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RESUMÃO
PARA FICAR
POR DENTRO!
Você estava com a gente lá!
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Nos últimos dois anos, a ATD rolou de maneira virtual.
Desta vez foi diferente. Profissionais de mais de 60
países estiveram presentes para traçar tendências,
discutir melhores práticas de treinamento, descobrir
novas ferramentas, colocar na mesa dúvidas que ainda
persistem no setor e buscar soluções para elas.
Mãos à obra!
VQV!
2
Afinal, o
que é ATD
ATD é o maior congresso de treinamento e desenvolvimento
do planeta. Participantes do mundo inteiro se encontram
para trocar informações sobre tendências de desenvolvi-
mento humano, novas tecnologias para treinamento de pes-
soas e novas pesquisas e descobertas na área de aprendi-
zagem corporativa. Acontece anualmente nos EUA, sempre
no mês de maio. Este ano foi em Orlando, na Flórida.
Um pouco de história
O evento é realizado pela Association for Talent Develo-
pment, criada em 1943, por um grupo de 15 pessoas que
queriam montar uma organização para elevar os padrões
da profissão de treinamento e compartilhar técnicas para
os profissionais de desenvolvimento humano. Por mais
de 70 anos, a associação foi conhecida como ASTD. Em
2014, o nome foi mudado para o atual Association for Ta-
lent Development (ATD). Mesmo depois de quase oito dé-
cadas, a missão da ATD se mantém a mesma: capacitar
profissionais para desenvolver talentos nas empresas.
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Trilhas do
conhecimento
Os organizadores da ATD 2022 dividiram as palestras
em trilhas, que levam nomes dos principais interesses
dos participantes. Aí vai uma dica: monte grupos de
discussão na sua empresa sobre esses tópicos, já que
a comunidade de Recursos Humanos está centrando
muita atenção neles.
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TECNOLOGIAS DE APRENDIZAGEM – ferramentas e pla-
taformas de tecnologia para desenvolver o aprendizado
síncrono e assíncrono.
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Keynote
speakers
Este ano a ATD escolheu três palestrantes para levar
uma mensagem de esperança e retomada da vida nor-
mal (se é que o que vivíamos antes pode ser chamado
de normal). Elas foram encantadoras. Confira os pa-
lestrantes e as principais mensagens.
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Sara
Blakely
A sessão de abertura foi feita por uma mãe que
ficou famosa nas redes sociais como a “Rainha
das panquecas” ao fazer a iguaria em diferentes
formatos e tamanhos para seus quatro filhos. Sara,
a mãezona que revolucionou as panquecas,
também levou inovação para a indústria de roupas
íntimas. Com apenas U$$ 5.000,00 e uma mochila
vermelha da “sorte”, transformou sua criação
em uma marca global conhecida pelos produtos
inteligentes e confortáveis. Foi nomeada uma das
100 pessoas mais influentes do mundo pela revista
Time e apareceu na capa da Forbes como a mais
jovem bilionária que fez fortuna sozinha. Blakely
já investiu milhões de dólares para elevar as
mulheres e, em 2013, assinou o Giving Pledge,
prometendo doar metade de sua riqueza para
a filantropia. É de seres humanos assim que o
mundo precisa, não é?
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Principais mensagens:
1.
Neste momento pós-covid é importante nos debruçarmos
sobre as lições aprendidas não só das perdas que tivemos.
Mas também dos ganhos. Nunca foi tão importante nos
conectarmos com os nossos Whys (por quês?).
2.
Parte de seu sucesso é explicado por ela como uma
constante perseguição em se tornar advogada do cliente
em vez de advogar para o produto. Ou seja, conversar
com os clientes, viver suas dores, entrar em suas casas
e sentir suas rotinas são fatores-chave para conseguir
estabelecer uma comunicação efetiva e uma relação de
longo prazo.
3.
Sair da zona de conforto é importante, mas precisa ser
feito de maneira consciente. A pandemia tirou todos da
rotina. Fomos “convidados” à força para repensar a vida
e compreender que criar pequenas rupturas das nossas
rotinas é importante para entender uma nova visão de
mundo. Sara conta que ao longo de 31 dias conviveu com
um Seal (militar de alta performance americano) em sua
casa, a convite de seu marido, Jesse Itzler. O objetivo era
propor uma zona de desconforto calculada para que eles
fossem mais disciplinados. O resultado foi impressionante
e pode ser conhecido no livro: Living with a SEAL: 31
Days Training with the Toughest Man on the Planet
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Jay
Shetty
Jay Shetty, coach de vida e propósito, apresentador do
podcast número 1 de saúde e bem-estar, On Purpose.
É cofundador do Sama Tea, uma empresa de chás
que oferece misturas de ingredientes ayurvédicos para
combater fadiga, melhorar o desempenho mental, aliviar
a depressão, a ansiedade e ainda estimular o sistema
imunológico.
Mas um ex-monge em um congresso de
desenvolvimento humano e aprendizagem
corporativa? Shetty vem do mundo corporativo. Em
2010, largou seu trabalho no mercado financeiro londrino
e resolveu se tornar monge na Índia. Meditou e estudou
por três anos até que um de seus mestres o aconselhou a
compartilhar os ensinamentos monásticos com o grande
público. Seu livro publicado em 2020, “Pense como
um monge: Cultive a paz e o propósito a cada
dia, supere a negatividade e cure a ansiedade”.
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Principais mensagens:
1.
Muita gente não consegue entender o que é propósito.
Então aí vai um conceito bem simples. Propósito é o que
você faz para tornar a vida dos outros melhor. Tudo o
que for doação da sua parte, é chamado de propósito.
Aquilo que gera prazer é conhecido como paixão. Ou
seja, paixão é para dentro, propósito é para fora.
2.
Os pensamentos são muito poderosos. Em uma pesquisa
realizada recentemente, ficou constatado que temos
uma quantidade de 60 a 80 mil pensamentos diários!
Mas 80% deles são negativos. Como reprogramar o
cérebro para ter uma visão de vida melhor? Comece se
programando para ter o primeiro e o último pensamentos
do dia positivos. Isso acostuma o cérebro a se abrir para
um novo jeito de ver a vida.
3.
Se não programar tempo para você, nada vai acontecer.
É preciso colocar na agenda tempo para se alimentar,
para meditar, para fazer pausas e até para dormir. Antes
de gerar valor para os outros, é muito importante que
você esteja bem consigo mesmo.
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Bert
Jacobs
Bert Jacobs é o cofundador da marca de estilo de
vida de US$ 150 milhões, chamada “Life is Good”. A
empresa começou em 1994 com investimento de US$
78. Ele e o irmão moravam em uma van e vendiam ca-
misetas nas ruas de Boston. E, 25 anos depois de ven-
der sua primeira camiseta, Bert e seu sócio e irmão
continuam a defender a mesma missão: espalhar o
poder do otimismo.
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Principais mensagens:
1.
Mais do que uma empresa, a vida precisa de propósito.
Não podemos simplesmente trocar tempo por dinheiro.
Temos de enxergar valor no que fazemos. Nossa missão,
nas empresas, é fazer com que as pessoas descubram
seus propósitos e enxerguem como isso faz sentido no
cotidiano do negócio.
2.
Bert também trouxe conselhos práticos que trazem im-
pactos positivos para as empresas e usou um ditado
para isso: “A vida não é perfeita. A vida não é fácil. A
vida é boa”. E comentou que acorda todas as manhãs e
se lembra que tem uma escolha a fazer: focar em tudo o
que está errado no mundo, nos negócios, na vida ou em
tudo o que é bom. Ele diz que não ignora as dificuldades,
mas concentra energia no bem e deixa que isso motive
suas ações. Então, aí vão os seus conselhos:
3.
Bert também comentou que a produtividade aumentou
quando todos começaram a trabalhar de maneira remo-
ta e continua alta à medida que fazem a transição para
o modelo híbrido. Segundo ele, a Life is Good também
enfrentava desafios em 2020 assim como outras empre-
sas. Daí a equipe se uniu, não apenas para sobreviver,
mas para emergir mais forte do que antes. Independen-
temente do ambiente físico de trabalho, descobriram que
os funcionários se sentiam mais engajados quando havia
clareza e consistência na comunicação da liderança.
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Sacadas que
mais marcaram
a ATD22
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1. Cada vez mais será improvável termos competências ge-
rais a serem desenvolvidas pelos colaboradores.
Isso significa que diversas empresas estão abandonando o modelo
de escolher competências organizacionais e funcionais e treinar
todo mundo. Está se falando em hyper-personalização de com-
petências, ou seja, as empresas mapeiam suas necessidades de
desenvolvimento e dão seus próprios nomes para aquilo que pre-
cisa ser desenvolvido. Esta foi uma das mensagens mais fortes de
Branson Carson, VP de Learning do Wall Mart. Exemplo: em vez
de foco no cliente – foco em nota 5 no atendimento no Canal X.
2
Em vez de Orientação ao Resultado – orientação ao aumento do
indicador Y.
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mecanismos novos o tempo todo, além de saber gerenciar o busi-
ness durante a mudança.
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4. Precisamos criar menos e curar mais.
A internet já está inundada de tudo que é tipo de conteúdo que
possa ser útil para o desenvolvimento de novas competências.
Precisamos parar de querer criar do zero e “reinventar a roda
o tempo todo”, gastando rios de dinheiro construindo algo que
alguém já construiu. O desafio das áreas de aprendizagem está
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no processo de curadoria, não no de criação.
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fazer parte de qualquer ação das áreas de aprendizagem das or-
ganizações.
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e erros aconteçam, em ambiente seguro, é fundamental.
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da economia da atenção, as soluções de aprendizagem apenas
atingirão seus objetivos se as pessoas estiverem conectadas com
desafios reais do negócio e com dores que também sintam.
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9. Empresas estão acordando para transformar seus pró-
prios funcionários em “marcas” de valor.
Cada vez mais o CNPJ vai perdendo força e o CPF ganhando es-
paço. Algumas empresas mais inovadoras perceberam que estimu-
lar seus funcionários a virarem porta-vozes da companhia gera
mais autenticidade e confiança no consumidor. Em vez de coloca-
rem a área de Comunicação Corporativa ou Relacionamento com o
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Investidor para falar com o mercado, diversos profissionais estão
sendo empoderados para falar pela marca.
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que entra e o que deve sair com recorrência deve ser implemen-
tada urgentemente.
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ou técnicos não deveriam se tornar líderes simplesmente porque se
destacam em seus indicadores, mas sim por terem relevância junto
ao público que convivem.
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13. Empresas ainda “batem cabeça” entre promover pesso-
as internas ou contratar pessoas do mercado.
Este é um dos temas que gera maior instabilidade dentro das equi-
pes. Aliado a isso, vem a falta de comunicação e transparência. De
fato, líderes acham que é mais fácil trazer gente de fora do que
promover os de dentro. A desculpa mais frequente é de que as
pessoas internas não têm as competências necessárias. Isso acaba
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demonstrando um gap muito maior do líder, que não desenvolveu
sua equipe do que dos próprios funcionários.
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semana... Não existem mais cronogramas fixos ou engessados.
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planejamentos complexos que somente o Excel aceita.
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17. O engajamento dos colaboradores cresce quando eles se
sentem “autores do futuro”.
Falou-se muito em engajamento dos colaboradores. Esqueça das
reuniões onde somente o C-level se reúne e dá nomes bonitos
para essa reunião. Os temas estratégicos da empresa devem ser
discutidos com pessoas de níveis organizacionais diferentes, sem
melindres. Todos devem estar na mesma mesa para discutir o fu-
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turo da companhia.
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19. Segundo uma recente pesquisa realizada por Holly
Burkett, PhD pela Universidade de South Mississipi, os prin-
cipais motivos que geram burnout nos colaboradores são
(na seguinte ordem):
1. Carga de trabalho incontrolável; 2. Pressão de tempo irracional;
3. Comunicação de baixa qualidade dos líderes; 4. Reconhecimento
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ou recompensas insuficientes; 5. Ausência de apoio da liderança.
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21. Importância de criar um núcleo forte.
Líderes que vêm se destacando estão construindo um núcleo forte
de pessoas abaixo de si. Pessoas que muitas vezes se destacam
mais do que ele/ela mesmo. E isso é proposital. A frase dita para
fundamentar esta estratégia de liderança é de Steve Jobs. Em uma
oportunidade, um repórter perguntou a ele qual era o seu papel na
Apple. A resposta foi a seguinte. “Um músico toca um instrumento.
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Eu toco uma orquestra”.
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trabalho.
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24. Metaverso ainda é promessa na aprendizagem.
Dentre todas as centenas de sessões da ATD, a única empresa
que apresentou um case de solução de aprendizagem no metaver-
so foi a Accenture. Ela demonstrou como a tecnologia poderia ser
utilizada em um programa de onboarding. O metaverso é o cloud
há cinco anos ou a internet há 20 anos. Chegaremos lá, mas vai
levar um tempinho até fazermos esse tipo de experiência ser viá-
vel para a aprendizagem.
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25. Ferramentas de autoria facilitam e agilizam acessibili-
dade.
Algumas ferramentas vieram como destaque para criar materiais
de aprendizagem on-line, principalmente essas três: domin Know,
ONE, Storyline e Lectora. Se você nunca ouviu falar sobre elas, são
um recurso prático, mais rápido, responsivo (adapta o conteúdo ao
tamanho da tela reorganizando informações em ordem lógica de
forma automática) e com configurações para acessibilidade mais
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democráticas e abrangentes.
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27. Storytelling para tudo.
Comunicar, contar história, vender uma ideia, um projeto… para
tudo isso podemos usar técnicas e artifícios que o storytelling nos
traz, a fim de tornar mais atrativo e interessante o que queremos
oferecer. Para construir uma boa jornada, é preciso ter contexto,
personagem, problema e resolução. E, se tiver aquele fator surpre-
sa, o sucesso é garantido.
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Diversas palavras foram ditas
Tome
nas plenárias e palestras
dos Keynote speakers.
Seguem aqui algumas
nota:
buzzwords para entender
melhor o momento em que
vivemos. Algumas são bem
conhecidas, outras apontam
para onde as empresas
estão indo:
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9. EQUILÍBRIO ENTRE BRAND, 12. BURNOUT
CULTURE AND PURPOSE
Outra palavra citada por todos
Olhando as prioridades da em- os cantos como sendo a nova
presa, o processo de decisão es- pandemia pós-covid. Estudos pu-
tará cada vez mais centrado na blicados já mostram as principais
análise destes três aspectos para causas geradoras de burnout e
decidir investimentos: posiciona- líderes estão sendo avaliados se
mento de produtos, preço e até estão contribuindo para a gera-
da promoção de líderes. ção ou prevenção da doença.
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15. RE CULTURING 17. DEIB
Em um mundo completamen- Diversidade, equidade, Inclusão e
te transformado, que, no perío- Pertencimento. Não basta apenas
do pós-covid, passou pelo “The ter diversidade e inclusão. É pre-
Great ReSet”, “The Great Resig- ciso que oportunidades e espa-
nation”, “The Great ReShuffle” e ços igualitários sejam oferecidos
“The Great ReThink”, a única for- para que as pessoas tenham o
ma das pessoas estarem dispos- sentimento de pertencimento.
tas a enfrentar os desafios de
suas organizações é realmente
se conectarem com o propósito
do negócio. Por isso, repensar a
Alberto Roitman, Anderson Bars e Felipe
cultura ou fazer o “Re Culturing”, Bragatto, Chiefs do Armazém e Escola
é fundamental. do Caos durante a Atd22
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Competências que
mais ganharam
destaque:
1. Gestão da
complexidade
Com a realidade de transformação re-
corrente e o incremento constante de
um mundo “infoxicado” (intoxicação de
tanta informação), equipes passam a
ser preparadas para lidar com cenários
recorrentes de incerteza e tomada de
decisão com dados incompletos e im-
perfeitos.
2. Business, Technolo-
gy and learning Acu-
men (perspicácia)
Atenção crônica às oportunidades no
negócio, no desenvolvimento ou adap-
tação de novas tecnologias ou detec-
ção de novas necessidades de apren-
dizagem. A perspicácia diz respeito a
saber buscar informação crível e com
profundidade relevante para o desen-
volvimento.
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3. Autenticidade
Em um mundo onde as pessoas estão sendo
liberadas para trabalhar de casa, equilibra-
rem sua saúde com sua atividade profissio-
nal e revelarem seus propósitos de vida, não
existe mais espaço para incorporar um per-
sonagem no ambiente de trabalho. A auten-
ticidade passa a ser premissa para relações
genuínas.
4. Autoconsciência
Ter consciência de suas limitações, dos gati-
lhos que te tiram do prumo e até do que te
deixa feliz ou triste é fundamental. Os estu-
dos ampliados de Charles Duhigg, apresenta-
dos durante a ATD, mostram que é impossível
desenvolver qualquer competência sem antes
entender melhor como você se vê no mundo
e entender seu valor e suas limitações.
5. Disruption-ready
Competência voltada para identificar a faci-
lidade com que colaboradores e líderes lidam
e se adaptam rapidamente a cenários e si-
tuações disruptivas. Boa parte desta com-
petência está relacionada a comportamentos
voltados à forma como as pessoas enxergam
a importância da aprendizagem no ambiente
corporativo.
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As 5 palavras
do ATD 2022
1
Propósito
Humano
2
3 Burn
Out
Saúde 4
Mental
5
Diversidade
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Pessoas a
serem seguidas:
Thomas Stone
Baseball and business book
author; researcher and speaker
in the human resources industry
Linkedin «
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Livros para
ficar no radar:
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Armazém e Escola
do Caos na Atd22
O autor de best sellers, reconhe- Alberto Roitman ao lado do Spe- Os números da Atd22. Brasileiros
cido mundialmente, Jack Zenger, aker Tom Stone, do Institute for foram a 4a. maior delegação com
sendo tietado por Alberto Roitman. Corporate Productivity. 63 participantes.
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