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REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS
Rita de Cassia Oliveira Maciel
REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Revisor
Renato Traldi Dias
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-5903-054-5
CDD 331.21
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/2786
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
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REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS
SUMÁRIO
Plano de cargos e salários ___________________________________________ 05
Remuneração estratégica____________________________________________ 56
4
Plano de cargos e salários
Autoria: Rita de Cassia O. Maciel
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
5
1. Planos de cargos e salários, conceitos e suas
etapas de implantação
6
trabalho, com seus empregados comparando-se com ocupantes de
cargos similares de outras organizações do mesmo segmento.
• Descrição.
• Especificação.
• Titulação.
• Catálogo.
7
Pesquisa salarial. • Escolha dos cargos.
• Tabulação de dados.
• Definição de Salários.
• Reavaliação de cargos.
• Reajustes salariais.
• Composição da remuneração
(salário + benefícios).
8
Segundo a análise do Quadro 1, na etapa de planejamento e divulgação
do plano de cargos e salários, verificando-se as fases importantes do
processo, é necessário que sejam realizadas reuniões de alinhamento
na empresa, com as gerências de recursos humanos envolvidas no
plano de cargos e salários, para que sejam expostos todos os detalhes
da proposta de implantação, bem como a divulgação do mapeamento
dos cargos para toda a organização. Na divulgação, todos os envolvidos
direta ou indiretamente no processo de implantação, de funcionários
a gestores, deverão estar cientes das mudanças advindas do plano
estabelecido.
9
e operacionais. Essa etapa, determinará quais serão os requisitos
relevantes ou não para certo cargo, quando da sua criação.
10
traços da cultura a qual está condicionada e, ainda, a sua dinâmica no
dia a dia, como também as funções exercidas pelos seus funcionários.
Missão: Criar e gerar riqueza para nossos clientes e comunidade por meio
de assessoria especializada, transparente e responsável, cumprindo o
dever fiscal e a responsabilidade social.
11
como principal indicador do nosso desempenho a satisfação dos clientes.
(DIBRAN DTVM, 2020, [s.p.])
12
A forma pela qual estamos habituados a compreender as tarefas das
pessoas dentro da empresa é chamada de cargo, e nele, devemos incluir
todas as informações essenciais tais como: a área a que pertence, as
atividades pertinentes, as atribuições específicas etc.
13
atividades formais, as prestações ditas “in natura” que a própria CLT
deixa bem claro no art. 458.
14
para o mapeamento das descrições necessárias das atividades que
comporão o cargo em toda a sua totalidade.
15
mercado, por meio de jornais, revistas, relatórios de consultorias e
órgãos especializados, exercer atividades de captação e manutenção de
clientes, atendendo às suas necessidades e orientando-os com relação
às aplicações e momentos adequados; gerenciar posições, permitindo
trocas de valores expressos em moedas (TRABALHA BRASIL, 2020, [s.p.]).
16
movimentações de cargos e/ou níveis, com faixas de referências salariais
para cada cargo/nível, observadas a equidade interna e o equilíbrio com
o mercado.
- Responsabilidades.
17
em fatores como o nível de escolaridade do ocupante, experiência,
complexidade das tarefas, responsabilidades etc., que deverão ser
previamente definidos e subdivididos em graus e/ou pontos, de acordo
com as necessidades da empresa.
Após definição dos graus e dos pontos, os cargos devem ser agrupados
para que os pontos de cada grupo sejam apurados, sempre observando
as necessidades da empresa.
Ajudante A 10 A 5 A 5 A 10 30
geral
18
Aux. B 20 B 10 B 10 B 15 55
administrativo
Aux. jurídico C 30 C 20 C 15 C 25 90
Aux. câmbio C 30 C 20 C 20 C 25 95
Op. câmbio JR C 30 D 30 D 30 D 30 120
Op. câmbio PL C 30 D 30 D 30 E 35 125
Op. câmbio SR D 40 E 40 E 40 F 40 160
Sup. jurídico E 70 G 70 G 70 G 70 280
Sup. E 60 F 60 F 60 F 60 240
administrativo
Supervisor E 80 G 80 G 80 G 80 320
câmbio
19
Portanto, como forma de garantir uma boa implantação, faz-se
necessária a participação destas gerências. Desta maneira, a área de
Recursos Humanos terá garantido um apoio muito importante durante
as etapas de elaboração do programa, garantindo uma aderência mais
condizente com as necessidades da organização.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério do Trabalho. Código Brasileiro de Ocupações. Disponível em:
https://empregabrasil.mte.gov.br/76/cbo/. Acesso em: 21 set. 2020.
BARROS, Eduardo. Remodelando a estrutura organizacional de modo eficaz. 1.
ed. [s.l.]: MyEbooks, 2019.
DIBRAN DTVM. Disponível em: https://www.dibran.com.br. Acesso em: 21/09/2020.
LOURENÇO, Joaquim C. Salários, Remunerações e o Mercado de Trabalho no
Brasil: transformações e tendências atuais de carreiras, perspectivas e salários.
Edição do Kindle, 2018.
NASCIMENTO, Luiz P. do. Administração de Cargos e Salários. São Paulo: Pioneira,
2001.
PASCHOAL, Luiz. Administração de Cargos e Salários. Rio de Janeiro:
QUALITYMARK, 2010.
PONTES, Benedito R. Administração de Cargos e Salários. Carreiras e
Remuneração. 16. ed. São Paulo: LTR Ltda, 2013.
SALLES, Carlos A. de C. Cargos, Carreiras e Salários–Práticas e Técnicas de
Gestão. Guia do Analista. São Paulo: Edição do Kindle, 2019.
SARAIVA EDITORA. CLT – Saraiva Acadêmica e Constituição Federal. 37. ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
SOUZA, M. Z. A. S., Cargos, Carreiras e Remuneração. São Paulo: FGV, 2005.
TRABALHA BRASIL. Salário de operador de câmbio. Trabalha Brasil, [s.l.], [s.d.].
Disponível em: https://www.trabalhabrasil.com.br/media-salarial-para-operador-de-
cambio. Acesso em: 25 ago. 2020.
20
Pesquisa salarial e estrutura de
cargos
Autoria: Rita Maciel
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
21
1. Noções relevantes para a elaboração da
pesquisa salarial
Outro fator que deve estar bem claro é o salário a ser adotado que
pode ser fixo, variável, bônus, comissão, adicionais, entre outros.
Porém, independentemente de qual salário for adotado, ele deve
sempre atentar às leis e regras aplicáveis, a exemplo da Constituição,
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e convenções coletivas (acordos
entre sindicatos de trabalhadores e sindicatos patronais).
22
Piso salarial
[...]
23
Quadro 1 – Exemplo base Tabela de Salários Área de Ensino 2020
CBO Cargo Jornada Salário Piso (R$)
Hora-
Aula
331205 Professor de ensino 25 17,73 2.327,06
fundamental - séries iniciais.
331205 Professor de ensino 25 18,65 2.337,81
fundamental - primeira à
quarta séries.
233110 Professor de ensino 11 26,02 1.502,66
profissionalizante ensino de
nível médio.
Fonte: adaptado de SIEEESP (2019).
24
e do setor de mercado em que atua (âmbito externo), objetivando um
equilíbrio salarial.
25
Quadro 3 – Tipos de salários
Tipo de Descrição
salário
Também conhecido como salário contratual, que é pago
pelo empregador, é utilizado como base para os mais
variados cálculos legais das verbas trabalhistas devidas,
e como referência para o pagamento do profissional de
Salário-base
classe.
Ele é fixado por lei; valor mínimo a ser recebido pelo
empregado para jornada mensal de 220 horas, sendo
Salário- corrigido anualmente pelo governo.
mínimo
Piso salarial/ Valor determinado pela categoria do empregado e/ou
salário pela atividade econômica da empresa a qual está ligado.
normativo O piso é previsto em dissídio, norma ou acordo coletivo
(sindicato).
É exclusivo de algumas categorias dos profissionais
liberais tais como: médicos, enfermeiros, farmacêuticos,
Salário advogados, dentistas, engenheiros, entre outros. São
profissional instituídos por legislação que regulamenta a profissão.
26
Também conhecido como salário flexível, é o pagamento
do salário fixo mais a soma de outros tipos de
Salário pagamentos que podem ser: comissões, premiações,
variável bônus, incentivos entre outras valores.
Fonte: adaptado de Lourenço (2018).
27
vezes. Pontes (2013) acrescenta que, para definir o salário de um cargo,
é necessário identificar em sua descrição (especificações exigidas) as
atividades e responsabilidades de quem eventualmente o ocupará, bem
como quais serão as suas tarefas e como elas serão desempenhadas.
Desta análise, resultará uma classificação por pontos.
28
Quadro 4 – Fator escolaridade
Nível Descrição Pontuação
A 1º grau completo. 10
B 2º grau completo. 20
C Cursando formação universitária. 30
D Formação universitária. 40
E Formação pós-graduação. 50
Fonte: adaptado de Lourenço (2018), Moreno (2014) e Pontes (2013).
29
as situações que serão pertinentes ao cargo para que ele possa conduzir
o seu trabalho.
administrativo
Aux. jurídico C 30 C 20 C 15 C 25 90
Aux. câmbio C 30 C 20 C 20 C 25 95
Op. câmbio JR C 30 D 30 D 30 D 30 120
Op. câmbio PL C 30 D 30 D 30 E 35 125
Op. câmbio SR D 40 E 40 E 40 F 40 160
Sup. jurídico E 70 G 70 G 70 G 70 280
Sup. E 60 F 60 F 60 F 60 240
administrativo
Supervisor E 80 G 80 G 80 G 80 320
câmbio
30
considerados os salários adotados pela empresa como o salário fixo
que venham a premiar ou recompensar o ocupante do cargo pelo seu
desempenho na contribuição no alcance dos resultados.
Com a definição dos pontos e níveis para cada cargo, será possível
montar a tabela salarial com base em nos salários internos praticados
na empresa, conforme descrito no Quadro 8.
31
dos demais, será necessário ajustar as tabelas salariais, que devem ter
“estepes” salariais, que servirão como base para administrar os salários
de cada empregado da empresa.
Em relação aos estepes que podem ser definidos como o nível inicial
para ingresso no cargo, o ponto médio e o ponto máximo, como um
acréscimo na carreira horizontal, ou seja, o empregado permanecerá
com o mesmo cargo, porém, como teve um desempenho superior à
sua posição, receberá um acréscimo que pode variar entre o médio e o
máximo.
32
Ponto de atenção: para o cálculo referente ao ponto médio e ao ponto
máximo, é necessário utilizar fórmulas estáticas das faixas salariais, ou
seja, distância entre o início e o fim da faixa salarial.
2. Pesquisa salarial
33
2.2. Etapas de elaboração da pesquisa salarial
• Planejamento da pesquisa;
• Coleta de dados;
• Tabulação;
• Relatório final;
34
a atenção a estes parâmetros, os dados produzidos podem não ser
satisfatórios e até poderão interferir nos resultados.
Por outro lado, o analista irá avaliar os dados retornados, que permitirão
uma visualização flexível dos relatórios acordados. Para que as análises
sejam feitas de forma eficiente, é necessário utilizar alguns parâmetros
que balizam todo trabalho. São eles:
35
-Remuneração.
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Quadro 11 – Visão geral dos salários por cargo, pagos pelas
empresas pesquisadas
Cargo Emp. Emp. 2 Emp.3 Emp.4 Emp.5 Emp.6 Emp.7 Emp.8 Emp.9
1 883 798 856 850 707 893 901 915 801
2 1.097 1.060 1.089 1.200 1.100 1.085 998 1.350 1.112
3 1.694 1.700 1.600 1.697 1.521 1.578 1.598 1.718 1.750
4 1.355 1.400 1.389 1.352 1.367 1.704 1.400 1.412 1.401
5 1.673 1.700 1.536 1.698 1.567 1.678 1.801 1.698 1.715
6 2.066 2.108 2.230 2.098 2.200 1.987 1.901 2.108 2.066
7 2.533 2.600 2.450 2.634 2.578 2.698 2.540 2.501 2.612
8 3.797 3.840 3.689 3.812 3.789 3.701 3.900 3.800 3.756
9 4.380 4.450 4.412 4.401 4.567 3.987 4.202 4.370 4.652
10 6.632 6.967 7.020 7.102 7.809 6.567 6.956 7.000 6.498
Fonte: elaborado pela autora.
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Referências Bibliográficas
LOURENÇO, Joaquim C. Salários, Remunerações e o Mercado de Trabalho no
Brasil: transformações e tendências atuais de carreiras, perspectivas e salários.
Edição do Kindle, 2018.
MORENO, Amanda l. Administração de cargos e salários. Curitiba. Editora
InterSaberes, 2014.
NASCIMENTO, Luiz P. do. Administração de Cargos e Salários. São Paulo. Editora
Pioneira. 2001.
PASCHOAl, Luiz. Administração de Cargos e Salários: manual prático e novas
metodologias. Rio de Janeiro: Qualitymark. 2007.
PICARELLI FILHO, V.; WOOD JR., T. Remuneração e Carreira. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2004.
PONTES, Benedito R. Administração de Cargos e Salários. Carreiras e
Remuneração. 16. ed. São Paulo: LTR Editora Ltda, 2013.
SALLES, Carlos A. de C. Cargos, Carreiras e Salários - Práticas e Técnicas de
Gestão: Guia do Analista. São Paulo: Edição do Kindle, 2019.
SÃO PAULO. Convenção Coletiva dos Bancários 2018/2020: https://spbancarios.
com.br/cct-acordos-coletivos/convencao-coletiva-20182020. Acesso em: 5 set. 2020.
SÃO PAULO. Convenção Coletiva dos Professores. Disponível em: https://www.
sieeesp.org.br/sieeesp2/uploads/convencao_coletiva/2019-2021/Professores%20
FEPAAE/CCT%20SIEEESP-SINPRO%20INTERIOR%20prof%202019-21%20_1_.pdf.
Acesso em: 5 set. 2020.
38
Tipos e sistemas tradicionais de
remuneração
Autoria: Rita de Cassia Oliveira Maciel
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
• Apresentar os conceitos de salário e remuneração.
39
1. Conceitos de salário e remuneração
Ainda citando o art. 458, o segundo parágrafo diz que não é considerado
como salário ou parte do salário os acessórios que são utilizados pelo
colaborador no local de trabalho tais como: vestuário e equipamentos; a
educação fornecida pela empresa; o valor gasto para o deslocamento do
colaborador para ir e voltar para o trabalho e sua residência; assistência
40
médica e odontológica; seguros de acidentes pessoais e de vida; e
previdência privada.
41
Salário
profissional É o salário-mínimo obrigatório para determinados
grupos de profissionais ligados a categorias
específicas, como: industriais e regiões que
executam atividades e tarefas regulamentadas. São
determinados pelo sindicato dos trabalhadores, por
acordos e convenções coletivas de trabalho.
42
a. Remuneração
43
A Figura 1 apresenta os componentes da remuneração fixa, como
salário, abonos, benefícios e eventuais bônus.
b. Benefícios
Dentre os elementos que compõem uma remuneração estão os
benefícios considerados pelas empresas, e que têm como função
satisfazer algumas das necessidades de seus colaboradores, bem
como contribuir com sua qualidade de vida. A remuneração por meio
do pagamento de benefícios, pode ser considerada como apoio ao
colaborador que, porventura, não tenha acesso a esse(s) benefício(s) de
outra forma (WOOD; PICARELLI, 2004).
44
Carrion (2008) discorre sobre os benefícios obrigatórios, que são os
determinados por lei, e que podem ser regidos pela CLT (Convenção das
Leis Trabalhistas) ou por convenções coletivas de trabalho. Há benefícios
mais comuns concedidos à maioria dos funcionários contratados sob o
regime da CLT, sendo eles:
• Férias remuneradas.
• 13° salário.
• Seguro-desemprego.
• Auxílio-doença.
• Auxílio creche.
• Salário família.
• Adicional noturno.
• Horas extras.
• Aviso-prévio.
• Vale-transporte.
• Vale alimentação.
• Vale mercado
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Já os benefícios espontâneos são todos os que não estão previstos
e exigidos por lei. Alguns benefícios, como o vale alimentação e o
vale-refeição, desde que não sejam exigidos pelos sindicatos, podem
ser considerados, também, como espontâneo acordo pela empresa.
Adotar benefícios que vão além dos legais, poderá fazer a diferença no
desenvolvimento profissional do colaborador, por exemplo, o reembolso
em relação à educação, entre outras variadas opções.
• Celular corporativo.
• Seguro de vida.
• Plano de saúde.
46
• Estacionamento.
• Vale-refeição.
• Vale-alimentação.
• Plano de saúde.
• Flexibilidade de horário.
• Carro corporativo.
• 40% Vale-refeição/Vale-alimentação.
Para acessar a pesquisa e saber mais sobre os dados, ela está disponível
na web página da Hays. No site, é possível verificar, também, quais
foram os benefícios mais valorizados no Chile, Colômbia e México,
países da América Latina.
47
Como vimos, existem várias opções para a empresa em relação aos
benefícios que podem ser oferecidos a seus colaboradores. Portanto,
é necessário que a empresa utilize um conjunto de elementos mais
adequados de remuneração considerando o salário fixo, salário variável
e os benefícios que serão adotados. Conforme Assis (2005), este
conjunto ordenado de elementos que estão interligados e interagem
entre si é utilizado para definir um sistema de remuneração que
veremos mais adiante.
2. Os elementos de um sistema de
remuneração
48
• Pesquisa salarial: os resultados (informações do mercado) de
uma pesquisa são importantes, pois resulta na verificação sobre
os salários e benefícios existentes no mercado, bem como auxilia
na equiparação salarial dentro da empresa, conforme suas
necessidades.
a. Sistemas de remuneração
49
• Remuneração direta: corresponde ao salário; pagamento de uma
soma fixa pelos serviços prestados por um determinado período e
prazo, que também pode ocorrer por hora.
Tipo de
Descrição
Remuneração
50
É uma remuneração bastante tradicional,
baseada na avaliação do conhecimento técnico
Remuneração
do colaborador. As habilidades estão associadas
por habilidades
ao saber fazer: ação física ou mental, que indica a
capacidade adquirida.
Fonte: adaptada de Lourenço (2018), Marras & Marras (2012), Pontes (2013) e Wood Jr.e
Picarelli Filho (2004).
51
3. Sistemas tradicionais de remuneração
52
uma comparação com o mercado e, assim, auxiliam a estabelecer
diretrizes mais adequadas para suportar seus processos internos
de recursos humanos, tais como a retenção e atração de talentos.
53
Esperamos que o conteúdo abordado neste capítulo, tenha contribuído
para que você possa entender os conceitos de salário e remuneração,
bem como as suas diferenças, pois, apesar de ambos serem uma
forma de pagamento, salário corresponde ao pagamento de um de
valor e, a remuneração pode englobar, além do salário outros valores
como abonos, alimentação, moradia, vestuário, instrução, benefícios
específicos e outras prestações in natura.
Referências Bibliográficas
ABRANTES, Talita. O que entra no pacote de remuneração do mercado financeiro.
Revista Exame, São Paulo, 26 de julho de 2012. Disponível em: https://exame.com/
carreira/o-que-entra-no-pacote-de-remuneracao-do-mercado-financeiro/. Acesso
em: 11 set. 2020.
ASSIS, Marcelino Tadeu. Gestão de Programas de Remuneração: conceitos,
aplicações e reflexões: visão generalizada dos programas de remuneração. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2011.
BRASIL. Presidência da República. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 25 nov. 2020.
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 44. ed.
São Paulo: Saraiva, 2020.
EDITORA SARAIVA. CLT–Saraiva Academia e Constituição Federal. 8. ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
LOURENÇO, Joaquim C. Salários, Remunerações e o Mercado de Trabalho no
Brasil: transformações e tendências atuais de carreiras, perspectivas e salários. São
Paulo: Edição do Kindle, 2018.
MARRAS, Jean P. Administração de Remuneração. 2. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2012.
MARRAS, Jean P.; MARRAS, Pietro. Remuneração Estratégica. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012.
54
PEDUZZI, Pedro. O Novo valor do salário-mínimo começa a vigorar amanhã.
Agência Brasil, Brasília, 31 de janeiro de 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.
ebc.com.br/economia/noticia/2020-01/novo-valor-do-salario-minimo-comeca-
vigorar-amanha#:~:text=Come%C3%A7a%20a%20vigorar%20amanh%C3%A3%20
(1%C2%BA,em%20R%24%204%2C75. Acesso em: 18 out. 2020.
PONTES, Benedito R. Administração de Cargos e Salários. Carreiras e
Remuneração. 16. ed. São Paulo: LTR, 2013.
SILVA, Matheus de O. Sistemas Modernos de Remuneração. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2005.
SPBANCÁRIOS. Convenção Coletiva dos Bancários e Financiários de São Paulo,
Osasco e Região. Disponível em: https://spbancarios.com.br/sites/default/files/cct/
arquivo/com11418_-_cct-2018-2020.pdf. Acesso em: 13 set. 2020.
WOOD, Thomaz Jr.; PICARELLI, Vivente F. Remuneração Estratégica. 3. ed. rev. e
amp. São Paulo: Atlas, 2004.
55
Remuneração estratégica
Autoria: Rita de Cassia Oliveira Maciel
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
• Apresentar os conceitos de remuneração
estratégica.
56
1. Remuneração estratégica
57
Atividades imobiliárias.
Atividades profissionais, científicas e técnicas.
Atividades administrativas e serviços complementares.
Administração pública, defesa e seguridade social.
Educação.
Saúde humana e serviços sociais.
Artes, cultura, esporte e recreação.
Fonte: adaptado de IBGE ([s.d.].)
58
2. Remuneração por competência
59
Habilidade: é o saber fazer, tudo o que utilizamos dos nossos
conhecimentos no dia a dia.
60
Quadro 2 – Avaliação com foco em conhecimentos, habilidades e
atitudes
Conhecimentos Saber Conhecimento
sobre o serviço e/
ou produto. Competências
técnicas.
61
Afinal, estas competências são importantes para uma empresa, pois
auxiliam na capacitação de seus empregados bem como na contratação
de pessoas mais qualificadas.
62
habilidades adquiridas pelo empregado, devem ser comprovadas na
prática, atestando que ele realmente é capaz de gerar resultado com
níveis exigidos de qualidade, produtividade, prazo, entre outros – além
da comprovação por meio do certificado e/ou diploma.
4. Remuneração variável
63
As empresas, diante das oscilações político-econômicas referentes à
remuneração que interferem na forma como são remunerados seus
empregados podem optar por remunerações alternativas, buscando
alavancar seus resultados e lucros. A utilização de uma remuneração
variável pode ser uma forma de equalizar os aumentos salariais,
transformando como um diferencial para melhorar ou incentivar seus
empregados a obter um alto desempenho.
64
premiações, stock options, previdência complementar e participação
dos lucros, conforme a necessidade e disponibilidade da empresa e de
acordo com sua estratégia e orçamento.
65
comprar, o empregado deve se comprometer a ficar com estas ações
por um certo período.
66
Jr. e Picarelli Filho (2004), mencionam que a previdência complementar é
uma alternativa para complementar os benefícios pagos pelo INSS.
67
dos anos, até chegar à sua forma atual, regulamenta pela Lei nº 10.101
de 19 de dezembro de 2000. Esta lei oficializa a obrigatoriedade para
as empresas em relação à implantação de programas de participação
nos lucros e resultados. Silva (2005) complementa, ainda, que esta lei
não penaliza as empresas que porventura não a adotem, mesmo sendo
obrigatória.
68
É fundamental ter os conhecimentos necessários sobre estes tipos
de remuneração, para que seja efetuada a escolha exata e que venha
atender às necessidades da empresa, visando gerar bons resultados
para ela, bem como atingir seus objetivos estratégicos de forma
competitiva e sustentável.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília: D.O.U., 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 26 nov. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000.
Dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa
e dá outras providências. Brasília: D.O.U., 2000. Disponível em: http://www.planalto.
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Bons estudos!
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