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Pós-Graduação
Sumário
Pós-graduação
GESTÃO DE CLIENTES – UNIDADE I – ADMINISTRAÇÃO
PROF. MSC. MARCELO S. ZAMBON
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................................................3
1.1 ou informações e reflexões importantes?...................................................................4
2. O CONTEXTO HISTÓRICO DA ‘SOCIEDADE PÓS-CAPITALISTA..................................... 5
2.1 Pense...........................................................................................................................................7
2.2 CONSUMO E SOCIEDADE ATUAIS...................................................................................9
3. CLIENTES: DEFINIÇÕES E ENTENDIMENTOS....................................................................... 10
3.1 Cliente......................................................................................................................................10
3.2 Dois Compostos de Marketing e a Gestão de Clientes: 4P’s e 4C’s................11
3.3 Consumidor.......................................................................................................................... 13
3.4 Comprador............................................................................................................................ 13
3.5 Pagante................................................................................................................................... 13
3.6 Cliente Externo.................................................................................................................... 13
3.7 Cliente Pessoal..................................................................................................................... 14
3.8 Cliente da Concorrência.................................................................................................. 14
3.9 Cliente Interno.................................................................................................................... 14
3.10 Cliente Lucrativo.............................................................................................................. 15
3.11 Então, O Que é um Cliente........................................................................................... 15
4. MEGATENDÊNCIAS: UMA VISÃO............................................................................................ 16
4.1 A Indústria do Bem-Estar............................................................................................... 17
4.2 As Dezesseis Tendências na Economia segundo Faith Popcorn...................... 18
4.3 Um Caso: Novos Prédios estimulam o Encasulamento .................................... 22
5. A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO PARA O PROCESSO DE PLANEJAMENTO DAS
ORGANIZAÇÕES................................................................................................................................. 24
5.1 Pesquisa de Marketing (PM) ao
Sistema de Informação de Marketing (SIM)...................................................................26
5.2 O Sistema de Informação................................................................................................26
5.3 O Sistema de Informação de Marketing (SIM): contexto..................................28
5.4 Quanto aos Modelos de SIM.......................................................................................... 31
5.4.1 Sistema de inteligência de marketing.........................................................................31
5.4.2 A Pesquisa de Marketing ................................................................................................ 32
5.5 Resumo sobre o SIM......................................................................................................... 32
5.6 Caso para Estudo: Você Tem Clientes Demais........................................................ 33
REFERÊNCIAS........................................................................................................................38
COMPLEMENTAR...............................................................................................................................40
Pós-graduação
Gestão de Clientes
1. MENSAGEM DE BOAS VINDAS E APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Veja bem vindo ao mundo da gestão de clientes, uma disciplina cada vez mais demandada e cuja ação
é mais presente no cotidiano das organizações. Através dela você compreenderá com maior profundidade
a importância do relacionamento entre organizações e pessoas (clientes e consumidores), na busca de
melhor atender clientes, de atrair e retê-los, de desenvolver colaboradores satisfeitos, de fazer com que a
organização / marca fique positivamente na memória dos consumidores.
Nesse método on line (EAD – Educação A Distância), você poderá aproximar-se ainda mais desta
realidade uma vez que possui a rede mundial de computadores (internet) a seu favor. Poderá, por exemplo,
estudar casos e artigos de empresas, verificar o que elas fazem para bem atender em meio virtual e nos
ambientes de lojas tradicionais, realizar pesquisas e comparações, e ainda, poderá manter contato com
seu professor.
É muito importante que você aproveite o potencial que a Internet oferece. Na tela de seu computador
você tem acesso a universidades, revistas, institutos de pesquisas, empresas, cultura e comportamento etc.
A rede serve para estudos, comparações, compras, pesquisas em geral, em outras palavras, a conectividade
e a acessibilidade a conteúdos representam um novo modo de fazer as coisas (comportamento). Não
podermos nos ausentar desta oportunidade. Os clientes das organizações que conhecemos e com as quais
trabalhamos não ficarão distantes desta realidade, basta verificar o crescimento constante do comércio
eletrônico por exemplo.
A disciplina Gestão de Clientes é dinâmica, oportuna e direta. Através dela você poderá compreender:
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Gestão de Clientes
Muito mais que isso, essa disciplina ajudará a você a melhor compreender que cada pessoa, na figura
de comprador, pagante ou consumidor (ou todas ao mesmo tempo) tem perfil comportamental distinto.
Quando um determinado perfil ou grupo de perfis é identificado, criamos grupos com características
semelhantes (segmentos), sendo que, quanto mais homogêneos forem os grupos maiores serão as chances
de sucesso das campanhas de comunicação a eles destinadas. Mas, lembre-se, nem mesmo em um grupo
homogêneo, as pessoas que o compõem são tão semelhantes a ponto de serem tratadas exatamente da
mesma maneira, logo, os diferentes traços de personalidade de uma pessoa a tornam única e é assim que
cada indivíduo deseja ser tratado, como único, (é o reconhecimento de que são deferentes).
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Pós-graduação
Objetivo
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de rever sua capacidade crítica no contexto de uma sociedade
pós-capitalista e, poderá desenvolver um aprofundamento de sua visão geral do mundo, trocando frases
feitas e afirmações insensatas de oportunistas, por discussões dialéticas que buscam maior compreensão
da realidade e do que fazer para melhorá-la.
Síntese
Esta é a mais teórica desta disciplina, e não por acaso – espera que você entenda que seus atos (das
organizações) representam a conduta, ética ou não, que poderá ajudar ou piorar a situação ambiental
global, e com isso, tais atos podem também, interferir na visão do seu cliente sobre você etc.
Importante:
O conteúdo desta aula deve ser visto também como um complemento cultural em sua formação,
sendo que o livro destacado na referência bibliográfica básica poderá contribuir sobremaneira para maior
entendimento e complementação. Fica, portanto, a seguinte sugestão: realize pesquisas mais profundas
sobre o tema, objetivando envolver-se com o contexto histórico do mundo (em especial, o mundo
organizacional).
De tempos em tempos, dois ou três séculos, por exemplo, ocorre na história do mundo, em especial na
história ocidental uma grande transformação, com, por exemplo, a sociedade se reorganiza através de visão
do mundo, sua forma de interpretar a realidade e seus hábitos e valores, sua estrutura social e política, suas
artes, suas instituições e modo de gerenciá-las etc.
Uma transformação marcante que podemos destacar aqui foi a ocorrida no século treze, quando o
mundo europeu, quase da noite para o dia, passou a se reorganizar e centralizar-se na nova cidade –
com a emergência das guildas municipais como grupos sociais dominantes e o renascimento do comércio
a grandes distâncias; com a arquitetura gótica, eminentemente urbana e praticamente burguesa, e os
novos pintores de Siena; com a mudança para Aristóteles como a fonte da sabedoria e as universidades
urbanas substituindo os mosteiros e seu isolamento rural como centro de cultura; com as novas ordens
religiosas urbanas, os dominicanos e franciscanos, emergindo como carreiras de religião, aprendizado e
espiritualidade; e, em poucas décadas, com as mudanças do latim para o vernáculo e a criação, por Dante,
da literatura européia. (Drucker, 1999).
Aproximadamente dois séculos mais tarde, a transformação seguinte teve lugar nos sessenta anos entre
a invenção da imprensa por Gutenberg em 1455 e a Reforma Protestante de Lutero em 1517 (O termo
imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico criado por Johannes Guttenberg no século XV e que,
a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes.
De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos
(radiojornal e telejornal) e, com o advento da Word Wide Web, vieram também os jornais on-line, ou
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Gestão de Clientes
ciberjornais, ou webjornais. O termo “imprensa”, contudo, foi mantido). (A Reforma Protestante foi um
movimento que começou no século XVI com uma série de tentativas de reformar a Igreja Católica Romana
e levou subseqüentemente ao estabelecimento do Protestantismo, que foi um dos grandes ramos do
Cristianismo, que devido à sua própria natureza, é diverso em sua composição, doutrinas, práticas e culto).
Ainda nesse período floresceu o Renascimento, com seu apogeu entre 1470 e 1500 em Florença e
Veneza (O Renascimento ou Renascença, foi um movimento cultural e simultaneamente um período da
história européia, considerado como marcando o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. O
Renascimento é normalmente considerado como tendo começado no século XIV em Itália e no século XVI
no norte da Europa.).
Houve também, no mesmo período, a descoberta da América pelos europeus; da Infantaria Espanhola,
o primeiro exército regular desde as legiões romanas; da redescoberta da anatomia e, com ela, da pesquisa
científica; e da adoção generalizada dos algarismos árabes pelo Ocidente. E, mais uma vez, ninguém que
vivesse em 1520 conseguiria imaginar como era o mundo em que seus avós tinham vivido e no qual seus
pais tinham nascido.
A próxima fase transformadora começou em 1776, ano da Revolução Americana (Tal revolução teve
suas raízes com a assinatura do Tratado de Paris que em 1763 acabou por finalizar a Guerra dos Sete
Anos. Ao final do conflito, o território do Canadá foi incorporado pela Inglaterra. Neste contexto, as treze
colônias representadas por Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, New Hampshire, Nova Jersey, Nova
York, Pensilvânia, Delaware, Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia começaram a
enfrentar seguidos e crescentes conflitos com a metrópole, pois devido aos enormes gastos com a guerra, a
Metrópole inicia uma maior exploração sobre essas áreas. As colônias finalmente desencadeariam o desejo
e a declaração de independência, em 4 de julho de 1776, e a Guerra de independência dos Estados Unidos
da América. A guerra teria fim em 1783, quando a independência dos Estados Unidos foi reconhecida pelo
Reino Unido no Tratado de Paris de 1783. Apesar da estrutura social ter permanecido inalterada {o norte
continuou capitalista e no sul a escravidão foi mantida}, a Guerra da Independência dos Estados Unidos é
chamada de revolução por ter instituído, na Constituição de 1787, vigente até hoje, uma república federal,
a soberania da nação, e divisão tripartida dos poderes. Além disso, influenciou as revoluções liberais que
aconteceram na Europa, como a Revolução Francesa.).
Outro importante ocorrido foi o aperfeiçoamento do motor a vapor por James Watt e da publicação da
A Riqueza das Nações, de Adam Smith.
Essa fase terminou quase quarenta anos depois, em Waterloo – período durante o qual nasceram
todos os “ismos” modernos. O capitalismo, o comunismo e a Revolução Industrial surgiram durante essas
décadas, que também viram a criação – em 1809 – da universidade moderna (Berlim) e do ensino universal.
Essas quatro décadas trouxeram a emancipação dos judeus – 1815 os Rothschilds haviam adquirido um
grande poder, fazendo sombra a reis e príncipes. Na verdade, esses quarenta anos produziram uma nova
civilização européia. Mais uma vez, ninguém que vivesse em 1820 poderia imaginar o mundo dos seus avós
e no qual seus pais haviam nascido.
Mais duzentos anos, então temos as transformações do nosso tempo, mas que não se limitam à
Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente João Gutenberg (cerca da década de 1390 - 3 de Fevereiro de 1468),
foi um inventor alemão que se tornou famoso pela sua contribuição para a tecnologia da impressão e tipografia. Inventou uma liga para
os tipos de metal e tintas à base de óleo, além de uma prensa gráfica, inspirada nas prensas utilizadas para espremer as uvas no fabrico do
vinho. Tradicionalmente, crê-se que teria inventado os tipos móveis - que não foram mais, no entanto, que uma melhoria dos blocos de
impressão já em uso, então, na Europa. Acredita-se que a imprensa foi uma das maiores invenções da humanidade.
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sociedade e à história ocidental. Na realidade, uma das mudanças mais importantes é que não existe
mais uma história ou uma civilização “ocidental”, mais sim uma história e uma civilização mundiais – em
essência, ambas são “ocidentalizadas”.
É discutível se a transformação começou com a emergência do primeiro país não-ocidental, o Japão,
como grande potência econômica – isto é, por volta de 1960 – ou com o computador, isto é, com a
informação passando a ser fundamental (Drucker, 1999).
Certamente, ainda estamos transitando conjuntamente as transformações do nosso tempo. Talvez
entre 2010 até 2020 tenhamos consolidado esse momento histórico, mas com a “aceleração do tempo”, é
até possível especular que algumas transformações já tenham passado e outras estejam por vir separando
o nosso tempo em várias transformações quase que igualmente importantes para a humanidade. Em
outra linha, podemos simplesmente observar as transformações de acordo com o modelo que adotei até
agora, cujo intervalo é de aproximadamente uns duzentos anos. Seja qual for o parâmetro, certamente,
muitas informações relevantes não podem passar despercebidas atualmente, pois, dirigirão o caminho de
todos num futuro nada distante, e nossa transformação ainda não acabou, está acontecendo. E veja que
nem tratei de assuntos, tais como: poluição, efeito-estufa, terrorismo mundial, genoma humano, novas
tecnologia nas áreas: médica, aeronáutica, automobilística, agrícola etc.
2.1 PENSE
A primeira tentativa bem-sucedida para compreender os fatos iniciados em 1455 que transformaram
a Idade Média e o Renascimento no mundo moderno, foi feita somente cinqüenta anos depois, com os
Comentários, de Copérnico, escrito em 1510 e 1514; com o O Príncipe de Maquiavel escrito em 1513; com
a síntese, por Michelangelo, de toda a arte renascentista no teto da Capela Sistina, pintado entre 1508 e
1512; e com o restabelecimento da Igreja Católica no Concílio de Trento por volta de 1540. (O Concílio de
Trento, realizado de 1545 a 1563, foi o 19º concílio ecumênico, convocado pelo Papa Paulo III para assegurar
a unidade de fé e a disciplina eclesiástica. A sua convocação surge no contexto da reação da Igreja Católica
à divisão que se vive na Europa do século XVI quanto à apreciação da Reforma Protestante. Tal Concílio foi
o mais longo da história da Igreja e passou a ser visto como Concílio da Contra-Reforma. Emitiu numerosos
decretos disciplinares. O concílio especificou, claramente, as doutrinas católicas quanto à salvação, os
sacramentos e o cânon bíblico, em oposição aos protestantes e estandardizou a missa através da igreja
católica, abolindo largamente as variações locais. A nova missa estandardizada tornou-se conhecida como
a “Missa Tridentina”, com base no nome da cidade de Trento, onde o concílio teve lugar. Regula também as
obrigações dos bispos e confirma a presença de Cristo na eucaristia. São criados seminários como centros
de formação sacerdotal e reconhece-se a superioridade do papa sobre a assembléia conciliar. É instituído o
índice de livros proibidos Index Librorum Prohibitorum e reorganizada a Inquisição).
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Gestão de Clientes
Diferentes momentos e diferentes situações culminaram no mundo de hoje, mas e o mundo de amanhã,
como será? Provocar reflexões sobre o futuro é muito mais que uma moda nesse novo milênio, é sim uma
necessidade para podermos prever e, (quem sabe se formos capazes) corrigir os caminhos errôneos que
estamos tomando em nosso tempo. Aliás, tenho o cuidado de explicar que os caminhos errôneos, dentre
outros são:
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• Formamos verdadeiros agentes destruidores que chegam a realizar o “September Eleven” atentados
nos metrôs etc.;
• Indústrias que poluem e não são punidas;
• Gente e organizações que desmatam e até enterram árvores no Brasil, na Bolívia, na Venezuela etc.;
• Enfim, há muito mais.
GLOSSÁRIO
Excepcionalmente nesse módulo, por tratar de resgate histórico (com explicação e descrição) não se faz
necessário o uso de glossário.
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Gestão de Clientes
Objetivo
Ao final dessa aula que objetiva a uniformização conceitual, você vai ser capaz de compreender termos
como cliente, consumidor, comprador, cliente intermediário, cliente final, etc., objetivando que não ocorram
interpretações errôneas em outros momentos, uma vez que, embora muitos dos termos sejam semelhantes,
não são necessariamente sinônimos e, uma boa identificação dos casos estudados requer saber exatamente
‘quem é quem’ no contexto da gestão de clientes, também entendida como gestão do relacionamento com
os clientes.
Síntese
Você verá que a nomenclatura (termos e significados) é simples e fácil, e representa interferência direta
em seu dia a dia. Por exemplo, reflita sobre o seguinte: ‘Eu vou ao supermercado comprar iogurte para o
meu filho, e pago com o cartão de crédito de minha esposa?’ No contexto da gestão de clientes ‘[a] quem
sou eu, [b] quem é minha esposa e, [c] quem é meu filho’? Isso você será capaz de dizer assim que tiver
estudado esta aula.
Abaixo você encontrará algumas definições e conceitos de cliente, dentre outros, que servirão de apoio
para que haja entendimento em cada um das aulas dessa disciplina.
3.1 CLIENTE
Dentre as muitas formas de definir clientes, veja a seguir algumas das quais melhor poderem formatar
seu conhecimento a respeito.
“Cliente designa uma pessoa ou unidade organizacional que desempenha papel no processo de
troca ou transação com uma empresa ou organização. (...) O terno cliente refere-se a pessoas
que assumem diferentes papéis no processo de compra, como o especificador, o influenciador, o
comprador, o pagante, o usuário ou aquele que consome o produto.” (Bretzke, apud Dias, 2003,
p.38).
”Deve-se considerar o cliente como o destinatário dos produtos da organização. Pode ser uma
pessoa física ou jurídica. É quem adquire (comprador) e/ou que utiliza o produto (usuário /
consumidor).” (FPNQ, 2004: p.50).
“Designa uma pessoa ou unidade organizacional que desempenha papel no processo de troca
ou transação com uma empresa ou organização.(...) O termo cliente refere-se às pessoas que
assumem diferentes papéis no processo de compra, como o especificador, o influenciador, o
comprador, o pagante, o usuário ou aquele que consome o produto, (...).” (Dias, 2003: p.38).
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Em outros termos, os 4P’s representam a visão que a empresa vendedora tem das ferramentas de
marketing disponíveis para influenciar compradores. Do ponto de vista de um comprador, cada ferramenta
de marketing é projetada para oferecer um benefício ao cliente. Robert Lauterborn sugeriu que os 4P’s do
vendedor correspondem aos 4C’s (cliente, custo, conveniência e comunicação) dos clientes.
No contexto dos 4C’s, o foco deve ser o cliente, uma aparente mudança simples mas que na prática
é difícil de implantar dentro das organizações, talvez, principalmente porque já estejam fortemente
concentradas nos 4Ps. É preciso desenvolver a visão da empresa sob a ótica do relacionamento com o
cliente, buscando domínio gerencial sobre o mesmo. Nenhuma empresa terá sucesso num mundo cada
vez mais competitivo, se não abordar corretamente os clientes potenciais e os clientes ativos, se não lhe
entregar valor, compromisso, segurança, qualidade dentre outros.
O fato é que, o marketing integrado começa fazer mais sentido para muitas organizações. Trabalhar
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Gestão de Clientes
os conceitos dos 4P’s e dos 4C’s junto na busca de abrir o melhor caminho a seguir é melhor solução do
que assumir visões parciais de que um é melhor do que outros. Não dá para deixar de preocupar-se com o
produto (foco no produto), mas é preciso lembrar que só faz sentido ter um produto se houver um cliente
(foco no cliente) que minimamente, deve ser satisfeito com o produto. Lembre-se: o que existe hoje é uma
migração da autonomia, quem deve decidir que tipo de produto será produzido e em que condições é o
cliente, pois, assim a organização tem melhores chances de cumprir seu papel, daí a afirmação que saímos
do foco do produto para o foco no cliente, algo perfeitamente visível, mas, não há cliente satisfeitos sem
produto certo.
Sempre que estivermos tratando de clientes, os 4C’s não poderão ser deixados de lado, pois, servem
para demonstrar que toda medida de uma organização (com ou sem fins lucrativos) está ligada aos seus
clientes e/ou consumidores, pois, sabem que para existir precisam deles, bem como os mesmos sabem que
os produtos que compram facilitam suas vidas, solucionam problemas cotidianos etc, daí a importância do
produto certo para o cliente certo.
Quanto à existência do negócio, reflita sobre a seguinte frase: “Não há pior cliente que cliente nenhum.”
Ou seja, é melhor ter todos os piores clientes, desde que sejam de fato clientes ativos, pois sem eles não
existe organização.
Cliente
Conveniência
Comunicação
Custo
Produtos Necessidade
/ e
Serviços Desejos do
Cliente
Depois das abordagens vista acima, vamos a algumas definições fundamentais quando se trata de
gestão do relacionamento com os clientes.
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3.3 CONSUMIDOR
“Indivíduo que compra bens ou serviços para consumo próprio e/ou de terceiros.” (Moreira;
Pasquale; Dubner. 1999, p.103).
ATENÇÃO:
Quando os autores fazem, na frase acima, referência a ‘terceiros’, não se deve considerar genericamente
“e/ou”, mas sim como: o indivíduo que adquire produtos para o próprio consumo e que, parte de tais
produtos podem ser compartilhados com terceiros que, então, executam conjuntamente – com o consumidor
adquirente – o consumo do que fora por ele adquirido. Por que desta preocupação? Simplesmente, porque
o consumidor pode não ter comprado nada, mas continua sendo ‘consumidor’ (relação: cliente, consumidor
e pagante).
3.4 COMPRADOR
“Pessoa que faz a compra. 2. Indivíduo que adquire o produto ou serviço.” (Moreira; Pasquale;
Dubner. 1999, p.97).
É a pessoa que está presente no ato da compra executando-a. Num contexto mais popular, o ‘comprador
e quem compra’ no ambiente da loja.
3.5 PAGANTE
É quem paga pelo produto ou serviços adquirido, podendo, portanto não ser a mesma pessoa do
comprador ou mesmo do consumidor. (Porém, direta ou indiretamente o pagante pode ser considerado
como cliente). Nota, o pagante não precisa estar presente no fechamento da compra, pois, ele pode ter
enviado o dinheiro, cheque ou cartão por exemplo. Lembra-se da frase: ‘Vou ao supermercado comprar
iogurte para meu filho e pago com o cartão de crédito de minha mulher. ’
“É, geralmente, aquele que paga pelos produtos e serviços sem participar
do processo de produção e realização do mesmo. Ele sobre o impacto
dos produtos e serviços oferecidos sem fazer parte da organização.”
(Bogmann. 2000, p.36).
Em outras palavras, o cliente externo é genericamente o ‘cliente’, porém, o termo ‘externo’ remete
ao fato que ele (cliente externo) não faz parte da organização, não trabalha nela e, nem possui qualquer
tipo de relação profissional com a mesma. Este é um termo importante porque há clientes internos, e é
importante para as organizações diferenciá-los.
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Gestão de Clientes
“É aquele que influencia nossas vidas e nosso desempenho no trabalho. O termo ‘cliente pessoal’
remete ou é formado pelas pessoas que amamos: a esposa, o marido, os filhos, os amigos e
todos aqueles que convivem conosco, alimentado nossas necessidades emocionais e sociais”.
(Bogmann. 2000, p.38).
Os clientes pessoais, são importantes porque muitas vezes, compram em determinados estabelecimentos
apenas porque tem afinidade conosco (pessoa – funcionário daquele estabelecimento). Ou seja, os clientes
pessoais são levados pelas relações de amizade, companheirismo, afeto.
Certamente, você assim como seus amigos e colegas, possuem ou já possuíram uma relação de clientela
nesses moldes de cliente pessoal, ou seja, você por exemplo, comprou em determinado lugar (loja) apenas
porque um amigo(a) / irmão(a) / namorado(a) etc, seu trabalha ou trabalhou em tal lugar.
“É o cliente externo que não compra de nossa empresa, mas sim, dos nossos concorrentes. A
soma dos nossos clientes externos com os clientes da concorrência forma a massa de clientes
ativos que chamamos de mercado atual. O número de clientes externos que temos em relação
ao mercado atual determina a nossa participação no mercado em um determinado território
definido.” (Bogmann. 2000, p.39).
De certa forma o cliente da concorrência é o cliente que queremos para nós, pois, por algum motivo ele
prefere fazer negócio com outro (nosso concorrente). Quando menor o número de ‘clientes da concorrência’
existir, maior será a nossa participação de mercado, já que, provavelmente, a maioria dos clientes estará
conosco.
“O cliente interno é a pessoa que trabalha em nossa empresa e influencia o processo produtivo e
de fornecimento de serviços.” (Bogmann. 2000, p.39).
De acordo com a afirmação acima, podemos entender que o cliente interno é aquele que faz, ou
deixa de fazer, para que a expectativa do cliente final seja satisfeita e/ou superada. É a peça principal na
qualidade total em serviços, pois, normalmente participa dele como prestador ou executor e não como
contratante necessariamente. (...)
“Dentro de uma empresa acontecem várias situações nas quais os departamentos ou as pessoas
fornecem produtos uns aos outros. Os receptores são denominados clientes internos.” (Meireles,
2003: p.191).
Veja que a afirmação de Meireles acima, remete a uma outra situação de cliente interno que não
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apenas a visão de que o cliente interno pode ser visto como funcionários que também podem comprar os
produtos ou contratar os serviços da organização em que trabalham. Ele complementa com a visão de que
o cliente interno é, também, a pessoa de uma área ou departamento que recebe algo de outra pessoa de
outra parte da empresa, em relação a esta pessoa o recebedor é um cliente interno. Quer dizer o seguinte,
a relação de fluxo de atividades faz com que sejamos clientes internos em relação aos nossos colegas de
trabalho sempre que tivermos atividades entrelaçadas em nosso cotidiano, ou seja, sempre que nossas
tarefas envolverem-se (enquanto processo) com a de outro.
Veja a seguir, algumas compilações, adaptadas Kotelr, 2000, p.71, do que é um cliente.
• Um Cliente é a ‘pessoa mais importante do mundo nesse escritório / organização...’ quer ele se
comunique pessoalmente ou por carta etc.
• Um Cliente não depende de nós... nós é que dependemos dele.
• Um Cliente não interrompe nosso trabalho... é a finalidade dele.
• Não estamos fazendo um favor em servi-lo... ele está nos fazendo um favor dando a oportunidade
de fazê-lo.
• Um Cliente não é alguém com quem discutir ou debater. Ninguém jamais venceu uma discussão com
um Cliente. Mesmo quando o cliente está errado, pois, a discussão poderá, mesmo que deixa claro qual
a falha do cliente, irritá-lo tanto que o levará a fazer negócio com nosso concorrente.
• Um Cliente é uma pessoa que nos traz seus desejos. É nossa obrigação lidar com eles de maneira
lucrativa, para eles e para nós.
Informações adicionais
Sugere-se a leitura do capítulo 01 do livro da bibliografia básica, páginas de 1 a 10 e faça os exercícios
para maior fixação dos conceitos. Veja também, o caso para estudos “Hospital Taquaral” na página 04 na
obra indicada.
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Gestão de Clientes
Glossário
Excepcionalmente nesse módulo, por tratar de definições não se faz necessário o uso de glossário,
presente em todos os demais.
Objetivo
O objetivo dessa aula é provocar a reflexão sobre algumas diferentes tendências da economia,
apresentadas pela autora Faith Popcorn e, com isso, torná-lo capaz de melhor entender alguns das ações
que promovem o consumo contribuindo para o desenvolvimento de uma melhor relação entre organização
e clientes.
Síntese
O texto mostra o que é uma megatendência, e qual sua relação com a sociedade atual e, quais os
sentidos das dezesseis tendências da economia no cotidiano das organizações, lembrando que geralmente
representam oportunidades de mercado.
Sem dúvida esse é um dos assuntos mais importantes no contexto do acompanhamento do que vem
ocorrendo com o mercado mundial quanto às oportunidades globais por setor industrial.
Mas, antes de discutir o que é uma megatendência, apenas para relembrar, é preciso
destacar o que é uma tendência:
Ela pode ser entendida como o ato ou a condição de optar por algo (fazer uma escolha
relacionada ao futuro, em que se traça um caminho a seguir com alguma finalidade no
horizonte).
Ela também pode ser compreendida como uma escolha entre várias alternativas possíveis,
mesmo quando representada por uma vontade natural sem profundas reflexões, praticamente
subconsciente que se transmuta em comportamento (o comportamento do indivíduo) – com
ou sem a devida consciência ou racionalização dos fatos.
A tendência, portanto, representa de certa forma, um caminho que é ou será seguido por
muitos que buscam atingir algo mais adiante. Dentro do discurso da tendência um elemento
que ajuda no processo de compreensão e o entendimento do termo ‘moda’, que, quando
relacionado com as tendências a moda é uma apresentação semelhante a própria tendência,
porém, bem mais curta, podendo durar dias, semanas ou meses não muito mais que isso, já a
tendência tende a durar muito tempo anos, até mesmo décadas
O assunto megatendências é fundamental para que você tenha uma visão mais ampla do mundo
em que vive a partir do modo como as organizações desenvolvem-se mais aceleradamente e atingem
proporções globais num espaço de tempo, não muito longo, aproximadamente o que dura a realização da
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megatendência na qual estão inseridas (geralmente, uma década). Mas, deve ser levado em consideração
que a ocorrência da megatendência, embora tenha seus ‘início, meio e fim’ visíveis, representa ações mais
duradouras sobre a indústria e o consumo, mesmo que esses permaneçam em processo de transformação
continuamente.
Megatendências (“megatrends”), termo originalmente empregado por Naisbitt (1983), designa
comportamentos, estilos e desempenhos que, em futuro próximo ou distante, irão predominar em larga
escala e influenciarão, decisivamente, os ambientes naturais e sociais nos quais se concretizem.
Em Fevereiro de 2002, o renomado escritor americano Paul Zane Pilzer, especialista em megatendências
econômicas, lançou nos Estados Unidos o livro “The Wellness Revolution: How to Make a Fortune in the
Next Trilion Dollar Industry” (A Revolução do Bem-Estar: Como Fazer uma Fortuna na Próxima Indústria de
um Trilhão de Dólares). Este best-seller mundial descreve em detalhes o melhor mercado do momento, um
mercado fantástico e conhecido como “A Indústria do Bem-Estar”.
Baseado em estatísticas sobre a economia mundial, Paul Pilzer observou que, a partir de 1946, a cada
década, sempre aconteceu uma megatendência de mercado. Veja:
Aliás, tomo a liberdade de tratar do que para mim também é uma megatendência a “megatendência
dos combustíveis alternativos”. Claro que essa minha visão precisará ser ampliada e revista na busca de um
melhor enquadramento, mas é claro que a questão do etanol brasileiro, que trouxe até o presidente dos
Estados Unidos da América, Jorge W. Bush, ao Brasil no mês de Março de 2007, representa uma grande
reviravolta, repleta de oportunidades mundiais (talvez daí tornar-se uma megatendência literalmente).
Veja que os Estados Unidos e a Europa, além de vários outros países, apresentam preocupação em reduzir
a emissão de gases poluentes que contribuem para o ‘aquecimento global’. Talvez, o novo contexto da
educação através da realidade on line possa ser considerado uma nova megatendência, indiscutivelmente.
(Nota: este é um assunto bem mais complexo, mas que você deve acompanhar para poder opinar e
contribuir para o bem-estar da coletividade).
Retomando Paul Zane Pilzer, veja a seguir a Megatendência da Indústria do Bem-Estar descrita por ele.
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Gestão de Clientes
1. Retorno às origens: a tendência de utilizar práticas antigas como âncoras ou suporte para
os estilos de vida modernos. Essa tendência explica a popularidade generalizada da aromaterapia,
da meditação, da ioga e das religiões orientais.
Tal tendência trata do impulso para uma pessoa mudar de vida, buscando uma carreira mais lenta,
embora mais recompensadora. É manifestada por pessoas que, repentinamente, perdem seus agitados
empregos urbanos e mudam-se para Vermont ou Montana para dirigir um pequeno jornal, um pequeno
hotel que oferece apenas pernoite e café da manhã ou associam-se a um conjunto musical. Eles acham
que o stress da vida moderna em escritórios não vale a pena. Há um retorno nostálgico aos valores das
pequenas cidades com ar puro, escolas seguras e vizinhos de linguajar simples.
2. Viver (Manter-se vivo): o desejo de viver mais e de desfrutar mais a vida. O vegetarianismo,
Faith Popcorn dirige uma empresa de consultoria de marketing chamada BrainReserve, que fundou em 1974. Dentre seus clientes: AT&T,
Citibank, Black & Decker, Hoffman-La Roche, Nissan, Rubbermaid etc. Sua empresa oferece diversos serviços. Brain Renewal, que tenta dar
vida nova a marcas enfraquecidas; Brain-Jam, que utiliza uma lista de tendências para gerar novas idéias; FutureFocus, que desenvolve
estratégias e conceitos de marketing que criam vantagens competitivas em longo prazo; e TrendBank, banco de dados destinado ao
monitoramento cultural e a entrevista de consumidores.
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Pós-graduação
a medicina alternativa, a meditação e outras práticas para uma vida melhor e mais longa
fazem parte dessa tendência. Os profissionais de marketing podem capitalizar essa tendência
desenvolvendo produtos e serviços mais saudáveis. Certamente essa é uma tendência que no
Brasil, tornou-se evidente nos últimos anos, veja o supermercado Pão de Açúcar, por exemplo,
em que você tem várias opções de produtos orgânicos. Em síntese, diz respeito às pessoas que
se esforçam viver mais tempo e em melhores condições. Sabem, agora, que seus estilos de vida
podem matá-las – comer alimentos errados, fumar, respirar ar poluído, consumir drogas. Estão
dispostas a assumir a responsabilidade pela própria saúde e escolher melhor os alimentos, praticar
exercícios com regularidade, descansar com mais freqüência. As empresas podem atender a esta
necessidade, lançando produtos e serviços mais saudáveis consumidores.
3. Mudança de Vida: o desejo de seguir um estilo de vida mais simples e menos agitado,
como no caso de um executivo que subitamente abandona uma carreira de alto nível, foge dos
problemas das grandes cidades e abre uma pousada em uma estação climática. Essa tendência é
marcada por uma volta nostálgica aos valores das cidades do interior.
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Gestão de Clientes
de tendência, é evidente no mundo todo, no Brasil, por exemplo, basta olhar para a quantidade
de empresas de segurança privada que monitoram as casas, os casos e as próprias pessoas para
efeito de preservar suas vidas (e modo de vida). Sem dúvida essa é uma tendência de bilhões de
reais.
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Pós-graduação
10. Queda e Ícones: a idéia de que ‘se é grande é ruim’. Para reagir a essa tendência, os profissionais
de marketing estão descobrindo formas de pensar, agir e parecer menor. Um exemplo é a cerveja
Plank Road Brewery, da Miller, que lembra em todos os sentidos os populares produtos das
microcervejarias. Essa é uma tendência não tão comentada pelas pessoas (clientes), mas sem
dúvida observada por muitas organizações que se preocupam em não deter apenas marcas
globais, mas também marcas locais, e marcas regionalizadas localmente.
11. Emancipação: essa sem dúvida é uma das tendências que melhor apresenta a evolução
cultura da humanidade, nela ocorre a emancipação dos homens de seus papéis masculinos
estereotipados. Os homens não precisam mais fazer o tipo “machão”, distante e forte. Essa
tendência é revelada em anúncios que mostram homens cuidando com carinho de seus filhos
e sendo atenciosos com suas esposas. Acabou configurando-se o perfil do homem ideal,
romântico, sensível, atencioso, vaidoso e que gosta de discutir o relacionamento com a mulher.
Essa tendência levou ao grande crescimento do número e categoria de produtos cosméticos para
homens. Há por exemplo, clínicas estéticas apenas para eles. Essa tendência é sem duvida uma
grande oportunidade de mercado, que vai desde cirurgias plásticas até a assinatura de revistas
voltadas para o publico masculino como a Men’s Health (lançada em 2006 no Brasil).
12. 99 Vidas: a tentativa de aliviar as pressões do tempo fazendo muitas coisas de uma só vez. As
pessoas tornam-se capazes de realizar multitarefas, como falar em um telefone celular enquanto
navegam na internet, ou ver vários livros ao mesmo tempo. Os profissionais de marketing podem
aproveitar a tendência às 99 vidas criando um grupo de empreendimentos de marketing – lojas
de serviços do tipo tudo em uma só e outros tipos de conveniências (centros de serviços que
oferecem lavanderia, sala de bronzeamento, bicicleta para exercícios, máquinas copiadoras e
fax e 10.000 títulos de vídeos para locação.). Em suma, ela é o estado desesperado das pessoas
que devem exercer muitos papéis e responsabilidades ao mesmo tempo, por exemplo, uma
idéia de “supermãe” que trabalha em tempo integral, dirige a casa e educa as crianças, faz as
compras e assim por diante. Essas pessoas sentem que o tempo é curto e tentam resolver este
problema usando fax, internet, telefones celulares, notebooks, palmtops etc., elas ainda comem
em restaurante de fast food e compram comida congelada para “ganhar” tempo em casa.
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Gestão de Clientes
14. S.O.S. (Selve O Social): o desejo de tornar a sociedade mais responsável com relação à
educação, à ética e ao meio ambiente. A melhor resposta para os profissionais de marketing é
pedir a suas empresas que pratiquem um marketing mais socialmente responsável. Portanto,
trata-se de um crescente número de pessoas preocupadas em tornar a sociedade mais
responsável em torno dessas três variáveis críticas (ambiente, educação e ética). Esses indivíduos
estão agrupando-se para promover maior responsabilidade social por parte das empresas e dos
cidadãos, cobrando participação e condutas exemplares. Os consumidores de maneira geral,
preferem comprar produtos de empresas que assumidamente colaboram / respeita o planeta e a
sociedades, bem como, podem vingar-se das organizações poluidoras e anti-éticas.
15. Pequenas Indulgências: uma inclinação para se satisfazer com pequenos exageros a fim de
obter um estimulo emocional ocasional. Um consumidor pode comer com moderação durante
toda a semana e se esbaldar com um pode inteiro de sorvete Häagen-Dazs no fim de semana; ele
também pode economizar no almoço de casa todos os dias, mas comprar leite rico em gorduras
e alimentos caros na Starbucks para o café da manhã. _ _ Logo, essa tendência descreve a ação
de consumidores que enfrentam dilemas emocionais. Eles podem não ter dinheiro para comprar
um carro BMW (mas compra um caro chaveiro da marca). Seu desejo de duas semanas de férias
na Europa é substituído por um minicruzeiro de três dias no Caribe. As empresas devem estar
conscientes das privações sentidas por muitos consumidores e das oportunidades de oferecer-
lhes pequenas indulgências como compensação emocional. Sem dúvida, esta é uma outra
tendência bilionária.
16. Consumidor Vigilante: a intolerância para com produtos de baixa qualidade e serviços
inadequados. Os consumidores vigilantes querem que as empresas sejam mais conscientes e
sensíveis (e responsabilizadas por seus atos). Por isso, reagem, boicotam, escrevem cartas e
compram produtos verdes (ecologicamente corretos). São os consumidores que desejam que as
empresas sejam mais humanizadas, por exemplo, que as indústrias automobilísticas assumam suas
responsabilidades recebendo devolução dos carros não aceitos pelos consumidores e devolvendo
totalmente o dinheiro pago. Assinam as publicações National Boycott News e Consumer
Reports; associando-se à instituição MADD (Mothers Against Drunk Driving) e analisam listas de
boas e más necessidades de oferecer padrões mais humanos nos bens e serviços que fornecem.
Estimulam a existência de entidades como Organizações Não Governamentais (ONGs) voltadas
ao meio ambiente, como o Green-Peace, incluindo doando dinheiro para seus fins nobres.
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Pós-graduação
VIDA MODERNA: Sensação de segurança e ter cinema, ginástica e cabeleireiro “em casa” atraem
paulistano para condomínios
Novos prédios estimulam enclausuramento
AMARÍLIS LAGE, da Reportagem Local – Folha de São Paulo.
Em um dia comum, a dona-de-casa Adriana, 39, sai de manhã para a sua aula de ginástica, passa no
salão de beleza para fazer as unhas, leva o filho ao curso de inglês (ou, dependendo do dia, para as aulas
de natação, judô e futebol) e compra no mercadinho algum ingrediente que falta para o almoço. Ao fim do
dia, ainda acompanha os treinos da filha na quadra de tênis e, se der, assiste a um filme no cinema com as
suas amigas.
Para fazer todas essas atividades, porém, nem Adriana nem seus filhos precisam colocar um pé que
seja para fora do condomínio em que vivem, na zona sul de São Paulo. Repletos de equipamentos de
lazer e serviços, um número cada vez maior de prédios de São Paulo permite que moradores adotem o
“encasulamento” - termo adotado pelos próprios executivos do mercado imobiliário para uma condição
duramente criticada por vários urbanistas.
Antes presente apenas em poucos condomínios de alto padrão, essa infra-estrutura chegou agora à
classe média e se expande em dezenas de lançamentos imobiliários pela cidade com sala de massagem,
ofurô, central de congelados e lan houses.
Tendência
A tendência se apóia em três fatores, segundo diretores de incorporadoras ouvidos pela Folha:
praticidade, qualidade de vida e segurança – o último aspecto, aliás, é tão forte que alguns dos moradores
entrevistados pela reportagem não quiseram se identificar, com medo da exposição.
“As pessoas querem sair de casa o menos possível, devido ao trânsito e à violência. (A oferta
de serviços) é uma solução simples para um problema grave”, diz Roberto Perroni, 42, diretor-
superintendente da Camargo Corrêa.”
Para a tradutora Ana Lúcia Moraes, 28, essa questão foi fundamental. No edifício em que mora, na
rua Bela Cintra (região central), há sala de home theater, venda de congelados e bebidas, lavanderia e
academia. Uma lan house deve ser instalada no local em breve.
“Para mim foi importante ver o que o prédio proporcionava em termos de serviço, pois moro
sozinha e precisava desse suporte”, diz Moraes.
Expectativa
A expectativa é que cerca de quinze novos empreendimentos com essas características sejam lançados
até o final de 2005, diz Tomás Salles, diretor da imobiliária Lopes. Segundo ele, esse tipo de condomínio é
a grande vedete do momento.
Entre os que já foram lançados estão tanto o Forte do Golf, na Vila São Francisco (zona sul) e com
apartamentos de R$ 682 mil, como o Rail, na Lapa (zona oeste) e tem unidades de R$ 120 mil, para pessoas
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Gestão de Clientes
com renda de R$ 5.000. Em comum, ambos possuem espaços culinários (cozinhas equipadas para jantares
especiais), ofurô e sala de massagem, além de piscinas e academia.
No Forte do Golf, porém, a lista de equipamentos vai mais longe. O local tem pista de cooper, lago,
espaço para ensaio de bandas e até uma praça para contemplar fogueiras. Saudades da roça? Para Rubens
Pereira Júnior, diretor da Koema, a busca por esses condomínios passa sim por uma certa nostalgia e um
sentimento de segurança. “Eles têm uma coisa de cidade no interior, onde os vizinhos se conhecem. As
pessoas moram na metrópole, mas buscam essa convivência, querem ser chamadas pelo nome.”
Objetivo
Após os estudos desta aula o aluno será capaz de compreender o SIM e compreenderá a importância
de seu uso no processo de conhecimento dos clientes e da própria organização no tocante ao processo de
tomada de decisão e, claro, relacionamento entre organizações e clientes.
Síntese
Destacar o ‘que é’ e a ‘crescente a importância’ da informação para o processo de decisões e controle
em marketing, especialmente quanto o assunto voltasse para o relacionamento com o cliente. Explicitar o
que é SIM e sua ligação com as atividades de planejamento e controle em marketing.
Para que o exercício de planejamento de marketing seja adequadamente executado, é preciso, que ele
repouse sobre uma base sólida. Para tanto, é imperativo que se coloque à disposição dos responsáveis pelo
planejamento de marketing todas as informações possíveis a respeito, por exemplo:
Somente com base em informações desse tipo será possível avaliar corretamente os riscos e as
conseqüências das várias linhas de ação alternativas e escolher aquela que melhor convenha à empresa na
ocasião.
As contínuas e aceleradas mudanças sociais, econômicas, tecnológicas e culturais que caracterizam o
ambiente de marketing da organização, logo, das relações dessas com seus clientes. Tal realidade associadas
às mudanças vividas no seio das próprias organizações com acréscimos e perdas de capacitações, novas
estruturações, alterações nas políticas e estratégias, aquisições e incorporações, disponibilidade ou não
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Pós-graduação
de recursos de vários tipos, dificuldades momentâneas etc., fazem com que a tarefa do administrador (e
homem de marketing) fique cada vez mais complexa e arriscada. A forma de reduzir este risco é dispor do
máximo de conhecimento a respeito dessas variáveis, daí a importância do SIM, principalmente, quando o
fim é conhecer o melhor possível às características comportamentais dos clientes (como pensam, do que
gosta e do que não gostam, como reagem a certos estímulos etc.).
Atenção: Às vezes, a empresa dispõe de grande quantidade de informações, mas de baixa qualidade,
o que acaba comprometendo todo o processo de planejamento mercadológico. Informações incorretas
sobre clientes, por exemplo, podem levar a decisões e estratégias equivocadas e grandes perdas. Já quando
a empresa dispõe de grande quantidade de informações de boa qualidade mas os tomadores de decisões
não percebem a importância de seu uso e tomam decisões confiando apenas na sua intuição e experiência,
podem comprometer significativamente o planejamento de marketing e destruir uma oportunidade
potencial. Por fim, há empresas que dispõem de grande quantidade de dados com qualidade, os quais são
usados para fundamentar decisões, mas o são de forma errada, quer por incapacidade dos responsáveis
pelas decisões de fazer a triagem dos dados corretos, quer por interpretá-los de forma errônea, gerando
com isso um comprometimento do processo como um todo. (Mattar, 1972).
Que fique claro que há dependência do SIM às informações corretas, numerosas e bem compiladas é total.
Mesmo profissionais de marketing ligados à atividade de propaganda, grandes defensores da criatividade,
reconhecem que este processo fica tolhido se não se dispor de informações, aliás, das informações certas
no momento certo.
Há grande necessidade de coletar informações, o que pode ser feito de maneira direta ou indireta (8).
Quando se acumulam informações pertinentes ao problema a ser resolvido, a coleta é direta; e quando se
buscam informações sobre tudo o que puder colaborar numa solução, mesmo que à primeira vista possa
parecer não ter nada a ver com o problema, é coleta indireta. (Duailibi e Simonsen, 1971).
As decisões de marketing, alimentadas pelo SIM, são tomadas em ambiente complexo e em continuada
mutação. São difíceis de serem tomadas e representam grandes riscos que só serão reduzidos à medida que
se dispuser de informação adequada em quantidade e qualidade. Imagine que, suas decisões envolvem as
seguintes variáveis: econômicas (por exemplo, renda), geográficas (localidade), culturais (valores e crenças)
e sociais (enquanto modo de vida), de clientes ativos, tudo de uma só vez.
Naturalmente, em marketing, a necessidade de informação é particularmente aguda por ser a área
funcional da empresa que mais interage com as variáveis do ambiente externo em constante mutação. Os
consumidores por exemplo, reage a mudanças políticas e econômicos etc., bem como os seus concorrentes
reagem as estratégias bem sucedidas lançadas por sua empresa.
Pense, qual o sentido de SIM se não for capaz de compreender a organização, seu micro e macro
ambientes, e seus clientes que são, na verdade os responsáveis por sua existência e destino de todas as suas
atividades.
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Gestão de Clientes
Resumidamente:
Entradas - são tudo o que o processador do sistema recebe para processar, armazenar e produzir saídas.
Processador ou Processamento - é o elemento do sistema que transforma as entradas em saídas, podendo
efetuar várias operações como calcular, juntar, transformar, armazenar, selecionar etc. Saídas - são os
produtos finais do sistema, o resultado do processamento.
Um Sistema de Informações tem por objetivo fornecer informações pertinentes a um determinado
assunto, a alguém interessado. Os elementos de um sistema de informações são: dados, processador,
informações e controle. Uma outra visão possível da figura acima é, na ótica da informação:
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Pós-graduação
Os dados são as entradas do sistema de informação. Podem ser coletados nas mais diversas fontes
possíveis e, basicamente, da forma como se apresentam e se localizam não têm utilidade de per si. Para que
sejam relevantes e úteis faz-se necessário que os dados sejam coletados, triados, juntados, armazenados,
enfim que se convertam em informações. Toda esta atividade de coleta, classificação, armazenagem de
dados e a emissão de relatórios é feita pelo processador do sistema.
A visão do Woiller (1974), pode ser útil nesse momento, segundo ele o SIM faz parte do Sistema de
Informação da Empresa (ou Sistema de Informação Empresarial), devendo ser considerado, portanto, como
um sub-sistema. Segundo Jay Forrester, citado por Woiller, pode-se dividir o sistema-empresa em 3 sub-
sistemas: de decisão, de ação e de informação. Nota: O sub-sistema de decisão aciona o de ação, que por
sua vez alimentará sub-sistema de informação necessário para a tomada de decisão, conforme a figura a
seguir.
Segundo Woiler (1974), para que um sub-sistema de informação possibilite a tomada de decisões
no nível de planejamento estratégico, planejamento e controle operacional e planejamento e controle
administrativo, ele deve ser concebido em dois níveis distintos.
• O primeiro nível, o nível mais baixo, incorpora as decisões operacionais (vendas, produção, finanças,
administração e outras) e poderá ser desenvolvido de forma manual ou mecanizada. Mas deverá atender
às necessidades de cada área funcional para este nível de decisão e, na medida do possível, levar em
conta as interligações com as decisões operacionais de outras áreas.
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Gestão de Clientes
A definição mais completa e consagrada, no passado, sobre o SIM é a de Cox e Good (1967), tanto que
em 1980 Kotler se fazia valer da mesma:
Atualmente, outros autores de marketing adotam outras definições como McCarthy (1982): “...é
uma forma organizada de levantamento e análise de dados para se obter informações que ajudem os
administradores de marketing a tomar decisões”. Já, para Stanton (1980) o SIM trata de uma “estrutura de
ação contínua, composta de pessoas, equipamentos e processos voltados para o futuro, destinados a gerar
e processar o fluxo de informações de modo a ajudar nas decisões a serem tomadas pela diretoria, dentro
do plano geral de comercialização da empresa.”
Segundo Conrad Berenson, citado por Boyd & Massy, (1978) as vantagens advindas de um SIM são:
a. Pode proporcionar mais informação dentro das limitações de tempo exigidas pela empresa.
Concomitantemente, a empresa toda pode conseguir melhor desempenho.
b. Permite às grandes empresas descentralizadas usar informação que se acha dispersa e integrá-la de
forma mais adequada.
28
Pós-graduação
Esta lista pode ser ampliada pelas vantagens apontadas por Cundiff (1977):
i. Pode reduzir o número de decisões tomadas intuitivamente, pois leva à informação conveniente e
precisa.
j. Permite depura o fluxo, muitas vezes esmagador, de informações de marketing que chega ao
executivo, em um volume razoável, adequado e “enxuto”.
Já a necessidade e o uso crescente de SIM é, segundo Boyd & Massy (1978) adaptado por Zambon
(2007), justificado pelas seguintes tendências que hoje afetam o marketing, logo as organizações de
quaisquer setores:
a. Crescente número de grandes empresas multinacionais que estão continuamente expandindo suas
linhas de produto.
b. Crescentes dispêndios em pesquisa e desenvolvimento e a quantidade de produtos novos lançados no
mercado, especialmente, nesse novo milênio em que a atenção ao cliente deixou de ser, definitivamente,
falácia para virar requisito.
c. Aumento da competição e ciclos de vida dos produtos cada vez mais curtos.
d. A crescente utilização de planejamento estratégico por produtos, por mercados e por clientes, pelos
profissionais de marketing.
e. Uso crescente de técnicas analíticas, cada vez mais sofisticadas, em marketing, incluindo modelos e
cenários.
f. Crescente disponibilidade e barateamento de equipamentos de processamento eletrônico de dados
com a conseqüente baixa nos custos de processamento e arquivamento.
Esta lista pode ser ampliada com as tendências apresentadas por Kotler (1980).
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Gestão de Clientes
Além disso, Kotler (1976 e 1980) cita as reclamações dos executivos com relação a más informações de
marketing, ou seja, do SIM:
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Pós-graduação
Os habituais agentes de inteligência de marketing são os vendedores, por serem a “linha de frente”
da estrutura de marketing, e os dados que podem coletar podem ser transformados em importantes
informações. Outra maneira de se agir “inteligentemente” é obter o maior número de informações de
caráter público que os concorrentes oferecem, além de serviços fornecidos por firmas especializadas em
pesquisa de mercado e em obtenção de informações (por exemplo, institutos de pesquisa ou empresas que
realizam as pesquisas e as publicam em matérias de revista ou jornais etc.).
Para que o sistema de inteligência não se torne distorcido e irrelevante, é importante aperfeiçoar-se
continuamente a atividade de processamento de inteligência. Isso pode ser feito através de serviços de:
• características de mercado;
• potenciais de mercado;
• análises de vendas;
• estudos de produtos da concorrência;
• potencial de aceitação de novos produtos;
• previsão a curto prazo;
• previsão a longo prazo;
• tendências de negócios.
NOTA: Esses dados hoje podem ser tratados através de sofisticadas técnicas, tais como escala não
métrica multidimensional, modelos econométricos, modelos amplos de marketing, laboratórios de testes
de marketing e modelos multiatributivos de atitudes.
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Gestão de Clientes
Uma pesquisa de marketing, para ser significativa e útil, deve conter as seguintes características:
SIM – Processo pelo qual: pessoas, equipamentos e procedimentos coletam, analisam e distribuem
informações necessárias, precisas e atualizadas para os profissionais de marketing.
• Existe um excesso de dados e, em proporção muito alta dados errados, não confiáveis.
• Os dados se encontram dentro da empresa, porém, de forma dispersa e exigem grande esforço para
serem localizados.
• Dados importantes são suprimidos por conveniência política (interesses) ou por serem polêmico.
• Dados importantes chegam tarde demais.
• Muitas fontes de dados (importantes) não são encontradas.
• A interpretação dos dados é muito pessoal.
• Dados e informações são formas de poder (objeto do desejo). Formam-se feudos internos e externos
(panelinhas).
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Pós-graduação
Objetivos do SIM
• Evitar surpresas desagradáveis.
• Identificar ameaças e oportunidades (SWOT).
• Obter e manter vantagem competitiva.
• Reduzir do tempo de resposta ao mercado.
• Reduzir de custos (maximizar dos resultados).
• Acompanhar mudanças de valores, hábitos, necessidades, tecnologias..., que envolvem os consumidores
(as pessoas).
• Aprimorar e revisar continuamente o planejamento de longo e curto prazo.
• Contribuir para a identificação da melhor estratégia a seguir.
Nota: Caso extraído do site www.1to1center.com.br , um dos melhores sites e grupo empresarial sobre
o assunto relacionamento e gestão de clientes disponíveis atualmente.
Livre-se dos clientes de menor valor para cultivar os mais valiosos e colher lucros, não
apenas receitas
A maioria das empresas depende hoje de estratégias que derivam da padronização feita para o mercado
de massa. Nesse sistema, o produto é mais importante do que o cliente e o desenvolvimento de produtos é
feito com base nas necessidades do cliente “médio”. O motor principal de uma empresa desse tipo é à busca
de maior participação de mercado e o sucesso é medido pelo número bruto de clientes novos adquiridos
pela empresa.
Está ficando mais difícil vencer esse jogo. No melhor dos casos, esse tipo de empresa consegue apenas
localizar todos os clientes dispostos a comprar seus produtos por determinado preço. Chega o momento
em que a única maneira de continuar crescendo é reduzir o preço, já que todas as pessoas dispostas a
comprar pelo preço antigo, já compraram.
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Gestão de Clientes
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Pós-graduação
1. Alto valor vitalício (Lifetime Value - LTV), atual ou em potencial. São esses clientes que trazem lucro,
prestígio ou oportunidades promocionais através de suas interações com a empresa.
. Necessidades complexas ou especiais. Quanto mais as necessidades de determinado cliente diferem
das necessidades de outros clientes, maior será a tendência de esse cliente valorizar o tratamento
individualizado. Se você quer apenas um hambúrguer barato, basta procurar qualquer loja McDonald’s
ou Burger King. Mas se estiver morrendo de vontade de comer sashimi feito com uma espécie rara e
potencialmente venenosa de peixe, provavelmente você preferirá dirigir-se a um especialista de sushi
que já conhece e em quem confia.
3. Vontade de colaborar. Para fornecer produtos ou serviços realmente sob medida, a empresa precisa
obter as especificações do cliente, ou pelo menos informações sobre suas preferências, seguidas de
feedback contínuo do cliente para saber se está satisfazendo suas necessidades. Na maioria dos casos,
essas informações só podem ser obtidas através do próprio cliente.
Dez anos atrás, a Custom Research Inc. (CRI) procurou aumentar suas margens de lucro focando
exclusivamente clientes de alto volume que voltavam sempre e pertenciam as 500 maiores empresas
segundo a Fortune. Em 1989, a CRI incrementou a população de clientes de maior valor de 25 para 34, ao
mesmo tempo reduzindo quase pela metade o tamanho da clientela total. Atualmente, a CRI tem índices
de retenção muito altos e receitas fortes, podendo manter o foco no fornecimento de serviços da maior
qualidade.
“Relacionamentos são fundamentais para o negócio da CRI. Mais de 60 por cento de nossos projetos
novos são obtidos através de relacionamentos existentes,” diz Beth Rounds, vice-presidente sênior. Antes
de embarcar num projeto novo, a CRI compara as necessidades do cliente em potencial com a capacitação
da empresa. Se não forem altamente compatíveis, a CRI recomenda algumas outras empresas de pesquisa
que considera mais indicadas para satisfazer as necessidades em questão.
A estratégia parece estar funcionando bem. No ano passado a CRI recebeu o prêmio Malcolm Baldrige,
o mais importante dos EUA na área de qualidade. Com apenas 105 profissionais em tempo integral, a
empresa é uma das menores a conquistar esse prestigioso prêmio até hoje.
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Gestão de Clientes
empresa talvez queira até parar completamente de trabalhar com esses clientes.
No ano passado, apresentei uma série de palestras a especialistas em planejamento financeiro. De
cidade em cidade, conheci dois tipos de planejador com características bem distintas. O primeiro grupo era
composto de planejadores bem-sucedidos que muitas vezes explicavam como conseguiam delicadamente
levar clientes de pouco valor e pouco potencial a procurar outro profissional, não raro um colega menos
experiente. A segunda categoria, que aceitava todos os clientes que os procuravam, queixava-se sem parar
da falta de tempo, do excesso de trabalho e dos lucros minguados que conseguiam obter. Qual dos dois
grupos tem a estratégia empresarial mais inteligente?
A FedEx tem 850 mil itens de hardware ou software instalados em clientes ao redor do mundo, número
que inclui o VirtualOrder, seu novo sistema de comércio eletrônico. Esses sistemas não apenas ajudam os
clientes a serem mais eficientes, mas fornecem uma quantidade de conhecimentos altamente valiosos à
FedEx. A empresa utilizou seus sistemas avançados de informação para calcular a lucratividade de cada
cliente. Em seguida, os vendedores da FedEx procuraram os clientes não lucrativos para negociar preços
mais altos, ou simplesmente fecharam suas contas. Quando a poeira baixou, a FedEx havia deliberadamente
rejeitado clientes que, juntos, geravam 150 mil encomendas por dia.
Através de esforços desse tipo, a FedEx consegue permanecer focado no cultivo de relacionamentos
duradouros com seus clientes mais lucrativos. A interação com esse grupo permite à empresa satisfazer
as necessidades específicas desses clientes no setor de transporte expresso de modo rápido e eficiente.
Qualquer cliente que quisesse mudar para um concorrente teria de abandonar os sistemas que está
habituado a usar e reensinar ao concorrente tudo que a FedEx já sabe.
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Pós-graduação
Temos a felicidade de viver numa era caracterizada pela queda vertiginosa dos custos do processamento
de dados, pela proliferação de meios avançados como a Web e sistemas telefônicos interativos e pela
criação de pacotes de software cuja capacitação parece no limite da mágica. Os lucros não são mais
derivados da padronização para o mercado de massa, mas da personalização. Chegou o momento em que
você deve auditar sua base de clientes e passar a cultivar aqueles cujo valor é suficientemente alto para
justificar o tratamento one-to-one.
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Gestão de Clientes
REFERÊNCIAS
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COMPLEMENTAR
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www.lojascolombo.com.br
www.casasbahia.com.br
www.americanas.com.br
www.carrefour.com.br
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www.dell.com.br
www.lge.com.br
www.motorola.com.br
www.nokia.com.br
www.siemens.com.br
www.etna.com.br (house wear – casa)
www.gafisa.com.br (Construção Civil)
www.zara.com.br (vestuário)
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