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CONFLITOS E
TÉCNICAS DE
NEGOCIAÇÃO
FICHA CATALOGRÁFICA
284 p.
“Graduação - EaD”.
1. Gestão 1 2. Negociação 2 3. EaD. I. Título.
CDD - 658.4052
Impresso por:
RECURSOS DE IMERSÃO
P E N SA N DO J UNTO S
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
INDICAÇÃO DE L IVRO
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CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
SUMÁRIO
7UNIDADE 1
GESTÃO DE CONFLITOS
E SUAS PERSPECTIVAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
41UNIDADE 2
CONCEITOS DE VENDAS
E A IMPORTÂNCIA DELES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
PERFIL E PROSPECÇÃO DE
CLIENTES E CONSUMIDORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
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UNIDADE 3
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CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
SUMÁRIO
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UNIDADE 4
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UNIDADE 5
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UNIDADE 1
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
GESTÃO DE CONFLITOS
E SUAS PERSPECTIVAS
ME. ADRIANO CIPRIANO PEREIRA E ME. VICTOR ANDREI DA SILVA
MINHAS METAS
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UN I C ES UMA R
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 1
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Aprenda estratégias de negociação e gestão de conflitos e
saiba como elas podem interferir nos seus resultados!
CULTURA ORGANIZACIONAL
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UN I C ES UMA R
IN D ICAÇ ÃO DE LI V RO
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É válido fazer uma ressalva: caso um gestor assuma o comando de uma empresa
e queira transformar a cultura organizacional de uma vez só, é bem provável que
ele enfrente várias barreiras e uma série de problemas.
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frequência, parte da minha vida pessoal. Todavia, foi apenas quando comecei a
trabalhar que eu percebi a importância de realmente saber negociar. Depois de
anos trabalhando no comércio, em que a negociação faz parte do cotidiano, fiz a
transição para a carreira de consultor, instrutor e professor universitário.
A P RO F UNDA NDO
“Amigos, amigos, negócios à parte”. É bem provável que você já tenha escutado
essa frase em algum momento da sua vida. Eu mesmo já a usei, algumas vezes,
quando não tinha conhecimento real de como se deve fazer negócios. Essa frase
traz a ideia de que, durante a negociação, um lado perde, enquanto o outro lado
ganha, por isso, não seria possível fazer negócios com os nossos amigos, pois ou
nós ou eles sairão insatisfeitos com o resultado.
Na realidade, sabemos que as maiores e as melhores negociações acontecem
entre pessoas amigas ou, no mínimo, bons parceiros de negócios. Os grandes nego-
ciadores entendem que é necessário deixar as “portas abertas” a todos, uma vez que
é sempre possível voltar a negociar com antigos parceiros. Por isso, realizar uma
negociação na qual todos os envolvidos saem satisfeitos é uma decisão inteligente
e que possibilita o desenvolvimento de relações mais saudáveis a longo prazo.
Sempre é preciso buscar o entendimento entre os negociadores envolvidos.
Ao entender como isso é possível, você terá mais êxito tanto em suas negociações
pessoais quanto profissionais.
Negociar é algo que realmente faz parte da vida das pessoas. No entanto,
o problema é: nem sempre elas estão preparadas para realizar as melhores
negociações possíveis.
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Mesmo que você não trabalhe com vendas ou com compras, é bem provável que
você faça várias negociações.
Na realidade, as pessoas negociam desde sempre.
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Se você já viu uma mãe tentando convencer o filho a comer mais, você perce-
beu que ela propõe que ele coma, por exemplo, mais cinco colheradas, enquanto
a criança deseja comer apenas mais uma. Depois de várias trocas de concessão,
a criança come três colheradas e ainda terá a permissão de comer a sobremesa
ou tomar refrigerante.
Embora pareça simples, o que acontece, nesse caso, é uma negociação entre
duas partes. Obviamente, a emoção está presente nessa negociação, o que cos-
tuma facilitar a vida do filho ou da mãe, dependendo do momento.
Ao negociar, a pessoa tem a liberdade de fazer tudo o que for necessário, a fim
de garantir o melhor resultado para si, sem se importar com o que acontecerá
com o outro negociador ou se o resultado será ruim para ele. Apesar desse tipo
de negociação ser comum, os conceitos modernos defendem a ideia de que, ao
negociar, todos os envolvidos devem sair satisfeitos.
“
“Negociação é um conceito em contínua formação que está ampla-
mente relacionado à satisfação de ambos os lados” (MARTINELLI;
ALMEIDA, 2000, p. 27).
“
[...] ela é um processo no qual duas ou mais partes, com interesses
comuns e antagônicos, se reúnem para confrontar bem como discutir
propostas explícitas, com o objetivo de alcançar um acordo. A ideia,
aqui, é: a negociação pode partir de interesses antagônicos em busca
de pontos, possivelmente, convergentes, a fim de fechar o negócio ou
resolver a situação apresentada (CARVALHAL, 2012, p. 68).
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O gerenciamento de conflitos está, em sua maior parte, nas mãos dos encarre-
gados, supervisores, coordenadores, gerentes, executivos, gestores e presidentes,
ou seja, daqueles que estão em cargos de chefia e liderança.
Segundo Robbins (2005), a expressão “administração de conflitos” é usada,
muitas vezes, de maneira equivocada, pois vem associada à “solução de conflitos”.
O autor parte da perspectiva de que se os conflitos fossem sempre disfunções, o
trabalho dos gestores seria simplesmente de eliminá-los ou solucioná-los (RO-
BBINS, 2005).
Já explicamos que o conflito não tem somente aspectos ruins. Ele também
pode ser entendido como uma força motivadora para a inovação, a criatividade
e a mudança de perspectiva, por exemplo. Sendo assim, é importante que nos
atentemos às formas de condução dos conflitos. Por esse motivo, falamos em
administração de conflitos, e não em solução de conflitos. Na busca por um
melhor entendimento sobre essa abordagem, explica-se:
“
A administração de conflitos requer a conservação de um nível óti-
mo de conflitos em um grupo. Pouco conflito gera estagnação. Mui-
to conflito cria rupturas e brigas internas. Ambos os casos são ne-
gativos porque prejudicam o desempenho do grupo. Dessa forma,
o trabalho do gerente é equilibrar essas forças utilizando técnicas
de resolução e estimulação de conflitos (ROBBINS, 2005, p. 430).
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A P RO F UNDA NDO
Façamos uma analogia para que você possa compreender melhor: imagine que você
está fazendo uma viagem de automóvel. Está indo tudo bem. Você está aproveitando a
paisagem, a estrada está em boas condições, tudo perfeito! No entanto, de determinado
ponto em diante, não existem mais curvas, subidas ou descidas. Você entra em uma
“linha reta” na estrada que percorre. Tudo bem, isso pode mudar logo. Contudo, já se
passaram três horas e meia e você ainda permanece em linha reta. Qual será a sua
reação? Será que você continua com a mesma animação? Acredito que não, pois o
cansaço e a monotonia começam a tomar conta, visto que não há mudança nenhuma
no trajeto. Com certeza, um dos pensamentos seria: “se eu ligasse no piloto automático
e tirasse um cochilo, não faria diferença”.
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“
É necessário trabalhar o comportamento e a atitude dos membros
dos grupos envolvidos em conflitos. A partir disso, é possível criar
um tipo de concepção em que as pessoas não pensem em si mesmas,
mas no todo, na organização (DAFT, 1997).
AFASTAMENTO
DESCONSIDERAÇÃO
SEPARAÇÃO PARCIAL
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SEPARAÇÃO TOTAL
ABRANDAMENTO
Um gerente de nível mais alto impõe uma resolução sobre as duas partes. Tra-
ta-se da intervenção usando o seu poder hierárquico. Nesse tipo de tratamento,
o dirigente de nível mais alto domina as partes envolvidas no conflito.
MEIO TERMO
CONFRONTO
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AP RO F U NDA NDO
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Vale lembrar: mesmo com o esforço de todos envolvidos, existem situações nas
quais a negociação não prospera. Desse modo, não se chega a um acordo. Isso
acontece por falta de acerto em relação ao preço, às condições de pagamento,
ao prazo de entrega do produto ou do serviço ou até mesmo por visões difer-
entes sobre o negócio.
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Entender com quem você tentará fazer negócio ajuda a definir as estratégias a
serem usadas. As dimensões, os valores, as situações de entrega dos produtos ou
a execução do serviço, muitas vezes, mudam radicalmente.
Não chegar a um entendimento sobre o que está sendo negociado é uma
situação comum em muitas negociações no Brasil e no mundo. Não é porque
um negócio não deu certo que os negociadores se desentenderam. Muitas vezes,
trata-se apenas de uma situação na qual não se chegou a um acordo. Esse tipo de
situação ocorre o tempo todo com negociadores profissionais em negociações
B2B. Se um negócio não for fechado hoje, existe a possibilidade de chegarmos
a um acordo amanhã.
Em negociações pessoais ou de conflitos, a situação costuma ser bem distinta,
uma vez que as pessoas envolvidas correm o risco de ficar muito contrariadas e
até mesmo romper relações, caso não atinjam um acordo.
“
Para Andrade, Alyrio e Macedo (2007), existem tipos de comportamen-
tos éticos e legais. Além disso, é chegada à seguinte conclusão:
Existem comportamentos que são aprovados tanto do ponto de vista legal quan-
to do ponto de vista ético. Como sabemos, cada empresa tem a própria cultura
organizacional baseada nos próprios valores e propósitos. É necessário que os
colaboradores tenham conhecimento do que é, ou não, permitido realizar em
suas funções. Em muitas empresas, foram criados setores de compliance (veja o
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UN I C ES UMA R
A POSTURA DO JOGADOR
POSTURA IDEALISTA
POSTURA PRAGMÁTICA
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No caso das negociações, com diversos interesses envolvidos, trabalhar com ética
é de extrema importância. Portanto, eu quero te fazer algumas perguntas:
VAMOS RECORDAR?
Você já se desentendeu com alguém?
Você já brigou com alguém?
Você já esteve envolvido(a) em algum conflito?
Todos nós somos humanos e é da nossa natureza discordar uns dos outros. As
discordâncias são saudáveis, se forem encaradas corretamente. Uma divergência
é algo normal. As diferenças de opiniões geram soluções criativas e inovadoras.
Uma disputa pode ser saudável, desde que exista respeito entre as partes.
Em vendas, é comum que os gestores gostem quando dois vendedores come-
çam a disputar para saber quem fecha o maior número de propostas. O problema
acontece quando a disputa ganha outros contornos mais dramáticos, em que o
respeito é deixado de lado, as pessoas partem para um embate em que a agressi-
vidade é grande, não há tentativa de acordo e a intenção é “passar” por cima do
outro. Quando chega a esse ponto, começam os conflitos.
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GESTÃO DE CONFLITOS
“
[...] no trabalho em equipe, é importante trabalhar em torno das
diferenças uns dos outros, e não contra essas diferenças. Quando
os colaboradores de uma empresa entram em conflito, pode gerar
um impacto negativo que compromete o clima e a produtividade
da organização.
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IN D ICAÇÃO DE LI V RO
A seguir, são expostas as causas mais comuns de conflitos (O QUE..., 2019, on-line):
■ Diferenças na personalidade: as pessoas vêm de diferentes origens ou cul-
turas e têm suas próprias crenças e valores.
■ Diferenças nos estilos de trabalho: quando as pessoas esperam que os ou-
tros trabalhem da mesma maneira que elas e não respeitam o fato de que
todos trabalham de maneira diferente.
■ Falta de comunicação ou mal-entendidos: a falta de comunicação contínua
atrapalha o progresso dos projetos.
■ Disponibilidade de recursos: não saber dividir os recursos disponíveis tam-
bém é uma das causas de conflitos nas organizações.
■ Mau atendimento ao cliente: a equipe precisa saber como lidar com as
consultas e reclamações de uma maneira que deixe os cliente satisfeitos.
■ Local de trabalho mal organizado: o local de trabalho faz uma enorme di-
ferença no comportamento das pessoas, mas as pessoas têm mais probabi-
lidade de direcionar a frustração para uma pessoa do que o próprio espaço.
■ Má gestão: sem um líder forte, as pessoas carecem de direção e objetivos
e, portanto, de motivação, o que leva à insatisfação e à geração de conflitos
■ Discriminação, assédio etc.: tratar mal os outros devido às suas crenças,
deficiências e outras características é ilegal e nenhum local de trabalho deve
tolerar isso, o que pode levar a sérios conflitos difíceis e caros de resolver.
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Para fazer uma boa gestão de conflitos, o gerente pode praticar as seguintes dicas:
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Conflitos não podem ser relatados se o gestor não for acessível ou se os colab-
oradores se preocupam com a possibilidade de não serem ouvidos. A empresa
precisa ter uma política clara de incentivo à comunicação entre os diversos
níveis hierárquicos.
PROMOVA A DIVERSIDADE
ENCONTRE UM MEDIADOR
Para resolver os possíveis conflitos, é preciso encontrar uma pessoa neutra, que
consiga entender a versão dos lados envolvidos sem se deixar afetar ou influen-
ciar. Depois de escutar os envolvidos, o mediador ajudará os lados conflituosos a
encontrar a melhor solução possível para resolver a situação.
Uma coisa que o gestor não pode mudar é o fato de que as pessoas têm difer-
entes perspectivas e opiniões. Por isso, não se deve criticá-las de forma leviana
por causa das diferenças de opinião. O que o gerente deve fazer é se concentrar,
a fim de identificar quais são as causas do conflito e, dessa forma, trabalhar para
resolver o problema na raiz e de maneira definitiva.
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Desde muito pequeno, eu ouvia os meus pais dizendo que onde há discordân-
cia e inteligência, acontece crescimento. O que eles queriam dizer é que uma
discussão bem direcionada, em que os envolvidos encontram uma divergência,
pode fomentar ideias realmente inovadoras e que podem gerar bons resultados.
A única exceção em que não é possível encontrar uma oportunidade dentro do
conflito acontece quando as causas dos conflitos têm origem em desavenças
causadas por diferenças pessoais, como religião ou sistemas de crença.
Esforço para
fazer os próprios
interesses
Evitar Acomodativo
Não
assertivo
Não Esforço para satisfazer Cooperativo
Thomas Cooperativo os interesses dos outros
Descrição da Imagem: a figura apresenta, em um esboço, as formas que o gerenciamento de conflitos pode
assumir. São elas: Compromisso, Competitivo, Colaborativo, Evitar, Acomodativo, Assertivo, Esforço para satisfa-
zer aos próprios interesses, Não assertivo, Thomas, Não cooperativo, Esforço para satisfazer aos interesses dos
outros, Cooperativo.
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“
De acordo com Martinelli e Ghisi (2006,
p. 179), “o gerenciamento de conflito,
não depende apenas dos tópicos repre-
sentados na matriz (Competitivo, Co-
laborativo, Evitar, Acomodativo), mas
depende principalmente da boa vonta-
de do negociador”.
Evitar o conflito
■ Ignora conflitos/deseja que eles não ocorram.
■ Usa de procedimentos lentos para abafar
o conflito.
■ Faz valer-se do silêncio para evitar o confronto.
■ Uso das regras burocráticas na resolução dos
conflitos.
Acomodativo
■ Desiste ou/e submete-se e concorda com a
outra parte.
Competitivo
■ Acelera situações de negociação ganha-perde.
■ Cria rivalidades.
■ Usa o poder para obter o que quer.
■ Força a submissão da outra parte.
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Colaborativo
■ Faz de tudo para resolver o problema.
■ Deixa de lado as diferenças, troca ideias e in-
formações.
■ Busca soluções integrativas em que todos po-
dem ganhar.
■ Conhece os diferentes pontos de vista.
■ Encontra interesses em comum.
■ Avalia as opções.
Compromisso
■ Busca acordos e soluções aceitáveis ou satis-
fatórias para todos.
“
O que pode ser feito por meio dos seguintes mecanismos (MAR-
TINELLI; ALMEIDA, 2000, p 106):
Quanto mais tempo uma negociação demorar para ser finalizada, mais chances
ela tem de não dar certo. Saber utilizar o fator tempo pode ser positivo, mas
certamente pode ser arriscado, caso alguma estratégia venha a mudar. Assim, é
necessário atribuir uma atenção especial aos fatores que desencadeiam os con-
flitos, ou seja, é preciso fazer de tudo para que eles não aconteçam.
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“
Para uma melhor efetividade do uso da negociação como meca-
nismo de gerenciamento de conflitos, Fischer, Ury e Patton (2014,
p. 2011) nos recomendam que “é necessário separar as pessoas do
problema - levar em conta emoções, percepções e comunicação.
Concentre-se nos interesses e não nas posições, criando várias op-
ções de ganhos mutuo”.
IN D ICAÇ ÃO DE FI LM E
NOVOS DESAFIOS
Diante das discussões apresentadas até o momento, você entrou em contato com
os conceitos fundamentais sobre negociação e gestão de conflitos. Assim, apren-
deu a identificar as melhores estratégias para uma boa resolução dos conflitos,
obtendo sucesso na negociação a partir do resultado “ganha-ganha”, e a manter
a ética nessas negociações.
Agora, você deve ser capaz de compreender os principais pontos da cultura
organizacional em empresas, refletir sobre as causas mais comuns de conflito no
trabalho e a importância da liderança na mediação desses conflitos.
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VAMOS PRATICAR
Existem diversos resultados de uma negociação. Qual deles é o resultado ideal? Justifique.
Podemos dizer que onde há pessoas é bem possível que existam conflitos, e, na realidade
empresarial, não é diferente. Afinal, cada pessoa tem suas próprias singularidades. Quando
o trabalho é realizado por grandes equipes, é bem comum que existam ideias conflitantes.
Por isso, é imprescindível que exista uma boa gestão de conflitos na organização.
3. Nem sempre os envolvidos querem ceder muitas concessões, o que influencia a forma
como a negociação acontecerá, deixando o ambiente mais tenso, a ponto de travar o
negócio. Os negociadores podem, até mesmo, assumir papéis que impactarão o re-
sultado. É importante saber que maximizar os ganhos não é possível o tempo todo, e
que um acordo feito de qualquer jeito costuma levar a um resultado ruim. De acordo
com Martinelli e Almeida (1998), existem quatro potenciais resultados em negociação.
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VAMOS PRATICAR
Podemos dizer que sempre sabemos como uma negociação começa, mas nem sempre
é possível garantir como ela acabará. Isso acontece porque muitas vezes os envolvidos
não estão tão dedicados a chegar a um bom acordo, ou, simplesmente, não estão se
empenhando em buscar o melhor resultado. Assinale a alternativa correta que apresenta
os quatro possíveis resultados em uma negociação:
A ética deve estar presente em todas as interações do indivíduo. O profissional deve atuar
com ética e buscar parceiros de negócios que são éticos. De acordo com o estudado
nesta disciplina, sobre os comportamentos legais e éticos que podem ser encontrados
nas organizações, analise as afirmativas a seguir:
5. É possível gerenciar um conflito ou até mesmo evitá-lo? Não! É preciso usar a estratégia
certa. Vale lembrar que se silenciar pode ser entendido, em muitos casos, como uma
forma de insulto ou provocação. Segundo Girard e Koch (1997, p. 83), “a resolução de
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VAMOS PRATICAR
GIRARD, K.; KOCH, S. J. Resolución de conflictos en las escuelas: manual para edu-
cadores. Barcelona: Granica, 1997.
Assim, como vimos a matriz das estratégias para negociar ao longo das unidades deste
livro, veremos agora, também, uma matriz que auxilia o negociador no gerenciamento dos
conflitos. Sobre os tópicos que estão incluídos na matriz de gerenciamento de conflitos
de K. W. Thomas, analise as opções a seguir:
I - Competitivo.
II - Colaborativo.
III - Evitar.
IV - Acomodativo.
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) Todas as opções estão corretas.
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
2. Redução de custos.
3. Reposta correta E. Esta alternativa apresenta quais são os únicos resultados possíveis
em uma negociação.
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UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 2
CONCEITOS DE VENDAS
E A IMPORTÂNCIA DELES
ME. ADRIANO CIPRIANO PEREIRA E ME. VICTOR ANDREI DA SILVA
MINHAS METAS
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UN I C ES UMA R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Aprenda como vender qualquer coisa para qualquer
pessoa com essas técnicas e estratégias!
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Conceitos de vendas
“
“Vendas é a ação de transferir a propriedade de algo para
outra pessoa, mediante o pagamento de um preço combinado”
(INGRAM et al., 2008, p. 12).
De forma geral, podemos afirmar que a atividade de vendas é uma das mais an-
tigas do mundo. A figura do vendedor é igualmente antiga, porque, sempre que
houve a necessidade de vender alguma coisa, lá estava a figura do vendedor. Os
primeiros relatos escritos sobre a atividade de vendas datam antes de Cristo. As
civilizações gregas, romanas e egípcias já tinham grande atividade comercial in-
terna e externa, com vendedores e negociadores atuando diariamente tanto nas
lojas quanto em acordos internacionais.
É claro que, nos primórdios, o próprio produtor vendia os produtos. Apenas de-
pois surgiram aquelas pessoas que eram contratadas para intermediar as vendas, ser-
vindo de ponte entre a necessidade do cliente e a solução apresentada pelo fornecedor.
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UN I C ES UMA R
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Outro tipo de vendedor que existia nesse período era o mascate, que comprava
produtos agrícolas nas fazendas e os revendia nas cidades e comprava produtos
confeccionados nas cidades (como tecidos, sapatos, ferramentas) e os revendia
nas áreas rurais. Os mascates são os precursores dos chamados “vendedores
externos”, que, até hoje, visitam clientes que estão distantes da loja ou da in-
dústria que representam.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
AP RO F U N DA NDO
Vale ressaltar que, nesse momento histórico (séculos XVII e XVIII), o vendedor
era visto com desconfiança, pois os potenciais clientes tinham dificuldade para
confiar em estranhos que batiam às portas para oferecer produtos que tinham
origem distante. Muitas vezes, essa desconfiança tinha razão, uma vez que muitos
vendedores, de fato, enganavam os próprios clientes e entregavam produtos que
não cumpriam o prometido. Mesmo com essa desconfiança, o comércio desen-
volvido pelos vendedores crescia constantemente, pois o comércio varejista era
pouco desenvolvido e faltavam opções de produtos para a compra.
Com o crescimento da economia e o aumento do número de empresas no
século XVIII, começou a surgir uma nova categoria de vendedores que trabalha-
vam exclusivamente para uma indústria.
Apelidados de “tiradores de pedidos”, esses profissionais eram remunerados
por comissão sobre o volume de vendas. Geralmente, os “tiradores de pedido”
não faziam as vendas a pronta entrega. A forma de trabalho deles consistia em
visitar os clientes. Quando anotavam os pedidos, recebiam um pagamento de
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UN I C ES UMA R
Na primeira metade do século XX, aconteceram três eventos que foram prejudi-
ciais para o desenvolvimento das vendas e do vendedor. Com a Primeira Guerra
Mundial, a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, a preocupação dos
vendedores estava focada em conseguir gerar receita para as empresas, evitando
que o número de falências fosse ainda maior.
Segundo Ingram et al. (2008, [s. p.]):
“
“[...] após a Segunda Guerra Mundial, as
empresas viam os vendedores como co-
laboradores fundamentais na geração de
receita e na propagação da sua imagem
perante os consumidores. A função de
vendas passou a ser encarada com mais
profissionalismo, e passou-se a exigir do
vendedor a apresentação de uma postura
e conduta igualmente profissionais”.
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“
Preparar o vendedor é necessário, porque é ele quem “vende para
que a fábrica possa emitir os pedidos, de modo que o produto possa
ser entregue, os salários possam ser pagos” (SPIRO; RICH; STAN-
TON, 2009, p. 29).
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UN I C ES UMA R
Em 1936, Dale Carnegie lança o livro Como fazer amigos e influenciar pes-
soas, que, mesmo não sendo um livro exclusivamente sobre vendas, teve as pes-
quisas amplamente usadas pelos vendedores, a fim de melhorar as formas de
ouvir e se relacionar com os clientes. Em 1954, o modelo AIDA começa a ser
usado como uma metodologia de vendas. Ele tem os seguintes pilares: Atenção,
Interesse, Desejo e Ação.
Ao atravessarem esse funil,
encontram-se com o modelo
AIDA. Elas chegam ao final do
funil com um resultado finan-
ceiramente positivo.
IN D ICAÇÃO DE LI V RO
P E N SAN DO J UNTO S
Ao lidar com pessoas, lembre-se de que você não está lidando com seres lógicos, e sim
com seres emocionais.
(Dale Carnegie)
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
Apesar das diversas metodologias que surgiram, muito daquilo que se usava du-
rante as vendas advinha da percepção do vendedor em relação à resposta que
o cliente oferecia a um determinado estímulo. Vale ressaltar que as teorias e os
métodos de vendas também faziam uso das pesquisas de marketing (novidade nos
anos de 1950 e 1960) para elaborar as melhores formas de convencer os clientes.
Como ainda não havia uma pesquisa científica específica sendo desenvolvida
para as vendas, existia muita especulação sobre a venda ser arte ou técnica. Inclu-
sive, muitas pessoas defendem que o vendedor nasce pronto. É claro que algumas
características comportamentais podem ajudar a pessoa durante o processo de
vendas. Pessoas mais extrovertidas ou que se comunicam bem costumam ter
mais facilidade para estabelecer relacionamentos. Entretanto, apenas isso não
é o suficiente para dizer que saber vender é uma arte ou uma espécie de dom.
A partir dos anos de 1970, com o avanço das tecnologias de mapeamento
cerebral, a neurociência começa a entender como o cérebro humano reage a cada
estímulo, o que proporcionou novas formas de marketing e propaganda mais
direcionadas para o público-alvo específico. As tecnologias de mapeamento ce-
rebral continuaram avançando e, posteriormente, foram usadas para entender o
comportamento de compra das pessoas de acordo com a forma como o vendedor
interagia com o cliente durante uma apresentação de vendas.
A P RO F UNDA NDO
No final da década de 1980, surgiu o conceito de SPIN Selling, proposto pelo psicólogo
Neil Rackham (2012). Assim, foi desenvolvido o conceito de venda consultiva. Para
chegar a esse conceito, o autor realizou uma pesquisa com 35.000 vendedores durante
12 anos e chegou à conclusão de que os melhores resultados eram alcançados pelos
profissionais que escutavam os clientes e, a partir disso, entendiam as dores identifica-
das e ofereciam a melhor solução, como se fosse uma consultoria direcionada para o cli-
ente. O SPIN Selling se mostrou muito eficaz, uma vez que ajuda o vendedor a construir
argumentos de vendas utilizando as informações fornecidas pelo cliente.
Ainda nos anos de 1990, Daniel Goleman (2007) lança o livro Inteligência Emo-
cional, fruto de uma ampla pesquisa que explica como funcionam as emoções das
pessoas e como é possível desenvolver uma inteligência que saiba lidar com essas
emoções. Esse livro ajuda vendedores de todo mundo a controlar as próprias
emoções em situações de estresse durante o processo de vendas.
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UN I C ES UMA R
P E N SAN DO J UNTO S
IN D ICAÇ ÃO DE LI V RO
Inteligência emocional
Editora: Objetiva
Autor: Daniel Goleman
Sinopse: Goleman descreve a inteligência emocional como a capaci-
dade de uma pessoa de gerenciar os próprios sentimentos, de modo
que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz. Segundo
o psicólogo, o controle das emoções é essencial para o desenvolvi-
mento da inteligência de um indivíduo. Dessa forma, este livro pode
agregar ao conteúdo, ao expor a administração dos sentimentos.
Isso é essencial para estar no controle da negociação e garantir o
fechamento da venda.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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A ascensão das vendas pela Internet, no início dos anos 2000, trouxe ainda mais
evolução tecnológica para o processo de vendas. Ficou cada vez mais comum
ver vendedores utilizando notebooks e tablets durante as visitas de vendas. Em
outros casos, o próprio celular passou a ser a segunda principal ferramenta do
vendedor: a primeira é o cérebro.
Atualmente, existem diversas tecnologias que são utilizadas para melhorar a rela-
ção da empresa com os clientes (CRM) e que permitem identificar cada passo da
experiência de vendas do cliente, desde a prospecção até o fechamento da venda.
NEUROCIÊNCIA E VENDAS
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UN I C ES UMA R
A P RO F UNDA NDO
O que se percebe é que aquele tipo de vendedor antigo que tentava vender de qualquer
jeito apenas na base da conversa está ficando no passado. O vendedor de hoje sabe
utilizar os relatórios e entende as métricas do comportamento do cliente com base nas
análises de perfil. Cada vez mais os conhecimentos científicos farão parte da profissão
de vendedor, melhorando os processos e estreitando as relações.
O PROFISSIONAL DE VENDAS
Você já deve ter ouvido alguém falar que não gosta de vendedores. Os vendedores
que deixam impressões ruins nos próprios clientes não podem ser considerados
profissionais. A imagem que ainda persiste no imaginário de algumas pessoas
é a daquele vendedor espertalhão, que tem uma ética suspeita, que fala muito e
tenta empurrar a mercadoria de qualquer forma para o cliente.
De fato, durante muito tempo, não houve muita preocupação em formar
bons profissionais de vendas. O que existia era a necessidade de fazer a venda
de qualquer jeito, sem se preocupar com relacionamentos de longo prazo com o
cliente. Sendo assim, qualquer pessoa poderia trabalhar com vendas.
Como o comércio precisa de muita mão de obra e nem sempre precisa que
os trabalhadores tenham experiência prévia, acabam contratando pessoas que
não têm real interesse em se profissionalizar como vendedores.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
O VENDEDOR ATUAL
Tem que saber desenvolver relacionamentos de longo prazo, uma vez que pode
vender várias vezes para o mesmo cliente e ainda pode ser indicado para efetuar
vendas para os familiares e os amigos dos clientes.
O VENDEDOR MODERNO
Deve estar atento aos novos conhecimentos que podem surgir e às novas técni-
cas de vendas. Precisa estar em contato com tudo o que há de mais moderno em
termos de formas de negociar com os diversos públicos.
O VENDEDOR ANTIGO
Não se atualiza e tem sempre a mesma resposta para problemas diferentes. Ele
está entrando em extinção. O futuro pertence aos vendedores profissionais que
estão focados em resolver o problema do cliente, mesmo que essa solução não
passe pelo produto ou pelo serviço que ele vende.
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UN I C ES UMA R
A P RO F UNDA NDO
Muitas pessoas que trabalham com vendas têm outros objetivos profissionais de médio
e longo prazo. Isso não é um problema, mas as coisas começam a ficar complicadas
quando a pessoa contratada como vendedora não vê futuro na profissão e não se es-
força em se desenvolver o suficiente para atender bem os clientes.
Isso acontece quando o indivíduo está vendedor, em vez de ser vendedor.
Descrição da Imagem: São expostos quatro grupos de pessoas de gerações de mercado de trabalho: os baby
boomers, a geração X, a geração Y e a geração Z. Os baby boomers compreendem as pessoas nascidas entre 1945
e 1964; a geração X é composta pelos nascidos entre 1965 e 1978; a geração y abrange os nascidos entre 1979
e 1992; e, por fim, a geração Z abarca nascidos a partir de 2001.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 2
Você já sabe que todo mundo vende alguma coisa em algum momento. Contudo, quan-
do pensamos nas empresas, a venda é imprescindível para que o negócio se desenvolva.
O CONTEXTO DA VENDA
A P RO F UNDA NDO
Para estruturar melhor o papel de cada ator, é possível sustentar que os envolvidos
são os espectadores, os bloqueadores, os influenciadores e os essenciais.
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Vale ressaltar que a pessoa pode migrar de um personagem para outro durante
o processo de negociação. Por exemplo, o comprador pode ir de bloqueador à
essencial, dependendo da situação. Para quem vende, é necessário entender os
papeis de cada pessoa envolvida na negociação, a fim de saber como interagir
com cada ator, conquistando aliados que ajudarão na tomada de decisão.
Um dos aspectos essenciais que deve ser definido pelo empresário na hora de
abrir o próprio negócio é o modo como a venda do produto ou serviço deve
acontecer. O empresário deve saber se precisa trabalhar para que o cliente venha
até à empresa ou se a equipe de vendas precisa ir até os potenciais clientes, seja
perto, seja longe.
Ao processo de receber os pedidos de orçamentos ou de compras dentro da
empresa, sem precisar se deslocar até o cliente, damos o nome de “vendas internas”.
As vendas internas podem acontecer por visitação dos clientes até a empre-
sa, por meio de ligação telefônica ou pelo recebimento de e-mails. Quando um
potencial cliente procura a empresa para consultar um produto ou um serviço,
já está claro que ele tem interesse em adquirir o referido produto ou serviço, o
que facilita um pouco o trabalho do vendedor.
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UN I C ES UMA R
REDUÇÃO DE CUSTOS
A venda interna tem um custo menor, exatamente porque o vendedor não precisa
se dirigir até a casa ou a empresa do cliente. Com isso, não é necessário investir
em veículos e equipamentos destinados à visitação, nem gastar com alimentação
e hospedagem para realizar a venda.
MAIOR PRODUTIVIDADE
Vendas externas é o sistema de vendas em que o vendedor vai até o cliente para
oferecer os produtos ou os serviços. Pode ser usado tanto para vender no sistema
B2B quanto no sistema B2C. Os profissionais que realizam esse tipo de venda se
dividem em dois tipos:
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Venda de produtos
É o tipo de vendas mais comum, pois é o que acontece nas lojas varejistas localiza-
das nas ruas, nos centros comerciais e nos shoppings centers localizados por todo
o Brasil ou nos distribuidores e nos atacadistas que negociam grandes volumes.
As indústrias de insumos e produtos acabados também vendem produtos. É
a venda que envolve um item físico: ela pode ocorrer na categoria de varejo ou
atacado e é aplicada aos produtos de alto ou de baixo valor. Quando a venda de
um produto é feita presencialmente, o vendedor pode realizar uma demonstração
do produto ou pode permitir que o cliente tenha contato com a mercadoria para
criar a sensação de desejo ou posse.
Alguns detalhes, como a matéria-prima da qual o produto é feito, a resistência
do material e a durabilidade, podem ser constatados, ainda que de forma empí-
rica, pelo comprador. A relação custo-benefício também pode ser usada nesse
momento para reforçar a decisão de compra.
Venda de serviços
Podemos afirmar que vender serviços é bem diferente de vender produtos. Sabe
por quê? Quando se vende um serviço que ainda será feito, o vendedor está nego-
ciando algo que ainda não existe. Em muitos casos, está vendendo o intangível.
Quando uma empresa contrata um serviço de pintura ou uma palestra, está
confiando que o profissional realizará o trabalho da melhor maneira possível
na data ou no período estipulados. Desse modo, o vendedor precisa inspirar
confiança no comprador. Uma das formas mais usadas para se desenvolver a
confiança é indicar clientes que já contrataram o serviço e se sentem satisfeitos
com o trabalho.
Como não existe produto físico, o vendedor pode levar prospectos com ima-
gens e fotos de outros serviços realizados. Não só, mas também pode apresentar
testemunhos de clientes satisfeitos com o serviço. Outra possibilidade é usar da
autoridade que a empresa ou o vendedor já desfruta no mercado, a fim de com-
provar a qualidade do serviço que será entregue.
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Existem situações em que um comprador negocia um produto físico que será en-
tregue em um prazo distante e que, em alguns casos, tem um alto valor agregado.
Um exemplo desse tipo de situação é a venda de um apartamento que ainda
não existe em um prédio que ainda será construído, o que é chamado de vender
o apartamento “na planta”, pois ele existe apenas na planta baixa do edifício.
Nessa situação, o vendedor precisa ter bom conhecimento sobre a planta do
apartamento. Ele tem que fazer o cliente imaginar como ficará depois de pronto
e precisa fazer o cliente se imaginar dentro do imóvel. Como o produto ainda é
um “desenho” em um papel, o vendedor deve saber fazer comparações para que o
cliente saiba qual é o tamanho de cada ambiente, de cada parede e de cada corre-
dor, para que seja possível demonstrar que o apartamento atende às necessidades
do comprador. Para ajudar o cliente a se imaginar dentro de um apartamento
que ainda não foi construído, algumas construtoras criam um showroom, onde
é montado um modelo mobiliado do apartamento.
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UN I C ES UMA R
1. OBJETIVOS
Quais são os objetivos do setor de vendas? Dentre os mais comuns, podemos ci-
tar: melhorar a participação no mercado, aumentar o volume de vendas, melhorar
o ticket médio e ampliar a base de clientes.
2. ESTRATÉGIA DE VENDAS
Uma vez que os objetivos estão definidos, o gestor de vendas desenvolverá a es-
tratégia mais adequada para que a empresa alcance as próprias metas. Ela deve
ser desenvolvida de tal forma que possa ser executada pela equipe de vendas.
3. ESTRUTURA DE VENDAS
A força de vendas deve ser estipulada de acordo com uma série de fatores,
como o número de clientes por região, o tamanho da região, o tempo médio de
atendimento de vendas e o tempo de deslocamento (para vendas externas).
Conhecidas essas informações, basta cruzar com os objetivos da empresa, a fim
de determinar quantos vendedores serão necessários.
5. REMUNERAÇÃO
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6. SUPERVISÃO DA EQUIPE
8. AVALIAÇÃO DE VENDEDORES
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UN I C ES UMA R
NOVOS DESAFIOS
Diante das discussões apresentadas até o momento,
você entrou em contato com os principais conceitos
de vendas e a importância deles para as pessoas e
para os negócios. Além disso, estudou o surgimento
dos primeiros vendedores e os respectivos desafios.
Agora, você é capaz de entender a importância de
cada tipo de ator nas vendas, identificar as melhores
opções de vendas e saber o que é preciso para desen-
volver a administração de vendas.
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VAMOS PRATICAR
1. De forma geral, podemos dizer que a atividade de vendas é uma das mais antigas do
mundo, e a figura do vendedor é igualmente antiga, pois sempre que houve a neces-
sidade de se vender alguma coisa, lá estava a figura do vendedor. Os primeiros relatos
escritos sobre a atividade de vendas datam de antes de Cristo. As civilizações gregas,
romanas e egípcias já possuíam grande atividade comercial interna e externa, com
vendedores e negociadores atuando diariamente tanto nas lojas como em acordos
internacionais.
É claro que, nos primeiros tempos, o próprio produtor vendia seus produtos. Apenas um
tempo depois surgiram aquelas pessoas que eram contratadas para intermediar as ven-
das, servindo de ponte entre a necessidade do cliente e a solução apresentada pelo for-
necedor. Quando a profissão de vendas ganhou relevância e projeção? Onde isso ocorreu?
2. Como as vendas estão por aí há muito tempo e existe uma percepção errada de que,
para vender, não é preciso muito esforço, as pessoas pensam que vender produtos
e serviços é igual, mas, na realidade, são tipos de venda completamente diferentes.
Sabendo que existem as vendas de produtos e vendas de serviços, qual delas é mais
comum? Qual a diferença entre elas?
3. Durante a Grande Depressão, o sistema de vendas porta a porta ganhou impulso nos
Estados Unidos, porém os vendedores que faziam esse tipo de venda não tinham for-
mação ou treinamento, mas, de forma empírica, usavam as emoções dos clientes para
vender seus produtos.
Em 1936, Dale Carnegie lança o livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, que,
mesmo não sendo um livro exclusivamente sobre vendas, teve suas pesquisas ampla-
mente utilizadas pelos vendedores para melhorar sua forma de ouvir e se relacionar com
os clientes. Em 1954, o modelo AIDA começa a ser usado como uma metodologia de
vendas, tendo os seguintes pilares:
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VAMOS PRATICAR
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
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VAMOS PRATICAR
5. Um dos pontos essenciais que deve ser definido pelo empresário na hora de abrir seu
negócio é como a venda do seu produto ou serviço deve acontecer. O empresário tem
que saber se deve trabalhar para que o cliente venha até a sua empresa ou se sua
equipe de vendas deve ir até os potenciais clientes, seja perto, seja longe.
As vendas internas podem acontecer por visitação dos clientes até a empresa, por meio
de ligação telefônica ou do recebimento de e-mails. Dessa forma, sobre as vantagens de
vendas internas, analise as afirmativas a seguir:
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. A profissão de vendas é muito antiga, mas só ganhou relevância e projeção com a Revo-
lução Industrial, ocorrida na Inglaterra, entre os séculos XVII e XIX, se expandindo para
diversos países da Europa, Ásia e para os Estados Unidos da América.
2. A venda mais comum é de produtos. É a venda de produto que envolve um item físico,
pode acontecer na categoria de varejo ou atacado e é aplicada para produtos de alto ou
de baixo valor. Quando a venda de um produto é realizada presencialmente, o vendedor
pode realizar uma demonstração do produto ou pode permitir que o cliente tenha contato
com a mercadoria para poder criar a sensação de desejo ou posse. A venda de serviços
é bem diferente de vender produtos, pois quando se vende um serviço que ainda será
realizado, o vendedor estará negociando algo que ainda não existe. Em muitos casos,
está vendendo o intangível. Como não existe produto físico, o vendedor pode levar
prospectos com imagens e fotos de outros serviços realizados, pode apresentar teste-
munhos de clientes satisfeitos com o serviço. Outra possibilidade é usar da autoridade
que a empresa ou o vendedor já desfruta no mercado para comprovar a qualidade do
serviço que será entregue.
4. A resposta correta é a letra D: I, III e IV, apenas. As demais alternativas estão incorretas.
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MEU ESPAÇO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
PERFIL E PROSPECÇÃO DE
CLIENTES E CONSUMIDORES
ME. ADRIANO CIPRIANO PEREIRA E ME. VICTOR ANDREI DA SILVA
MINHAS METAS
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UN I C ES UMA R
Vamos, juntos, aprender como os vendedores fazem para conseguir novos clien-
tes, com as melhores formas de prospecções e resultados de sucesso!
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Para ajudá-lo(a) na abordagem e na interação com os seus
clientes, é sempre importante estudar e se manter atualiza-
do(a) em relação às melhores técnicas de vendas! Conheça
algumas dicas para aperfeiçoamento.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
Olá, caro(a) aluno(a)! Assim como você já deve ter percebido, existem vários
tipos de pessoas com opiniões, crenças, atitudes e percepções de mundo bem
diferentes.
Na sequência, você conhecerá os perfis mais comuns de clientes e verá como
o vendedor deve interagir com cada um deles (SPIRO; RICH; STANTON, 2009).
Cliente decidido
É o cliente que sabe o que quer quando vai comprar um produto ou um serviço.
Normalmente, esse cliente está bem informado, sabe muito sobre o que quer
comprar e, inclusive, já fez comparações entre as opções disponíveis.
Para interagir com esse cliente, o vendedor deve ouvi-lo atentamente, refor-
çando os atributos do produto. Ao fazer demonstrações, deve ser objetivo. Em
alguns casos, esse cliente pode ser um especialista, o que acaba exigindo um alto
grau de especialização do vendedor.
Esse cliente quer estar no controle. Sendo assim, não é aconselhável entrar
em choque com as opiniões do cliente. Ele precisa entender que o vendedor está
para ajudá-lo a encontrar a melhor solução para as próprias necessidades.
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UN I C ES UMA R
Cliente indeciso
Esse é o cliente que não consegue tomar uma decisão de compras sem a ajuda
de alguém. Em vários casos, o indeciso até pesquisa sobre o produto que deseja
comprar, porém, precisa da opinião do vendedor para poder decidir entre as
opções disponíveis.
Para ajudar o indeciso, é necessário que o vendedor faça as perguntas corretas
para entender exatamente o que o cliente precisa e, assim, apresentar a opção
mais adequada para atender à necessidade identificada.
Cliente confuso
Esse cliente não é apenas indeciso, ele também está perdido com as opções
disponíveis que existem na loja ou que o vendedor está apresentando. Em al-
guns casos, esse cliente chegou a pesquisar as informações, porém, por falta de
entendimento ou clareza, ele acaba em uma confusão mental que o impede de
saber exatamente o que precisa.
Segundo Spiro, Rich e Stanton (2009, [s. p.]):
“
“[...] para atender bem esse cliente, o vendedor deve fazer boas per-
guntas e escutar atentamente tudo o que for dito pelo confuso para
poder entender qual é o problema ou a necessidade a ser atendida
e oferecer a solução adequada. Uma dica, aqui, é oferecer poucas
opções para o cliente, dessa forma, vai conseguir tranquilizar e aju-
dar o cliente no processo de decisão”.
Cliente apressado
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
O cliente sem pressa é um dos tipos mais metódicos, já que ele tem todo o tempo
do mundo para ponderar as opções e tomar a melhor decisão. Você terá que ter
muita paciência para mostrar cada detalhe dos produtos, além de esperar que
ele demonstre o momento certo para fechar a venda. Frequentemente, esse tipo
de cliente espera atenção exclusiva, dedicação e interesse do vendedor e gosta de
ser convencido com bons argumentos.
Cliente comunicativo
Quando você fica em dúvida se a pessoa realmente quer comprar algo ou somente
entrou na loja para bater papo, está diante de um cliente comunicativo. Por um
lado, é fácil despertar o interesse dele pela oferta, pois ele tende a convencer a
si mesmo ao conversar sobre os benefícios do produto ou do serviço. Por outro
lado, a falta de foco dele pode desviar o rumo da venda. Em decorrência disso,
emerge a importância de evitar assuntos paralelos e direcionar bem a conversa.
Cliente quieto
É interessante notar que, enquanto alguns defendem que o vendedor deve ser
falante, outros defendem que as pessoas devem falar pouco quando vão comprar
alguma coisa. Em alguns cursos de compras, o silêncio é tratado como uma
estratégia para desconcertar o vendedor. Nesse caso, o desafio do vendedor é
identificar as intenções desse cliente a partir das poucas palavras, dos gestos e da
linguagem corporal. Para poder atender bem esse cliente, o vendedor deve gerar
identificação, o que faz com que o cliente fique mais à vontade e fale mais sobre
as próprias necessidades.
Cliente atento
Esse é o cliente que está atento a tudo o que está acontecendo durante a venda.
Ele presta atenção em tudo o que o vendedor fala e faz, em busca de alguma van-
tagem na negociação. O cliente atento faz muitas perguntas, o que exige muita
coerência nas respostas que o vendedor apresenta. Para atender bem esse tipo de
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UN I C ES UMA R
Cliente “estrelinha”
Sabe aquela pessoa que quer ser o centro das atenções? Pois é, o vendedor tam-
bém tem que interagir com esse tipo de cliente. Por diversos motivos internos,
essa pessoa acredita que está acima dos demais clientes e dos vendedores e, por
isso, acredita que merece tudo de melhor no menor tempo possível, preferencial-
mente, sendo atendido antes de outras pessoas que estavam aguardando. Para
atender esse tipo de cliente, é necessário fazer com que ele se sinta importante
(se for o caso, massagear o ego dele). Contudo, não se deve ultrapassar os limites
estipulados pela empresa apenas para agradar o cliente estrelinha.
Cliente negociador
Sabe aquele cliente que briga para conseguir um bom negócio? Esse é o negocia-
dor. Em muitas situações, ele pode atuar de forma implacável, tentando alcançar
o menor preço e as melhores condições. Todavia, esse cliente costuma ser justo.
Se o vendedor disser que atingiu o limite e não consegue ir além, o negociador
entende e, se o negócio for bom para ele, realizará a compra. Para lidar com esse
tipo de cliente, o vendedor deve ter margem para negociar. No entanto, deve ar-
gumentar em defesa do valor do próprio produto e ceder devagar, a fim de obter
uma boa negociação para a empresa.
Apesar de ser parecido com o negociador, esse cliente só quer saber de desconto e
luta por qualquer pechincha. Em alguns casos, ele é chamado de “chorão”, porque
faz o maior drama para conseguir algum desconto. Para negociar com esse cliente,
o vendedor deve ter margem de manobra para desconto, além de ter a possibilidade
de entregar algum brinde ou maior prazo de pagamento para oferecer ao “chorão”. É
importante ter uma carta na manga para dar um ultimato no fechamento da venda.
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Cliente cético
Sabe aquela pessoa que não acredita em nada e desconfia de tudo? Pois é, esse é
o cliente cético! Normalmente, esse cliente precisa de muitas provas sobre o que
está sendo dito ou apresentado. Ele só acredita no que vê e, ainda assim, custa a
aceitar os argumentos de vendas. Não adianta o vendedor fazer grandes discursos
de vendas, pois o cliente cético é imune a eles. O ideal é ir direto para os fatos ou
para as demonstrações dos produtos ou dos serviços. Utilizar exemplos, apontar
garantias e oferecer boas opções ajudam o vendedor a fechar o negócio.
Cliente nervoso
Muitas vezes, o vendedor terá que atender um cliente que está alterado e muito
nervoso ou irritado. Ele dará trabalho, porque as atitudes dele podem fazer com
que ele fique intimidador. Por causa dos próprios problemas, esse cliente estará
impaciente, irredutível, provavelmente, terá várias respostas ríspidas para cada
frase e estará pronto para descarregar a própria frustração no vendedor. Para aten-
der bem ao nervoso, o vendedor deverá ter calma, manter o equilíbrio emocional
e controlar o impulso de responder ao cliente de forma ríspida. É importante es-
cutar o cliente atentamente e oferecer a solução o mais rapidamente possível, sem
dar espaço para discussões. Sabemos que ninguém tem gelo nas veias. O cliente
nervoso pode realmente impactar o vendedor, mas mesmo que, por dentro, esteja
fervendo, o vendedor não deve deixar os sentimentos virem à tona.
Cliente grosseiro
Você já deve ter ouvido a frase: “o cliente sempre tem razão”. Essa é uma frase
errada, pois, na realidade, o cliente somente tem razão quando está com a razão.
O cliente grosseiro só entende o próprio lado e aproveita da grosseria para poder
desequilibrar o vendedor, a fim de conseguir alguma vantagem, mesmo que
isso prejudique a empresa. De forma geral, o grosseiro já está insatisfeito com
experiências do passado, mesmo que não tenha nada a ver com a compra atual,
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Cliente crítico
O cliente crítico é tão desconfiado quanto o cético, porém ele pode ser cordial
e solícito com o vendedor, desde que perceba que esse comportamento pode
trazer alguma vantagem. Para fechar um negócio com esse tipo de cliente, serão
necessários uma longa conversa e um longo embate, pois cada detalhe do produto
ou do serviço será discutido em profundidade. Esse cliente usará referências de
outros produtos ou até mesmo de concorrentes para poder argumentar com o
vendedor. Para realizar uma venda para um crítico, o vendedor deverá ter muito
conhecimento e alta capacidade de realizar apresentações de vendas convincentes,
porque o cliente desejará explorar a fundo cada característica dos produtos.
Pois é, aluno(a), assim como você percebeu, a lista é extensa. Tenho certeza
de que você reconheceu alguns desses perfis nas pessoas do seu convívio.
A P RO F UNDA NDO
Neste momento, você deve estar pensando que, para ser um vendedor de elite, é
necessário ter alguma capacidade sobre-humana. No entanto, não é nada disso. É pre-
ciso entender que, em cada venda, acontece uma interação entre o cliente e o vendedor.
O preparo é o grande diferencial entre ter sucesso ou fracasso em vendas.
É necessário ter cuidado ao usar os tipos de clientes, a fim de não gerar estereótipos ou
padronizar as pessoas que fazem parte da sua clientela. O vendedor precisa sempre ter
respeito ao próximo, inteligência emocional e empatia com os potenciais clientes.
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Prospecção
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Empréstimo na mineração
P E N SA N DO J UNTO S
Seja no solo, seja em grandes profundidades marítimas, seja em solo lunar, para
o vendedor, não é diferente. Se levarmos em consideração que o cliente é o que
existe de mais precioso para o vendedor, a prospecção se torna essencial, pois
garantirá o faturamento da empresa e a renda de quem vende. Apesar de ser uma
etapa muito importante, nem todos os vendedores gostam de ocupar parte do
tempo com a prospecção e preferem partir direto para as outras etapas da venda,
o que é um erro.
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AP RO F U N DA NDO
Após o contato ser realizado, o lead ganha uma nova classificação e passa a ser chamado
de prospect. Vale ressaltar que nem sempre, nesse primeiro contato, fala-se sobre
vendas. Normalmente, essa primeira conversa serve para conhecer um pouco mais o
prospect, a fim de entender se será possível fazer negócio em algum momento do futuro.
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2. Entrar em contato.
Para realizar uma prospecção bem direcionada, que poupe tempo e dê frutos, é
necessário definir o Perfil de Cliente Ideal, ou Ideal Customer Profile (ICP).
Para poder definir quem é o cliente ideal, é necessário que o vendedor responda
a algumas perguntas. Observe-as a seguir.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
O cliente ideal é a melhor réplica possível daqueles clientes com quem o ven-
dedor tem um relacionamento diferenciado e que estão muito satisfeitos com a
solução oferecida pelo vendedor. Apesar do título de “cliente ideal”, não se trata
de um cliente imaginário, que foi inventado ou idealizado. O perfil do cliente
ideal é baseado na experiência que a empresa ou o vendedor tem por atender
outros clientes.
Caso a empresa seja nova no mercado e ainda não tenha um histórico para
poder definir o próprio ICP, deverá montar um mapa da empatia para idealizar
o cliente e elaborar uma persona. Assim que conseguir os primeiros clientes par-
ceiros, poderá começar a definir o próprio ICP com base na experiência adquirida.
AP RO F U N DA NDO
Assim como você já leu neste material, não existe uma fórmula que possa ser
utilizada por todas as empresas. Entretanto, a lista a seguir é uma sugestão do
que pode ser levado em consideração na hora de definir o ICP.
• Segmento.
• Número de colaboradores.
• Faturamento médio.
• Ticket médio.
• Orçamento.
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UN I C ES UMA R
A empresa ou o vendedor pode colocar outros elementos que acredite que são
necessários para definir o ICP. Uma vez que o perfil é determinado, a empresa
para de gastar energia em clientes ou em mercados que não darão retorno.
Quando a empresa começa sem compradores ou clientes, é preciso identificar
padrões que ajudem a definir o caminho a ser seguido, entendendo o que faz as pes-
soas se interessarem pelo produto ou pelo serviço. A partir disso, começa-se a testar
diferentes iniciativas e adaptar as estratégias, a fim de alcançar melhores resultados.
Em grandes empresas com processos comerciais bem estruturados, a pros-
pecção é feita por um profissional ou por um departamento que busca os leads
e, em muitos casos, já faz o primeiro contato, entregando as informações para o
vendedor, que, a partir desse momento, trabalha com a intenção de demonstrar
o produto e fechar o negócio.
Quando o vendedor precisa ter contato direto com o consumidor final do produto
ou do serviço, a prospecção acontece de forma diferente. Nesse caso, é necessário
desenvolver um mapa da empatia, que você conhecerá adiante nesta disciplina.
Depois de construir o Mapa da Empatia, o vendedor poderá desenvolver o
ICP do cliente, levando em consideração alguns fatores, como renda, nível social,
escolaridade, idade etc.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Uma opção que vem crescendo é fazer vídeos e publicá-los nas mídias
sociais, a fim de divulgar o próprio trabalho. Essa estratégia vem sendo usada
por corretores de imóveis, tanto para locação quanto para venda. É claro que
esses vídeos devem ser feitos com alguns cuidados:
■ Se o imóvel for uma casa, é importante que ela esteja limpa.
■ Caso a residência esteja ocupada, é importante que tenha organização,
sem que objetos, como toalhas usadas ou louças sujas, estejam visíveis
no vídeo ou nas fotos.
Se o vendedor não tem uma pessoa que faça a prospecção para ele, será a obriga-
ção dele buscar pelos novos clientes. Mesmo que não goste de prospectar, ele
deve separar algumas horas por semana para se dedicar a descobrir os potenciais
clientes para seus produtos.
Abordagem em vendas
P E N SA N D O J UNTO S
“Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão”.
(Aaron Burns)
Certamente, você já deve ter lido ou escutado a frase anterior. Apesar de apresen-
tar uma informação óbvia, muita gente não percebe o quanto é necessário estar
preparado para poder realizar o primeiro contato com o outro da maneira correta.
Causar uma primeira boa impressão é necessário a todas as pessoas em diver-
sos momentos da vida. No entanto, para o vendedor, é imprescindível começar
sempre pensando em interagir de forma a construir relacionamentos comerciais
que darão frutos positivos. Se a abordagem ao cliente for realizada de maneira
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UN I C ES UMA R
Assim como não existem dois vendedores iguais, também não existem dois
clientes iguais.
É importante lembrar que cada pessoa forma as próprias impressões de acor-
do com uma série de fatores internos e externos. Dessa maneira, é preciso ter
cuidado na hora de abordar os clientes, considerando que o que pode dar muito
certo com um pode ser um fracasso com o outro.
P E N SA N DO J UNTO S
A grande sacada, hoje, quando se fala em vendas, é estar atento às necessidades dos
clientes. Ao fazer isso, o vendedor conseguirá individualizar o atendimento e melhorar
as relações comerciais. Isso significa que será preciso adaptar o processo de vendas ao
cliente, ou seja, personalizar cada etapa do processo de acordo com o momento espe-
cífico de compra do cliente. Estamos na era da personalização e só assim as equipes de
vendas poderão ter sucesso em um mercado cada vez mais disputado.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
P E N SA N D O J UNTO S
De modo geral, muitos vendedores fazem uma abordagem muito direta, mostran-
do que têm uma solução para um problema que nem mesmo o cliente potencial
sabia que precisava. Muitas vezes, o vendedor faz isso de tal forma que acaba se
colocando em um patamar acima do cliente, fazendo com que ele se sinta mal. Isso
acontece, porque o vendedor pode estar demonstrando que sabe muito mais do
que o cliente, o que gera desconforto (ninguém gosta de um “sabe-tudo” arrogante).
O papel do vendedor é levar a boa nova, mas ele não pode começar uma abor-
dagem com a pretensão de saber mais do que o cliente sobre o problema dele. A
ordem é ser sutil para não espantar o cliente. Se o vendedor for muito direto ou
muito incisivo, querendo demonstrar o produto ou o serviço a qualquer custo,
acaba espantando o cliente.
É preciso deixar o cliente respirar e, para isso, o vendedor deve ter a percepção
de qual é o melhor momento de se aproximar e questionar alguma coisa ao
cliente. Saber abordar sem pressionar demais facilitará o restante do processo de
vendas, o que leva ao fechamento da compra.
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AP RO F U NDA NDO
Nunca, jamais, vá até uma reunião sem saber como o que você vende pode ajudar o
cliente a resolver os problemas dele. Essa é uma maneira de o cliente entender que a
equipe de vendas fez o dever de casa e sabe o impacto da solução ao problema. Com
isso, ele sentirá mais confiança. Dessa maneira, quem sabe, acreditará que a empresa
não quer apenas empurrar um contrato goela abaixo.
Essa é uma das mais importantes técnicas de abordagem de vendas. Afinal, pro-
vavelmente, o seu potencial cliente sabe:
■ Quanto custa o seu produto.
■ O que ele tem que a concorrência não tem.
■ O que a concorrência tem que ele não tem.
De modo geral, mesmo que o cliente tenha ido a uma loja para comprar um
calçado ou esteja recebendo uma visita de um vendedor para conhecer um novo
sistema hidráulico para a indústria dele, é bem provável que ele já realizou uma
pesquisa sobre o seu produto e as opções no mercado. Quando o comprador já
tem informações sobre a empresa ou o produto do vendedor, o discurso de ven-
das fica comprometido. Contudo, isso se modifica se o vendedor falar de coisas
das quais não é possível que o cliente saiba apenas com as pesquisas que fez.
Portanto, é necessário esquecer os discursos “mecanizados” e dizer coisas sobre
a empresa do cliente, o problema dele e os desafios que ele enfrenta diariamente
que nem ele sabe. É necessário despertar a curiosidade do cliente.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
Quando alguma empresa de telefonia liga para você para oferecer TV por assina-
tura, modem, telefone ou qualquer outro produto, qual é a sua reação? Recusar
o produto e agradecer a ligação na maioria das vezes, certo? Se a empresa conti-
nuar insistindo, pode até ser que você peça para não ser importunado(a), visto
que não tem interesse. Por que, então, com o cliente seria diferente? O vendedor
não deve permitir que a própria abordagem de vendas soe como algo chato, re-
petitivo e inoportuno. O cliente tem que perceber que está investindo o tempo
dele em algo que realmente vale a pena e trará soluções para os problemas ou as
necessidades dele. Se o cliente acreditar que está perdendo tempo, as chances de
fechar negócio desaparecerão.
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A P RO F UNDA NDO
Eu sei, talvez, você ainda veja alguns clientes gostarem de ter o ego agraciado. No en-
tanto, esse tipo de comprador está entrando em extinção. É necessário fazer comentári-
os sinceros sobre a impressão da empresa e dos negócios que o cliente realiza. Contudo,
cuidado: excesso de sinceridade pode gerar problemas, se for mal aplicado. Você pode
elogiar a beleza da fachada da empresa ou, em caso de venda direta ao consumidor, diz-
er que o vestido ficou bom no corpo da cliente. Todavia, tome cuidado com os exageros.
Foque nos seus argumentos de vendas.
Há algum tempo, existia uma corrente que acreditava que o indivíduo era a so-
lução para todos os problemas. Ele sabia de todos os problemas da empresa:
o que estava errado, porque estava errado, quem estava errado, quando errava
e havia muitas teorias sobre o que precisava ser feito para mudar esse cenário.
No entanto, esse tipo de vendedor showman, que acredita que sabe a solução
de todos os problemas, acaba sendo um verdadeiro fiasco na hora de entregar
a solução. Ele enfeita tanto a pílula que, quando a solução é entregue para o
cliente, ela simplesmente não vai de encontro ao que foi oferecido. Diante disso,
a empresa tem um grande problema para resolver.
Esse profissional ficou tão marcado que ainda está no imaginário coletivo:
havia até um personagem do programa humorístico Casseta & Planeta que en-
carnava esse vendedor com o seguinte bordão: “Eu agarantio!”.
8. Pare de falar
P E N SA N DO J UNTO S
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
A melhor maneira de ter uma boa recepção do potencial cliente é encontrar uma
conexão emocional. Isso pode significar um amigo em comum, um passeio em
comum, um time ou um gosto em comum. Quando duas pessoas têm gostos
em comum e uma conexão, a conversa flui naturalmente e as chances de obter
sucesso na venda são maiores. Entretanto, isso não pode ser algo forçado. Caso
contrário, por melhor que tenha sido a conversa, se o potencial cliente descobre
que a conexão entre ele e o vendedor é falsa ou forçada, a venda simplesmente
não acontece, porque ele se sentirá enganado.
O vendedor deve utilizar uma linguagem que seja fácil para o cliente entender.
Vale levar em consideração que cada pessoa tem uma história de vida que pode,
ou não, ter proporcionado conhecimento técnico ou linguístico. Isso significa que
a equipe de vendas precisa adaptar a linguagem para cada cliente de maneira
específica. Não adianta falar com um leigo com linguagem técnica, assim como
não é válido falar com um técnico de maneira rasa.
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UN I C ES UMA R
para perder, mas para ganhar. Portanto, se estão comprando mais produtividade,
mais habilidades e mais tecnologia, a imagem do vendedor deve transparecer
isso. O vendedor é a imagem da empresa para o cliente, principalmente, nas
vendas externas.
Acredite: a aparência vende!
• Preste muita atenção no que o cliente diz e naquilo que ele não diz.
Muito bem, aluno(a), este assunto fica por aqui. Contudo, a jornada pelo conhe-
cimento nunca termina. Sugiro que você use os conhecimentos adquiridos até
agora para melhorar a sua forma de interagir com as outras pessoas. Você verá
que as suas relações melhorarão muito!
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 3
NOVOS DESAFIOS
Diante das discussões apresentadas até o momento, você entrou em contato com
os principais tipos de perfis de clientes. Além disso, conheceu os modelos de
prospecções de vendas.
Agora, você é capaz de definir o perfil do cliente ideal e identificar as melhores
estratégias para as abordagens de vendas. Não só, mas também sabe os melhores
locais para se prospectar.
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VAMOS PRATICAR
1. Existem vários tipos de pessoas com opiniões, crenças, atitudes e percepções de mun-
do bem diferentes. Os tipos de clientes são perfis que representam o comportamento, a
personalidade e as necessidades dos diferentes grupos de consumidores no momento
da decisão de compra.
2. Quando o vendedor precisa ter contato direto com o consumidor final do seu produto
ou serviço, a prospecção acontece de forma diferente. Neste caso, é necessário de-
senvolver o mapa da empatia, que você conhecerá adiante nesta disciplina.
3. Para realizar uma prospecção bem direcionada, que poupe tempo e dê frutos, é ne-
cessário definir qual é o ICP.
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VAMOS PRATICAR
I - Cliente apressado.
II - Cliente comunicativo.
III - Cliente “estrelinha”.
IV - Cliente do desconto (ou chorão).
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VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
SOARES, I.; CALDAS, W. Do porteiro ao presidente: todo mundo vende, todo mundo aten-
de. Belo Horizonte: C/Arte, 2009.
SPIRO, R. L.; RICH, G. A.; STANTON, W. J. Gestão da força de vendas. Porto Alegre: AMGH,
2009.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 3
un a
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
PROCESSO E VARIÁVEIS
DE NEGOCIAÇÃO
ME. ADRIANO CIPRIANO PEREIRA E ME. VICTOR ANDREI DA SILVA
MINHAS METAS
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UN I C ES UMA R
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Na negociação, é imprescindível estarmos sempre em atu-
alização. Desse modo, precisamos estudar novas técnicas
para colocarmos em prática e obtermos maiores resultados.
Aprenda, no vídeo a seguir, algumas técnicas para ajudá-
lo(a) em sua negociação e obter resultados positivos.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
Conceito de negociação
Essas frases são muito utilizadas no Brasil e significam que não se deve fazer ne-
gócio com os amigos, pois existe a crença de que, quando um negócio é realizado,
há um vencedor e um perdedor.
Se realmente, em um negócio, alguém sairá lesado, não deveríamos fazer
negócio com os nossos amigos. Contudo, essa crença está errada. Na realidade,
um negócio só é bom se os dois lados saírem satisfeitos. Em países mais desen-
volvidos e em culturas empresariais mais desenvolvidas, os melhores negócios
acontecem entre empresas parceiras, amigos ou colegas.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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Etapa 1 - Preparação
Um dos maiores erros dos negociadores é encarar uma negociação sem o preparo
necessário. Para ter mais sucesso, é necessário fazer dois tipos de preparação: o
levantamento de informações e a preparação psicológica.
a) Levantamento de informações: o negociador deve saber tudo o que
for preciso sobre a empresa, o mercado em que atua e todos os detalhes
da solução que oferece, seja um produto, seja um serviço. Isso deve es-
tar presente na mente do negociador. Além disso, é necessário conhecer
a empresa com quem vai negociar, os concorrentes, a situação finan-
ceira, a participação no mercado, os clientes, o perfil dos negociadores
e os valores que podem influenciar no processo de tomada de decisão.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
A CONSTRUÇÃO
A PARTE PRINCIPAL
O FINAL
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Etapa 2 - Investigação
Nessa fase, o vendedor se encontrará frente a frente com o cliente ou ligará para
ele. Ele não deve partir direto para a negociação, oferecendo o produto ou o ser-
viço logo de início. Na preparação, o vendedor precisa continuar a investigação,
a fim de conhecer ainda mais as necessidades do cliente. É importante quebrar o
gelo fazendo uso do rapport, com o intuito de gerar maior identificação. Nesse
momento, é possível utilizar a técnica do SPIN Selling (RACKHAM, 2010), que
abrange quatro tipos de perguntas.
1. PERGUNTAS DE SITUAÇÃO
2. PERGUNTAS DE PROBLEMA
3. PERGUNTAS DE IMPLICAÇÃO
4. PERGUNTAS DE NECESSIDADE
Para mostrar como a solução pode resolver tudo isso, mostrando o valor ao cliente.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
Etapa 3 - Sinalização
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P E N SAN DO J UNTO S
Para que o negociador não entre em uma espiral de nervosismo que acabe afe-
tando o andamento da negociação e possa controlar as próprias emoções, ele
pode estar atento aos seguintes pontos:
■ Quando estiver imerso na conversa com o outro, é importante que o ne-
gociador encontre alguns pontos de convergência entre eles, o que gera
proximidade entre os negociadores. Esse ponto de convergência pode
estar ligado a fatores pessoais ou profissionais.
■ É necessário controlar as emoções, pois o medo de errar acaba influen-
ciando a maneira como o negociador se comporta durante a negociação.
ETAPA 4 - TESTE
Nessa etapa, o negociador está mais seguro das necessidades do outro e ambos
estão se aproximando do processo de troca de concessões, a fim de tentar fechar
o negócio. Mesmo que o negociador esteja convencido de que conseguirá fazer
negócio, é importante testar para ter certeza de que está no caminho certo. Nesse
momento, é possível apresentar as primeiras propostas para verificar as reações
da outra parte. É importante que o vendedor esteja sempre atento.
■ Ser objetivo.
■ Apresentar propostas gradativas para verificar o que o outro lado valoriza.
■ Entendido o que o outro valoriza, é possível reestruturar a proposta para
adequá-la às expectativas do outro negociador e enquadrá-la às neces-
sidades do cliente.
■ Se o outro lado fizer contrapropostas, o negociador deve estar atento para
analisar se o que foi falado pode ser atendido ou se é necessário fazer outra
rodada de ações e concessões para fechar o negócio.
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Nessa fase, é normal que alguma das partes assuma uma postura irredutível, com
poucas concessões. Portanto, o negociador deve manter a tranquilidade e focar
em entender o que está acontecendo. Para isso, o ideal é que ele:
Etapa 5 - Concessões
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A P RO F UNDA NDO
Vale lembrar que as concessões devem ser trocadas: se apenas um lado cede, é porque algo
na negociação não foi bem pensada. Por exemplo, um vendedor pode até dar mais desconto
ou aumentar o prazo de pagamento, desde que o cliente aumente o volume da compra.
Não se deve perder de vista os objetivos iniciais da negociação durante essa etapa,
apenas para não desvirtuar os resultados esperados. As dicas a seguir ajudam o
negociador a ser mais assertivo na hora da troca de concessões:
ETAPA 6 - ACORDO
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 4
Ocasionalmente, nessa etapa, uma das partes acaba pedindo algo a mais para
“bater o martelo”. Se houver possibilidade, o negociador oferece algo em troca do
fechamento imediato do acordo.
P E N SA N D O J UNTO S
O acordo só deve ser fechado se ele for bom para as partes envolvidas.
Essa é a etapa mais tranquila, pois, nela, os acordos já foram feitos e o que falta
é acertar pequenos detalhes, como para onde enviar os contratos, quando será o
início do projeto e quais serão as pessoas que acompanharão as entregas.
Mesmo que o negócio fechado tenha sido muito vantajoso para o negociador, é
preciso conter a euforia na comemoração, para que a outra parte não pense que
saiu em desvantagem. Todos os detalhes devem ser tratados com cuidado para
que não se perca tudo o que foi desenvolvido até essa etapa.
Preparação
Investigação
Sinalização
Teste
Concessões
Acordo
Descrição da Imagem: é exposta a ilustração de uma casa (um imóvel) e as sete etapas do processo de negocia-
ção: Etapa 1 – Preparação; Etapa 2 – Investigação; Etapa 3 – Sinalização; Etapa 4 – Teste; Etapa 5 – Concessões;
Etapa 6 – Acordo; e Etapa 7 – Acerto final.
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Assim como você já sabe, a negociação faz parte de nossas vidas desde a infância.
Entretanto, o problema é que nem sempre as pessoas se dão conta disso. Sendo
assim, não conseguem alcançar bons resultados na negociação.
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Essa é uma pergunta que está sempre na mente das pessoas que negociam
com frequência.
“
“[...] existem três variáveis que influenciam a negociação, que são o
poder, o tempo e a informação. É possível que um desses elementos
ou a combinação deles acabe por transformar a forma como as par-
tes envolvidas entendem o negócio. Na sequência, você aprenderá
como funciona cada uma das variáveis e aprenderá como utilizá-las
durante as negociações”.
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Poder
P E N SA N DO J UNTO S
Para entender um pouco mais sobre como se forma o poder nas relações de ne-
gociação, podemos verificar o poder pessoal e o poder circunstancial.
O poder pessoal está ligado diretamente às características de personali-
dade. Apesar de muitos indivíduos parecerem ter nascido com características
que, normalmente, são ligadas ao poder, como simpatia, magnetismo pessoal
ou capacidade de argumentar, essas características também podem ser desen-
volvidas com tempo e esforço. Outras características ligadas ao poder podem
ser destacadas, como:
■ Moralidade.
■ Atitude.
■ Persistência.
■ Capacidade persuasiva.
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O PODER E A NEGOCIAÇÃO
“
A variável “poder” está sempre presente em qualquer situação que
envolva negociação. Pode ser uma negociação individual, coletiva
ou política: fato é que, nessas circunstâncias, mesmo os negocia-
dores mais habilidosos devem considerar a força e os efeitos do
poder condicionantes do processo de negociação (MARTINELLI;
GHISI, 2006).
Definir poder, embora pareça, não é uma tarefa fácil, haja vista a enorme com-
plexidade que envolve essa variável.
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“
De acordo com Cohen (1980, p. 51), “poder é uma maneira de ir
de um lugar para outro”.
“
Lewicki, Saunders e Minton (2002, p. 91) expõem uma definição
mais ampla sobre poder. Para os autores, “as pessoas tem poder
quando possuem capacidade de provocar os resultados que dese-
jam” ou quando dispõem de capacidade de conseguir que as coisas
sejam feitas do modo que querem que sejam feitas”.
Essas definições sobre poder nos levam ao mesmo sentido, ou seja, ao domínio
de algo. Para Sparks (1992), existem seis tarefas que devem ser dominadas pelo
negociador na busca pela administração dos fatores de poder. São elas:
■ Reconhecer a discrepância de poder.
■ Modificar os desequilíbrios do poder.
■ Reconhecer o risco pelo uso do poder.
■ Evitar o uso de argumentos baseados no poder.
■ Evitar a manipulação.
■ Usar ferramentas lógicas.
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TEMPO
O tempo é um recurso escasso. Na sociedade atual, as decisões são cada vez mais
rápidas e as necessidades são mais urgentes. Em uma época em que a comuni-
cação é instantânea com pessoas de diversas partes do planeta, o tempo vem se
tornando cada vez mais valioso. O negociador não pode perder o controle sobre
o tempo e o que acontece no decorrer da negociação.
Segundo Martinelli e Almeida (1997), alguns aspectos devem ser levados em
consideração quando a variável tempo está envolvida:
■ Todo negociador busca realizar os melhores negócios para si ou para a
própria empresa. Sendo assim, ele não entrega a melhor proposta logo
no início da negociação. É preciso entender que, com o passar do tempo,
as concessões começam a aparecer. Um negociador pode usar isso a seu
favor, tentando tirar o máximo da outra parte, caso perceba que ela já
está com o prazo esgotado. Como dizem alguns vendedores: “o urgente
custa mais”.
■ Protelar algumas informações ou criar estratégias que tenham a finalida-
de de gerar distrações visando ganhar tempo e fazer o cliente se aproximar
do prazo limite pode ser interessante, desde que você saiba qual é o limite
da outra parte. É preciso, porém, ter cuidado, pois o cliente pode buscar
outro fornecedor, caso perceba que está sendo enrolado.
■ Demonstrar impaciência significa entregar um grande trunfo ao outro
negociador, o que pode fazer com que ele exija maiores concessões para
fazer o fechamento.
■ Normalmente, os prazos da execução do serviço a ser prestado ou do
produto a ser entregue são acordados pelas partes envolvidas na nego-
ciação e devem ser combinados com critérios que considerem um prazo
que possa ser atendido tranquilamente.
■ Muitas vezes, quando se aproxima o prazo limite, pode acontecer uma
troca de poder entre os negociadores. Dependendo da situação, podem
surgir diversas alternativas para valorizar um ou outro lado da negociação.
■ Com o passar do tempo, as circunstâncias podem mudar e exigir adapta-
ções sobre o que foi negociado. Como exemplo, podemos citar a pande-
mia de Covid-19, que obrigou várias pessoas e empresas a renegociarem
os próprios investimentos, aluguéis e dívidas.
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Assim como você já estudou nesta disciplina, é importante ser profissional. Estar
atento(a) a algumas regras simples pode demonstrar como você lida em respeito
ao seu tempo e ao tempo das outras pessoas.
CHEGAR ATRASADO
“
De acordo com Martinelli e Almeida (1997, p. 79), “o limite de tem-
po é definido por quem negocia, tornando-se mais flexível do que
se imagina. Como produto de uma negociação, os prazos também
podem ser negociáveis”.
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O tempo e a negociação
“
Se buscarmos uma definição de tempo no dicionário Aurélio (FER-
REIRA, 2000, p. 1950), encontraremos o seguinte significado:
“[...] sucessão dos anos, dos dias, das horas etc. que envolve, para o
homem, a noção de presente, passado e futuro: O curso do tempo. O
tempo é um meio contínuo e indefinido no qual os acontecimentos
parecem suceder-se em momentos irreversíveis”.
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“
Martinelli e Almeida (1997, p. 79) ressaltam que, na negociação, “o
tempo deve ser cuidadosamente analisado, verificando-se o modo
como ele afeta o processo”.
De acordo com os autores, “o tempo deve ser o ponto de apoio para projetar o ne-
gócio e a consequente satisfação dos envolvidos, além de permitir que se conclua
que é ilimitado, podendo, entretanto, ser controlado”. O tempo pode favorecer
tanto um lado quanto outro, dependendo das circunstâncias.
Não obstante, algumas observações devem ser feitas (COHEN, 1980):
■ Como a maior parte das concessões e acordos ocorrerá no fim do prazo
ou depois dele, é interessante ser paciente.
■ Em uma negociação litigiosa, a melhor estratégia é não revelar o limite
de tempo da outra parte.
■ O “outro lado”, embora pareça calmo, sempre tem um prazo limite. Na
maioria das vezes, a tranquilidade que exibe oculta muita tensão e pressão.
■ Ações precipitadas devem ser tomadas somente quando for garantida a
vantagem. De modo geral, não se alcança o melhor resultado rapidamen-
te, mas somente com tempo e perseverança.
“
De acordo com Martinelli e Almeida (1997, p. 79), “o limite de tem-
po é definido por quem negocia, tornando-se mais flexível do que
se imagina. Como produto de uma negociação, os prazos também
podem ser negociáveis”.
A P RO F UNDA NDO
Para os autores, quando se aproxima o prazo limite, pode ocorrer uma mudança de
poder entre as partes e uma solução criativa para o acordo ou, então, o outro lado muda
180º o rumo da negociação.
Concluímos, portanto, que as pessoas podem não mudar, mas, com o passar do tempo,
as circunstâncias mudam. O tempo pode favorecer tanto um lado quanto o outro, de-
pendendo das circunstâncias. Diante disso, é preciso ser paciente, ponderado, tranquilo
e sensato, mas de olho no relógio, pois tempo é dinheiro.
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Informação
“Informação é poder!”. Talvez, você já tenha visto ou ouvido alguém falar essa
frase ou alguma outra com sentido semelhante. Nos últimos anos, a sociedade
percebeu que as informações são muito relevantes nas interações pessoais e nas
relações empresariais.
A P RO F UNDA NDO
Em negociação, conhecer a outra parte, entender como ela trabalha, os ramos de atu-
ação, os interesses divulgados e como essas informações são utilizadas podem ajudar
no bom andamento da negociação.
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“
“[...] é nesse sentido que a comunicação, outra vez, tem seu papel
de destaque dentro da negociação, pois um bom negociador deve
dominar os fatores não verbais em qualquer comunicação e inter-
ligar as deixas para descobrir os dados a respeito de que a direção
está ao alcance de sua meta”.
A INFORMAÇÃO E A NEGOCIAÇÃO
“
De acordo com Carvalho (2000, p. 235), informação é o “ato ou
efeito de informar-se, informe; dados acerca de alguém ou de algo;
conhecimento, participação; comunicação ou notícia trazida ao
conhecimento de uma pessoa, ou do público; instrução, direção;
conhecimento amplo e bem fundamentado, resultante de análise e
combinação de vários informes”.
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“
Por isso, a informação deve ser a mais detalhada possível, assertiva e
proveniente de fontes fidedignas. Para realizar essa tarefa, as empre-
sas podem utilizar softwares e fontes de pesquisas, por exemplo. O
objetivo do levantamento de informações é que elas sirvam e aten-
dam aos interesses da organização em um processo de negociação
(MARTINELLI; GHISI, 2006).
“
A informação está intimamente relacionada ao poder de conhecer
as necessidades. Em outras palavras, ela pode encaminhar para o
sucesso e afetar a avaliação da realidade e as decisões que serão
tomadas (MARTINELLI; ALMEIDA, 1997).
Resultados da negociação
Todos querem que o outro lado concorde com os termos e aceite a proposta apre-
sentada sem pedir concessões. Isso seria a realização de um sonho. No entanto,
na realidade, o que acontece costuma ser bem diferente.
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A P RO F UNDA NDO
Vale lembrar que conhecer o outro lado, levantar informações, apresentar proposta,
negociar e trocar concessões e até mesmo o fechamento são apenas etapas da nego-
ciação. Muitas vezes, a ação de verdade só começa depois que se assina o contrato, pois
é nesse ponto que tem início o processo de implantação.
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Planejamento da negociação
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PLANEJAMENTO
DESEMPENHAR
CHECAR
nesta fase, o negociador aplica o que foi planejado. O ideal é já começar a analisar
a reação do outro desde o início para confirmar se o processo está acontecendo
como planejado. Se for necessário, é possível tomar ações corretivas para realin-
har a forma como a negociação acontecerá.
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Esses são os pontos que devem ser levados em consideração ao construir o pla-
nejamento da negociação.
A) MAPEAMENTO DA SITUAÇÃO
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B) ESTABELECIMENTO DE PARÂMETROS
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Estratégias de negociação
A) PERSUASÃO RACIONAL
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B) BARGANHA
Barganhar nada mais é que fazer uma troca de concessões: um lado sede em
algo e, em troca, o outro negociador cede em alguma coisa. Essa é uma das mais
tradicionais formas de negociação. Contudo, para dar certo, é preciso levar em
consideração os seguintes pontos:
• Definir o preço e o valor (ou condições etc.) ideais.
• Determinar o máximo que pode conceder em relação à proposta ideal.
• Descobrir algo que seja valioso para a outra parte.
Dessa forma, é possível começar a negociação com a oferta ideal já na cabeça e
fazer os ajustes sem precisar chegar a um momento que seja prejudicial.
C) INSPIRAÇÃO
D) CONSULTA
Nesta estratégia, o negociador deve trazer a outra parte para um debate constru-
tivo, em que todos os lados da negociação estão trabalhando juntos por uma
solução que será boa para ambos. É comum usar algumas expressões, como:
• Estava pensando nessa configuração de elementos, o que acha? Resolve o
seu problema?
• E se tirássemos isso e acrescentássemos aquilo?
• Tem outra sugestão? Qual alternativa é mais adequada?
Dessa forma, a proposta ideal é elaborada por todos os envolvidos na negociação,
o que permite maior assertividade sobre o acordo final.
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E) COLABORAÇÃO
Colaborar significa trabalhar junto. Se o negociador puder oferecer algo que ajude
a outra parte adotar a solução, isto é, se o negociador colaborar com ele, essa
pode ser uma maneira de garantir o fechamento do negócio. Oferecer apoio para
criar um plano de ação a fim de implementar o projeto, desenvolver um layout,
mostrar como seria a solução implantada por meio de uma animação que ajude a
convencer a diretoria, trazer os técnicos para uma visita de campo etc. Tudo isso
são maneiras de colaborar com o outro negociador de uma forma que ele, muitas
vezes, não esperava.
F) COALIZÃO
G) LEGITIMAÇÃO
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Negociador assertivo
O negociador assertivo é aquele que vai direto ao ponto nas negociações. Nor-
malmente, a comunicação desse negociador é clara e objetiva. Ele gosta de usar
fatos e dados para firmar a posição de racionalidade durante a negociação.
Para obter êxito na negociação com o assertivo, é importante estar atento(a)
aos seguintes pontos:
■ Use argumentos racionais.
■ Apresente quais serão os ganhos dele ao fazer negócio com você.
■ Não fique enrolando quando interagir com o assertivo, ele detesta perder
tempo.
Negociador persuasivo
Negociador detalhista
Esse negociador está atento a todos os pontos e detalhes da negociação. Ele tem o
hábito de pesar cada informação para identificar qual é a relevância e o impacto
que essa informação terá no processo de negociação. Para negociar com esse
estilo, é preciso estar atento a alguns pontos:
■ Não adianta usar emoção com esse negociador.
■ Sempre use fatos e dados.
■ Esteja preparado(a) para entregar detalhes sobre o que está sendo negociado.
■ Não caia em contradição: tenha argumentos claros.
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Negociador estável
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Vale ressaltar que não existe um estilo ideal de negociador. Os melhores profissionais
conhecem o próprio estilo e trabalham para identificar o estilo do outro rapidamente, a
fim de realizar os melhores negócios possíveis.
Agora que você já aprendeu o que é preciso para estruturar uma boa negociação,
eu quero você pense sobre algumas negociações que já realizou ao longo da sua
vida e reflita se teria feito algo diferente para alcançar um melhor resultado.
Depois, comece a pensar como conduzirá as suas negociações daqui para a
frente. Um detalhe importante é reconhecer o próprio estilo de negociação. Dessa
maneira, é possível prever as suas próprias reações durante uma interação com os
demais negociadores. Vale ressaltar que não existe um estilo ideal de negociador.
Os melhores profissionais conhecem o próprio estilo e trabalham para identificar
o estilo do outro rapidamente, a fim de realizar os melhores negócios possíveis.
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NOVOS DESAFIOS
Diante das discussões apresentadas até o momento, você
entrou em contato com os conceitos da negociação e
aprendeu a identificar as etapas do processo.
Agora, você é capaz de compreender as variáveis de
uma negociação, o planejamento e as melhores estraté-
gias. Não só, mas também sabe interpretar o estilo dos
negociadores.
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VAMOS PRATICAR
2. Como todo planejamento empresarial, planejar uma negociação exige tempo e esforço,
mas pode ter certeza que, quando o negociador planeja antes de começar a interagir
com a outra parte, o resultado é bem melhor. O planejamento de negociação criará um
caminho para que se consiga atingir o melhor resultado possível, além de prever as
possíveis barreiras que podem atrapalhar o processo.
3. Um grande erro que a maioria das pessoas comete quando pensa em negociar é ignorar
a necessidade de conhecer como uma negociação acontece, inclusive, não prestando
atenção no fato de que uma negociação passa por várias etapas.
Das opções a seguir, assinale corretamente aquela que apresenta três das etapas do
processo de negociação:
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VAMOS PRATICAR
4. Durante uma negociação, existem algumas variáveis que podem influenciar no resul-
tado esperado, e os negociadores devem estar atentos a cada uma delas.
I - Tempo.
II - Poder.
III - Atendimento.
IV - Informação.
5. Quando se está negociando algo com alguém, é preciso identificar qual é o estilo do
outro negociador, o que permite ser mais assertivo tanto no processo de negociação
como na proposta que será apresentada.
I - Estilo assertivo.
II - Estilo dispersivo.
III - Estilo persuasivo.
IV - Estilo detalhista.
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
2. Definir os interesses.
Consultar os outros.
'Definir as questões principais.
Juntar as questões e compor a barganha.
Identificar limites nas negociações.
Estabelecer alvos.
Desenvolver argumentos.
Analisar a outra parte.
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MEU ESPAÇO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
MINHAS METAS
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UN I C ES UMA R
“
Para Martinelli e Ghisi (2006, p. 110), “de uma forma ou de outra,
todos os indivíduos precisam desenvolver uma serie de ferramentas
pessoais que lhe permitam agir de maneira correta nas decisões
do dia a dia, ferramentas essas que denominamos de ‘habilidades’”.
“
De acordo com Martinelli e Ghisi (2006, p. 111), “embora a nego-
ciação esteja presente no cotidiano das pessoas, tanto profissional-
mente como na vida pessoal, em termos empresariais, essa não é
uma função simples”.
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P L AY N O CO NHEC I M ENTO
Habilidades e características
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UN I C ES UMA R
Mills (1993) nos apresenta alguns fatores críticos de sucesso em uma nego-
ciação, que são:
■ Prepare-se cuidadosamente.
■ Focalize os seus interesses, e não as posições.
■ Conheça as suas prioridades.
■ Faça o tempo trabalhar para você.
■ Faça muitas perguntas.
■ Ouça atentamente.
■ Confirme as suas necessidades.
■ Faça um teste com propostas condicionais.
■ Explore muitas opções.
■ Comece alto, conceda lentamente.
■ Verifique o que ficou combinado.
■ Revise o seu desempenho.
■ Construa relacionamentos de trabalho de longo prazo.
■ Maximize o seu poder.
■ Adapte a sua estratégia para atender à situação.
“
“[...] os fatores críticos são apresentados de forma objetiva, em uma
sequência de dicas de atuação. Todavia, esses fatores podem ser
traduzidos em habilidades essencialmente genéricas, resumidas em
capacidades de preparação, objetivação, planejamento, comunica-
ção, raciocínio, percepção, verificação e adaptação”.
“
Steele, Murphy e Russil (1995) elaboraram uma lista contendo sugestões
de atitudes que devem ser tomadas durante as negociações, que são:
• Seja claro em seu ponto de vista.
• Utilize o poder da cautela.
• Realize uma pausa quando se sentir pressionado.
• Escute antes de falar.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
“
Segundo Martinelli e Ghisi (2006), as características necessárias para
esses dois grupos são distintas e estão resumidas no quadro a seguir.
HABILIDADES
Quadro 1 - Algumas habilidades utilizadas por negociadores convencionais e não convencionais no processo
de negociação/Fonte: adaptado de Martinelli e Almeida (1997).
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UN I C ES UMA R
“
“[...] nota-se que pelo menos o aspecto da objetividade no processo
da discussão das proposições apresentadas, da capacidade de co-
locar-se no lugar da outra parte e de se separar os relacionamentos
dos interesses, necessitam de uma ênfase maior nas abordagens”.
Se você faz ou já fez alguma dessas atividades, sabe que, quanto mais se pratica,
melhor é o resultado. Os exemplos anteriores não são os únicos em que a prática
leva a estar mais próximo da perfeição. Se você aprender uma língua nova ou a
dirigir, perceberá que, com o tempo e a prática, tudo fica mais fácil e mais fluído.
Com vendas, não é diferente. Quanto mais o vendedor estuda e coloca em prática
os conhecimentos, melhores serão os resultados.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
Preparação e postura
Antigamente, pensava-se que, para ser vendedor, bastava apenas que o profissional
fosse uma pessoa simpática e falante. Se fosse persuasiva, seria considerado um
vendedor de elite. Esse mesmo vendedor não tinha muito compromisso em desen-
volver relações de longo prazo com os clientes e, quando um problema surgia, era
comum que ele tentasse enrolar o comprador com as mais diferentes desculpas.
Como a principal característica do vendedor era falar muito, ele não se preo-
cupava em conhecer o próprio produto de maneira aprofundada. Sendo assim,
tinha dificuldades sempre que o cliente fazia alguma pergunta mais técnica e que
o tirasse da zona de conforto.
A P RO F UNDA NDO
Vale ressaltar que boa parte dos vendedores não tinha muita formação acadêmica
tradicional, uma vez que poucas empresas exigiam Ensino Médio para o cargo. Com a
evolução das formas de se fazer negócio, foi necessário que o vendedor evoluísse, fazen-
do surgir uma nova categoria de profissional mais preparada para os desafios das vendas.
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UN I C ES UMA R
Aspectos técnicos
Outro elemento que o vendedor deve conhecer muito bem é a empresa onde
trabalha. Aspectos ligados à forma como ela negocia, prazos de pagamento,
política de concessão de crédito, prazo de entrega e política de garantia são
imprescindíveis para o bom vendedor, pois faz com que a negociação fique às
claras e evita perda de tempo e confusões durante o processo de vendas.
Aspectos comportamentais
Além dos aspectos técnicos, o vendedor também deve se preparar para desen-
volver as competências comportamentais, também conhecidas como soft skills:
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BOA COMUNICAÇÃO
COLABORAÇÃO
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
o vendedor tem que saber como se relacionar com as pessoas, de modo geral, e
com os clientes, de maneira específica. Para poder se relacionar bem, a base é o
respeito. Ele precisa entender que, independentemente da origem, da crença ou
dos valores, todas as pessoas merecem respeito. Ele deve trabalhar para con-
struir relacionamentos duradouros com todos os perfis de pessoas.
EQUILÍBRIO EMOCIONAL
todo ser humano é um caldo de vários sentimentos e emoções que podem ser
acionados a qualquer momento, dependendo do estímulo. Você já deve ter visto
alguém que está relativamente tranquilo mudar de comportamento rapidamente.
Dependendo do estímulo, em alguns casos, a pessoa fica eufórica. Em outros
casos, fica furiosa. Com o vendedor, não é diferente. Ele passará por momentos
em que ficará nervoso, frustrado, contrariado ou até mesmo triste, porém é
necessário controlar essas emoções para não descarregar coisas ruins no cli-
ente, que, na maioria dos casos, não tem nada a ver com o que está causando
esses sentimentos.
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FLEXIBILIDADE/ADAPTABILIDADE
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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Postura do vendedor
Quando se fala em postura do vendedor, a imagem que vem a nossa cabeça é aque-
la do cidadão que vive repetindo: “quer comprar? Quer comprar? Quer comprar?”.
Essa imagem está ligada aos vendedores despreparados e que, quase sempre, estão
desesperados pela próxima venda. Por isso, parecem alguém pouco confiável.
O vendedor moderno deve ter aquilo que conhecemos como postura
profissional.
A postura deve estar diretamente ligada à forma como o vendedor interage com
o cliente: o vendedor precisa se lembrar de ser educado, prestativo, bem infor-
mado sobre o que acontece no mundo, de forma geral, e o que acontece em seu
mercado, de forma específica.
PONTUALIDADE
SINCERIDADE
por mais difícil que seja, é sempre melhor falar a verdade. Ao ser claro com a
situação da venda, o vendedor não criará falsas expectativas no cliente. Vale
ressaltar que expectativas não cumpridas geram frustração.
RESPEITO
como diria minha mãe: “respeito é bom e cabe em qualquer lugar!”. Demonstrar re-
speito a todos e se dar ao respeito coloca o vendedor em um patamar diferenciado.
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UN I C ES UMA R
SIMPATIA
Durante muito tempo, tinha-se a ideia de que o vendedor não precisava ser uma
pessoa muito organizada ou que fizesse planejamento para poder vender. Con-
tudo, os melhores profissionais sempre planejaram bem as próprias ações. Para
planejar bem as vendas, o vendedor pode elaborar uma estrutura simples, mas
eficiente e que direcionará as ações.
■ Gestão da agenda: todo vendedor precisa organizar a própria agenda,
seja o vendedor interno, seja o externo, pois é ela que conduzirá as tarefas
diárias, os compromissos e até mesmo servir de referência sobre como
está o desenvolvimento da meta.
■ Definição de território de vendas: de maneira geral, cada vendedor
já recebe uma carteira de clientes (principalmente, nos casos de vendas
internas) e uma região (quando se trabalha a venda externa).
Mesmo com a carteira e a região definidas, cabe ao vendedor elabo-
rar uma rota para visitas, levando em consideração a frequência ideal de
visita em uma determinada região ou a cadência de ligação para determi-
nados clientes. Uma vez que o vendedor tenha feito essas definições, deve
começar a realizar as visitas e as ligações e medir se o que foi planejado
está alcançando o resultado esperado.
■ Definição das metas: toda empresa tem objetivos, sejam financeiros, se-
jam mercadológicos, sejam de vendas. No caso do vendedor, os objetivos
de vendas são fracionados em metas anuais, que são divididas em metas
mensais. Ele pode fracionar ainda mais e criar metas diárias de vendas.
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Tipos de vendedores
Não existe apenas um tipo de empresa, assim como não existe um tipo de cliente
e não existe apenas um tipo de vendedor. Assim como você já aprendeu, existem,
basicamente, dois tipos de vendedores:
■ Vendedores internos, que atendem dentro das empresas, seja presencial-
mente, seja por telefone.
■ Vendedores externos, que vão até os clientes, seja em suas residências
(porta a porta), seja nas empresas (vendedor B2B).
Detalharemos ainda mais os tipos de vendedores, o que permitirá que você en-
tenda a forma como cada vendedor trabalha.
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Antes de começar essa lista, é preciso esclarecer que não existe um perfil
“ideal” que atenda a todos os tipos de negócio, mas existem profissionais que
conseguem se adaptar e empregar as próprias competências e habilidades em
diferentes mercados.
Agora, sim!
Conheceremos os quatro estilos de personalidade dos vendedores: analítico,
pragmático, diplomático e expressivo.
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A P RO F UNDA NDO
Persuasão e influência
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Segundo Dale Carnegie (2012, p.157):
REGRA DA RECIPROCIDADE
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Outro comportamento comum ao ser humano que pode ser usado em persuasão
de vendas é a tendência de não voltar atrás e mudar de posição em relação a uma
decisão tomada. Essa regra combina com a sequência de sons proposta por Dale
Carnegie. A ideia é fazer o cliente concordar com alguns pontos da negociação,
o que o prepara para o fechamento de toda negociação. No final, a tendência de
se comprometer e ser consistente com suas próprias opiniões pode levá-lo na
direção que você deseja.
REGRA DA AUTORIDADE
REGRA DA ESCASSEZ
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UN I C ES UMA R
Tenho certeza de que você já deve ter visto o termo “alta performance”. É mais
comum esse termo estar associado a atletas profissionais, em que também se
utiliza a terminologia de atletas de alto rendimento.
Alta performance também costuma ser associada a pessoas que alcançam
resultados muito acima dos demais colegas de profissão.
Em vendas, não é diferente e muitos profissionais alcançam resultados bem
acima da média alcançada por outros vendedores. Eu sei o que você deve estar
pensando: “para o vendedor ganhar mais, basta vender mais”.
A P RO F UNDA NDO
Assim como algumas pessoas que decidem ser atletas de alta performance precisam
dedicar muito tempo e esforço para poder ter resultados vencedores, isso também acon-
tece com o vendedor. Para ser um profissional de vendas com resultados acima da média,
o vendedor também tem que dedicar muito tempo e esforço. Entretanto, nem sempre os
vendedores estão dispostos a pagar o preço necessário para ter altas performances.
Você aprenderá a seguir o que é necessário para que um vendedor possa ser
considerado um profissional de alta performance. Contudo, para começar, pre-
cisamos responder à seguinte pergunta:
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 5
P E N SA N D O J UNTO S
Já percebeu que a maioria das promoções de vendas acontecem no final do mês? Como
vendedores e empresas não desenvolvem estratégias de vendas adequadas, acabam
desesperados para bater a meta mensal.
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UN I C ES UMA R
A P RO F UNDA NDO
Como a sua atuação demonstra que é possível alcançar outros patamares, a tendência
natural é que toda a equipe comece a buscar novas formas de vender para melhorar os
resultados, o que aumenta o faturamento e gera uma nova dinâmica no setor comercial.
É interessante notar que pode acontecer um movimento de competição saudável, em
que os vendedores começam a disputar para provar quem consegue alcançar os mel-
hores resultados.
Novamente, você deve estar se perguntando: por que ninguém percebeu que
existem outras formas de vender? Isso acontece, porque algumas equipes acre-
ditam estar realizando um bom trabalho e não buscam aumentar a venda, uma
vez que estão satisfeitas com o desempenho tanto individual quanto coletivo.
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sucessivos resultados positivos em suas vendas, a pessoa tem que querer muito
e estar disposta a se organizar e desenvolver rotinas e hábitos que a ajudarão a se
diferenciar dos demais.
A P RO F UNDA NDO
Como tudo na vida tem um preço, ser um profissional de alta performance também
cobra algumas coisas do vendedor. É necessário perseverar, porque nem sempre os
resultados já aparecerão no primeiro mês. Dependendo do mercado ou do tipo de pro-
duto que o vendedor trabalha, pode ser necessária uma dedicação maior para colher os
primeiros frutos. É nesse momento que muitos desistem. O que é um erro enorme.
Existem alguns hábitos e rotinas que podem ser utilizados pelos vendedores para
atingir a alta performance em vendas (CARNEGIE, 2012).
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UN I C ES UMA R
Como você já viu neste tópico, é muito nocivo quando o vendedor tem resultados
que apresentam grandes oscilações. Em um mês, arrebenta de vender, mas, no
mês seguinte, tem resultados ruins.
Quando o vendedor confia apenas em suas competências de relacionamento,
acaba ficando dependente da sorte e vive momentos de altos e baixos.
Como você já viu, a meta é muito importante para o vendedor, pois é ela que ser-
virá de referencial para indicar se a estratégia de vendas escolhida está surtindo
o efeito esperado. Cheguei a afirmar que o vendedor deve ter uma meta própria,
caso a empresa não ofereça uma.
A mentalidade que o vendedor de alta performance deve ter é a seguinte: mes-
mo que a meta de hoje tenha sido superada com folga, isso não deve influenciar
na venda de amanhã. Todo dia começa zerado e o vendedor tem que alcançar o
resultado esperado para aquele dia. Não pode relaxar e dar bobeira, acreditando
que está tranquilo por causa do resultado do dia anterior.
É bem comum encontrar vendedores que são desorganizados. Isso acontece por-
que não têm uma previsibilidade das ações que realizam diariamente. Como
não se organizam, podem ficar reféns de ligações inesperadas, de reuniões im-
previstas, além de ter que prospectar, vender, realizar pós-vendas. Um vendedor
desorganizado pode até conseguir alguns bons resultados, mas, com certeza,
poderia fazer bem mais se conseguir se organizar.
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São automotivados
Acreditam na empresa
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UN I C ES UMA R
Aprende continuamente
Muito do que você aprendeu até aqui faz referência à rotina e disciplina. É muito
difícil que uma pessoa seja organizada em sua vida profissional e desorganizada
em sua vida pessoal. O vendedor de alta performance entende que é necessário
ser organizado para poder ter grandes resultados em vendas e, normalmente,
quando começa a se organizar profissionalmente, isso acaba se estendendo para
as demais áreas de sua vida.
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Comemoram as vitórias
NOVOS DESAFIOS
Diante das discussões apresentadas até o momento, você entrou em contato com as
habilidades essenciais e as principais características dos negociadores. Não só, mas
também conheceu as principais funções e atribuições do vendedor profissional.
Agora, você é capaz de identificar os perfis dos vendedores e os hábitos e as
posturas para uma alta performance.
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VAMOS PRATICAR
2. Assim como algumas pessoas que decidem ser atletas de alta performance precisam
dedicar muito tempo e esforço para poder ter resultados vencedores, isso também
acontece com o vendedor. Para ser um profissional de vendas com resultados acima
da média, o vendedor também tem que dedicar muito tempo e esforço, e nem sempre
os vendedores estão dispostos a pagar o preço necessário para ter altas performances.
3. Não existe apenas um tipo de empresa, assim como não existe um tipo de cliente e,
também, não existe apenas um tipo de vendedor.
f) Analítico.
g) Pragmático.
h) Diplomático.
i) Expressivo.
j) Nenhuma das alternativas.
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VAMOS PRATICAR
4. Além dos aspectos técnicos, o vendedor também deve se preparar para desenvolver
as competências comportamentais, também conhecidas como soft skills.
I - Relacionamento interpessoal.
II - Flexibilidade/adaptabilidade.
III - Boa comunicação.
IV - Desequilíbrio emocional.
5. A postura deve estar diretamente ligada à forma como ele interage com o cliente: o ven-
dedor precisa lembrar de ser educado, prestativo, bem-informado sobre o que acontece
no mundo, de forma geral, e o que acontece em seu mercado, de forma específica.
Quais destes aspectos devem ser levados em consideração em uma interação com o
cliente?
I - Pontualidade.
II - Sinceridade.
III - Respeito.
IV - Simpatia.
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1.
• Prepare-se cuidadosamente.
• Focalize seus interesses, não as posições.
• Conheça suas prioridades.
• Faça o tempo trabalhar para você.
• Faça muitas perguntas.
• Ouça atentamente.
• Confirme suas necessidades.
• Faça um teste com propostas condicionais.
• Explore muitas opções.
• Comece alto, conceda lentamente.
• Verifique o que ficou combinado.
• Revise seu desempenho.
• Construa relacionamentos de trabalho de longo prazo.
• Maximize seu poder.
• Adapte sua estratégia para atender à situação.
3. Reposta correta D.
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UNIDADE 4
ni
da
DE
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
ATENDIMENTO AO CLIENTE
ME. ADRIANO CIPRIANO PEREIRA
MINHAS METAS
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UN I C ES UMA R
• A pessoa chega em uma loja que está vazia, espera atendimento por alguns
minutos, e ninguém vem prestar atendimento.
• O cliente chega em uma loja e se dirige até um vendedor, que olha para ele e
diz: “que que ‘cê’ quer?”, de forma brusca e mal-educada.
• Você chega no banco para pagar uma conta, retira uma senha e espera mais
de 50 minutos para chegar ao caixa.
É possível que tenha ficado muito bravo pela maneira como foi tratado pela em-
presa ou pelo vendedor, e é bem provável que, nesses exemplos, qualquer cliente
ficaria muito contrariado e se sentiria como se não tivesse nenhuma importância.
O que deveria acontecer é exatamente o oposto do que está nos exemplos.
Vamos aqui aprender sobre como ter um atendimento de qualidade e um
pós-venda eficiente!
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
É muito importante saber como realizar um bom atendimento
para conquistar seu cliente. Essa é uma obrigação de todo
profissional que deseja se destacar em sua atividade e no
mercado de trabalho. Para isso, assista ao vídeo e aprenda
ainda mais sobre o assunto!
ATENDIMENTO AO CLIENTE
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UN I C ES UMA R
Explicar o que é qualidade no atendimento não é uma tarefa fácil, e isso acontece
porque cada pessoa tem uma noção muito particular sobre o que é relevante
durante um atendimento.
A P RO F UNDA NDO
Para podermos ter um fio condutor sobre esse assunto, podemos dizer que a qualidade
no atendimento é uma forma de medir quão positiva é a experiência do cliente enquanto
está recebendo ajuda ou interagindo com os colaboradores de uma empresa.
Como você deve ter notado, não estamos colocando a responsabilidade do aten-
dimento apenas sobre o vendedor, mas sobre todo colaborador, pois toda pessoa
que interage ou atende o cliente pode influenciar na qualidade do atendimento.
Falhas no atendimento
Eu sei que você deve estar pensando: “é óbvio que se deve prestar um bom aten-
dimento ao cliente, todo mundo sabe disso!”. Mesmo que todos saibam que um
bom atendimento é requisito fundamental em qualquer empresa, o que se vê, com
muita frequência, é um número impressionante de falhas e experiências ruins no
atendimento. Na sequência, você verá algumas das falhas mais comuns que se
encontram no cotidiano das empresas, citadas por Spiro, Rich e Stanton (2009).
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
DEMORA NO ATENDIMENTO
SER GROSSEIRO
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UN I C ES UMA R
Vale lembrar que uma pessoa mal atendida dificilmente volta a comprar com
aquele vendedor e, na maioria dos casos, não volta a comprar da empresa, pois
acredita que a experiência ruim vai se repetir com os outros colaboradores.
O vendedor é uma vitrine para a empresa, e seu comportamento pode es-
pantar a clientela, o que vai gerar grandes prejuízos e perda de mercado. Em um
ambiente de grande concorrência, ninguém pode se dar ao luxo de perder clientes
por causa de atendimento ruim.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Com o objetivo de medir e identificar quais são as preferências dos clientes durante o
processo de compras, a TNS InterScience realizou uma pesquisa com 1.250 consumi-
dores, em que foi possível constatar que 51% dos entrevistados prezam, primeiramente,
pelo atendimento e, depois, pela qualidade do produto ou serviço e pelo preço (SIMÕES,
2016, [s. p.]). Isso significa que o cliente privilegia a experiência que é entregue durante
as compras, por isso é preciso fazer o cliente perceber o valor em toda a operação.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
A P RO F UNDA NDO
Pense na compra de produtos com preços bem distintos, por exemplo, uma residência
em um bairro mal localizado e com problemas de segurança terá um preço menor do
que uma residência em um bairro melhor localizado e extremamente seguro.
Mesmo que as duas residências tenham o mesmo tamanho e o mesmo tipo de con-
strução, o preço pedido será diferente, porque, neste caso, o que gera um valor diferen-
ciado é a equação “localização + segurança”.
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UN I C ES UMA R
Um ponto que o vendedor deve levar em consideração é que o bolso dele tem
uma profundidade e um volume diferente do bolso do cliente. É importante ter em
mente que o produto correto para o cliente correto deve ser vendido com maior
facilidade, mas se o produto ou serviço não tiver nenhuma relevância para o cli-
ente, o vendedor pode até conseguir fazer a venda, porém terá que se desdobrar
para fechar negócio. Todo comprador quer atenção, quer ser respeitado e, acima
de tudo, procura determinado produto ou serviço para atender as suas dores.
Toda pessoa que vende ou presta algum tipo de atendimento ao público precisa
causar uma boa impressão em seus clientes. De acordo com Ingram et al. (2008),
veremos uma série de dicas que podem ser usadas para melhorar sua relação
com os clientes.
1. Cuide da apresentação
2. Tenha atenção
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
4. Seja solícito
5. Expor possibilidades
Se for preciso, o vendedor pode dar sugestões, mas é necessário seguir o perfil
e estilo do cliente. Pense nos possíveis cenários que podem surgir durante o
processo de vendas e prepare propostas e produtos/serviços adequados às
necessidades dos clientes.
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UN I C ES UMA R
6. Mostre segurança
O vendedor precisa estar seguro sobre como vai interagir com o cliente, sabendo
como vai apresentar seu produto ou serviço como a melhor solução para a
necessidade ou desejo apresentado. O atendimento precisa ser simpático e
empático. A simpatia está ligada ao fato de ser agradável ao cliente; já a empatia
é o mesmo que se colocar no lugar do outro para melhor atendê-lo, conhecê-lo
ou servi-lo. Agora, antipatia é exatamente o contrário: ter aversão ao outro, igno-
rando-o ou repelindo-o.
7. Informe o cliente
8. Sinceridade
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
O vendedor tem que considerar que, em vários casos, seus interesses podem
parecer estar em conflito com os interesses do comprador. Na realidade, existe,
pelo menos, um ponto de convergência, sendo a necessidade do comprador,
que pode ser resolvida pela solução do vendedor. É importante que o vendedor
demonstre que está ali para ajudar o cliente a resolver uma necessidade ou
desejo expresso, e que está trabalhando para chegar a um acordo que possa ser
vantajoso para ambos.
Existe uma frase comum no meio das vendas que defende que “o combinado
não é caro”. Existem muitas situações em que o vendedor promete um milhão de
coisas para fechar a venda, mas promessa é dívida e, se prometeu, tem que
cumprir. Por isso, é necessário ser transparente durante a venda, para não ser
prometido nada além do que se consegue cumprir. Empresa que não entrega o
que promete se queima e perde mercado. A credibilidade pessoal do profissional
e, logo, da empresa, estarão em jogo quando se deixa de cumprir promessas.
Venda é relacionamento!
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UN I C ES UMA R
Ocasionalmente, outros pontos são levantados, mas essa costuma ser a relação
mais repetida. Eu costumo dizer que, se você encontrar alguém com todos esses
atributos, deve se casar na hora, sem nem pestanejar. Essa relação apresenta
tudo o que esperamos do amor da nossa vida, e é possível tê-la em nossos relacio-
namentos comerciais. Para ter um relacionamento de longo prazo com o cliente,
é necessário usar vários itens dessa lista. Vamos conferir?
CONFIANÇA
Assim como em uma união de longo prazo, se não houver a confiança do cliente
no vendedor, dificilmente ambos os lados terão tranquilidade ao fazer negócio.
PARCERIA
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DEDICAÇÃO
Quando surge uma situação mais complexa para resolver no processo de vendas,
o vendedor não pode abandonar o cliente só porque as coisas ficaram mais com-
plicadas, é necessário se dedicar para buscar a solução.
BOM HUMOR
CUMPLICIDADE
Em muitos casos, o cliente vai abrir o coração para o vendedor, e vai expor todos
os seus anseios. Neste momento, o vendedor tem que entender o problema do
cliente e indicar a melhor solução, mesmo que a melhor solução esteja em outra
empresa.
FIDELIDADE
Ter vários clientes fiéis é o sonho de todo vendedor. Por outro lado, é preciso que
o vendedor também seja fiel ao seu cliente. Um exemplo simples é o do vendedor
que abandona seu cliente que realiza compras mais modestas para atender um
cliente que, talvez, faça compras grandes.
PACIÊNCIA
Vendedor tem que ser paciente. Muitas vezes, será necessário explicar várias
vezes para o cliente os motivos que esta ou aquela opção é a melhor solução
para seu problema. É importante lembrar que nem sempre o cliente tem o mesmo
conhecimento ou vocabulário que o vendedor, o que exige mais sensibilidade na
explicação que será dada.
ATENÇÃO
O cliente gosta de atenção durante a compra, pois o produto ou serviço que está
sendo adquirido pode ser muito significativo para ele. Se o vendedor não demon-
stra que está focado no cliente e está preocupado com outras coisas alheias à
venda, o comprador se sentirá deixado de lado.
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BOA COMUNICAÇÃO
AMIZADE
O vendedor deve entregar um atendimento tão bom que o cliente chegue a pen-
sar que eles são amigos, mas aqui vai uma ressalva: o vendedor não deve deixar
que uma possível amizade comprometa sua capacidade de fazer negócio; ele
deve lembrar que precisa ter resultados positivos em suas vendas.
AMOR
Quando existe amor envolvido, a pessoa se esforça para que tudo aconteça da
melhor maneira possível. Quando um profissional ama o que faz, os resultados
também aparecem, e, quando o vendedor tem amor na venda, tudo flui muito
melhor, mesmo quando é necessário resolver problemas e imprevistos.
Não dá para ser um vendedor de alta performance sem cultivar bons relaciona-
mentos com os clientes.
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Pós-vendas
A P RO F UNDA NDO
O processo de vendas não acaba depois que o cliente efetuou a compra, nem mesmo
depois que o produto foi entregue ou que o serviço foi realizado. Na realidade, o pro-
cesso não termina nem mesmo depois que o cliente pagou a última parcela da compra
realizada a prazo. E sabe por quê? Porque o processo de vendas nunca acaba.
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UN I C ES UMA R
Eu sei que você deve estar pensando: “Fui enganado! Disseram-me que a venda
era um processo que começa na pré-venda e termina na pós-venda!”.
É, parcialmente, verdade.
Para efeito de organização e planejamento das ações, existe toda uma es-
trutura do processo de vendas que contempla algumas etapas, porém como o
vendedor quer vender sempre e, muitas vezes, para o mesmo cliente, o processo
não tem um fim definitivo, o que existe é uma pausa entre uma compra e outra.
E é durante essa pausa que as pós-vendas acontecem. Antes de começarmos
a entender como fazer uma pós-venda eficiente, vamos definir o conceito.
Apesar de ser ignorada por alguns profissionais, a pós-venda é tão ou mais im-
portante que as outras etapas do processo comercial. Pense bem: quem não é visto
não é lembrado, e essa etapa do processo de vendas fará com que o cliente sempre
se lembre da empresa ou do vendedor. Por exemplo, no caso de um corretor que
vende imóveis comerciais, quando é o momento exato em que a venda termina
e começa a pós-venda?
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Toda empresa e todo vendedor esperam atender o cliente quantas vezes ele
precisar, e para que isso aconteça é necessário criar relacionamentos duradouros,
e as ações de pós-vendas são essenciais para que essa relação siga forte.
Assim, pode-se dizer que pós-vendas são todas as ações, com a finalidade de
criar e manter um relacionamento de longo prazo com o cliente, sejam ações
promocionais, de acompanhamento do produto ou, até mesmo, ações de ma-
nutenção de contato, sempre buscando interagir e fidelizar o cliente por meio de
experiências positivas.
AP RO F U N DA NDO
Vale uma observação: o vendedor deverá manter essas informações organizadas para
ter acesso rápido sempre que precisar fazer negócio com o cliente. Requer um sistema
de dados estruturado e completo, uma ferramenta de gestão comercial (CRM) que ajuda,
inclusive, a manter as tarefas cotidianas organizadas. Existem diversas ferramentas
tecnológicas que atendem esse tipo de demanda.
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UN I C ES UMA R
No segundo cenário, em que existe uma equipe de colaboradores que atua di-
retamente com atendimento de pós-vendas, é importante que exista interação
direta com a equipe de vendas, tanto para a troca de informações como para
estabelecimento de estratégias comerciais de médio e longo prazo.
As concessionárias de veículos costumam utilizar a equipe de pós-vendas de
forma intensa e com bons resultados. Após a compra de um veículo, é comum
que a equipe de pós-vendas entre em contato para saber se o cliente está satisfeito
com o veículo e, conforme o tempo passa, ela continua mantendo contato para
avisar das revisões e das promoções, buscando garantir a fidelidade do cliente.
É possível desenvolver estratégias de pós-vendas para todos os segmentos,
e os resultados costumam ser ótimos. Novamente, nesses casos, uma boa ferra-
menta tecnológica, como um CRM, pode ajudar.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
A seguir, você verá uma listagem com dicas de como fazer uma pós-venda eficiente.
As oito ações de pós-venda que funcionam:
Comecemos pelo básico: promessa é dívida. Como você já viu neste curso, o
vendedor só deve prometer aquilo que conseguirá entregar, caso contrário ger-
ará experiências ruins aos seus clientes.
Se for para prestar um serviço ou vender um produto “meia boca” apenas para
fechar o negócio, é melhor reconsiderar e oferecer aquilo que a empresa tem de
melhor para o cliente, mesmo que o vendedor tenha que voltar um passo ou dois
no processo de vendas.
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O cliente quer atenção e gosta quando o vendedor se interessa por saber qual foi
o impacto gerado pelo produto ou serviço.
Tem uma frase no comércio que diz que “o cliente sempre tem razão”; na re-
alidade, o cliente tem razão quando está com a razão. Caso a reclamação ou o
pedido do cliente não sejam coerentes ou estejam errados, o vendedor deve ter
jogo de cintura e fazer o cliente entender que, neste caso, não há muito o que
possa ser feito.
Por mais difícil que seja este ou aquele cliente, é muito importante que o vende-
dor esteja disponível para atendê-lo. É claro que surgirão situações em que o
vendedor estará, momentaneamente, impedido de atender ao telefone ou re-
sponder o e-mail, porém é importante retornar o contato assim que for possível.
Mesmo que pareça que o cliente está errado, é importante que o vendedor observe
atentamente o que aconteceu. Pode ser que tenha surgido um elemento novo e o
produto tenha apresentado algum defeito que nunca havia sido detectado.
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UN I C ES UMA R
Além dessas dicas, é muito importante definir mecanismos para colher críticas e
sugestões de clientes. Toda vez que um cliente apontar alguma falha ou problema
com o produto, ou serviço, ele propicia a oportunidade de análise sobre
o que está acontecendo no momento para melhorias às vendas futuras.
Kotler e Keller (2019, p. 243), em seu livro Administração de Marketing, afirmam que:
“
“[...] a maioria das estratégias de marketing e vendas está concen-
trada em captar novos compradores e acaba ignorando os clientes
existentes. Na maioria das empresas, principalmente aquelas que
atuam B2B, existe um grande número de clientes cadastrados que
não realizam uma compra há muito tempo e acabam sendo classi-
ficados como inativos.”
Eu sei que você deve estar pensando que esses clientes inativos são compradores
que deram algum problema, como atraso de pagamento e, até mesmo, inadim-
plência. Na realidade, geralmente, os compradores que estão classificados como
inativos eram bons pagadores que, simplesmente, perderam o contato com a
empresa e com o vendedor. Eu costumo dizer que não existem clientes inativos
– provavelmente, eles estão ativos com outros fornecedores –, o que existe são
vendedores inativos.
A P RO F UNDA NDO
Segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae (2017), 85% das empresas brasileiras
nunca fizeram nenhuma ação de pós-vendas. Isso significa que existe muito espaço
para melhorar o relacionamento com os clientes, e o vendedor que fizer isso entregará
um diferencial competitivo importante para seus compradores. O vendedor deve estar
atento para sempre manter um bom atendimento em todos os momentos do processo,
com ênfase nas pós-vendas.
Isso é fundamental para garantir que o cliente permaneça fiel e o indique para
seus amigos e familiares.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 6
Uma grande parte da retenção de clientes consiste em lembrá-los que você existe,
além dos produtos ou serviços que oferece. Vale dizer que não estamos falando
de fazer contato quando o fim do mês está chegando, e o vendedor precisa de-
sesperadamente vender para bater a meta.
O ideal é sempre manter contato com o cliente por meio de uma ligação de
cortesia, para ver como estão as coisas, ou uma visita, para rever o cliente. Men-
sagens de e-mail ou WhatsApp também são válidas, desde que estejam transmi-
tindo um recado que realmente importe para o cliente.
Não é para fazer propaganda de outros serviços que o vendedor tenha para
oferecer, mas manter o contato com o cliente de maneira útil. Dessa forma, quan-
do ele precisar de alguma coisa, lembrará do vendedor.
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4. Ser ético
Eu sei que você já deve estar cansado de ouvir falar que todos devem ser éticos,
e até parece estranho ter que chamar atenção sobre esse assunto, porém ainda é
possível constatar diversas situações em que empresas e vendedores trabalham
de forma antiética. Situações em que o cliente compra um determinado produ-
to, e a empresa entrega um similar, ou casos em que o comprador adquire uma
determinada quantidade de produto, e o fornecedor entrega uma quantidade
menor, ainda acontecem com frequência, isso para ficar apenas em dois exemplos
de práticas antiéticas.
Outro ponto que deve ser considerado está relacionado à troca de informações
entre vendedor e cliente. Em muitos casos, o cliente apresenta informações que
podem ser consideradas estratégicas, ligadas ao planejamento da empresa dele
em médio e longo prazo, e o vendedor deve manter essas informações em sigilo.
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Além disso, o vendedor não deve irritar seus clientes com informações irrele-
vantes, nem deve fazer terrorismo psicológico com eles, muito menos impor-
tuná-los com coisas que eles não querem. O vendedor deve pensar que ninguém
tem tempo de sobra para ficar recebendo mensagens ou ligações infrutíferas e
sem sentido. Quando o vendedor respeita os limites e tem ética, seus clientes o
reconhecem pelo seu caráter.
Um vendedor sem caráter pode até encontrar alguns clientes e fazer uma ou outra
venda para eles, mas quando o cliente percebe a falta de caráter, dificilmente vol-
tará a comprar com o vendedor e, com certeza, não irá indicá-lo para ninguém.
NOVOS DESAFIOS
Com as discussões apresentadas até o momento, você entrou em contato com as
estratégias para realizar um bom atendimento, bem como as falhas que devem
ser evitadas.
Agora você consegue colocar na prática o aprendizado obtido sobre a quali-
dade de atendimento e pós-vendas eficientes, fidelizando um cliente e obtendo
resultados excelentes.
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VAMOS PRATICAR
1. Com o objetivo de medir e identificar quais são as preferências dos clientes durante o
processo de compras, a TNS InterScience realizou uma pesquisa com 1.250 consumi-
dores, em que foi possível constatar que 51% dos entrevistados prezam, primeiramente,
pelo atendimento e, depois, pela qualidade do produto ou serviço e pelo preço (SIMÕES,
2016). Isso significa que o cliente privilegia a experiência que é entregue durante as
compras, sendo assim, é preciso fazer o cliente perceber o valor em toda a operação.
2. Toda empresa e todo vendedor esperam atender ao cliente quantas vezes ele precisar,
e para que isso aconteça, é necessário criar relacionamentos duradouros, e as ações
de pós-vendas são essenciais para que essa relação siga forte.
O que é o pós-vendas?
3. Toda pessoa que vende ou presta algum tipo de atendimento ao público precisa causar
uma boa impressão em seus clientes.
Quais dessas dicas podem ser usadas para melhorar a relação com os clientes?
f) Cuide da apresentação.
g) Procure entender seu cliente.
h) Seja solícito.
i) Mostre segurança.
j) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
4. Mesmo que todos saibam que um bom atendimento é requisito fundamental em qual-
quer empresa, o que se vê, com muita frequência, é um número impressionante de
falhas e experiências ruins no atendimento.
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VAMOS PRATICAR
I - Ser ético.
II - Lançamento de novos produtos e ofertas.
III - Não precisa ser visto para ser lembrado.
IV - Um bom vendedor necessariamente tem bom caráter.
a) I, II e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Preço está relacionado com quanto de dinheiro será pago por um determinado produto
ou serviço, e o cliente pode tentar negociar ao pedir descontos ou algum tipo de vantagem.
Já o valor está ligado à experiência que o cliente está recebendo durante a compra. O
valor tem a ver com os intangíveis, com as sensações e sentimentos positivos que estão
sendo criados.
2. O pós-venda é uma etapa do processo que visa melhorar a experiência do cliente, o que é
muito relevante. O cliente que tem uma melhor experiência de compra com uma determi-
nada empresa não só volta a comprar como também indica para seus amigos e familiares.
3. Reposta correta E.
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MEU ESPAÇO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
DEMONSTRAÇÃO DE PRODUTO
ME. ADRIANO CIPRIANO PEREIRA
MINHAS METAS
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Por isso, a demonstração de produto é uma das etapas mais relevantes do processo
de vendas. A demonstração é a prova cabal de que aquilo que foi prometido durante a
conversa será cumprido pelo produto que se está apresentando.
Vamos aqui aprender sobre como demonstrar um produto e obter maiores resultados.
P L AY N O CO NHEC I M ENTO
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DEMONSTRAÇÃO DE PRODUTO
Não importa o quanto o vendedor fale sobre o produto, nada será mais impactan-
te para o cliente do que ver o produto funcionando, o que fará com que o cliente
entenda como ele resolverá seus problemas na prática.
Por isso, a demonstração de produto é uma das etapas mais relevantes do pro-
cesso de vendas. A demonstração é a prova cabal de que aquilo que foi prometi-
do durante a conversa será cumprido pelo produto que se está apresentando.
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Vale lembrar que quanto melhor for a sondagem ao levantar as necessidades do cliente,
maior será a assertividade, pois o vendedor oferecerá exatamente a melhor solução para
ele. Na sequência, você verá como é possível realizar uma demonstração de produto que
realmente convence o cliente a fechar o negócio.
Isso quer dizer que, se o vendedor não fizer demonstrações de produto, ainda
venderá, mas arrisca perder várias vendas. A demonstração tem duas finalidades
muito diretas no processo de vendas:
■ Estabelecer o valor da mercadoria: quando o cliente tem contato com
o produto ou conhece o serviço, é possível que o vendedor apresente tudo
o que aquele produto gerará de satisfação ou prazer para o cliente, o que
acaba justificando o valor a ser cobrado.
■ Ativar o desejo de posse no cliente: ao permitir que o cliente tenha con-
tato com o produto, o vendedor pode estimular uma série de sensações
positivas que podem ajudar na tomada de decisão. Por exemplo, o ven-
dedor pode usar a palavra “imagine”, que trabalha no nível subconsciente
e estimula o cliente a se ver utilizando o produto ou serviço.
Eu sei que mostrar e demonstrar podem parecer a mesma coisa, mas na realidade
a diferença é enorme! Explicarei melhor o que significa cada uma das palavras
para as vendas.
Mostrar
Quando o vendedor está interagindo com o cliente e não está explicando como o pro-
duto resolverá o problema ou a necessidade dele, ele está apenas mostrando o produto.
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AP RO F U N DA NDO
Por exemplo, se o vendedor está mostrando uma casa para o cliente, ele falará assim:
“esse apartamento tem dois quartos, sendo que um é uma suíte. Tem uma vaga na
garagem, uma sala e uma cozinha”. Isso que o vendedor está fazendo é substituir o
anúncio dos classificados. Não está entregando nada de diferente do que está escrito no
descritivo do anúncio.
Outro exemplo é o da vendedora que pega algumas peças de roupas e apenas diz o
seguinte para a cliente: “e essa peça? Gostou? E o que você achou dessa cor?”.
Nesse caso, a vendedora está apenas substituindo as araras da loja, que já têm a função
de expor os produtos.
Demonstrar
A P RO F UNDA NDO
Para explicar um pouco melhor sobre esse conceito, seguem alguns exemplos: quando o
vendedor está demonstrando um apartamento, ele pode proceder da seguinte maneira:
“como você viu no anúncio, esse apartamento tem dois quartos, mas o que é interes-
sante é que os dois são banhados pelo sol da manhã. Todos os cômodos são bem areja-
dos, e a sua vaga de garagem é bem fácil de estacionar”. Quando você coloca elementos
que valorizam o imóvel, o cérebro do cliente começa a se interessar pelo que está sendo
mostrado. Se o vendedor tiver mais informações, ainda poderá relacionar os argumentos
a elementos oferecidos pelo cliente, como espaço de sobra para crianças ou espaço
gourmet para receber os amigos.
No caso da vendedora que está demonstrando uma roupa, ela pode usar os
seguintes argumentos: “você percebeu como esse tecido é macio? Toca aqui,
ele também é fresco, perfeito para usar em dias quentes”. Novamente, o cére-
bro começa a imaginar como deve ser utilizar aquela roupa em um dia quente.
Ao trabalhar as sensações e os intangíveis da venda, o vendedor estará mais perto
de fechar negócio.
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Quero te dizer que não é difícil, mas é preciso saber como proceder para real-
mente fisgar o cliente. Na sequência, aprofundaremos o assunto, e você aprenderá
como é possível fazer uma demonstração matadora!
A demonstração de produtos é uma poderosa ferramenta para mostrar
como o produto funciona ou como o serviço acontece, e ajudará o vendedor a
fechar negócios importantes. Para que a demonstração de produtos seja efetiva,
é fundamental seguir alguns passos, como estar preparado, conhecer o público,
construir um momento de antecipação, interagir e identificar oportunidades ao
final. Na sequência, você conhecerá algumas formas de deixar a demonstração
de produtos mais assertiva.
IN D ICAÇÃO DE FI LM E
De porta em porta
Ano: 2002
Sinopse: Bill Porter é o grande vendedor do filme de porta em porta,
que conta sua história neste drama lançado em 2002. Acometido por
uma paralisia cerebral, Bill luta contra o preconceito, por sua inclusão
e independência. Incentivado pela mãe, ele começa uma carreira
como vendedor. Segundo ela, a mesma escolhida por seu pai. Como
vendedor, Bill percorre uma brilhante carreira, vendendo inúmeros
produtos de porta em porta. Com seu carisma, ele pratica o lema
ensinado por sua mãe “Paciência e Persistência”. Bill cria laços com
seus clientes e passa a se tornar parte de suas vidas. Atendendo por
anos a fio e superando até mesmo os avanços tecnológicos.
Comentário: este filme nos traz várias estratégias de vendas e
demonstração de produtos e momentos de superação, nos inspiran-
do e complementando práticas para nosso conteúdo de aprendizado.
Crie rapport
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Vale lembrar que o rapport ajudará a estabelecer identificação entre cliente e vendedor.
IN D ICAÇÃO DE LI V RO
“
“[...] É normal que, ao iniciar uma negociação relevante, as pessoas
fiquem tensas e desconfiadas, principalmente se for o primeiro con-
tato entre elas. A fase de vínculo tem o objetivo de criar um clima
amistoso, aumentar a confiança e quebrar o gelo. Procure conver-
sar sobre hobbies, família, viagens ou qualquer assunto que seja de
interesse mútuo. Conforme as pessoas relaxam, perdem o medo,
diminuem as barreiras e atenuam as desconfianças."
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UN I C ES UMA R
É claro que, se o cliente tem amplo domínio sobre a parte técnica do que se
está demonstrando, o vendedor poderá gastar o seu “tecniquês” sem medo
de não ser entendido.
Outro ponto que deve ser observado de perto é se a forma que o vendedor se co-
munica não está criando uma imagem de que ele é muito inteligente ou arrogante.
Nenhuma pessoa gosta de sabichões ou arrogantes.
Mesmo que não seja exatamente esse o perfil do vendedor, se ele parece assim
ao cliente, gerará barreiras desnecessárias.
Quem vende precisa ter a sensibilidade de enten-
der com que tipo de cliente está conversando para ser Saber se comunicar
é de extrema
um espelho de ações. Se o cliente é mais reservado e
importância em
sério ou extrovertido e bem-humorado, o vendedor
vendas
deve seguir o fluxo, para que não haja estranheza en-
tre quem vende e quem quer comprar por não esta-
rem alinhados com o tom e a linguagem da conversa.
Segundo FERRAZ (2017, p. 162):
“
“[...] O cérebro, de modo não consciente, avalia riscos o tempo todo,
pois somos geneticamente programados para evitar perigos, princi-
palmente quando lidamos com estranhos. Tudo o que parece amea-
ça causa rejeição. O parecido atrai, o diferente repele. Portanto, em
um primeiro encontro, você terá pouquíssimo tempo para causar
uma boa impressão, quebrar a barreira do invisível e deixar o outro
à vontade (relação pessoa/pessoa) para descobrir o que ele quer.”
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Quando o comprador tem contato com o produto ou serviço, já começa a imaginar como
seu problema será resolvido com a solução que o vendedor está apresentando para ele.
Quanto mais contato o cliente tiver com o produto ou serviço adequado para resolver
suas dores, mais propenso a fechar o negócio ele estará.
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Saber como o cliente pretende usar esse produto permite que ele consiga contextualizar
como a sua necessidade será atendida e por que o que está sendo oferecido é a melhor
opção. Se o cliente enxergar a solução em sua realidade, ficará mais fácil fazer ele enxer-
gar valor no produto do vendedor.
Se o cliente não enxergar a solução na realidade em que ele está inserido, dificil-
mente comprará a mercadoria.
O correto é que o vendedor consiga criar um paralelo entre o que está ofe-
recendo e a necessidade do cliente. Dessa forma, é possível demonstrar como a
vida do cliente vai melhorar quando ele adquirir o produto.
É importante pensar que o cliente não compra o que o produto tem, mas o que
o produto fará por ele.
Basta pensar que, quando alguém compra uma casa, o que menos importa é
a marca da lajota ou da laje, o que a pessoa quer comprar é um lar. Assim como
uma pessoa não compra megapixels de uma câmera, o que ela realmente quer é
um equipamento que ofereça fotos de qualidade. Mais à frente, você conhecerá
a técnica CVBA, que ajuda muito na demonstração de produtos.
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Assim, ele já saberá como essa solução resolverá o problema dele, e que o preço
é apenas um detalhe justo e necessário para concluir a negociação.
É possível que, durante a demonstração, o cliente perceba algo que não o agradou
ou que ficou um tanto quanto difícil de entender.
Se o cliente tiver dúvidas sobre o produto ou serviço, dificilmente fechará
negócio, pois saberá que suas expectativas não serão atendidas.
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Importante: o vendedor deve ser honesto e nunca vender algo que não será
capaz de entregar.
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Vale ressaltar que, por mais que o vendedor queira acelerar as coisas, muitas vezes é
necessário esperar o tempo do processo de compras da empresa, e qualquer tentativa
de pular as etapas pode ser malvista pelos envolvidos na negociação.
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A P RO F UNDA NDO
Quando um cliente está olhando uma casa ou um imóvel comercial, pode ser que ele
precise conversar com o cônjuge ou com o sócio antes de fechar o negócio, e é nesta
etapa que muitos vendedores erram por não combinar os passos seguintes.
O vendedor deve marcar uma ligação ou um encontro para retomar a negociação
depois que o cliente consultar as pessoas que são influentes nesse processo de
compras. E deve fazer isso combinando data e horário, para não deixar o negócio sem
algum tipo de fechamento.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Característica
A característica que será apresentada na técnica CVBA deve ser algo relevante e
que seja importante para o cliente.
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Vale ressaltar que muitos produtos possuem duas ou mais características rel-
evantes, porém o vendedor deve focar naquela que atenderá à necessidade do
cliente, que foi levantada durante a sondagem.
O vendedor deve pensar quais são as características principais, que devem ser
destacadas durante a demonstração.
Vamos supor que o cliente queira comprar uma casa que seja ecologicamente corre-
ta. Neste caso, o vendedor apresentará um imóvel que tenha essas características, por
exemplo, energia elétrica e aquecimento de água por placas solares, cisternas para
coleta de água de chuva e calçada ecologicamente correta. Essas características que
são relevantes para o comprador levam a uma vantagem perceptível para o cliente.
A P RO F UNDA NDO
Vale ressaltar que um produto ou serviço pode ter várias características, mas o vende-
dor deve destacar apenas aquelas que forem relevantes para o cliente. Não adianta
falar de características que não sejam importantes para o cliente, provavelmente
perderá tempo e vendas.
Vantagem
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Benefício
O vendedor deve fornecer uma razão para o cliente comprar o produto e, quando
isso acontece, ele estará apresentando o benefício.
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O benefício está ligado à vantagem. Em nosso exemplo, o vendedor pode dizer que gerar
a própria energia elétrica e coletar água da chuva (vantagens) proporcionará uma grande
economia de dinheiro, pois o cliente não terá despesas com a operadora de energia
elétrica e pagará pouco para a concessionária de água.
Atração
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AP RO F U NDA NDO
Todo produto tem características que levam a vantagens, que entregam benefícios que
podem ser usados como argumentos de atração. Realmente não importa se o produto
custa um real ou um milhão de reais, com certeza terá, pelo menos, uma característica
relevante que pode ser utilizada pelo vendedor.
O ideal é que seja identificada mais de uma característica por produto. Para cada
característica, deve ser levantada a vantagem e o benefício, mas é preciso cuidado
para não usar vantagens ou benefícios que não estejam ligados à característica
que está sendo apresentada.
Objeções
É claro que nem tudo flui facilmente para o vendedor durante a demonstração.
Por melhor que tenha sido a demonstração do produto, é bem provável que o
cliente levante alguma objeção na hora de fechar o negócio; e isso é normal, pois
as pessoas sempre querem um desconto, brinde ou alguma facilidade de última
hora para fechar o negócio.
A P RO F UNDA NDO
As objeções podem ser reais ou não, e, quando o cliente as apresenta, o primeiro passo
para o vendedor é manter a calma e não se deixar abalar. Vale lembrar que, se a sond-
agem foi feita corretamente, o produto que foi apresentado é exatamente aquele que vai
resolver o problema do cliente; assim, as objeções não devem estar ligadas diretamente
ao produto, mas a outro fator relacionado à venda.
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Se o cliente diz que não comprará o produto, o vendedor pode perguntar qual é o
motivo dessa negação e, a partir da resposta, poderá entender os motivos que o
impedem de realizar a compra.
Pode ser que o cliente não tenha entendido algum ponto da demonstração ou
dos elementos do processo de vendas, e, se for necessário, o vendedor deve
explicar novamente o ponto de dúvida.
Então, caro(a) aluno(a), você já deve ter sido vítima de uma demonstração de pro-
duto que te convenceu a realizar a compra ou, talvez, tenha tido suas objeções tão
habilmente contornadas que não restou outra opção a não ser fechar o negócio.
Agora, você já sabe como deve ter acontecido e está preparado para usar isso
a seu favor sempre que precisar vender alguma coisa.
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NOVOS DESAFIOS
Com os assuntos abordados até o momento, você entrou em contato e conheceu
as finalidades de uma boa demonstração de produtos, bem como a diferença de
mostrar e demonstrar produtos.
Agora, você conseguirá colocar em prática o aprendizado sobre a técnica de
rapport e também CVBA, criando maiores conexões com o cliente e, por conse-
quência, obter melhores resultados nas vendas.
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VAMOS PRATICAR
2. Uma venda eficiente está diretamente ligada com estratégias e técnicas utilizadas
para concretizá-la.
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VAMOS PRATICAR
I - Característica.
II - Vantagem.
III - Benefício.
IV - Atração.
5. As objeções podem ser reais ou não, e, quando o cliente as apresenta, o primeiro passo
para o vendedor é manter a calma e não se deixar abalar. Vale lembrar que, se a sonda-
gem foi feita corretamente, o produto que foi apresentado é exatamente aquele que
vai resolver o problema do cliente, sendo assim, as objeções não devem estar ligadas
diretamente ao produto, mas, sim, a outro fator relacionado à venda.
a) I, II e IV, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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REFERÊNCIAS
FERRAZ, E. Gente que convence: como potencializar seus talentos, ideias, serviços e pro-
dutos. São Paulo: Planeta do Brasil, 2017.
FERRAZ, E. Negocie qualquer coisa com qualquer pessoa. São Paulo: Gente, 2015.
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Quando o vendedor está interagindo com o cliente e não está explicando como o pro-
duto resolverá o problema ou a necessidade dele, ele está apenas mostrando o produto.
Demonstrar acontece quando o vendedor realmente explica sobre o produto que está
sendo apresentado.
3. Reposta correta C.
Porque o vendedor deve permitir que o cliente tenha contato com o produto e ainda
demonstre seus benefícios.
I e II, apenas.
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UNIDADE 5
TEMA DE APRENDIZAGEM 8
ESTRATÉGIAS EM NEGOCIAÇÃO
ME. VICTOR ANDREI DA SILVA
MINHAS METAS
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 8
A P RO F UNDA NDO
Observe que eu disse “ouvir”, e não “escutar”. Embora pareçam ter o mesmo sentido,
essas palavras possuem significados bem diferentes. Poucos negociadores têm a
habilidade de “saber ouvir” aguçada. Não saber ouvir pode significar a perda de uma
oportunidade para concretizar um negócio da melhor forma. É válido ressaltar que ouvir
não significa apenas utilizar os ouvidos. O ouvir também pode ser expresso por sinais,
pelo olhar, pela atenção e pela expressão corporal. Do outro lado, existe uma pessoa que
sabe perfeitamente se você está ou não prestando atenção em suas palavras.
De fato, a comunicação nem sempre ocorrerá como planejamos, ainda mais neste
mundo da informação globalizada, dinâmica, intensa e interativa. Muitas vezes,
as informações são transmitidas de maneira confusa, prejudicando, assim, a qua-
lidade da mensagem.
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VAMOS RECORDAR?
Saber nos comunicar com os clientes e buscar entender
quais são suas necessidades é preponderante para atrair
bons negócios. Para isso, assista ao vídeo e aprenda ainda
mais sobre o assunto!
De acordo com Martinelli e Ghisi (2006, p. 66), “entre o emissor e receptor exis-
tem ruídos”. E, para os autores:
“
[...] qualquer interferência no processo, a começar pela própria dis-
torção seletiva (os receptores ouvirão, de fato, aquilo que se ajusta
a seu sistema de crenças, consequentemente, é comum que sejam
acrescentadas às mensagens coisas que não foram expressas e que
não sejam percebidas outras coisas que estão presentes) do receptor,
bem como o barulho, ou mesmo sinais contraditórios do emissor,
fazem com que o processo de comunicação não seja bem realizado
(MARTINELLI; GHISI, 2006, p. 66).
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CLASSIFICAÇÃO
DA COMUNICAÇÃO DEFINIÇÃO
CONFORME SUA FUNÇÃO
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Comunicação Eficaz
É dever do
Um cliente nunca deve ir para casa com dúvidas.
vendedor É dever do vendedor deixar claro toda e qualquer
deixar claro informação para o cliente. Ainda que este opte por
toda e qualquer não efetuar a compra, por exemplo. Práticas obs-
informação para curas, em que se omitem informações, certamente,
o cliente. “explodirão” no SAC da empresa ou levarão a organi-
zação a ser conhecida no Procon, por exemplo, sem
contar que a internet, por meio das redes de relacio-
namentos, pode potencializar ainda mais as questões
negativas de um negócio.
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Liderança em Negociação
Nossa postura pode dizer muita coisa, assim como os sinais que nosso corpo emite
ou até a nossa comunicação verbal, coisas que robôs, ainda, não podem fazer.
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Com essas e outras características, o líder se torna referência para os demais. Na-
turalmente, as suas atitudes refletem o comportamento dos colegas de trabalho,
e isso impactará nos números da empresa. Tratando-se de vendas, por exemplo,
o comportamento do líder pode fazer a diferença para toda a equipe e para a
empresa. E lembre-se: os negociadores são pessoas!
Relacionamento e Negociação
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A P RO F UNDA NDO
De acordo com Martinelli e Ghisi (2006, p. 221), “para o negociador que prioriza
o relacionamento em uma negociação, é importante a criação de valor”. A criação
de valor é a junção de forças entre cliente e negociador, buscando otimizar os
ganhos econômicos, resultando em satisfação para ambos.
Negociação e Feedback
Dar e receber feedback significa comunicar a alguém como os atos dessa pessoa
afetam os sentimentos dos outros. O feedback é um processo que favorece as
mudanças de comportamento que buscam alcançar o objetivo desejado.
Em uma negociação, “a atitude de dar e receber feedback promove um am-
biente bastante positivo, onde as partes podem se comunicar verdadeiramente
e trabalhar juntas em direção a um propósito comum, mutuamente acordado”
(LOPES ; STOECKICHT, 2009, p. 109).
Todavia, dar e receber feedback não é uma tarefa fácil. Requer preparação e
vontade, caso contrário, poderá prejudicar uma comunicação interpessoal. Lopes
e Stoeckicht (2009) sugerem que um feedback eficaz precisa ser:
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Narrar o que aconteceu e não julgar o ocorrido, pois, agindo assim, inibe-se o
comportamento defensivo e se estimula a abertura para uma escutada.
OPORTUNO
ESCLARECEDOR
“
[...] em negociações, o feedback é um recurso muito útil e desafia-
dor. É um excelente meio para estabelecer e construir relaciona-
mentos duradouros e confiáveis, coletar informações da outra parte
e aprender como o processo da negociação está se desenvolvendo.
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O feedback deve ser fornecido quando você acha que há uma boa chance de ele ser
aceito e considerado útil e, também, não colocar na defensiva quem o recebe. O feed-
back não é certo nem errado. Ele reflete a reação do fornecedor. Use sua energia para
entender, não para se defender e contestar.
Negociação e Rapport
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Vale salientar, caro(a) aluno(a), que muitas pessoas usam da técnica do rapport
de maneira incondicional. Das técnicas mais conhecidas de rapport, podemos
destacar as seguintes:
■ Espelhamento: a pessoa imita alguns elementos da linguagem corporal
da outra pessoa.
■ Reciprocidade: fazer favores sem pedir nada em troca.
■ Interesses comuns: buscar pontos comuns na relação para estabelecer um
sentimento de confiança.
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AP RO F U NDA NDO
Com esse nível de conhecimento adquirido pelos clientes, novas táticas e técnicas para
negociar precisaram entrar em ação. Hoje, tudo precisa ser revisto, afinal, o público
mudou e evoluiu. As velhas falas, conversas e manias, muito utilizadas por negociadores
experientes, já não valem mais. Agora, é preciso rever e se atualizar para buscar novas
estratégias de negociação, assunto esse que discutiremos logo a seguir.
Estratégias de Negociação
“
A estratégia é uma diretriz geral, que indica o caminho que preci-
samos percorrer de nossos desejos e necessidades até nossos obje-
tivos. [...] A tática, por outro lado, sempre vem depois da estratégia,
dando-lhe substância na forma de uma linha de ação concreta. Se a
estratégia é o pensamento, a tática é sua formulação.
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Descrição da Imagem: esta figura nos mostra estratégias de negociação quando se trata da relação entre a
importância do relacionamento e a importância dos resultados e como conciliar relacionamentos, evitar perdas,
ser competitivo e colaborativo.
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Tipos de Negociação
De acordo com Lopes e Stoeckicht (2009, p. 46), “existem dois tipos de abor-
dagens que podem ser utilizados em um processo de negociação: a abordagem
distributiva e a abordagem integrativa”.
Para os autores, o modelo de negociação distributivo, que também é conhe-
cido como negociação soma-zero, tem como principal característica a fixação
do valor, ou seja, o foco principal da negociação é elevar ao máximo o valor
negociado. Normalmente, com essa abordagem em uma negociação, utiliza-se
a estratégia de competitividade, o que menos importa e o relacionamento. As
partes competem entre si e, basicamente, sempre um lado sairá mais satisfeito
com o resultado final da negociação do que a outra parte.
Exemplificamos esse modelo com a hipótese da venda de um carro. Não
existe relacionamento entre quem vende e quem quer comprá-lo. O foco princi-
pal está no valor do bem, ou seja, no seu preço final. Cada parte “puxa” o acordo
para si. O vendedor quer puxar para cima, e o comprador quer o máximo de
desconto possível.
Será que isso já não aconteceu com você? Diferente da negociação distribu-
tiva, no modelo de negociação integrativo — que também pode ser chamado
de negociação ganha-ganha —, busca-se criar valores. Nesse modelo, os ne-
gociadores buscam uma abordagem de colaboração ou cooperação e usam a
informação para facilitar esse processo. Aqui, o foco principal é o interesse mú-
tuo de todos os envolvidos no processo de negociação, que visa à maximização
do resultado final, ou seja, satisfação geral. Normalmente, nessa abordagem, o
resultado final acaba por fortalecer o relacionamento entre os negociadores, pro-
movendo um laço mais duradouro, que poderá gerar outros negócios no futuro
(LOPES; STOECKICHT, 2009).
Kersten (2001) identifica quatro características-chave presentes nas nego-
ciações integrativas, que permitem distingui-las das negociações distributivas:
■ Criação de valor.
■ Abertura e intercâmbio da informação relevante.
■ Foco em interesses, e não em posições.
■ Aprendizado e reestruturação do problema.
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Conforme Fisher e Ury (1995, p. 22), “os negociadores devem focar em interesse
e não posições. Quando os negociadores discutem posições, tendem a fechar-se
nela”. De acordo com Albrecht e Albrecht (1995, p. 89), “os tipos ou modalidades
de negociação mais comuns e amplamente conhecidos no mundo corporativo
são negociação ganha-perde, negociação ganha-perde disfarçada e a negociação
ganha-ganha”.
A mesma ideia é compartilhada por Lewicki e Hiam (2003). Para os autores,
dentre os tipos mais conhecidos de negociação, destacam-se os tipos perde-perde
(evitar), perder para ganhar (conciliar), ganhar-perder (competitivo), ganhar-ga-
nhar (colaborativo) e dividir a diferença (concessão).
Negociação Ganha-Perde
Esse modelo é o mais comum e utilizado por negociadores das mais diversas
áreas. Nesse formato, as negociações tendem a ser “tensas”, pois há um clima de
medição de forças entre as partes, no qual quem cede mais pode ser considerado
o mais fraco. Na negociação ganha-perde, só é possível chegar a uma acordo
final quando alguma concessão é feita. Normalmente, esse processo é tido como
redutivo, pois uma parte está “armada” para não abrir a guarda para o outro lado.
Ambos os lados ficam contestando a oferta do outro. No desfecho desse tipo de
negociação, sempre uma parte estará mais “feliz” do que a outra (MELLO, 2007).
Nesse formato de negociação, é comum se encontrar os seguintes elementos:
■ Guerra psicológica.
■ Clima do negócio tenso.
■ Competitividade exagerada.
■ Utilização exagerada de metáforas para desestabilizar a outra parte.
■ Sentimento de insatisfação (infelicidade) por uma das partes ao final da
negociação.
Você, certamente, já deve ter ouvido algum relato de um parente ou amigo mais
próximo de que, somente algum tempo depois de uma negociação, ele descobriu
que foi “passado pra trás”. Esse tipo de negociação baseia-se na ideia de “tirarei van-
tagem de você e, somente daqui a algum tempo, você saberá disso” (MELLO, 2007).
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Negociação Ganha-Ganha
“
[...] na negociação ganha-ganha utiliza-se o modelo com valor
agregado. O método de Agregar Valor na Negociação (AVN) é um
trabalho que foi desenvolvido pelo Havard Negotiation Project: a
resposta para a pergunta sobre qual tipo de barganha posicional
utilizar, se a do tipo suave ou da tipo dura, é “nenhuma das duas”.
Mude a forma de negociar.
Assim, alguns elementos são bem comuns nesse tipo de negociação, tais como:
■ Não obter concessão sem ter algo (melhor ou igual) em troca.
■ Não faça a sua melhor oferta inicialmente.
■ Descubra quais são as fraquezas da outra parte.
■ Mantenha o domínio e o direcionamento da negociação.
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A forma como cada negociador conduz uma negociação pode ser influenciada pelo
local, pelo ambiente, por pessoas ou pelo produto que é negociado. Cada negocian-
te precisa, diante desse cenário e de outras informações, levar a negociação a um
desfecho de sucesso e satisfação para todos os envolvidos no processo negociativo.
Negociação Perde-Perde
Para Mello (2007, p. 159), “neste modelo de negociação, ao término de uma ne-
gociação, fica constatado tanto para a empresa como para o cliente, que ambos
saíram perdendo como resultado final”.
Os motivos são variados, como, por exemplo, uma abertura financeira exage-
rada da empresa, ao dar um desconto na venda de um produto para um cliente
que, em contrapartida, recebeu um produto que não atendeu às suas expectativas
em termos de qualidade. O que houve, na verdade, foi uma negociação mascara-
da, em que a empresa, ao tirar preço para agradar o cliente e não perder a venda,
entregou-lhe um outro produto com qualidade inferior.
Resultado: o cliente não volta mais, pois teve frustrada a sua expectativa com a
experiência do produto e, consequentemente, a empresa não venderá mais, pelo
menos, para aquele cliente.
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Acordo
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A barganha pode ser vista como uma via de mão dupla, em que os negociantes recebem
e abrem concessões. É preciso salientar que existe uma diferença entre barganha e
acordo. Na barganha, normalmente, pode-se gerar conflitos desnecessários, e, no acor-
do, busca-se uma saída simples para todos os lados.
Coerção
A coerção pode ser entendida como uma indução de concessão de apenas uma
das partes. É na coerção que o negociador, que possui uma posição de maior
influência, induzirá o outro lado a partir logo para o acordo. Na coerção, é muito
comum a utilização de blefes, porém não é uma regra.
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Emoção
Geralmente, bons negociadores são cheios de emoções. Não que a emoção seja
algo obrigatório em uma negociação, mas a utilização de aspectos emocionais
em uma negociação pode fazer parte da estratégia de muitos negociadores. En-
tretanto, as emoções são estratégias, e não forma de comportamento, como, por
exemplo, entusiasmo em excesso ou indiferença total.
A linguagem corporal também pode ser entendida como um fator emocional.
Por esse aspecto, a questão cultural precisa ser avaliada. Vejamos, por exemplo,
os países orientais, em que, normalmente, o sorriso pode ser interpretado de
maneira desrespeitosa. Quando a emoção, se bem utilizada, for aplicada, ela
poderá ajudar na indução e consequente busca por um acordo (STEELE; MUR-
PHY; RUSSIL, 1991).
Raciocínio Lógico
Muito usado para sustentar uma posição ou decisão, o raciocínio lógico visa
deixar o outro lado sem argumentos, ou seja, mais enfraquecido. A lógica é usa-
da para embasar probabilidades, clarificar problemas e deixar ambos os lados o
mais próximo possível sobre a realidade do negócio. Normalmente, quem usa
o raciocínio lógico de maneira eficiente em uma negociação terá maior chances
de adquirir o domínio da negociação.
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De acordo com Mello (2007, p. 16), “a resposta é bastante simples: se você ne-
gociar da mesma forma nas três maneiras aqui apresentadas, estará, na melhor
das hipóteses, perdendo só dinheiro ou perdendo só amigos, e na pior, perdendo
muito dinheiro e muitos amigos”.
Ao observar a resposta do autor, chegamos à conclusão de que existem for-
mas diferentes de negociar que devem ser utilizadas em função do objetivo da
negociação.
Voltemos aos exemplos citados anteriormente. Ao negociar o carro com seu
amigo, você quer, além de preservar sua amizade, um bom preço pelo carro. Em
síntese, você está interessado no aspecto financeiro e, também, na importância
do relacionamento (MELLO, 2007).
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No segundo caso, a coisa muda de figura. Você não conhece o vendedor e a loja e, como,
provavelmente, não está interessado(a) em preservar, manter ou construir relaciona-
mentos, pode usar blefes e pechinchar, pois seu objetivo maior é o resultado financeiro
do negócio que está fechando. Por fim, no terceiro caso, na negociação com o irmão,
como você está folgado(a) e quer agradar seu parente, afinal, ele está precisando, você
paga o preço que ele pediu, mesmo sabendo que é o preço mais alto que esse carro
pode valer e que você dificilmente obterá o mesmo valor se desejar vendê-lo. Pensando
assim, você valoriza mais o relacionamento do que o ganho financeiro (MELLO, 2007).
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“
[...] se aplicarmos esse mesmo conceito nas negociações corporati-
vas, no primeiro caso, você está interessado em fazer uma parceria
com a outra empresa, no segundo você quer o menor preço possível,
sem se importar com o relacionamento, e no terceiro você está dis-
posto a perder dinheiro se construir um relacionamento que pode
ser lucrativo no futuro”.
Mesmo que você não perceba, toda vez que negociamos, usamos essas premissas,
ainda que de forma desordenada ou sem compreender porque agimos de uma
maneira ou outra, dependendo da situação (MELLO, 2007).
Matriz da Estratégia
De acordo com Mello (2007, p. 18), “são quatro estratégias que compõem a matriz
de negociação". Elas são divididas em estratégias de relacionamentos, coopera-
ção, indiferença e competição. A seguir, a figura exemplifica:
Descrição da Imagem: assim como a figura que já vimos anteriormente de Lewicki e Hiam, esta figura nos mostra
sua visão sobre as estratégias de negociação quando se trata da relação entre a importância do relacionamento e a
importância dos resultados, além de como conciliar relacionamentos, evitar perdas, ser competitivo e colaborativo.
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Estratégia de Competição
Para Mello (2007, p. 18), Fazer com que a outra parte ceda em relação aos
“quando a necessidade seus objetivos (eu ganho, você perde).
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Ao entrar em uma revenda de automóveis, além de querer o carro, seu foco principal é o
ganho financeiro. Se o vendedor, a loja ou seja lá o que for, não atender às suas expecta-
tivas, certamente, você comprará no concorrente. Aqui, nesse caso, relacionamento é o
que menos tem valor ou importância.
Estratégia de Cooperação
Para Mello (2007, p. 19), “neste caso, a necessidade de obter vantagens financeiras
continua alta, mas existe a necessidade de preservar o relacionamento”. Pensando
em corporações, pode ser uma parceria entre empresas. Todos querem ganhar,
mas é importante manter o relacionamento em um nível aceitável para que a
parceria seja bem-sucedida.
Na negociação de cooperação, alguns pontos importantes precisam ser con-
siderados pelo negociador, que são, conforme Mello (2007):
■ Separar as pessoas do problema.
■ Colocar-se no lugar da outra parte.
■ Compreender os interesses do outro.
■ Estabelecer normas de trabalho.
■ Táticas competitivas usadas de forma cooperativa — orçamento limitado,
hipótese, agenda prévia, intimidade.
Estratégias de Relacionamentos
Lembra do caso da compra do carro do irmão mais novo? Pois bem. Nessa es-
tratégia, a satisfação do outro, em um primeiro momento, tem mais valor do que
o dinheiro em si.
De acordo com Mello (2007, p. 19),
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“
[...] normalmente essa estratégia é usada em negociações internas
dentro de uma organização, onde a manutenção de um bom re-
lacionamento dentro de uma equipe de trabalho talvez seja mais
importante do que a busca da melhor solução para um problema
em prejuízo do relacionamento.
É uma estratégia válida quando, por exemplo, oferece-se alguma vantagem tem-
porária a um cliente importante apenas para fechar o negócio.
Estratégia de Indiferença
De acordo com Mello (2007, p. 19), essa estratégia “não faz distinção entre o re-
lacionamento e as vantagens financeiras durante uma negociação”. Para o autor,
o negociador utiliza essa estratégia para demonstrar desinteresse quando lhe for
conveniente ou apenas para simplesmente não fechar negócio.
NOVOS DESAFIOS
Com os assuntos abordados até o momento, você conheceu a importância da
comunicação na negociação, bem como as estratégias e os tipos de negociação
existentes.
Agora, você conseguirá colocar em prática o aprendizado sobre os quatro
movimentos e o fator humano na negociação, realizando uma ótima gestão do
processo de negociação e obtendo excelentes resultados!
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VAMOS PRATICAR
1. De acordo com Mello (2007), há quatro estratégias que compõem a matriz de nego-
ciação, sendo que elas são divididas em estratégias de relacionamentos, cooperação,
indiferença e competição.
Com base nessa afirmação, descreva de maneira sucinta o que seria a estratégia de
negociação baseada na cooperação.
2. Dar e receber feedback significa comunicar a alguém como os atos dessa pessoa afe-
tam os sentimentos dos outros. O feedback é um processo que favorece as mudanças
de comportamento que buscam alcançar o objetivo desejado.
Com base nessa afirmação, qual dos itens apresentados não envolve critérios de uma
comunicação eficaz?
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VAMOS PRATICAR
4. De acordo com Martinelli e Ghisi (2006, p. 66), “entre o emissor e o receptor existem
ruídos”. Assim, a comunicação pode ser classificada de acordo com a função que ela
pretende desempenhar dentro do processo de comunicação.
FISHER, R.; URY, W. Como Chegar ao Sim: a negociação de acordos em concessões. Rio
de Janeiro: Imago, 1995.
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VAMOS PRATICAR
a) I, II e IV, apenas.
b) I e V, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
1. Para Mello (2007, p. 19), “neste caso, a necessidade de obter vantagens financeiras continua
alta, mas existe a necessidade preservar o relacionamento”. Pensando em corporações,
pode ser uma parceria entre empresas. Todos querem ganhar, mas é importante man-
ter o relacionamento em um nível aceitável para que a parceria seja bem-sucedida. Na
negociação de cooperação, alguns pontos importantes precisam ser considerados pelo
negociador, que são (MELLO, 2007):
2.
• Descritivo ao invés de avaliador: narrar o que aconteceu e não julgar o ocorrido, pois,
agindo assim, se inibe o comportamento defensivo e estimula-se a abertura para uma
escutada.
• Específico e não geral: mencionar o que aconteceu e não falar sobre o comportamento
e as atitudes em geral.
• Dirigidos a comportamentos que podem ser mudados: reconhecer atitudes que não
podem ser mudadas é frustrante.
• Solicitado ao invés de imposto: quanto maior o interesse em escutar o feedback, mais
construtivo ele será.
• Oportuno: quanto mais próximo o feedback for do momento em que aconteceu a atitude
ou comportamento em questão, maior será o seu efeito.
• Esclarecedor: é importante avaliar se o feedback foi recebido com a mesma intenção
com que foi dado.
3. Reposta correta C.
O emissor deve ser sempre o mesmo, como uma alternativa que não compreende os
critérios de uma comunicação eficiente.
TECNOLOGIAS E
FERRAMENTAS DE VENDAS
ME. ADRIANO CIPRIANO PEREIRA
MINHAS METAS
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Pois é, cada uma delas foi escrita de forma diferente, mas com o mesmo sentido.
Isso mostra como a comunicação encontra formas diferentes para transmitir
uma mesma mensagem.
A comunicação é imprescindível para as relações humanas, e não é diferente
no mundo dos negócios e das vendas. Você aprenderá os principais conceitos de
comunicação, seus procedimentos e objetivos. Perceberá como a comunicação é
utilizada nas vendas para ajudar na interação com o cliente. Também, entenderá
como se dá a divulgação dos produtos ou serviços e o fomento dos canais de
contato com o público-alvo.
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VAMOS RECORDAR?
Saber nos comunicar com os clientes tem relação direta
com os resultados de vendas. Para isso, assista ao vídeo e
aprenda ainda mais sobre o assunto!
COMUNICAÇÃO EM VENDAS
Conceituando Comunicação
Desde o nascimento, toda pessoa se comunica. Um bebê chora quando está in-
comodado com alguma coisa, assim como faz alguns sons ou gestos caracterís-
ticos quando está feliz. Saber decodificar e entender os sinais e as formas de se
comunicar faz com que as pessoas possam entender umas às outras e estabeleçam
formas simples ou sofisticadas de interação.
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O Que é Comunicação?
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Você já deve ter notado que tanto as pessoas como os animais partilham diversas
informações entre si, por meio de diferentes formas. Assim, é possível afirmar
que comunicar é uma atividade determinante para viver em sociedade.
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EMISSOR
CÓDIGO OU SINAL
É a forma utilizada para transmitir a mensagem. Esse código pode ser uma letra,
uma palavra, uma imagem ou um som, mas, para ser efetivo, emissor e receptor
devem saber decodificar o sinal ou símbolo enviado.
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MENSAGEM
CANAL
É por onde a mensagem é enviada, por exemplo, o celular, uma carta, o rádio ou
a televisão. É importante que o canal seja comum ao emissor e ao receptor, é im-
possível alguém receber uma mensagem de WhatsApp se não possuir o aplicativo
em seu celular.
RECEPTOR
FEEDBACK OU RESPOSTA
Toda comunicação que se realiza por meio de uma linguagem falada ou escrita é
classificada como comunicação verbal. Esse tipo de comunicação é exclusividade
dos seres humanos.
Já a comunicação não verbal é aquela em que utilizamos sinais não linguísti-
cos, como gestos, expressões faciais, imagens etc. Sons, figuras, sinais luminosos
também são considerados como comunicação não verbal. Alguns gestos ou fi-
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Objetivos da Comunicação
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A frase de Chacrinha explica, de maneira simples e direta, o que acontece com qualquer
pessoa que não consegue se comunicar de uma forma que os outros entendam. No caso do
vendedor, a comunicação é um dos pilares que sustenta a profissão. Um vendedor que não
consegue se comunicar fracassará seguidamente até ser necessário trocar de profissão.
GERAR EMPATIA
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FAZER APRESENTAÇÕES
A forma como o vendedor fala, suas palavras, o tom de voz utilizado e a ex-
pressão corporal e facial ajudam a convencer o cliente de que o vendedor é uma
pessoa confiável e está ali para ajudá-lo.
Apesar de ser necessário que o vendedor tenha uma comunicação fluida e cons-
tante, é necessário ter cuidado. Muitas vezes, o vendedor que fala sem critérios
acaba falando mais do que deve. Mesmo que a fala seja sua principal ferramenta
de comunicação, o vendedor pode usar outras formas de se comunicar para
aumentar suas vendas.
Apesar de ser mais comum, a comunicação falada não é a única que ajuda no
processo de vendas de uma empresa. Como você já viu neste tema de aprendi-
zagem, existem diversas formas de transmitir uma mensagem para os clientes, e
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Sabemos que, neste momento, muita gente está torcendo o nariz para esse item de co-
municação, afinal, vivemos na era da tecnologia e das redes sociais, em que tudo pode
ser postado e visto. Isso é verdade, estamos realmente imersos na era digital, porém é
preciso lembrar que as pessoas ainda se deslocam para ir até as empresas para comprar
uma imensa gama de produtos.
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É claro que devem ser tomados alguns cuidados nesse tipo de comunicação, por
exemplo, a fonte da letra deve ter um formato que seja fácil de entender e um
tamanho que permita que o cliente leia à distância. Também, não é aconselhável
que o texto seja grande, pois pode acabar confundindo e cansando o cliente,
que tem que estar atento para ler todas aquelas linhas escritas. As cores utiliza-
das devem ser escolhidas com critério, para gerar o melhor impacto possível e
chamar a atenção de quem está na loja. Não adianta pendurar uma placa que
mais parece a continuação da parede.
AP RO F U N DA NDO
A comunicação no ambiente de vendas deve servir sempre a um propósito, que pode ser
promover um produto, entregar alguma informação, apresentar uma promoção ou, até
mesmo, vender o produto. Um detalhe que sempre deve ser levado em consideração é
que a comunicação de vendas interna da empresa deve estar alinhada com a comuni-
cação externa. Infelizmente, muitas empresas esquecem desse detalhe, o que ocasiona
conflitos entre o que está dentro e fora da empresa.
Anúncios
Para começar esse assunto, quero deixar claro que começaremos pelos anúncios
veiculados nas mídias tradicionais, que ainda geram impactos positivos em
vários mercados.
Até dez anos atrás, quando se pensava em vendas ou locação de imóveis, a
primeira imagem que vinha à mente era a dos classificados dos jornais impressos.
Neste canal de divulgação, também eram publicadas as ofertas de emprego, a
venda de veículos, os contatos dos prestadores de serviço... Enfim, uma gama de
transações comerciais teve sua origem nesse tipo de anúncio.
A P RO F UNDA NDO
Ainda hoje, esse tipo de mídia é utilizado, porém, o que se nota é que os anúncios migr-
aram para publicações especializadas, por exemplo, existem jornais impressos em que
são divulgados apenas compra e locação de imóveis, isso acontece com as revendas de
veículos; em algumas situações, como o caso dos médicos, as publicações são feitas em
revistas especializadas, que mesclam as matérias com a divulgação dos serviços dos
profissionais de saúde, laboratórios e hospitais.
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É claro que, com o advento da internet, diversos sites que prestam serviço de
classificados ou que se destinam à divulgação de determinados produtos ou
serviços fizeram com que a relevância do canal impresso diminuísse, porém os
classificados em papel não devem ser ignorados. Uma parcela da população ainda
tem como preferência interagir com uma mídia tangível, que possa ser folheada
e guardada para análise posterior.
Essas três formas de se comunicar ainda encontram espaço em uma época em que
os meios digitais estão em alta, porém cada uma tem uma finalidade diferente e
deve ser usada adequadamente.
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Rádio e Televisão
Sabemos que você deve estar pensando que, ainda hoje, existem diversos pro-
gramas cuja finalidade é vender um produto ou serviço. Isso é verdade, porém a
relevância desses canais vem diminuindo em favor da divulgação feita na internet.
Não é novidade para ninguém que nós vivemos em um mundo cada vez mais
conectado e que a internet, junto com as mídias sociais, promove transforma-
ções contínuas na forma como se divulga e vende produtos e serviços, mas nem
sempre foi assim.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
A P RO F UNDA NDO
Até o final da década de 1990 e começo dos anos 2000, a compra pela internet no Brasil
era praticamente inexistente, tanto na categoria B2B quanto B2C. Caso as pessoas qui-
sessem adquirir um produto ou serviço, era necessário se deslocar até uma loja ou re-
ceber a visita de um vendedor, em alguns casos, também, era possível realizar a compra
via telefone, desde que o cliente tivesse informações sobre o produto a ser comprado.
Assim como na venda presencial, as vendas pela internet devem ser desenvol-
vidas com estratégias e metas bem definidas. A ideia de sair atirando para todo
lado pode gerar custos e desgaste desnecessários. Assim, é importante utilizar
cada recurso de maneira adequada.
Quem trabalha com vendas não deve descartar nenhum canal ou ponto de con-
tato com seus clientes sem pesquisar ou testar. Utilizar uma listagem de e-mails
para campanhas de divulgação ou promoção ainda tem seu espaço nas ações
de vendas, desde que sejam realizadas com textos bem escritos, que chamem a
atenção dos potenciais interessados.
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A P RO F UNDA NDO
Vale ressaltar que, se a listagem de e-mails veio por meio de uma campanha de
prospecção de leads, fica mais fácil direcionar o produto ou serviço correto para o
cliente-alvo, o que gera um número maior de conversões de interessados em clientes.
Site e Blog
Toda empresa precisa de um site para explicar suas origens, apresentar seus
produtos, informar sua razão de existir e, se for possível, deixar um caminho
aberto para que o cliente possa efetuar suas compras.
Mídias Sociais
Uma vez que o vendedor utilize suas contas pessoais para oferecer produtos ou
serviços, abrirá uma janela para seus clientes conhecerem tudo o que ele tem
publicado, e, aqui, é importante que as demais postagens não causem estranheza
ou repulsa no cliente. Outra rede social em que é possível divulgar o trabalho é
o LinkedIn. Com caráter mais profissional, essa rede faz a ligação entre pessoas
e empresas que queiram apresentar seu trabalho.
AP RO F U N DA NDO
Outro ponto interessante para ressaltar, aqui, é que também existem formas de
melhorar seu posicionamento nas pesquisas feitas em ferramentas de pesquisa
como o Google. Novamente, o vendedor ou a empresa pode determinar um
orçamento que será utilizado para ranquear melhor o produto ou serviço na
página de pesquisa.
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A P RO F UNDA NDO
As pessoas da Geração X tiveram mais contato com a televisão como principal canal de
informação e entretenimento caseiro, a internet permitiu que as gerações que vieram
depois desenvolvessem maior interatividade com as ferramentas digitais, o que mudou a
forma como as informações e o entretenimento chegam até as pessoas. E você? Quanto
tempo passa na internet e nas mídias sociais? Qual é o impacto que a propaganda
veiculada na internet tem nos seus hábitos de consumo?
Para finalizar, eu quero que você se lembre daquela antiga frase que diz: “quem
não é visto não é lembrado”, e ninguém compra de quem não se lembra.
“
É importante ter contas nas principais mídias sociais, como Facebook
e Twitter, e profissionais, como LinkedIn. Entretanto, só participe se
puder atualizar com frequência e interagir com as pessoas. Ter maté-
rias muito antigas ou demorar uma semana para responder pega mal.
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T E MA D E APRE N D IZAGEM 9
A profissão de vendas é uma das mais antigas do mundo e sempre teve o objetivo
de fazer a ponte entre o problema apresentado pelo cliente e a solução entregue
pelo vendedor. Como é uma profissão extremamente dinâmica, o bom vendedor
está sempre atrás de novidades para melhorar suas vendas e estreitar o relacio-
namento com os clientes.
A P RO F UNDA NDO
Para se ter uma ideia, ainda quando o telégrafo era novidade, grandes corporações
usaram essa ferramenta para se comunicar com os clientes e, também, faziam as
vendas com esse recurso. Com o advento do telefone e a ampliação da sua utilização
a partir dos anos de 1950, muitos vendedores começaram a usar esse aparelho para se
comunicar com clientes em diversos lugares. Mesmo vendedores externos, que pas-
savam muito tempo na estrada, tinham lugares onde paravam e realizavam as ligações
tanto para clientes quanto para sua base para ver se havia alguma informação nova,
algum recado ou alguma situação que precisava ser resolvida com certa urgência. Com
a popularização dos telefones nas empresas e nos lares norte-americanos e na Europa,
teve início uma nova modalidade de vendas: a televenda. Atualmente, são poucas as
empresas que fazem vendas B2C utilizando o telefone, mas, nas negociações B2B, essa
ferramenta ainda é muito utilizada.
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Telefone
Inicialmente, o telefone era uma ferramenta fixa, e o vendedor poderia usar essa
ferramenta apenas na empresa, em sua casa ou em aparelhos públicos que exis-
tiam em grandes quantidades em todas as cidades.
Para entender como atender bem ao telefone, começaremos pelos erros que po-
dem comprometer o atendimento:
■ Demorar para atender à chamada: os clientes que, normalmente, ligam
para pesquisar uma informação ou para comprar um produto não têm
tempo ou disponibilidade para ir até a loja ou a empresa para fazer negó-
cio, assim, eles querem agilidade no atendimento.
■ Tratar o cliente com alguma intimidade que não existe: chamar o
cliente de “amorzinho”, “querido(a)”, “cara”, “florzinha”, “meu anjo” etc. Não
se pode usar esse tipo de tratamento, a menos que o vendedor já tenha
alguma intimidade com o cliente.
■ Fazer insinuações sobre o estado emocional do cliente: o vendedor
tem que tomar cuidado. Se ele disser que o cliente está nervoso, provavel-
mente, deixará o cliente ainda mais exaltado.
■ Deixar o cliente esperando por muito tempo: esse é o caso em que o
vendedor deve colocar o cliente em espera para poder verificar uma in-
formação. Nesse caso, a demora é tanta que o cliente chega a pensar que
foi esquecido na linha.
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O cliente precisa saber com quem está falando, precisa entender facilmente o
nome do vendedor e o nome da empresa — principalmente, quando liga para uma
empresa. Então, é preciso usar o tom e o volume de voz adequados.
DESENVOLVA EMPATIA
USE RAPPORT
Você já viu como estabelecer rapport no atendimento presencial, mas como isso
é possível no atendimento telefônico? O vendedor deve estar atento ao tom e à
velocidade da voz do cliente e adequar sua fala a esses dois pontos. É claro que,
se o cliente falar muito baixo ou estiver usando um tom de voz muito triste, o
vendedor não precisa chegar a esse ponto, mas tem que estar atento, pois, nesse
caso, o cliente pode ficar desconfortável se o vendedor falar muito alto ou de
forma muito animada, sem levar em consideração os sentimentos do comprador.
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Com a utilização em massa da internet, o e-mail passou a ser uma grande fer-
ramenta para os vendedores. De forma rápida, era possível se comunicar com o
cliente oferecendo produtos, informando promoções e respondendo cotações.
Assim como no telefone, há algumas coisas que o vendedor deve levar em consi-
deração quando está se comunicando por e-mail:
■ Tempo de resposta: o vendedor deve responder a mensagem o mais breve
possível. Caso demore, o cliente achará que ele não está interessado e pode
fazer negócio com outro vendedor.
■ Escrita: ao escrever um e-mail, o vendedor deve estar atento a algumas
normas, sendo que a primeira diz respeito ao tamanho das letras. Nunca
se deve escrever toda a mensagem com letra maiúscula, pois, segundo as
regras da internet, ao utilizar a caixa alta, o emissor estará gritando com o
receptor. Outro ponto a ser levado em consideração é o tamanho do texto.
Mensagens muito longas devem ser enviadas em arquivo anexo. O motivo
da mensagem também deve ser claro e interessante, do contrário, a pessoa
pode não se interessar pelo que está escrito no corpo do e-mail. Atualmente,
muitos vendedores têm preferido utilizar os aplicativos de mensagens —
falaremos deles daqui a pouco — para se comunicar com os clientes, mas
seria um erro enorme desprezar uma ferramenta tão útil como o e-mail.
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Aplicativos de Mensagens
A P RO F UNDA NDO
Não se deve enviar mensagens genéricas, como correntes, piadas, vídeos ou áu-
dios que não tenham relação com o que é negociado. Se o vendedor fizer isso,
pode acabar se queimando, pois acabará incomodando o cliente, que pode acabar
bloqueando as mensagens dele.
Essas ferramentas que você viu até aqui já são consagradas e usadas em
larga escala pelos profissionais de vendas. Na sequência, você conhecerá ou-
tras ferramentas que também podem contribuir para maior eficiência do
processo de vendas.
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CRM
Toda empresa que deseja ter sucesso em suas vendas precisa de um sistema de
CRM, que é a sigla usada para Customer Relationship Management (Gestão de
Relacionamento com o Cliente).
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
A definição de CRM, porém, vai além: é uma gestão 360º de vendas, marketing, aten-
dimento e todos os pontos de contato. O CRM permite entender quais são os principais
pontos de contato entre a empresa e os seus vendedores com seus clientes, o que
facilita as estratégias de divulgação e de vendas, pois a empresa conseguirá saber ex-
atamente qual canal é o mais indicado para cada tipo de cliente.
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AP RO F U NDA NDO
Programas de Comunicação
E AS MÍDIAS SOCIAIS?
O vendedor também pode usar as mídias sociais para melhorar suas vendas. É
possível anunciar seus produtos ou serviços nas mídias sociais, delimitando o
público-alvo, as áreas de interesse e o comportamento de compras. Também, é
possível divulgar em grupos que têm interesse em comum no produto ou serviço
que se oferece.
O vendedor tem que estar atento e disposto a investir tempo e dinheiro
para usar todas as ferramentas disponíveis no mercado. Realmente, isso exige
esforço do vendedor, mas os resultados compensam.
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Se não utilizou, comece agora mesmo, pois, por meio dessas ferramentas conse-
guimos atingir grandes resultados!
NOVOS DESAFIOS
Com os assuntos abordados até o momento, você conheceu a importância da
comunicação nas vendas, bem como compreendeu conceitos e tipos existentes
de comunicação.
Agora, você conseguirá colocar em prática o aprendizado sobre as tecnologias e
ferramentas de vendas e as formas de comunicação, obtendo excelentes resultados!
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VAMOS PRATICAR
1. Desde o nascimento, toda pessoa se comunica. Um bebê chora quando está incomo-
dado com alguma coisa, assim como faz alguns sons ou gestos característicos quando
está feliz. Saber decodificar e entender os sinais e as formas de se comunicar faz com
que as pessoas possam se entender e estabeleçam formas simples ou sofisticadas de
interação.
Realmente, a comunicação costuma ficar a cargo das equipes de marketing, porém dois
fatores devem ser levados em consideração. Quais são eles?
3. Inicialmente, o telefone era uma ferramenta fixa, e o vendedor poderia usar essa fer-
ramenta apenas na empresa, em sua casa ou em aparelhos públicos que existiam em
grandes quantidades em todas as cidades.
Qual alternativa não corresponde a um erro no momento de atender ao cliente por te-
lefone?
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VAMOS PRATICAR
4. Existem diversas formas de se comunicar com o cliente. Algumas dessas formas já são
clássicas, enquanto outras são mais recentes.
I - Televisão.
II - Rádio.
III - Mídias sociais.
IV - E-mail.
5. Toda comunicação tem um objetivo, que pode ser entreter, informar, educar etc., mas
a comunicação em vendas tem objetivos mais específicos
a) I, II e IV, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV apenas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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REFERÊNCIAS
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
2.
3. Reposta correta A.
I, III e IV apenas.
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