Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PLANEJAMENTO
DE COMUNICAÇÃO
© 2018 POR EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida
de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização,
por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Vice-Presidente de Pós-Graduação e Educação Continuada
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Danielle Leite de Lemos Oliveira
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Ricken Barbosa
Priscila Pereira Silva
Coordenador
Mariana Ricken Barbosa
Revisor
Kamila Cristina Gaino
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Daniella Fernandes Haruze Manta
Flávia Mello Magrini
Leonardo Ramos de Oliveira Campanini
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-0790-0
CDD 300
Responsável pela ficha catalográfica: Thamiris Mantovani CRB-8/9491
2018
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 04
Planejamento de Comunicação3
Apresentação da disciplina
Planejamento de Comunicação3
Um planejamento de comunicação submete as decisões do mix de comu-
nicação às pré-definições do plano de marketing da empresa. Em outras
palavras, o direcionamento para as futuras campanhas é dado pela estra-
tégia mercadológica adotada.
4 Planejamento de Comunicação
TEMA 01
COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE
MARKETING
Objetivos
Planejamento de Comunicação5
Introdução
1. O que é CIM?
6 Planejamento de Comunicação
Kotler e Keller (2012), por sua vez, ressaltam a importância de se escolher
variados tipos de mídias, em suas diferentes esferas, coordenando-as
para o impacto positivo das mensagens.
A American Marketing Association define a Comunicação Integrada de
Marketing (CIM) como “um processo de planejamento destinado a assegurar
que todos os contatos da marca com um cliente ou consumidor em potencial
relativo a um produto, serviço ou organização sejam relevantes para essa
pessoa e consistentes ao longo do tempo.” (KOTLER; KELLER, 2012, p.531)
EXEMPLIFICANDO
Imagine uma marca de jeans que decidiu recuperar suas ven-
das por meio de uma combinação de ações em comunicação:
[...] página no Facebook, clipes de vídeo, um desfile de moda
na Internet em uma passarela virtual e um aplicativo cha-
mado StyleMixer para iPhone. Esse aplicativo permitia aos
usuários misturar e combinar roupas e organizar looks, ob-
ter feedback de amigos no Facebook e receber descontos
quando estivesse nas proximidades de uma loja Gap. Shows
acústicos simultâneos dentro das lojas em 700 localidades e
lojas temporárias em grandes centros urbanos conbribuíram
para gerar burburinho. (KOTLER; KELLER, 2012, p.513)
Planejamento de Comunicação7
dos agentes influenciadores desse público-alvo. Para isso, as corpora-
ções lançam mão, por exemplo, de serviços de Relações Públicas (RP)
e patrocínio em eventos (ambos elementos do mix de comunicação).
“As Comunicações Integradas de Marketing (CIM) são definidas como
o processo estratégico para planejar, executar e controlar programas
coordenados de comunicação de marketing, ao longo do tempo, dirigi-
dos a audiências externas e internas.” (SCHULTZ; SCHULTZ, 2004 apud
URDAN; URDAN, 2013, p.403).
ASSIMILE
Há autores que não fazem distinção entre os conceitos de
meios e de canais. Ao mesmo tempo, podemos encontrar di-
ferenciação nos exemplos fornecidos (Kotler; Keller, 2012):
8 Planejamento de Comunicação
Segundo Batra e Aaker (1995 apud URDAN; URDAN, 2013), a efetividade
de um programa de Comunicação Integrada de Marketing deve se basear
em três elementos fundamentais:
• abrangência: para se atingir todos os objetivos da comunica-
ção, é importante buscar sinergia entre as diversas ferramentas
promocionais;
• consistência: garantir que as mensagens veiculadas pelas diver-
sas plataformas formem uma “única voz”, mantendo coerência do
que é dito;
• equilíbrio: orquestrar todos os objetivos da comunicação de for-
ma a não onerar, por exemplo, a marca em função das vendas ou
vice-versa.
EXEMPLIFICANDO
O cuidado em se atingir equilíbrio nos programas de
Comunicação Integrada de Marketing é ilustrado por Urdan
e Urdan (2013):
O desafio é operar em todos os objetivos de comunicação.
Não há muito sentido empresarial em melhorar a imagem da
empresa por força do esforço promocional se as vendas não
saem do lugar. Ou incrementar vendas no curto prazo, com
uso intensivo de ações promocionais, e sacrificar a marca,
que depois acarreta perdas comerciais e financeiras (URDAN;
URDAN, 2013, p. 403).
Planejamento de Comunicação9
p. 3). Para cumprir essa missão, a propaganda não seria o bastante; há
outras formas de comunicação além dela. Então, compreendemos que as
variáveis envolvidas pelo marketing, assim como as ferramentas que ele
disponibiliza e os elementos que o compõem, são bem mais complexas.
O mix de marketing (também conhecido pelos “4 Ps”) auxilia os profissio-
nais da área a lidarem com tal complexidade. Notamos, por exemplo, que
os “4 Ps” estão presentes na própria definição de marketing que a American
Marketing Association apresenta: “[...] o marketing é a atividade, o conjunto de
conhecimentos e os processos de criar, comunicar, entregar e trocar ofer-
tas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade
como um todo.” (AMERICAN MARKETING ASSOCIATION, 2008 apud KOTLER;
KELLER, 2012, p. 3). Na citação, podemos identificar: ofertas de valor = bem
ou serviço (trata-se do “P” de produto); entregar e trocar = tornar o produto
acessível (trata-se do “P” de praça/ponto); valor = quanto o consumidor está
disposto a pagar (trata-se do “P” de preço); comunicar = fazer com que o mer-
cado conheça a marca e esteja receptivo a ela (trata-se do “P” de promoção).
Uma das responsabilidades da administração de marketing é tomar de-
cisões coordenadas a respeito de como articular os “4 Ps” para atender
necessidades do mercado e garantir lucro à corporação. Isso significa que
o planejamento da comunicação deve guardar consonância com as ações
dos outros três “Ps”.
É pela comunicação de marketing que a empresa conversa com o merca-
do e se relaciona com seu público-alvo.
LINK
Acesse o link a seguir e veja entrevista da HSM com o
Prof. Thiago Costa, que explica como a comunicação pode
relacionar marca e cliente de forma efetiva. HSM ONLINE.
Entrevista: Thiago Costa. A Comunicação com o Cliente
é Uma Via de Mão Dupla (1/2). 25 ago. 2010. Duração
do vídeo: 3:11 min. Disponível em: <https://youtube.com/
watch?v=VZNjY6BSJVQ>. Acesso em: 26 fev. 2018.
Planejamento de Comunicação11
PARA SABER MAIS
Você saberia dizer qual é a diferença entre Propaganda e
Publicidade? Afinal, são coisas diferentes mesmo? Se essas
também são as suas perguntas, sugerimos a seguinte leitura:
PREDEBON, José (Coordenador). Curso de Propaganda: do
Anúncio à Comunicação Integrada. Atlas, 02/2004. [Minha
Biblioteca]. p. 18-19.
Pelo que foi apresentado até este momento, notamos que a Comunicação
Integrada de Marketing é complexa; o que nos leva a concluir que os agen-
tes envolvidos nesse processo são inúmeros e que, além disso, devem ser
aliados e coordenados de forma muito criteriosa.
Planejamento de Comunicação13
planejamento de marketing. Enfrentam, atualmente, um mercado bas-
tante desafiador, uma vez que as opções de serviços de comunicação aos
anunciantes têm sido pulverizadas entre outras empresas além das tradi-
cionais agências de propaganda.
Planejamento de Comunicação15
5. Considerações finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 01
1. O conceito de Comunicação Integrada de Marketing (CIM)
prioriza:
a) elaborar planos de comunicação que servirão de base
para o planejamento do marketing.
b) principalmente dois “Ps” do marketing como estratégia
principal: o preço e a acessibilidade.
c) o processo estratégico para planejar, executar e con-
trolar programas coordenados de comunicação de
marketing.
d) plataformas interativas de comunicação que envolvam
um público jovem e preparado para a linguagem das
novas tecnologias.
e) a coordenação de plataformas em comunicação de
massa para que um público maior possa ser atingido.
2. Imagine uma campanha de comunicação em que uma
marca de cosméticos publica um anúncio pago em revista
Planejamento de Comunicação17
impressa contendo um cupom para troca de amostra de
produto. Identificam-se, nesse exemplo, dois elementos
do mix de comunicação. São eles, respectivamente:
a) Propaganda e Promoção de Vendas.
b) Propaganda e Evento.
c) Relações Públicas e Promoção de Vendas.
d) Promoção de Vendas e Marketing Direto.
e) Marketing Direto e Boca-a-Boca.
3. Quando acontece algum escândalo ligado à empresa, a
providência mais urgente a ser tomada é a contratação
dos serviços de:
a) Agência de Propaganda.
b) Fotógrafos.
c) Agência de Marketing Direto.
d) Relações Públicas.
e) Agência de Promoção de Vendas.
Referências Bibliográficas
BELCH, G. E., BELCH, M. A. Propaganda e Promoção: Uma Perspectiva da
Comunicação Integrada de Marketing. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. ISNB:
978-85-8055-365-9.
GIACOMINI FILHO, Gino. Publicidade: possibilidades para um receptor interativo. In
Neorreceptor: no Fluxo da Comunicação. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2013. Cap. 1.
Disponível em: <http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-0403-3.pdf>.
Acesso em: 26 fev. 2018.
HSM ONLINE. Entrevista: Thiago Costa. A Comunicação com o Cliente é uma Via
de Mão Dupla (1/2). 25 ago. 2010. 3min11s. Disponível em: <https://youtube.com/
watch?v=VZNjY6BSJVQ>. Acesso em: 26 fev. 2018.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 14. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2012.
SIMÕES, Roberto P. Relações Públicas: Função Política. 3. ed. São Paulo: Summus
Editorial, 1995.
URDAN, Flávio T.; URDAN, André T. Gestão do Composto de Marketing. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2013.
Gabarito – Tema 01
Questão 1 – Resposta: C
Alternativa A (incorreta): na verdade, o planejamento de marketing é
a grande diretriz para planos de comunicação.
Planejamento de Comunicação19
Questão 2 – Resposta: A
Sempre que nos referimos a anúncios pagos, estamos falando de
propaganda. Trata-se de uma comunicação paga que pode ser di-
vulgada em diversos meios (impresso, eletrônico, rede e expositivo).
Quanto a cupons, trata-se de um incentivo à experimentação e com-
pra de bens/serviços. Essas justificativas são suficientes para des-
cartarmos a possibilidade de evento (ação que envolve o cliente em
festivais, por exemplo); RP (ações que influenciam positivamente o
público influenciador, como editoriais em revistas); Marketing Direto
(comunicação personalizada como mala direta); Boca-a-Boca (comu-
nicação realizada entre pessoas como indicações de amigos).
Questão 3 – Resposta: D
Um escândalo ligado à corporação pode denegrir sua marca. Para
tentar minimizar as consequências, a primeira providência a ser to-
mada é comunicar-se com o público-alvo e com o público influen-
ciador, tratando do assunto de forma estrategicamente cuidadosa.
Quem faz isso é o profissional de Relações Públicas que articula in-
formações para o fortalecimento da imagem organizacional. Com re-
lação aos outros serviços de comunicação, eles até podem compor
alguma ação de recuperação da marca, mas não são prioritários em
primeira instância.
PLANEJAMENTO E GESTÃO DA
COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE
MARKETING
Objetivos
2 Planejamento de Comunicação
Introdução
Planejamento de Comunicação3
1. O processo da comunicação
4 Planejamento de Comunicação
então: cognitivo = aprender; afetivo = sentir; comportamental = agir.
No entanto, essa pressuposição pode não se aplicar a todas as relações
de compra. Kotler e Keller (2012) nos dão algumas ideias que explicam
essa observação. Observe o quadro apresentado.
Para se ter uma ideia do que seria uma campanha de propaganda ideal,
Kotler e Keller (2012) fazem alguns apontamentos: o cliente ideal foi ex-
posto à mensagem certa no local certo e na hora certa? A propaganda
prendeu o consumidor sem desviá-lo da mensagem transmitida? A pro-
paganda motivou os consumidores a comprarem a marca?
Planejamento de Comunicação5
2. Planejamento da comunicação de marketing
• Identificação do público-alvo;
• Determinação dos objetivos;
• Elaboração da comunicação;
• Seleção dos canais de comunicação;
• Estabelecimento do orçamento;
• Decisão sobre o mix de comunicação;
• Mensuração dos resultados da comunicação.
6 Planejamento de Comunicação
2.2. Determinação dos objetivos de comunicação
Planejamento de Comunicação7
2.3. Elaboração da comunicação
EXEMPLIFICANDO
Propaganda com estratégia criativa baseada em apelo infor-
mativo: anúncio que explica o funcionamento de determina-
do antissinais na pele, ressaltando questões científicas.
8 Planejamento de Comunicação
2.4. Seleção de canais de comunicação
Planejamento de Comunicação9
Mídia Interativa Humana – atinge pessoa ou grupo de pessoas por meio
de contato pessoal sob a forma de diálogo; ou seja, a comunicação bilate-
ral é imediata. Exemplos: Venda pessoal e telemarketing.
LINK
Em 2016, o Grupo Four Midia instalou, em estações do Metrô
de São Paulo, árvores de Natal e promotoras em holografia
mapeada. As promotoras convidavam os usuários, de manei-
ra inusitada, a visitar a árvore de Natal e receber as men-
sagens natalinas. Acesse: GRUPO FOUR MIDIA. Holografia
Mapeada no Metrô de São Paulo. 20 jan. 2016. Disponível
em: <https://youtube.com/watch?v=anB2es3VqXs>.
Acesso em: 03 mar. 2018.
Planejamento de Comunicação11
Estágio de disposição do comprador: a cada estágio, uma ferramenta é
mais recomendável do que outra. A propaganda, por exemplo, é adequa-
da no estágio de desenvolvimento da conscientização do consumidor à
marca, pois a propaganda consegue encantar e envolver o consumidor.
As vendas pessoais são eficazes no estágio da compreensão do bem/ser-
viço oferecido, pois o papel do vendedor é exatamente ser um consultor
para o cliente. A promoção de vendas pode ser bem funcional na decisão
de compra, quando o cliente ainda está inseguro em relação às vanta-
gens oferecidas. É possível haver mais de uma ferramenta aplicada a cada
estágio: por exemplo, as vendas pessoais e a promoção de vendas podem
também ser recomendáveis no estágio de recompra. O que importa é
levar em consideração a disposição do comprador naquele determinado
momento.
3. Responsabilidades do gerenciamento da
comunicação integrada
ASSIMILE
Atualmente, as corporações encontram soluções multiplata-
formas sendo oferecidas por agências de propaganda e pela in-
dústria midiática. Trata-se de grande oportunidade tanto para
as prestadoras de serviços de comunicação, que expandem
seus negócios, como para as empresas clientes, que podem
[...] reunir várias propriedades da comunicação - bem como os
serviços de marketing correlacionados – em um programa de
comunicação integrada” (KOTLER; KELLER, 2012, p. 531).
Planejamento de Comunicação13
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Assim que a internet passou a ganhar espaço como poderosa fer-
ramenta de comunicação, as discussões quanto à sua classificação
como comunicação de massa ou não foram acaloradas. Propomos
que você reflita sobre isso, pesquisando a respeito, levantando os
pontos de discussão e desenvolvendo sua própria percepção a res-
peito da temática.
4. Considerações finais
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 02
1. Pressupõe-se “[...] que o comprador passa por um estágio
cognitivo, um afetivo e um comportamental [...]” (KOTLER,
KELLER, 2012, p. 516). Esses estágios podem ser traduzi-
dos, respectivamente, por:
a) agir, aprender, sentir.
b) sentir, agir, aprender.
c) sentir, aprender, agir.
d) aprender, sentir, agir.
e) aprender, agir, sentir.
2. O planejamento antecede a implementação das ações
em comunicação, que é feito pelo gerenciamento. Kotler
e Keller (2012, p. 518) descrevem sete etapas de planeja-
mento, culminando na gestão da Comunicação Integrada
de Marketing:
Planejamento de Comunicação15
(A) Determinação dos objetivos;
(B) Elaboração da comunicação;
(C) Seleção dos canais de comunicação;
(D) Identificação do público-alvo;
(E) Decisão sobre o mix de comunicação;
(F) Mensuração dos resultados da comunicação;
(G) Estabelecimento do orçamento.
a) D; A; B; C; G; E; F.
b) A; B; C; G; E; F; D.
c) A; B; C; F; G; D; E.
d) D; C; A; B; E; G; F.
e) B; A; D; F; G; C; E.
3. A respeito das atividades envolvidas pelo gerenciamento
da comunicação, podemos mencionar:
I. Conquista de recursos.
II. A aplicação dos recursos por meio de técnicas e opera-
cionalizações adequadas.
III. Correções de rotas em momentos de contingências.
IV. Definição das estratégias de canais de comunicação.
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
Gabarito – Tema 02
Questão 1 – Resposta: D
A cognição refere-se à nossa aquisição de conhecimento. Sendo assim,
o cognitivo pode ser igualado ao conceito de saber. O afetivo é o que
nos afeta, é o nosso sentir. Nosso agir traduz nosso comportamento.
Questão 2 – Resposta: A
A sequência correta é: (1) Identificação do público-alvo; (2)
Determinação dos objetivos; (3) Elaboração da comunicação; (4)
Seleção dos canais de comunicação; (5) Estabelecimento do orça-
mento; (6) Decisão sobre o mix de comunicação; (7) Mensuração dos
resultados da comunicação.
Questão 3 – Resposta: C
A conquista de recursos, a aplicação dos recursos por meio de técni-
cas e operacionalizações adequadas, as correções de rotas em mo-
mentos de contingências, são todas funções do gerenciamento da
comunicação. No entanto, definir estratégias de canais de comunica-
ção é função do planejamento.
Planejamento de Comunicação17
TEMA 03
Objetivos
2 Planejamento de Comunicação
Introdução
1. Propaganda
Planejamento de Comunicação3
Conforme mencionamos em nossas aulas anteriores, as tecnologias da
informação e da comunicação empoderam os receptores das mensagens
da comunicação de marketing, levando muitos especialistas a temerem
pelo futuro da propaganda e da comunicação de massa. No entanto, o
que vemos hoje é que, na verdade, os avanços tecnológicos reafirmam a
necessidade de unir não só os esforços de várias ferramentas, mas tam-
bém unir potencialidades dos canais. Em outras palavras: a propaganda
não precisa se limitar aos meios mais tradicionais como impresso ou ele-
trônico. Ela pode, também, estar presente no meio digital, por exemplo.
LINK
Antes do estouro da internet, a revista Veja, da Editora Abril,
concentrava grandes ganhos pela venda de espaços publici-
tários em suas páginas impressas. Como ainda é oferecido
hoje, você poderá encontrar a oferta em formatos como 2ª
capa + página 3; 4ª capa, 1/3 de página, etc. Atualmente, po-
demos encontrar oferta de espaços na revista digital.
4 Planejamento de Comunicação
Uma vez conhecido o mercado-alvo, os profissionais da comunicação de-
vem entender os motivos que levam os consumidores à compra. A partir
daí, “[...] podem tomar as cinco principais decisões, conhecidas como ‘os 5
Ms’” (KOTLER; KELLER, 2012).
Planejamento de Comunicação5
seguro a uma recompra ou a indicar a marca a outras pessoas.
Exemplo: propagandas de carros, demonstrando a felicidade e satis-
fação do consumidor que decidiu-se pela compra.
6 Planejamento de Comunicação
• Frequência da propaganda: o orçamento deve levar em considera-
ção o número de repetições necessárias para conquistar a atenção
do consumidor.
Planejamento de Comunicação7
• Responsabilidade social = o cuidado, nessa etapa, é não confun-
dir ousadia da propaganda com o desrespeito ético-legal (em nossa
aula 7, estudaremos com mais detalhes a questão da legislação e
ética na comunicação).
8 Planejamento de Comunicação
1.5. Mensuração = Métodos para avaliar os resultados
Após a veiculação da propaganda, é importante que se avaliem os resul-
tados alcançados. As informações são úteis para o aprendizado e aperfei-
çoamento nas ações da área responsável e para a estratégia corporativa.
O conhecimento da relação entre investimentos de propaganda e resul-
tados de vendas é crucial à gerência da comunicação, seja para justificar
ações junto à alta direção, seja para corrigir rotas de planos correntes.
As práticas mais comuns, na gestão da comunicação, envolvem a avaliação
do impacto da propaganda no público-alvo: eles se lembram do anúncio?
Quantas vezes viram o anúncio? Que pontos acharam mais marcantes?
O que sentiram em relação à mensagem transmitida? Quais eram suas
atitudes em relação ao produto/marca antes de verem o anúncio e quais
são depois de verem o anúncio? São também coletados dados compor-
tamentais que permeiam as respostas do público-alvo: quantas pessoas
compraram o produto? Quantas gostaram do produto? Quantas falaram
a respeito do produto com outras pessoas? (KOTLER; KELLER, p. 530)
Tendo os resultados das pesquisas em mãos, os profissionais da comuni-
cação poderão fazer diversos cruzamentos de dados, inferências a partir
de relatórios e chegar a algumas conclusões.
EXEMPLIFICANDO
Imagine os seguintes resultados de duas campanhas publici-
tárias distintas (KOTLER; KELLER, 2012):
MARCA A = depois da campanha, 80% da audiência se lem-
brava da marca. 60% dos que se lembravam, acabaram expe-
rimentando o produto. Apenas 20%, desses que experimen-
taram, ficaram satisfeitos com o produto.
MARCA B = depois da campanha, 40% da audiência se lem-
brava da marca. Desses, apenas 30% experimentaram o pro-
duto. Desses, 70% ficaram satisfeitos com o produto.
Conclusões: a campanha da marca A foi eficaz para conscien-
tizar o público-alvo, mas o produto não atendeu às expecta-
tivas do consumidor. A campanha da marca B não foi eficaz
e precisa se fortalecer para aproveitar a qualidade da marca.
Planejamento de Comunicação9
2. Marketing Direto
EXEMPLIFICANDO
O link a seguir é de uma prestadora de serviços de marketing
direto. Trata-se de um exemplo do que as corporações
podem encontrar no mercado. NEWDBASE. Database e
Data Intelligence. Disponível em: <https://newdbase.com.
br/#servicos_integrados>. Acesso em: 07 mar. 2018.
Este próximo link elenca vários sites que permitem enviar
SMS grátis online. WONDERSHARE. Os 10 Melhores Sites
Grátis para Enviar SMS Online. Disponível em: <https://
drfone.wondershare.com/br/message/free-sms-websites-
to-send-sms-online.html>. Acesso em: 07 mar. 2018.
Planejamento de Comunicação11
• Telemarketing = aplicação do marketing direto através do uso do
telefone. Essa prática, quando aplicada sem cuidado, pode provocar
antipatia e aversão do consumidor à marca.
3. Promoção de Vendas
Planejamento de Comunicação13
ASSIMILE
Por legislação brasileira específica, a Caixa Econômica Federal,
sob delegação do Governo Federal, é responsável por au-
torizar e fiscalizar a distribuição gratuita de prêmios. Para
conferir, acesse: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Promoções
Comerciais e Sorteios Filantrópicos. Disponível em: <http://
caixa.gov.br/empresa/promocoes-sorteios/Paginas/default.
aspx>. Acesso em: 07 mar. 2018.
4. Considerações finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 03
1. A respeito do que Kotler e Keller chamam de “5 Ms”, pode-
mos afirmar:
I. Trata-se de uma estratégia aplicada exclusivamente em
programas de propaganda.
II. Devem seguir uma sequência própria que vai da defi-
nição dos objetivos de propaganda até a avaliação de
resultados.
Planejamento de Comunicação15
III. O “M” de moeda refere-se ao valor a ser gasto na imple-
mentação das decisões.
IV. O “M” de missão refere-se à definição dos objetivos da
propaganda.
É correto o que se diz em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
2. Como possíveis canais de marketing direto, podemos
mencionar:
a) Mala direta; catálogo; telemarketing.
b) Mala direta; anúncio em televisão; catálogo.
c) Catálogo; outdoor; anúncio em televisão.
d) Telemarketing; outdoor; mala direta.
e) Outdoor; catálogo; telemarketing.
3. A chamada liquidação, uma modalidade da promoção de
vendas, não deve ser utilizada indiscriminadamente por-
que é uma ferramenta de comunicação que incentiva o
consumo pela prática prolongada do preço baixo.
Analisando as afirmações acima, conclui-se que:
Gabarito – Tema 03
Questão 1 – Resposta: D
I (incorreta) = Na verdade, trata-se de uma estratégia que pode ser
aplicada a diversas ferramentas de comunicação e não somente à
propaganda.
Planejamento de Comunicação17
III (correta) = O “M” de moeda refere-se ao valor a ser gasto na imple-
mentação das decisões.
Questão 2 – Resposta: A
A mala direta; o catálogo e o telemarketing são canais de marketing
direto porque se caracterizam como canais que o anunciante utiliza
sem ter que, necessariamente, pagar a intermediários (a empresa
não paga pelo espaço utilizado em cartas ou catálogos e pode ligar
diretamente aos consumidores). Quanto aos outros canais mencio-
nados, eles não são diretos, pois envolvem intermediários como a
empresa que aluga o espaço do outdoor e a emissora que vende
espaço dentro de sua programação.
Questão 3 – Resposta: C
A segunda afirmação está incorreta porque, ao invés de colocar a
promoção de vendas como uma prática de oferta curta de preço bai-
xo, coloca que ela é prolongada. A primeira afirmação está corre-
ta, pois uma liquidação deve ser oferecida com critérios para que o
cliente não deixe de acreditar na marca (mesmo quando há liquida-
ções, o consumidor pesquisa outros preços e pode encontrar algo
mais barato).
Objetivos
2 Planejamento de Comunicação
Introdução
Planejamento de Comunicação3
para ações como a de relações públicas do que para ações de propagan-
da, ou seja, o papel da publicidade não seria divulgar bens/serviços e sim
ideias a respeito da imagem da corporação/instituição/empresa.
ASSIMILE
Podemos também encontrar a publicidade e a propaganda
sendo tratadas como sinônimos: campanhas publicitárias
(campanhas de propaganda); anúncios publicitários (anún-
cios de propaganda); agências de publicidade (agências de
propaganda). Seja como for, dar atenção ao contexto em que
os termos são usados será suficiente para compreendermos
os significados empregados.
4 Planejamento de Comunicação
grupos com interesses especiais, etc.” (BELCH; BELCH, 2014, p. 565). Em
corporações que adotam o modelo tradicional de relações públicas, as
decisões dessa área e da área do marketing são independentes.
LINK
TV UNESP. Guia de Profissões - Relações Públicas. Disponível
em: <https://youtube.com/watch?v=n4y0qt8aMS4>.
Acesso em: 19 mar. 2018.
Planejamento de Comunicação5
EXEMPLIFICANDO
Como exemplo de publicidade, temos as colunas jornalísticas
em revistas femininas em que se apresentam dicas de
produtos à leitura. Acesse: MORELLI, Fernanda. Beleza e bem-
estar. In Revista Cláudia. Disponível em: <https://claudia.
abril.com.br/blog/coluna-da-fernanda-morelli/>. Acesso em:
02 abr. 2018.
6 Planejamento de Comunicação
das estratégias e ao alcance dos objetivos corporativos. Por exemplo: o lo-
bby é uma das práticas das relações governamentais e, apesar de ser en-
carada de forma negativa por muitos, é “[...] um instrumento necessário
de exercício de influência no poder público. A sua moralidade depende
das intenções e dos meios de quem o utiliza.” (MAFEI, 2003, apud URDAN;
URDAN, 2013, p. 465).
2. Venda Pessoal
Planejamento de Comunicação7
• Conquistar pedidos = o vendedor procura os clientes, oferecendo-
lhes consultoria de venda, envolvendo-os de forma persuasiva.
EXEMPLIFICANDO
Segundo Urdan e Urdan (2013, p. 440), há duas modalidades
de apoio a vendas: (A) Operacionalização de vendas = “[...]
obter e avaliar dados cadastrais dos clientes (realizada pela
área financeira da empresa), elaborar, colher assinaturas e
registrar contratos (na área jurídica), programar entrega e
instalação (que pode ficar com a área de logística)”; (B) Venda
missionária = “[...] transmite conhecimentos aos clientes em
contatos face a face, sem concretizar as vendas. É o trabalho
dos representantes dos laboratórios farmacêuticos (também
chamados de propagandistas)”.
3. Marketing Interativo
8 Planejamento de Comunicação
Segundo esses mesmos autores, a “[...] propaganda na internet assume
uma variedade de formas, como banners, patrocínio, pop-ups e pop-un-
ders, intersticiais, tecnologias push, links, busca paga, segmentação com-
portamental, anúncios contextuais e rich media.” (p. 495)
Planejamento de Comunicação9
• Mobile marketing = apoia-se no crescimento de vendas dos smar-
tphones para manter o consumidor conectado com a marca, seja
por meio de comunicação via SMS (Short Message Service) ou por
mensagens Whatsapp por exemplo. É curioso percebermos consu-
midores tirando fotos de dentro de lojas para enviar imagem de
produtos a amigos e familiares, seja para consultá-los a respeito da
compra, seja para indicar o produto fotografado.
Planejamento de Comunicação11
PARA SABER MAIS
Sugerimos a leitura de um artigo acadêmico que sistematiza
os conceitos norteadores das estratégias de Comunicação
a partir do contexto das Tecnologias de Informação e
Comunicação e das mídias digitais. CORRÊA, Elizabeth
S. Comunicação digital: uma questão de estratégia e de
relacionamento com públicos. In Organicom. v. 2, n. 3, 2005.
Disponível em: <http://revistaorganicom.org.br/sistema/index.
php/organicom/article/view/42>. Acesso em: 02 abr. 2018.
4. Considerações finais
Glossário
Planejamento de Comunicação13
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 04
1. Quando a publicidade está associada às práticas de rela-
ções públicas, podemos concluir que seu papel maior é:
a) persuadir o público-alvo a comprar.
b) oferecer descontos nos preços dos produtos.
c) cooptar apoio da opinião pública.
d) criar mensagens que levem o consumidor a comprar.
e) impactar o público-alvo com a doação de amostras do
produto.
2. A respeito das desvantagens que o uso da internet, como
meio de comunicação de marketing, pode oferecer, pode-
mos afirmar:
I. As práticas, nesse meio, limitam-se à propaganda.
II. Trata-se de um meio que se limita aos usuários de
computadores.
III. O incômodo causado pelo aparecimento de pop-ups e
pop-unders durante a navegação do usuário.
IV. Os dados dos clientes podem cair em mãos erradas,
ameaçando sua segurança financeira.
É correto o que se diz em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) II e IV, apenas.
3. As vendas pessoais podem garantir a saúde da corpora-
ção porque o vendedor, interagindo pessoalmente com os
consumidores, consegue fidelizar o cliente.
Referências Bibliográficas
BELCH, G. E., BELCH, M. A. Propaganda e Promoção: Uma Perspectiva da
Comunicação Integrada de Marketing. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. [Minha
Biblioteca].
CORRÊA, Elizabeth S. Comunicação digital: uma questão de estratégia e de
relacionamento com públicos. In Organicom. v. 2, n. 3, 2005. Disponível em: <http://
revistaorganicom.org.br/sistema/index.php/organicom/article/view/42>.
Acesso em: 02 abr. 2018.
GONZALES, Lucilene. Linguagem Publicitária: Análise e Produção. São Paulo: Arte
& Ciência, 2003.
HADHAZY, Adam. Até onde vai nossa capacidade de memória? 8 abr. 2015. In BBC
FUTURE. Disponível em: <http://bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150408_vert_
fut_capacidade_cerebro_ml>. Acesso em: 06 abr. 2018.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 14. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2012.
MORELLI, Fernanda. Beleza e bem-estar. In Revista Cláudia. Disponível em: https://
claudia.abril.com.br/blog/coluna-da-fernanda-morelli/. Acesso em: 02 abr. 2018.
TV UNESP. Guia de Profissões - Relações Públicas. Disponível em: <https://youtube.
com/watch?v=n4y0qt8aMS4>. Acesso em: 19 mar. 2018.
URDAN, Flávio Torres, URDAN, André Torres. Gestão do Composto de Marketing. 2.
ed. Atlas, 2013. [Minha Biblioteca].
Planejamento de Comunicação15
Gabarito – Tema 04
Questão 1 – Resposta: C
Levar o público a comprar é função da publicidade como propagan-
da. Oferecer descontos e doar amostras são práticas da promoção
de vendas. Assim, a alternativa que fala em cooptar o apoio da opi-
nião pública é a única aceitável pois esse é o papel da publicidade
associada a relações públicas: conquistar a credibilidade pública em
função da marca.
Questão 2 – Resposta: D
Sabemos que a internet está presente não só nos computadores,
mas em celulares e televisão; por exemplo, as práticas, nesse meio,
não se limitam à propaganda, podendo associarem-se também ao
marketing direto, à promoção e vendas e à venda pessoal. Em rela-
ção às afirmações II e III, estão corretas porque muitos usuários sen-
tem-se irritados com a quantidade de pop-ups e pop-unders e porque
ainda há riscos de golpes financeiros em transações pela internet.
Questão 3 – Resposta: A
A relação duradoura entre empresa e cliente traduz-se em fidelida-
de do cliente, ou seja: constância nas vendas, favorecendo a saúde
financeira da corporação.
MÍDIAS SOCIAIS
Objetivos
2 Planejamento de Comunicação
Introdução
Nesta aula, nosso tema se concentrará nas mídias sociais cuja natureza
está associada diretamente ao marketing interativo, abordado em nossa
aula 04. O assunto nos é bastante familiar em nossa contemporaneida-
de, pois as novas tecnologias da informação e comunicação possibilita-
ram uma extrapolação de uma prática anterior ao advento da internet:
a rede social.
Planejamento de Comunicação3
1. Conceituando Mídias Sociais
As mídias sociais têm sido conceituadas como redes sociais mediadas pela
internet. É possível também encontrarmos as duas expressões – mídias
sociais e redes sociais – sendo utilizadas como sinônimos. As ideias de
colaboração e participação são intrínsecas à definição de mídias sociais.
Jue (2010) observa:
Essa participação pode ser simplesmente a visualização de informações
que estavam escondidas de nossas vistas, mas muitas vezes é uma forma
de comunicação, colaboração e contato com qualquer pessoa, em qualquer
lugar, a qualquer hora. É a interação entre as pessoas – indivíduos e grupos
– e o grande potencial em compartilhar mais, aprender mais e conseguir
muito mais do que nossos avós jamais puderam imaginar. (JUE, 2010, p. 5)
Segundo Kiso (2007, apud BUENO, 2015, p. 6), as mídias sociais se carac-
terizam pelo uso de tecnologias e ferramentas virtuais nas interações
humanas para se compartilharem “opiniões, ideias, experiências e pers-
pectivas”, pressupondo-se diálogo, ampla disseminação de conteúdos e
protagonismo dos indivíduos.
Em suas considerações, Gabriel (2010) afirma: “Se por um lado redes so-
ciais relacionam-se a pessoas conectadas em função de um interesse em
comum, mídias sociais associam-se a conteúdos (texto, imagem, vídeo,
etc.) gerados e compartilhados pelas pessoas nas redes sociais” (Gabriel,
2010, apud BUENO, 2015, p. 146).
Recuero (2009, apud BUENO, 2015, p. 5), por sua vez, destaca que, “[...]
nas redes sociais online, as informações são disseminadas, amplificadas,
reverberadas, discutidas e repassadas [...].” Segundo a mesma autora, as
redes sociais, sendo espaços públicos mediados pela internet, possuem
as seguintes características: (1) persistência: o conteúdo permanece na
nuvem; (2) capacidade de busca: não só as informações que percorrem
por esse espaço são passíveis de rastreamento, mas as pessoas também;
4 Planejamento de Comunicação
(3) replicabilidade: todo o conteúdo que é disseminado pelo espaço di-
gital é passível de ser replicado e, com isso, a perda de referência autoral
é uma constante; (4) audiências invisíveis: “nos públicos mediados, há
a presença de audiências nem sempre visíveis por meio da participação.”
Para Bagozzi e Dholakia (2002, apud BUENO, 2015, p. 6), as mídias sociais
são ambientes em que relações interpessoais virtuais promovem “socia-
bilidade, suporte, informação, consciência compartilhada e identidade so-
cial” às redes sociais. Quanto a Brake e Lon (2009, apud BUENO, 2015, p.
6), ressaltam que as mídias sociais são espaços que, “[...] apesar de pro-
moverem a comunicação e as conversações entre milhões de pessoas,
também são usados para atingir audiências específicas.”
A potencialidade das mídias sociais na construção de relações sociais é
grande o bastante para envolver os mais diversos públicos e interesses
que vão desde o pessoal ao grupal; do local ao global; do privado ao pú-
blico; do cultural ao industrial.
EXEMPLIFICANDO
Podemos perceber a potencialidade das mídias sociais na
construção de relações com o público-alvo por meio de: sites
empresariais que declaram a visão, missão e valores corpo-
rativos, demonstrando transparência ao consumidor; utiliza-
ção do Facebook em divulgações para um público específico
(segmentação); atualização ágil de imagens do portfólio de
produtos (no caso do setor da moda, novas coleções podem
ser encaminhadas por Whatsapp).
Planejamento de Comunicação5
o Brasil. Esse relatório, chamado Digital In 2017, aponta que 58% da po-
pulação brasileira (cerca de 122 milhões de usuários ativos) é usuária das
redes sociais.
ASSIMILE
Estudos como esses que foram exemplificados podem ser
importantes fontes para que os executivos de comunica-
ção possam definir premissas para tomada de decisões. Ao
mesmo tempo, é imprescindível que se comparem estudos
de fontes diferentes e que se avaliem a credibilidade das
fontes. Também é indicado contar com pesquisas pagas
encomendadas.
O Social Media Trends 2018 (ROCK CONTENT, 2018-A, s/d) entrevistou 1730
participantes, sendo 1278 representantes de empresas e 452 usuários de
redes sociais. Suas conclusões incluem informações como:
94,4% das empresas estão presentes nas redes sociais; 62% con-
sideram que as redes sociais têm um papel muito importante para as
6 Planejamento de Comunicação
empresas; 40,3% já têm mais de 3 anos de uso das redes sociais;
49,9% ainda se consideram pouco ou nada eficientes nas redes sociais.
Motivos para estar nas redes sociais: visibilidade da marca (85,3%) e a
interação com o público (64,8%).
Motivos para não estar nas redes sociais: não tem conhecimento su-
ficiente para gerenciar (29,6%); não tem equipe suficiente para atuar
(27,8%); não tem tempo para gerenciar (20,4%); não considera importante
essa atuação (18,5%); não vê resultados (3,7%).
A inovação é inerente às mídias sociais, pois elas se estabelecem nas tec-
nologias da informação e comunicação. Isso significa que as funcionali-
dades de ontem podem não ser as mesmas de hoje; o comportamento
do usuário pode ser outro amanhã; o que funcionou no passado, não
funciona mais no presente. Nesse cenário, exige-se que os gestores da
comunicação de marketing se atualizem constantemente, acompanhem
tendências e sejam muito criativos.
ASSIMILE
As estratégias de comunicação dizem respeito a um conjunto
de ações de comunicação planejadas que visam atender a
determinados objetivos e que, se bem formuladas, implicam
metas, ou seja, definem resultados concretos a serem perse-
guidos. (BUENO, 2015, p. 125)
Planejamento de Comunicação7
A estratégia é um caminho para se alcançar determinado objetivo. Para
cada estratégia, definem-se ações. Assim, podemos dizer que determina-
das ações devem ser aplicadas durante o caminho em direção ao objetivo
pré-estabelecido.
As ações devem ser construídas uma a uma e relacionadas a cada uma das
estratégias. Não há ação sem estratégia que lhe dê direção. Pode haver
diversas ações para a implementação de uma estratégia, entretanto não
pode haver diversas estratégias para a implementação de uma única ação.
(PÚBLIO, 2012, p. 157)
No entanto, não estaria incorreto pensarmos nas mídias sociais como es-
tratégia (caminho) para se atingir um objetivo.
EXEMPLIFICANDO
Imagine, como objetivo de comunicação, aumentar a visibi-
lidade da marca junto aos públicos de interesse. Uma estra-
tégia (caminho) pode ser a adoção das mídias sociais como
plataforma. Duas ações para implementar a estratégia po-
dem ser: (a) criação de Fanpage da marca no Facebook; (b)
disseminação da página do Facebook da empresa por meio
de Whatsapp.
8 Planejamento de Comunicação
Monteiro e Azarite (2012, apud BUENO, 2015) indicam que a presença das
organizações nas mídias sociais se dá, principalmente, por:
objetivos vinculados a alguns níveis particulares de atuação: publicar/di-
vulgar informações e propiciar interação a partir dos conteúdos inseridos
nas mídias sociais; construir um espaço de relacionamento voltado para os
públicos estratégicos e os cidadãos de maneira geral; e integrar as mídias
sociais a uma proposta abrangente de comunicação que inclui o online e o
off-line. (MONTEIRO E AZARITE, 2012, apud BUENO, 2015, p. 128)
Cada um desses níveis são fontes para que a organização defina suas es-
tratégias. A partir dessa definição, ações devem ser estabelecidas para o
alcance dos objetivos pré-estabelecidos.
Planejamento de Comunicação9
Nesse campo, uma denúncia feita por um cliente de uma empresa, normal-
mente, levanta uma massa de outros clientes insatisfeitos e, ao contrário do
que ocorre com os temas relativos ao ambiente político onde a polarização
discursiva se instala, poucos se colocam a favor de uma empresa denuncia-
da. (BUENO, 2015, p. 38)
ASSIMILE
Lerbinger (1997, apud BUENO, 2015, p. 149) define crise como
“um evento que traz ou tem potencial para trazer à organiza-
ção uma futura ruptura em sua lucratividade, seu crescimen-
to e, possivelmente, sua própria existência”.
LINK
Leia artigo de Simon (2011) sobre as ameaças que empresas
sofrem quando as mídias sociais são usadas como canais
naturais de autorregulamentação no tratamento do
consumidor. SIMON, Cris. Mídias sociais causam mais
danos a marcas que Procon. 16 mar. 2011. In Exame.com.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/
midias-sociais-causam-mais-danos-a-marcas-que-procon/>.
Acesso em: 27 mar. 2018.
Planejamento de Comunicação11
Os profissionais da comunicação devem ter ciência de que a linguagem
das mídias digitais não é a mesma das mídias tradicionais. “Por ter plas-
ticidade e ser elástico, o ciberespaço nos permite misturar, articular e
incorporar formatos não textuais em textuais, imagéticos em sonoros
e vice-versa [...]” (Ferrari, 2010, apud BUENO, 2015, p. 175). Tentar sim-
plesmente disponibilizar os conteúdos das mídias tradicionais nas mídias
digitais sem qualquer adequação do material prejudica a efetividade da
comunicação.
Planejamento de Comunicação13
da página (se ela tiver apenas informações de contato, por exemplo, pode
não ser relevante um baixo bounce rate).
Total de conversões: trata-se de uma das mais importantes métricas a
ser monitorada. São exemplos de conversão: “[...] assinar sua newsletter,
baixar um e-book, se inscrever em um webinar, usar a versão de testes do
seu produto ou mesmo se tornar cliente, de modo definitivo.” (GOMES,
2018, s/p). Um número baixo de conversões demonstra que o usuário
não está caminhando em direção a se tornar um cliente.
Taxa de cliques: ou Click-through rate (CTR), traduz o sucesso das campa-
nhas. “No caso do e-mail marketing, ela mostra qual a proporção de pes-
soas que clicaram no conteúdo dos e-mails com relação as que o abriram”
(GOMES, 2018, s/p). Por exemplo: se 1000 pessoas abrirem um e-mail de
oferta e 210 delas clicarem em link contido nesse email, o CTR é de 21%.
Glossário
Planejamento de Comunicação15
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 05
1. Quanto ao conceito de mídias sociais como elemento da
comunicação de marketing, podemos afirmar:
I. As mídias sociais são ambientes em que relações inter-
pessoais virtuais promovem sociabilidade.
II. As mídias sociais caracterizam-se pelo uso de tecnolo-
gias e ferramentas virtuais nas interações humanas.
III. Os conteúdos nas mídias sociais permanecem rastreá-
veis, é possível que eles tenham audiência mesmo após
sua publicação.
É correto o que se diz em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
2. é um caminho para se alcançar determinado
. Para cada , definem-se . As
ações levam .
Assinale a alternativa que apresenta os termos que preen-
chem correta e sequencialmente as lacunas:
Referências Bibliográficas
BUENO, Wilson da (org.). Estratégias de Comunicação nas Mídias Sociais. São
Paulo: Manole, 2015. [Minha Biblioteca].
CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet, Reflexões Sobre a Internet, os Negócios
e a Sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. [Minha Biblioteca].
Planejamento de Comunicação17
GOMES, Bruno. Principais métricas de marketing que você deve mensurar para vali-
dar seus esforços. In Marketing de Conteúdo. 02 fev. 2018. Disponível em: <https://
marketingdeconteudo.com/metricas-de-marketing/>. Acesso em: 25 abr. 2018.
JUE, Arthur L. As Mídias Sociais nas Empresas: Colaboração, Inovação,
Competitividade e Resultados. São Paulo: Évora, 2010.
MONTEIRO, Silvana D. O que é ciberespaço? 04 mai. 2010. In Departamento da
Ciência da Informação. Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: <http://
departamentocienciadainformacao.blogspot.com.br/2010/05/o-que-e-o-ciberespa-
co.html>. Acesso em: 28 mar. 2018.
PÚBLIO, Marcelo Abilio. Como Planejar e Executar Uma Campanha de Propaganda.
2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. [Minha Biblioteca].
ROCK CONTENT. Aprenda o que é lead e transforme potenciais clientes em fiéis
compradores. In Marketing de Conteúdo. 06 abr. 2018. Disponível em: <https://
marketingdeconteudo.com/o-que-e-lead/>. Acesso em: 16 abr. 2018-B.
ROCK CONTENT. Social Midia Trends 2018. s/d. Disponível em: <https://goo.gl/
XMSrnN>. Acesso em: 26 mar. 2018-A.
ROCK CONTENT. Marketing Viral: tudo que você precisa saber sobre o assunto. 02 ago.
2017. In Marketing de Conteúdo. Disponível em: <https://marketingdeconteudo.
com/marketing-viral/>. Acesso em: 16 abr. 2017.
SIMON, Cris. Mídias sociais causam mais danos a marcas que Procon. 16 mar. 2011. In
Exame.com. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/midias-sociais-
causam-mais-danos-a-marcas-que-procon/>. Acesso em: 27 mar. 2018.
WE ARE SOCIAL. Digital in 2017: global overview. 24 jan. 2017. Disponível em: <https://
wearesocial.com/special-reports/digital-in-2017-global-overview>.
Acesso em: 26 mar. 2018.
Gabarito – Tema 05
Questão 1 – Resposta: E
(correta) Segundo Bagozzi e Dholakia (2002, apud BUENO, 2015, p.
6), as mídias sociais são ambientes em que relações interpessoais
virtuais promovem “sociabilidade, suporte, informação, consciência
compartilhada e identidade social” às redes sociais.
Questão 2 – Resposta: A
A estratégia é um caminho para se alcançar determinado objetivo.
Para cada estratégia, definem-se ações. As ações levam ao objetivo.
Questão 3 – Resposta: C
a) (incorreta) Na verdade, nas mídias sociais, as marcas devem lidar
com o empoderamento dos consumidores que estão livres para
se manifestar.
b) (incorreta) Na verdade, nas mídias sociais, os consumidores po-
dem manifestar suas insatisfações em relação à marca, acarre-
tando comprometimento na imagem corporativa.
c) (correta) Tendo o apoio da internet, as mídias sociais permitem
feedback instantâneo, além de pluralidade de canais de interação
(blogs, Twitter; Facebook, Youtube, etc.).
d) (incorreta) Na verdade, é exatamente o oposto: enquanto as mí-
dias sociais caracterizam-se pela possibilidade do imediatismo de
feedback, as mídias tradicionais não contam com isso.
e) (incorreta) As interações virtuais são pertinentes às mídias sociais
e não às mídias tradicionais.
Planejamento de Comunicação19
TEMA 06
PLANEJAMENTO DE MÍDIA
Objetivos
2 Planejamento de Comunicação
Introdução
Planejamento de Comunicação3
1. Conceituando o planejamento de mídia
2. O departamento de mídia
2.1. Planejamento
4 Planejamento de Comunicação
ASSIMILE
Um plano de mídia deve estar “[...] de acordo com a verba
disponível, com as recomendações de como a campanha
será veiculada para atingir o público-alvo e, com isso, obter
os resultados desejados de marketing e de comunicação.”
(TAMANAHA, 2011, p. 6).
2.2. Pesquisa
Planejamento de Comunicação5
PARA SABER MAIS
Sugerimos algumas fontes para pesquisas de mídia:
2.3. Compras
6 Planejamento de Comunicação
ASSIMILE
A comercialização de mídia envolve a negociação que pode
acontecer entre agência e veículo ou anunciante diretamente
com o veículo. Determinada quantidade de páginas de anún-
cios, por exemplo, pode bonificar o anunciante com algumas
inserções gratuitas. Outro exemplo: uma negociação, com
uma emissora de rádio FM, no valor de R$ 50 mil, o anuncian-
te pode ter direito à veiculação sem pagamento de 40% des-
se valor, o que corresponde a R$ 20 mil. Cada veículo oferece
um sistema próprio de comercialização que pode envolver,
além de bonificações, prazos especiais de pagamento, per-
muta de espaço por produto, etc. (TAMANAHA, 2011)
2.4. Checking
Planejamento de Comunicação7
3. O plano de mídia
8 Planejamento de Comunicação
A seguir, destacamos as principais ideias a respeito.
Planejamento de Comunicação9
Pode nos parecer bastante óbvio que o objetivo de mídia seja uma vei-
culação que atinja “ [...] a maioria do público-alvo, com alta intensidade e
durante um longo período.” (TAMANAHA, 2011, p. 100-101). No entanto,
grande parte dos anunciantes não tem fôlego para investir a verba neces-
sária para isso. Diante dessa realidade, espera-se que o profissional de
mídia otimize os resultados para o cliente por meio de programações de
mídia que contemplem adequadas combinações entre meios, veículos,
frequência e continuidade de veiculações. Em televisão, por exemplo, a
continuidade significa os períodos em que o comercial será veiculado du-
rante o ano ou durante 12 meses corridos (TAMANAHA, 2011, p. 33).
ASSIMILE
Um cronograma de veiculação pode ser apresentado em for-
ma de tabela, por exemplo, pontuando, para cada meio se-
lecionado: os veículos a serem contratados; os períodos de
veiculação; a definição de investimentos e GRPs (ou algum
outro indicador).
JUNHO 1234 XX XX
JULHO 1234
AGOSTO 1234
SETEMBRO 1234
NOVEMBRO 1 2 3 4 XX XX
Planejamento de Comunicação11
particularidades das programações, instruindo a área da criação quanto
ao estilo das peças publicitárias; deve indicar como se fará a seleção dos
veículos pré-selecionados (a partir de CPMs de baixo custo? Com base no
perfil da audiência?) e deve também dar atenção a possíveis restrições do
anunciante quanto ao alinhamento da cultura e filosofia institucional do
cliente e o perfil dos programas sugeridos. (TAMANAHA, 2011)
LINK
Que tal ver um exemplo de análise de CPM de revista? Acesse:
MIDIALINKS. COM – Análise do COM no Planejamento de
Mídia. 15 out. 2013. Disponível em: <https://youtube.com/
watch?v=rgbKscq9GpU>. Acesso em: 02 mai. 2018.
NÚMERO DE INSERÇÕES 9
GRP 378
AUDIÊNCIA
39% 42% 25% 20%
DOMICILIAR
NÚMERO DE
3 3 3 3 12
INSERÇÕES
CUSTO R$ R$ R$ R$ R$
TOTAL 120.000,00 150.000,00 84.000,00 96.000,00 450.000,00
Fonte: Tamanaha, 2011 (p. 42)
Planejamento de Comunicação13
Podemos perceber, pelos exemplos, que se trata de duas opções de pro-
gramação que mantêm a mesma verba e o mesmo total de GRP. A primei-
ra opção sugere investir todo o valor em 9 inserções dentro de um mes-
mo programa: novela das 20h. A segunda opção sugere distribuir o valor
em 4 programações diferentes. Qual seria a melhor alternativa? Depende!
Qual é o objetivo que consta no roteiro de programação de mídia? Qual é
a importância do alcance (número de domicílios atingidos pelo comercial)
e da frequência média (número médio de vezes em que os domicílios são
atingidos)?
Planejamento de Comunicação15
Monitoramento/Rastreamento: “[...] rastreamento mais tradicionais,
como consciência de marca, recordação de anúncio, associação com a
mensagem e intenções de compra.”
ROI: sigla, em inglês, que significa Return Over Investment (retorno sobre o
investimento). Trata-se do valor que demonstra se a verba que foi investi-
da está gerando lucro ou prejuízo.
5. Considerações finais
Glossário
Planejamento de Comunicação17
• CPM: custo por mil, ou seja, “[...] valor obtido pela divisão do pre-
ço da inserção em uma publicação, emissora ou site pelo total de
leitores ou audiência em número absoluto e multiplicado por mil.
Indica quanto custa atingir mil pessoas que consomem o veículo.
(TAMANAHA, 2011, p. 35)
• CPP: custo por ponto de audiência ou também conhecido por custo
1%. “Trata-se de uma técnica muito utilizada na mídia eletrônica e
significa quanto custa atingir um ponto de audiência de um progra-
ma de TV ou de uma emissora de rádio.” (TAMANAHA, 2011, p. 34)
• Frequência: “[...] é o número de vezes em que as pessoas alcança-
das foram expostas à peça publicitária em um veículo ou na soma
deles, considerando que, quando se veicula a peça determinada
quantidade de vezes, algumas pessoas são expostas uma vez, ou-
tras, duas vezes, outras, três vezes, etc.” (TAMANAHA, 2011, p. 31)
• Pageviews: “[...] visualização da página visitada com o anúncio
(banner), não importando se esta já foi vista anteriormente ou não
pelo mesmo usuário -, ou de impressões – número de vezes que o
anúncio (banner) é exibido nas páginas de um site.” (TAMANAHA,
2011, p. 8)
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 06
1. A respeito do planejamento de mídia, podemos afirmar:
I. Determina o caminho pelo qual as ações de mídia vão
acontecer para se alcançar o objetivo determinado.
II. Define variáveis como a quantidade de pessoas a serem
atingidas e intensidade da veiculação da mensagem.
III. Deve se basear também em estudos sobre a
concorrência.
Planejamento de Comunicação19
Referências Bibliográficas
BELCH, George E., BELCH, Michael E. Propaganda e Promoção: Uma Perspectiva
da Comunicação Integrada de Marketing. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. [Minha
Biblioteca].
COSCELLI, João. Nielsen Ibope lança ferramenta que compara eficácia de TV e online.
In Propmark. Disponível em: <http://propmark.com.br/digital/nielsen-ibope-lanca-
-ferramenta-que-compara-eficacia-de-tv-e-online>. Acesso em: 04 abr. 2018.
IAB BRASIL. Glossário de Marketing Digital. Nov. 2017. Disponível em: <https://
iabbrasil.com.br/wp-content/uploads/2012/09/GLOSSARIO-IAB-BRASIL-MARKETING-
DIGITAL_v_2017.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2018.
IPSOS CONNECT. Mídia & Expressão de Marca. IPSOS. Mídia & Expressão de Marca:
Ipsos Connect. Disponível em: <https://ipsos.com/pt-br/midia-expressao-de-marca-
-ipsos-connect>. Acesso em: 03 abr. 2018.
KANTAR IBOPE MEDIA. Dados & Rankings. Disponível em: <https://kantaribopemedia.
com/conteudo/dados-rankings/>. Acesso em: 03 abr. 2018.
MIDIALINKS. COM – Análise do COM no Planejamento de Mídia. 15 out. 2013.
Disponível em: <https://youtube.com/watch?v=rgbKscq9GpU>. Acesso em: 02 mai. 2018.
NAKAMURA, Rodolfo. 7 aspectos do GRP que todo mídia precisa saber. In Linkedin.
14 jun. 2017. Disponível em: <https://pt.linkedin.com/pulse/7-aspectos-do-grp-que-
todo-m%C3%ADdia-precisa-saber-rodolfo-nakamura>. Acesso em: 06 abr. 2018.
TAMANAHA, Paulo. Planejamento de Mídia: Teoria e Experiência. 2. ed. São Paulo:
Pearson, 2011.
. Planejamento de Mídia: Teoria e Experiência. 1. ed. São Paulo: Pearson,
2006. [Minha Biblioteca]
Gabarito – Tema 06
Questão 1 – Resposta: E
I. (correta) Determina o caminho pelo qual as ações de mídia vão
acontecer para se alcançar o objetivo determinado = trata-se da de-
finição da estratégia, responsabilidade do planejamento de mídia.
Questão 2 – Resposta: B
Gerenciamento dos documentos de autorização para o anunciante
(dentro das atribuições do planejamento); Contato com os veículos
de comunicação para negociações (atribuição da área de compra de
mídia); Suporte técnico de pesquisa ao planejador (atribuição da área
de pesquisa de mídia). Elaboração e apresentação do plano de mídia
(atribuição do planejamento de mídia). Conferência da programação
de inserções dos anúncios (atribuição do checking).
Questão 3 – Resposta: D
I. (incorreta) Na verdade, medidas como o grau de recordação do
usuário; a consciência da marca e intenções de compra são usa-
das há tempos pelas mídias tradicionais.
Planejamento de Comunicação21
TEMA 07
LEGISLAÇÃO E ÉTICA NA
COMUNICAÇÃO
Objetivos
2 Planejamento de Comunicação
Introdução
Planejamento de Comunicação3
1. Ética na comunicação
LINK
O Professor Clóvis de Barros Filho (livre-docente na área de
Ética da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo) nos apresenta sua definição de ética. Assista em:
MATARAZZO TREINAMENTO. Conceito de Ética – Clóvis de
Barros Filho. 26 set. 2016. 2:min12s. Disponível em: <https://
youtube.com/watch?v=EVixxe2fTyI>. Acesso em: 12 abr. 2018.
4 Planejamento de Comunicação
Inspirando-nos na fala do Prof. Clóvis de Barros Filho (apresentado no
vídeo sugerido), percebemos a presença da ética quando uma sociedade
tem princípios e valores que priorizam os interesses do todo e não ape-
nas os interesses de uma parte desse todo.
2. Leis e regulamentos
Planejamento de Comunicação5
PARA SABER MAIS
Na obra de Sant’anna (2015), há um capítulo inteiro dedicado
a Leis e Regulamentos. Indicamos sua leitura para que você
tenha uma visão ampla e um pouco mais detalhada a respeito
do tema. SANT’ANNA, Garcia. Propaganda: Teoria, Técnica
e Prática. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2015.
[Minha Biblioteca]. Cap. 10, p. 387.
ASSIMILE
Considerando-se que o CONAR é formado pelos próprios pu-
blicitários e profissionais de interesse, até que ponto pode-se
contar com a neutralidade das decisões tomadas?
6 Planejamento de Comunicação
A missão do CONAR
[...] inclui principalmente o atendimento a denúncias de consumidores, au-
toridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria.
As denúncias são julgadas pelo Conselho de Ética, com total e plena garan-
tia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Quando compro-
vada a procedência de uma denúncia, é sua responsabilidade recomendar
alteração ou suspender a veiculação do anúncio. O CONAR não exerce cen-
sura prévia sobre peças publicitárias, já que se ocupa somente do que está
sendo ou foi veiculado. (CONAR, s/d, s/p)
Planejamento de Comunicação7
Dentre os princípios gerais do código, Sant’anna (2015) destaca: respeitar
os vários públicos, não incidindo em discriminação; manter decência em
mensagens visuais ou audiovisuais; mostrar honestidade (não abusando
da credulidade da audiência); não explorar o medo, a superstição ou vio-
lência; apresentar conteúdos passíveis de comprovações; não fazer qual-
quer tentativa de produzir efeitos subliminares, etc.
EXEMPLIFICANDO
Imagem 1 – Anúncio denunciado ao CONAR
Fonte: https://www.brasil247.com/get_img?ImageWidth=988&ImageId=163540
8 Planejamento de Comunicação
O Conar ainda prevê regras específicas de anúncio para variadas cate-
gorias de bens/serviços, que já contam com os cuidados da lei, conside-
rando todas as possibilidades de veiculação para “[...] aquela categoria,
bem como horários de veiculação, cláusulas de advertência exigidas pelo
governo e quaisquer outras restrições ou obrigações descritas em leis.”
(SANT’ANNA, 2015, p. 406)
EXEMPLIFICANDO
Consulte, no site do CONAR, pelo caminho: Código - II Anexos
– Categorias Especiais de Anúncios – Anexo “A” – Bebidas
Alcoólicas.
“Categoria de bebidas alcoólicas
1. Regra geral: por tratar-se de bebida alcoólica — produ-
to de consumo restrito e impróprio para determinados
públicos e situações — deverá ser estruturada de manei-
ra socialmente responsável, sem se afastar da finalida-
de precípua de difundir marca e características, vedados,
por texto ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive
slogan, o apelo imperativo de consumo e a oferta exage-
rada de unidades do produto em qualquer peça de co-
municação.” (CONAR, s/d, s/p)
Planejamento de Comunicação9
PARA SABER MAIS
Acesse o conteúdo completo do código: PROCON. Código
de Proteção e Defesa do Consumidor. Jan. 2018. Disponível
em: <http://www.procon.sp.gov.br/pdf/CDCcompleto.pdf>.
Acesso em: 13 abr. 2018.
EXEMPLIFICANDO
“Em 2012, a Mattel foi multada em R$ 534 mil pelo Procon-
SP. De acordo com o órgão, filmes publicitários da Barbie, em
que a boneca usava secador e babyliss, foram considerados
inadequados por projetarem preocupação exagerada com a
aparência e inserção precoce da criança no mundo adulto.”
(PROTESTE, 2014, s/p.)
Planejamento de Comunicação11
2.4. ABEMD (Associação Brasileira de Marketing de Dados)
Planejamento de Comunicação13
É importante levar em conta que o anunciante poderá financiar os gastos
que terá com o plano de comunicação, assim, a demonstração do fluxo de
caixa é mais uma ferramenta para ser utilizada na análise de viabilidade
econômico-financeira, uma vez que a verba, geralmente, é diluída ao lon-
go da duração da campanha.
IDENTIDADE VISUAL
PUBLICIDADE E PROPAGANDA
PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Material valor bruto desconto valor líquido
Planejamento estratégico
Outdoor
Fotografia/ilustração para material
4.200,00 700,00 3.500,00
impresso
Página inteira de revista
Página dupla de revista
Página dupla de jornal
Página simples de jornal
Comercial para TV 25.000,00 3.000,00 22.000,00
Spot para rádio 9.800,00 4.000,00 5.800,00
Total 39.000,00 7.700,00 31.300,00
Planejamento de Comunicação15
WEB
Material valor bruto desconto valor líquido
Hotsite 2.500,00 0 2.500,00
Full banner 1.278,00 1.278,00 0
Total 3.778,00 1.278,00 2.500,00
WEB
Material valor bruto desconto valor líquido
Hotsite 5.000,00 0 5.000,00
Full banner 30.000,00 10.000,00 20.000,00
Total 35.000,00 10.000,00 25.000,00
Quando nos deparamos com o valor total de uma campanha que pode
chegar a milhões, pensamos que se trata de um montante praticamente
inviável. No entanto, é importante lembrarmos que há organizações dos
mais diversos tamanhos e poder de investimento. Assim, Públio (2012)
Planejamento de Comunicação17
exemplifica: para uma empresa que fatura uma média de 200 milhões de
reais por ano (equivalente a aproximadamente 17 milhões de reais por
mês), um investimento de aproximadamente 2 milhões de reais em um
planejamento anual iria equivaler a aproximadamente 150 mil reais gas-
tos em comunicação por mês. Tal investimento, para corporações desse
porte, seria equivalente a 8% do faturamento.
4. Considerações finais
Planejamento de Comunicação19
• As proposições em direção a viabilizar o plano de comunicação
devem ser analisadas com muita cautela, pois qualquer manobra
pode impactar negativamente os resultados da campanha.
Glossário
• Budget: palavra inglesa que nos remete à ideia de montante ne-
cessário para determinada realização. Na área da propaganda, por
exemplo, o termo é utilizado para expressar o valor anual que de-
terminado anunciante tem para investir em uma campanha.
• Custo Marginal: aumento, gerado nos custos totais de produção,
quando o volume de produção é aumentado em uma unidade do
produto.
• Efeitos Subliminares: na menção feita neste conteúdo, refere-se
aos efeitos da propaganda subliminar que, mesmo não se tratan-
do de uma técnica comprovada juridicamente, tem seus efeitos de
persuasão gerados por estímulos direcionados ao subconsciente.
• Receita Marginal: aumento, gerado na receita total, quando acon-
tece o aumento de venda em uma unidade do produto.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 07
1. A sigla CONAR significa Conselho Nacional de Autorregulação
Publicitária. Trata-se de:
a) Um órgão do governo, responsável por julgar e senten-
ciar publicitários responsáveis por campanhas que le-
saram clientes.
b) Um órgão não governamental, formado por publicitá-
rios (e não publicitários), que recebe denúncias sobre
anúncios, analisa-as e toma providências a respeito.
Planejamento de Comunicação21
Referências Bibliográficas
ABEMD. Código de Ética da ABEMD. 12 mar. 1997. Disponível em: <http://abemd.
org.br/codigo-de-etica-da-abemd>. Acesso em: 30 abr. 2018.
AMPRO. Código de Ética do Marketing Promocional. Disponível em: <http://ampro.
com.br/admin/Files/PDF/codigo_de_etica.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2018.
BRASIL 247. Conar: Anúncio do Azeite Gallo Terá de Ser Modificado. 09 mar. 2012.
Disponível em: <https://brasil247.com/pt/247/midiatech/46852/Conar-an%C3%
BAncio-do-azeite-Gallo-ter%C3%A1-de-ser-modificado.htm>. Acesso em: 30 abr. 2018.
CÂMARA DE DEPUTADOS. Legislação Informatizada - DECRETO nº 70.951, DE 9
DE AGOSTO DE 1972 - Publicação Original. s/d. Disponível em: <http://www2.
camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-70951-9-agosto-1972-419543-
publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 13 abr. 2018.
CENP. Normas-Padrão da Atividade Publicitária. 16 dez. 1998. Disponível em: <
http://cenp.com.br/documento/normas-padrao-portugues>. Acesso em: 30 abr. 2018.
. O que é o CENP? (s/d). Disponível em: <http://cenp.com.br/sobre-o-cenp/o-
que-e-o-cenp>. Acesso em: 30 abr. 2018.
CONAR. Missão. s/d. Disponível em: <http://conar.org.br/>. Acesso em: 13 abr. 2018.
CRIANÇA E CONSUMO, 22 jun. 2014. Lei nº 8.078/1990 – Código de Defesa do
Consumidor (CDC). In Normas em Vigor. Disponível em: <http://criancaeconsumo.
org.br/normas-em-vigor/lei-no-8-07890-codigo-de-defesa-do-consumidor-cdc/>.
Acesso em: 30 abr. 2018.
DIAS, Lucia A. L. de M. Publicidade e Direito. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2013.
GSHOW. Filósofo Mario Sergio Cortella Explica Conceitos de Moral e Ética.
29 fev. 2016. Disponível em: <http://gshow.globo.com/Rede-Bahia/Aprovado/
noticia/2016/02/filosofo-mario-sergio-cortella-explica-conceitos-de-moral-e-etica.
html>. Acesso em: 11 abr. 2018.
LUPETTI, Marcélia. Administração em Publicidade: a Verdadeira Alma do Negócio.
2. ed. São Paulo: Cengage, 2011.
MATARAZZO TREINAMENTO. Conceito de Ética – Clóvis de Barros Filho. 26 set. 2016.
2min12s. Disponível em: <https://youtube.com/watch?v=EVixxe2fTyI>.
Acesso: em 12 abr. 2018.
Gabarito – Tema 07
Questão 1 – Resposta: B
O CONAR é um órgão não governamental (o que exclui as alternati-
vas que mencionam o contrário). O CONAR não é formado por juízes
nem tem poder jurídico.
Questão 2 – Resposta: E
Alguns dos princípios do Código de Defesa do Consumidor são:
Planejamento de Comunicação23
identificável como tal. “Isso não envolve as propagandas sublimina-
res”. Propaganda comparativa – permitida desde que “[...] não se
caracterize por concorrência desleal por denegrir imagem de marcas
de concorrentes.”
Questão 3 – Resposta: A
As campanhas publicitárias com promoções não podem oferecer di-
nheiro como prêmio. Por isso, a alternativa correta é a única que não
apresenta a oferta de prêmio em dinheiro.
COMUNICAÇÃO CORPORATIVA
Objetivos
2 Planejamento de Comunicação
Introdução
Esta é a última aula da disciplina e você deve ter notado que, por trás de
todo o cuidado da comunicação integrada de marketing, está a importân-
cia do relacionamento entre a empresa e os públicos de interesse (stake-
holders). Segundo Freeman (1984, apud VIEIRA, 2015), esses públicos são
formados por “todos aqueles que afetam ou são afetados pelas organi-
zações”. Sendo assim, os stakeholders são, antes de tudo, públicos estra-
tégicos de qualquer corporação, que deve embasar seu planejamento de
comunicação no gerenciamento desses públicos.
Wood (1990 apud VIEIRA, 2015, p. 2) classifica esses públicos em duas ca-
tegorias: (1) stakeholders primários: clientes, empregados, fornecedores,
concorrentes e proprietários; (2) stakeholders secundários: mídia, institui-
ções financeiras, analistas financeiros, organizações sem fins lucrativos,
governos externos, governos internos e comunidade.
Planejamento de Comunicação3
O olhar estratégico do marketing engloba todas as ações que impactam a
atuação da empresa no mercado e vamos compreender que o modo com
que ela se relaciona com seu público interno e a maneira como ela geren-
cia sua imagem institucional interferem em seus resultados mercadológi-
cos. Ou seja, todas as formas de comunicação adotadas pela organização
devem ser integradas estrategicamente.
4 Planejamento de Comunicação
1. Comunicação institucional
LINK
A Natura Cosméticos disponibiliza, em seu site, um vídeo
institucional em que apresenta o alcance de sua logística,
as características de seus produtos, a relação com fornece-
dores, sua postura ética e responsável, dentre vários outros
aspectos. Esse vídeo exemplifica uma das muitas maneiras
de se implementar uma comunicação institucional. Acesse:
NATURABR OFICIAL. Natura Institucional. 2015. Disponível
em: <https://youtu.be/H1XkDAZGrNI>. Acesso em: 17 abr. 2018.
Planejamento de Comunicação5
públicos de interesse têm da organização. A imagem “[...] é o retrato do po-
sicionamento estabelecido pela identidade.” (LUPETTI, 2012, p. 13)
EXEMPLIFICANDO
A imagem a seguir é de uma propaganda institucional da
Natura. Perceba que o foco não está em nenhum produto
da companhia, mas na própria identidade da marca: como a
Natura concebe a beleza. O texto termina assim: “Viva a sua
verdade. Viva a sua essência. Viva sua beleza viva.”
6 Planejamento de Comunicação
Figura 1 – Exemplo de Propaganda Institucional
Fonte: <https://edutakashi.files.wordpress.com/2016/03/anuncio-natura.jpg?w=960>.
Acesso em: 24 abr.2018.
Planejamento de Comunicação7
EXEMPLIFICANDO
Leia sobre os serviços de jornalismo empresarial, oferecidos
pelo Baguete Diário, criado pelo jornalista Gilnei Marques em
1997. Acesse: BAGUETE. Baguete diário, uma história. s/d.
Disponível em: <https://baguete.com.br/sobre>.
Acesso em: 17 abril 2018.
8 Planejamento de Comunicação
A comunicação com investidores deve estar prevista no plano, por meio
de pontos como: transparência com os acionistas no que diz respeito aos
fatos relevantes que podem afetar seriamente a empresa; conhecimento
a respeito de como os principais investidores e a mídia preferem rece-
ber as informações; submissão do “processo de comunicação à legislação
que regula as relações da empresa com os investidores”; profundo conhe-
cimento da situação financeira e econômica da empresa para entender
seus pontos fortes e fracos. (BIFUCO, 2010, p. 72)
2. Comunicação administrativa
ASSIMILE
Segundo Torquato (2002, apud LUPETTI, 2012, p. 16), “[...] a
comunicação administrativa é o eixo principal de tramitação
da informação do trabalho rotineiro – normas, instruções,
portarias, memorandos, cartas técnicas, índices, taxas, regu-
lamentos, avisos, racionalização de rede, etc.”
Planejamento de Comunicação9
também tem seu próprio ponto de vista. “Por essa razão, a comunicação
administrativa é considerada um dos maiores problemas da organização.”
(LUPETTI, 2012, p. 16)
3. Comunicação interna
4. Imagem e reputação
Diante desse cenário, fica fácil entender como é importante, para uma
corporação, manter uma imagem sólida e confiável junto aos consumi-
dores. E, essa empreitada, não se faz do dia para a noite, a construção
de uma imagem e sua preservação requerem constantes esforços geren-
ciais, sustentados por um efetivo plano de comunicação.
É cada vez mais notável que a atuação das empresas já não se limita ao
âmbito mercadológico, mas chega aos âmbitos políticos, econômicos,
culturais e sociais. Hoje, as corporações são protagonistas em notícias
de jornais que, muitas vezes, podem fragilizar sua reputação. Nassar e
Planejamento de Comunicação11
Figueiredo (2017) fornecem alguns exemplos de notícias em jornal que,
apesar de antigos, são muito adequados às discussões desta aula.
• Em um caderno de esportes: é noticiada a morte de uma nadado-
ra que teria morrido de hipotermia enquanto tentava atravessar o
canal da Mancha. Ela tinha o patrocínio de uma grande empresa de
cartões de crédito. (As chances de uma associação negativa entre a
marca do cartão de crédito e a morte da nadadora são grandes).
Com certeza, mesmo sem ter a identificação das marcas, você sentiu
simpatia pelas empresas das notícias do caderno cultural e antipatia por
aquelas mencionadas nos outros cadernos, não é mesmo? Imagine, en-
tão, o risco que essas correram em relação à suas reputações.
Planejamento de Comunicação13
PARA SABER MAIS
Sugerimos a leitura de um artigo que dá exemplos de cri-
ses enfrentadas por empresas que tiveram suas reputações
ameaçadas. Acesse: MELO, Luísa. 9 empresas que suaram
para não manchar a reputação em 2013. 13 set. 2016. In:
Revista Exame. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/
negocios/9-empresas-que-suaram-para-nao-lesar-sua-repu-
tacao-em-2013/>. Acesso em: 19 abr. 2018.
EXEMPLIFICANDO
Observe o quadro que apresentamos. Perceba que, a par-
tir dos objetivos gerais de comunicação integrada, podemos
projetar objetivos específicos para as frentes de atuação da
comunicação organizacional.
ASSIMILE
A sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa
são elementos essenciais para a reputação da marca, que
têm um papel difícil dependendo da indústria e do grupo de
stakeholders. As pessoas esperam que as empresas sejam
mais sustentáveis, e as companhias têm de atender essa ne-
cessidade em um nível específico para serem aceitas na so-
ciedade. (SÁ, 2011, s/p.)
Planejamento de Comunicação15
Relembremos a descrição feita por Kotler e Keller (2012, p. 518), estuda-
da em nossa segunda aula, das sete etapas de planejamento da comuni-
cação: (1) Identificação do público-alvo; (2) Determinação dos objetivos;
(3) Elaboração da comunicação; (4) Seleção dos canais de comunicação;
(5) Estabelecimento do orçamento; (6) Decisão sobre o mix de comunica-
ção; (7) Mensuração dos resultados da comunicação.
Em um plano de comunicação, as etapas do planejamento serão contem-
pladas com o detalhamento operacional dos processos envolvidos, das
ações implementadas e dos recursos aplicados.
EXEMPLIFICANDO
Em um plano em que o objetivo específico da comunicação
institucional for o reforço da imagem da empresa, podemos
pensar nas seguintes possibilidades: (1) público-alvo: consu-
midores e acionistas; (2) objetivos: disseminar a imagem de
empresa socialmente responsável e transparente; (3) men-
sagens com foco nos projetos sociais da corporação e na co-
tação da empresa na bolsa de valores; (4) mídia interativa
eletrônica; (5) definição do orçamento pelo método de ob-
jetivos e tarefas, submetido à programação ao budget total
da comunicação integrada de marketing; (6) principais ferra-
mentas: evento e propaganda institucional; (7) pesquisas de
marketing para mensuração dos resultados.
Planejamento de Comunicação17
Produto: canecas em cerâmica impressas com poesias factíveis
de personalização. Preço: abaixo do praticado pela concorrência.
Localização: vendas pelo site (e-commerce) e quiosque (a ser inaugu-
rado) em shopping de grande circulação de pessoas. Comunicação:
definida na resolução desta situação-problema.
Público-alvo: predominância do sexo feminino. Rendimentos de 4 a
15 salários mínimos, usuárias assíduas da internet. Suas formas de
entretenimento: cinema, revistas, música e televisão. Usos na inter-
net: redes sociais, compras, profissional, pesquisas e notícias. Mais de
70% compra as canecas para dar de presente.
Visão: tornar-se a marca predileta de canecas personalizadas no mer-
cado brasileiro. Missão: aproximar as pessoas, estimulando a intera-
ção pessoal significativa. Valores: qualidade nas relações interpesso-
ais; respeito mútuo; manifestação das emoções e ética.
Concorrência Direta: Marcas como a Canecaria e a Loucos por
Caneca. No shopping em que o quiosque será aberto, já existe a
Loucos por Caneca.
Estratégia de Marketing: Diferenciar-se pelo preço abaixo da
concorrência.
Agora, é com você! Aplique tudo o que aprendeu em nossas aulas
e elabore uma apresentação das premissas que adotará para o seu
planejamento de CIM.
Planejamento de Comunicação19
da comunicação: (1) Identificação do público-alvo; (2) Determinação
dos objetivos; (3) Elaboração da comunicação; (4) Seleção dos canais
de comunicação; (5) Estabelecimento do orçamento; (6) Decisão
sobre o mix de comunicação; (7) Mensuração dos resultados da
comunicação.
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 08
1. Segundo Tavares (2010, p. 1): “A comunicação empresarial,
entendida como a comunicação existente entre a organi-
zação e os seus públicos de interesse, é representada pela
comunicação interna, a comunicação institucional e a comu-
nicação de marketing.”
Planejamento de Comunicação21
3. Segundo Markwick e Fill (1997 apud ISONI; NASCIMENTO,
2004, p. 62), a reputação institucional “é o julgamento ou a
admiração e respeito aos quais a imagem da organização
está vinculada”.
Referências Bibliográficas
ARTONI, Fabio L.; DARÉ, Patrícia R. C. Reputação corporativa e a comunicação boca-a-
-boca: uma interdependência inequívoca. In PRETEXTO. Belo Horizonte, v. 9, n. 1, p.
33-50, jan-mar. 2008.
BAGUETE. Baguete Diário, Uma História. s/d. Disponível em: <https://baguete.com.
br/sobre>. Acesso em: 17 abr. 2018.
BIFUCO, Carlos Alberto. Comunicação com investidores. p. 69-81. In SILVA NETO,
Belmiro da. Comunicação Corporativa e Reputação. São Paulo: Saraiva, 2010.
[Minha Biblioteca].
Planejamento de Comunicação23
TAVARES, Maurício. Comunicação Empresarial e Planos de Comunicação:
Integrando Teoria e Prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010. [Minha Biblioteca].
Gabarito – Tema 08
Questão 1 – Resposta: B
As corretas classificações são: Comunicação de marketing (anúncio
por marketing direto; anúncio em outdoor; promoção de vendas;
vendas pessoais). Comunicação interna (comunicados em circulares;
comunicados em boletins; campanha contra o câncer pela Intranet).
Comunicação institucional: comunicação com investidores.
Questão 2 – Resposta: E
I. (CORRETA) Esse objetivo geral deve estar contemplado na comu-
nicação institucional (o bom relacionamento com investidores,
mantendo a reputação da corporação é uma função da comuni-
cação institucional).
II. (CORRETA) Jornais financeiros podem ser canais adequados para
a veiculação de uma propaganda institucional (investidores são
leitores assíduos em jornais financeiros).
III. (CORRETA) É adequado que a mensagem transmita informações
sobre a credibilidade financeira da empresa (os investidores pro-
curam informações que possam ajudá-los em suas decisões de
investimento).
Planejamento de Comunicação25
26 Planejamento de Comunicação