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Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Juliana Caramigo Gennarini
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Revisor
Otávio Daros
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Daniella Fernandes Haruze Manta
Hâmila Samai Franco dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-1490-8
CDD 658.802
Thamiris Mantovani CRB: 8/9491
2019
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Apresentação da disciplina................................................................................. 4
Tema 01
Produção audiovisual: principais características do que é produzido em grande
escala no mercado audiovisual .......................................................................... 5
Tema 02
Características dos veículos de comunicação: linhas editoriais. Conteúdo
direcionado de acordo com o público-alvo ....................................................... 26
Tema 03
Público consumidor. Apanhado de estudos sobre as preferências de
programação. Audiência. Produção e adequação de conteúdos de acordo com
o comportamento da sociedade contemporânea ............................................. 44
Tema 04
Identidade visual. Técnicas publicitárias. Estratégias de Marketing nas mídias
digitais e assessoria de imprensa. Media training. Transmedia e crossmedia.
Storytelling........................................................................................................ 72
Tema 05
Características da sociedade em rede. Formatos e novas tendências de
Marketing (Instragram, Facebook, Youtube, WhatsApp) .................................. 99
Tema 06
Análise crítica de peças publicitárias. Estudo de casos de sucesso, releituras e
fórmulas eficazes de divulgação .................................................................... 126
Tema 07
Prática: desenvolvimento de projeto escrito em forma de campanha publicitária
de produto e/ ou serviço que abarque estratégias de divulgação on-line....... 152
Apresentação da disciplina
A disciplina Produção, consumo e marketing em plataformas multimídias está
voltada ao estudo das estratégias contemporâneas de Marketing, que foram
transformadas pelo impacto das novas tecnologias, principalmente Internet e
mídias sociais. Essa mudança se deve a uma sociedade pós-moderna,
surpreendida por um admirável mundo novo, sobre a qual os caminhos de
persuasão antes eficazes perderam força. Nada sobrou. Assim, mudou
também o cenário das produções audiovisuais, que inclusive ganharam um
território relativamente livre, no qual reina muita criatividade e muito material
desqualificado também. E viva o YouTube, por ora, o rei, quando o assunto são
vídeos independentes!
4
Produção audiovisual: principais
características do que é produzido em
grande escala no mercado audiovisual
Autora: Kátia Raquel Bonilha Keller
Objetivos
5
1. Introdução
6
Já Kotler e Keller (2012), antes de o conceituarem, observam que o Marketing
“envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais”.
Posto isso, definem que Marketing trata de “suprir necessidades gerando lucro”
(KOTLER; KELLER, 2012, p. 3).
Produto “é tudo o que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma
necessidade ou um desejo, incluindo bens físicos, serviços, experiências,
eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias”
(KOTLER e KELLER, 2012, p. 348).
1
Disponível em: <http://www.ama.org/the-definition-of-marketing/>. Acesso: 08 ago. 2019.
7
A inovação é uma das melhores estratégias para o enfrentamento, com
sucesso, do mercado. Não precisa ser algo absolutamente inédito, como
muitos pensam. Se uma empresa copia algo da concorrente, benéfico à sua
saúde organizacional, ela está inovando para si. Desde que se refira a uma
atualização, que garanta a sobrevivência de um negócio por adequá-lo ao
mercado, tal ação pode ser considerada inovação. Essa ideia de inovação
pode trazer, aos produtores de audiovisuais, múltiplos caminhos.
Já se falou em mercado algumas vezes, até aqui. Cada oferta conta com um
mercado-alvo, em geral, entendido como grupo de pessoas que apresenta um
comportamento de compra e hábitos de consumo interessantes para um
negócio e, assim, possivelmente, um mercado estratégico. Se uma empresa
produz iogurte com polpa de frutas, seu mercado-alvo será composto, em tese,
por todas as pessoas que consomem esse tipo de alimento, e seus
concorrentes serão todas as empresas que fabricam iogurte. Já seu mercado
estratégico incluirá o mercado potencial (pessoas que podem passar a
consumir o seu produto). No exemplo, isso amplia a sua concorrência para
todos os fabricantes de alimentos lácteos fermentados, o que também pode
indicar a ampliação de seu portfólio de produtos para a garantia de sua
competitividade. Tudo dependerá de pesquisas, para que se evite um prejuízo
à organização.
Dito isso, importante voltar a abordar os consumidores, já que são eles quem
darão as cartas nesse jogo. Por exemplo, você pode produzir audiovisuais
diretamente para um amplo público, como um filme ou uma série (isto é, um
seriado, como, por exemplo, o Game of Thrones), ou fazer um vídeo
institucional ou um comercial de TV para um cliente de agência de publicidade,
que conta com o seu público-alvo. Veja que, além de linguagens e técnicas
específicas, existem definições anteriores para obter o resultado desejado. A
quem o produto se destina é sempre o mais importante para que tudo seja
arquitetado: é o primeiro degrau. A conquista desse público-alvo é o objetivo e
dependerá do conhecimento de seus desejos, dos seus valores, de suas
aspirações e angústias. Você também terá de desenvolver um projeto que alie
eficiência (melhor relação custo/ benefício) e eficácia (obtenção dos resultados
desejados). Enfim, sobre esse consumidor, ponto de partida de qualquer ação,
você verá adiante.
8
3. As gerações do Marketing
9
experiências inesquecíveis que precisam oferecer a um consumidor único,
complexo, participativo, conectado e pronto para defender uma marca, ou,
então, comprometê-la negativamente, por vezes sem esforço, via mídias
sociais.
2
Disponível em: <http://www.facebook.com/harley-davidson/>. Acesso em: 08 ago. 2019.
10
ainda com mais força nos estudos de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017). Há
uma acentuação do que já vinha ocorrendo, com tendências mais horizontais,
inclusivas e sociais. Encontra-se um consumidor cada vez mais ávido por
ofertas atraentes, interessantes, envolventes, fascinantes, emocionantes,
íntegras e com personalidade forte.
ASSIMILE
11
para uma cobertura mais profunda e confiável, já que o jornalismo conta com
credibilidade. Assiste a um filme e pode procurar avaliações on-line. Um filme
publicitário no intervalo da programação de TV pode levá-lo a uma compra on-
line via smartphone. Ele também pode manter um canal no YouTube por
desejar se tornar um influenciador. Além disso, se for jovem, mulher ou cidadão
da Internet [o netizen, como é chamado por Kotler, Kartajaya e Setiawan
(2010)], será visto como um queridinho das marcas, por ser potencialmente
poderoso formador de opinião. Dentro do segmento dos netizens, encontram-
se os temidos haters (odiadores), que podem se colocar como um verdadeiro
obstáculo às marcas.
4. Relacionamento, a chave
3
Disponível em:
<http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2016/03/02/interna_mundo,520225/apos-
denuncia-de-uso-de-mao-de-obra-infantil-nestle-e-hershey-se-defe.shtml>. Acesso em: 19 ago. 2019.
12
suma, gerou uma crise de imagem, o horror das empresas, pela dificuldade de
ser contornada.
4
Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/regionais/centrooeste2012/resumos/R31-0206-
1.pdf>. Acesso em: 4 mar. 2019.
13
Outro case que desbravou as novas possibilidades às corporações foi o do
primeiro carro conceito do mundo, o Fiat Mio5, em um exemplo de
crowdsourcing (traduzindo do inglês, a ideia é a de uma sabedoria das
multidões) ou inovação colaborativa:
Por sua vez, a grife de cuecas Mash, em 2018, apagou toda sua comunicação
antiga, deixando um post nas redes sociais, o qual espelha bem o desafio de
compreender quem é, afinal, esse novo consumidor a ser conquistado. O post
dizia: Desculpe o transtorno. Estamos trabalhando para melhor entendê-los.
É possível citar ainda o caso das páginas Chapolin Sincero e Domino’s Brasil,
que circulou nas redes sociais em meados de janeiro de 2019. Tudo leva a crer
que se trata de uma ação contratada, o que não comprometeu o seu impacto
5
Idem.
6
Disponível em: <http://adnews.com.br/publicidade/mash-ri-de-si-mesma-em-reposicionamento/>.
Acesso em: 08 ago. 2019.
14
positivo para a rede de pizzarias. Só no Facebook, foram 7,4 milhões de
curtidas e 2,1 mil compartilhamentos, o que configura viralização. As
viralizações7 “[...] compreendem, basicamente, ações que surpreendem o
público a tal ponto que este se incumba de divulgá-las em suas redes sociais e
blogs, por meio de compartilhamentos, menções, posts etc.” (KELLER et al.,
2013, p. 3).
Fonte:
<http://www.facebook.com/ChapolinSincero/photos/a.679883435430464/22567
82137740578/?type=3&theater>. Acesso em: 08 ago. 2019.
7
Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2013/resumos/R8-1491-1.pdf>. Acesso
em: 08 ago. 2019.
15
A produção e o consumo também têm se tornado cada vez mais conscientes,
mesmo que de forma mais lenta em alguns países. A empresa Natura, por
exemplo, sempre primou por seu engajamento socioambiental e pioneirismo.
Para se ter ideia, em 1983, a marca lançou o conceito de refil, que atende aos
pilares da inovação e sustentabilidade. O segredo está em sempre atuar de
forma genuína, com norteadores que venham ao encontro do coração do
negócio. No caso da Natura, entre outras ações, a marca declara que não
realiza testes em animais e que trabalha com 100% de carbono neutro,
embalagens ecológicas e fórmulas naturais8
8
Disponível em: <http://www.natura.com.br/mundo-mais-bonito-com-
voce?gclid=EAIaIQobChMI1eHjjJzp4AIViA6RCh3N0QglEAAYAiAAEgKtrPD_BwE>. Acesso em: 08 ago.
2019.
16
cordeiro e cenouras. Os desejos são moldados pela sociedade a qual
pertencemos.
Demandas são desejos por produtos específicos sustentados pela
capacidade de comprá-los. Muitos querem um Mercedes, mas poucos
podem comprá-lo. As empresas devem mensurar não somente o
número de pessoas que desejam seu produto, mas também quantas
estariam realmente dispostas a comprá-lo e teriam condições para
isso. (KOTLER; KELLER, 2012, p. 8)
Os desejos do novo consumidor são, como você já viu, muito mais complexos.
No cenário contemporâneo, as ofertas desejadas precisam ser, também como
já mencionado, atraentes, interessantes, envolventes, fascinantes,
emocionantes, íntegras e com personalidade forte, de acordo com Kotler,
Hermawan, Setiawan (2017). Em quais marcas você reconhece todas (ou
quase todas) essas características? É possível mencionar a própria Natura,
porque ela fala com os valores de boa parte dos consumidores conscientes, o
que não significa que eles comprem sempre seus produtos. De qualquer forma,
são consumidores potenciais da empresa. Admiram a Natura, veem com bons
olhos e têm boa vontade em relação à marca. Muito provavelmente lembrarão
de outras empresas. E isso levará você a pensar nos aspectos de mercado-
alvo, posicionamento e segmentação.
17
Nem todos têm as mesmas preferências. Portanto, é necessário dividir o
mercado em segmentos, conforme características relacionadas ao estilo de
vida, interesses, idade, local onde mora, comportamentos etc. Aquele que
apresentar potencial, colocando-se como uma oportunidade de sucesso ao
produto ou serviço, será o alvo. Conhecer esse segmento para que a oferta
seja perfeita a ele será o desafio. E essa oferta terá de encantar e ser
posicionada de forma a levar as pessoas a optarem por ela em detrimento de
todas as outras disponíveis no mercado.
18
7. Características gerais das produções audiovisuais
Havia uma série do canal Sony no final dos anos 90 chamada Felicity – aliás, o
nome da sua protagonista –, na qual estudantes de uma universidade de Nova
Iorque usavam laptops da Apple. Assim, a marca conseguia, em um trabalho
de Branding (entendido, em linhas gerais, como a área do Marketing voltada à
construção de marcas fortes), realizar a associação de seu produto com, por
exemplo, juventude, vanguardismo, tecnologia e contemporaneidade. Desse
modo, basicamente, se alguém quer ver projetadas em si tais características,
comprará um Apple. O exemplo ilustra como a propaganda no roteiro atua no
consumidor. A ação também traz verba extra à produção audiovisual.
ASSIMILE
9
Disponível em: <http://www.youtube.com/intl/pt-BR/yt/about/press/>. Acesso em: 08 ago. 2019.
19
levam a associações (positivas ou negativas) e assemelha-se à reputação. O
Branding é a área do Marketing que trabalha sua construção e manutenção.
7.4 Novelas
10
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/gal/v14n27/20.pdf>. Acesso em: 08 ago. 2019.
11
A sitcom estadunidense Friends, mesmo depois de encerrada, ainda conta com páginas e grupos de
fãs. Uma delas soma quase 340 mil usuários do Facebook. Disponível em:
<http://www.facebook.com/Issoeumapaginadefriends/>. Acesso em: 08 ago. 2019.
20
Comumente ficcionais, implicam escolha de roteiro, pré-produção de cenários e
figurino, elenco, gravações e edição.
8. Considerações finais
Enfim, é esse novo consumidor a ser conquistado. Oferecer o que ele desejava
e nem se dava conta, surpreendê-lo positivamente, encantá-lo e tê-lo como um
fã, tudo isso representam desafios. Tornar-se admirável é uma tarefa árdua,
mas vale a pena.
TEORIA EM PRÁTICA
21
se destina, como erros e acertos da produção? Você notou alguma
propaganda no roteiro?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Não é possível falar em produtos e serviços, sejam quais forem, sem antes
determinar quem será o seu consumidor, quais são os seus valores, com o
que ele se identifica, o que deseja, quais são suas expectativas. O
destinatário sempre será o ponto de partida. O público-alvo pode atrair a
publicidade no roteiro, que gerará um recurso extra à produção audiovisual.
O trecho acima refere-se a(o):
a) Merchandising.
b) Outdoor.
c) In script advertising.
e) Press-release.
22
3. Os conceitos centrais, do Marketing, são:
Referências Bibliográficas
23
DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à
arquetipologia geral. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
24
1, n. 1. Porto Alegre, RS: Núcleo de Economia Criativa e da Cultura,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2018.
Gabarito
Questão 1 - Resposta C.
Questão 2 - Resposta E.
Questão 3 - Resposta A.
25
Características dos veículos de
comunicação: linhas editoriais. Conteúdo
direcionado de acordo com o público-alvo
Autora: Kátia Raquel Bonilha Keller
Objetivos
26
1. Introdução
Sempre que um veículo de comunicação surge, a pergunta é: será que ele fará
desaparecer algum antecessor? É sabido que a televisão não suplantou o
rádio, mas a Internet trouxe um impacto sem precedentes sobre tudo o que era
conhecido até seu uso se popularizar em alta escala.
2.1 Jornais
1
A classificação encontra-se no Manual de Relacionamento com a Imprensa, da Universidade de
Campinas (Unicamp), e inclui a Internet como veículo, apesar de não haver consenso entre os teóricos a
respeito. Disponível em: <http://www.unicamp.br/unicamp/manual-de-relacionamento/os-meios-de-
comunicacao>. Acesso em: 08 ago. 2019.
27
A periodicidade pode variar (por exemplo, ser diária ou semanal) e,
normalmente, são divididos em editorias (Política, Economia, Esportes,
Cidades, Cultura etc.). Também podem ser direcionados a um público
específico, com assuntos focados (pessoas interessadas em bem-estar, em
viagens, em carros etc.), ou, genericamente, a leitores de uma cidade, bairro,
região ou país, como ainda podem ser institucionais e circular dentro de uma
empresa, classicamente chamados de house organs (literalmente, órgãos da
casa).
A proposta dos jornais é trazer outros ângulos de uma mesma notícia, outras
fontes sobre os fatos que serão reportados, novos aspectos de interesse
público que aprofundem o entendimento do leitor. Enfim, deve oferecer “exame
analítico e reflexão sobre os acontecimentos” (ARAÚJO; SOUZA, 2007, p.
185). A estrutura de texto foi herdada do jornalismo estadunidense, com lead
ou lide, sublead (sublide) e corpo da matéria – em uma hierarquia, que parte da
informação mais importante para a menos importante –, sobre os quais será
tratado adiante.
ASSIMILE
28
Os espaços publicitários se mantêm em ambas as versões. Na on-line, no
entanto, seguem o que os detectores de interesse, do Google garimpam, como
é possível notar na imagem abaixo, com anúncio de loja de móveis pesquisada
no dia anterior:
A seguir, veja a captura de tela de uma notícia do mesmo portal. Você notará
que os veículos jornalísticos tentam apresentar títulos, linhas finas (aquele
subtítulo, comum nos impressos), legendas de fotos e lead (o primeiro
parágrafo do texto) com verbos no tempo presente. Trata-se de uma técnica
que dota o texto de atualidade.
Fonte: <http://www.seudinheiro.com/o-que-braskem-petrobras-e-natura-tem-
em-comum-nada-de-petroleo-suas-acoes-sao-as-mais-recomendadas-para-
marco/r>. Acesso em: 08 ago.2019.
29
A sequência dessa tela mostra o que se chama de lead da matéria, como já foi
dito, em seu primeiro parágrafo.
Figura 4 – Capa
Por outro lado, em entrevista para o portal de notícias R72, em junho de 2018,
o veterano Barbeiro (2018) comentou que as plataformas digitais ampliaram o
acesso à notícia, o que é um progresso. E completou: “eu não estou dizendo
que a mídia escrita vai acabar, mas que a mídia de tinta e papel vai acabar
[...]”. (BARBEIRO, 2018, [s.p.])
2.2 Revistas
2
Disponível em: <http://noticias.r7.com/herodoto-barbeiro-fala-do-futuro-de-jornais-e-jornalistas-
12062018>. Acesso em: 08 ago. 2019.
31
contextualizados, trazendo consequências possíveis, desdobramentos e
detalhamentos, de acordo com Araújo e Souza (2007). A segmentação é uma
característica relevante, isto é, as revistas trabalham com conteúdos
específicos para públicos também específicos, como a revista Quatro Rodas,
por exemplo, direcionada a apreciadores de carros. Observe o espaço
publicitário no topo da página:
3
O GLOBO. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/na-era-digital-revistas-precisam-ir-
alem-da-versao-impressa-18929298>. Acesso em: 08 ago. 2019.
32
Vale lembrar que as revistas, tanto quanto os jornais, podem ser institucionais,
ou seja, podem ser publicadas por uma empresa para seus colaboradores,
fornecedores, clientes etc. Em jornalismo são os chamados chapa branca, por
expressarem a visão dos proprietários, executivos ou diretores das empresas.
2.3 Rádio
Marcado pela instantaneidade desde o seu princípio, o rádio tem uma imensa
vantagem, dá liberdade à audiência, que pode dirigir seu carro, trabalhar,
estudar ou preparar uma refeição enquanto ouve a programação. Sua
linguagem segue a técnica da simplicidade e clareza, e a repetição é
necessária, pois a transmissão concorre com as distrações de um ambiente.
Além disso, essa repetição auxilia a compreensão do texto. Campo de muitas
experimentações, o veículo tem como característica procurar se manter
sensível às transformações tecnológicas, com transmissões já feitas via
WhatsApp e Facebook4, além das transmissões corporativas, que vêm sendo
chamadas de Brand Radios (brand, em inglês, significa marca), como a Rádio
Luiza (programação do Magazine Luiza) e a CCR FM (da concessionária da
rodovia Nova Dutra), conforme mencionam Martínez-Costa e Prata (2016).
2.4 TV
4
Disponível em: <http://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-1530-1.pdf>. Acesso
em: 08 ago. 2019.
5
Uma emissora de rádio comunitária não tem fins lucrativos e conta com trabalho voluntário da própria
comunidade alcançada por sua programação. Dessa forma, obviamente, seus conteúdos são muito
peculiares, por atender a um público específico, com necessidades semelhantes.
6
A ideia de convergência remete ao consumo integrado, quando, por exemplo, o indivíduo assiste ao
último capítulo de uma novela de grande sucesso com um smartphone em mãos, para poder comentar
33
como aparenta ser a relação entre a Web e os impressos. Nesse sentido,
Martins (2016, [s.p.]) afirma: “[...] o surgimento da televisão não matou o rádio,
o e-book não eliminou os livros impressos, tudo está convergido! E no caso da
internet e da TV: elas não são inimigas, são as melhores amigas!”.
2.5 Internet
Pode-se dizer que a Internet faz com que seus usuários tenham acesso a uma
comunicação em larga escala, com diversas formas de interação possíveis.
Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, LinkedIn, blogs, sites, WhatsApp
no Facebook alguma cena, colocar alguma imagem relacionada no Instagram, e interagir com um grupo
do WhatsApp de fãs.
7
O GLOBO. Cai parcela de lares com televisão no Brasil. O Globo, vinte e seis de abril de dois mil e
dezoito. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/cai-parcela-de-lares-com-televisao-no-
brasil-22627155>. Acesso em: 08 ago. 2019.
8
A título de curiosidade, para conhecer um pouco sobre a história da Internet, você poderá consultar
artigo de Monteiro (2001). Disponível em:
<http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/62100555399949223325534481085941280573.pdf>.
Acesso em: 08 ago. 2019.
34
mudaram as relações pessoais, as manifestações políticas, a opinião pública a
respeito de influenciadores e celebridades, as interações entre pessoas e
empresas, em suma, mudou o estar no mundo de uma parcela significativa da
população mundial. Consequentemente, não somente os veículos se
transformaram, mas também o jornalismo fora (o que foi abordado até aqui) e
dentro da Web.
35
3. Políticas e linhas editoriais
Paixão (2018) lembra que o primeiro veículo a explicitar a linha editorial em seu
manual de redação, foi o jornal Folha de S. Paulo, em 1984.
A versão digital mais recente do Projeto Editorial9 (2017, [s.p.]), como preferem
chamá-lo, conserva os mesmos princípios do primeiro Projeto Folha, que
declaram, no item 8, manter atitude apartidária, desatrelada de governos,
oposições, doutrinas, conglomerados econômicos e grupos de pressão.
9
FOLHA DE S. PAULO. Projeto Editorial da Folha, Princípios editoriais. Disponível em:
<http://temas.folha.uol.com.br/folha-projeto-editorial/projeto-editorial-folha-de-s-paulo/principios-
editoriais.shtml>. Acesso em: 09 ago. 2019.
36
É inadequada a postura de alguns veículos de continuarem se
vendendo como defensores de um jornalismo apartidário, pluralista e
independente, quando possuem relações estreitas com determinados
grupos políticos, empresários e anunciantes. Essa postura os afasta
do cumprimento da objetividade jornalística, uma vez que o primeiro
passo para se aproximar dela é reconhecer as dificuldades para
alcançá-la e observar quais são as tendências (políticas, econômicas,
entre outras) que podem interferir no olhar objetivo sobre realidade.
(PAIXÃO, 2018, p. 106)
Para gerar lucro, é preciso entregar uma oferta que agrade a maioria dos
consumidores que lerão aquelas notícias, como em qualquer relação comercial.
37
Então, é fundamental conhecer quem são esses consumidores. Veja o que a
Folha traz em seu site, como informações básicas sobre seus leitores:
Fonte: <http://www.publicidade.folha.com.br/folha/perfil_do_leitor.shtml>.
Acesso em: 09 ago. 2019.
5. Considerações finais
TEORIA EM PRÁTICA
39
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a) No corpo da matéria.
b) No lead.
c) No sublead.
d) No texto opinativo.
e) Na legenda da foto.
40
3. O Projeto Folha, do jornal Folha de S. Paulo, declara que o veículo adota
uma postura:
a) Engajada.
b) Doutrinária.
c) Simples.
d) Política.
e) Apartidária.
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Ellis R.; SOUZA, Elizete C. de. Obras jornalísticas: uma síntese.
Brasília, DF: Vestcon, 2007.
BUCCI, Eugênio. Sobre ética e imprensa. São Paulo, SP: Companhia das
Letras, 2000.
41
FOLHA DE S. PAULO. Projeto Folha. Disponível em:
<http://temas.folha.uol.com.br/folha-projeto-editorial/projeto-editorial-folha-de-s-
paulo/principios-editoriais.shtml>. Acesso em: 08 ago. 2019.
42
<http://www.revistas.usp.br/alterjor/article/view/137224>. Acesso em: 08 ago.
2019.
R7. Heródoto Barbeiro fala do futuro de jornais e jornalistas. Notícias R7, doze
de junho de dois mil e dezoito. Disponível em: <http://noticias.r7.com/herodoto-
barbeiro-fala-do-futuro-de-jornais-e-jornalistas-12062018>. Acesso em: 08 ago.
2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: C.
Questão 2 – Resposta: B.
Questão 3 – Resposta: E.
43
Público consumidor. Apanhado de estudos
sobre as preferências de programação.
Audiência. Produção e adequação de
conteúdos de acordo com o comportamento
da sociedade contemporânea
Autora: Kátia Raquel Bonilha Keller
Objetivos
44
1. Introdução
Você estudará, a partir daqui, muitos aspectos interessantes sobre TV, rádio,
Internet e comportamento do consumidor.
1
SUPERINTERESSANTE. Como é medida a audiência de TV? Redação Mundo Estranho, 4 de julho de
2018. Disponível em: <http://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-medida-a-audiencia-de-tv/>.
Acesso em: 09 ago. 2019.
2
MEIO & MENSAGEM. Ponto de audiência tem novo valor em 2019. Últimas notícias, 3 de janeiro de
2019. Disponível em: <http://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-noticias/2019/01/03/ponto-
de-audiencia-tem-novo-valor-em-2019.html>. Acesso em: 09 ago. 2019.
45
Figura 1 – Tabela Kantar, publicada no Meio & Mensagem referenciado,
sobre a mensuração de audiência nos quinze mercados auferidos
Fonte: <http://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-
noticias/2019/01/03/ponto-de-audiencia-tem-novo-valor-em-2019.html>. Acesso
em: 09 ago. 2019.
3
KANTAR IBOPE MEDIA. Televisão: a abrangência e a influência do meio mais presente na vida dos
brasileiros. Kantar Ibope Media, Notícias, vinte e um de novembro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://www.kantaribopemedia.com/televisao-a-abrangencia-e-a-influencia-do-meio-mais-presente-
na-vida-dos-brasileiros/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
46
vez mais comum encontrar programas de TV que engajam com os internautas
e emissoras que disponibilizam conteúdo adicional em outras plataformas”
(KANTAR IBOPE MEDIA, 2018, [s.p.])
Figura 2 – Gráfico
Fonte: <http://www.kantaribopemedia.com/televisao-a-abrangencia-e-a-
influencia-do-meio-mais-presente-na-vida-dos-brasileiros/>. Acesso em: 09
ago. 2019.
47
Figura 3 – Consumo domiciliar de TV
Fonte: <http://www.kantaribopemedia.com/televisao-a-abrangencia-e-a-
influencia-do-meio-mais-presente-na-vida-dos-brasileiros/>. Acesso em: 09
ago. 2019.
4
KANTAR IBOPE MEDIA. Perfil do consumidor e seus hábitos impactam na compra on-line. Kantar Ibope
Media, Notícias, sete de fevereiro de dois mil e dezenove. Disponível em:
<http://www.kantaribopemedia.com/perfil-do-consumidor-e-seus-habitos-impactam-na-compra-
online/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
5
Idem.
48
apontou para um número bastante significativo: a cada cinco pessoas, três
ouvem alguma emissora diariamente e destacam sua confiabilidade.
Os dados desse estudo sobre o rádio, que abrange treze mercados brasileiros,
apontam ainda:
6
______. Rádio impacta 86% da população, indica estudo da Kantar Ibope Media. Kantar Ibope Media,
Releases, vinte e quatro de setembro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://www.kantaribopemedia.com/radio-impacta-86-da-populacao-indica-estudo-da-kantar-ibope-
media/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
49
também marcaram presença em pelo menos outras seis mídias, conforme
indica a figura a seguir:
Fonte: <http://www.kantaribopemedia.com/radio-impacta-86-da-populacao-
indica-estudo-da-kantar-ibope-media/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
ASSIMILE
3. A Internet
A Kantar Ibope Media apresentou pesquisa sobre tendência das mídias sociais,
em 20198. Seriam 40% da população mundial conectados às redes, com média
7
ASSOCIAÇÃO DAS EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO DO PARANÁ (AERP). Rádio vai superar a audiência da
TV, revela pesquisa Deloitte. Comunicação, 13 de fevereiro de 2019. Disponível em:
<http://aerp.org.br/novo/associados/radio-vai-superar-a-audiencia-da-tv-revela-pesquisa-
deloitte/?fbclid=IwAR1Q1SEA8SZL5UE7O9rMh_bsQW0tiFClDyjEKb4m3C3Ei2Zw1lFj8pcxf8c>. Acesso em:
09 ago. 2019.
8
KANTAR IBOPE MEDIA. As tendências das mídias sociais para 2019. Disponível em:
<http://www.kantaribopemedia.com/wp-content/uploads/2019/02/As-Tend%C3%AAncias-das-
M%C3%ADdias-Sociais-para-2019_pt-BR_VF.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2019.
51
de duas horas de atividade, como compartilhamentos e curtidas em posts. Os
destaques ficam para Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp. Outras
estariam mais concentradas em audiências de nicho, como o estudo denomina,
o YouTube, Snap, Twitter, Pinterest e LinkedIn.
Fonte: <http://www.amazon.com/Spark/b?ie=UTF8&node=16907772011>.
Acesso em: 09 ago. 2019.
52
O universo hi tech não para por aí. Existem comunidades para
compartilhamento de experiências com as marcas. São verdadeiras redes
sociais a respeito de impressões sobre compras. Uma delas é a Howtank,
como mostra a figura abaixo:
Inclusive, testes já estão sendo feitos e vendas de produtos têm sido realizadas
de novas formas, como via Pinterest, por exemplo. O cuidado, porém,
relaciona-se à motivação que leva o internauta a redes precipuamente de
relacionamento. Quando alguém visita o Facebook, sua intenção é a de
interagir, isto é, não há uma propensão de compra. Entretanto, dentro da
volatilidade da Internet, as transformações são ágeis e não costumam gerar,
empiricamente falando, grandes resistências. As experiências com o que vem
9
KANTAR IBOPE MEDIA. As tendências das mídias sociais para 2019. Disponível em:
<http://www.kantaribopemedia.com/wp-content/uploads/2019/02/As-Tend%C3%AAncias-das-
M%C3%ADdias-Sociais-para-2019_pt-BR_VF.pdf>.Acesso em: 09 ago. 2019.
53
sendo chamado de comércio social ou S-commerce têm se mostrado
interessantes, como a combinação entre Snapchat e Amazon ou como o chinês
Pinduoduo, com 200 milhões de usuários cadastrados em dois anos.
54
seguidores, entre outras práticas duvidosas. De qualquer forma, marcas e
agências estão atentas para reverter esse quadro.
55
Tabela 1 - Cinco preferências da audiência brasileira
Matéria da Exame10, de outubro de 2018, com foco maior nas TVs a cabo, traz
algumas informações adicionais, que revelam haver uma preferência
inconsciente por determinados tipos de programas em horários específicos.
Matéria da Exame11, de outubro de 2018, com foco maior nas TVs a cabo, traz
algumas informações adicionais, que revelam haver uma preferência
inconsciente por determinados tipos de programas em horários específicos.
Assim, os gêneros da programação estariam em concordância com o que
deseja o consumidor sem que ele mesmo saiba disso. Assim, pelo estudo
10
EXAME. Na era do on demand, usuários ainda criam grades de programação. Exame, Tecnologia,
Redação, doze de outubro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/tecnologia/na-era-do-on-demand-usuarios-ainda-criam-grades-de-
programacao/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
11
EXAME. Na era do on demand, usuários ainda criam grades de programação. Exame, Tecnologia,
Redação, doze de outubro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/tecnologia/na-era-do-on-demand-usuarios-ainda-criam-grades-de-
programacao/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
56
realizado pela Netflix e divulgado no portal da revista Exame, pela manhã, o
humor é bem-vindo, com 34% mais chances de contar com uma audiência.
Seriados japoneses, os chamados animês, no Brasil, atraem entre duas da
manhã e meio dia. Para séries dramáticas, no Brasil, existe uma probabilidade
de audiência na casa dos 25% no horário do meio dia. A partir das nove horas
da noite, os telespectadores parecem buscar programações tensas, com um
aumento de procura de 27%. Mais próximo do horário de dormir, no entanto,
migram para conteúdos leves, como séries de comédia. Para os insones,
documentários e similares têm um aumento de procura de 24%.
Casos extremos podem acontecer, como no caso do rapaz chinês que sentia
tanta necessidade de ter um iPhone, que, literalmente, vendeu um rim para
comprá-lo, com consequências devastadoras, já que os processos eram ilícitos
e as condições da cirurgia adoeceram o seu outro rim para o resto da vida.
57
Hoje, ele depende de hemodiálise e sua saúde foi seriamente afetada12. Não
cabe a ninguém julgá-lo, pois, em uma sociedade de consumo, as pessoas
acreditam que precisam de determinados itens de marca para sentirem que
são melhores do que os demais, que possuem valor, que serão respeitadas,
que pertencem a um grupo, que são apreciadas pelo que comem, bebem,
vestem, ouvem, assistem e pelos lugares que frequentam ou carros que
ostentam.
12
G1. O jovem que vendeu o rim para comprar um iPhone e hoje vive preso a uma cama. Por BBC News,
17 janeiro de 2019. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/01/17/o-jovem-
que-vendeu-o-rim-para-comprar-um-iphone-e-hoje-vive-preso-a-uma-cama.ghtml>. Acesso em 20 mar.
2019.
58
talvez responda tradição, confiança ou segurança para a primeira; e
refrescância para a segunda. Esses valores foram construídos e são
sustentados por esforços de Marketing contínuos. Em alguns momentos,
também são atualizados. Quanto mais admiradas as marcas, maior a lealdade
de seus consumidores.
6.1 Idade
59
um filho, um casamento ou divórcio, problemas de saúde, aposentadoria etc.
Cada um deles abre, inclusive, oportunidades de trabalho para várias
categorias, como a dos recolocadores profissionais, quando o episódio diz
respeito a uma demissão, por exemplo. Outra vertente milionária é a de
casamentos. Em 2016, no Brasil, o mercado movimentou R$ 17 bilhões,
segundo dados da Associação Brasileira de Eventos (ABRAFESTA), de acordo
com matéria da revista Exame, de fevereiro de 201813.
6.2 Gênero
13
EXAME. A reinvenção do mercado de casamentos. Exame, Você S/A, nove de fevereiro de dois mil e
dezoito. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/a-reinvencao-do-mercado-de-casamentos/>.
Acesso em: 09 ago. 2019.
14
G1. Propaganda de O Boticário com casais gays vence prêmio publicitário. G1, Economia/Mídia &
Marketing, vinte de outubro de dois mil e quinze. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2015/10/propaganda-da-boticario-com-
casais-gays-vence-premio-publicitario.html>. Acesso em: 09 ago. 2019.
60
maiores, dependendo do crescimento da família e dos objetos que têm de ser
transportados para o conforto e entretenimento das crianças. Todos esses
fatores influenciam o que será e de que forma será ofertado no mercado.
6.6 Geografia
A área geográfica onde vive a pessoa tem grande influência sobre suas
preferências e hábitos de consumo. Um exemplo muito interessante é o do
61
sabão Ala, da Unilever. Depois de uma pesquisa de opinião com moradoras da
região nordeste, a empresa lançou, no final da década de 90, o produto e a
embalagem desenvolvidos especialmente para as necessidades específicas
daquela área, com uma comunicação também eficaz e direcionada. Valores,
conceitos culturais, padrões socioeconômicos e comportamentais dos
consumidores-alvo direcionaram todas as ações da Unilever.
Atualmente, o portfólio do Ala foi ampliado com versões líquida e de coco, além
de outras fragrâncias, mas a embalagem plástica continua sendo uma de suas
características.
62
É importante lembrar de que o estilo de vida pode esbarrar em um orçamento
aquém do que se deseja consumir ou em um ritmo cotidiano demasiadamente
acelerado, nesse caso, o fato abre um leque interessante de negócios de
conveniência para atender a essa demanda específica.
63
Chega-se à decisão de compra, isto é, preferências já definidas em relação às
marcas, opção pelo revendedor, análise das condições atraentes de
pagamento.
Fonte:
<http://www.flickr.com/photos/163374147@N06/40808875471/in/photolist-
bvgnAK-4SV8xd-72rc7X-h4pQRm-3fCi79-NLP7oo-g1ebzs-dsGejW-e5YfMF-
KaNU5r-59cS3L-a3SZR9-25b99Ve-a4Ahkb-ygKX4y-KFtE4D-2dNro56-
25bgmfN-4BEUzK-p9nBbn>. Acesso em: 09 ago. 2019.
64
Veja que, na base da pirâmide, encontram-se as necessidades fisiológicas,
como respiração, alimentação, descanso, sexo e condições internas que o
corpo mantém para a garantia da vida (como, por exemplo, a temperatura
adequada).
65
determinada marca. Lembranças evocadas podem ser cruciais na decisão de
compra ou na rejeição absoluta.
7. Considerações finais
TEORIA EM PRÁTICA
66
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a) Estilo de vida.
b) Estrutura familiar.
67
c) Gênero.
d) Raça e etnia.
e) Geografia.
Referências Bibliográficas
BRAGA, J. L. Circuitos versus campos sociais. In: JANOTTI Jr. J., MATTOS, M.
A., JACKS, N. (orgs.) Mediação & Midiatização - COMPÓS 2012. Salvador:
EDUFBA
G1. O jovem que vendeu o rim para comprar um iPhone e hoje vive preso a
uma cama. G1, por BBC News, Ciência e Saúde, dezessete de janeiro de dois
mil e dezenove. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/01/17/o-jovem-que-vendeu-o-rim-para-comprar-um-iphone-
e-hoje-vive-preso-a-uma-cama.ghtml>. Acesso em: 09 ago. 2019.
69
KANTAR IBOPE MEDIA. As tendências das mídias sociais para 2019.
Disponível em: <http://www.kantaribopemedia.com/wp-
content/uploads/2019/02/As-Tend%C3%AAncias-das-M%C3%ADdias-Sociais-
para-2019_pt-BR_VF.pdf>.Acesso em: 09 ago. 2019.
______. Para cada geração, um interesse. Kantar Ibope Media, Artigos &
Papers, vinte e sete de novembro de dois mil e quatorze. Disponível em:
<http://www.kantaribopemedia.com/para-cada-geracao-um-interesse/>. Acesso
em: 09 ago. 2019.
MEIO & MENSAGEM. Ponto de audiência tem novo valor em 2019. Meio &
Mensagem, Últimas notícias, três de janeiro de dois mil e dezenove. Disponível
em: <http://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-
70
noticias/2019/01/03/ponto-de-audiencia-tem-novo-valor-em-2019.html>. Acesso
em: 09 ago. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: D.
Questão 2 – Resposta: C.
Questão 3 – Resposta: E.
71
Identidade visual. Técnicas publicitárias.
Estratégias de Marketing nas mídias digitais
e assessoria de imprensa. Media training.
Transmedia e crossmedia. Storytelling
Autora: Kátia Raquel Bonilha Keller
Objetivos
72
1. Introdução
Quando alguém tem uma ideia de negócio, a primeira coisa que passa na
cabeça da maioria é criar um nome e um logotipo. E esse é também o primeiro
tropeço do futuro empresário. Pode-se ter algo em mente, claro, mas a
situação ideal é aquela em que profissionais especializados em marcas e
identidade visual já participem, pelo menos, de algumas etapas do
planejamento de Marketing, que integra o Plano de Negócio.
Mesmo com alguns opositores a esse verdadeiro guia das empresas, o que se
tem a fazer prioritariamente é o Plano de Negócio (ou algum documento
semelhante), que contenha: estudos a respeito do empreendimento, como
descrição do negócio em si, seus produtos e/ ou serviços; seus diferenciais
com base no público-alvo (pois os valores a serem reconhecidos são os dos
futuros clientes, não os do empresário); as declarações de missão, visão e
valores (que formam a base do DNA da empresa); localização, investimentos e
outros aspectos burocráticos (jurídicos, contábeis, financeiros); detecção dos
concorrentes diretos e indiretos, com percepção de suas competências; e
escolha dos fornecedores que apresentem a melhor relação custo-benefício,
além de identificação entre condutas e valores.
1
TECMUNDO. Mais de 4 bilhões de pessoas usam a internet ao redor do mundo. TecMundo, trinta de
janeiro de dois mil e dezoito. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/internet/126654-4-
bilhoes-pessoas-usam-internet-no-mundo.htm>. Acesso em: 09 ago. 2019.
73
consequentemente, crescido a cada ano. Já em 2019, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE)2 apontou para um aumento na casa dos 10
milhões de internautas no país.
Tudo isso foi dito para que você entenda que escolher a marca de uma
empresa, que reflita sua proposta, sua personalidade, enfim, o seu DNA, é
fundamental, mas não é o primeiro degrau da escada. Uma marca tem de ser
um reflexo de tudo o que foi engendrado. A partir dessas definições, se você
for o empreendedor e não um profissional da área da comunicação, deve
chamar um bom designer ou publicitário especializado, que realizará um
briefing3, compreender o espírito da sua marca e desenhá-la, com a escolha
certa e criativa de cores e fonte das letras, e desenvolver um manual que
preveja sua aplicação em diversas tonalidades de superfície, entre outros
tantos detalhes. Por exemplo, se sua marca contiver azul a ser aplicado em um
outdoor de fundo azul (se você for um patrocinador de um evento, por
exemplo), você estaria com um problema em mãos para resolver. Por isso, o
trabalho profissional é indispensável. Marcas amadoras não têm futuro
promissor, ou entram para as estatísticas do Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) de mortalidade, em menos de vinte e
quatro meses; ou nunca se expandem, salvo raríssimas exceções, como o
caso dos cariocas biscoitos Globo4, que sempre foram sucesso aparentemente
sem uma razão lógica de Marketing. Com a morte, em 2017, de um dos seus
proprietários, ainda não é possível prever como ficará o cenário. Certo é que os
biscoitos foram símbolo da cidade do Rio de Janeiro durante décadas e
indispensáveis nas praias, normalmente acompanhados de mate gelado.
2
G1. Brasil ganha 10 milhões de internautas em 1 ano, aponta IBGE. G1, Tecnologia, vinte de dezembro
de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2018/12/20/numero-de-internautas-cresce-em-
cerca-de-10-milhoes-em-um-ano-no-brasil-aponta-ibge.ghtml>. Acesso em: 09 ago. 2019.
3
Briefing é um rol de perguntas abrangentes sobre um negócio, um produto e/ ou um serviço. É a
ferramenta principal para o desenvolvimento de qualquer trabalho na área da Comunicação de
Marketing de uma empresa. A partir do briefing, sairão as melhores estratégias e ações para o alcance
dos resultados desejados, com o melhor custo e no tempo planejado.
4
SOUZA, Elisa de. G1. Cariocas reagem à crítica do 'New York Times' sobre biscoito Globo. G1, Rio de
Janeiro, Olimpíada Rio 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/rio-de-
janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/08/cariocas-reagem-critica-do-new-york-times-sobre-biscoito-
globo.html>. Acesso em: 09 ago. 2019.
74
São fenômenos raros que, verdadeiramente, ninguém tem uma explicação
absoluta, devido ao ínfimo investimento de divulgação ou à relativa
simplicidade na gestão.
ASSIMILE
2. Identidade visual
O que você consegue perceber por meio desse conceito? Que a marca tem de
estar em tudo o que é apresentado ao mercado, isto é, embalagem,
adesivagem de veículos se for o caso, estilo, entre outros, porque tem de ser
pensada do ponto de vista do consumidor, daquilo que o atrai. Sendo assim,
tudo conta, inclusive a fácil abertura, instalação, conserto e até descarte do que
foi comprado.
75
Figura 1 – Mercedez-Benz
Podemos exemplificar muitas outras marcas, que se tornaram fortes por meio
de planejamentos de Marketing corretos e acertadas estratégias de branding.
Kotler e Keller (2012, p. 259) explicam que “branding significa dotar bens e
serviços com o poder de uma marca”. E é por meio desse trabalho, que
associações positivas pretendidas pelas empresas se sedimentam na mente
dos consumidores.
Assim, a marca Apple, por exemplo, teceu uma rede na qual um número
incalculável de pessoas a considera a melhor. Não importa se ela de fato é ou
não superior, é percebida como tal e isso, em Marketing, é tudo. Em um dia de
muito calor e sede, um número de consumidores vai desejar tomar uma Coca-
Cola extremamente gelada, pois a marca se vendeu assim há muito tempo. A
Coca-Cola se tornou praticamente um sinônimo de refrescância. Entretanto, ela
vende outras ideias, por estar sempre conectada ao público e às tendências.
Sua comunicação de Marketing traz, por exemplo, conceitos de diversidade e
tolerância, da importância das celebrações na vida, além de investir em ações
de responsabilidade socioambiental (apenas a título de ilustração, a marca
mantém o Instituto Coca-Cola Brasil e o programa Coletivo Jovem voltado à
capacitação profissional5).
5
COCA-COLA. Coletivo jovem: programa inspira e empodera jovens ao conectá-los com oportunidades
de trabalho. Coca-Cola Brasil, 2 de agosto de 2018. Disponível em:
<http://www.cocacolabrasil.com.br/packages/coletivo-jovem-programa-cria-pontes-entre-jovens-e-
mercado-de-trabalho>. Acesso em 28 mar. 2019.
76
composto pela marca e os elementos visuais adicionais que, combinados,
transmitem o padrão estético que identifica uma instituição ou um produto.”
Munhoz (2009), em seu livro, refere-se à marca como “conjunto composto pelo
símbolo e/ ou logotipo que identificam a instituição” (Munhoz, 2009, p. 11-12). E
explica: “símbolo se refere a uma imagem específica, que tem o propósito de
identificar visualmente a instituição” (Munhoz, 2009, p. 12). A autora também
conceitua logotipo: “se refere a uma palavra grafada de forma particular, que
tem o propósito de identificar visualmente a instituição” (Munhoz, 2009, p. 12).
Além disso, também adota o termo marca genericamente. Instituições, para
Munhoz (2009), incluem organizações de qualquer natureza.
3. Técnicas publicitárias
Primeiro, note que os autores não incluíram a Internet como veículo eletrônico,
que já se encontra integrada a essa classificação atualmente. Nos livros de
2010 e 2017, de Kotler, Hermawan e Setiawan, o impacto completamente
transformador da Internet foi ponto-chave, havendo afirmações de que o chat
seria a nova propaganda e o conteúdo, o novo anúncio. São livros de leitura
quase obrigatória, também para amplificar seus horizontes.
6
De acordo com Kotler e Keller (2012, p. 736), brand equity é “o valor agregado conferido a bens e
serviços”. O brand equity pode ser construído por meio de alguns apelos. Esses autores citam o início
das sandálias Havaianas, cujo apelo era funcional, e ainda muito conhecido até os dias de hoje: a
afirmação era a de que as Havaianas não tinham cheiro, não soltavam as tiras e não deformavam. O
cenário macro norteou cada mudança da marca, que evoluiu com os tempos até se transformar
praticamente em uma grife.
7
Kotler e Keller (2012, p. 737), definem o termo como “a soma dos valores vitalícios de todos os
clientes”. A base para a sua geração está na gestão de relacionamento como os clientes. Em linhas
gerais, envolve o quanto um cliente é lucrativo, o quanto se despende para conquistá-lo e retê-lo, e o
quanto está aberto a novas ofertas.
78
Você também pode estar se questionando a respeito do termo publicidade, já
que, no Brasil, as graduações costumam ser em Comunicação Social, com
habilitação em Publicidade e Propaganda. Existem diferenças de abordagem
entre os pesquisadores. Kotler e Keller (2012) são autores estadunidenses, e
categorizam as ferramentas de comunicação de forma diferente, como
Relações Públicas e Publicidade, com a principal missão de tratar da imagem
institucional das organizações ou da “comunicação de cada um de seus
produtos” (Kotler; Keller, 2012, p. 514), ou seja, o que se generaliza, no Brasil,
como Propaganda ou Publicidade.
79
Figura 2 – Prada
Martins (1997, p. 33) observa que “não há uma língua própria da publicidade e
sim determinadas habilidades e técnicas linguísticas [..]”. São estas as
utilizadas em textos da Propaganda, constituindo uma linguagem publicitária,
conforme o autor. É uma diferente e complementar abordagem da que você
acaba de conhecer em Kotler e Keller (2012).
Com essa fala, já é possível vislumbrar o universo das técnicas, que são
basicamente persuasivas. A persuasão extrapola o convencimento. Você pode
fazer alguém concordar com sua opinião sobre um produto, por exemplo, o que
não significa que o seu discurso será hábil o bastante para levá-lo a comprar o
bem na sequência.
8
BROWN, J.A.C. Técnicas de persuasão. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1971.
80
questionamentos, como “a união faz a força” –; a substituição de
nomes (como no caso da ‘guerra contra o terrorismo’ em vez de
‘invasão do Iraque’, [...]; a criação de inimigos (exemplos: sujeira
versus Omo, dor versus Aspirina); o apelo à autoridade, quando se
incluem testemunhos favoráveis, como, por exemplo, os de dentistas,
recomendando determinada marca de creme dental; e a afirmação e
repetição, por exemplo, do nome do produto. (BROWN, 1999, p. 41)
Falou-se, até agora, de discursos, mas um texto é tudo o que pode ser
percebido: um livro, você, seu ambiente, um filme. As cores9, na publicidade,
são intencionais e extremamente significativas, por exemplo. É o lugar do não
verbal. Na verdade, tudo na publicidade é escolhido estrategicamente para
persuadir. Veja:
9
Existem boas obras a respeito do assunto. Apenas como indicação de leitura: HELLER, E. A psicologia
das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo, SP: Gustavo Gili, 2012.
10
Explicando: existem famílias tipográficas não serifadas, como a fonte Verdana, que transmitem
modernidade. A Times New Roman, por outro lado, são um bom exemplo de letras serifadas, com uma
mensagem mais tradicional.
81
elegantes, para transmitirem sofisticação, se for esse o caso) são técnicas que
estão a serviço da persuasão das marcas.
11
SEO, traduzindo, é a otimização para os mecanismos de busca, para que um site se torne facilmente
encontrável em pesquisas. Os mais conhecidos são o Google e o Bing.
82
experiência com uma marca por exemplo. Esse é o chamado Inbound
Marketing em linhas gerais.
83
4.1 Facebook
4.2 Youtube
Os canais das marcas são quase obrigatórios também, já que o YouTube conta
com mais de 1 bilhão de usuários12.
4.3 Instagram
Rede com foco em fotos, vídeos curtos e stories, com alguns recursos de
edição. Nos comentários, é possível promover sorteios, campanhas, concursos
de frases e receber feedback de seguidores. No Instagram, usam-se também
as famosas hashtags do Twitter.
4.4 Twitter
12
YOUTUBE. Disponível em: <http://www.youtube.com/intl/pt-BR/yt/about/press/>. Acesso em: 09
ago. 2019.
84
4.5. LinkedIn
4.6. Pinterest
85
jornalista, apela-se para o Correio ou motoboys, mas fotos de qualidade
seguem digitalmente.
87
5. Media training
89
Figura 3 – Jornalistas
90
Existem pautas em que o assessor combina exclusividade com um
jornalista de veículo de grande interesse, garantindo o furo a ele, que é a
publicação exclusiva antes de qualquer outro veículo. Se essa estratégia
for firmada entre as partes, em hipótese alguma poderá haver a quebra
dessa relação de confiança. Esse fato, comenta Keller (2006, p. 37-38),
faz com que a organização comece “a se impor como uma fonte séria,
confiável e idônea junto à mídia”.
6. Transmídia e crossmedia
Finger (2012) faz uma observação bastante pertinente, focada nos telejornais
nesse cenário transmidiático:
91
É importante salientar, que a utilização da internet como mídia
complementar não é o mesmo que a interatividade esperada com a
plena implantação da TV digital. A expectativa com o padrão adotado
pelo Brasil é de se obter um canal de retorno integrado, multiplicidade
de conteúdos, informação sob demanda, personalização da
programação, comunicação simultânea entre usuário e emissora, ou
entre usuários de diversos locais com mediação da TV, ou seja, um
ambiente propício para a narrativa transmidiática (FINGER, 2012, p.
128).
7. Storytelling
Storytelling (do inglês, narrativa) pode ser entendido como uma forma de
conteúdo da marca. Histórias são contadas de forma envolvente para persuadir
alguém a proceder conforme o desejado. Um exímio contador de histórias,
conhecido por envolver investidores em seus projetos, foi Steve Jobs, o ícone
da Apple. Uma observação: essas histórias podem ser fictícias ou não.
13
O filme publicitário encontra-se no YouTube. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=X_-
lZsrYbnk>. Acesso em: 12 ago. 2019.
92
Figura 4 – Ferrero Rocher
Por fim, parece oportuno encerrar com uma ideia de Zozzoli (2012, p. 14): “o
importante é se lembrar de que a essência do storytelling resume-se em
sempre compartilhar, de maneira emocional, conhecimentos”.
93
8. Considerações finais
Você acredita que compra produtos e serviços por necessidade ou que deseja
suas histórias, como em uma projeção? Suas aquisições realizam quais dos
seus sonhos? Você percebe até que ponto se rende às estratégias da
comunicação de Marketing? Você considera a postura cidadã de uma marca
para buscar o consumo consciente?
TEORIA EM PRÁTICA
94
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a) Diferencial.
b) Premissa básica.
a) Publicidade.
b) Storytelling.
c) Crossmedia.
d) Transmedia.
e) Briefing.
95
a) LinkedIn.
b) Facebook.
c) Instagram.
d) Twitter.
e) Pinterest.
Referências Bibliográficas
96
______. Em busca do enunciatário de discursos (nada) amorosos: um
olhar analítico sobre peças publicitárias para o Dia dos Namorados. 2007-2009.
Tese (Doutorado em Letras, Análise do Discurso), Faculdade de Letras,
Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, SP, 2010.
SOUZA, Elisa de. G1. Cariocas reagem à crítica do 'New York Times' sobre
biscoito Globo. G1, Rio de Janeiro, Olimpíada Rio 2016. Disponível em:
<http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/08/cariocas-
reagem-critica-do-new-york-times-sobre-biscoito-globo.html>. Acesso em: 09
ago. 2019.
97
TECMUNDO. Mais de 4 bilhões de pessoas usam a internet ao redor do
mundo. TecMundo, trinta de janeiro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://www.tecmundo.com.br/internet/126654-4-bilhoes-pessoas-usam-
internet-no-mundo.htm>. Acesso em: 09 ago. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B.
Questão 2 – Resposta: E.
Questão 3 – Resposta: A.
98
Características da sociedade em rede.
Formatos e novas tendências de Marketing
(Instragram, Facebook, Youtube, WhatsApp)
Autora: Kátia Raquel Bonilha Keller
Objetivos
99
1. Introdução
O Marketing não atua em necessidades, mas pode ser hábil o suficiente para
elevá-las a um profundo desejo de possuir bens que as supram, porque a
sociedade encontra-se adoecida de diversas formas. Para ter uma ideia, mas
1
THE story of stuff. Escrito por Annie Leonard. Direção de Louis Fox. EUA: Free Range Studios, 2007. Site
(21 min.): son., color. Legendado. Port. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=zriUGfQ2V5w/>. Acesso em: 16 ago. 2019.
101
sem pormenorizar, por escapar completamente ao tema deste conteúdo,
estimava-se que a depressão2, em 2018, alcançava mais de trezentos milhões
de pessoas no mundo, com uma previsão de se tornar a doença mais
incapacitante do mundo até 2020. Empiricamente, a sensação é a de que paira
uma grande insatisfação generalizada, na qual tudo se torna ultrapassado e
entediante rapidamente, levando ao desejo daquilo que é novo, seja um
celular, seja uma experiência, para o preenchimento de vazios existenciais.
2
O ESTADO DE S. PAULO. Depressão será a doença mental mais incapacitante do mundo até 2020. O
Estado de S. Paulo, E+, dez de outubro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,depressao-sera-a-doenca-mental-mais-
incapacitantes-do-mundo-ate-2020,70002542030>. Acesso em: 12 ago. 2019.
102
Com a globalização instalada, os avanços tecnológicos crescentes, o
barateamento dos celulares e a popularização, mesmo que gradual em
países em desenvolvimento, da Internet, os indivíduos passaram a ter
o mundo na ponta dos dedos. Atualmente, na frente de um computador
conectado, buscamos todo tipo de informações, inclusive, relacionadas
a compras on-line. As redes sociais formadas passam a ter maior
credibilidade do que a comunicação institucionalizada das empresas,
já que seriam supostamente mais imparciais. Ao cidadão, é possível
pesquisar, comparar, interagir com outros consumidores, formar uma
opinião, comprar pela Web, disseminar suas impressões pessoais em
relação às marcas e, em alguns casos, até desempenhar um papel de
cocriador de produtos – como aconteceu, já há cerca de duas décadas
inclusive, com o Linux, cujo inventor abriu sua ideia sobre um novo
sistema operacional para outros internautas, que puderam oferecer
suas contribuições espontaneamente (KELLER, 2013, p. 284).
Enfim, essa nova onda dentro da terceira onda construiu um mundo novo, mas
a dúvida é se ele é mesmo admirável, como diz o título do famoso livro de
Huxley (2014). Os autores Kotler, Hermawan e Setiawan (2010) citam as crises
espalhadas pelo mundo, catástrofes, epidemias, danos ambientais e até
mesmo a ascensão da China na economia, inimaginável há algumas poucas
décadas. Sobre esse complexo cenário, Keller (2013) observa:
3
G1. Facebook completa 15 anos com 2,3 bilhões de usuários. G1, Tecnologia, quatro de fevereiro de
dois mil e dezenove. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/02/04/facebook-completa-15-anos-com-23-
bilhoes-de-usuarios.ghtml>. Acesso em: 12 ago. 2019.
104
estar da humanidade. Dessa constatação podem surgir muitos viéses
de investigação sobre a defasagem no tempo entre a introdução no
mercado das novas tecnologias e os seus resultados produtivos reais
no sistema sócio-econômico. Os capitalistas interessados no mundo
digital, cientes de que o uso dos sistemas computacionais parece
provocar uma sensação de poder nos usuários, preferem ignorar essa
defasagem e continuam e colocar no mercado, de forma incessante,
novos artefatos tecnológicos, principalmente os que sofisticam o
acesso à Internet. (BASTOS; CARVALHO; ROCHA, 2001, p. 82-83)
4
HUFFPOST. Mundo tem 4,3 bilhões de excluídos digitais, alerta ONU. Huffpost Brasil, Notícias, vinte e
quatro de novembro de dois mil e quatorze. Disponível em:
<http://www.huffpostbrasil.com/2014/11/24/mundo-tem-4-3-bilhoes-de-excluidos-digitais-alerta-
onu_a_21676041/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
5
BRASIL 247. Brasil ainda tem 4,5 milhões de excluídos digitais. Disponível em:
<https://www.brasil247.com/brasil/brasil-ainda-tem-4-5-milhoes-de-excluidos-digitais>. Acesso em: 12
ago. 2019.
105
Figura 1 – Exclusão digital
106
Keller (2010, p. 84) ainda comenta: “[...] é a linguagem o lugar mais claro e
completo da materialização do fenômeno ideológico. A comunicação na vida
cotidiana é o cenário para a constituição da ideologia”.
107
A geração 2.0 já se forma na era da informação, observando que, nos
Estados Unidos, tratou-se de um processo que se estendeu entre 1970
e 1980. Desse modo, antecedeu o Brasil, cujo Código de Defesa do
Consumidor entrou em vigor somente em março de 1991. O Marketing
2.0 concentrava esforços na segmentação de mercado e retenção de
clientes, que se tornaram verdadeiros reis.
Essa citação menciona, por datar de 2011, a rede popular Orkut, encerrada no
final de setembro de 2014, época em que o Facebook já estava em forte
expansão. Sobre mídias (ou redes) sociais em si, você estudará um pouco
mais adiante. No entanto, apesar desse detalhe, a sociedade permanece
enfrentando as mesmas mazelas ou piores.
109
investido de poder. Agora, ele pode inquirir uma empresa por meio de sua
página no Facebook por exemplo, e as marcas espertas cuidam de conquistar
sua confiança, já que ele pode elogiar o bom e rápido atendimento de uma
demanda por meio de um post, influenciando favoravelmente a opinião dos
amigos de sua rede. Esse boca a boca virtual vale muito mais do que um
outdoor, facilmente percebido como espaço comprado para falar bem da
empresa X ou Y. Boa parte dos consumidores abandona a ingenuidade,
tornando-se muito mais difícil persuadi-lo a se tornar um cliente leal, que pode
não somente ser fiel na compra de apenas uma marca, como também
transformar-se em um defensor dela. Além disso, há um efeito de saturação no
consumidor, a ser enfrentado pelas organizações, conforme comenta Keller
(2011):
ASSIMILE
Para que você conheça um pouco mais sobre os conceitos de missão, visão
e valores organizacionais, vale uma leitura inicial, mas clássica, da
ferramenta do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE), disponível em:
<http://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_Missao-Visao-
Valores.PDF>. Acesso em: 12 ago. 2019.
112
A oferta de conteúdo relevante para o público-alvo de cada marca também é
mencionada pelos autores, tanto que tais conteúdos seriam os melhores
candidatos a se tornarem os novos anúncios, tanto conteúdos escritos como
audiovisuais. Será mesmo que uma das fórmulas mais usadas do Inbound
Marketing (resumidamente contato com a landing page de um site,
preenchimento de dados básicos solicitados, ganho de permissão para
download de um e-book) continua com força suficiente para converter visitantes
em compradores?
Fato é que as mídias tradicionais ainda estão sendo combinadas aos recursos
digitais para potencializar resultados. Como dizem, nem tanto ao céu nem tanto
à Terra. Pelo menos, por ora.
Esse consumidor pode manter um canal no YouTube, pode indicar vídeos aos
amigos (e enviar o link via WhatsApp), pode interagir com o dono de um canal,
comentar, criticar, curtir ou descurtir um conteúdo.
113
mantêm atentas e sensíveis, reconhecendo o poder que eles detêm em tese.
São os jovens, as mulheres e os cidadãos da Internet ou netizens (aquele
internauta assíduo, que sempre está opinando sobre algo).
Agora, chegou o momento de você conhecer um pouco mais sobre essas tais
armas, acessíveis às empresas, independentemente de seus portes, e a uma
parcela considerável dos consumidores no mundo. Acompanhe algumas
curiosidades e informações sobre as mídias selecionadas:
6
LADEIRA, F. F. Breves reflexões sobre os haters. Observatório da Imprensa, seis de novembro de dois
mil e dezoito, ed. 1012. Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/dilemas-
contemporaneos/breves-reflexoes-sobre-os-haters/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
114
Insta vem de Instant Camera (câmera instantânea), enquanto que o gram
refere-se a telegram (o bom e velho telegrama, antigamente, alternativa mais
rápida de envio de mensagem oferecida pelos Correios)7.
Figura 4 – Facebook
7
COELHO, Taysa. O que significa Instagram? Veja a origem dos nomes de redes sociais. TechTudo, Redes
sociais, treze de outubro de dois mil e dezoito. Disponível em
<http://www.techtudo.com.br/listas/2018/10/o-que-significa-instagram-veja-a-origem-dos-nomes-de-
redes-sociais.ghtml>. Acesso em: 12 ago. 2019.
8
G1. Fundadores do Instagram anunciam saída da empresa. G1, Tecnologia, Agência EFE, vinte e cinco
de setembro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2018/09/25/fundadores-do-instagram-anunciam-
saida-da-empresa.ghtml>. Acesso em: 12 ago. 2019.
115
dormitório acadêmico. Por ser um virtual livro de rostos, acabou sendo
chamado literalmente de Facebook. Desse embrião, Zuckerberg desenvolveu
redes sociais para o campus (eram um tipo de Tinder antigo, mas barradas por
Harvard). Na sequência, surge o que viria a se tornar a mídia social poderosa
que hoje conhecemos, o Thefacebook9, nome modificado em 2005.
9
COELHO, Taysa. O que significa Instagram? Veja a origem dos nomes de redes sociais. TechTudo, Redes
sociais, treze de outubro de dois mil e dezoito. Disponível em
<http://www.techtudo.com.br/listas/2018/10/o-que-significa-instagram-veja-a-origem-dos-nomes-de-
redes-sociais.ghtml>. Acesso em: 12 ago. 2019.
10
FOLHA DE S. PAULO. Facebook registra tendência de queda no Brasil, diz Datafolha. Folha de São
Paulo, nove de abril de dois mil e dezenove. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/04/facebook-registra-tendencia-de-queda-no-brasil-diz-
datafolha.shtml>. Acesso em: 12 ago. 2019.
116
de 2006, por US$ 1,65 bilhão. A equipe original foi mantida. Em 2007, surge o
YouTube em Língua Portuguesa.
O WhatsApp surgiu para substituir o SMS, pois era cobrado, da ideia de dois
amigos, o estadunidense Brian Acton e o ucraniano Jan Koum, que foram
colegas no Yahoo!. A empresa foi criada antes mesmo de um produto, pela
percepção de Koum sobre a promissora possibilidade de um aplicativo com
mensagens instantâneas. Em breve, o russo Igor Solomennikov, que
11
KLEINA, Nilton. A história do YouTube, a maior plataforma de vídeos do mundo. TecMundo, Internet,
onze de julho de dois mil e dezessete. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/youtube/118500-
historia-youtube-maior-plataforma-videos-do-mundo-video.htm>. Acesso em: 12 ago. 2019.
12
Idem.
13
COELHO, Taysa. O que significa Instagram? Veja a origem dos nomes de redes sociais. TechTudo,
Redes sociais, treze de outubro de dois mil e dezoito. Disponível em
<http://www.techtudo.com.br/listas/2018/10/o-que-significa-instagram-veja-a-origem-dos-nomes-de-
redes-sociais.ghtml>. Acesso em: 12 ago. 2019.
117
programou a primeira versão do aplicativo, e Acton, se tornariam cofundadores.
A versão 1.0 não funcionou, mas, com a chegada do iOS 3.0 da Apple, o
cenário mudaria, tornando-se propício para a decolagem do WhatsApp. A
evolução do aplicativo fez dele o queridinho de todos os donos de smartphones
do mundo, e causa desespero geral quando fica instável. A versão para
Android surge em 2010, os áudios entram em 2013 e, no seu início, seu uso
era pago.
4. Considerações finais
14
KLEINA. A história do WhatsApp, o rei dos mensageiros. TecMundo, vinte e três de janeiro de dois mil
e dezoito. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/dispositivos-moveis/125894-historia-
whatsapp-rei-mensageiros-video.htm>. Acesso em: 12 ago. 2019.
118
O importante é a presença digital com extrema qualidade, portanto, quando a
verba da empresa for pequena para Marketing, o que se indica é escolher duas
redes sociais, além da manutenção de um site com domínio, desenvolvido por
profissionais das áreas de Design e Tecnologia da Informação (TI), além de um
bom conteudista, para que o início dessa presença digital cresça
gradativamente em buscas orgânicas. Isso significa ofertar leituras e materiais
considerados relevantes ao público-alvo. Tudo sempre gira em função desse
público, pois é dele que parte a sustentação de qualquer negócio. Ademais, há
de se definir os objetivos a serem alcançados, pois tudo também depende do
estágio no qual se encontra o negócio, que pode já contar com presença
digital, com necessidade de ajustes. A empresa vai ser lançada e há uma
marca a ser construída? Trata-se da consolidação e expansão dessa marca?
Precisa ser atualizada? São inúmeras as situações, por isso a importância de
uma abordagem profissional.
15
INTELIGÊNCIA CORPORATIVA ROCK CONTENT. Ferramentas de pesquisa de marketing: conheça 5
opções para utilizar na sua estratégia. Inteligência corporativa rock content, Pesquisas, dois de outubro
de dois mil e dezessete. Disponível em: <http://inteligencia.rockcontent.com/ferramentas-de-pesquisa-
de-marketing/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
119
essas produções têm de refletir o DNA da empresa genuinamente. Do
contrário, os resultados provavelmente não chegarão.
TEORIA EM PRÁTICA
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a) Marketing 1.0.
b) Marketing 2.0.
c) Marketing de Produção.
d) Marketing de Retenção.
e) Marketing 3.0.
120
2. Os excluídos digitais no mundo estão:
a) Crise; funcionários.
b) Exclusão; donativos.
c) Redes; funcionários.
d) Redes; institutos.
e) Crise; institutos.
Referências Bibliográficas
BRASIL 247. Brasil ainda tem 4,5 milhões de excluídos digitais. Disponível
em: <https://www.brasil247.com/brasil/brasil-ainda-tem-4-5-milhoes-de-
excluidos-digitais>. Acesso em: 12 ago. 2019.
121
BRIGGS, Mark. Jornalismo 2.0: como sobreviver e prosperar – um guia de
cultura digital na era da informação. Knight Center for Journalism in the
Americas. Disponível em: <http://knightcenter.utexas.edu/Jornalismo_20.pdf>.
Acesso em: 12 ago. 2019.
G1. Facebook completa 15 anos com 2,3 bilhões de usuários. G1, Tecnologia,
quatro de fevereiro de dois mil e dezenove. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/02/04/facebook-
completa-15-anos-com-23-bilhoes-de-usuarios.ghtml>. Acesso em: 12 ago.
2019.
HUXLEY, A. L. Admirável mundo novo. 22. ed., Rio de Janeiro, RJ: Biblioteca
Azul, 2014.
123
<http://www.tecmundo.com.br/youtube/118500-historia-youtube-maior-
plataforma-videos-do-mundo-video.htm>. Acesso em: 12 ago. 2019.
124
O ESTADO DE S. PAULO. Depressão será a doença mental mais
incapacitante do mundo até 2020. O Estado de S. Paulo, E+, dez de outubro
de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,depressao-sera-a-doenca-
mental-mais-incapacitantes-do-mundo-ate-2020,70002542030>. Acesso em:
12 ago. 2019.
THE story of stuff. Escrito por Annie Leonard. Direção de Louis Fox. EUA: Free
Range Studios, 2007. Site (21 min.): son., color. Legendado. Port. Disponível
em: <http://www.youtube.com/watch?v=zriUGfQ2V5w/>. Acesso em: 12 ago.
2010.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: E.
Questão 2 – Resposta: B.
Questão 3 – Resposta: D.
125
Análise crítica de peças publicitárias.
Estudo de casos de sucesso, releituras e
fórmulas eficazes de divulgação
Autora: Kátia Raquel Bonilha Keller
Objetivos
126
1. Introdução
1
MONTEIRO, Thaís. Cresce investimento em narrativas interativas. Meio & Mensagem, Mídia, dezoito
de abril de dois mil e dezenove. Disponível em:
<http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2019/04/18/cresce-investimento-em-narrativas-
interativas.html>. Acesso em: 12 ago. 2019.
.
127
dos entrevistados por Monteiro (2019), no site Meio & Mensagem, alertou para
um comportamento específico no Brasil, apesar de acreditar no potencial da
interatividade:
A ideia, então, como foi dito, é trazer um conteúdo mais genérico, usando um
pouco de cada um desses universos quando pertinente, mas de uma forma
128
mais acessível, sobre peças impressas e audiovisuais dessa fascinante área
da Propaganda. Preparado?
2
AUTOBR. Fiat Stilo Blackmotion: comercial de lançamento (Brasil). AutoBr, dezesseis de agosto de dois
mil e nove. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=FQK9aTgZs_w>. Acesso em: 12 ago.
2019.
129
que diz que o importante é levar vantagem em tudo. 3 Isso significa dizer que
vale tudo para passar o outro para trás. Não há ética, não há respeito, não há
consciência, não há limites. Em algumas tribos de adolescentes (basicamente,
entendidas como grupos que se reúnem por gostos e identificação), seria o
equivalente à expressão perdeu, playboy. Os efeitos sobre a realidade
brasileira são os mais nocivos, ao lado do tal jeitinho brasileiro (normalmente,
movido à oferta de propina). São dois assuntos muito estudados pela
Antropologia Cultural. E não há nenhum orgulho a ser exaltado em função
disso. O discurso que faz apologia a ambas distorções de caráter é obtuso e
expõe o que de pior o ser humano pode conter: o desejo de legitimar sua
conduta egoísta, jogando no lixo o conceito de bem comum do homem político
de Aristóteles. Não se está falando em um momento político ou de partidos: o
mal parte, por exemplo, do cuidador de carros estacionados nas ruas, que
cobra vinte reais adiantados para você estacionar na rua durante as provas de
um concurso público e chega à corrupção em instâncias dos serviços públicos
(que, como a própria denominação diz, existem para servir qualquer cidadão, já
que é este que, com os seus impostos, banca a macroestrutura).
3
Sobre a Lei de Gérson: Gerson foi um grande jogador de futebol nas décadas de 60 e 70. Participou do
time que ganhou o tricampeonato do México em 1970. Alguns anos depois, como era na época um
famoso e inveterado fumante, participou de um comercial de cigarros da marca Vila Rica. Nesse
comercial, disse a frase que ficou famosa como a Lei de Gérson: o importante é levar vantagem em tudo.
Essa frase resumia (e talvez ainda resuma) o pensamento de uma boa parte dos brasileiros, ou seja,
egoísta, capaz de qualquer coisa para levar vantagem, mesmo que seja imoral ou ilegal. Nada disso
importa. O que importa é se dar bem.
TAVARES, Maurício de Souza. O importante é levar vantagem em tudo, certo? Mundo do marketing, O
legal da marca, vinte de fevereiro de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://www.mundodomarketing.com.br/blogs/o-legal-da-marca/37725/o-importante-e-levar-
vantagem-em-tudo-certo.html>. Acesso em: 12 ago. 2019.
4
No sentido de coisificadas, vistas como meras coisas. Reificação vem do latim res, que significa objeto.
130
a nocividade da reificação em geral, veja o que diz Silveira, Pieniz e Fraga
(2010):
131
Figura 1 – Anúncio
132
Entretanto, a manipulação não para por aí. O assinante segundo Keller (2010,
p. 124), “quer participar da ‘promoção cultural’, acredita que deve fazê-lo, pois
pode (afinal, ele é um Assinante, repleto de saberes e competências) e sabe
fazer uma declaração diferenciada”. Aliás, a promoção foi estrategicamente
pensada para causar uma identificação com o assinante (estilo, visão de
mundo, valores). São para aqueles que pensam ÃO (mote das campanhas
publicitárias do periódico na época). A manipulação do excluído faz com que
ele queira se tornar um assinante, “pois seu detentor aparenta ser reconhecido
socialmente. Se o Assinante Estadão “tem mais”, o narratário ’excluído’ deduz
que, não assinando o jornal, tem menos”, de acordo com Keller (2010, p. 124).
133
vestissem o Estadão. E o cinza, em propaganda, significa sabedoria,
serenidade, credibilidade). Todas as outras também foram escolhidas
estrategicamente5.
5
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores. 4. ed. São Paulo: Edgar Blucher, 1997.
134
vítimas fatais ou de estupros (mais comum em casos de crimes dolosos,
aqueles praticados pela vontade do acusado ou pelo fato de o indivíduo
assumir o risco de sua ação poder ferir ou matar outrem). Pode-se então ver
comentários do tipo: “mas se não estivesse namorando tão jovem”; “mas
também, quem mandou andar à noite sozinha em uma rua daquelas”, entre
outros absurdos. A Web revelou que muitas pessoas perderam (ou nunca
tiveram) o bom senso.
Há uma história por trás dessa onda politicamente correta, veja na dica a
seguir:
ASSIMILE
135
dentro de seu limite pessoal, ou seja, desde que não esteja invadindo o espaço
do outro e o prejudicando. Básico, não? A Constituição Federal vigente (de 5
de outubro de 1988) garante a qualquer brasileiro, em termos gerais, respeito a
todas as diferenças e liberdade. E existe a punição aos crimes de ódio (Lei n.
7.716, de 5 de janeiro de 1989, que decreta que serão punidos “os crimes
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional”)6.
a. Advertência.
b. Recomendação de alteração ou correção do anúncio.
c. Recomendação aos veículos no sentido de que sustem a divulgação
do anúncio.
d. Divulgação da posição do CONAR com relação ao anunciante, à
agência e ao veículo, através de veículos de comunicação, em face do
não acatamento das medidas e providências preconizadas.
6
ORTEGA, F. T. O que são os crimes de ódio. Jusbrasil, Notícias, dois mil e dezessete. Disponível em:
<http://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/309394678/o-que-sao-os-crimes-de-odio>. Acesso em:
12 ago. 2019.
136
ao longo do tempo é pródigo e inclui tropeços clássicos não menos
ruinosos, tais como a objetificação da figura feminina, a culpabilização
da vítima, a invasão de privacidade, a exaltação da euforia gratuita e a
consagração do padrão de beleza nórdico. Persistindo erraticamente
nesses lances temerários, ainda hoje grandes campanhas sobre eles
são concebidas e neles se sustentam, visando a eventual simpatia dos
públicos-alvo e sua final tomada de decisão pelo consumo dos
produtos assim anunciados. (NEGRI, 2016, p. 5)
Com um salto no tempo, você verá, agora, uma das muitas novas ideias que
têm marcado presença na Internet. A propaganda inesperada, mas no roteiro,
em um vídeo do canal humorístico Deboche Astral, de Vitor diCastro (que conta
com 363 mil inscritos), conquistou, entre os dias 11 e 18 de abril de 2019, mais
de 167 mil visualizações e 22 mil likes.
Dica de leitura para quem quiser conhecer mais sobre texto publicitário:
CARRASCOZA, J. A. Razão e sensibilidade no texto publicitário. 2. ed.
São Paulo, SP: Futura, 2004.
138
verbalizações entre atores, nada é falado, somente imagens, de uma extrema
sensibilidade, que conduzem a narrativa. Reconhece as partes do roteiro
literário, mencionadas no início do item 2.1 deste conteúdo? É um bom
exercício. Sem usar elementos semióticos, que tornariam o tema complexo
demais e afastado do seu verdadeiro escopo, perceba as sutilezas narrativas.
Toda menina passa por isso e é impossível afirmar que a fase de aceitar as
mudanças inevitáveis é suave. São muitas as dúvidas, inseguranças e
transformações. O conflito do filme publicitário é interno, entre a criança e a
moça que precisava vir à tona. O clímax chega quando ela abre a caixa e pega
o seu primeiro sutiã. O ponto de virada está quando ela o veste e se observa
em frente ao espelho, como se uma lagarta tivesse se descoberto uma
borboleta. O sutiã vem como a resolução da transição de menina para mulher,
finalizada com a atração do adolescente na rua pela linda garota usando a
marca Valisére.
Veja o que comenta Pimenta (2005) sobre trecho do filme publicitário (2005):
O filme da marca Valisére entrou para o rol dos cem melhores comerciais de
TV do mundo, ao lado de outro, criado pela mesma agência, intitulado Hitler7,
de 1988, para o jornal Folha de S. Paulo, que foi outra obra-prima. A escolha,
na época, foi da jornalista Bernice Kanner8. Ambos venceram o Leão de Ouro,
prêmio máximo da publicidade em Cannes.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
7
WBRASILONLINE. Folha – Hitler. Wbrasilonline, oito de julho de dois mil e oito. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=nd9R7ZxhjJ8>. Acesso em: 12 ago. 2019.
8
KANNER, B. The 100 Best TV Commercials and why they worked. New York: Times Books, 1999.
9
ABIMÍDIA. ABI – A vírgula. ABImídia, três de fevereiro de dois mil e dezesseis. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=FJyiA_V5VfA>. Acesso em: 12 ago. 2019.
140
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude nenhuma vírgula da sua
informação.
Em uma análise breve do filme, você nota que foi feito em preto e branco
(monocromático), provavelmente, para mostrar que, no jornalismo ético, tudo é
preto no branco, como se diz popularmente. Afinal, o objetivo, no jornalismo,
como se aprende desde o primeiro dia de aula dessa habilitação, pertencente à
Comunicação Social, é chegar à melhor versão da verdade dos fatos para
atender ao interesse público. Assim, jornalismo deve ser sinônimo de apuração
dos fatos, de imparcialidade, de neutralidade, de isenção, mesmo que tudo
consista apenas em um efetivo esforço para se chegar a eles.
As cores só chegam na última cena, com a marca ABI, sendo que o azul é a
cor da credibilidade, como afirma Farina (1997), além do traçado verde e
amarelo abaixo da marca, reafirmando o compromisso com o interesse público
da população brasileira e com a construção do país, com destaque à atuação
da imprensa (observe o logotipo, que parece tanto um objeto de escrita quanto
uma casa).
141
para a divulgação de marcas, do comercial, casou perfeitamente com o
conceito da campanha, que alçou a marca à primeira posição no ranking do
mercado. O vídeo e suas duas versões posteriores10 podem ser assistidos no
link da revista Veja, disponível em nota de rodapé na próxima página.
A campanha foi tão bem-sucedida que se estendeu por quase quatro anos. De
acordo com o blog da revista Veja, o premiado filme publicitáro foi criado por
Erh Ray e Nizan Guanaes, na então DM9DDB, tendo ganho o prêmio
Profissionais do Ano, destaque na área da propaganda no Brasil. O
faturamento da Parmalat cresceu com a campanha, 4900% em um ano (VEJA,
2018).
10
As posteriores são releituras, estas compreendidas como um novo olhar sobre um original. Trata-se
de outras produções inspiradas em uma primeira, mas que se apresentam como novas versões, com
sutilezas diferentes da primordial.
11
GARCIA, Roosevelt. Dez curiosidades sobre o comercial dos Mamíferos Parmalat. Veja, Blog Memória,
cinco de julho de dois mil e dezoito. Disponível em:
<http://vejasp.abril.com.br/blog/memoria/mamiferos-parmalat/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
142
animais da fauna nativa. Em 2015, a marca lançou nova versão com bebês,
com jingle muito parecido, filme bem realizado, mas o impacto e o sucesso
ficaram mesmo por conta do primeiro comercial. A lição é a de que nem toda
releitura vai funcionar como a ideia original. Poderá ser um sucesso maior,
poderá ficar no nível mediano ou constituir um enorme fracasso.
Carrascoza, diz:
4. Considerações finais
Um site pode ser considerado, teoricamente, o lugar no não lugar, pois não há
materialidade, somente virtualidade. A Internet, por sua vez, não seria o estar
sem estar, uma obra literalmente aberta?
12
KELLER, K. R. B. Desafio à construção de marcas admiráveis no século XXI: o empowerment do
consumidor. In: KELLER, K. R. B.; SATLER, L. L. Século XXI: a publicidade sem fronteiras? Goiânia, GO:
PUC-GO, 2011.
145
como, campanhas publicitárias que utilizam a televisão, Internet,
outdoor e revista em um só momento. (FINGER, 2012, p. 124)
TEORIA EM PRÁTICA
146
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a) O Ministério do Trabalho.
b) A OAB.
c) O CONAR.
d) A Defensoria Pública.
e) O Ministério Público.
147
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
Referências Bibliográficas
KANNER, B. The 100 Best TV Commercials and why they worked. New
York: Times Books, 1999.
149
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 14. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2012.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: E.
Questão 2 – Resposta: C.
Questão 3 – Resposta: D.
151
Prática: desenvolvimento de projeto escrito
em forma de campanha publicitária de
produto e/ ou serviço que abarque
estratégias de divulgação on-line
Autora: Kátia Raquel Bonilha Keller
Objetivos
152
1. Introdução
Imagine que você foi chamado para desenvolver uma campanha para a marca
Grand Finale Cafés. Será uma prospecção, que poderá ou não render um
contrato. O primeiro passo é entender o negócio de seu cliente, para que possa
dimensionar a complexidade do trabalho e qual será o valor que pretende
cobrar.
Depois disso, é chegada a hora de você fazer o briefing do caso, tão extenso
quanto você achar necessário. Com a prática, você poderá desenvolver seu
próprio briefing, pois sua experiência apontará para tudo aquilo que é
necessário saber sobre qualquer tipo de cliente.
153
No caso da marca Grand Finale, a opção para este conteúdo foi colocar como
se tudo já tivesse sido estudado, elaborado e entregue ao cliente. Então,
prepare-se!
ASSIMILE
Tudo isso é fundamental, para que você tenha finalizado o briefing, um raio-X
da empresa, capaz de revelar um diagnóstico claro e preciso. Desse modo,
saiba reconhecer o que é necessário fortalecer ou estruturar naquele negócio,
sempre com vistas à arquitetura da campanha.
154
Imagine o resumo, dessa primeira etapa de seu trabalho, da seguinte forma: a
marca Grand Finale, nas palavras de seus proprietários, foi lançada para
surpreender, entregando uma experiência única e personalizada aos
convidados de casamentos. Oferecem cafés especiais, que exigem
conhecimento especializado.
Figura 1 – Café
1
Para compreender inovação, importante aqui lembrar o que diz Serafim (2011, p. 29): “[..] é uma ideia
criativa que atende às necessidades e expectativas dos clientes; é empreendida e se torna
comercialmente viável, dando retorno a todos os stakeholders envolvidos no processo”.
155
individualmente preparado, e a experiência com o serviço gera um vínculo com
os baristas, conforme relataram os proprietários.
Sendo um serviço que lida, sobretudo, com produto, recomenda-se ver o que
diz o Manual de Oslo (1997) sobre inovação nesses casos e os desafios a
serem enfrentados:
156
O Canvas, especificamente, é um quadro com nove blocos, dividido em dois
lados (na última página deste conteúdo, você encontrará o modelo para a
marca Grand Finale). O lado direito (mais emocional) do quadro, explora o
valor; enquanto o lado esquerdofoca na eficiência (mais relacionado à lógica).
Define-se como um mapa visual dos negócios e pode ser aplicado a qualquer
segmento, de acordo com Osterwalder e Pigneur (2011). O Canvas permite
que sejam identificados quatro aspectos fundamentais de um modelo de
negócios: clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira.
Dica de leitura:
3. O mercado de casamentos
2
DIVULGADOR DE NOTÍCIAS EXAME. Crise não afeta mercado brasileiro de casamentos. Exame
Negócios, 28 set. 2018. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/dino/crise-nao-afeta-
mercado-brasileiro-de-casamentos/>. Acesso em: 16 ago. 2019.
157
os recasamentos (de pessoas viúvas e divorciadas) e as festas podem conter
até 200 convidados, em casos de maior poder aquisitivos dos noivos.
4. SWOT
No caso da marca Grand Finale, pense que vieram à tona alguns aspectos.
4.1 Forças
4.2 Fraquezas
3
De acordo com Kotler e Keller (2012), a avaliação global desses aspectos de uma organização constitui
um meio de monitoramento dos ambientes interno e externo.
158
dificuldade na operacionalização de vidros e porcelanas em grandes festas
(faz-se necessário contratar reforço para a limpeza e reposição); marca ainda
pouco conhecida; dificuldade na organização para atendimento de eventos
grandes em dias de chuva (logística); equipe enxuta demais (somente os dois
proprietários); trabalho em home office (cogitam abrir um café futuramente) e
não contarem com um fornecedor atacadista em função da demanda pequena.
4.3 Ameaças
4.4 Oportunidades
5. Análise do ambiente
5.1 Macroambiente
159
O ambiente demográfico relaciona-se ao tamanho e taxa de crescimento
populacional de cidades, regiões ou países, composição por faixas etárias,
composição étnica, graus de instrução, padrões familiares e características
regionais. No caso da marca Grand Finale, destaca-se o crescimento
populacional de uma determinada cidade sede de médio porte e a principal
atendida pela empresa, o que reflete no crescente número de noivos, com uma
certa preferência pelo café coado, aparentemente típica do interior, notada
empiricamente pelos proprietários, o que não exclui o consumo de espressos
diferenciados, motivado pela curiosidade quanto à experiência e apreciação da
inovação.
160
O ambiente tecnológico compõe-se basicamente de mudanças e oportunidades
de inovação, investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos
e suas devidas regulamentações. Na Grand Finale, essa força ambiental
impacta, atualmente, os processos de gestão do negócio, com estoque,
contratos e banco de dados monitorados por software, que precisa ser cada
vez mais eficiente e eficaz. No momento, o programa de controle utilizado pela
empresa foi desenvolvido por um de seus proprietários, originalmente, da área
da Tecnologia da Informação.
Por fim, o ambiente político legal, formado por leis, órgãos governamentais e
grupos de pressão que influenciam empresas e pessoas, atinge a Grand Finale
não só no que se refere à carga tributária suportada em suas transações, como
também na responsabilização pelos produtos alimentícios ofertados nos
casamentos (estocagem correta, limpeza e higienização de móveis e utensílios,
manipulação de ingredientes etc.).
5.2 Microambiente
161
5.2.2. Astronomy bartender
162
virtual. São oito unidades em capital de Estado. Oferecem cursos. Instagram
com 5.798 seguidores.
A Grand Finale não planeja trabalhar com bebidas alcoólicas, pois não são o
foco da empresa, o que pode ser um ponto a ser repensado futuramente.
Estuda-se a inserção de bebidas geladas para dias quentes, o que será uma
inovação essencial. Os concorrentes, segundo a empresa, falham por abraçar
muitas atividades, o que retira deles o diferencial da especialização. Além
disso, não estão atentos à sofisticação e aos detalhes, como instalação da
base com fios aparentes e desorganização. Alguns concorrentes também não
possuem equipamentos profissionais ou infraestrutura adequada (mobiliário).
Em muitos casos, oferecem, por exemplo, bolachinhas populares, denotando
falta de cuidado com pormenores que fazem a diferença, na opinião dos
proprietários da Grand Finale.
No caso da Grand Finale, percebe-se, por ora, que a concorrência deve ser
monitorada como benchmarking (em linhas gerais, referência/ avaliação por
comparação). Para enfrentá-la, seus proprietários apostam no atendimento
único, pessoal, mas devem focar incansavelmente no fortalecimento da marca,
na inovação constante e na sedimentação de autoridade no segmento de
atuação. Também notam que os concorrentes apresentam peças de divulgação
de baixa qualidade e presença digital falha, pontos em que a empresa pode e
deve se destacar.
163
6.1 Segmento de clientes
164
Observação: relacionam-se às formas como uma empresa comunica sua
proposta de valor aos públicos-alvo. Engloba canais de comunicação,
distribuição e venda.
Testemunhos para website, fanpage, Google Meu Negócio, entre outros, são
importantes. A sugestão é a busca de clientes e ex-clientes próximos, para que
possam avaliar e avalizar o trabalho da Grand Finale publicamente.
165
O website deve estar sempre atualizado, pois polariza todos os interessados no
serviço. É lá que se encontra a área para solicitação de orçamentos.
Observação: diz respeito aos tipos de relação com os clientes, com foco em
conquistar a lealdade e vender mais.
166
sabores das batatas Ruffles, por exemplo (exemplos de cocriação4).
Logicamente, será importante consultar a legislação que rege esse tipo de
ação, para segurança em relação aos direitos dessa criação.
Fundamental abrir canais formais de feedback, com retorno sobre ele, seja
para agradecer ou esclarecer algum ponto, sempre de forma personalizada,
individualizada.
4
Cocriação é um termo criado por C.K. Prahalad, mencionado por Kotler, Hermawan e Setiawan (2010),
que remete à possibilidade do consumidor ser convidado a se envolver na criação de novos produtos ou
até mesmo de peças de comunicação de marketing, em uma proposta de parceria com as empresas. O
duplo papel de produtor de ideias e de consumidor resultou no conceito de prosumer.
5
In: Kotler e Keller (2012).
167
a realização do evento (mensuração de satisfação do cliente, e probabilidade
de recomendação e recontratação). É sempre importante ofertar algum tipo de
compensação para quem responde às pesquisas, como incentivo. Pode ser um
mimo simples, como uma miniatura de xícara da Grand Finale, por exemplo.
Quando houver fôlego, a xícara pode ser personalizada com os nomes do
casal de um lado e o da Grand Finale do outro. Enfim, o mimo deve caber no
bolso e ter o charme que o serviço possui.
168
6.6 Recursos principais
6.7 Atividades-chave
Observação: são as ações mais importantes para uma boa atuação de uma
empresa.
6.8 Parceiros-chave
169
seus proprietários, poderão comprar no atacado. No varejo, o prazo é curto
para pagamento, sem negociação devido ao pouco volume e valor. Também
pela necessidade de gerar volume, é de grande importância a divulgação
pesada da marca via degustações, com uma presença digital impecável.
Na leitura dos proprietários da Grand Finale, falta, para boa parte do público-
alvo, a compreensão a respeito do consumo de cafés especiais. Muitas
pessoas apresentam também um conservadorismo, manifesto em uma
resistência em testar coisas novas. Uma parcela não entende a proposta, outra
a entende, mas considera o serviço caro. Quando há um bufê contratado, um
café comum é disponibilizado gratuitamente e, como o cliente às vezes já está
no limite de seu orçamento, opta por não contratar a Grand Finale. Assim,
parcerias com bufês e cerimonialistas seriam estratégicas, e precisariam ser
mapeadas e estudadas.
Para viabilizar tais parcerias, a empresa deve deixar claro que se trata de um
ganha-ganha, de unir forças para agregar valor; que há vantagens em
combinar suas marcas à da Grand Finale. Podem também potencializar a
presença em eventos maiores, com partilha de custos gerais, inclusive, de
peças de divulgação que contenham as marcas. Enfim, a negociação é
presencial e é durante a reunião que as possibilidades podem emergir. Para a
viabilização de algumas ações com menos custos, com estandes em feiras,
tais dobradinhas são uma ótima opção. São muitas as possibilidades e devem
ser estudadas caso a caso.
Para a empresa, não há custo com aluguel, já que trabalham em home office.
O custo com matérias-primas pode ser melhorado, conforme explicado no item
sobre parcerias. Os equipamentos e mobiliário foram investimentos iniciais, e
não há previsão de novas compras ou despesas com manutenção em curto
prazo. Incrementos para inovação e cursos de especialização na área também
não poderão ser inclusos em planos de curto prazo, devido às dificuldades
170
esperadas por uma empresa enxuta, nascida sem um plano de negócios ou
similar, e em fase de estabilização.
7. Plano de campanha
7.1 Introdução
Para as noivas, fica clara a ideia de encerrar a festa com chave de ouro, de ter
um grand finale glamouroso e de ofertar uma experiência diferenciada para o
convidado, com a mensagem de que os noivos cuidaram de tudo até o último
detalhe, como já foi dito. Para o corporativo, o esforço é convencer as
empresas a desejarem coffees com baristas (especialistas), para além de um
mero e comum serviço de copeira, em função da qualidade do café em si e
também pela elegância que um meeting requer. Para esse público-alvo
específico, além da qualidade, são fundamentais a pontualidade, o cuidado, a
comodidade e a solução de entrega.
7.2 As propostas
172
7.2.3 Elaboração de questionários
Este item não teve oportunidade de surgir no Canvas, que não o contempla. Os
proprietários da Grand Finale observaram que o logotipo precisaria ser
otimizado para melhor definição no momento de ser bordado em peças de
roupa. Nesse sentido, deve ser contratado um profissional da área de design
gráfico ou publicidade, até mesmo para rever as cores, se for o caso, já que
houve uma discrepância da percepção dos proprietários da empresa com as
173
que são usadas na marca. No entanto, é possível perceber que as cores e o
símbolo da marca utilizados hoje são satisfatórios, pois remetem ao serviço e à
sua elegância. A recomendação é mantê-lo, redesenhando-o para o efeito de
um bordado de mais qualidade.
7.2.12 Propaganda
174
7.2.13 Precificação
8. Considerações finais
Para finalizar este conteúdo, você vai entender a relevância do Canvas para os
seus simpatizantes como modelagem de negócios e ferramenta estratégica,
mas, como já foi salientado, a sua adoção é uma escolha.
175
Para a construção da declaração de missão, o briefing da Grand Finale
apontou, como ideias fundamentais: atendimento, interação, profissionalismo,
acolhimento, cordialidade, atuação como anfitriões, excelência, café gourmet,
glamour, completude, degustação, encantamento, exclusividade, diplomacia.
Desse modo, a proposta de missão (razão de ser da empresa) que se pode
propor é proporcionar experiências surpreendentes e memoráveis pela
degustação de cafés especiais. Missões devem ter um texto curto e, ao mesmo
tempo, abrangente.
Segundo análise com base no briefing, a Grand Finale deve ser sempre
orientada para o crescimento no longo prazo, com foco em um relacionamento
6
Dica:
SAAD, L. Qual é a essência da sua marca? Portal Administradores, vinte e três de março de dois mil e
dezessete. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/noticias/marketing/qual-e-a-essencia-
da-sua-marca/117825/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
176
com os públicos de interesse, capaz de encantar e gerar o boca a boca, que
resulte em mais vendas e lucratividade.
Ressalta-se, uma vez mais, que como facilitador de crescimento nos próximos
meses, concluiu-se que o foco deve de se manter na construção da marca,
apoiada nas associações desejadas e no DNA da empresa, que será
delineado, principalmente, por meio das declarações bem estruturadas de
missão, visão e valores, além da comunicação integrada de marketing,
orientada para a visibilidade correta da empresa pelo público-alvo, noivas, em
uma primeira etapa.
7
CAMARGO, C. O conceito das lojas conceito. Portal Administradores, treze de maio de dois mil e treze.
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-conceito-das-lojas-
conceito/70588/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
177
como a de proporcionar momentos especiais, por meio de uma presença
impecável e marcante, capaz de demonstrar o quanto é importante finalizar um
evento em grande estilo, como os proprietários salientaram veementemente.
TEORIA EM PRÁTICA
178
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
2. De acordo com Serafim (2011, p. 29): “[..] é uma ideia criativa que atende
às necessidades e expectativas dos clientes; é empreendida e se torna
comercialmente viável, dando retorno a todos os stakeholders envolvidos no
processo”.
O autor se refere:
a) Ao Canvas.
b) À inovação.
c) Ao briefing.
d) À inventividade.
e) À criatividade.
179
b) Forças, endomarketing, variáveis controláveis e variáveis incontroláveis.
Referências Bibliográficas
180
______. KELLER, K. L. Administração de Marketing. 14. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2012.
SERVA, C. Como usar o Canvas para conhecer melhor o seu negócio. Portal
Exame, dezesseis de janeiro de dois mil e quinze. 2015.
181
TYBOUT, A. M.; CALKINS, T. (org.). Branding: fundamentos, estratégias e
alavancagem de marcas: implementação, modelagem e checklists:
experiências de líderes de mercado. São Paulo: Atlas, 2006.
Gabarito
Questão 1 - Resposta: E.
Questão 2 – Resposta: B.
Questão 3 – Resposta: A.
182