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Índice
o projeto .................................................................................................................. 04
TIME DE PRIMEIRA .................................................................................................. 05
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O Projeto
Desde o início de suas atividades, há mais de 20 anos, a
ACAD Brasil tem por missão contribuir com o desenvolvimento
do setor nacional de fitness, apoiando negócios de academias em
todo o país. Este apoio tem se intensificado em função da crise
provocada pela pandemia de Covid-19, quando ficou compro-
vado em pesquisas científicas a essencialidade da atividade física
para a saúde da população mundial. Assim, nós, que atuamos na
Associação, colocamos ainda mais energia e dedicamos tempo ex-
tra na busca por soluções para que nossa retomada seja próspera.
Dentro desta perspectiva, nossa mais recente realização
foi a pesquisa “Na ACAD você tem voz”. A ideia era mapear os
principais desafios dos empresários. As perguntas focais foram:
(1) quais são os principais pontos de preocupação do empresário
brasileiro do fitness; (2) onde dedicaria tempo para desenvolver o
próprio negócio; (3) qual o nível de confiança do gestor no mer-
cado nacional de fitness.
As respostas mostraram o desejo do setor por mudanças e,
a partir dos resultados da pesquisa, a diretoria da ACAD Brasil
entendeu que era preciso gerar conteúdos que pudessem respon-
der sobre os pontos mais frequentes e sensíveis apontados pelos
gestores. Junto com consultores estratégicos, montamos um time
de primeira e produzimos uma série de seis videocasts, um e-book
com conteúdos e dicas dos especialistas, além deste livro, que será
entregue aos associados.
Aos empresários que responderam nossa pesquisa, aos di-
retores que foram “repórter por um dia” e fizeram entrevistas im-
perdíveis e à equipe da nossa Associação, que não para de produ-
zir, um agradecimento especial em nome de todo o setor.
Ailton Mendes
Presidente da ACAD Brasil
e CEO da AMS Xperience
Entrevistou os consultores Peter Thomas, sobre
A experiência do consumidor e o impacto na
retenção e Flavio Lima em Vendas: muito além
da conquista de novos clientes.
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Time de primeira
A ideia de realizar uma pesquisa e conhecer mais os asso-
ciados da ACAD Brasil parecia ótima. Faltava tirar o projeto do
papel. Desafio aceito, o presidente Ailton Mendes e os diretores
Monica Marques, Gustavo Borges, Filippe Savoia, além do empre-
sário Carlos Santos, forte apoiador Associação, cumpriram com
excelência a missão de gravar um bate-papo com cada um dos
especialistas, em formato de videocast, e de fazer entrevistas que
pudessem responder às perguntas dos associados e trazer conhe-
cimento e dicas práticas para os negócios de academias.
Monica Marques
Diretora da Cia Athletica, diretora da ACAD
Brasil e membro do conselho da IHRSA
Entrevistou a consultora Patricia Lobato, sobre
o tema Capacitação técnica: desenvolvimento
profissional e equipe motivada.
Gustavo Borges
CEO da Academia Gustavo Borges e diretor da
ACAD Brasil. Entrevistou o consultor Marcelo
Egéa, no tema Gestão de Pessoas e Liderança: o
que pode fazer a diferença.
filippe savoia
CEO da Bluefit Academia e diretor da ACAD
Brasil. Entrevistou o especialista Gustavo
Madeira, no tema Lucratividade é a alma do
negócio.
Carlos Santos
CEO da Academia Califórnia
Entrevistou o consultor Fabio Uliana, sobre
Marketing exponencial: sua academia cheia de
clientes.
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LUCRATIVIDADE
É a alma do negócio
Gustavo Madeira
Gestor de academia desde 1995. CEO da
SHIFT Fitness. Por dez anos foi consultor
de negócios de fitness. Formado em
Educação Física, pós-graduado em Fisiologia
do Exercício, MBA em Marketing e MBA
em Liderança e Gestão Organizacional.
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O mercado tem tantas opções que só não vai conseguir ter lucrati-
vidade aquele que não reposicionou o seu negócio.
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ca unidade. A rede pode ser uma solução vantajosa, pois boa parte
do que precisa ser pensado, definido e posto em prática já está pron-
to, o que dispensa algumas etapas.
Caso a academia não esteja dentro de uma rede, e mesmo
que seja só uma sala de 100m2, é fundamental que se tenha um bom
projeto de arquitetura, se possível feito por um arquiteto especializa-
do em fitness. Um design bonito e funcional, com espaços bem di-
mensionados, com tamanhos ideais para recepção, banheiros e áreas
úteis de treino. Ter o cuidado de calcular o custo-benefício também
na escolha dos materiais. Uma dica é ter linhas de financiamento
para obra e esticar os pagamentos com fornecedores, deixando par-
celas a vencer quando a academia estiver funcionando e faturando.
Pagar parte da obra e dos equipamentos quando a academia já tiver
um fluxo de caixa é uma boa estratégia e pode significar mais inves-
timento em marketing, para trazer mais alunos para a academia.
“Eu tinha um sobrado em um terreno bem localizado, cheio
de prédios residenciais crescendo em volta, mas eu não tinha dinhei-
ro para fazer a obra. Montei uma tenda de pré-vendas, coloquei uma
maquete física e uma virtual, com tour da futura academia e comecei
a vender pacotes de cinco anos para uma academia que nem tinha
começado as obras ainda. Vendi e consegui pagar parte da obra com
essa pré-venda. A gente tem que ser criativo, principalmente quando
não tem caixa.”
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ticket médio e oferecer benefícios aos primeiros clientes, aqueles que
se comprometerão a ficar antes mesmo de a academia abrir as por-
tas. Uma dica é criar um evento, que gere um burburinho de pessoas
falando da academia e gerar o desejo do aluno participar daquele
grupo. Encher uma academia requer estratégias.
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espaço podem diminuir o CTO. Outro indicador é a folha de paga-
mento. Hoje em dia, há diversas tecnologias para manter um atendi-
mento de excelência com uma equipe mais enxuta, como aplicativos
que mostram o melhor uso de um equipamento, diminuindo a de-
manda do aluno pelo professor. Também é importante fazer a gestão
de treinos coletivos, observar se tem poucos alunos, fazer campanha
para atrair novos, validar se um treino faz sucesso ou não. Em uma
academia low cost, as coletivas são importantes para, no horário de
pico, tirar o aluno da musculação.
Algumas estratégias podem contribuir para garantir a lu-
cratividade, como aumentar o ticket médio. Quando se vai a uma
lanchonete fast-food é comum a atendente dizer: “deseja fritas para
acompanhar o seu sanduíche e um sorvete de sobremesa, senhor?”
Oferecer produtos e serviços agregados é uma forma de aumentar o
ticket médio e consequentemente a lucratividade do negócio.
O caminho é este: investimento em marketing que gere vi-
sitas; equipe de vendas que gere conversão; oferta de serviços agre-
gados que aumentem o ticket médio. Sempre observando os indi-
cadores, para ver se eles apontam para uma boa performance em
cada etapa. Com o mapeamento dos indicadores, é mais fácil achar o
gargalo do negócio para poder fazer os ajustes.
Compartilhando os números
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tividade depende de cada um e que impacta no sucesso individual
e coletivo da empresa? O passo inicial é criar uma cultura de time
dentro da empresa. Uma estratégia interessante para envolver e com-
prometer a equipe é criar uma competição entre as pessoas do time,
com metas e recompensas que façam valer a pena ir além das obri-
gações previstas em contrato. A empresa cresce, mas cada uma da
equipe cresce junto e é devidamente reconhecido.
Dicas do especialista
1. Antes de abrir um negócio próprio, vale a pena trabalhar em uma
academia, ver quais são os desafios e que soluções já existem.
4. Para quem dispõe de mais capital para investir, uma opção é ser
um franqueado, comprando soluções prontas e de sucesso, sem que
seja preciso testar modelos próprios.
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A experiência
do consumidor e
o impacto na retenção
Peter Thomas
Profissional dedicado à tecnologia, fitness
e serviços que transformam. É empresário
de academia desde 2002 e em 2013 entrou
no mercado de tecnologia, passando
a fazer parte do grupo Tribes. Hoje, é
Gerente geral da EVO-W12, no Brasil.
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É impressionante o quanto uma academia pode crescer quando o
gestor olha para CS sem precisar vender, vender e vender...
CAC: quanto custa trazer o cliente > LT: quanto este cliente
permanece matriculado na academia > LTV: quando este cliente
dá de retorno em R$ neste tempo.
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Se a academia tem uma política de CS, há uma grande
chance de manter o cliente matriculado (LT). Quando o tempo de
permanência do cliente vai de 10 para 15 meses, a academia fatura
com ele R$1.800,00 ao invés dos R$ 1.200,00 do exemplo dado. A
mágica é essa: o CAC não muda, mas o valor que esse cliente deixa
para o negócio muda o faturamento e crescimento do negócio.
É preciso estar atento a uma possível armadilha: quando se
vende um plano anual, o gestor pode estar colocando uma data para
que ele vá embora da academia. Nenhum outro mercado de serviços
estipula uma data para terminar uma relação comercial. Só as acade-
mias usam essa prática e muitas ainda com cheques pré-datados. Isso
coloca a inércia da relação comercial a favor do cliente: se o cliente
não faz nada e o gestor também não, ele deixa de ser cliente.
Quando a academia adota um sistema de Venda em Recor-
rência ou plano com renovação automática — como é praticada por
serviços de streaming — não precisará manter equipe de vendas para
renovar planos, gastar com comissão, baixar o preço ou aumentar
mais CAC com esse processo. E o melhor: a relação não terá data
pré-definida para acabar, o que consequentemente aumentará o ga-
nho deste cliente para o negócio ao longo do tempo.
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Três cenários mostram a relação da evasão com o faturamento.
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As academias precisam olhar para cada cliente, acompanhar
a evolução dos resultados, fazer os ajustes necessários e entregar
aquilo que o cliente foi buscar ali. Criar uma experiência memorável
faz parte desta entrega, mas o foco no resultado, se o cliente que que-
ria emagrecer conseguiu emagrecer é o que vai fazer toda a diferença
para que ele fique naquela empresa.
Dicas do especialista
1. Escolha uma pessoa do seu time para assumir o CS e faça toda a
equipe entender a importância, pois CS é cultura de um negócio.
Começe com 1 pessoa, monte um time e depois faça virar cultura.
3. Mostre ao cliente como ele está e onde vai chegar. Você precisa
mostrar o resultado.
8. Empodere seu líder de CS, assim como o líder de vendas tem poder
no seu negócio. Desenvolva a confiança da equipe de CS e, depois, de
todo o time da academia, e assim criar essa cultura em seu negócio.
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Marketing
exponencial
sua academia cheia de clientes
Fabio Uliana
Especialista em Estratégia de Negócios
e Marketing Exponencial. Formado
em Administração de Empresas, com
experiência em Gestão de Negócios e
Marketing. Fundador das agências Pimenta
Digital e Código Oito Negócios Estratégicos.
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forte audiência para vídeos produzidos pelo celular. É preciso apro-
veitar as inúmeras oportunidades que o marketing digital oferece.
Com apenas R$50,00, é possível fazer uma ação que trará impacto
para um negócio de academia.
Dentro de tudo que está disponível no mercado, o marketing
exponencial tem como foco potencializar o negócio. Esta inteligên-
cia não pode ficar só na mão das agências. Os profissionais de social
media e de marketing são bem-vindos (e muito importantes) para
operacionalizar as estratégias. Mas é o dono da academia que deve
olhar para o marketing, para a inteligência do seu próprio negócio e
definir os rumos. Quanto mais o empresário dedicar tempo do seu
dia a dia para a operação, menos o negócio vai crescer.
“Quantos posts nós vamos pôr no Instagram por semana?
Com marca d’água da logo? Qual é a paleta de cores?”, não que estas
questões não tenham importância, mas elas são do operacional, do
“como fazer” e não são “o que fazer”, não são a estratégia digital, que
é o que faz toda a diferença. As perguntas que devem ser feitas são:
“quantos clientes a academia precisa conquistar?” Ah, 10 clientes por
semana. “E qual a taxa de conversão?” É 50%. Então, se a academia
precisa receber pelo menos 20 visitas esta semana, precisa de vinte
pessoas. “E como conseguir essa visitação?” Assim se começa uma
discussão de negócios, para que seja possível pensar estratégias de
potencializar os indicadores vitais do negócio através do marketing.
Como construir uma estratégia de marketing para que a aca-
demia tenha mais clientes todos os dias? O primeiro passo é adotar a
campanha por geolocalização. Dentro das ferramentas de impulsio-
namento do Instagram e do Facebook, é possível atribuir um pino de
localização da academia e a partir daí fazer campanhas, nos stories
ou no feed, que vão atingir diretamente as pessoas do entorno da
academia. Isso permite que seja feita uma comunicação geolocali-
zada, para que a academia se torne uma referência, a top of mind,
daquela região. As pessoas do entorno começam a ver as postagens
da academia, que passam a aparecer o tempo todo. Gravar um ví-
deo convidando esse possível cliente a experimentar gratuitamente
uma aula coletiva é uma estratégia de marketing matadora. Com um
investimento de R$100,00, é possível rodar dez dias de campanha
convidando vizinhos para aula experimental.
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Entre o on-line e o off-line
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deixe de treinar e cuidar de sua própria saúde. A ideia do marketing
de conversa é criar uma relação semanal com essas pessoas. Também
é importante criar conteúdos sobre saúde, fitness e nutrição.
Já está claro que o comportamento mudou e, também, as for-
mas de comunicação. O gestor de academia precisa entender quais
são as novas demandas e olhar para o verdadeiro dono do seu ne-
gócio: o cliente. É preciso entender muito bem a tribo para qual se
vende, suas motivações, as barreiras que dificultam o treino, os dese-
jos, os resultados esperados. Entender seu público permite encontrar
pistas para novas fontes de monetização. Novas formas do negócio
ganhar dinheiro, de trazer clientes, de oferecer produtos e serviços,
novas formas de vender. As fontes de monetização que nascem a par-
tir de um desejo ou de uma necessidade dos clientes são muito mais
fortes e têm mais chances de sucesso.
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que a alta taxa de estresse provocada pela pressão da liderança pode
ser amenizada pela prática de atividade física? E que basta meia hora
por dia, três vezes na semana para que ele treine e tenha mais saúde,
mais concentração, mais disposição para enfrentar a rotina pesada
de executivo?
O dono de academia precisa gerar mercado. Mais de 95% da
população brasileira está fora das academias. É o público inconscien-
te que precisa ser despertado quanto à importância da atividade físi-
ca para a saúde. Vale a pena fazer uma campanha de conscientização,
de utilidade pública, para conscientizar as pessoas.
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Dicas do especialista
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Vendas
Muito além da conquista
de novos clientes
Flávio Lima
Graduado em Educação Física e
especializado em Gestão e Treinamento
de Equipes Comerciais. Atua no
mercado de academias desde 1986
e como consultor desde 2001. Sócio
Proprietário da AquaFan. Palestrante
em convenções e eventos de fitness.
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O mercado brasileiro de fitness foi construído por uma
imensa maioria de micro e pequenas empresas, que têm à frente um
profissional de Educação Física que está em sala de aula, no salão
de musculação, e não faz ideia de como fazer uma gestão comercial
estratégica. Essa realidade vem sendo mudada, mas ainda há muito a
ser feito para virar essa chave. Olhando para as vendas, a maioria dos
gestores ainda tem uma gestão comercial reativa — se naquele mês
vendeu bem, que ótimo. Se no outro começou a chover, esfriou, as
vendas caem e é isso. “Vamos baixar os preços”.
Quando se vende um serviço, um dos principais cuidados
que se deve ter é alinhar as expectativas. Se a academia precifica seu
serviço, sua entrega, sua solução, por R$80,00 mensais, o que ela
é capaz de entregar por esse valor? O que é possível entregar com
qualidade para que seu cliente fique satisfeito? É preciso alinhar a
entrega à expectativa e a precificação faz parte desta conta. Muitas
academias, ao estabelecerem sua precificação, olham para o vizinho,
a concorrência, e não olham para dentro, não defendem o que en-
tregam e não percebem que às vezes é possível mostrar que a sua
solução é muito boa e por isso pode custar mais do que a do vizinho.
Nessa conta, tem que entrar toda a sua confiança na solução que a
academia entrega e as respostas para: “qual é o meu custo?”; “quanto
eu tenho que ganhar?”; “qual é a minha margem de lucro?”, a partir
daí, é possível fazer a precificação dentro da realidade da empresa e
alinhada à entrega para o cliente.
É preciso olhar para o modelo de negócio no qual a academia
se baseia, porque, diferente das grandes redes que são extremamente
sistematizadas e feitas para atender muita gente, com baixo custo,
as academias tradicionais, que têm o professor como empreendedor,
podem entregar uma outra solução, para um outro nicho, um pú-
blico que deseja consumir algo que não é o modelo low-cost. E tudo
isso precisa ser precificado. Nem sempre as pessoas compram o mais
barato, mas compram aquilo que desejam, que necessitam, o que é
solução para elas. Quando a academia faz a venda entendendo que
pode cobrar mais porque entrega mais, e a solução entregue ao clien-
te está alinhada à expectativa dele, é mais fácil vender.
Quando se esculta o cliente e se entende a necessidade dele,
é possível fazer a entrega perfeita! Voltando à máxima: para vender é
preciso construir relacionamentos.
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Um dos grandes desafios das academias está na cultura da
empresa. Fazer com que o time todo entenda o valor da entrega da-
quele negócio; o quanto a solução que a academia oferece está ali-
nhada aos desejos e necessidades daquele público para o qual ela
vende. A academia não vende apenas um pacote de treino. Vende um
conceito, um estilo de vida, um comportamento. Vende saúde. Tem
muito valor nessa entrega. Para vender, é preciso ter um time muito
bem treinado. Não só o time de vendas, mas toda a equipe, cada uma
das pessoas que trabalha na academia, porque é preciso que a venda
esteja ligada à construção de relacionamentos e isso se faz com equi-
pe: pessoas atendendo pessoas, ouvindo pessoas e mostrando a solu-
ção para as pessoas. O treinamento deve ser feito com metodologia e
estratégia, assim estando alinhado à cultura da empresa.
As etapas da venda
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outras academias que eu gostaria de conhecer”. Lembre-se de que a
sua academia tem a solução!
6. Conversão — momento da tomada de decisão. Tenha em
mãos o material para o fechamento do contrato; preencha a docu-
mentação; certifique-se do valor acordado; dê boas-vindas; ofereça
convite a um amigo.
7. Acompanhamento da entrega — monitore a jornada do
cliente; acompanhe os objetivos e as soluções que a academia ofe-
receu; comemore suas conquistas; escute o cliente e garanta que ele
esteja feliz!
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Dicas do especialista
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Capacitação técnica
desenvolvimento profissional e
equipe motivada
Patricia Lobato
Consultora de Gestão Técnica, com 30
anos de mercado. Palestrante no tema
Saúde Preventiva através do Exercício.
Graduada em Educação Física; pós-
graduada em Ciências da Atividade Física,
Saúde e Envelhecimento. Fundadora e
Diretora Técnica da Fitness & Solutions.
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Desde o momento do recrutamento, o gestor da academia já
se conecta com perfis diferenciados. Durante o processo seletivo, é
possível filtrar os perfis que têm mais similaridade com a empresa,
com o seu negócio de academia e com aquela vaga específica. Esco-
lher a pessoa mais adequada para cada função pode ser um primeiro
passo para criar engajamento e conquistar os resultados esperados.
O segundo passo é garantir um processo de integração que permita
que a pessoa que acaba de chegar ao time entenda o que a empresa é
e o que precisa que este profissional entregue.
Cada profissional melhor preparado contribui para o
desenvolvimento do mercado, é capaz de entregar
um serviço de mais qualidade para a população e, assim,
toda a sociedade sai ganhando.
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luntários vem chamando atenção nos EUA: somente no último mês
de março, cerca de 4,5 milhões de americanos saíram dos empregos.
No Brasil, de acordo com o IBGE, mais de 600 mil trabalhadores se
demitiram, o que representa um aumento de 37% em comparação ao
mesmo mês do ano passado. A necessidade de procurar uma ativi-
dade que proporcione maior realização pessoal é um motivador que
leva os profissionais a pedirem demissão.
As academias que conseguem transmitir aos colaboradores
o propósito da empresa, que desde o recrutamento mostram que
têm um plano de desenvolvimento de pessoas é mais atrativa como
empregador, pois agrega valor ao cliente interno. Estratégias de ca-
pacitação em novos projetos, em inovação, mantêm o colaborador
desafiado e integrado às políticas da empresa.
O serviço entregue pelas academias está relacionado a víncu-
lo humano e, independentemente da formação, o profissional precisa
estabelecer vínculos com os clientes, uma vez que está ali para cuidar
dele, especialmente no caso do profissional de Educação Física, que
vai atender os clientes nas aulas coletivas e nas atividades físicas in-
dividuais. Neste sentido, é fundamental que o gestor defina qual é o
padrão de atendimento da sua academia e o padrão de aplicação de
aula. Se isto não estiver bem definido e comunicado à equipe, cada
professor fará a entrega de um jeito (com suas próprias crenças e há-
bitos que trazem de outra academia na qual trabalharam), deixando
a própria marca e não a marca da academia. Esse padrão que a aca-
demia precisa estabelecer deve estar baseado em premissas técnicas
e lastreado, também, por detalhes de atendimento.
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4. Agir — é como a empresa faz o atendimento, o acolhimento, onde
a conexão humana se realiza.
Se o time foi capacitado, pode ser mais facilmente avaliado,
de acordo com o que a empresa mapeou. Assim, é possível fechar o
ciclo de PDCA.
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A combinação do uso de ferramentas tecnológicas com ex-
celente atendimento humano, com motivação, com energia, é o que
pode fazer toda a diferença no negócio de academias.
Tendo em vista que o figital (fusão entre as palavras físico e
digital) é uma tendência mundial, uma nova abordagem para que
as empresas ofereçam experiências memoráveis aos clientes, as aca-
demias não podem ficar de fora e oferecer opções híbridas de servi-
ços é fundamental. Existe uma geração que já nasceu no digital e as
academias precisam oferecer o maior número de possibilidades para
manter as pessoas em atividade.
Dicas da especialista
1. Mapear as necessidades — é importante ter claro quais são as ne-
cessidades de desenvolvimento da equipe, que devem estar alinhadas
às da empresa.
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gestão de pessoas E
liderança
o que pode fazer toda
a diferença?
Marcelo Egéa
Formado em Psicologia, com Pós-graduação
em Gestão Industrial. Coach pelo Neuro
Leadership Group. Tem mais de 30 anos de
experiência em Recursos Humanos, tendo
atuado em empresas como Alpargatas,
Blockbuster e Merrill Lynch. É CEO da
consultoria SerTotal.
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ele. Assim, é possível conhecer melhor a pessoa, sabendo o que ela
entende por limite e respeito — o que sempre varia de cultura para
cultura, e de pessoa para pessoa. Em suma, para que serve o ouvir
ativamente? Para entender o que o outro quer. Quando se ouve ativa-
mente, a outra pessoa sente que você se importa, porque está doando
o seu tempo.
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Liderança situacional
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Os quatro passos da gestão de pessoas
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Dicas do especialista
1. Deixe claro para cada uma das pessoas do time quais são as regras
do jogo; quais são os princípios da sua empresa. Assim, as pessoas
poderão arriscar sem medo e oferecer o que têm de melhor. Iniciati-
va, criatividade e ousadia dependem de segurança.
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Expediente ACAD Brasil
Presidente:
Ailton Mendes (AMS Xperience)
Vice-presidente:
Edgard Corona (Bio Ritmo/Smart Fit)
Diretores:
Monica Marques (Cia Athletica)
Gustavo Borges (Academia Gustavo Borges)
Fernando Sassen (Ipanema Sports)
Flavia Fonseca (Grupo Bodytech)
Filippe Savoia (Bluefit Academia)
Conselho Fiscal:
Richard Bilton (Cia Athletica)
Marcelo Ferreira (Personal Acqua Center)
Felipe Malburg (Academia Gustavo Borges)
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