores possuem igual poder de voto nas deci-
sões, enquanto na empresa capitalista, isso não ocorre.

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VAMOS PRATICAR

3. No cooperativismo, o trabalho sempre é feito a muitas mãos. Com a nova reformulação


dos ramos do cooperativismo de 13, passamos para 7. Alguns ramos se uniram, outros
foram ressignificados. Com essa nova organização dos ramos, ganha-se mais poder
de representação, além de oferecer um atendimento ainda mais eficaz e estruturado
para as cooperativas. Com base nisso, quais são corretamente os sete ramos do coo-
perativismo? Analise as sentenças a seguir:

I - Agropecuário, ambiental, crédito, educacional, habitacional, trabalho e saúde.


II - Agropecuário, consumo, crédito, educacional, habitacional, trabalho e saúde.
III - Ambiental, consumo, crédito, educacional, habitacional, trabalho e saúde.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III.
e) I, II e III.

4. Entre as principais cooperativas de crédito do Brasil, destacam-se a Sicredi, que conta


com mais de 6 milhões de associados e R$ 137,4 bilhões em ativos totais, e a Sicoob,
com mais de 7 milhões de associados e R$ 136,4 bilhões em ativos totais.

Além disso, as cooperativas de crédito também têm se destacado em áreas específicas,


como o cooperativismo de crédito rural. A Cresol, por exemplo, é uma das principais
cooperativas de crédito voltadas para o agronegócio no Brasil, com mais de 786 mil
associados e R$ 16,8 bilhões em ativos totais.

GONÇALVES, P. C. P.; SILVA, R. M. A. O cooperativismo de crédito e seu papel na inclusão financeira:


um estudo comparativo das principais cooperativas do Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECO-
NOMIA E GESTÃO DE NEGÓCIOS, 10., 2020,. Anais [...]. [s.l.], 2020.

Com relação às cooperativas de crédito Sicredi, Sicoob e Cresol no Brasil, assinale a


alternativa correta.

a) A Sicredi está presente em menos estados brasileiros do que a Sicoob e a Cresol.


b) O Sicoob possui mais associados do que a Sicredi e a Cresol juntas.
c) A Cresol é a cooperativa com maior número de agências entre as três maiores coo-
perativas de crédito do país.
d) A Cresol e o Sicoob têm a mesma quantidade de agências que a Sicredi.
e) Todas têm a mesma quantidade.

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VAMOS PRATICAR

5. Os principais pensadores do cooperativismo são considerados Robert Owen, Charles


Gide, Friedrich Raiffeisen e Hermann Schulze-Delitzsch.

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO. História do Cooperativismo. 2016. Disponível em: https://coopera-


tivismodecredito.coop.br/cooperativismo-2/historia-do-cooperativismo/. Acesso em: 24 maio 2023.

Sobre os principais pensadores do cooperativismo e suas contribuições, assinale a al-


ternativa correta.

a) Robert Owen defendia a criação de comunidades autônomas de trabalhadores ba-


seadas na propriedade coletiva dos meios de produção.
b) Charles Gide defendia valores democráticos, solidariedade e igualdade como funda-
mentais para o sucesso das cooperativas, além de serem independentes e autônomas.
c) Friedrich Raiffeisen e Hermann Schulze-Delitzsch foram responsáveis pela criação das
primeiras cooperativas de crédito, ajudando a financiar pequenos negócios e melhorar
as condições de vida das comunidades rurais e urbanas.
d) Beatrice Webb e Sidney Webb foram importantes pensadores do cooperativismo no
Reino Unido, contribuindo para o estabelecimento de cooperativas de consumo e de
produção.
e) Edmond Demolins, fundador da Escola de Rochdale, na Inglaterra, defendia a ideia
de que as cooperativas deveriam ser geridas de forma profissional e eficiente para
garantir seu sucesso.

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UNIDADE 3

un a
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7

COOPERATIVISMO AGROPECUÁRIO,
TRANSPORTE E ESPECIAL
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Conhecer e compreender o ramo cooperativista no Agronegócio.

Conhecer e compreender o ramo cooperativista no Transporte.

Conhecer e compreender o ramo cooperativista de Especial.

Identificar as principais características e objetivos desses ramos.

Compreender a importância dessas cooperativas para a sociedade.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


Neste tema, você desbravará como o cooperativismo evoluiu ao longo desses
anos, além de compreender como essas evoluções contribuíram para a dissemina-
ção e a consolidação do cooperativismo a nível globo e, principalmente, no Brasil.
Fique bem atento(a), porque agora você diferenciará os ramos do cooperativismo
de maneira tática e deverá ser capaz de instruir a comunidade em que você está
inserido(a) em como os ramos atuam dentro da sua região.
É seu dever ser um(a) agente de fomento do cooperativismo e propagador(a)
da filosofia cooperativista. Aqui, abordaremos os ramos do agronegócio, os ramos
de transporte e especial. Para começarmos, eu lhe pergunto: você sabia que o
agronegócio é um dos maiores ramos do cooperativismo?

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

Caro(a) aluno(a), convido você a escutar o podcast em que


conheceremos a Coopavel: a gigante agroindustrial no
Paraná.

Até o ano de 2019, o Brasil tinha 13 ramos distintos. Em 2020, após um processo
democrático e uma avaliação minuciosa dos benefícios para as cooperativas, pas-
samos para uma estrutura de sete ramos. Essa modernização vem para garantir
que o Sistema OCB fique, ainda mais, próximo da realidade das nossas coops,
gerando, cada vez mais, impactos positivos, tanto para as pessoas quanto para os
negócios — num grande movimento de fortalecimento da economia brasileira.
Ficou curioso(a) para saber quais são os novos ramos do cooperativismo?

VAMOS RECORDAR?
Conferiremos, detalhadamente, como foi essa evolução e
como está nos dias de hoje.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 7

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

RAMO AGROPECUÁRIO

Arroz, feijão, carne, legumes, ovos, leite e o café diário que tomamos, tudo isso, e muito
mais, é produzido hoje em dia em cooperativas. O cooperativismo agropecuário é um
dos modelos de negócios cooperativistas mais antigos. Ele tem como objetivo reunir e
organizar produtores rurais para fortalecer seu poder de escala e atuação no mercado.
As cooperativas agropecuárias, também, desempenham papel fundamen-
tal na assistência técnica, industrialização e comercialização da produção dos
cooperados e são referências de credibilidade e segurança não apenas para seus
cooperados, mas também para todos que fazem negócios com o cooperativismo.
Ao atuarem nas atividades agropecuárias, extra-
tivistas, agroindustriais, aquícolas ou pesqueiras, as as cooperativas
cooperativas levam modernização ao campo, forne- levam modernização
ao campo
cem alimentos de qualidade para os lares brasileiros
e contribuem, diretamente, para a economia do país.
Além disso, no Brasil, as cooperativas agrícolas são o ramo mais bem estruturado,
pois, devido a situações internacionais, como o protecionismo do setor agrícola em
países desenvolvidos, essas cooperativas foram obrigadas a buscarem soluções para
aumentar sua competitividade e sustentabilidade (PINHO, 2004).

O progresso é visto não apenas no campo: em 2021, o Ramo Agropecuário somou


1.170 cooperativas. Com mais de 1 milhão de cooperados, o setor gerou 239 mil
empregos diretos, levando qualidade de vida e desenvolvimento para todo o Brasil!

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UN I AS S ELV I

Figura 1 - Evolução das cooperativas do agronegócio


Fonte: Anuário do Cooperativismo Brasileiro ([2023a], on-line).

Descrição da Imagem: a figura apresenta um infográfico em formato de três tabelas. Nelas, há três linhas com os
anos 2021, 2020 e 2019, de cima para baixo. A primeira tabela destaca a quantidade de cooperativas, a segunda,
a quantidade de cooperados, e a terceira, a quantidade de empregados ao longo dos anos. Dessa forma, em relação
ao número de cooperativas, em 2019, havia 1.223, em 2020, 1.173 e, em 2021, 1.170. Em relação ao número
de cooperados, em 2019, havia 992.11, em 2020, 1.001.362 e, em 2021, 1.024.605. Em relação ao número de
empregados, em 2019, havia 207.201, em 2020, 2233.477 e, em 2021, 239.628.

RAMO DO TRANSPORTE

Com mais de duas décadas de história, o setor de transporte reúne coope-


rativas que prestam serviços de transporte de carga ou passageiros, em que
os cooperados são donos ou têm permissão para utilizar o veículo. As coo-
perativas de transporte oferecem serviços de referência, como táxis, ônibus,
entregas e transporte escolar. Elas foram criadas para organizar, profissiona-
lizar e dar liberdade aos pequenos e médios transportadores. Atualmente, o
ramo também engloba cooperativas que oferecem transporte turístico, como
transfers e passeios de bugue.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 7

O setor é representativo e importante, com quase mil cooperativas e mais de 99


mil cooperados em 2021, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Além
disso, gerou 5,8 mil empregos diretos nesse mesmo período, contribuindo para
o desenvolvimento do país e proporcionando qualidade de vida para muitas
pessoas. Nesse contexto, cabe destacar que o transporte rodoviário de cargas
representa 45% das atividades do ramo, somando 444 cooperativas. Por sua vez,
as cooperativas que realizam o transporte coletivo e individual de passageiros
também têm relevância, participando com 38% e 15% do setor, respectivamente.

Figura 2 - Evolução das cooperativas do agronegócio


Fonte: Anuário do Cooperativismo Brasileiro ([2023b], on-line).

Descrição da Imagem: a figura apresenta um infográfico em formato de três tabelas. Nelas, há três linhas com
os anos 2021, 2020 e 2019, de cima para baixo. A primeira tabela destaca a quantidade de cooperativas, a se-
gunda, a quantidade de cooperados, e a terceira, a quantidade de empregados ao longo dos anos. Dessa forma,
em relação ao número de cooperativas, em 2019, havia 1.093, em 2020, 984 e, em 2021, 982. Em relação ao
número de cooperados, em 2019, havia 99.568, em 2020, 89.857 e, em 2021, 99.279. Em relação ao número
de empregados, em 2019, havia 8.531, em 2020, 5.461 e, em 2021, 5.800.

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RAMO ESPECIAL

Sobre as Cooperativas Especiais, a OCB as define como “cooperativas instituí-


das por pessoas que precisam ser tuteladas ou que se encontram em situação de
desvantagem nos termos da Lei n.o 9.867/1999” (SISTEMA OCB, 2015, p. 11).
Esse ramo cooperativo, também conhecido como cooperativas sociais, tem o
intuito de atender, individual ou coletivamente, pessoas com dificuldades e que
se encontram em desvantagem, visando à maior integração desses indivíduos na
sociedade. Exemplo desse ramo são os programas específicos de treinamento.
Dessa forma, a lei que dispõe a criação de cooperativas tem como finalidade
propor ações, o que inclui as seguintes atividades:
■ Organização e gestão de serviços sociosanitários e educativos.
■ Desenvolvimento de atividades agrícolas, industriais, comerciais e de ser-
viços (BRASIL, 1999).

Além disso, são consideradas pessoas em desvantagem: os deficientes físicos e


sensoriais; os deficientes psíquicos e mentais; as pessoas dependentes de acom-
panhamento psiquiátrico permanente; os egressos de hospitais psiquiátricos; os
dependentes químicos; os egressos de prisões; os condenados a penas alternativas
e à detenção; e os adolescentes em idade adequada ao trabalho ou em situação
familiar difícil, do ponto de vista econômico, social ou afetivo (BRASIL, 1999).

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A P RO F UNDA NDO

Você sabia que, com base nos indicadores financeiros do cooperativismo


em 2021, o ativo total do nosso movimento alcançou a marca de R$ 784,3
bilhões, um aumento de 20% em relação a 2020? Os ingressos somaram
524 bilhões, número 26% maior quando comparado ao ano anterior. Além
de ser motor da economia brasileira, o cooperativismo faz a diferença na
vida dos cidadãos ao reinvestir seus resultados e trazer avanço para toda
sociedade. Apenas em 2021, nossas cooperativas injetaram mais de R$
17 bilhões em tributos nos cofres públicos. Isso sem contar nos mais de
R$ 18 bilhões referentes ao pagamento de salários e outros benefícios
destinados a colaboradores.

EM FOCO

Acesse o conteúdo da disciplina e conheça mais sobre este tema.

NOVOS DESAFIOS
Neste tema, aprendemos mais sobre a evolução dos ramos do cooperativismo
e, aqui, focamos em três, Agropecuário, Transporte e Especial. Você já conhecia
algum deles? Vimos também que as cooperativas, em 2021, injetaram mais de
R$ 17 bilhões em tributos nos cofres públicos. Isso sem contar nos mais de R$
18 bilhões referentes ao pagamento de salários e outros benefícios destinados a
colaboradores. Bem, é notável que é vasto esse território, e que um(a) profissional
como você é imprescindível, por isso, desafio-o(a) a se aventurar, ainda mais, nos
conteúdos que vimos hoje e se tornar perito(a) em cooperativismo.

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VAMOS PRATICAR

1. As cooperativas do ramo do agronegócio têm uma grande importância na economia


brasileira, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do setor. De acordo
com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em 2021, o ramo agro-
pecuário somava 1.563 cooperativas, mais de 1 milhão de cooperados e gerava cerca
de 220 mil empregos diretos.

ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS (OCB). Ramo Agropecuário: dados estatísti-


cos. c2021. Disponível em: https://www.ocb.org.br/ramos-do-cooperativismo/ramo-agropecuario.
Acesso em: 27 mar. 2023.

Qual é a importância das cooperativas do ramo agropecuário na economia brasileira?


Explique.

2. O cooperativismo agropecuário é um dos mais tradicionais ramos do modelo de ne-


gócios cooperativista no Brasil, reunindo produtores rurais para fortalecer o poder de
escala e a atuação no mercado, além de exercer um papel fundamental na assistência
técnica, industrialização e comercialização da produção dos cooperados.

COOPERATIVISMO agropecuário cresce no Brasil. Globo Rural, São Paulo, 11 ago. 2021. Disponível
em: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2021/08/cooperativismo-a-
gropecuario-cresce-no-brasil.html. Acesso em: 24 maio 2023.

Com relação ao objetivo principal das cooperativas agropecuárias no Brasil, assinale al-
ternativa correta.

a) Aumentar o poder de escala e a atuação dos produtores rurais no mercado.


b) Prestar assistência técnica e industrialização da produção dos cooperados.
c) Tornar-se um meio social de referência para todos que realizam negócios com o coo-
perativismo.
d) Estar ligada apenas ao setor de suínos, focando em médias produções.
e) Todas as alternativas estão corretas.

3. Vale destacar que, ao longo dos anos, muitas inovações e investimentos têm sido
feitos na área de tecnologia. Um exemplo disso é a criação do laboratório de análises
de solo, semente e tecido vegetal, que oferece serviços de análises de alta qualidade
para produtores rurais da região.

Outra inovação importante é a criação da Plataforma de Negociação Agrícola (PNA),


que é uma ferramenta on-line que permite a compra e venda de produtos agrícolas
de forma mais eficiente e transparente. A plataforma ajuda a conectar produtores e
compradores de forma direta, eliminando intermediários e reduzindo custos.

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VAMOS PRATICAR

Além disso, a Coopavel é a patrocinadora do Show Rural Coopavel, uma das maiores
feiras do agronegócio do Brasil, que acontece anualmente em Cascavel, no Paraná.
O evento atrai milhares de pessoas de todo o país e é uma oportunidade para que os
produtores rurais conheçam as últimas tendências e tecnologias do setor, além de
fazerem negócios e trocarem experiências.

COOPAVEL. A Coopavel. Março, 2023. Disponível em: https://coopavel.com.br/a-coopavel/. Aces-


so em: 24 maio 2023.

Acerca da importância da Coopavel para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro,


além de como as cooperativas vêm inovando em tecnologia e serviços para seus coope-
rados, assinale a alternativa correta.

I - A Coopavel é uma das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil, atuando em diferentes


ramos do agronegócio, como produção de grãos, suínos, aves, leite e frutas, entre outros.
II - A cooperativa investe em tecnologia, infraestrutura e capacitação de seus colabora-
dores para agregar valor aos produtos de seus cooperados.
III - A Coopavel criou o laboratório de análises de solo, semente e tecido vegetal, além da
Plataforma de Negociação Agrícola, que ajuda a conectar produtores e compradores
de forma mais eficiente e transparente.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.

4. Com mais de 20 anos de existência, o ramo reúne cooperativas destinadas a organizar


a prestação de serviços de transporte de cargas ou passageiros, cujos cooperados
são donos ou têm permissão para uso do veículo. Seja ao pegar um táxi ou ônibus,
na hora de contratar um serviço de entrega ou na procura de quem faça o transporte
escolar: há sempre uma cooperativa de transporte atuando e oferecendo um serviço
de referência. Elas nasceram como um caminho para a organização, profissionaliza-
ção e liberdade dos pequenos e médios transportadores. Atualmente, o ramo também
engloba cooperativas que se dedicam ao transporte turístico, oferecendo os serviços
de transfers e passeios de bugue, por exemplo.

SISTEMA OCB. Ramo Transporte. c2021. Disponível em: https://www.ocb.org.br/ramos/transpor-


te. Acesso em: 27 mar. 2023.

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VAMOS PRATICAR

Sobre a finalidade do ramo de cooperativas de transporte, assinale a alternativa correta.

a) Organizar a prestação de serviços de transporte de cargas ou passageiros.


b) Promover a concorrência entre pequenos e médios transportadores.
c) Oferecer serviços de transfer e passeios de bugue.
d) Controlar a propriedade dos veículos utilizados nos serviços de transporte.
e) Reduzir a liberdade dos pequenos e médios transportadores.

5. Até o ano de 2019, no Brasil tínhamos 13 ramos distintos. Em 2020, após um processo
democrático e uma avaliação minuciosa dos benefícios para as cooperativas, passa-
mos para uma estrutura de sete ramos. Essa modernização vem para garantir que o
Sistema OCB fique ainda mais próximo da realidade das nossas coops, gerando cada
vez mais impactos positivos tanto para as pessoas quanto para os negócios – num
grande movimento de fortalecimento da economia brasileira.

SISTEMA OCB. Ramos do Cooperativismo. c2020. Disponível em: https://www.somoscooperati-


vismo.coop.br/ramos. Acesso em: 27 mar. 2023.

Sobre a nova estrutura de ramos do cooperativismo no Brasil, após a modernização de


2020, assinale a alternativa correta.

a) Sete ramos.
b) Treze ramos.
c) Cinco ramos.
d) Onze ramos.
e) Nove ramos.

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TEMA DE APRENDIZAGEM 8

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO,
TRABALHO, PRODUÇÃO, EDUCAÇÃO,
CONSUMO, MINERAL E SAÚDE
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Identificar os tipos de cooperativas de consumo;

Compreender a história da primeira cooperativa de crédito do Brasil e conhecer


as maiores cooperativas de saúde do mundo;

Identificar a evolução dos ramos cooperativistas ao longo dos últimos três anos;

Conhecer a evolução e junção dos ramos trabalho, produção, educação, mineral


e saúde;

Desbravar a lei que regulamenta a classificação dos ramos do cooperativismo.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


Antes de começarmos a fundo nosso tema, vale ressaltar que, em 2018, a OCB
iniciou um processo sobre a reorganização dos ramos do cooperativismo, que
antes eram classificados como: agropecuário, consumo, crédito, educacional,
especial, turismo e lazer, habitação, infraestrutura, mineral, produção, saúde,
transporte e trabalho.
A reorganização dos ramos levou em consideração a legislação societária
e específica, a regulação própria, o regime tributário, o enquadramento sin-
dical e a quantidade das cooperativas por ramo. Atualmente, quase sete mil
cooperativas passaram a integrar os sete ramos. Mas por que isso foi feito?
Segundo a OCB, para formar ramos fortes, com mais representatividade e
tornar-se uma organização mais simples e flexível, capaz de se adaptar às
rápidas mudanças de mercado e inovação.
A reorganização dos ramos levou em consideração a legislação societária
e específica, a regulação própria, o regime tributário, o enquadramento sin-
dical e a quantidade das cooperativas por ramo. Um dos objetivos principais
é alinhar o discurso e realizar uma comunicação mais assertiva, e melhorar o
atendimento do Sescoop, que hoje encontra dificuldade em organizar ações
para ramos muito específicos e com poucas cooperativas.

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

Dos ramos de atuação, o cooperativismo de crédito é de ex-


trema importância para a economia do país. E para que você
compreenda de maneira prática, vamos desbravar o surgi-
mento da primeira cooperativa de crédito aqui no Brasil, fun-
dada pelo Patrono do cooperativismo, Padre Theodor Amstad.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8

VAMOS RECORDAR?
O cooperativismo de crédito é o mais antigo do Brasil, mas
também temos grandes histórias e transformações no
cooperativismo, por isso, te convido a assistir esses dois
vídeos que contam a história e os números da Unimed, a
cooperativa de saúde mais antiga de nosso país. Fundada
em Santos (SP) em 1967, a Unimed se consolidou como
a maior cooperativa de saúde do país, com mais de 18 mil-
hões de clientes e uma rede de atendimento que abrange
todo o território nacional.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

CRÉDITO

O cooperativismo de crédito é, atualmen-


te, regulamentado pela Lei Complementar
130/2009. Em 2021, o Sistema OCB somou
mais de 700 cooperativas de crédito com
registro ativo e autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil (BCB). Esse
universo é composto por 30 centrais, duas
confederações e 701 singulares.
As cooperativas singulares, em função de suas operações, foram divididas
pela Resolução CMN 4.434/15 (BRASIL, 2015) em três categorias:

Cooperativas Plenas

Podem realizar praticamente todas as operações autorizadas a uma instituição


financeira, inclusive nas que assumam exposição pela venda ou compra de ouro,
em transações com moeda estrangeira, em operações sujeitas à variação cambial,
entre outras. Em outras palavras, operações de maior complexidade e risco. Seg-
mento composto por 71 cooperativas ativas junto à OCB.

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UN I AS S ELV I

Clássicas

Estão autorizadas a realizar todas as operações típicas de uma instituição finan-


ceira, notadamente relacionadas à intermediação financeira e pagamentos. Seg-
mento composto por 496 cooperativas ativas junto à OCB.

Capital de empréstimo

São distintas das demais por estarem impedidas de realizar captação de depósitos.
Segmento composto por 134 cooperativas ativas junto à OCB.

FIGURA 1 – Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Crédito.


Fonte: https://anuario.coop.br/ramos/credito/. Acesso em: 3 maio 2023.

Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior “Indicadores Financeiros
do Cooperativismo de Crédito”. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresenta dados de 2021, onde
se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 518,8 BI, Capital Social, que corresponde a
38,9 BI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 60,4 BI e Sobras do Exercícios, que corresponde a R$
10,1 BI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações referentes às cooperativas de crédito
autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema OCB. Fonte: Relação de Instituições em
Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”. Em seguida, a informação em destaque: “E os
resultados alcançados pelas cooperativas de crédito também voltam para a sociedade com mais desenvolvimento
e qualidade de vida: Em 2021, elas investiram mais de R$ 5 bilhões em despesas com pessoal”.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8

Após essa iniciativa, outras cooperativas de crédito surgiram, com foco no aten-
dimento ao produtor rural. Em junho de 2003, o Conselho Monetário Nacional
(CMN) aprovou a resolução nº 3.106, que possibilitou às cooperativas a livre
admissão de associados (SOARES, 2007). Com relação aos Desafios e Oportuni-
dades para as Cooperativas de Crédito, o Sistema OCB (2019, p. 52) acredita que:

Pinheiro (2008) afirma que, as cooperativas de crédito têm como finalidade fornecer
serviços financeiros aos associados, como a prestação de serviços de cobrança,
custódia, recebimentos e pagamentos, concessão de crédito, captação de depósitos
à vista e a prazo, cheques, bem como a celebração de convênios com outras
instituições financeiras para pagamentos de terceiros. Além disso, o autor destaca
que as cooperativas de crédito são regulamentadas pelo Banco Central do Brasil.

Dessa forma, pode-se verificar que as cooperativas de crédito são instituições


da união de pessoas que buscam, por meio da ajuda mútua, a melhor admi-
nistração de seus recursos financeiros. Isso significa que o ramo do coope-
rativismo de crédito permite a seus associados realizarem movimentações
financeiras, em que, como diferencial a outras instituições financeiras, todos
são sócios, não existindo somente clientes.

VOCÊ SABE RESPONDER?


A maior cooperativa de crédito do mundo atualmente é a Coopérative
Crédit Agricole, da França, com mais de 50 milhões de clientes e ativos na
casa dos trilhões de euros.

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UN I AS S ELV I

A NOVA RESOLUÇÃO OCB Nº 56/2019

Depois de um longo processo de estudo e debate, a proposta de reorganização


dos ramos do cooperativismo foi aprovada em Assembleia Geral da OCB.
De acordo com a Resolução OCB nº 56/2019, que regulamenta a classifica-
ção dos ramos do cooperativismo, agora, somos organizados em sete ramos.
Todos eles ganharam novos ícones, alguns foram ressignificados e outros se
fundiram. Tudo para o cooperativismo contar com ramos ainda mais fortes.

TRABALHO, PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

Com a reorganização, são somadas forças entre os Ramos Trabalho, Produ-


ção, Mineral, Especial, parte do Ramo Turismo e Lazer e parte do Ramo Edu-
cacional. O cooperativismo de trabalho, produção
de bens e serviços é o caminho para profissionais trabalhadores
de perfil empreendedor e colaborativo que acre- se transformam
ditam na união de forças para chegarem muito em donos do seu
mais longe. Aqui trabalhadores se transformam próprio negócio.
em donos do seu próprio negócio.
Os cooperados participam de todos os processos operacionais e admi-
nistrativos, e da divisão dos resultados. Ramo Trabalho, Produção de Bens
e Serviços: composto por cooperativas que se destinam, precipuamente, a
organizar, por meio da mutualidade, a prestação de serviços especializados
a terceiros ou a produção em comum de bens.

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FIGURA 2 – Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Trabalho e Produção de Bens e Serviços.


Fonte: Anuário Coop (2022, s. p.).

Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior da imagem “Indicadores
Financeiros do Cooperativismo de Trabalho e Produção de Bens e Serviços”. Há quatro linhas em um quadro dinâ-
mico que apresenta dados de 2021, onde se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 1,1
BI, Capital Social, que corresponde a 118,5 BI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 2,9 BI e Sobras
do Exercícios, que corresponde a R$ 665,2 MI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações
referentes às cooperativas de crédito autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema
OCB. Fonte: Relação de Instituições em Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”.

CONSUMO

Vanguardista, o Ramo Consumo deu origem ao movimento cooperativista na In-


glaterra, em 1844. Ele reúne tradicionalmente as cooperativas destinadas à compra
em comum de produtos e/ou serviços para seus cooperados como, por exemplo, os
supermercados e as farmácias cooperativas. O propósito do ramo é um só: somar
o poder de compra de todos, reduzindo custos e oferecendo melhor atendimen-
to aos cooperados. Também fazem parte cooperativas formadas por pais para a
contratação de serviços educacionais e aquelas de consumo de serviços turísticos.

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UN I AS S ELV I

Depois da reformulação, agora passa a englobar parte das cooperativas do Ramo


Educacional, formadas por pais e alunos, e do Ramo Turismo e Lazer, na moda-
lidade em que os cooperados adquirem, por intermédio da cooperativa, serviços
turísticos. Aqui a ideia é somar o poder de compra de todos para reduzir custos de
bens e serviços e oferecer melhor atendimento e segurança para os cooperados.
Existem dois tipos de cooperativas de consumo: a fechada, que admite apenas
pessoas ligadas a uma mesma profissão ou organização; e a aberta, que admite
qualquer pessoa que queira se associar.

A abrangência das cooperativas de consumo é representada, principalmente, por


supermercados, farmácias, convênios e postos de combustível, que conseguem
gerar economia de escala nesses segmentos, reduzindo custos e aumentando a
competitividade para seus cooperados (SISTEMA OCB, 2015).

FIGURA 3 – Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Consumo. / Fonte: Anuário Coop (2022, s. p.)

Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior da imagem “Indica-
dores Financeiros do Cooperativismo de Consumo”. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresenta
dados de 2021, onde se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 3,0 BI, Capital Social,
que corresponde a 341,5 MI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 5,3 BI e Sobras do Exercícios,
que corresponde a R$ 140,3 MI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações referentes às
cooperativas de crédito autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema OCB. Fonte:
Relação de Instituições em Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”.

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SAÚDE

Criado com a missão de promover e cuidar da saúde humana, o cooperativis-


mo de saúde brasileiro é o maior do mundo e referência para todos os países
que desejam avançar no setor a partir do modelo de negócio cooperativo.
Reunindo profissionais de saúde e seus usuários, as cooperativas do ramo têm
por objetivo prover ou adquirir serviços focados na preservação, assistência
e promoção da saúde humana.
Com mais de 60 anos de existência, o ramo é composto por cooperativas
médicas, odontológicas e de todas as profissões classificadas no CNAE como
“atividades de atenção à saúde humana”, além das cooperativas de pessoas que
se reúnem para constituir um plano de saúde.
A maior cooperativa de saúde do Brasil é a Unimed, presente em todo
o território nacional e com mais de 347 unidades cooperadas. De acordo
com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2020, a Unimed também é
a maior cooperativa de trabalho do país, com mais de 108 mil cooperados e
um faturamento de mais de R$ 48 bilhões em 2019.

A P RO F UNDA NDO

A representatividade e a força do setor também podem ser vistas nos


números: em 2021, o cooperativismo de saúde somou 767 cooperativas e
mais de 318 mil cooperados, um aumento de 9% em relação ao ano anterior!
O ramo também gerou 126 mil empregos, levando qualidade de vida e de-
senvolvimento para todas as regiões do país!

EM FOCO

Confira a aula referente a este tema, acesse o conteúdo!

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UN I AS S ELV I

FIGURA 4: Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Saúde. / Fonte: Anuário Coop (2022, s. p.)

Descrição da Imagem: A imagem é um infográfico que tem como título no centro superior da imagem “Indicadores
Financeiros do Cooperativismo de Saúde”. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresenta dados de 2021,
onde se destaca, de cima para baixo, Ativo Total, que corresponde a R$ 53,5 BI, Capital Social, que corresponde
a 2,5 BI, Ingressos e receitas Brutas, que corresponde a R$ 89,5 BI e Sobras do Exercícios, que corresponde a R$
2,1 BI. Abaixo desses dados, temos a seguinte informação: “Informações referentes às cooperativas de crédito
autorizadas pelo banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema OCB. Fonte: Relação de Instituições
em Funcionamento no País, 2021 BCB, SouCoop, Sistema Desempenho”.

NOVOS DESAFIOS
Agora, que você conheceu mais sobre a reformulação dos novos ramos do coo-
perativismo, sua transição de 13 ramos para o que são hoje os sete principais,
deve notar que a atuação do profissional dentro do cooperativismo é vasto, sendo
possível atuar em vários segmentos. Ao longo dos últimos anos, o crescimento
exponencial das cooperativas e sua competitividade vem se destacando nos va-
riados ramos de seguimento.
Agora, te desafio, a partir de suas anotações, a desbravar na sua região quantos
ramos do cooperativismo existem, se existem. Vale, também, desbravar as coo-
perativas no âmbito mundial. Isso fará com que você compreenda a grandeza e
a vasta oportunidade para sua atuação como profissional da área.

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VAMOS PRATICAR

1. A história do Sicredi remonta ao ano de 1902, quando foi fundada a primeira cooperativa
de crédito rural no Brasil, em Linha Imperial, município de Nova Petrópolis (RS), pelo
padre suíço Theodor Amstad.

SICREDI. Sobre nós. c2023. Disponível em: https://www.sicredi.com.br/site/sobre-nos/. Acesso


em: 27 mar. 2023.

Explique como o modelo de negócio cooperativo adotado pelo Sicredi tem impactado a
economia brasileira.

2. O cooperativismo de saúde brasileiro é o maior do mundo e referência para todos os


países que desejam avançar no setor a partir do modelo de negócio cooperativo. A
maior cooperativa de saúde do Brasil é a Unimed, presente em todo o território nacional.

ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Compreender o presente. Escrever o futuro.


2020. Disponível em: https://anuario.coop.br/. Acesso em: 27 mar. 2023.

Com base no texto que descreve o cooperativismo de saúde brasileiro, sua missão e
objetivos, além do destaque da maior cooperativa de saúde do Brasil, Unimed, de acordo
com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2020, assinale a alternativa correta que
apresenta o número de unidades cooperadas da Unimed e o faturamento que a torna a
maior cooperativa de saúde do país:

a) Mais de 100 unidades cooperadas e um faturamento de R$ 30 bilhões em 2019.


b) Mais de 200 unidades cooperadas e um faturamento de R$ 40 bilhões em 2018.
c) Mais de 300 unidades cooperadas e um faturamento de R$ 48 bilhões em 2019.
d) Mais de 400 unidades cooperadas e um faturamento de R$ 50 bilhões em 2020.
e) Mais de 500 unidades cooperadas e um faturamento de R$ 60 bilhões em 2021.

3. O cooperativismo de crédito é um dos principais ramos do cooperativismo no Brasil.


Fundado em 1902, a primeira cooperativa de crédito brasileira foi criada em Nova Pe-
trópolis, no Rio Grande do Sul, e desde então o ramo tem crescido significativamente
no país. Em 2020, o cooperativismo de crédito contava com mais de 10,4 milhões de
associados e mais de 1,2 mil cooperativas registradas, sendo uma importante alterna-
tiva ao sistema bancário tradicional.

Considerando a primeira cooperativa de crédito brasileira e o ano de sua fundação, analise


as afirmativas a seguir:

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VAMOS PRATICAR

I - Cooperativa de Crédito Rural de Nova Petrópolis, fundada em 1902.


II - Cooperativa de Crédito Rural de Porto Alegre, fundada em 1910.
III - Cooperativa de Crédito Mútuo dos Empregados do Banco do Brasil, fundada em 1930.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.

4. A cartilha "Ramos do Cooperativismo" publicada pela Sescoop/RS apresenta informa-


ções sobre os diferentes ramos do cooperativismo, suas características e atuações.

SESCOOP/RS. Ramos do Cooperativismo. 2019. Disponível em: https://www.sescooprs.coop.br/


app/uploads/2019/10/cartilha-ramos-cooperativismo-2019.pdf. Acesso em: 25 maio 2023.

Sobre o ramo do cooperativismo tem como objetivo a geração e distribuição de energia


elétrica, assinale a correta.

a) Cooperativismo de Crédito.
b) Cooperativismo de Trabalho.
c) Cooperativismo de Infraestrutura.
d) Cooperativismo de Saúde.
e) Cooperativismo de Transporte.

5. O ramo do cooperativismo de consumo é aquele que busca atender às necessidades


de seus cooperados em relação à aquisição de produtos e serviços para o consumo
próprio, visando sempre o melhor custo-benefício. As cooperativas desse ramo são
formadas por pessoas físicas, que se unem para adquirir produtos e serviços em co-
mum. Dessa forma, a cooperativa de consumo tem como principal objetivo promover
o bem-estar de seus cooperados, oferecendo a eles produtos de qualidade por um
preço justo.

Sistema OCB. Ramo Consumo. Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2021. 2021. Disponível
em: https://anuario.coop.br/ramos/consumo. Acesso em: 25 maio 2023.

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VAMOS PRATICAR

Sobre o principal objetivo das cooperativas de consumo, assinale a alternativa correta.

a) Maximizar os lucros dos cooperados.


b) Promover o bem-estar dos cooperados.
c) Vender produtos e serviços para o público em geral.
d) Aumentar o número de cooperados.
e) Expandir o mercado de atuação.

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MINHAS ANOTAÇÕES

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TEMA DE APRENDIZAGEM 9

COOPERATIVISMO DE
INFRAESTRUTURA,
HABITACIONAL, TURISMO E LAZER
ME. FERNANDA H. MANSANO
ME. SILVIO CÉSAR DE CASTRO
ME. TIAGO RIBEIRO DA COSTA

MINHAS METAS

Conhecer a nova junção dos ramos Infraestrutura e Habitacional.

Compreender a distribuição das cooperativas nos segmentos Infraestrutura


e Habitacional.

Conhecer a nova junção dos ramos Turismo e Lazer.

Compreender a distribuição das cooperativas nos segmentos Turismo e


lazer.

Refletir sobre todos os temas e identificar o viés cognitivo referente ao


cooperativismo e sua aplicação em caráter mundial.

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UN I AS S ELV I

INICIE SUA JORNADA


Já se sabe que os ramos do cooperativismo tiveram sua transformação de 13
para 7, e o intuito dessa ação foi para trazer mais força às atividades, gerando,
ainda mais, credibilidade ao ramo de atuação. Neste tema, você conhecerá dois
ramos que tinham sua distinção em atuação, mas que, depois de reformulação,
foram acrescidos um ao outro. É importante identificar a razão pela qual esses
ramos não terem suas atividades tão conhecidas, mesmo elas sendo de extrema
importância para o desenvolvimento do país. Você conhecerá, mais a fundo,
suas estruturas bem como seus números e crescimento nos últimos anos.

P L AY N O CO NHEC I M ENTO

Vamos conhecer mais sobre a estrutura organizacional e


identificar o futuro e quais os pontos de inovação para dis-
seminar esta filosofia do cooperativismo? Acesse o Qr Code.

O Sistema OCB, em relação aos Desafios e às Oportunidades para as cooperativas


(2019, p. 76), acredita que:


O cooperativismo de infraestrutura tem como desafio constante
aumentar a eficiência de seus processos e produtos. Para isso,
busca melhorar continuamente sua gestão e diversificar seus mo-
delos de negócio. Caminhos que podem ser construídos com o
compartilhamento de produtos e serviços, investimentos conjun-
tos em geração e comercialização de energia, tornando o ramo
cada vez mais apto a aproveitar as oportunidades. Além disso, é
necessária a consolidação das cooperativas nos setores econô-
micos onde atuam, a partir da elaboração de leis e normativos
que considerem as especificidades do movimento cooperativo.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9

VAMOS RECORDAR?
Agora, compreenderemos, mais a fundo, os ramos do
cooperativismo de Infraestrutura, Turismo e Lazer, em
relação às projeções de desenvolvimento. Acesse o QR
Code e assista a uma sequência de vídeos elaborados
pelo Sistema Ocesp “Programa do Cooperativismo”.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL


A imprevisibilidade gerada pela crise sanitária mundial (Covid-19) fez com que
o mundo enfrentasse grandes desafios para crescimento nos cenários futuros. No
contexto da retomada econômica, as cooperativas possuem grande oportunidade:
a de se tornarem protagonistas.
Mesmo diante de muitos obstáculos, as cooperativas, mais uma vez, superaram
as expectativas e provaram, com resultados positivos, que a chave do sucesso está na
colaboração e na construção conjunta. Nesse cenário, o cooperativismo tende a seguir
em ascensão, uma vez que a crise fez com que mais pessoas se aproximassem de solu-
ções coletivas, como as apresentadas em nosso modelo de negócio. Tendo as pessoas
como centro e priorizando o trabalho colaborativo, promovemos desenvolvimento e
prosperidade para toda sociedade. É movido por esse propósito que o Sistema OCB,
junto de todas as cooperativas, exerce o papel de fortalecer, representar e defender o
cooperativismo brasileiro, fazendo com que seja cada vez mais conhecido e respeita-
do por todos. Atualmente, o movimento abrange mais de 18 milhões de cooperados,
reunidos em 4.880 cooperativas, e gera 493.277 empregos. O foco do Sistema OCB é
trabalhar para fortalecer o papel das cooperativas na agenda estratégica do país, com
a efetivação de políticas públicas que estimulem, ainda mais, nossa atuação.

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UN I AS S ELV I

INFRAESTRUTURA

Composto por cooperativas que fornecem serviços essenciais para seus associa-
dos, o ramo Infraestrutura oferece recursos para melhoria da qualidade de vida
e pleno desempenho das atividades produtivas da sociedade. Com mais de 80
anos de existência no Brasil, hoje, o ramo reúne cooperativas que prestam servi-
ços, como distribuição de energia elétrica, saneamento básico, telecomunicações,
construção civil, irrigação e habitação. Participando em todas essas frentes, as
cooperativas de infraestrutura são agentes de extrema relevância para seus coo-
perados e para as regiões onde estão presentes, contribuindo, diretamente, para
o desenvolvimento e a qualidade de vida nas cinco regiões brasileiras.

O cooperativismo de infraestrutura leva qualidade de vida e desenvolvimento


econômico para todos os cantos do país, principalmente, para as regiões mais
distantes do Brasil.

Em 2021, o ramo somou 263 cooperativas, um aumento de 7% em relação


ao ano anterior. Com mais de 1,2 milhões de cooperados, o cooperativismo
de infraestrutura gerou 7 mil empregos, confirmando mais uma vez a sua
importância para o país.

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9

Segmentação do Ramo Infraestrutura

O cooperativismo de infraestrutura, também, é marcado pela diversidade de


atuação de suas cooperativas. O ramo é dividido em oito segmentos: distribuição
de energia, geração de energia, irrigação, telecomunicações, água e saneamento,
construção civil habitacional, construção civil comercial e desenvolvimento. As
cooperativas de energia, por exemplo, têm papel fundamental no desenvolvi-
mento dos locais em que estão inseridas levando energia elétrica de qualidade a
localidades não atendidas por outros agentes do setor e contribuindo com o meio
ambiente ao oferecer produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Figura 1 - Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Infraestrutura


Fonte: Anuário do Cooperativismo Brasileiro ([2023]).

Descrição da Imagem: a figura apresenta um infográfico que representa os Indicadores Financeiros do Coopera-
tivismo de Infraestrutura. Há quatro linhas em um quadro dinâmico que apresentam dados de 2021. Na primeira
linha, de cima para baixo, temos o ativo total, que corresponde a R$ 6,2 BI; na segunda linha, temos o Capital
Social, que corresponde a 624,1 MI; na terceira linha, temos Sobras do Exercícios, que corresponde a R$ 406,9
BI; e, na última linha, temos Ingressos e Receitas Brutas, que corresponde a R$ 4,2 BI.

Desafios e Oportunidades

O cooperativismo surge como uma opção viável para o acesso à energia de quali-
dade, especialmente, com o aumento da geração e distribuição de energias reno-
váveis. Existem muitos exemplos de produtores rurais que transformam passivos
ambientais em biogás, e pessoas e empresas que adquirem painéis solares para
produzir sua própria energia nas cidades, por meio da organização em coope-

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UN I AS S ELV I

rativas. As vantagens incluem diminuição de custos de produção, aumento de


produtividade e implementação de processos produtivos mais sustentáveis.
A conectividade e a autogestão energética são
importantes para o uso eficiente e sustentável dos A conectividade
recursos disponíveis. É essencial que as cooperativas e a autogestão
de energia mantenham a qualidade de distribuição e energética são
importantes
diversifiquem seus produtos e serviços para oferecer
acesso aos recursos energéticos distribuídos a seus
cooperados, com soluções de inteligência de rede que transformem a geração dis-
tribuída em benefícios para todos. O cooperativismo deve buscar soluções que
promovam o acesso à internet, a melhor gestão da energia e o fomento à produção
de energia limpa, para atender às futuras demandas dos cooperados e comunidades.
Fazendo uma reflexão a nível mundial sobre o cooperativismo, notamos que, ao
longo dos anos, ele cresceu e se desenvolveu de maneira exponencial e transformou
todas as comunidades e regiões onde se alocaram. Segundo o cenário internacional,
hoje, são 3 milhões de cooperativas no mundo. O faturamento combinado das 300
maiores cooperativas soma 2,18 bilhões de dólares. São 1 bilhão de cooperados repre-
sentando 12% da humanidade, e já são mais de 280 milhões gerados que representam
4% da população mundial.

A P RO F UNDA NDO

Você sabia que o Brasil possui 8 das 300 maiores cooperativas do mundo?
São elas: Copersucar, do ramo do Agro, com mais de 8,86 volume de negóci-
os (em US$ bilhões); Sicredi, do ramo de Crédito, com mais de 4,03 volume
de negócios (em US$ bilhões); Coamo, do ramo do Agro, com mais de 3,29
volume de negócios (em US$ bilhões); C. Vale, do ramo do Agro, com mais
de 2,16 volume de negócios (em US$ bilhões); e Central Nacional Unimed, do
ramo da Saúde, com mais de 1,55 volume de negócios (em US$ bilhões).
Fonte: adaptado de Loturci (2020).

EM FOCO

Confira a aula referente a este tema, acesse o conteúdo para aprender mais!

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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9

NOVOS DESAFIOS
Bem, é notável que o cooperativismo é imenso e, ainda, tem vasta oportu-
nidade de crescimento e desenvolvimento. Você, como profissional da área,
pode e deve ajudar a disseminar essa cultura que ainda é pouco explorada
e não tão conhecida por grande parte da população. Aconselho que você
explore livros, podcasts e, principalmente, vivencie o cooperativismo na
prática, pois, assim, conseguirá somar esforços a todo esse movimento. Vale
lembrar que estamos migrando para uma era quase 100% vivenciada no
digital, por isso, utilizar as ferramentas digitais ao seu favor e instruir as
muitas cooperativas a também as utilizarem será um grande passo para as
inovações dentro do cooperativismo.

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VAMOS PRATICAR

1. Com mais de 80 anos de existência no Brasil, hoje o ramo reúne cooperativas que
prestam serviços como: distribuição de energia elétrica, saneamento básico, tele-
comunicação, construção civil, irrigação e habitação. Participando em todas essas
frentes, as cooperativas de infraestrutura são agentes de extrema relevância para seus
cooperados e para as regiões onde estão presentes, contribuindo diretamente para o
desenvolvimento e a qualidade de vida nas cinco regiões brasileiras.

ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Ramos – Infraestrutura. 2021. Disponível em:


https://anuario.coop.br/ramos/infraestrutura/. Acesso em: 25 maio 2023.

Explique as principais atividades desenvolvidas pelas cooperativas de infraestrutura e


como elas contribuem para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em suas áreas
de atuação.

2. Desde 1847, produtores, agricultores, pecuaristas, pescadores e extrativistas se unem


para obter mais resultados na compra e venda de seus produtos. Seja no fornecimento
de insumos, classificação, armazenagem, processamento, seja na comercialização dos
produtos, a formação da cooperativa agrega valor à produção e melhora a concorrência
no mercado. Outro ponto positivo é que, como cooperados, eles também podem contar
com assistência técnica e fomento à tecnologia. COMO ESTÁ NA RESOLUÇÃO: Art. 1º,
g) Ramo Agropecuário: composto por cooperativas que se destinam, precipuamente,
a prover, por meio da mutualidade, a prestação de serviços relacionados às atividades
agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira, cujos cooperados
detêm, a qualquer título, o(s) meio(s) de produção.

SESCOOP/RS. Cartilha destaca a nova organização do cooperativismo brasileiro. 2019. Dis-


ponível em: https://www.sescooprs.coop.br/noticias/2019/10/01/cartilha-destaca-a-nova-organi-
zacao-do-cooperativismo-brasileiro/. Acesso em: 25 maio 2023.

De acordo com o texto no qual estudamos, explique qual é a principal finalidade das
cooperativas de produção agropecuária.

3. As cooperativas são instituições financeiras que funcionam de forma diferente dos


bancos comuns. Elas são reguladas por órgãos específicos e têm um conjunto de prin-
cípios que guiam suas ações. A nível mundial, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI)
é o principal órgão regulador das cooperativas. A ACI é uma organização não governa-
mental que representa e serve às cooperativas em todo o mundo, fornecendo orien-
tação e suporte técnico às suas atividades. A ACI promove o desenvolvimento do coo-
perativismo, incentivando a criação de novas cooperativas e apoiando as existentes.

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VAMOS PRATICAR

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO. História do Cooperativismo: os 7 princípios do cooperativismo.


2016. Disponível em: https://cooperativismodecredito.coop.br/cooperativismo-2/historia-do-coo-
perativismo/os-7-principios-do-cooperativismo/.

Sobre o órgão regulador das cooperativas a nível mundial e sua função, analise as afir-
mativas a seguir:

I - Banco Central do Brasil, responsável por supervisionar e regular as cooperativas de


crédito.
II - Conselho Nacional de Cooperativismo, responsável por coordenar e orientar as ativi-
dades relacionadas ao cooperativismo em todo o país.
III - Aliança Cooperativa Internacional, representando e servindo às cooperativas em todo
o mundo, fornecendo orientação e suporte técnico às suas atividades.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III.
e) I, II e III.

4. O consumo consciente é uma prática que busca diminuir o impacto negativo do con-
sumo no meio ambiente e na sociedade. Trata-se de uma mudança de comportamento
que valoriza a qualidade, a durabilidade e a origem dos produtos, além de incentivar a
redução do consumo e a reutilização de itens.

ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Ramos do cooperativismo. Consumo. 2021. Dispo-


nível em: https://anuario.coop.br/ramos/consumo. Acesso em: 25 maio 2023.

Sobre o objetivo do consumo consciente, assinale a alternativa CORRETA:

a) Estimular o consumo excessivo de produtos.


b) Priorizar a produção em massa de produtos.
c) Valorizar a qualidade, a durabilidade e a origem dos produtos.
d) Ignorar o impacto do consumo no meio ambiente e na sociedade.
e) Descartar rapidamente os produtos após o uso.

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VAMOS PRATICAR

5. Segundo o cenário internacional, hoje são 3 milhões de cooperativas no mundo. O fa-


turamento combinado das 300 maiores cooperativas somam 2,18 bilhões de dólares.
São 1 bilhão de cooperados representando 12% da humanidade. E já são mais de 280
milhões gerados que representam 4% da população mundial.

ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Compreender o presente. Escrever o futuro.


2023. Disponível em: https://anuario.coop.br/. Acesso em: 25 maio 2023.

Sobre quantos cooperados existem no mundo, de acordo com o cenário internacional


atual, assinale a alternativa correta.

a) 1 milhão.
b) 1 bilhão.
c) 10 bilhões.
d) 100 milhões.
e) 500 milhões.

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REFERÊNCIAS

TEMA 1

ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Cenário Internacional. 2022. Disponível em:


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1.ed. Rio de Janeiro: MK, 2006.

TEMA 2

BRASIL. Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperati-


vismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Dis-
ponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5764.htm. Acesso em: 2 maio 2023.
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TEMA 3

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ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Cenário Internacional. 2022. Disponível em:
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TEMA 4

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TEMA 5

BRASIL. Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperati-


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REFERÊNCIAS

TEMA 6

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TEMA 7

ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Agropecuário. [2023a]. Disponível em: ht-


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REFERÊNCIAS

TEMA 8

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução CMN nº 4.434, de 5 de agosto de 2015. Dispõe


sobre a constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as alterações es-
tatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento das cooperativas de crédito
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OCB. Resolução nº 056/2019. Regulamenta a reorganização e nova classificação dos ra-
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PINHEIRO, M. A. H. Cooperativas de Crédito: história da evolução normativa no Brasil. 6. ed.
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Disponível em: http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/images/Comunicacao/2019/
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SOARES, M. M. Microfinanças: o papel do Banco Central do Brasil e a importância do coo-
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TEMA 9

ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO. Infraestrutura. [2023]. Disponível em: ht-


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LOTURCO, B. Brasil tem 6 cooperativas dentre as 300 maiores do mundo. Connecta, 3 fev.
2020. Disponível em: https://coonecta.me/world-cooperative-monitor/. Acesso em: 3 maio
2023.

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GABARITO

TEMA 1

1. O cooperativismo é um modelo socioeconômico baseado na cooperação voluntária entre


pessoas com interesses em comum, que se unem para alcançar objetivos em comum.
É uma forma de organização que tem como base a propriedade coletiva dos meios de
produção e a gestão democrática, em que cada membro tem direito a voto e participa
das decisões da cooperativa.
As cooperativas podem ter diferentes objetivos, como produzir bens ou prestar serviços
aos seus membros, comercializar a produção dos membros, fornecer crédito ou outros
serviços financeiros, entre outros. O cooperativismo busca promover a solidariedade entre
seus membros, a igualdade e a justiça social, com o objetivo de melhorar a qualidade de
vida e o bem-estar econômico dos membros e da comunidade em geral.
Estudos mostram que o cooperativismo pode trazer benefícios econômicos e sociais
significativos para as comunidades, incluindo a geração de empregos, o aumento da
renda, a redução da pobreza e da desigualdade, o fortalecimento da economia local e a
promoção da sustentabilidade ambiental. Além disso, as cooperativas são vistas como
uma forma de resistência à concentração de poder econômico e de proteção contra a
exploração de trabalhadores e consumidores.

2. C.

O cooperativismo pode ser altamente vantajoso, tanto do ponto de vista econômico


quanto social para as comunidades. Os benefícios incluem a criação de novos postos
de trabalho, aumento da renda, redução da pobreza e da desigualdade, fortalecimento
da economia local e incentivo à sustentabilidade ambiental. Além disso, as cooperativas
são vistas como um meio de resistir à concentração de poder econômico e de proteger
os trabalhadores e consumidores contra a exploração.

3. A.

De fato, o ser humano é insaciável e nunca terá suas necessidades 100% atendidas. Vale
ressaltar também que as necessidades básicas, a cada ano que se avança, vão tendo
transformações e, de acordo com esta evolução, as prioridades vão tendo variações, bem
como atualmente, a internet e sua conectividade é fator básico para existência de várias
pessoas e comunidades.

4. É importante compreender a lógica histórico-filosófica das organizações associativas para


que possamos compreender o papel das cooperativas e outras organizações associativas
na sociedade, tanto no passado como no presente. A compreensão desse contexto histó-

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GABARITO

rico e filosófico permite entender as deficiências dos modelos econômicos anteriores e a


necessidade de criar organizações que promovam o desenvolvimento solidário e equita-
tivo dos diferentes estratos sociais. Além disso, a compreensão desse contexto permite
entender que nem todas as cooperativas existem para cumprir seus princípios e suas
diretrizes, o que pode ajudar a identificar e corrigir problemas em organizações existentes.

5. C.

Elas são formas de associação de pessoas com objetivos em comum, que buscam de-
fender seus interesses e promover mudanças positivas em suas comunidades, seja por
meio de ações sociais, econômicas ou políticas. Cada uma dessas organizações apresenta
características específicas e atua em diferentes áreas, mas todas compartilham a premissa
de que juntos é possível alcançar mais do que individualmente.

TEMA 2

1. O cooperativismo é definido pela International Cooperative Alliance como a união formal


de indivíduos com o objetivo de alcançar objetivos comuns baseados em valores e ideais
democráticos, tendo como foco principal as pessoas e seus princípios fundamentais, como
democracia, igualdade, solidariedade e responsabilidade social. Segundo Cardoso (2009),
a definição mais próxima dos principais elementos encontrados nas definições é a de que
o cooperativismo é a associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente para
satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio
de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido.

2. C.

Ele defendia a ideia de que os trabalhadores deveriam ter maior participação no controle
das empresas e, assim, criou um modelo cooperativista que tinha como objetivo a melhoria
das condições de vida e trabalho dos trabalhadores.

3. C.

A afirmativa II está incorreta, porque a participação do cooperado nas Assembleias deve


ocorrer de maneira assídua, com participação ativa, bem como sua participação frequente
na utilização dos produtos e serviços e projetos da cooperativa.

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GABARITO

4. B.

A obrigação máxima do cooperado é zelar pelo bem existente da cooperativa, bem como
patrimônio e cultural.

5. E.

Promover a cultura e o aperfeiçoamento cooperativista no Brasil, pois, O Sescoop é um


serviço nacional que tem como objetivo promover a cultura e o aperfeiçoamento coo-
perativista no Brasil, por meio da educação e formação profissional dos trabalhadores e
cooperados das cooperativas.

TEMA 3

1. As cooperativas exercem um papel importante na promoção do desenvolvimento eco-


nômico e na educação dos trabalhadores ao longo das décadas, proporcionando uma
alternativa ao sistema econômico baseado na competição e na exclusão. Além disso,
a hierarquia das cooperativas, que inclui organizações em nível local, estadual, federal,
macrorregional e mundial, permite a disseminação de informações e experiências para
atualização dos princípios cooperativistas e progresso das sociedades em todo o mundo,
promovendo a cooperação e o compartilhamento de conhecimentos entre as cooperativas.

2. C.

Hierarquia do cooperativismo. O texto fala justamente sobre a estrutura organizacional do


cooperativismo, explicando como funciona a hierarquia que envolve as cooperativas de base,
as organizações de segundo grau (federações estaduais) e de terceiro grau (confederações)
e até mesmo organizações internacionais, como a Aliança Cooperativa Internacional. A
hierarquia é fundamental para que as cooperativas possam trabalhar de forma integrada
e colaborativa, compartilhando informações e experiências e fortalecendo o movimento
cooperativista como um todo. Além disso, a hierarquia é importante para a educação coo-
perativista, já que as organizações de segundo e terceiro grau têm a responsabilidade de
capacitar os cooperados e disseminar os valores e princípios do cooperativismo.

3. A.

Os órgãos reguladores do cooperativismo no Brasil são a Organização das Cooperativas


Brasileiras (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP).

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GABARITO

As cooperativas se dividem em quatro categorias: Cooperativas de Produção, de Consu-


mo, de Crédito e de Serviços. Quanto à hierarquia, as cooperativas se organizam em três
níveis: Cooperativa Singular, Cooperativa Central e Federação (no caso das cooperativas
de crédito) ou Confederação (no caso das demais cooperativas).

4. E.

Realizar discussões sobre a destinação das sobras ou rateio de perdas. A Assembleia Geral
tem como um de seus papéis discutir e deliberar sobre temas importantes da cooperativa,
como a destinação das sobras ou rateio de perdas, eleição e posse dos componentes da
Diretoria e do Conselho Fiscal para o novo exercício social, entre outros assuntos que sejam
de interesse dos cooperados. As assembleias podem ser ordinárias, realizadas uma vez por
ano, ou extraordinárias, realizadas sempre que necessário, e têm como base o princípio
da democracia, ou seja, um cooperado, um voto. Além disso, é importante ressaltar que
cada cooperativa é responsável por sua gestão de forma independente, de acordo com
o princípio da Autonomia e Autogestão.

5. B.

Os cooperados têm o dever de acompanhar e fiscalizar a gestão financeira da cooperativa,


incluindo a prestação de contas dos órgãos administrativos, para garantir que a cooperativa
esteja sendo gerida de forma transparente e responsável elegido na Assembleia Geral.

TEMA 4

1. O Terceiro Setor é composto por organizações sem fins lucrativos que prestam serviços
de caráter público. As associações são sociedades sem fins lucrativos formadas por pes-
soas físicas e exercem operações financeiras e bancárias no fomento à associação. Elas
são entidades pertencentes ao Terceiro Setor e prestam serviços aos seus associados,
serviços estes que deveriam ser prestados pelo Estado.
As associações são consideradas parte do Terceiro Setor porque prestam serviços públicos
aos seus associados. No entanto, há controvérsias sobre o encaixe das associações como
entidades pertencentes ao Terceiro Setor. Segundo Neto (2004), apenas as associações
beneficentes ou fundações (entidades que prestam serviços assistenciais nos campos so-
cial, educacional e de saúde) podem ser consideradas pertencentes àquele setor [CITAÇÃO]

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GABARITO

2. D.

Esta é a principal diferença entre as duas formas de organização. As cooperativas são


criadas para atender às necessidades de seus membros, que podem ser produtores ou
consumidores de um determinado produto ou serviço. Os membros se unem em torno
de um objetivo comum e trabalham juntos para produzir ou consumir de forma mais
eficiente e econômica.
Já as associações são criadas para defender os interesses coletivos de seus membros.
Elas podem ser formadas por indivíduos ou organizações que compartilham de um inte-
resse em comum, como uma associação de moradores de um bairro ou uma associação
de comerciantes de uma rua. As associações são criadas para defender os interesses dos
seus membros e buscar soluções para as demandas coletivas.
Portanto, a principal diferença é que as cooperativas visam atender às necessidades dos
membros, enquanto as associações defendem seus interesses coletivos.

3. C.

O associativismo é uma forma de potencializar o poder de competição tanto para indiví-


duos quanto para empresas e empreendimentos populares. Associar-se pode ser uma
forma de aumentar a representatividade e fortalecer a posição no mercado. No entanto,
é importante lembrar que falamos de representatividade, não de obtenção de lucros.

4. B.

Uma diferença entre a formação de associações e cooperativas é que as cooperativas têm


mais trâmites legais. Isso inclui o Projeto de Viabilidade Econômica e registro na Receita
Estadual. Esse aumento nos procedimentos possui claro direcionamento econômico, uma
vez que as cooperativas possuem essa finalidade. Já as associações não têm esse objetivo.

5. D.

Uma vantagem do Associativismo é que ele possui maior representatividade e força de


reivindicação. Isso significa que as associações têm mais poder para defender os inte-
resses de seus associados e lutar por seus direitos. Além disso, por serem organizações
de interesse público, têm direito de usufruir de programas governamentais.

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GABARITO

TEMA 5

1. A educação cooperativa é fundamental para o sucesso de uma cooperativa, pois ela


promove o desenvolvimento de habilidades e competências dos cooperados, tornan-
do-os aptos a participar ativamente da gestão da cooperativa e contribuir para a sua
sustentabilidade a longo prazo.

A educação cooperativa possibilita que os cooperados compreendam a natureza do


negócio cooperativo e seus objetivos, além de desenvolverem habilidades de liderança,
tomada de decisão, resolução de conflitos, comunicação e trabalho em equipe. Com essas
habilidades, os cooperados se tornam mais engajados e motivados a contribuir para o
sucesso da cooperativa, colaborando para a sua gestão eficiente e sustentável

2. C.

O Dia de Cooperar é uma iniciativa que busca incentivar e promover ações sociais e vo-
luntárias em prol da comunidade, demonstrando a preocupação das cooperativas com
a responsabilidade social. Além disso, destaca-se que todas as cooperativas se reúnem
para realizar ações em prol da comunidade, sendo um dos princípios do cooperativismo
mais vivenciados do dia C, a intercooperação, em que algumas cooperativas do mesmo
ramo ou não unem esforços para realizar suas ações.

3. B.

Segundo o texto base, os programas como A união faz a vida e Crescer e Pertencer do
SICREDI e PEC do Sicoob são alternativas de promoção da qualificação profissional dos
associados e, portanto, fundamentais para a manutenção do modelo cooperativo nas
comunidades. Além disso, há também os grupos específicos para os familiares do coo-
perado, como o clube das mães, que têm como objetivo a capacitação profissional dos
envolvidos com cursos e palestras. A qualificação profissional dos associados e seus fa-
miliares é importante para o sucesso e sustentabilidade das cooperativas, garantindo que
eles possam contribuir de forma eficaz para o desenvolvimento das suas comunidades.

4. A.

De acordo com a Lei nº 5.764/1971, a finalidade principal da OCB é integrar todos os


ramos das atividades cooperativistas, registrando todas as sociedades cooperativas
que integram a Organização, além de prestar serviços de assistência geral e opinar nos
processos que lhe são encaminhados pelo Conselho Nacional de Cooperativismo. A OCB

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GABARITO

é uma organização apartidária que atua junto aos três poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário), tendo papel determinante na sanção da referida lei.

5. B.

A CNCoop (Confederação Nacional das Cooperativas) tem como objetivo representar,


sindicalmente, as cooperativas na busca de equilíbrio nas relações de trabalho com os
colaboradores das unidades, tanto no âmbito administrativo, quanto judicial e extrajudicial.
A Confederação é responsável por designar representantes para objetivos específicos,
colaborar com o poder público em suas respectivas esferas e recolher e aplicar as con-
tribuições devidas por lei (BRASIL, 2010).

TEMA 6

1. De acordo com o texto, Robert Owen é considerado um dos fundadores do cooperativismo


moderno, sendo um empresário e filantropo inglês que propôs a criação de comunidades
autônomas de trabalhadores baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção.
Charles Gide foi um economista e pensador francês que defendia valores democráticos,
solidariedade e igualdade como fundamentais para o sucesso das cooperativas, além de
serem independentes e autônomas. Friedrich Raiffeisen e Hermann Schulze-Delitzsch,
líderes comunitários e políticos alemães, foram responsáveis pela criação das primeiras
cooperativas de crédito, ajudando a financiar pequenos negócios e melhorar as condi-
ções de vida das comunidades rurais e urbanas. Todos eles foram fundamentais para o
desenvolvimento e consolidação do cooperativismo a nível mundial, contribuindo com
suas ideias para o sucesso desse modelo de organização econômica e social.

2. A.

Explicação da resposta: na empresa solidária, a propriedade dos meios de produção é


dos trabalhadores e o poder de decisão é igualmente dividido entre eles, enquanto na
empresa capitalista, os investidores e fornecedores de capital são os proprietários e o
poder de decisão é centralizado nas mãos dos capitalistas ou gerentes contratados. A
empresa solidária tem como finalidade a quantidade e qualidade do trabalho, enquanto
na empresa capitalista, a finalidade é maximizar lucros para os proprietários. Na empresa
solidária, não há distribuição de lucros aos investidores, já que todas as sobras são des-
tinadas aos trabalhadores e aos fundos sociais.

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GABARITO

3. B.

Explicação: os sete ramos do cooperativismo são: agropecuário, consumo, crédito, edu-


cacional, habitacional, trabalho e saúde. O ramo agropecuário é destinado a produtores
rurais, o ramo consumo é destinado a consumidores, o ramo crédito é destinado a fornecer
crédito aos cooperados, o ramo educacional é destinado a cooperativas que oferecem
formação e treinamento, o ramo habitacional é destinado a cooperativas que fornecem
habitações aos cooperados, o ramo trabalho é destinado a cooperativas que fornecem
oportunidades de trabalho e o ramo saúde é destinado a cooperativas que fornecem
serviços de saúde.

4. B.

De acordo com o último relatório divulgado pelo Banco Central sobre o Sistema Nacional
de Crédito Cooperativo (SNCC), o Sicoob é a cooperativa com o maior número de agên-
cias, contando com 4.378 unidades em todo o país. Em seguida, a Sicredi possui 2.400
agências e a Cresol conta com 730 agências. Portanto, a afirmativa b é verdadeira. As
outras afirmativas são falsas.

5. A.

Robert Owen, Charles Gide, Friedrich Raiffeisen e Hermann Schulze-Delitzsch foram os


principais pensadores do cooperativismo, sendo que cada um deles teve contribuições
fundamentais para o desenvolvimento e consolidação desse modelo de organização
econômica e social.
Robert Owen é considerado um dos fundadores do cooperativismo moderno, sendo
um empresário e filantropo inglês que propôs a criação de comunidades autônomas de
trabalhadores baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção. Charles Gide
foi um economista e pensador francês que defendia valores democráticos, solidarie-
dade e igualdade como fundamentais para o sucesso das cooperativas, além de serem
independentes e autônomas. Friedrich Raiffeisen e Hermann Schulze-Delitzsch, líderes
comunitários e políticos alemães, foram responsáveis pela criação das primeiras coope-
rativas de crédito, ajudando a financiar pequenos negócios e melhorar as condições de
vida das comunidades rurais e urbanas. Juntos, esses pensadores foram fundamentais
para o desenvolvimento e consolidação do cooperativismo a nível mundial, contribuindo
com suas ideias para o sucesso desse modelo de organização econômica e social.

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GABARITO

TEMA 7

1. As cooperativas do ramo agropecuário têm uma grande importância na economia brasi-


leira, sendo responsáveis por agregar valor aos produtos agrícolas e pecuários, além de
promover o desenvolvimento sustentável do setor. Em 2021, o ramo agropecuário somava
1.170 cooperativas, mais de 1.024.605 milhões de cooperados e gerava cerca de 239.628
mil empregos diretos, mostrando a relevância do setor para a geração de emprego e
renda. Além disso, as cooperativas do ramo agropecuário contribuem para a promoção
do cooperativismo e do associativismo, fortalecendo a participação dos produtores rurais
na cadeia produtiva e garantindo melhores condições de vida no campo.
As cooperativas do ramo agropecuário desempenham um papel importante na economia
brasileira, especialmente por sua capacidade de agregar valor aos produtos agrícolas e
pecuários, além de promover a inclusão social e o desenvolvimento sustentável do setor.
Ao se associarem em cooperativas, os produtores rurais podem ter acesso a insumos e
tecnologias mais avançadas, reduzir custos e aumentar a eficiência da produção, além
de contar com uma estrutura organizacional capaz de comercializar seus produtos de
forma mais eficiente. Além disso, as cooperativas do ramo agropecuário contribuem para
a geração de emprego e renda no campo, promovendo o desenvolvimento das comunida-
des rurais e garantindo melhores condições de vida para os agricultores e suas famílias.

2. A.

O principal objetivo das cooperativas agropecuárias no Brasil é aumentar o poder de escala


e a atuação dos produtores rurais no mercado, prestando assistência técnica e indus-
trialização da produção dos cooperados, além de se tornar um meio social de referência
para todos que realizam negócios com o cooperativismo.
As cooperativas agropecuárias no Brasil surgiram para fortalecer a atuação dos produtores
rurais no mercado, permitindo que esses pequenos e médios produtores possam ter maior
poder de negociação e, assim, aumentar a sua competitividade. Além disso, as cooperativas
prestam assistência técnica aos cooperados, desde o preparo do solo até a colheita, e indus-
trializam a produção, agregando valor aos produtos. Por fim, as cooperativas agropecuárias
tornam-se referência social no meio em que atuam, oferecendo segurança e credibilidade não
apenas para os cooperados, mas também para quem realiza negócios com o cooperativismo.

3. A.

A Coopavel é uma das cooperativas mais importantes do agronegócio brasileiro, pois atua
em diferentes ramos da agroindústria, agregando valor aos produtos de seus cooperados.
Para isso, a cooperativa investe em tecnologia, infraestrutura e capacitação de seus cola-

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GABARITO

boradores. Um exemplo de inovação tecnológica é a criação do laboratório de análises de


solo, semente e tecido vegetal, que oferece serviços de análises de alta qualidade para pro-
dutores rurais da região. Outra inovação importante é a Plataforma de Negociação Agrícola,
que ajuda a conectar produtores e compradores de forma mais eficiente e transparente.
Além disso, a Coopavel patrocina o Show Rural Coopavel, uma das maiores feiras do agro-
negócio do Brasil, que é uma oportunidade para que os produtores tradicionais conheçam
as tendências e tecnologias do setor, além de fazerem negócios e trocarem experiências. A
Coopavel é um exemplo de sucesso no cooperativismo agroindustrial brasileiro e contribui
significativamente para o desenvolvimento econômico e social da região em que atua.
A resposta destaca a importância da Coopavel para o desenvolvimento do agronegócio bra-
sileiro, bem como as inovações em tecnologia e serviços que a cooperativa vem oferecendo
para seus cooperados. O texto base apresenta as informações necessárias para responder
à pergunta, destacando que a Coopavel é uma das maiores cooperativas agroindustriais do
Brasil, atua em diferentes ramos do agronegócio e investe em tecnologia, infraestrutura e
capacitação de seus colaboradores. Além disso, foram citadas algumas das principais ino-
vações da cooperativa, como a criação do laboratório de análises de solo, semente e tecido
vegetal e da Plataforma de Negociação Agrícola. A resposta também destaca.

4. A.

O texto explica que o ramo de cooperativas de transporte tem como objetivo organizar a
prestação de serviços de transporte, profissionalizar e garantir a liberdade dos pequenos
e médios transportadores.

5. A.

A modernização do Sistema OCB em 2020 resultou na redução de 13 para 7 ramos do


cooperativismo no Brasil, com o objetivo de tornar a estrutura mais próxima da realidade
das cooperativas e gerar mais impactos positivos para a economia.

TEMA 8

1. O modelo de negócio cooperativo adotado pelo Sicredi tem impactado positivamente a


economia brasileira ao longo dos anos, por meio da oferta de serviços financeiros para
pessoas físicas e jurídicas, com foco no desenvolvimento das comunidades em que atua.
Com a sua atuação, o Sicredi busca oferecer soluções financeiras que geram benefícios
não somente para os seus associados, mas também para toda a sociedade.

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GABARITO

o Sicredi se destaca no mercado financeiro como uma instituição financeira cooperativa, que
tem como principal objetivo o desenvolvimento das regiões em que atua. Diferentemente
dos bancos tradicionais, o Sicredi é uma cooperativa de crédito, o que significa que seus
associados são donos da instituição e participam ativamente de suas decisões e resultados.
Além disso, o Sicredi oferece serviços financeiros a preços mais acessíveis e com taxas mais
competitivas, o que contribui para a inclusão financeira e o desenvolvimento das regiões
em que atua. Por meio do cooperativismo financeiro, o Sicredi tem se destacado como uma
alternativa inovadora e sustentável ao mercado financeiro tradicional, contribuindo para o
desenvolvimento econômico e social das comunidades em que está presente.

2. C.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2020, a Unimed é a maior coo-


perativa de saúde do Brasil, com mais de 347 unidades cooperadas e um faturamento de
mais de R$ 48 bilhões em 2019. Portanto, a alternativa correta é a letra c.

3. C.

A primeira cooperativa de crédito brasileira foi a Cooperativa de Crédito Rural de Nova


Petrópolis, fundada em 1902, conforme mencionado no texto base. No entanto, a Coo-
perativa de Crédito Rural de Porto Alegre, fundada em 1910, também é considerada como
uma das primeiras cooperativas de crédito do país. Já a alternativa C, Cooperativa de
Crédito Mútuo dos Empregados do Banco do Brasil, foi fundada em 1930, sendo uma
cooperativa de crédito voltada especificamente para os funcionários do Banco do Brasil.

4. C.

O cooperativismo de infraestrutura tem como objetivo principal a geração e distribuição


de energia elétrica, além de também atuar na área de telecomunicações e saneamento
básico. As cooperativas deste ramo têm como finalidade prestar serviços essenciais para
a comunidade, em especial para as regiões mais afastadas e de difícil acesso, garantindo
a qualidade e a continuidade do fornecimento desses serviços.

5. B.

As cooperativas de consumo são formadas por pessoas físicas que se unem para adquirir
produtos e serviços em comum, visando sempre o melhor custo-benefício e promovendo
o bem-estar de seus cooperados, oferecendo a eles produtos de qualidade por um preço
justo. Portanto, a resposta correta é a alternativa B. As alternativas A, C, D e E não são
corretas, pois não refletem o principal objetivo das cooperativas de consumo.

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GABARITO

TEMA 9

1. As cooperativas de infraestrutura têm como principal objetivo levar serviços de qualida-


de e de forma acessível para as comunidades rurais e urbanas onde atuam. Dentre as
principais atividades desenvolvidas por essas cooperativas estão a geração, distribuição
e comercialização de energia elétrica, a construção e manutenção de redes de teleco-
municações, a implantação de sistemas de abastecimento de água e de saneamento
básico, além da realização de serviços de transporte e logística.
No ramo de energia elétrica, as cooperativas de infraestrutura têm se destacado por
investir em fontes de energia limpa e renovável, como a energia solar e eólica, além de
realizar programas de eficiência energética para reduzir o consumo de energia elétrica
pelos cooperados e pelos consumidores em geral.
No setor de telecomunicações, as cooperativas de infraestrutura têm investido em redes
de fibra óptica para levar internet de qualidade para as áreas rurais e remotas, contribuindo
para a inclusão digital e o desenvolvimento econômico dessas regiões.
Em relação aos serviços de abastecimento de água e de saneamento básico, as coope-
rativas de infraestrutura têm realizado obras de grande porte para levar água potável e
tratamento de esgoto para as comunidades, melhorando a qualidade de vida e a saúde
dos moradores.
Dessa forma, as cooperativas de infraestrutura têm contribuído significativamente para
a melhoria da qualidade de vida das pessoas nas áreas em que atuam, promovendo o
desenvolvimento econômico e social dessas regiões.

2. A principal finalidade das cooperativas de produção agropecuária é a produção e comer-


cialização dos produtos agropecuários dos cooperados, ou seja, a realização de atividades
que visam aprimorar a produção e o desempenho dos cooperados no mercado, agregando
valor aos produtos e promovendo a melhoria da renda e qualidade de vida dos cooperados.

3. C.

Aliança Cooperativa Internacional, que é o principal órgão regulador das cooperativas


a nível mundial. Sua função é representar e servir às cooperativas em todo o mundo,
fornecendo orientação e suporte técnico às suas atividades.
As alternativas a) Banco Central do Brasil e b) Conselho Nacional de Cooperativismo se
referem aos órgãos reguladores das cooperativas no Brasil.

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GABARITO

4. C.

O consumo consciente tem como objetivo valorizar a qualidade, a durabilidade e a origem


dos produtos, além de incentivar a redução do consumo e a reutilização de itens, a fim
de diminuir o impacto negativo do consumo no meio ambiente e na sociedade. As alter-
nativas a, b, d e e estão incorretas, pois vão contra os princípios do consumo consciente.

5. B.

Conforme o texto, o número de cooperados no mundo atualmente é de 1 bilhão, o que


corresponde a 12% da humanidade. Essa informação está explicitada no segundo perío-
do do texto. As alternativas A, C, D e E são falsas, pois não correspondem à informação
apresentada.

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