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DANÇAS

FOLCLÓRICAS E
AS PROPOSIÇÕES
COREOGRÁFICAS
KATIA FRANKLIN DA SILVA
EXPEDIENTE

Coordenador(a) de Conteúdo Fotos


Gustavo Affonso Pisano Mateus Shutterstock
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Nivaldo Vilela de Oliveira Junior
Design Educacional
Giovana Vieira
Ilustração
Geison Ferreira da Silva

FICHA CATALOGRÁFICA

U58 Universidade Cesumar - UniCesumar.


Núcleo de Educação a Distância. SILVA, Katia Franklin da.
Danças Folclóricas e as Proposições Coreográficas / Katia
Franklin da Silva. - Indaial, SC: Arqué, 2023.
260 p.

ISBN papel 978-65-5466-005-1


ISBN digital 978-65-5466-006-8

“Graduação - EaD”.
1. Dança 2. Folclore 3. Coreografia 4.EaD. I. Título.

CDD - 398.8

Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.

Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Impresso por:
02511504
RECURSOS DE IMERSÃO

P E N SA N D O JU NTO S APROFU NDANDO

Este item corresponde a uma proposta Utilizado para temas, assuntos ou


de reflexão que pode ser apresentada por conceitos avançados, levando ao
meio de uma frase, um trecho breve ou aprofundamento do que está sendo
uma pergunta. trabalhado naquele momento do texto.

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CAMINHOS DE APRENDIZAGEM

7UNIDADE 1

AS DIVERSAS DIMENSÕES DA CULTURA DE ORIGEM POPULAR-FOLCLORE . . . . . . . 8

37UNIDADE 2

PECULIARIDADES DAS DANÇAS FOLCLÓRICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

AS DIFERENTES ORIGENS DAS DANÇAS FLOLCÓRICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

78UNIDADE 3

DANÇAS FOLCLÓRICAS DO BRASIL – SUL DO BRASIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

DANÇAS FLOLCÓRICAS DO BRASIL: BRASIL CENTRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

120
UNIDADE 4

DANÇAS FOLCLÓRICAS DO BRASIL: NORTE E NORDESTE . . . . . . . . . . . . . . . . 120

PROPOSIÇÕES E AÇÕES EDUCATIVAS EM DANÇAS FOLCLÓRICAS . . . . . . . . . . 176

201
UNIDADE 5

PROPOSIÇÕES COREOGRÁFICAS PARA EXPERIENCIAR O FOLCLORE BRASILEIRO 200

PROPOSIÇÕES PARA EXPERIENCIAR COREOGRAFIAS DO FOLCLORE DE ALGUNS


PAÍSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226

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UNIDADE 1
UNIDADE 1

TEMA DE APRENDIZAGEM 1

AS DIVERSAS DIMENSÕES DA CULTURA


DE ORIGEM POPULAR-FOLCLORE
PROF. KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Compreender os Aspectos que caracterizam e diferenciam as culturas

popular e folclórica;

Estudar e Origem das danças folclóricas;

Identificar as demais artes que Convivem Com A Dança Folclórica;

Conhecer as políticas culturais e os incentivos para a preservação do folclore.

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UNICESUMAR

INICIE SUA JORNADA


A palavra folclore, comumente, é entendida como um conjunto de práticas de
um povo. Tem origem do termo inglês folklore. A expressão folk-lore foi criada
pelo escritor William John Thoms, que enviou, à revista The Atheneum, a carta
que foi publicada em 22 de agosto de 1846, definindo, assim, o dia do folclore.
O termo de Thoms se baseava em duas palavras: Folk, que significa povo, e Lore,
conhecimento, saber. Você já parou para pensar sobre o que é o Folclore?

VAMOS RECORDAR?
De acordo com Lima (1972, p. 17), “o folclore é uma ciência do homem, analisa
o homem cultural nas suas expressões de cultura espontânea, do sentir, pen-
sar, agir e reagir, e, também, no contexto da sociedade que vive, portanto,co-
mo homem social”. Assim, a junção das duas palavras, conforme o próprio
Thoms, significa “saber tradicional de um povo”. A palavra proposta por Thoms
não foi adotada logo de imediato, e só se popularizou quando surgiu a Socie-
dade do Folclore, em Londres, no final do século XIX. De acordo com Garcia e
Haas (2003, p. 121) ficou definido que o termo folclore significa:
As maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição
popular, ou pela imitação, e que não sejam diretamente influenciadas pelo
círculo erudito e instituições que se dedicam à renovação dos patrimônios
científico e artístico humanos ou à fixação das orientações religiosa e
filosófica (Carta do Folclore Brasileiro de 1951).

Contudo, em 1995, durante o VIII Congresso Brasileiro de Folclore, houve


uma atualização da Carta do Folclore Brasileiro, com isso, o termo foi conceituado
da seguinte forma:

Folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunidade,


baseado nas tradições expressas, individual ou coletivamente,
representativo da identidade social. Constituem-se fatores de
identificação da manifestação folclórica: aceitação coletiva,
tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade [Carta do Folclore
Brasileiro de 1951] (GARCIA; HASS, 2003, p. 121).

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UNIDADE 1

Arrematando com Cachambu et al. (2005, p. 55), “[...] o folclore é uma cultura
viva e dinâmica, que faz parte do nosso cotidiano, embora, muitas vezes, passe
despercebido e seja visto somente nos aspectos ligados a superstições e a crendi-
ces”. Assim, o folclore se estende além disso: podemos encontrá-lo na linguagem,
nos gestos, no lúdico, nas vestimentas, na literatura e na medicina popular.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

AS DIVERSAS DIMENSÕES DA CULTURA DE ORIGEM


POPULAR – FOLCLORE

O folclore é a tradição que se move no inconsciente coletivo, e é algo trans-


formador por se adaptar, reinventar, coexistir, e mesmo que pareça esmorecer,
constantemente, renova-se e se propaga.

Os estudos acadêmicos acerca do tema começaram a se consolidar a partir do


século XVIII, mas se firmaram, somente, no final do século XIX, quando ins-
tituições voltadas para estudos nessa área começaram a surgir na Europa e nos
Estados Unidos, com as pesquisas dos pioneiros Johann Gottfried Von Herder
e dos irmãos Grimm.
À medida em que o interesse pelo assunto se disseminou, a primeira sociedade
voltada para o estudo do folclore, que se sabe, foi a Sociedade do Folclore (Folklore
Society), fundada em 1878. Essa sociedade determinou que, dentro do folclore, há:

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• Narrativas tradicionais: contos, mitos e lendas populares. • Costumes tradicio-


nais: costumes, como as festas populares. • Crenças e superstições: saberes
relacionados à magia, bruxaria etc.

• Linguagem popular: dialetos falados e jargões populares.

Mapa conceitual sobre o folclore

Ri melhor quem DITADOS


ri por último POPULARES tem Saci

LENDAS
Cada macaco tem Curupira
no seu galho representa representa
tem
Olho por olho Boitatá
dente por dente FOLCLORE
BRASILEIRO

são COMIDAS tem pé-de-moleque


representa
tem
Contém bolo de fubá
CANTIGAS são
tem Região
tem sudeste
tem tem CONHECIMENTOS pão de queijo do Brasil
POPULARES
Ciranda do estado
é típico
cirandinha Atirei o de
pau no gato Nana nanê
Minas

Figura 1 - Mapa Conceitual do Folclore / Fonte: SLIDE SERVE (2022, on-line)

O mapa conceitual apresentado representa a variedade de estudos que pode ser


vinculada ao folclore. Devido a essa diversidade, a sociedade londrina dissemi-
nou a forma de estudos e o interesse pelo folclore se espalhou, alcançando outros
países da Europa, os Estados Unidos e, por fim, chegou ao Brasil. Claro que, ao
longo desse processo, e na medida em que as pesquisas na área avançaram, novas
definições surgiram e avanços sensíveis aconteceram.
Ressaltamos que, apesar da riqueza, o folclore brasileiro só começa a figu-
rar nas narrativas oficiais a partir do século XIX, com os registros de Mário de
Andrade e a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(SPHAN), assim, o folclore ganha um aspecto acadêmico e passa a compor as
legislações que são pertinentes à cultura.

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UNIDADE 1

Alguns autores como Mário de Andrade, Luís da Câmara Cascudo e Florestan


Fernandes se destacaram nos estudos do folclore. Em 1951, aconteceu o primeiro
congresso realizado no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Um dos debates mais
importantes do evento foi as características para se definir o que é folclore, algo
que, até hoje, gera muita discussão entre os especialistas. As características do
que pode ser definido, ou não, como folclore, foram, arduamente, debatidas por
intelectuais europeus e americanos, sem consensos absolutos. Assim, percebe-se
que não existe concordância entre os especialistas, e as características levantadas,
aqui, não são unânimes. Apresentaremos algumas:

• Origem anônima: tem sido muito questionada pelos estudiosos.

•Transmissão oral: o saber que faz parte do folclore de um povo deve ser trans-
mitido oralmente.

• Popularização coletiva: precisa ser popular na cultura de um povo.

• Surgimento espontâneo: os elementos da cultura que formam o folclore


surgem de maneira espontânea.

O folclore não é um elemento presente em lugares específicos, é algo manifestado


por todas as culturas, pois todas têm o próprio conjunto de crendices, mitos,
tradições e personagens que compõe o saber popular.
O Brasil, naturalmente, possui um conjunto de elementos que forma o nos-
so folclore. É um consenso, entre os estudiosos do assunto, que danças, festas,
lendas, jogos e personagens, que compõem o folclore do Brasil, são de origem
europeia, sobretudo, portuguesa, incluindo indígena e africana. Assim, houve
uma fusão de elementos de diferentes culturas.
Para ser considerado um fato folclórico, segundo a Unesco, algumas caracte-
rísticas são priorizadas: tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade e acei-
tação coletiva. Abordaremos, brevemente, o que se entende por esses termos:

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TRADICIONALIDADE:

transmissão geracional, entendida como uma continuidade. Os fatos novos se


inserem sem ruptura com o passado, construindo-se sobre esse passado.

DINAMICIDADE:

feição mutável, ainda que seja baseada na tradição. • Funcionalidade: contexto


dinâmico (motivo) que origina o fato, não constituindo um dado isolado.

ACEITAÇÃO COLETIVA:

deve ser uma prática generalizada, o que gera uma identificação coletiva com o
fato, mesmo que ele derive das elites. Esse critério não leva em conta o anoni-
mato, que, muitas vezes, caracteriza o fato folclórico, e que tem sido considerado
um indicador de autenticidade, pois mesmo se há autor, desde que o fato seja
absorvido pela cultura popular, ainda, deve ser considerado folclórico.

ESPONTANEIDADE:

é, antes, uma criação surgida, organicamente, dentro do contexto maior da cul-


tura de certa comunidade. Mesmo assim, em muitos locais, já estão sendo feitos
esforços por parte de grupos e de instituições oficiais, no sentido de se recriar-
em, inteiramente, nos dias de hoje, fatos folclóricos já desaparecidos, o que deve
ser encarado com reserva, dado o perigo de falsificação do fato folclórico.

REGIONALIDADE:

localizada, típica de uma dada comunidade ou cultura, ainda que similar, pode ser
encontrada em países distantes, quando é analisada como derivação ou variante.

Entendemos, então, que folclore são as manifestações da cultura popular que


caracterizam a identidade de um povo. Pode ser tido de forma coletiva ou indivi-
dual, e reproduz os costumes e as tradições de um povo, transmitidos de geração
para geração. Assim, todos os elementos que são parte da cultura popular e que
estão enraizados na tradição do povo são parte do folclore.

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UNIDADE 1

Caracterização e Manifestações do Folclore

As manifestações folclóricas ocorrem por meio de mitos, lendas, canções, dan-


ças, artesanatos, festas populares, brincadeiras, jogos, dentre outras atividades.
O folclore integra a cultura de um povo e, por isso, é considerado, pela Unesco,
um Patrimônio Cultural Imaterial, sendo imprescindível a realização de esforços
para a preservação.

1. Artesanato

Os produtos de artesanato possuem funções diversas, como decoração e orna-


mentação, mas são, também, muito usados em algumas danças, como acessórios
ou objetos de caracterização das vestimentas ou das coreografias. O artesanato
folclórico difere da arte folclórica, pois a função é utilitária, ou seja, os objetos,
geralmente, originam-se devido a uma necessidade do dia a dia. Assim, o ar-
tesanato folclórico são objetos necessários para o cotidiano, como a cestaria, a
tecelagem, a cerâmica utilitária e as próprias ferramentas de trabalho do artesão.
Também, são considerados artesanatos folclóricos, bonecas, flores de palha,
panelas de pedra-sabão,
colchas de tear, crochês,
bordados, tricôs, balaios de
taquara, tapetes de arraio-
lo, amarrados de corda, es-
culturas em pedra-sabão e
madeira, objetos de lágrima
de Nossa Senhora, colchas
de retalho, trabalhos feitos
com vela e com penas de
aves, dentre outros objetos
confeccionados com mate-
riais próprios de cada região.

Figura 2 - Artesanato / Fonte: shutterstock

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Consideram-se artesãos e artesãs as pessoas que fazem ações de talhadores,


gravadores, escultores, pintores, ceramistas, rendeiras, bordadeiras, tecelãs,
aqueles que criam instrumentos musicais, bijuterias e peças de madeira para uso
diário, cestas, gamelas, colchas de retalhos e brinquedos etc.

Segundo historiadores, os primeiros artesãos surgiram no período neolítico


(6.000 a.C.), quando o ser humano desenvolveu as habilidades de polir pedra,
fabricar cerâmica e tecer fibras animais e vegetais. No Brasil, o artesanato, tam-
bém, surgiu nesse período. Podemos pensar nos indígenas como os nossos mais
antigos artesãos, já que, quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram
pinturas produzidas com pigmentos naturais, cestaria e cerâmica – sem falar da
arte plumária e cocares, tangas e outras peças de vestuário ou ornamentos feitos
com penas e plumas de aves. O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do
mundo, e garante o sustento de muitas famílias e comunidades.

E U IN D ICO

Exposição Catarinense de Arte Naif Brazil Arte de Tolentino – Canal:


Arte de Tolentino – Artista plástico de Florianópolis. Acesse:

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2. Música

A música é companheira direta das danças folclóricas. As músicas folclóricas,


geralmente, compostas para entoar as canções populares e tradicionais, fazem
parte da sabedoria dos diferentes povos. Por si só, dariam um eixo de estudos,
pois acompanham danças, brincadeiras e jogos de palavras, e, sozinhas, possuem
uma diversidade de produções folclóricas.
A música folclórica não depende de meios escritos ou fonográficos para se
propagar, mover-se, basta-nos uma lembrança. É um conjunto de melodias, rit-
mos, cantigas tradicionais. Esse tipo de manifestação musical foi transmitido pela
tradição oral e, muitas vezes, o autor já foi esquecido ou nem mesmo chegou a ser
conhecido. Dessa transmissão oral, foi possível transcrever melodias em partitu-
ras musicais, possibilitando o registro e a leitura das músicas em qualquer tempo.
Atente-se, a seguir, à partitura de uma das mais conhecidas canções do folclore.

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Folclore Brasileiro
G7 C

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F

G7 C

G7

C G7

Figura 3 - Partitura de A Canoa Virou / Fonte: SUPERPARTITURAS (2022, on-line)

A música folclórica, assim como os mitos folclóricos, é difundida por meio da


oralidade, é concebida espontaneamente porque imprime, na produção, o sentir,
o pensar, o agir da sua coletividade, sem qualquer interferência direta dos meios
oficiais de propaganda musical. Esse processo é feito graças à aceitação da referida
sociedade. De acordo com Lima (2003, p. 24), “esse tipo de música se difere, na
essência, das manifestações do plano erudito, popularesco”. A música folclórica
se caracteriza por ser improvisada de maneira espontânea e aceita no momento
da criação, por ser tradicional. Para Lima (2003, p. 261):

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O elemento tradicional, no sentido de haver passado de pais a filhos


e de se apresentar em formas mais ou menos fixas, ou através de
variantes, caracteriza muitas melodias e toques das mencionadas
danças e dos folguedos, mas, especialmente, os que participam das
expressões de procedência europeia: dorme-nenês, rodas infantis,
modinhas, folias, romances etc.

Portanto, o respeito e a preservação da diversidade cultural são grandes desafios


da sociedade, pois, infelizmente, estamos vivendo em tempos de intolerância, até
mesmo, de intolerância cultural.
Segundo Uriarte (2017, p. 115), “a nutrição estética propõe encontros, com
produções artísticas, em diferentes linguagens, apresentadas para alimentar
olhares, percepções e pensamentos”. Compreendemos que a música é uma lin-
guagem humana que se manifesta no fazer, assim, a transmissão da cultura pode
ser via educação musical em diversos setores educativos da sociedade. Pereira
(1986, p. 57) reforça que

a cultura é a forma de agir, reagir, sentir e pensar do homem de


uma determinada sociedade, na relação com os semelhantes. Nas
modas de viola; cantorias nordestinas; rodas e jogos de crianças e
adultos; canções de ninar; modinhas; de serenata; cantos religiosos
do catolicismo espontâneo, umbanda, candomblé e outras religiões
folclóricas; jogo de capoeira; aboios de vaqueiros; zabumbas, ban-
das de música mais informais; manifestações de teatro, a exemplo
dos pastoris, congadas, maracatus, caiapós, reisados; danças, como o
carimbó, a dança de São Gonçalo, o batuque; e grupos religiosos do
tipo da Recomenda de Almas, folias do Divino, reis ou outros santos.

Ao conhecer as músicas do folclore brasileiro, é possível perceber os diferentes


vínculos de diversas culturas das etnias que compõem o povo brasileiro, possi-
bilitando, pela diversidade cultural, o aprimoramento das pessoas.

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3. Dança

Caro(a) acadêmico(a), sendo esta disciplina sobre Danças Folclóricas, neste mo-
mento, abordaremos, de forma mais generalizada, as danças. Aqui, a intenção é
relacionar a dança com as demais manifestações do folclore. Destarte, aprofun-
daremos os estudos em outros tópicos, mais adiante.
Nosso Brasil é um país dançante, democrático e corporal, de clima tropical,
onde se manifestam vários tipos de dança. Dança-se por vários motivos: a co-
lheita, a dança em casamentos, a dança para demonstrar a tristeza, dentre outras
ocasiões. Nessa perspectiva, Marques (2007, p. 18) menciona que:

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[...] o fato de o Brasil ser um país dançante tem, também, alijado a


dança da escola, mas o preconceito existe, e não é a dança que vai
escapar dessa constante variável. Ainda existe, na nossa sociedade,
o medo, ou o receio de se trabalhar, de mexer o corpo como sendo
algo pecaminoso, causando vergonha. Muitos têm vontade de se
exercitar, de colocar o corpo a demonstrar sentimentos de alegria,
entusiasmo, criatividade, como sendo algo artístico, pelo medo das
desaprovações.

As danças folclóricas enriquecem todo o contexto cultural de uma sociedade,


seja isso feito na rua, em salões. Por meio das danças, pode-se saber um pouco
de onde veio a humanidade, dos costumes que cada povo adquiriu com o tempo
e do modo de viver.
Existem formas de caracterizar as danças folclóricas, como pelo número de
participantes. As danças executadas por uma única pessoa são chamadas de solo,
como o frevo, no Brasil.

Figura 4 - Dança do frevo no Brasil / Fonte: Shutterstock

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As danças de casal são chamadas de par enlaçado, como a valsa. Existe, ainda, a
dança de par solto, como a chimarrita. Algumas formas de dança podem mes-
clar os dois estilos, como as quadrilhas juninas, nas quais existem coreografias
de par e individuais. As danças de roda são aquelas em que os dançarinos fazem
um círculo e uma pessoa ou um par dança no centro, como o samba de roda. As
danças em fileiras são caracterizadas por dançarinos em filas, geralmente, duas,
podendo haver, também, competições.

Figura 5 - Danças em fila e em roda / Fonte: Shutterstock

Para Carbonera e Carbonera (2008, p. 7), “onde existe vida, existe movimento, e
a dança é movimento, a sucessão dele, a integração. É expressão de vida, trans-
missão de sentimentos, comunicação, vivências corporal e emocional”. Portanto,
a dança é arte do corpo em movimento, linguagem expressiva. São movimentos
voluntários, harmoniosos, rítmicos, com fins neles mesmos, ou seja, apresen-
tam-se como um conjunto completo de possibilidades físicas do corpo humano,
sendo um instrumento da arte da dança.
Na arte do corpo em movimento, de acordo com Garcia e Haas (2003, p. 140),
“é necessário discipliná-lo e desenvolvê-lo, a fim de que atinja, com movimen-
tos harmônicos coordenados, toda a plasticidade, pureza de linhas e expressões

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possíveis”. Para Soares et al. (1992, p. 58): “considera-se dança uma expressão
representativa de diversos aspectos da vida do homem. Pode ser considerada
uma linguagem social, a qual permite a transmissão de sentimentos, de emoções
da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, dos
hábitos, da saúde, da guerra etc.”. Com isso, percebe-se que a dança deve ser vista
para além de meros movimentos e gestos corporais, portanto, é abarcada como a
expressão de interesses e de desejos de um povo que encontrou, na dança, uma
maneira de suprir as necessidades físicas e mentais.

A dança é movimento, e não pode ser, satisfatoriamente, descrita,


verbalizada, é essencial vivê-la, senti-la, experimentá-la. É inerente ao
ser humano, em qualquer um de nós, em qualquer homem ou mulher
que transita pela rua. É necessário desmistificá-la, desenterrá-la, cul-
tivá-la e compartilhá-la (CARBONERA; CARBONERA, 2008, p. 7).

Para Bregolato (2006, p. 88), “o folclore é o retrato da cultura de um povo”. Já


Giffoni (1973, p. 9) cita que “[...] constituem, o fato folclórico, as maneiras de
pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular e pela imita-
ção, sem influência direta do oficial ou do erudito”. Logo, conclui-se que a dança
folclórica está intimamente ligada à cultura popular. Dificilmente, constitui-se
o conteúdo dança no currículo escolar sem incluir a dança folclórica, seja ela de
qual país ou região for.

4. Literatura

Na literatura folclórica, encontramos a forma escrita e a forma oral. As formas


mais interessantes da literatura oral são os contos, os mitos e as lendas. Essas
lendas foram passadas por várias gerações, ganhando detalhes e diferentes formas
de serem contadas, de acordo com as regiões do país.
Com a vinda dos imigrantes, vieram também histórias, hábitos e modos deles,
de forma que esses aspectos das culturas se fundiram à cultura indígena, muitas
delas, já enraizadas, e outras se popularizaram em fazendas e em cidades da
época. Transmitidas, oralmente, por pessoas mais velhas, os imigrantes traziam
uma grande bagagem cultural e a experiência de vida. Os contos eram ditos aos

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mais jovens, carregados com uma moral, com a intenção de proporcionar ensi-
namento e os desafiando a fazerem as melhores escolhas.
O conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país, ou seja, o
folclore pode ser percebido na alimentação, na linguagem, no artesanato, na
religiosidade e nas vestimentas de um povo.

Figura 6 - Literatura Folclórica


Fonte: Adaptada de <https://bit.ly/2R7zY2q; https://bit.ly/3uFtkhD; https://bit.ly/3vFBtUH>.
Acesso em: 24 abr. 2021.

Observamos, em Almeida (1974), que o folclore era um conteúdo muito rico,


que abrangia os contos, as lendas, os mitos, os provérbios, ou seja, tudo o que
era denominado de literatura oral. Mais tarde, incorporou-se a música, elemento
inseparável da poesia popular, e se admitiu a dança, da qual o envolvimento de
todos esses elementos enriqueceu, mais ainda, os saberes populares, até então,
entendidos como folclore.
Para Almeida (1974), no centro da história das tradições populares, os irmãos
Jacob e Wilhelm Grimm foram os verdadeiros fundadores da disciplina Folclore.
Por meio de estudos aprofundados, com pesquisas em diversos setores do conhe-
cimento humano, com a coleta de contos, lendas e mitos, concluíram que a poesia
e a história eram inseparáveis e se confundiam com a epopeia, entendida não
apenas como uma compilação de fatos, mas como uma interpretação da realidade.
Portanto, os novos caminhos abertos pelos irmãos Grimm, na metade do
século XIV, instigaram diversos pesquisadores a procurarem, nos estudos deles,

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a verdadeira origem das tradições populares. Por meio dessas pesquisas pri-
márias, passaram a investigar o campo da história e a mentalidade do homem
primitivo, até chegar aos estudos contemporâneos, que têm o Folclore como
ciência autônoma.

5. Brincadeiras

Brincadeiras populares, ou brincadeiras folclóricas, são aquelas antigas e


que são passadas de geração para geração, mantendo as regras básicas de origem.
Muitas delas existem há séculos, e, por vezes, costumam ter variações ou sofrer
modificações, de acordo com a região do Brasil.
As brincadeiras folclóricas reúnem diversos jogos tradicionais e populares.
São muito utilizadas na educação infantil, pois, além de divertirem, trabalham
com a cognição, a coordenação, a criatividade, a concentração e desenvolvem a
interação social das crianças. A preservação dessas brincadeiras é muito impor-
tante para a perpetuação da história e a continuidade do folclore no nosso país.
Como uma das características, os brinquedos folclóricos são feitos de mate-
riais comuns, reciclados ou descartados após serem usados, assim, são confec-
cionados, artesanalmente, com materiais improvisados. Esse é o encanto desse
tipo de brincadeira: estimula a coordenação motora das crianças e as habilidades
sociais, já que a maioria é feita em grupos de amigos ou com familiares. Essas
brincadeiras são passadas de geração em geração, e, normalmente, não possuem
um autor definido. Portanto, elas podem sofrer algumas modificações, no nome
ou nas regras, dependendo da região do país.

Lembre-se de que o folclore reúne diversas expressões de caráter popular, como


lendas, músicas, cantigas, danças, crenças, festas, provérbios, adivinhações,
anedotas, parlendas etc.

Caro acadêmico, que tal lembrarmos de algumas brincadeiras?! Observe:

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BOLAS DE GUDE (QUILICA):

bolinhas de vidro coloridas utilizadas em jogos de grupos. Uma bola é lançada


acima da outra (do concorrente).

PIPAS (PAPAGAIO, PANDORGA):

produzidas de vareta de madeira (ou bambu) e de papel de seda colorido, as pipas


são feitas para fazer manobras acrobáticas no céu.

PIÃO:

geralmente, é feito de madeira e possui uma ponta metálica. Os piões são roda-
dos no chão através de um barbante, que é enrolado e puxado com força. Para
deixar mais emocionante a brincadeira, o malabarismo mais conhecido é pegar o
pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.

ESTILINGUE (FUNDA):

objetos feitos de galhos em forma de forquilha e tiras de borracha. São utilizados


para disparar pedras ou qualquer objeto pequeno, como grãos.

FIGURINHAS:

pequenas cartas temáticas para colecionar e fazer trocas. Algumas são coladas
em álbuns e, outras, na brincadeira de “bater figurinha”. Nesse caso, são reunidas
em um monte, a pessoa bate e as cartas que viram são dela.

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UNIDADE 1

ESCONDE-ESCONDE:

cada criança deve se esconder para não ser encontrada pela


outra criança que deve procurá-la, a qual deve permanecer de olhos fechados e
contar até 10 para que todos tenham tempo de se esconder. Para ganhar, a criança
que está procurando deve encontrar todos os escondidos e correr para a base.

PEGA-PEGA:

esta brincadeira envolve muita atividade física. Uma criança deve correr e tocar a
outra. A criança tocada passa a ter que fazer o mesmo.

O brincar traz, como característica marcante, o aspecto lúdico, sendo uma ma-
nifestação do ser humano em qualquer idade. Para as crianças, é uma das ati-
vidades mais importantes, considerado, inclusive, por muitos autores, como o
“trabalho da criança” (LIMA, 1972). Segundo o Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil (RCNEI), ao brincar, a criança desenvolve identidade e
autonomia, além de aprimorar as capacidades de imaginação e de comunicação,
principalmente, nas brincadeiras de “faz de conta”. Além disso, pontos importan-
tes, como atenção, imitação e memória, são exercitadas por estímulos oferecidos
pela arte do brincar. “Por fim, podemos perceber amadurecimento da capacidade
de socialização das crianças, visto a interação e a experimentação de regras e de
papéis sociais vividos nas brincadeiras” (BRASIL, 1998, p. 22).
Muitas das brincadeiras folclóricas existem há
séculos e sofreram diversas modificações ao longo Nascidas na cultura
dos anos e de acordo com cada região. No entanto, popular, essas
mesmo passando por alterações, elas procuram man- brincadeiras não
possuem regras
ter a essência de origem. Nascidas na cultura popu-
fixas.
lar, essas brincadeiras não possuem regras fixas. As
regras podem ser criadas pelo grupo que está brincando e alteradas sempre que
julgar necessário. Geralmente, as brincadeiras folclóricas não exigem materiais
ou espaços específicos, podendo ser realizadas em qualquer lugar.

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UNICESUMAR

POLÍTICAS CULTURAIS

O folclore é um tipo específico de fato social, cultural (os aspectos sociais, eco-
nômicos, religiosos e lúdicos se entrelaçam nas manifestações folclóricas), que
diz respeito às comunidades ou aos grupos de pequena extensão demográfica.
SegundoVilela(2003,p.87),“sertradicionaléumtraçomarcantedofatofolclórico,
compreendendo-se, por tradição, a transmissão oral ou através de exemplos, por
longos espaços de tempo, de doutrinas, lendas e costumes”. O fato folclórico traz
algumas características importantes, dentre elas, a de reforçar ou de fortalecer a
identidade e personalidade dos pequenos grupos.

Em consonância com a recomendação da Unesco, a partir da relei-


tura da Carta do Folclore, é o conjunto das criações culturais de uma
comunidade, baseado nas tradições expressas, individual ou coletiva-
mente, representativo da identidade social. Constituem-se fatores de
identificação da manifestação folclórica: aceitação coletiva, nacionali-
dade, dinamicidade e funcionalidade (ALCOFORADO, 2008, p. 25).

Fernandes (1989) destaca que, na nossa cultura, podemos perceber, em mínimos


detalhes, alguns elementos do folclore, na dança, na música, no vestuário, na ma-
neira de falar, na natureza, ou nas “[...] técnicas de trabalhar a roça, ou manipular
metais, de transporte ou de esculpir objetos etc.” (FERNANDES, 1989, p. 38).
Compreendemos que a dança enlaça a livre expressão das emoções com o corpo,
e pode possibilitar um nexo entre a vida social e as manifestações da individuali-
dade. É um aporte ao processo de descobrimento da identidade. A Constituição
de 1988 estabelece, no Art. 216, que “constituem, patrimônio cultural brasileiro,
os bens de naturezas material e imaterial, tomados individualmente ou em con-
junto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem”:

I- as formas de expressão; II- os modos de criar, fazer e viver; III- as


criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV- as obras, objetos,
documentos, edificações e demais espaços destinados às manifesta-

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UNIDADE 1

ções artístico-culturais; V- os conjuntos urbanos e sítios de valores


histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, eco-
lógico e científico” (BRASIL, 1988).

Para além do signatário da convenção sobre a proteção dos patrimônios mundial,


cultural e natural e da convenção sobre o patrimônio cultural imaterial, a prote-
ção dos bens culturais, em território brasileiro, está garantida pela Lei Federal n°
25, de 30 de novembro de 1937, que define as regras do “tombamento” (inven-
tariação) dos bens pertencentes ao “Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”,
além da proteção a que esses bens ficam sujeitos para preservação e conservação.
No sentido do apoio ao patrimônio cultural, o Art. 216-V-§6 versa que é
“facultado, aos Estados e ao Distrito Federal, vincularem, a fundo estadual de
fomento à cultura, até cinco décimos por cento da receita tributária líquida, para
o financiamento de programas e de projetos culturais” (BRASIL, 1988, s.p.). O
órgão nacional encarregado de promover a proteção patrimonial é o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)., criado em 1937 (tendo, ao
longo da história, recebido outras denominações e sofrido diversas alterações),
contando, na origem, com a participação direta do escritor Mário de Andrade.
Entendemos, assim, que patrimônio é tudo o que criamos, valorizamos e
queremos preservar: são os monumentos, as obras de arte, as festas, as músicas,
as danças, os folguedos, as comidas, os saberes, os fazeres e os falares.

Figura 7 – Exemplo de Patrimônio Cultural / Fonte: shutterstock

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UNICESUMAR

Segundo o IPHAN, a palavra patrimônio vem de pater, que significa pai, e tem
origem no latim. Patrimônio é o que o pai deixa para o filho. Assim, a palavra pa-
trimônio passou a ser usada quando nos referimos aos bens ou às riquezas de uma
pessoa, de uma família, de uma empresa. Essa ideia começou a adquirir o sentido de
propriedade coletiva com a Revolução Francesa, no século XVIII (IPHAN, 2012).
O patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes,
fazeres, expressões, práticas e produtos, que remetem à história, à memória e à
identidade desse povo.
O patrimônio cultural de uma sociedade é, tam-
bém, fruto de uma escolha, que, no caso das políticas O patrimônio
públicas, tem a participação do Estado, por meio de cultural pode ser
classificado quanto
leis, instituições e políticas específicas. Essa escolha é
à natureza, que
feita a partir daquilo que as pessoas consideram ser pode ser material ou
mais importante, mais representativo da identidade, imaterial.
da história, da cultura, ou seja, são os valores, os sig-
nificados atribuídos, pelas pessoas, a objetos, lugares ou práticas culturais que os
tornam patrimônio de uma coletividade (ou patrimônio coletivo) (IPHAN, 2012).
O patrimônio cultural pode ser classificado quanto à natureza, que pode ser
material ou imaterial. A cultura material é composta por elementos concretos,
como construções e objetos artísticos. Já a cultura imaterial é relacionada a ele-
mentos abstratos, como hábitos e rituais.

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UNIDADE 1

CULTURA MATERIAL CULTURA IMATERIAL

Elementos Materiais, tangíveis. Espirituais, intangíveis.

Podem ser bens móveis,


como objetos artísticos,
Elementos intangíveis, como dan-
vestimentas, obras de
O que são ça literatura, linguagem, culinária,
arte, ou bens imóveis,
festa esportes etc.
como edificações e sítios
arqueológicos.

Constituição Federal de Constituição Federal de 1988, Arts.


Lei
1988, Arts. 215 e 216. 215 e 216.

Centro Histórico de Ouro


Exemplos no Preto, Parque Nacional Roda de capoeira, frevo, ofício de
Brasil Serra da Capivara, Cais sineiro.
do Valongo (RJ).

QUADRO 1 – CULTURAS MATERIAL E IMATERIAL


FONTE: <https://www.diferenca.com/cultural-material-e-cultura-imaterial/>. Acesso em: 24 abr. 2021.

ZO O M N O CO NHEC I M ENTO

O patrimônio material consiste, segundo o Decreto-Lei n° 25/1937, no conjunto de bens


culturais móveis e imóveis existentes no país, cuja conservação seja de interesse públi-
co, quer pela vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer pelo excepcional
valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico (BRASIL, 1937)

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Figura 8 - Igreja De São Francisco De Assis, Ouro Preto-MG

ZO O M N O CO NHEC I M ENTO

O patrimônio imaterial é definido, pela Unesco, como práticas, representações, ex-


pressões, conhecimentos e técnicas – com instrumentos, objetos, artefatos e lugares
culturais associados –, os quais as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os
indivíduos, reconhecem como parte integrante do patrimônio cultural.

Figura 9 - Bumba do Maranhão / Fonte: Shutterstock

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UNIDADE 1

Compreendemos, assim, que patrimônio é tudo aquilo que, por herança, perten-
ce a uma região. São obrigações, de todas as pessoas, preservarem, transmitirem
e deixarem todo esse legado às gerações vindouras, ou, como define a publicação
“Educação Patrimonial: Histórico, Conceitos e Processos”, do IPHAN:

[…] A Educação Patrimonial se constitui de todos os processos


educativos formais e não formais que têm, como foco, o patrimônio
cultural, apropriado, socialmente, como recurso, para a compreen-
são sócio-histórica das referências culturais em todas as manifes-
tações, a fim de colaborar para o reconhecimento, a valorização e a
preservação. Considera, ainda, que os processos educativos devem
primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento,
por meio do diálogo permanente entre os agentes culturais e sociais
e pela participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras
das referências culturais, nas quais convivem diversas noções de
patrimônio cultural (IPHAN, 2021, s.p.).

A educação patrimonial, vista sob essa ótica, pode ser um instrumento de “alfa-
betização cultural”, que possibilita, ao indivíduo, fazer a leitura do mundo que o
rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histó-
rico-temporal na qual está inserido. Esse processo pode reforçar a autoestima dos
indivíduos e das comunidades e a valorização da cultura brasileira, compreendi-
da como múltipla e plural. Segundo Custódio e Horta (1999, p. 4):

Trata-se de um processo permanente e sistemático de trabalho edu-


cacional, centrado no patrimônio cultural como fonte de conheci-
mento e de enriquecimentos individual e coletivo. A partir da ex-
periência e do contato direto com as evidências e as manifestações
da cultura, em todos os múltiplos aspectos, sentidos e significados,
o trabalho de educação patrimonial busca levar os sujeitos a um
processo ativo de conhecimento, de apropriação e de valorização da
herança cultural, capacitando-os para um melhor usufruto desses
bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos
em um processo contínuo de criação cultural.

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UNICESUMAR

Quando as comunidades se apropriam do conhecimento a respeito do próprio


patrimônio, as possibilidades de significação desse bem podem fortalecer os
sentimentos de identidade e de cidadania, e, com isso, há a preservação dele. Esse
processo de preservação gera o diálogo permanente entre os agentes responsá-
veis pela preservação e pelo estudo dos bens culturais, que conduzem o forta-
lecimento da comunicação e a interação entre as comunidades, possibilitando
compartilhar e difundir conhecimentos e formar parcerias para a proteção e a
valorização desses bens.

E U IN D ICO

Sabia mais sobre o Patrimônio Imaterial da Cultura – Danças clicando


no link a seguir:

NOVOS DESAFIOS
As danças do folclore brasileiro são bem diversificadas e contam com atributos
das culturas portuguesa, africana e indígena, do mesmo modo que, em algumas
regiões do nosso vasto país, percebe-se a influência da cultura de outras imigra-
ções. A palavra folclore, comumente, é entendida como um conjunto de práticas
de um povo, e tem origem do termo inglês folklore. O folclore é uma tradição
que se move no inconsciente coletivo, é algo transformador por se adaptar, rein-
ventar, coexistir, e, mesmo que pareça esmorecer, constantemente, renova-se e se
propaga. Políticas culturais são formulações e/ou propostas desenvolvidas pela
administração pública, organizações não governamentais e empresas privadas,
com o objetivo de promover intervenções na sociedade por meio da cultura.
Patrimônio, ou patrimônio cultural, é o conjunto de todos os bens, manifesta-
ções populares, cultos, tradições materiais e imateriais, reconhecidos. De acordo
com a ancestralidade, as importâncias histórica e cultural de uma região (país,
localidade ou comunidade) adquirem um valor único e de durabilidade

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UNIDADE 1

representativa simbólica/material. O fomento à cultura acontece a nível federal,


algumas vezes, a níveis estadual e municipal. A lei federal é conhecida como Lei
Rouanet – n° 8313/91, a qual usa o Imposto de Renda, imposto federal, para
fomentar a cultura.

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MEU ESPAÇO

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UNIDADE 2
UNIDADE 2

TEMA DE APRENDIZAGEM 2

PECULIARIDADES DAS DANÇAS


FOLCLÓRICAS
PROFA. KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Conhecer a escala diatônica, base do sistema musical ocidental e, a partir


dela, conhecer como forma-se as melodias e acordes principais.

Distinguir os intervalos sucessivos entre as notas da escala diatônica


(semitom e tom).

Apresentar as notas da escala diatônica.

Conhecer as claves, desenhos feitos ao início da pauta musical, que fixam


a posição das notas da escala diatônica no pentagrama. assim como
conhecer as três principais claves e a suas posições nas notas da pauta
musical.

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UNICESUMAR

INICIE SUA JORNADA


Caro(a) acadêmico(a), vamos começar com um questionamento: Danças Popu-
lares e Danças Folclóricas são sinônimas?
Considera-se uma dança como popular, quando originam de manifestações
populares, ou seja, são caracterizadas pela cultura de um determinado povo que
passa de geração a geração. Muitas vezes originam-se da fusão das culturas de
diversos povos que migram para outros lugares que não são os seus de origem,
assim miscigenando as culturas.
Conceitua-se dança folclórica como a representação de um conjunto de dan-
ças adotadas pela sociedade como uma expressão artística que as representa. São
danças peculiares, com coreografias, que geralmente expressam uma mensagem,
uma história, uma lembrança, uma lenda.
Respondendo nossa pergunta inicial, vemos que há diferenças na caracteri-
zação de danças populares e folclóricas. Nosso estudo, vai abordar os aspectos
das danças caracterizadas como folclóricas.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

DANÇAS FOLCLÓRICAS NA IDENTIDADE SOCIAL DAS


COMUNIDADES

“Não se trata de ensinar folclore, mas de usá-lo onde se fizer oportuno, para que
sua riqueza seja destilada na sensibilidade das novas gerações, nutrindo-as e
energizando-as” (SENA apud ZANINI, 2000, p. 168). A dança folclórica é sem
dúvida uma representação da cultura de um povo, onde demonstram seus costu-
mes, crenças e tradições. Que se passa de geração em geração, representando uma
herança cultural. Caro acadêmico, vamos apresentar um breve estudo histórico
das manifestações culturais na trajetória da humanidade que, hoje, significamos
como manifestações que antecederam o que caracterizamos como representações
de cultura de um povo.

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UNIDADE 2

Dança na era primitiva

Os primeiros vestígios da prática de dança foram encontrados em cavernas por


meio de pinturas e esculturas pré-históricas. Acredita-se que o homem primitivo
fazia uso dos seus movimentos, para agradar aos deuses, além de celebrarem
cada manifestação de sua vida. Conforme Garcia e Haas (2003), a dança tinha
como finalidades a vida, saúde, fertilidade e plenitude da força. As três formas
fundamentais de dança, em solo, em pares e em grupos, datam da era primitiva,
principalmente a dança em pares que era utilizada para celebrar a fertilidade, ou
seja, o crescimento da própria tribo.

Figura 1 – Registros Rupestres


Fonte: https://www.cidadeecultura.com/historia-da-danca/. Acesso em: 24 abr. 2021.

Dança no Egito

Os primeiros exemplos de dança apontam que eram confiadas às mulheres, pois


atribuíam a criação da dança a deuses associados à fertilidade. De acordo com
Garcia e Haas (2003, p. 68), “nas paixões, realizadas em honra a Osíris, canta-
va-se e dançava-se antecedendo a cheia do Rio Nilo. Transformada em festival
que durava dezoito dias, bailarinos e cantores representavam, através da dança
pantomímica, a morte e ressurreição da divindade”. Devido à distinção de clas-

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UNICESUMAR

ses sociais, apenas os camponeses conheceram a dança em forma de conjunto,


pois os nobres dançavam apenas individualmente, sendo considerada uma classe
especial. Uma das danças originadas no Egito, a dança do ventre, tinha caráter
religioso, da qual as sacerdotisas dançavam para o sol com a finalidade de re-
ceberem energias masculinas e para neutralizarem suas energias sexuais. Com
o surgimento do pandeiro e vestuário, as danças egípcias foram perdendo seu
caráter religioso.

Figura 2 – Registro Egípcio


FONTE: https://www.cidadeecultura.com/historia-da-danca/. Acesso em: 24 abr. 2021.

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UNIDADE 2

Dança na Grécia

A dança teve destaque tanto na vida cívica como religiosa dos gregos. Nos poe-
mas de Homero havia referências às danças bélicas, funerárias, agrícolas, nup-
ciais e astrais. Sendo o povo grego verdadeiro adorador dos deuses, nas festas
esotéricas fazia-se o uso de teatro cantado e o dançado, nas formas de tragédia
e comédia. Conforme Garcia e Haas (2003, p. 71), “a tragédia expressava, no
palco, a força e o espírito de um tempo de vitória, de exaltação do homem, de
um tempo de fazer chorar para pensar, enquanto a comédia festejava a potência
dos seres antropomórficos com magia e risada eufórica”. De acordo com Garcia
e Haas (2003), as danças religiosas, dramáticas, guerreiras e funerárias eram as
manifestações dessa civilização.

Dança em Roma

A dança romana não se vinculou à


religião e ao teatro. Na verdade, os
romanos não tinham apreço pela
dança, pois o que despertava prazer
nesta civilização eram as lutas com
animais ferozes e entre gladiadores.
Rômulo ao criar a bellicrepa, dança
que simbolizava o rapto das sabinas,
modificou este quadro, tornando a
dança bastante relevante nessa épo-
ca. Entretanto, a presença obrigató-
ria de jovens, dançando com muita
feminilidade nos banquetes, foi se
deturpando até serem consideradas
Figura 3 – Registro Grego de danças antigas
danças eróticas, porém, mesmo com
Fonte: EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE (2016, on-line) a intervenção das comunidades cris-
tãs, não conseguiram extingui-las.

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As danças também eram realizadas em cerimônias religiosas como forma de


louvar a Deus. Conforme Garcia e Haas (2003, p. 74), “o povo romano adorava
as danças imitativas devido ao aspecto racional e intelectual, permanecendo,
pois, distante a dança como êxtase que tinha capacidade abstrata e imaginativa”.

Figura 4 – Registro de Festividades Romanas


Fonte: http://viagemitalia.com/musica-danca-no-imperio-romano/. Acesso em: 6 jan. 2022.

Dança na Idade Média

Nesta época, a Igreja Cristã se posicionou de forma a condenar e a intolerar a


dança, pois apesar de inúmeras tentativas de proibição, não conseguiram ex-
tinguir os vestígios pagãos nos costumes populares. Na Idade Média, as danças
também foram absorvidas pela nobreza, sendo levada para recintos fechados
com indumentárias pesadas e elegantes que representavam tal classe social. Na
idade média, a dança passa a ser apenas divertimento, sem os espetáculos que o
mundo conhece hoje.

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UNIDADE 2

Figura 5 – Registro De Danças Populares Na Idade Média / Fonte: WIKIART (2022, on-line)

Dança do Século XV Ao Século XX

A dança recomeça a florescer nessa época, com determinadas regras, estipuladas


conforme o gosto da nobreza reinante. Surgem então, pela primeira vez, o baila-
rino e o mestre. O bailarino dançava e interpretava o que o mestre ensinava, em
termos de técnicas e coreografias. As danças populares continuaram existindo,
não apenas mantendo suas tradições, mas também introduzindo figuras novas,
vindas do balé da corte.
Posteriormente, no período do Romantismo, conforme Garcia e Haas
(2003, p. 79):

“o balé clássico, nesse sentido, incorporou-se a esse movimento,


negando a realidade, indo ao encontro da fantasia, do irreal, do
imaginário e do etéreo”.

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Em outras palavras, amor, sonhos eram os temas que extasiavam bailarinos e


coreógrafos. Sendo que é nessa época que surgem as sapatilhas de ponta das
bailarinas clássicas. Portanto, no século XVIII, o balé chega à Rússia, e os grandes
senhores russos instalaram teatros em suas fazendas para que diversos artistas
pudessem mostrar seus talentos, para que posteriormente pudessem se apresen-
tar nas cortes de vários países.

Figura 6 – A dança do casamento / Fonte: WIKIPEDIA (20222, on-line)

Danças Moderna e Contemporânea

O ser humano sentiu a necessidade de mudar suas concepções para que surgis-
sem ideias inovadoras, e transformações da sociedade estabelecida até então.
Portanto, a dança transformou-se para além das dimensões já existentes. Essas
mudanças se deram por bailarinos que, inconformados com as técnicas e regras
dos modelos tradicionais, criaram novas formas de dançar com roupas leves e
o corpo totalmente solto e que juntamente com a expressão foram intitulados
de dança livre.

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UNIDADE 2

Nessa época, surgiram escolas que se caracterizavam por trabalhar com propostas
de movimentos diferenciados, da qual mesclavam diferentes técnicas e estilos de
dança. Muitos dançarinos e coreógrafos desse período revolucionaram a dança,
transformando os movimentos e expressões corporais que contribuíram para o
surgimento de novos estilos de dança, tanto individuais, em pares ou em conjuntos.

Figura 7: Dança Contemporânea / Fonte: Shutterstock

Portanto, a dança ao longo do tempo foi se modificando de acordo com as ne-


cessidades da sociedade, pois essas transformações se deram pela evolução dos
povos e pelos valores que estes atribuíam à preservação.

MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS E RENOVAÇÕES CULTURAIS

A renovação cultural, ou seja, as mudanças culturais são um fenômeno que se


produz intensamente nas atuais sociedades, de tendência multicultural e cada
vez mais acentuada. Essas renovações são aceleradas, dada a rapidez do ritmo
das trocas de conhecimentos oferecidos pelas mídias e internet, pois proporcio-
nam convívios externos e a adoção de valores que interessam a determinadas
sociedades e, muitas vezes, por serem as raras informações que são oferecidas a

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UNICESUMAR

certas comunidades. Nosso estudo, apresenta breves comentários sobre algumas


danças folclóricas que caracterizam países.
Lembramos que não se restringem a esses o vasto universo das danças folcló-
ricas, e que estas estão em constantes transformações e ressignificações.
Na Colômbia, a música e ritmo típico predominante é a Cúmbia. O ritmo
surgiu na região norte do país e migrou para outros países da América Latina,
sendo hoje um dos ritmos mais conhecidos na Argentina e no México. Na coreo-
grafia, as mulheres formam um círculo ao som do repique de tambores. Ficam
de frente aos homens, que iniciam a dança dando voltas ao redor da parceira. A
Cúmbia tem passos específicos feitos com pés, braços e troncos. A música tem
influência de ritmos da África e indígenas.

Figura 8 – Cumbia – Colombia / Fonte: Shutterstock

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Uma das danças folclóricas mais famosas da Índia é o Kathakali. Tendo origem
por volta do século XVI, a performance da dança é feita por bailarinos com muita
maquiagem, adornos, trajes típicos e máscaras. Outra característica forte do estilo
são os movimentos e gestos com bastante detalhe e que acompanham a música e
a percussão. Por conta dos detalhes e precisão das coreografias, as performances
levam mais de três horas de duração. No Kathakali, o olhar e os pés são as partes
do corpo mais utilizadas. Na atualidade a difusão desse modo de dança é muito
evidente, basta assistir algum filme de bollywood dance.

Figura 9 – O Kathakali – Índia / Fonte: Shutterstock

O Hopak é uma dança com origem na Ucrânia. O nome da dança vem do


verbo “hopati”, que quer dizer saltar. Na própria dança os bailarinos expressam
“Hop!”, que corresponde a essa palavra. A dança é, tradicionalmente, realizada
por homens, e é composta por saltos e acrobacias. Estima-se que tenha nascido
da influência de treinamentos dos povos cossascos ucranianos. Na atualidade, a
dança tem criado uma arte marcial que leva o mesmo nome.

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Figura 10 – Hopak - Ucrânia / Fonte: Shutterstock

O Adumu está presente no Quênia e na Tanzânia e consiste em uma dança de


pulos. A intenção é medir qual homem pula mais alto, e faz parte de um rito de
passagem para a idade adulta. Os jovens se alinham e reproduzem com a boca os
sons dos batuques. Eles dançam até formarem um semicírculo e ficam frente à en-
trada da Boma, como é chamado o conjunto de habitações tradicionais. Nos picos
das músicas, características das danças folclóricas, os jovens se alternam em pulos,
e então que começam a medir quem consegue ir mais alto. Os jovens que alcançam
os maiores saltos se tornam mais atraentes, e conseguem melhores casamentos.

Figura 11 – Adumu – Quênia / Fonte: Shutterstock

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Ote’a, a dança tradicional taitiana, com seu vigoroso movimento das cadeiras e
percussões animadas, encena as histórias do cotidiano com as mãos, enquanto os
quadris estão em constante balanço. A técnica dos dançarinos é manter a cintura
mexendo enquanto executam outra coreografia a seguir.

Figura 12 – Ote´a Tahiti

Falar da renovação no folclore é, no mínimo, controverso, mas as chamadas re-


novações podem se dar por meio das linguagens ou formas de transmissão, pois
com a internet o registro e socialização de conhecimentos pode ser acessado e,
reproduzidos seus conteúdos, ou seja, as coreografias das danças folclóricas. As
danças podem ser um poderoso instrumento de difusão dos conhecimentos da
cultura dos povos, bem como, ampliar os horizontes dos estudantes nas escolas
formais ou informais, ou mesmo, dos que admiram essas práticas.

DANÇAS FOLCLÓRICAS NA ESCOLA

O estudo do folclore é necessário para manter a tradição de um povo, uma cultura


que serve como fonte de conhecimento das nossas origens. Quando abordamos esse
assunto, explicando seu sentido, isso faz com que o indivíduo construa uma base
cultural, que dará suporte para entender sua própria essência. Essa internalização da

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cultura do seu povo traz valores como respeito e, ainda, a possibilidade de aprender
novas bagagens culturais de outros povos e regiões. As danças folclóricas se carac-
terizam como de fácil aplicação pedagógica e de execução simples, mesmo porque
simbolizam hábitos e costumes coletivos, como explica Giffoni (1973, p. 35):

[...] Muitas delas se ligam, ou se terão ligado às manifestações de


culto. Outras evocam fatos épicos, acontecimentos dignos de serem
periodicamente rememorados, como exemplos de coesão social.
Outras servem de atos propiciatórios a tarefas do trabalho coletivo,
ensinando a alegria na cooperação [...].

De qualquer forma, apresentam incomparável valor, visto que conjugam os mais


diversos aspectos da vida coletiva. Associam a música e o gesto, a cor e o ritmo,
o sentido lúdico e o utilitário, a graça e os atributos de resistência física, às ma-
nifestações de saúde, alegria e vigor.

Figura 13 – Dança na Escola / Fonte:

Para Vieira (2014, p. 3), “as danças folclóricas enriquecem todo o contexto cul-
tural de uma sociedade”, na rua, em salões ou então no âmbito escolar, através
dessas danças fica-se sabendo um pouco de onde veio a humanidade, sobre os

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costumes que cada povo adquiriu com o tempo, a maneira de viver desses po-
vos, além de uma cadeia de desenvolvimentos a serem alcançados com a prática
dessas danças, desenvolvimento motor, cognitivo, social, afetivo etc. A riqueza
rítmica do repertório folclórico possibilita formas de movimentos coordenados
de pés e mãos, facultando o domínio espaço-temporal.

Nanni (1995) afirma que a dança folclórica nada mais é do que o efeito das con-
sequências desses impulsos gerados por esforços definidos e causados pelos
aspectos funcionais de sentir, pensar e agir de uma comunidade.

NOVOS DESAFIOS
Considera-se uma dança como sendo popular quando se origina de manifes-
tações populares, ou seja, são caracterizadas pela cultura de um determinado
povo que as passa de geração a geração. Muitas vezes, originam-se da fusão das
culturas de diversos povos que migram para outros lugares que não são os seus
de origem, assim, miscigenando as culturas. Conceitua-se dança folclórica como
a representação de um conjunto de danças adotadas pela sociedade como uma
expressão artística que as representa. São danças peculiares, com coreografias
que, geralmente, expressam uma mensagem, uma história, uma lembrança, uma
lenda etc. A dança folclórica é, sem dúvida, uma representação da cultura de um
povo. Demonstra costumes, crenças e tradições. Passada de geração em geração,
representando uma herança cultural. Essas chamadas renovações podem se dar
por meio das linguagens ou das formas de transmissão, pois, com a internet, o
registro e a socialização de conhecimentos conseguem ser acessados, e reprodu-
zidos os conteúdos, ou seja, as coreografias das danças folclóricas. As danças fol-
clóricas se caracterizam como sendo de fácil aplicação pedagógica e de execução
simples, mesmo porque simbolizam hábitos e costumes coletivos.

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MEU ESPAÇO

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UNIDADE 2

TEMA DE APRENDIZAGEM 3

AS DIFERENTES ORIGENS DAS


DANÇAS FLOLCÓRICAS
PROFª KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Conhecer as danças que representam as tradições e as culturas de deter-


minadas regiões.

Entender como o folclore acontece por meio de mitos, lendas, canções,


danças, artesanatos, festas populares, brincadeiras, jogos etc.

Explorar a diversidade cultural e como ela nos ajuda a reconhecer e a


respeitar “formas de ser” diferentes das nossas melhorando o ambiente de
convivência.

Conhecer a história da dança latina e seu início na Inglaterra e na França do


século XVIII.

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UNICESUMAR

INICIE SUA JORNADA


No Brasil, o folclore brasileiro possui muitas danças que representam as tradições
e as culturas de determinada região. No país, as danças folclóricas surgiram da
fusão das culturas europeia, indígena e africana. Elas são celebradas em festas
populares caracterizadas por músicas, figurinos e cenários representativos. O
folclore é parte integrante da cultura de um povo e, por isso, é considerado pela
Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial, sendo imprescindível a realização
de esforços para a sua preservação.
O folclore naturalmente não é um elemento presente em lugares específicos,
mas é algo manifestado por todas as culturas, pois todas elas têm o seu conjunto
de crendices, mitos, tradições e personagens que compõem seu saber popular.
Sendo assim, separamos esse espaço para citar algumas culturas que influencia-
ram as danças no mundo, na América Latina e no Brasil.

DESENVOLVA SEU PORTENCIAL

UMA VISÃO PARA ALÉM DA VISÃO EUROCÊNTRICA

O termo etnocêntrico refere-se a um conceito antropológico no qual a avaliação


que um indivíduo faz em relação a outro é pautada no seu ponto de vista, ou seja,
os valores de referência são pautados nos padrões adotados pelo grupo social da
qual faz parte o próprio indivíduo.
Nas manifestações folclóricas pode ter havido a influência de um grupo étni-
co, por considerar-se superior sobre outro. Nos conta a história de muitas culturas
imporem a sua no momento de tomadas de poder, territórios ou até mesmo dos
bens imateriais de um povo. Também percebemos, principalmente nas danças,
que essa visão etnocêntrica pode ter predominado, mas alguns elementos de
origem são preservados.

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UNIDADE 2

P E N SA N D O J UNTO S

Para compreender essas influências de valores de um povo sobre os valores de outro,


lembramos que, desde sempre, os homens se preocuparam em entender por que outros
homens possuíam hábitos alimentares, formas de se vestir, de formarem famílias, de
acessarem o sagrado de maneiras diferentes das suas. A essa multiplicidade de formas
de vida dá-se o nome de “diversidade cultural”.

Foi a partir da descoberta das Índias e das Américas, nos séculos XV e XVI, que
os europeus se depararam com modos de vida completamente distintos dos seus,
e passaram a elaborar mais intensamente interpretações sobre esses povos e seus
costumes. Os grupos não europeus também se espantavam com o ser diferente
que chegava até eles desembarcando em suas praias e tomando posse de seu
território. Infelizmente não temos muitos relatos dos povos não europeus para
conhecermos a visão que eles tinham dos brancos.

Figura 1: Registro eurocêntrico sobre a cultura / Fonte: Wikimedia Commons (2023, on-line)

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A Figura 1 representa o Desembarque de Cabral em Porto Seguro (pintura de


Oscar Pereira da Silva): portugueses que chegaram ao Brasil em 1500 eram eu-
rocêntricos, pois acreditavam que a cultura europeia era superior à cultura indí-
gena. Esse é um bom exemplo do eurocentrismo.
Considerando que a reflexão teórico-científica sobre a humanidade nasce na
Europa, se iniciou neste ambiente e nesta perspectiva a noção de ser humano. Os
conhecimentos que são referências para todas as Ciências Humanas e Sociais ad-
vêm do homem europeu e da sociedade europeia, no entanto com as conquistas de
outros continentes, os europeus surpreenderam-se com a diversidade de humanos.
A relação com agrupamentos humanos de localidades até então desconhe-
cidas como as que hoje denominamos África, América, Austrália, fizeram com
que os europeus se questionassem das características peculiares ao humano e as
razões de tanta diferença entre os componentes de uma mesma espécie.
Na ótica dos europeus, esses “selvagens” eram vistos como, mais próximos
aos animais, brutos, imbuídos de uma sexualidade descontrolada, primitivos,
com uma inteligência restrita, iludidos pela magia, enfim, seres limitados que
precisavam ser “civilizados” pela cultura europeia.
A P RO F UNDA NDO

A diversidade cultural ajuda-nos a reconhecer e a respeitar “formas de ser” que não são
necessariamente nossas. O respeito à diversidade, evita sofrimento e constrangimento,
melhorando o ambiente de convivência. Existem várias organizações internacionais que
trabalham para proteger sociedades e culturas, incluindo a Survival International e a
UNESCO. A Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural, de 2 de no-
vembro de 2001 (Declaration on cultural diversity), aprovada por 185 Estados-Membros,
representa o primeiro instrumento de definição de padrão internacional destinado a
preservar e promover a diversidade cultural e o diálogo intercultural.

PRINCIPAIS CULTURAS QUE INFLUENCIARAM AS DANÇAS


NA AMÉRICA LATINA

Segundo Roger de Souza (2013), a Espanha controlou a maior parte da América


Central e do Sul desde o século XV até boa parte do século XIX, a cultura espa-
nhola teve a maior influência sobre o curso da história da dança latina. A Espanha
é responsável pelo seu toque colorido, seus graciosos e dramáticos movimentos

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UNIDADE 2

de mãos e braços, e seus passos de marchas, que vêm de danças Paso Doble e
Flamenco. Musicalmente, a Espanha foi responsável pelo uso da guitarra popular
e pelas canções de trovador.
A partir de 1500, colonizadores e conquistadores europeus trouxeram um
grande número de escravos para a América do Sul e Central. A maioria desses
escravos eram de tribos do Oeste Africano como a Yorubá e a Bantu. Essas tribos
utilizavam ritmos percussivos cerimoniais e danças para chamar os vários deuses.
Eles trouxeram para o Novo Mundo a religião e também a percussão, seus ritmos
diferentes, e deram à música latina suas síncopas contagiantes e inebriantes.

P E N SA N D O J UNTO S

A história da dança latina começou na Inglaterra do século XVIII. Nos anos 1700, uma
dança inglesa informal se espalhou por toda a Europa. Na França, foi chamada de
“contredanse”; na Espanha, “contradanza”; e, em Portugal, “contradança”. Os europeus
trouxeram a dança com eles para as Américas Central e do Sul.

PO
CA EIRA
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Cuba afirma ser pioneiro em danças populares como a salsa, o mambo, o cha cha
chá, a rumba e o bolero. Quando os espanhóis trouxeram a contradanza a Cuba,
no século XVIII, ela ficou conhecida como danza. A fuga de haitianos para Cuba
no início do século XIX trouxe à danza uma influência crioula e ficou conhecida
como danzon. Na década de 1940, o danzon, misturado com o som cubano e o
jazz, deu lugar ao mambo. Salsa, a mais conhecida de todas as danças latinas, é
uma derivação do mambo. A salsa recebeu seu nome pelos americanos, quando
a dança chegou aos clubes de dança de Nova Iorque nas décadas de 1950 e 1960.
O merengue foi criado na República Dominicana e no Haiti. Começou como
uma imitação do minueto francês por escravos negros, que assistiam às danças de
salão dos seus mestres e incorporaram seus passos em suas próprias celebrações,
acrescentando uma batida animada, pulos e saltos.

Danças Dos Países Andinos: Venezuela, Colômbia, Peru, Equador,


Bolívia E Chile

O Joropo nasceu da mescla cultural de nativos, europeus e africanos. Toda essa


mistura criou o que é hoje a dança típica da Venezuela, e é também praticada
em parte da Colômbia.

Figura 2: Dança Joropo / Fonte: Shutterstock (2019, on-line)

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A dança celebra o homem do campo, das planícies, seu galanteio, suas ativida-
des e sua altivez. Costuma-se dançar o joropo em festas populares, religiosas e
familiares. O seu traço mais forte são os sapateados, provável herança adaptada
do flamenco da Andaluzia, que é feito pelo homem quando se produz o repi-
que na arpa ou bandolim. Apesar de alguns elementos parecerem similares ao
flamenco e outras danças andaluzas, o joropo não é considerado uma cópia de
ritmos europeus, mas não se pode negar que ele tem sim raízes por lá, como, por
exemplo, na valsa e no flamenco.
As danças típicas da Colômbia são uma série de ritmos musicais e expressões
de dança, produto da miscigenação cultural, que historicamente se desenvolve-
ram em todo o país. Essas danças são uma mistura das culturas pré- colombiana
nativa, africana e europeia que, desde a Colônia, foram integradas até a criação
dessas manifestações folclóricas.
Cada região colombiana tem seus próprios ritmos e danças que a distinguem.
O Bambuco é uma das danças mais populares e importantes da região andina
e até do país. Nele estão presentes as culturas nativa, africana e europeia. Ele é
executado como um casal, que se cruza formando um oito, mantendo as mãos
na cintura e gesticulando com um lenço.

Figura 3: Bambuco / Fonte: UFMG (2023, on-line)

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A lista de danças é múltipla e variada em cada uma das seis regiões que compõem
a geografia colombiana. Por exemplo, na região do Caribe, destacamse: cumbia,
língua de buller, porro, farotas, rabisco, o sere sé-sé e o mapalé. Na região andina,
as danças típicas são: bambuco, corredor, hidromassagem e guabina; enquanto
na região de Orinoquia, joropo e galeão são dançados. A região insular também
possui uma rica cultura de dança. Entre suas danças típicas estão: calypso, chotis,
ment, polka e quadrille (gang). Da mesma forma, as danças típicas da região do
Pacífico são: vallenato, abozao, bunde, jota chocoana e caderona, currulao e
contradanza. E na região amazônica, o bëtsknaté.
Estima-se que o Peru tenha cerca de 800 tipos de danças e, por isso, não
conseguiríamos falar de todas aqui. A seguir, selecionamos algumas das mais
tradicionais manifestações peruanas:

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HUAYLARSH:

popularmente, essa dança peruana recebe o nome de Huaylas e pode ser com-
parada a uma espécie de sapateado, porém com todo aquele toque especial
dos Andes. Sua origem é atrelada à região de Huancayo (Junín) que, por sinal, é
considerada pelos próprios habitantes como a região mais feliz do Peru. A palavra
Huaylarsh vem do antigo idioma aymara e quer dizer “campo verde”. Acredita-se
que suas celebrações são associadas à cosmovisão andina da cultura Wanka,
bem anterior aos Incas. Essa dança é marcada, principalmente, pela força do
sapateado e das palmas, sempre acompanhadas de gritos de felicidade, tanto
de homens como de mulheres. A celebração pode representar uma série de
acontecimentos, como a celebração pela colheita (Huaylla), a “paquera” entre
dois jovens (Huayllu), uma briga entre homens ou competição entre homens e
mulheres (Waylas). Os trajes também são bem característicos, repletos de cores,
bordados e detalhes.

DANZA DE TIJERAS:

traduzindo literalmente seria “dança das tesouras”. Os dançarinos se apresentam,


com uma enorme tesoura em mãos. A Danza de Tjeras foi reconhecida pela
UNESCO como Patrimônio Cultural da Nação em 1995 e é motivo de orgulho
de seu povo. Assim como muitas outras danças peruanas, essa também é de
origem indígena e surgiu na região de Ayacucho, mas se estendeu pelo país
todo, onde é dançada também em Huancavelica e em Apurímac, por exemplo.
Os dançarinos são chamados de Supaypa, Wasin, Tusuq ou Danzaq, que significa
dançarino da casa do diabo. A história conta que, no século XVI, os videntes,
bruxos e curandeiros eram perseguidos e chamados de filhos do diabo (supaya
wawan, em quéchua), e se refugiaram nas zonas mais altas do país. Pra voltar às
suas cidades, os “filhos do diabo” deveriam dançar em honra a Deus, com trajes
espanhóis. As tesouras eram feitas pelos auquis, divindades indígenas, e o som
que reproduzem viria da lagoa Yauruviri. No entanto, assim como muitas histórias
do Peru, alguns relatos se misturam com lendas e crenças.

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LOS CAPORALES:

na verdade, los caporales é a recriação de várias danças peruanas e bolivianas


e nasceu, mais precisamente, às margens do lago Titicaca, na fronteira dos dois
países. Sua origem vem do Tundique, outro tipo de dança, que era realizada
somente por homens que, ao mesmo tempo, tocavam seus bumbos. Assim,
nasceu a Tuntuna. Nela, os homens deixaram os bumbos para as mulheres acom-
panhá-los. Logo depois, com a influência de outras danças peruanas, surgiu a
Saya, com movimentos mais elegantes e delicados por parte das mulheres. Entre
os personagens, apareceu o caporal, um capataz escolhido pelos espanhóis na
época colonial para supervisionar o trabalho dos escravos e que dirige a dança
com um apito e um chicote. Como o número de caporales foi crescendo, origi-
nou-se uma nova dança: Los caporales. O ritmo é embalado pelo violão, flauta,
bumbos e uma espécie de soalha que os homens carregam em suas botas.

MARINERA:

a Marinera é uma das mais tradicionais do país e é dividida em dois grupos: a


Limeña e a Norteña. A primeira, como o próprio nome sugere, vem de Lima e é
mais suave e elegante que a segunda. Já a Norteña, oriunda do Norte do país,
é um tanto quanto mais enérgica e acaba impressionando um pouco mais. Sua
origem remete a uma festa africana chamada Zamacueca, que era inspirada no
acasalamento do galo e da galinha. A dança teve vários nomes diferentes, porém
se concretizou como Marinera por uma homenagem à Marinha durante a guerra
do Peru. Nas apresentações, o casal dança e flerta, literalmente. O homem veste
um traje elegante, com sapatos brilhosos e um chapéu. A mulher, por sua vez,
usa vestidos longos e um lenço na mão, o que dá toda a elegância e leveza aos
passos. Uma curiosidade muito interessante é que na Marinera Limeña a mulher
usa saltos, enquanto na Norteña ela se apresenta descalça.

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As danças tradicionais do Equador são muito diversas, isso devido à fusão de


ritmos trazidos pelos colonizadores e a miscigenação das raças. As danças podem
datar da era pré-colombiana, e suas evoluções apresentam influência europeia e
africana em alguns casos.
O Sanjuanito se tornou popular no século XX e é um gênero de festa alegre
que é ouvido em todos os eventos festivos (urbanos e rurais) do Equador. Alguns
Sanjuanitos muito populares são:

• Sanjuanito da minha terra.

• Esperança.

• Pobre coração.

• Choro da minha quena.

Para interpretar o Sanjuanito, ambos os instrumentos nativos (bandolín, dulzai-


na, rondaror, pingullo etc.) são usados com instrumentos estrangeiros (violão,
bumbo, quena, zampoña etc.) e o traje de dança usual consiste em traje vermelho,
alpargatas, chapéus e acessórios como colares. Nas danças tradicionais do Equa-
dor, o aspecto religioso se destaca, pois muitos desses ritmos têm ligações com
rituais antigos realizados em celebrações religiosas promovidas pela devoção.
Caporales é uma dança tradicional da Bolívia, inspirada na Saya afroboli-
viana, que pertence à região de Yungas. A dança tem um aspecto religioso e é
caracterizada pelas vestes combinadas pelo homem que veste chapéu de abas
largas, camisa, cinto, calças de estilo militar, botas que possuem minichocalhos
que servem para acompanhar o ritmo da música e um chicote, a mulher usa
trança presa em um chapéu e vestido curto de mangas bufantes.
As danças típicas do Chile são expressões folclóricas com motivações reli-
giosas, festivas ou recreativas que se formavam durante o processo de formação
da nação chilena. As danças típicas do Chile são agrupadas por zonas; estas são
as áreas norte, central e sul.

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As danças “La Morenada”, “Los Caporales”, “La Llamerada”, “La Kullawada” e “Saya
Afroboliviana” foram defendidas por lei, como Patrimônio Histórico do Equador.

Dança Sanjuanito O Sanjuanito se tornou popular no


século XX e é um gênero de festa alegre que é ouvido
em todos os eventos festivos (urbanos e rurais)
do Equador, dançando em grupos de mãos dadas
formando círculos.

Danças na Bolívia Caporales é uma dança em que os


homens realizam movimentos acrobáticos enquanto
as mulheres dançam para destacar a sensualidade e a
feminilidade através de movimentos graciosos.

Danças do Chile Entre as danças típicas chilenas,


destacam-se a cueca (dança nacional do Chile), o pe-
quen, o pericón, o mazamorra, o sombrero, o cachim-
bo, o pericona e o torito. Outras danças típicas são o
huachitorito, o reno, o sajuriano, o trote, as costelas, a
porteña e o quintal, entre outros.

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Danças dos Países Platinos: Paraguai, Uruguai e Argentina

Existem vários tipos de danças no Paraguai e geralmente são ao som de músicas


animadas e contagiantes. A polca, tradicional no País, é uma dança de casais, já
as galopas são dançadas por um grupo de mulheres chamadas galop
Outra dança típica
paraguaia é a dança do
cântaro, na qual mulheres
dançam carregando uma
jarra de água nas mãos ou
mesmo na cabeça. Outra
forma de arte popular é o
ñanduty (traduzindo do
guarani, “teia de aranha”),
um rendado típico.
As danças paraguaias
possuem influências in-
dígena, dos primeiros
habitantes do território
latino-americano, do pe-
Figura 4 – Danças do Paraguai / Fonte: CULTURA MIX (2012, on-line)
ríodo da colonização sob
influência dos espanhóis,
do habitante do campo que encontrava na dança uma maneira de divertir-se e
contar sua história.

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Figura 5 – Dança do Cântaro / Fonte: Che Guavira (2010, on-line)

Ao levar os bailes aos salões do Paraguay, as contradanzas, sarandeos, toreos,


também saiam para as ruas, e ao realizar contato com o povo as danças torna-
ram-se mais alegres, divertidas e coloridas, ao estilo popular.
Como forte manifestação de suas tradições e história, as danças típicas do
Uruguai trazem as raízes formadoras daquele povo, sendo apreciadas desde a es-
cola. Os ritmos campesinos se misturam às influências europeias e africanas para
resultar em manifestações únicas como: Candombe, Payada, Milonga, Tango.

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CANDOMBE

é um dos ritmos mais tradicionais do Uruguai e tem o poder de converter es-


pectadores em participantes. O candombe chegou ao país com os escravos
africanos que lutaram para preservar suas tradições. Tocado e dançado nas ruas,
tem nos três tipos de tambores (chico, piano e repique) a instrumentalização do
desabafo das dores e sentimentos dos escravos. Atualmente, é muito tocado nos
“Desfiles de Llamadas”, durante o carnaval do Uruguai.

PAYADA

é um dos primeiros estilos tradicionais do Uruguai e nasceu nos campos do


interior do país. Os responsáveis pela criação do estilo musical poético são os
homens gaúchos que viram, na payada, o modo de expressar seu cotidiano e
modo de vida. Na payada, dois “pagadores” investem em um tipo de duelo verbal,
ao som de violões, estabelecendo um diálogo poético.

MILONGA

é, sem dúvida, um dos ritmos mais tradicionais do Uruguai, incorporando el-


ementos da payada e candombe. A dança nascida em Montevidéu veio pelos
ritmos trazidos pelos portugueses e espanhóis. A milonga parece um tipo mais
rápido de tango, usando o violão para tratar do cotidiano gaúcho, além de tocar
em temas mais profundos da vida pessoal.

TANGO

é um estilo de música e dança originado nas cidades de Montevidéu e Buenos


Aires. Suas origens misturam candombe, milonga, além de ritmos europeus, com
letras falando do amor. As manifestações folclóricas uruguaias são variadas e
carregam influências campesinas, africanas e europeias. Imigrantes do além-mar
chegaram ao país no século XIX, especialmente espanhóis e italianos. Escravos
africanos, assim como em outros países da América, deixaram sua forte con-
tribuição em ritmos muito característicos.

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Figura 6: Dança de Tango / Fonte: Shutterstock (2023, on-line)

A milonga uruguaia logo atravessou fronteiras e chegou ao território argentino.


A diferença é que, no país hermano, não incorpora os ritmos africanos de forma
tão evidente.
O pericón é um ritmo criado em 1887 pelo músico uruguaio Gerardo Grasso.
Dançado tanto no Uruguai quanto na Argentina, o pericón consiste na disposição
de oito casais que seguem um passo básico para, depois, executar coreografias
mais elaboradas, gritando “Aura”. Uma das figuras coreográficas mais conhecidas
é a pabellón, na qual os casais fazem um círculo, se abraçando e segurando lenços
azuis e brancos, representando a bandeira uruguaia, no alto da cabeça.
O Malambo é uma dança cuja criação é compartilhada entre gaúchos e es-
cravos africanos. Tradicionalmente, é dançada por homens que se revezam, em
pares: enquanto uma dança, o outro espera, abaixando-se e observando o com-
panheiro pisar, bater palmas, arquear as pernas, cruzar os joelhos e pular.
Malambo é uma dança folclórica tradicional que nasceu na pampa argentina
já em 1600. Desde então, considerando suas origens nas planícies expansivas, faz
sentido que esta seja uma dança coreografada exclusivamente para os homens.
No entanto, com toda a certeza, tem um Oeste Selvagem, a sensação de cowboy.

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UNIDADE 2

Assim, acompanhados de guitarras, os dançarinos de Malambo usam calças e


chapéus de alças largas. E usam muitos passos de torneira, bem como torções e
pernas familiares ao tango.

Figura 7: Malambo / Fonte: Shutterstock (2010, on-line)

A cumbia é um gênero originário do Caribe, chegando ao Uruguai pelas mãos


da classe trabalhadora que, aos poucos, foi ganhando toda a sociedade, sempre
ao ritmo de tambores.
A murga chegou ao Uruguai com um grupo de espanhóis que a representa-
vam nas ruas em troca de dinheiro. É um tipo de teatro musical composto por 15
pessoas que cantam a política, economia e atualidades do país ao som da bateria.
Um dos selos culturais mais importantes do país, a murga integra os rituais do
carnaval uruguaio.
Algumas das melhores danças tradicionais da Argentina é o Tango. Dança de
origem popular e, portanto, de nascimento evolutivo resulta impossível apontar
uma data de nascimento, no entanto o verdadeiro é que a maioria dos estudiosos
coincide em dar por boa a década de 1880 como o ponto de partida do que então
não era mais do que uma determinada maneira de dançar a música. A sociedade
em que nasce o tango escutava e dançava habaneras, polkas, mazurcas e alguma
valsa, pelo que respeita os alvos, enquanto os negros, uns 25% da população de

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Buenos Aires no século XIX, moviam-se ao ritmo do candombe, uma forma de


dança na qual o casal não se enlaçava, e dançava de uma maneira mais marcada
pela percussão que pela melodia. Veja, a seguir, algumas das principais danças:

Tango Argentino O Tango começou na nascente


porto de La Boca no final da década de 1880 e foi
para muito além das fronteiras argentinas. Dançado
em pares, o tango é atado com melancolia, drama e
luxúria e ressalta as influências dos ritmos africano e
europeu.

Cumbia A cumbia tem muitas formas musicalmente


e tem suas origens no país do norte da América Lati-
na, a Colômbia, contudo a Argentina definitivamente
tomou esse ritmo sul-americano e tornou-se o seu
próprio estilo. Então, dançar a clássica cumbia não é
diferente da dança salsa, com um passo básico que
é fácil de retirar, no entanto, na Argentina, de fato
vários estilos diferentes se desenvolveram junto com
a música. Assim como cumbia villera, que é dançada
nas favelas. E cumbia santafesina, que é influenciada
por ritmos folclóricos.

Chacarera Chacarera é uma dança que se originou


na província do norte de Santiago del Estero. Além
disso, muitas vezes considera-se um contraponto
rural para os ritmos urbanos do tango. Dança em
pares de parceiros masculinos e femininos, com o
parceiro masculino circulando em torno da mulher,
com ambas as partes vestindo um vestido tradicional
flamboyante. Assim, mulheres com vestidos flouncy
com saias largas e homens com calças de pernas
largas, cintos grossos e chapéus.

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UNIDADE 2

Zamba Zamba é outra dança folclórica nacional, para


não confundir com o samba. Realizados novamente
em pares masculinos e femininos, ambos os dançari-
nos usam trajes extravagantes, mas a zamba é identi-
ficada pelos lenços brancos que o homem e a mulher
mantêm e acenam elegantemente enquanto dançam.
As saias das senhoras também desempenham um
papel fundamental na dança. Porque enquanto eles
pisam e giram, elas seguram a saia para se tornar
uma parte da coreografia. Como resultado, o Zamba
originou-se na província do norte de Salta, perto da
fronteira com a Bolívia.

Murga Murga pode ser visto em toda a Argentina na


temporada de carnaval, no verão de fevereiro. Porque
Murga é um tipo particular de teatro musical local
que se originou na Argentina e Uruguai que envolve
dança, canto e performance. Os trajes são semelhan-
tes aos de uma banda, mas com as várias murgas
em cada localidade embelezando seus trajes com
motivos e símbolos específicos que são particulares
para seu grupo específico, contudo Murga é dançado
em uma área fechada da rua, geralmente em frente a
um palco. Assim, os artistas tocam música, cantam e
realizam monólogos.

Cuarteto Cuarteto vem de Córdoba e é uma dança


de conjunto semelhante ao ritmo do merengue
dominicano. Além disso, toma o nome das bandas de
quatro peças que tocaram músicas e acompanharam
os conjuntos de dança na Itália e na Espanha, que in-
spiraram a dança cordobesa. Desde então, tornou-se
um símbolo cultural de Córdoba na década de 1970
e, consequentemente, foi vista como uma alternativa
local orgulhosa para a cultura que saiu da capital de
Buenos Aires.

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Principais Culturas Que Influenciaram as Danças no Brasil

No Brasil, existe uma diversidade de danças folclóricas. Elas partem dos mesmos
princípios mundiais. Baseiam-se em histórias, lendas, festejos, cultos religiosos,
brincadeiras e outras influências.
O samba de roda é uma das danças folclóricas brasileiras mais conhecidas.
Surgida da influência de africanos trazidos para o Brasil à força, e de ritmos
portugueses, tinha como objetivo o culto a orixás e caboclos. O samba nasceu no
Recôncavo Baiano por volta de 1860 e tem dois estilos: o samba chula e o samba
corrido. Essas danças folclóricas se diferenciam pelas danças, ritmos e uso dos
instrumentos.
A ciranda, uma das danças folclóricas típicas do estado de Pernambuco, na
Região Nordeste do país. O ritmo, que tem como característica passos coreogra-
fados ou simples surgiu quando as mulheres de pescadores cantavam enquanto
esperavam seus maridos voltarem do mar. Com origem na Ilha de Itamaracá,
região metropolitana da capital do estado, a ciranda é feita quando os dançari-
nos fazem um grande círculo, no qual dançam ao som de instrumentos como
zabumba ou bumbo, maracá, tarol e ganzá.

Figura 8 : Maracatu / Fonte: Shutterstock (2020, on-line)

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O maracatu também tem origem em Pernambuco. Não se sabe exatamente


quando surgiu, mas seus registros mais antigos são de 1711. Surgiu com o in-
tuito de celebração religiosa e é considerado o ritmo afro-brasileiro mais antigo.
Existem dois tipos, o Maracatu Nação e o Maracatu Rural. O primeiro, surgido
na região metropolitana de Recife, e o segundo na cidade de Nazaré da Mata,
interior do estado. Diferenciam-se pelos ritmos, vestes, coreografias e homena-
gens prestadas.
O maculelê é uma dança folclórica que nasceu da influência da arte marcial
armada de mesmo nome. A coreografia simula uma luta tribal na qual os dançari-
nos usam dois bastões como arma. Os golpes são desferidos no ritmo da música,
que pode ser cantada em português ou em línguas indígenas e africanas. Ela tem
origem afro-brasileira e indígena e tem como base uma lenda, que é contada de
diferentes formas, mas sempre com o mesmo foco. Nela, um guerreiro luta so-
zinho, utilizando apenas dois bastões como arma e consegue defender sozinho
toda uma tribo.
A chula é uma das danças folclóricas da Região Sul do país, que é dançada
principalmente por homens, e tem semelhanças com o sapateado. A coreografia
simula uma disputa, em que uma vara de madeira é posta no chão, e dois ou três
dançarinos se enfrentam mostrando habilidades com os passos. Originalmen-
te era usada quando, em um baile, dois homens, chamados de peão, queriam
dançar com a mesma mulher, chamada de prenda. Então, um por vez, realizava
uma sequência de passos que seria imitada e complementada pelo outro, e assim
sucessivamente, até que um errasse ou pisasse na madeira. O vencedor dançaria
a noite toda com a prenda.
Devido a sua rica cultura e grande influência e miscigenação de povos colo-
nizadores, o Brasil tem uma vasta quantidade de danças folclóricas.

NOVOS DESAFIOS
O folclore brasileiro possui muitas danças que representam as tradições e as
culturas de determinadas regiões.
No Brasil, as danças folclóricas surgiram da fusão das culturas europeia, in-
dígena e africana. Elas são celebradas em festas populares caracterizadas por
músicas, figurinos e cenários representativos. Observamos que as manifestações

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UNICESUMAR

do folclore se dão por meio de mitos, lendas, canções, danças, artesanatos, festas
populares, brincadeiras, jogos etc.
O folclore é parte integrante da cultura de um povo e, por isso, é considerado
pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial, sendo imprescindível a
realização de esforços para a sua preservação. Também pudemos ver que o ter-
mo etnocêntrico se refere a um conceito antropológico no qual a avaliação que
um indivíduo faz em relação a outro é pautada no seu ponto de vista, ou seja, os
valores de referência são pautados nos padrões adotados pelo grupo social da
qual faz parte o próprio indivíduo.
A diversidade cultural nos ajuda a reconhecer e a respeitar “formas de ser”
que não são necessariamente nossas. O respeito à diversidade, evita sofrimento
e constrangimento, melhorando o ambiente de convivência. E por fim, aprende-
mos que a história da dança latina começa na Inglaterra e na França do século
XVIII. A Espanha controlou a maior parte da América Central e do Sul desde o
século XV até boa parte do século XIX, a cultura espanhola teve a maior influên-
cia sobre o curso da história da dança latina.
No Brasil, o samba de roda é uma das danças folclóricas brasileiras mais
conhecidas. Surgida da influência de africanos trazidos para o Brasil à força e de
ritmos portugueses, tinha como objetivo o culto a orixás e caboclos.

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UNIDADE 3
UNIDADE 3

TEMA DE APRENDIZAGEM 4

DANÇAS FOLCLÓRICAS DO BRASIL –


SUL DO BRASIL
PROFª KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Aprender a dança típica da Península Ibérica, com registros desde o período


Barroco.

Conhecer as comunidades e o hibridismo cultural de do Estado de Santa


Catarina.

Explorar o fandango como manifestação cultural popular legítima do


Paraná.

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INICIE SUA JORNADA


Já sabemos que as danças folclóricas são formas de danças antigas, originadas
desde a época de culturas primitivas, transmitidas de geração em geração. Elas
têm, como características, integração, socialização, prazer, divertimento e respei-
to aos costumes e às tradições.
De acordo com Frade (1979, p. 35), “entendem-se, por danças folclóricas, as
expressões populares, desenvolvidas em conjunto ou individualmente, que têm,
na coreografia, o elemento definidor”. As danças folclóricas, durante a evolução
da humanidade, surgiram, inicialmente, como elemento integrante de rituais
religiosos, guerreiros e fúnebres dos povos primitivos, porém, também, eram
manifestações coletivas, com os dançadores organizados em círculo, fazendo,
todos, simultaneamente, os mesmos movimentos, às vezes, com a presença de
um solista no centro.
Você sabe quais são as danças folclóricas do Sul do nosso país?
Nesse caso, de acordo com registros de Lara (2004), no século XIII, a dança
teve, como primeira manifestação, a ronda. Os ritmos e as cerimônias dos velhos
cultos foram reinterpretados, de acordo com as transformações de cada povo e
as novas concepções de existência humana que surgiram. A partir dessas trans-
formações, foram se originando as diversas danças folclóricas representativas
de cada região.

DESENVOLVA SEU PORTENCIAL

DANÇAS DO RIO GRANDE DO SUL

As danças gaúchas são algumas das mais antigas, pois tiveram origem na Espa-
nha, em meados dos séculos XVII e XVIII. A mais típica representação do Rio
Grande do Sul é o “fandango”, que apresenta um conjunto de vinte e uma danças,
com nomes próprios: Rancheiro, Pericom, Pezinho, Balaio, Tirana-do-lenço,
Quero-mana, Tatu etc. Posteriormente, entremeou-se ao sapateado, originado
nas antigas danças de par solto da romântica Espanha.

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UNIDADE 3

No caso específico das danças, cada CTG (Centro de Tradições Gaúchas) têm
os próprios grupos de dança, os quais se chamam de invernadas. As invernadas
podem ser categorizadas em mini mirim (de cinco a oito anos), mirim (de 8 a
11 anos), juvenil (de 12 a 14 anos) e adulta (de 15 a 30 anos).

Influências

Nas investigações realizadas a respeito do fandango, Lara (2004) atenta para


a origem vinculada às contribuições portuguesa e espanhola no nosso país,
aliada às condições brasileiras. Historicamente, Portugal e Espanha estabelece-
ram vínculos e originaram formas culturais que passaram a ser disseminadas,
também, nas colônias.
Dança típica da Península Ibérica, com registros desde o período Barro-
co, o Fandango é uma dança muito famosa no Sul do país. Ritmo, também,
conhecido no Nordeste do país (conhecido, nessa região, como marujada),
caracteriza-se por movimentos agitados e vivos, geralmente, acompanhado de
sapateado ou de castanholas.
No CTG, ocorrem não apenas os ensaios, mas o convívio da comunidade
gaúcha e, principalmente, a passagem das tradições dos movimentos e das his-
tórias de geração em geração.

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Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Caso encontre alguém de Pilcha, podes intuir que é um gaúcho! A pilcha, era a
roupa utilizada para o trabalho no campo, composta de calças e camisas largas,
agora representa uma das características culturais do gaúcho nos eventos dos
CTGs, os Centros de Tradição Gaúcha. A seguir, serão apresentadas as principais
danças folclóricas do Rio Grande do Sul.

Fandangos

O termo Fandango designa uma série de danças populares – chamadas de “mar-


cas”. Os dançadores executam as variadas coreografias: Anu, Andorinha, Chimar-
rita, Tonta, Cana-verde, Caranguejo, Vilão-de-lenço, Xarazinho, Xará, Grande,
Sabiá, Balaio, Tatu, Chula, Marinheiro etc. Entremeados de palmas e castanholar
de dedos, o sapateado vigoroso é feito, somente, pelos homens, enquanto as mu-
lheres arrastam os pés e dão volteios soltos. O acompanhamento musical é feito
pelo acordeão, chamado de “gaita”, pelo violão. A coreografia recebe nomes, tam-
bém, distintos – “passo de juntar”, “passo de marcha”, “passo de recurso”, “passo
de valsa”, “passo de rancheira”, “sapateio” etc.

Figura 1: Fandango gaúcho / Fonte: Shutterstock (2018, on-line)

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UNIDADE 3

E U IN D ICO

Conheça algumas danças gaúchas, assistindo aos vídeos propostos


a seguir:

Chimarrita

Uma das danças mais famosas do Sul, a Chimarrita, é uma dança tradicional por-
tuguesa, originária do Arquipélago dos Açores e da Ilha da Madeira. Foi trazida
pelos colonos açorianos em meados do século XVIII, e é, também, considerada
um ritmo raiz bem forte no Uruguai. Possui, como característica principal, passos
valsados, com batidas dos pés e das mãos.

Figura 2: Chimarrita / Fonte: IMLER.BIZ (2022, on-line)

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Assista aos vídeos com a dança Chimarrita em:

Chula

Dança típica do Rio Grande do Sul, é inspirada nas danças portuguesas, trazidas
com a chegada dos imigrantes. Tradicionalmente dançada por homens, a chula
funciona como uma competição de sapateios entre dois dançarinos sobre um
longo bastão colocado no chão, e ao som da gaita gaúcha.

Figura 3: Chula / Fonte: VISITE O BRASIL (2022, on-line)

A apresentação gira em torno de um desafio, e um dos participantes deve realizar


a sequência de passos feita pelo adversário ao redor do bastão. O primeiro que
errar perde a disputa.

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Assista a uma dança chula em:

DANÇAS DE SANTA CATARINA

O estado de Santa Catarina é um estado muito rico em manifestações folclóricas


nas suas festas típicas da imigração local, na culinária e festas religiosas. O folclore
está presente em forma de músicas, brincadeiras, folguedos, manifestações popu-
lares, danças típicas, crenças e gastronomia, em cada região catarinense. As danças
e festas mais tradicionais tem origem nas comunidades de imigrantes alemães.

Influências, Músicas, Coreografias


e Vestimentas Típicas

No estado de Santa Catarina, há muitas


comunidades tradicionais e emigradas,
caracterizando uma grande diversida-
de e o hibridismo cultural. As festas e as
manifestações populares têm, na dança,
grandes formas das expressões artística,
cultural e religiosa. A dança, portanto, re-
presenta uma das formas da arte que apro-
xima as pessoas e desenvolve a valorização
da cultura. É um meio de entretenimento
que atrai, aproxima e ensina as diferenças
e a diversidade entre os povos.
A diversidade cultural apresenta ca-
racterísticas próprias de cada manifesta-
ção porque as influências originárias do
folclore vão desde o Boi de Mamão com

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suas caracterizações de animais até as vestimentas rodadas e arcos com flores


nas balainhas. Essa diversidade é uma grande riqueza do estado! A seguir, serão
apresentadas as principais danças folclóricas de Santa Catarina.

Balainha

Conhecida, também, com o nome de Arcos Floridos, ou Jardineira, a balainha


é desenvolvida com os pares de dançantes, cada um deles sustentando um arco
florido. No início, os pares, em fileiras, fazem um movimento ondulante, pas-
sando, ora por cima ora por baixo, dos arcos dos demais pares. Formam, depois,
grupos de quatro pares que, em círculo, intercruzam os arcos no alto, armando,
assim, as “Balainhas”. Ao fim, desmancham as “balainhas” e retornam à posição
inicial, com movimentos sincronizados e sequenciais.

Figura 4: Arcos Floridos ou Jardineira / Fonte: PEQUENO PRÍNCIPE (2022, on-line)

Vilão

Desenvolvida por um grupo com 31 componentes, denominados de batedores,


balizadores, músicos e mestre, a dança é composta por batidas de longos bastões,
com variados movimentos e ritmos. O encerramento é feito com o “serradinho”:

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UNIDADE 3

são sete movimentos rapidíssimos, executados com os balizadores agachados e


com batidas dos bastões.
Figura 5: Dança do Vilão
Fonte: FOLCLORE VERTENTES (2022,
on-line)

Boi de Mamão

O Boi de Mamão, ou a
dança do Boi de Mamão é
uma das brincadeiras mais
praticadas no Estado de
Santa Catarina, e por isso o
folclore da região incorpo-
rou essa brincadeira como
patrimônio imaterial da
grande Florianópolis. Ga-
nha grande destaque prin-
cipalmente entre Natal e
Carnaval (GUIAFLORIPA,
1996-2021, s. p.).

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Diferentemente das outras brincadeiras que foram trazidas à Ilha


de Santa Catarina pelos açorianos, o Boi de Mamão é uma tradição
comum a outros estados brasileiros, apresenta diversas variações,
com tipos diferentes de apresentação, mas semelhantes na oralidade
da história.

Muitas semelhanças são vistas entre o Boi de Mamão e o Boi-Bum-


bá, ou o Bumba Meu Boi. Todavia, para conhecer a verdadeira ori-
gem da tradição, é preciso recorrer à Europa, em uma região cha-
mada de Galícia, que, ao sul, limita-se com Portugal. Galícia é uma
comunidade autônoma espanhola, onde foram registradas as pri-
meiras referências do costume (GUIAFLORIPA, 1996-2021, s. p.).

Figura 6: Boi de mamão / Fonte: Shutterstock (2012, on-line)

A história mostra o desespero de Mateus, um vaqueiro simples do interior da


Ilha, que, ao ver o boi de estimação morto, busca um médico e um curandeiro
para ressuscitá-lo. Ao fim, o boi volta à vida e todos comemoram com cantorias
e danças. Durante o espetáculo, várias personagens aparecem, dentre elas, a Ber-
núnça, a Cabra e a Maricota.

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Assista aos vídeos da dança Boi de Mamão:

DANÇAS DO PARANÁ

A população paranaense, além daquela, tradicionalmente, constituída a partir


do processo colonizador dos séculos XVI ao XIX, também, é formada por povos
de diferentes origens étnicas, que imigraram para o Brasil nos séculos XIX e XX,
trazendo os costumes e as características culturais, influenciando os costumes
tradicionais e a composição formal da nossa cultura.
Dentre os povos que marcam essa miscigenação, podemos destacar os po-
vos alemães, poloneses, ucranianos, italianos, holandeses, espanhóis e árabes,
sem deixar de mencionar os colonizadores portugueses e os povos indígenas, os
quais, aqui, já viviam. Essa diversidade étnica se expressa de diferentes formas
na cultura do Paraná, como no Fandango Litorâneo ou Fandango Caiçara, como
também é conhecido.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

O fandango é uma manifestação cultural popular legítima do Paraná, apesar


de encontrado, também, em outros estados do nosso país. É uma manifestação
artística e cultural ligada à agricultura, ao trabalho do campo (GARRET, 2009).
Também, é um conjunto de danças caracterizadas por marcações rítmicas que
são acompanhadas por violas, rabecas e pandeiros, com batidas de tamancos e
versos cantados (DCE, 2019).

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A P RO F UNDA NDO

Alguns historiadores e os próprios caiçaras, nome dado aos moradores da faixa litorânea
do Paraná, descendentes de indígenas, portugueses e escravos negros, chamados,
também, de fandangueiros, contam diferentes origens para o fandango, e, até mesmo,
a forma através da qual ele entrou no país (GARRET, 2009). O fandango tem origem na
Península Ibérica, mais precisamente, na Espanha, e chegou às terras paranaenses com
os portugueses, os quais, também, praticavam-no e o influenciaram, contudo essa é
uma versão, tradicionalmente, contada, e que não tem registros documentais.

Segundo Azevedo (1975), o fandango tem, no Paraná, uma vitalidade e uma pu-
reza raras, embora a tendência, nos nossos dias, seja para o total desaparecimento,
dentro de mais duas ou três gerações. Os que mantêm a tradição do fandango
vívida e pura são os velhos e os homens feitos. Os jovens da nova geração já não
querem dançá-lo, sentem-se envergonhados e preferem as danças modernas.
As danças típicas paranaenses são compostas por diferentes ritmos que fo-
ram influenciados pelas comunidades, principalmente do litoral e da serra. O
fandango é a principal marca ainda presente nas festas populares. A seguir, serão
apresentadas as principais danças folclóricas do Paraná.

Fandango paranaense

Trata-se de uma reunião de marcas – formas gestuais expressas por meio da


dança –, podendo ser batidas, valsadas ou mistas. Era dançado nos sítios por
ocasião do pixirão, quando os vizinhos se ajudavam nos trabalhos de roçada ou
de plantação. A expressão folgadeira é utilizada para as mulheres, e, folgador,
para os homens, haja vista que dançavam na folga de sábado para domingo.
“Atualmente, o fandango se encontra muito distinto das formas, originalmente,
delineadas, haja vista as mudanças culturais, políticas e religiosas que definem
outras necessidades do humano” (LARA, 2004, p. 6).

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A autora, ainda, destaca como a dança do fandango se divide em dois grupos: as


batidas e as valsadas, ou bailadas. As primeiras se caracterizam pelo sapateado
forte, barulhento, batido a tamanco ou sapato, caracteristicamente, feitas pelos
homens que abafam quase que, completamente, a música do conjunto. Esse bater
do tamanco se chama, em alguns lugares, de rufar. Nas segundas, não há sapa-
teado. É uma espécie de valsa lenta, em que cada dançarino baila, em geral, com
o mesmo par, mais se arrastando do que dançando.

Figura 7 – Fandango Paranaense / Fonte: GRUPO FANDANGUARÁ (2022, on-line)

As marcas valsadas são intercaladas entre as batidas, para descanso dos baila-
rinos, intercalando-se, geralmente, uma valsada depois de duas ou três batidas.
Os fandangos são dançados sempre em recinto fechado, isto é, dentro de casa, e
onde o chão seja de madeira, de modo que haja a devida ressonância do batido.

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Conheça um pouco mais do Fandango a seguir:

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NOVOS DESAFIOS
As danças folclóricas, durante a evolução da humanidade, surgiram, inicialmente,
como elemento integrante de rituais religiosos, guerreiros e fúnebres dos povos
primitivos, porém, também, eram manifestações coletivas, com os dançadores
organizados em círculo, fazendo, todos, simultaneamente, os mesmos movimen-
tos, às vezes, com a presença de um solista no centro.
Dança típica da Península Ibérica, com registros desde o período Barroco, o
fandango é uma dança muito famosa no Sul do país. No estado de Santa Catarina,
há muitas comunidades tradicionais e emigradas, caracterizando uma grande
diversidade e o hibridismo cultural.
As festas e as manifestações populares têm, na dança, grandes formas das
expressões artística, cultural e religiosa. O fandango é uma manifestação cultu-
ral popular legítima do Paraná, apesar de ser encontrado, também, em outros
estados do nosso país.

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TEMA DE APRENDIZAGEM 5

DANÇAS FLOLCÓRICAS DO BRASIL:


BRASIL CENTRAL
PROFª KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Entender como as danças folclóricas surgiram, inicialmente, como ele-


mento integrante de rituais religiosos, guerreiros e fúnebres dos povos
primitivos, porém, também, eram manifestações coletivas

Vamos aprender sobre a dança típica da Península Ibérica, com registros


desde o período Barroco, em que o fandango é uma dança muito famosa
no Sul do país.

Veremos também no estado de Santa Catarina, onde há muitas comuni-


dades tradicionais e emigradas, caracterizando uma grande diversidade e o
hibridismo cultural. As festas e as manifestações populares têm, na dança,
grandes formas das expressões artística, cultural e religiosa.

Observar como o fandango é uma manifestação cultural popular legítima do


Paraná, apesar de ser encontrado, também, em outros estados do nosso país.

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INICIE SUA JORNADA


Conforme Frade (1979), as danças folclóricas possuem aspectos que permitem
diversificar as formas de sistematização:

QUANTO AO SEXO DOS PARTICIPANTES:

as danças folclóricas, geralmente, englobam ambos os sexos, formando pares


ou coletivos, mas há, também, as danças desenvolvidas apenas por homens e
apenas por mulheres.

QUANTO AO PERÍODO DE CELEBRAÇÃO:

existem manifestações que ocorrem somente em um determinado calendário


religioso oficial, apresentando-se, assim, em determinado período. Há, também,
aquelas que são realizadas no decorrer de um calendário popular, e, finalmente,
as que possuem grande flexibilidade e podem ser realizadas em diferentes cele-
brações, não seguindo um calendário predeterminado.

QUANTO AO ESPAÇO DE REALIZAÇÃO:

as danças podem acontecer no interior de uma casa, na sala, mais propria-


mente dita, e exigem uma estrutura mais requintada, na qual são realizadas as
danças de salão. Podem acontecer, também, no terreiro, o qual oferece mais
liberdade nas determinações coreográficas, improvisações e gestos individuais,
onde se organizam em roda, com ou sem destaque. A formação de pares não é
obrigatória.

QUANTO À ÁREA GEOGRÁFICA:

no Brasil, há muitas danças populares localizadas, porém, também, podem ser


consideradas regionais, pois cada uma delas representa as tradições e os cos-
tumes de povos, culturalmente, diferentes.

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QUANTO À INDUMENTÁRIA:

há as danças que exigem caracterização específica, determinada pelos compo-


nentes culturais e pelo poder aquisitivo dos participantes. Há danças que não ex-
igem nenhuma caracterização. Nesse caso, as roupas usadas nas danças podem
ser aquelas presentes, cotidianamente, pelos dançadores.

Ressaltamos que o nosso estudo apresenta as danças folclóricas, identificando


um estado da nação, mas isso não quer dizer que essa manifestação só aconteça
nesse estado, muito pelo contrário, as danças folclóricas acontecem, muitas vezes,
como manifestações simultâneas em todo o nosso país e, até mesmo, no exterior.

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

DANÇAS DE SÃO PAULO

De acordo com Felícitas (apud BREGOLATO, 2006, p. 93), “o folclore brasilei-


ro é rico devido à grande variedade dos povos que trouxeram as tradições dos
países de origem, como africanos, portugueses, espanhóis, holandeses, italianos
e alemães, que vieram, aqui, caldear-se com os índios”. Dessa forma, o estado
de São Paulo é referência, devido a povos de diferentes origens se mesclarem,
considerando a história desse estado.

Influência, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Historicamente, as expressões culturais mais tradicionais do Estado de São Paulo


possuem origem em três matrizes socioculturais: a indígena, a portuguesa e a africana.
Dos portugueses, herdamos os costumes e as folias, com características mais
religiosas. Como exemplo, podemos citar as danças executadas nas celebrações
de festas juninas e de festas do Divino Espírito Santo.

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A herança da cultura africana é um traço muito forte nas danças consideradas


típicas em terras paulistas. Muitas dessas manifestações populares são acom-
panhadas por músicas e cantorias ritmadas pelo batuque, termo genérico que
designa as danças e as coreografias apoiadas por instrumental de percussão.
Com relação à cultura indígena, a presença é mais discreta. Há indícios dessa
influência em algumas danças e em folguedos, como o catira e o cururu. Alguns
historiadores consideram essas práticas como adaptações de danças nativas, de-
rivadas das práticas culturais ainda do tempo em que os jesuítas realizavam o
trabalho de catequese dos povos indígenas.

Fandango paulista

Em São Paulo, há duas modalidades de fandango: o do interior e o do litoral. O


primeiro revela influências do tropeiro paulista. Dançam somente homens, em
número par. Vestem-se com roupas comuns, chapéus, lenço no pescoço, botas
com chilenas de duas rosetas, sem os dentes. Essas chilenas, batidas no chão,
funcionam como instrumento de percussão no acompanhamento das “marcas”,
como quebra-chifre. Pega na bota, vira corpo, pula sela, mandadinho, dentre
outras. A música é a moda de viola comum.

Figura 1 – Fandango do interior / Fonte: VISITE O BRASIL (2022a, on-line)

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UNIDADE 3

O palmeado e o castanho-
lar de dedos estão pre-
sentes no início e entre
as “marcas”. O segundo,
fandango do litoral, com-
preende uma série de dan-
ças de pares mistos, como
dão-dão, dão-dãozinho,
graciana, tiraninha, rica
senhora, pica-pau, morro-
-seco, chimarrita, queru-
mana, enfiado, manjericão
etc. Cada “marca” apresen-
ta coreografia própria, e
são, particulares, a linha
melódica e o texto poético.

Figura 2 – Fandango do Litoral


Fonte: 3BP (2022, on-line)

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Conheça um pouco mais do Fandango Caiçara em

CATIRA OU CATERETÊ

Dança ritmada pelo sapateado e pela batida de mãos dos participantes. A ori-
gem é ameríndia e muito incerta. Derivada do antigo fandango português,
alguns historiadores afirmam que foi adaptada, pelos jesuítas, para ajudarem no
processo da catequese dos indígenas, ainda no século XVI. Aos poucos, a catira

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se tornou uma manifestação, genuinamente, brasileira, devido às influências de


diversas culturas.

Figura 3 – Catira ou Cateretê / Fonte: TODA MATERIA (2022, on-line)

A catira é executada em duas fileiras, uma de homens e outra de mulheres, que se


defrontam para apresentar cantos, sapateados, palmas, execução de saltos e forma-
ção de círculos. Os violeiros são os únicos que cantam e interagem com a coreo-
grafia dos dançarinos. No formato tradicional, conta, apenas, com a participação
masculina. Atualmente, muitos grupos são compostos por homens e mulheres.

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Assista a uma dança Catira e conheça mais a cultura em

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UNIDADE 3

DANÇAS DO RIO DE JANEIRO

O folclore do Rio de Janeiro tem muita influência indígena, religiosa e africana.


As tradições da cultura carioca contam com mitos, lendas, danças e manifesta-
ções populares. Outra manifestação folclórica muito famosa e de extrema beleza,
no Rio de Janeiro, é o carnaval, com os desfiles super criativos e luxuosos e as
escolas de samba de grande tradição. No Rio, o povo do interior, também, pre-
serva os hábitos das quadrilhas e das festividades religiosas que acontecem na
semana santa e no Natal.

Influência, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Ciranda é, especialmente, querida na Ilha de Itamaracá, onde teria surgido, se-


gundo alguns historiadores, que alegam ter sido inspirada nos movimentos das
ondas do mar. Contudo, a origem não é consenso e alguns pesquisadores a apon-
tam como uma dança vinda de Portugal.
O nome, possivelmente, veio do vocábulo espanhol “zaranda” (um instru-
mento usado para peneirar farinha). O folclore carioca, também, é muito pre-
servado na cidade histórica de Paraty. Por lá, as cirandas populares acontecem
nas vilas dos pescadores e contam com as danças flor do mar, chiba cateretê e
caranguejo. Outra manifestação folclórica do Rio de Janeiro é a dança do jongo
caxambú, uma tradição de origem negra, praticada nos terreiros.
Sobre as vestimentas típicas temos o carioca de camiseta listrada e calça bran-
ca, sem faltar o famoso chapeuzinho de malandro, permeiam nosso imaginário,
mas não é só o samba e o carnaval que fazem o folclore do Rio de Janeiro. A seguir,
serão apresentadas as principais danças folclóricas do Rio de Janeiro.

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Ciranda

No Rio de Janeiro, o termo ciranda pode significar uma dança específica ou


uma série de danças de salão, que obedecem a um esquema: Abertura, Miu-
dezas e Encerramento.
No início, os participantes eram, em sua maioria, trabalhadores rurais, pes-
cadores, operários, dentre outros, e ela foi associada às camadas populares. Nas
cirandas, todos são aceitos, independentemente de cor, sexo, posição econômica
ou qualquer outra coisa. Não há, também, limite de participantes, podendo sair
e entrar qualquer um que queira participar da roda.

Figura 4: Ciranda / Fonte: RAZÕES PARA ACREDITAR (2022, on-line)

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UNIDADE 3

A Ciranda-baile, também denominada de Chiba, tem, na Chiba-cateretê, a que


faz a abertura da série; as miudezas são um conjunto de variadas danças com
nomes e coreografi as diversos, como Cana-verde de mão, Cana-verde valsada,
Caranguejo, Arara, Flor-do-mar, Canoa, Limão, Chapéu, Choradinha, Mariquita,
Ciranda, Namorador e Zombador. O Encerramento é feito com a Tonta, também
chamada de Barra-do-dia.
Figura 5 – Ciranda Baile.
Fonte: CIDADE DAS ARTES (2022,
on-line)

O acompanhamento mu-
sical é feito por viola, vio-
lão, cavaquinho e adufes.
As músicas são na forma
de solo-coro, tiradas,
pelo mestre, em quadras
tradicionais e circunstan-
ciais, respondidas pelas
vozes dos dançadores.

DANÇAS DE MINAS GERAIS

A diversidade cultural de Minas Gerais é uma das riquezas e um dos patrimônios


mais importantes do Brasil. Se delimitarmos apenas a produção cultural dos 853
municípios, chegaremos a uma infinidade de elementos, muitas vezes, desconhe-
cidos pelos moradores locais e pelos habitantes dos outros estados.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

As manifestações folclóricas, em Minas, têm origens nas tradições, nos usos


e nos costumes dos colonizadores portugueses, com forte influência das cul-
turas indígena e africana. Essas influências estão presentes no artesanato, na
culinária, nas danças típicas, nas músicas, na literatura, e no folclore, com as
manifestações populares.

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O mineiro, adorador de café e boa comida tem suas raízes nas atividades agrícolas
e mineradoras, assim, como em muitos estados do Brasil, tem as vestes baseadas
em seus trabalhos, como chapéus de palha que os protegia das intempéries. A
seguir, serão apresentadas as principais danças folclóricas de Minas Gerais.

Catira ou cateretê

Executada por homens, organizados em duas fileiras opostas. Na extremidade


de uma delas, fica o violeiro, que tem, na frente dele, o “segunda”, isto é, outro
violeiro ou cantador que o acompanha na cantoria. O início é dado pelo violeiro
que toca o “rasqueado”, para os dançadores fazerem a “escova” – batepé, bate-mão,
pulos. Prossegue-se com os cantadores iniciando uma moda de viola. Os músicos
interrompem a cantoria e repetem o rasqueado. Os dançadores reproduzem o ba-
te-pé, o bate-mão e os pulos. Vão alternando a moda e as batidas de pé e de mão.
Acabada a moda, os catireiros fazem uma roda e giram batendo os pés al-
ternados com as mãos: é a figuração da “serra acima”. Realizam a meia-volta e
repetem o sapateiro e as palmas para a “serra abaixo”, terminando com os dan-
çadores nos lugares iniciais.
O catira encerra com recortado: as fileiras trocam de lugar, fazem meia-volta
e retornam ao ponto inicial. Nesse momento, todos cantam o “levante”, que varia
de grupo para grupo. No encerramento do recortado, os catireiros repetem as
batidas dos pés, das mãos e os pulos.

Figura 6 – Catira / Fonte: TODA MATÉRIA (2022, on-line)

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Acerca da dança Catira, acesse

Caxambu

Dança de terreiro executada por homens e mulheres postos em roda, sem preo-
cupação de formar pares. No centro, fica o solista, “puxando” os cantos e impro-
visando movimentos constituídos de saltos, volteios, passos miúdos e balanceios.
Os instrumentos acompanhantes são dois tambores, feitos de tronco de árvore,
cavados a fogo e recobertos com couro de boi. São denominados de Tambu ou
Caxambu e de Candongueiro.

Figura 7 – Caxambu / Fonte: PALMARES (2022, on-line)

As músicas, denominadas de “pontos”, são tiradas pelo dançador-solista e res-


pondidas pelo coro dos participantes. O canto inicia com pedidos de licença aos
velhos caxambuzeiros desaparecidos, e, depois, mesclam-se de simbolismo e de
enigmas intrincados.

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Conheça mais o Jongo em:

DANÇAS DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo possui uma grande diversidade cultural. A rica combinação é


uma mistura dos costumes e das tradições indígenas, africanas e dos diversos
imigrantes (italianos, alemães, pomeranos, libaneses etc.) que fixaram residência
no Estado. As manifestações culturais são singulares e podem ser observadas
através das danças, das festas, do artesanato e dos costumes de cada município.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Elementos da cultura africana estão ao lado de crenças do catolicismo popular


e de concepções oriundas dos complexos movimentos de miscigenação e de
sincretismo para moldar a cultura brasileira em séculos de escravidão.
A união das culturas dos diversos povos que passaram pelo estado, uma vez
que europeus, africanos, índios, portugueses, alemães e vários outros povos se
uniram em um mesmo local, com a miscigenação, deu origem a novas tradições.
Os costumes e as tradições do povo europeu estão presentes nas montanhas do
interior do Espírito Santo, nas danças italianas, pomeranas, alemãs, holandesas
e polonesas que resistem ao tempo, transmitidas de geração em geração e reno-
vadas sempre. Elas foram incorporadas à cultura popular capixaba.
No Espírito Santo, bem como em toda região sudeste, as pessoas se vestem
com roupas mais leves em cidades litorâneas, ou seja, são influenciadas pelo cli-
ma e pelo aspecto econômico. A seguir, serão apresentadas as principais danças
folclóricas do Espírito Santo.

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Dança do tamanduá

Homens e mulheres se organizam em roda. Um solista, ao centro, vai executando


movimentos determinados pela letra da cantoria: pondo a mão na cabeça ou na
cintura, batendo com o pé no chão, pulando para lá e para cá, mexendo com as
cadeiras etc. As músicas são na forma de solo-coro, o que permite a improvisação
nas ordens musicais cantadas pelo puxador.
Figura 8 – Dança do Tamanduá
Fonte: MENELEU (2022, on-line)

Batuque

Dança de terreiro com


dançadores de ambos
os sexos, organizados
em duas fileiras, uma
de homens e outra de
mulheres. A coreografia
apresenta passos com
nomes específicos: “vi-
sagens” ou “micagens”,
“peão parado” ou “cor-
rupio”, “garranchê”, “vênia”, “leva-e-traz” ou “cã-cã”. É executada com os pares
soltos que, saindo das fileiras, circulam livremente pelo terreiro. O elemento
essencial, em toda a coreografia, é a umbigada, chamada de “batida”: os dan-
çadores dão passos laterais arrastados, depois, levantam os braços, e, batendo
palmas acima da cabeça, inclinam o tronco para trás e dão uma vigorosa batida
com os ventres.

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Os instrumentos musicais são todos de percussão: tambu, quinjengue, matraca


e guaiá, ou chocalho. O Batuque de Umbigada remonta a tradições oriundas
de uma ancestralidade africana. No solo da mãe África, encontramos as raí-
zes remotas dessa dança ritual, a cultuar a fecundidade. Preservado por grupos
afrodescendentes, o Batuque de Umbigada é, também, fruto de um rico e belo
processo de sincretismo cultural a aglutinar múltiplas contribuições.

Figura 9 – Batuque de Umbigada / Fonte: ORIGINAL ON-LINE (2022, on-line)

A tradição do Batuque de Umbigada se descortina como uma autêntica manifes-


tação cultural, com a cadência rítmica caracterizada pelo som do tambú – instru-
mento musical, liturgicamente moldado em fogueira, a partir de um toco oco de
árvore com significado místico –, com a dança embalada por um vai e vem com
conotação espiritual – o ventre feminino encontra o masculino, na essencialidade
da pessoa, compondo a umbigada – e com a contundência das letras, poemas,
modas a entoarem densas representações existenciais.
Em uma roda de Batuque de Umbigada, expressivos elementos simbólicos
são projetados em uma polissemia de metáforas vivas. Com profundidade rara,
cada moda se compõe como um tecer de memórias, de percepções da existência,
de narrativas do cotidiano, de práticas religiosas sincréticas, de afirmação de
identidade, de recontar vicissitudes históricas, de veementes gritos de denúncia,
de resistência e de liberdade.

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Conheça a dança Batuque Paulista em:

Congo

Congo Capixaba é um gênero musical nascido no Espírito Santo. Carregando a ba-


gagem afrodescendente, os principais instrumentos para produzir o som vêm dos
tambores de congo, cuíca e reco-reco. As batidas animadas trazem tradições que, pou-
co a pouco, são esquecidas pela população, mas que sobrevivem através da música.
Figura 10 – Congo Capixaba
Fonte: REVISTA CLASS
(2022, on-line)

Congo Capixaba nasceu,


exclusivamente, dos ne-
gros escravos, que foram
levados para trabalhar
nos engenhos. Enquanto
viviam longe do país na-
tal, a cultura se mantinha
viva através das tradições
que, aqui, cultivavam. Es-
sas tradições ganharam
influências de outros
povos que, aqui, viviam,
tornando o congo um gê-
nero musical único, e patrimônio cultural do Espírito Santo.
As Bandas de Congo têm o ritmo marcado por tambores e pela casaca. A ca-
saca é o instrumento típico das Bandas de Congo do Espírito Santo. Os tambores
marcam o ritmo forte. Quando parados, os congueiros se sentam nos tambores
e formam um círculo; quando em movimento, os tambores são dependurados
por alças, apoiados nos ombros.

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Ticumbi

O Ticumbi é um folguedo existente no norte do Espírito Santo há mais de 200


anos. A cada ano, os grupos elegem um tema, representado nos cânticos, baila-
dos e evoluções. Os passos da brincadeira são coreografados. A dramatização do
auto é simples: o “Reis de Congo” e o “Reis de Bamba”, duas majestades negras,
querem fazer, separadamente, a festa de São Benedito. Há embaixadas de parte a
parte, com desafios atrevidos declamados pelos “Secretários”, que desempenham
o papel de embaixadores. Por não ser possível qualquer acordo ou conciliação,
trava-se a guerra – agitada luta bailada entre os dois rivais.

Figura 11 – Folguedo Tibumbi / Fonte: VISITE O BRASIL (2022b, on-line)

Como é tradição, o “Rei de Congo” se consagra vencedor, submetendo o “Rei de


Bamba” e os vassalos ao batismo. O auto termina com a festa em homenagem a
São Benedito, quando, então, os componentes cantam e dançam o Ticumbi. Os
integrantes usam longas batas brancas e rendadas, com traspasse de fitas colo-
ridas e calças compridas brancas com friso lateral vermelho. A cabeça é coberta

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por um lenço branco, um vistoso capacete enfeitado de flores de papel de seda


e fitas longas de várias cores. Os reis estão cobertos de coroas de papelão, ri-
camente ornamentadas com papel dourado ou prateado, peitoral vistoso com
espelhinhos e flores de papel brilhante, capa cumprida, e, na mão, ou na cinta,
uma longa espada. O ritmo das encenações é regido por pandeiros e chocalhos
de lata, chamados de “ganzás” ou “canzás”. A viola dá o tom no momento que os
guerreiros cantam.
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Acerca do Ticumbi, acesse

DANÇAS DO MATO GROSSO E DO MATO GROSSO DO SUL

Os estados, antes um só, mas, atualmente, separados, são divididos em três re-
giões: Bolsão, Pantanal e de Fronteira. O Bolsão tem as bases culturais influen-
ciadas pelos paulistas, mineiros e goianos, já o Pantanal tem as características da
cultura pantaneira, e a Fronteira tem forte influência da paraguaia.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

O folclore, no Estado, sofreu influências de costumes dos estados vizinhos, comu-


nidades indígenas e dos países de fronteira, Paraguai e Bolívia, que se fundiram,
criando a cultura de características tradicionais de MS.
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul possuem um conjunto muito rico de com-
binações rítmicas que resultou no rasqueado, siriri, cururu e outros ritmos. Os
instrumentos principais que dão ritmo às músicas e danças são a viola de cocho,
ganzá e mocho. A seguir, serão apresentadas as principais danças folclóricas do
Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

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Maneiro-pau/Mineiro-pau

Dança executada por homens, adultos e crianças, cada um levando um ou dois


bastões de madeira. Surgido na época do cangaço, o “maneiro pau” é originário
da região do Cariri. A dança representa o ataque e a defesa da tropa mobiliza-
da pelo senhor de engenho. O cabra dos engenhos, como era, popularmente,
chamado, era uma espécie de guarda-costas, hábil no manejo de cacetes ou de
facões. Todos dançam em roda, com os bastões que portam, batem-nos, for-
temente, no chão, de forma ritmada. De quando em vez, enquanto uns batem
os cacetes no chão, outros os usam para duelar entre si, fazendo-o cadencia-
damente (SARAIVA; ANDRADE, 2021).

Figura 12 – Maneiro de Pau Fonte: 3BP (2022, on-line)

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Conheça mais a respeito da dança Mineiro-Pau em:

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Siriri

O siriri é uma das danças mais populares do folclore mato-grossense. Praticado


na cidade e na zona rural, tem presença indispensável em festas, batizados, ca-
samentos e festejos religiosos. É uma dança que lembra celebrações indígenas.
A música é simples, falando de coisas da vida, desde o nascimento, família e
presença de amigos. Os tocadores são, também, os cantadores, e quem dança, ainda,
faz o coro. As vozes são estridentes, entoam tristeza e nostalgia nas melodias tristes,
e alegria e descontração nas canções de festejo. Torna-se irresistível para quem vê,
logo, quer entrar na dança, a qual transmite respeito à vida e culto à amizade.

Figura 13 – Dança do Siriri / Fonte: VISITE O BRASIL (2022c, on-line)

Dança de pares soltos que se organizam em duas fileiras, uma de homens e outra
de mulheres. No meio delas, ficam os músicos. O início é dado com os homens
cantando o “baixão”, acompanhados das palmas dos demais participantes. A se-
guir, um cantador “joga” uma quadra, repetida por todos.
Neste momento, um cavalheiro sai da fileira dele e se dirige à dama que lhe fica à
frente, fazendo-lhe reverência e voltando ao lugar inicial. A dama o acompanha até

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o meio do caminho, quando, então, dirige-se a outro cavalheiro, e retorna, também,


ao lugar inicial. Esse cavalheiro repete a movimentação do primeiro, e a dança,
assim, prossegue, até que todos os participantes tenham feito esse solo. Os passos
não têm marcação rígida, isto é, são individualizados. O acompanhamento musi-
cal pode ser apenas rítmico, executado em tambor e reco-reco; às vezes, apresenta
instrumentos melódicos, como a sanfona e a viola de cocho.

Cururu

Cururu é um canto primordial do folclore mato-grossense. A cantoria do curu-


ru se classifica em sacra e profana. A sacra, também chamada de função, ou de
porfia, tem função religiosa, e foi criada por fiéis. Geralmente, acontece após as
orações aos santos de devoção popular, na casa de amigos ou na comunidade
da igreja, e tem o objetivo de louvar ou homenagear aquele determinado santo.

Figura 14 – Dança do Cururu / Fonte: VISITE O BRASIL (2022d, on-line)

A profana é aquela acompanhada pelos desafios e pelos versos dos trovadores,


por trovas de amor, declarações e desabafos ou desafio a alguém que roubou
uma mulher amada, com uma variada coreografia, totalmente masculina. Os

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cururueiros fazem roda, caminhando no sentido horário. Iniciam a dança com


o passo simples de pé esquerdo, pé direito e vice-versa. “Fazem frô”, floreiam à
vontade, que é o movimento de se ajoelhar até dar rodopios completos, ou seja,
embelezar a dança. Os instrumentos da cantoria são viola-de-cocho e um ganzá,
ou cracachá.

DANÇAS DE GOIÁS

A dança chama atenção de qualquer forma que se expresse, e, com a cultura goia-
na, não é diferente. Uma dança que recebe uma posição de destaque é a catira,
com o ritmo e a sincronia dos dançarinos que batem as mãos e os pés, seguindo
uma coreografia, a qual serve como forma de entretenimento, já que leva alegria
para as reuniões populares.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

No século XVIII, os proprietários de terra promoviam, a cada término da colhei-


ta, uma grande festa, tendo, como ponto alto, uma dança de origem portuguesa,
absorvida e adaptada pelos escravos. A expressão da dança revela movimentos
de ataque e de defesa, e os dançarinos utilizam bastões de madeira rija e verde.
É apresentada em sete atos: toque do tam-tam, troca-lugar, cerradinho, perna
sobre bastão, bastão sobre a cabeça, e saída com uma roda. Os compassos e o
ritmo têm acentuada influência afro.
A indumentária que caracteriza o traje típico de Goiás é baseada no peão,
ou seja, os trabalhadores do campo que comumente usam calça mais folgada e
camisa xadrez, botinas, cinturão com uma bela faca ou facão na bainha. As mu-
lheres, também companheiras de lida, usam vestidos rodados feitos de tecidos
chita colorida, assim os trajes típicos se originaram. A seguir, serão apresentadas
as principais danças folclóricas de Goiás.

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Catira de Goiás

Dança executada por homens que sapateiam, rodopiam e palmeiam um ritmo


sincopado, intercalando com moda de viola, apresentada por dois violeiros. O
chamado “embaixador” tem que conhecer a história e os fundamentos para orien-
tar as sequências dos versos da Companhia. Cantar uma segunda voz também
supõe um conhecimento profundo da melodia.

Figura 15 – Catira Em Goiás / Fonte: DIÁRIO DE GOIAS (2015, on-line)

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Assista ao vídeo a seguir, que apresentará um show da Catira:

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Tambor

Executado com um solista no centro de um círculo formado pelos dançadores. O


ritmo é marcado por tambores e o canto é coletivo. A coreografia, desenvolvida
pelo solista, distingue partes que recebem denominações específicas: “Jiquitaia”,
“Serrador”, “Negro-velho”. A troca de solistas, no centro da roda, processa-se
através da umbigada.

Vilão

Dança de conjunto, cujos participantes se subdividem pela função: Batedores,


Balizadores, Músicos, Regente e Chefe do grupo. Organizados em semicírculo,
os batedores, trazendo longos bastões de madeira, dão batidas nos bastões do
parceiro, ao ritmo da marcação do apito do regente e da execução musical da
banda. Há uma série de movimentos, a qual compreende giros de corpo, volteios
dos bastões, troca de lugares, encerrando com uma sequência de sete outros ges-
tos rapidíssimos, chamados de “Cerradinhos”, que constam de batidas realizadas
com os batedores agachados.

DANÇAS DE TOCANTINS

A herança negra está em todos os lugares, em palavras, na arquitetura, na comida,


em festas no Estado do Tocantins. Com emancipação política desde cinco de
outubro de 1988, Tocantins conta com mais de três séculos de povoamento e de
consolidação de traços culturais do povo.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Os congos, ou congadas, são ligados à memória africana. Originaram-se durante


o período colonial e são representações da coroação de reis do Congo, embaixa-
das, bailados guerreiros, rememorando costumes e fatos da vida social ligados
à cristianização do reino do Congo no final do século XV. Cantos, danças e ins-
trumentos de percussão compõem o conjunto dessa expressão, e só os homens
participam, em homenagem a um rei e a uma rainha.

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Tocantins é um estado em que muitas influências chegaram. Por ser relativa-


mente novo, as tradições e cultura são muito semelhantes a dos estados vizinhos
geograficamente, assim, o estilo Country predomina. A seguir, serão apresenta-
das as principais danças folclóricas de Tocantins.

Congo ou congada

De origem africana, mas com influência ibérica, o congo já era conhecido, em


Lisboa, entre 1840 e 1850. É popular no Nordeste e no Norte do Brasil, durante o
Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. A congada é
a representação da coroação do rei e da rainha eleitos pelos escravos e da chegada
da embaixada, que motiva a luta entre os partidos do rei e do embaixador. Vence
o rei, perdoa-se o embaixador. Termina com o batizado dos infiéis.

Figura 16: Congada / Fonte: TOCANTINS (2019, on-line)

Os motivos dramáticos da dança do congo se baseiam na história da rainha Ginga


Bandi, que governou Angola no século XVII. Ela decidiu, certa vez, enviar uma
representação atrevida ao rei D. Henrique, de Portugal. O filho, o heroico príncipe
Suena, foi morto durante essa investida. O quimboto (feiticeiro) o ressuscitou.

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Conheça mais sobre a congada em https:

Sússia

Também conhecida como Súcia, ou Suça, a Sússia, provavelmente, de origem


escravagista, é caracterizada por músicas agitadas ao som de tambores e de cuí-
cas. Uma espécie de bailado em que homens e mulheres dançam em círculos.
A Sússia, na Folia do Divino, em Monte do Carmo, é dançada ao som da viola,
do pandeiro e da caixa. Também, é tida ao som do tambor em outras manifesta-
ções populares, como em Natividade. A jiquitaia é um passo da dança da Sússia.
Dança-se a jiquitaia na Sússia.
É marcada pelo ritmo dos tambores e das cuícas, conduz homens e mulheres
a uma espécie de bailado, e giram em círculos. São características que levam a
crer que essa dança folclórica tenha origem no período da escravidão.

Figura 16 – Sússia / Fonte: VISITE O BRASIL (2022e, on-line)

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A Sússia está presente em todas as regiões do Estado (nas cidades de Paranã, Santa
Rosa do Tocantins, Monte do Carmo, Natividade, Conceição do Tocantins, Peixe
e Tocantinópolis), predominando nas cidades do Sul e do Sudeste, regiões nas
quais a influência negra é mais marcante.

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Conheça mais acerca da história da Sússia no estado do Tocantins


em:

A Sússia está presente em todas as regiões do Estado (nas cidades de Paranã, Santa
Rosa do Tocantins, Monte do Carmo, Natividade, Conceição do Tocantins, Peixe
e Tocantinópolis), predominando nas cidades do Sul e do Sudeste, regiões nas
quais a influência negra é mais marcante.

NOVOS DESAFIOS
O folclore brasileiro é rico devido à grande variedade dos povos que trouxe-
ram as tradições dos países de origem, como africanos, portugueses, espanhóis,
holandeses, italianos e alemães, que vieram, aqui, caldear-se com os índios. As
danças folclóricas possuem aspectos que permitem diversificar as formas de siste-
matização quanto ao sexo dos participantes, ao período de celebração, ao espaço
de realização, à área geográfica e à indumentária. A herança cultural dos povos
miscigenou e deu origem à riqueza do folclore brasileiro.

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UNIDADE 4

TEMA DE APRENDIZAGEM 6

DANÇAS FOLCLÓRICAS DO BRASIL:


NORTE E NORDESTE
PROFª KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Conhecer o folclore do norte e do nordeste brasileiro, rico e diversificado,


reunindo elementos da cultura indígena, africana e europeia;

Conhecer Bumba meu boi, uma das danças mais tradicionais manifestada
em muitos estados;

Explorar o frevo, sendo ele uma dança típica do carnaval pernambucano


surgida no século XIX.

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INICIE SUA JORNADA


Considerando, as danças folclóricas como manifestações dos costumes e as cren-
ças dos povos de cada região de um determinado país e, que se diferenciam por
suas histórias e cultura, ao longo tempo, percebeu-se o surgimento de uma certa
organização e sistematização. Com isso, eram atribuídos a elas diferentes signifi-
cados que poderiam expressar a vida cotidiana dessas civilizações.
Conforme Frade (1997), as dança dos aldeões e dos camponeses era uma
dança folclórica de origem europeia, praticada como modo de diversão. Surge
numa era pré-industrial em que os trabalhadores viviam cotidianamente num
intenso trabalho corporal em que todos os encargos da matéria-prima eram
postos em função deles. Faziam o uso da dança para festejar sua independência
trabalhadora e familiar.
Já a dança religiosa acontece num momento histórico, em que a igreja possui
forte influência sobre os povos. Acreditavam que todo o bem humano estava na
alma, portanto o corpo não deveria se entregar aos prazeres da carne, pois essas
atitudes atrairiam o mal e o corpo, dessa forma, deveria ser punido e ignorado.
Atualmente, com exceção de algumas religiões, a dança é vista como algo a
ser abençoado, por estar voltada ao amor e a felicidade. Por fim, temos também a
dança convulsiva que era praticada pelos escravos como uma forma de expressão
das necessidades e sofrimento as que estavam submetidos naquela época, como
fome, guerra e doenças. No Brasil, a dança convulsiva se originou em meio às
comunidades indígenas em rituais místicos, e mais tarde os negros aderiram essa
prática nas macumbas e candomblés.
Você já teve contato com algumas dessas danças e seus significados? Abor-
daremos as danças folclóricas do norte e do nordeste do nosso país, ressaltamos
que nesses estados a diversidade é muito característica e, por vezes, as danças
folclóricas são manifestadas de forma semelhante em mais de um estado.

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UNIDADE 4

DESENVOLVA SEU POTENCIAL

DANÇAS DA BAHIA

O folclore da Bahia é a representação cultural dos costumes e das tradições das


regiões recheadas de diversos elementos culturais do povo baiano. Cada região
do estado contribui significativamente, estando presente em hábitos, ritmos, ves-
timentas e até na culinária para construir o folclore baiano.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

O baião (baiano) é uma dança cantada. Criação nordestina, resultante da fusão


da dança africana com as danças dos nossos indígenas e a dos portugueses co-
lonizadores, refletindo na sua composição o caldeamento dessas três raças. O
baiano ou chorado é uma expressão cultural, típica do Nordeste no século XIX.
É uma espécie de lundu que comporta, durante a dança, desafios dos cantadores
e costuma aparecer nas representações do bumba meu boi. A forte influência afri-
cana está presente em ritmos como maculelê, maracatu, samba de roda, reggae
e axé. Contudo, as danças tradicionais da Bahia também carregam elementos da
própria região Nordeste e indígenas, como no baião.
O baiano é tido como um povo alegre e muito místico. São diversas as festas
tradicionais que registram as crenças e os costumes ancestrais, pois muitas das
manifestações são de cunho religioso ou tiveram origem em práticas da fé católica
não apartada da fé africana. A seguir, serão apresentadas as principais danças
folclóricas da Bahia.

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O baião

O baião é dançado em pares. É formado dos seguintes passos: balanceios, passos


de calcanhar, passo de ajoelhar e rodopio.

Figura 1: Dança Do Baião / Fonte: 2BP (2022, on-line)

■ Indumentária: damas – vestido de chita ordinária com babados na saia,


amplo decote e mangas curtas, sandálias coloridas, cavalheiros – calça de
brim claro, camisa comum e sandálias de couro cru.
■ Instrumentos musicais: agogô, triângulo e sanfona.
■ Coreografia: os dançarinos e dançarinas se formam em círculos, sen-
tados ou em pé. Dançam aos pares no centro da roda. A dança consiste
em movimento do ventre e sapateado, e a umbigada constitui a principal
marcação do folguedo. A coreografia do Baião é individual e composta de
dança cantada. A dança é executada com balanceios lascivos, rodopios,
estalar de dedos e movimentos dos braços.

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UNIDADE 4

Passos mais conhecidos:

Balanceio: passo à frente com perna esquerda, flexionando-a ligeiramente sem


apoiar o pé; o mesmo procedimento com a perna direita, mudando o peso do
corpo para a perna que fica atrás e com o calcanhar para frente e a ponta dos
pés para cima. Em cada mudança faz um balanceio, ficando as pernas semiflex-
ionadas e o tronco acompanhando o movimento. Reinicia-se o passo levando
a perna de trás para frente. O cavalheiro executa esse passo segurando com a
mão direita o punho esquerdo atrás do corpo, à altura da cintura. A dama coloca
o braço esquerdo na perna e avança. A palma da mão para baixo. A outra mão se
apoia nos quadris. Olhar sempre à frente.

Passo de calcanhar: o calcanhar esquerdo apoiado obliquamente à frente; per-


na estendida; inclinando o tronco e a cabeça para a esquerda. Em seguida unir o
pé direito ao esquerdo, levantando o tronco e a cabeça. Depois apoiar o calcan-
har direito obliquamente à frente, unir o pé direito como foi dito, então, cruzar
as pernas, a perna esquerda atrás da direita levemente flexionada, apoiando o
pé pela ponta, inclinado o tronco e a cabeça para a direita. Um passo oblíquo
à frente, com o pé esquerdo, unindo a perna direita à esquerda e voltando à
posição normal.

Passo de ajoelhar: saltitando, caindo sobre a perna esquerda, flexionando e


apoiando o pé lateralmente. Aproximam-se os punhos como a comprimi-los
quando se unem os pés, e colocando-os obliquamente para frente, enquanto
a perna direita fica estendida obliquamente para trás. Os braços ficam sempre
levantados para frente. A seguir, sempre saltitando, coloca-se a perna direita em
diagonal à frente e a esquerda para trás, volvendo a perna direita junto com a
cabeça para o lado esquerdo. Ao mesmo tempo, ajoelha-se.

Rodopio: cruzando a perna direita na frente da esquerda, flexionando ao mesmo


tempo que movimenta a cabeça e tronco, cruzando os braços pendidos na
frente do corpo. Iniciar com um giro pela direita, elevando-se gradativamente o
tronco, a cabeça e os braços, que abrem em forma de arco oblíquo para cima,
enquanto as pernas se estendem. O giro é feito sobre o pé direito que se desloca,
movimentando-se no lugar sobre a ponta, enquanto o esquerdo na fase final se
coloca em afastamento lateral. Rodopio.

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Em seguida, levar a perna direita para junto da esquerda, apoiando-se na ponta


do pé e fazendo com ambas uma semiflexão seguida de extensão. Balanceio com
movimento dos quadris.
Trejeito com pequeno afastamento para frente apoiando o dorso das
mãos nos quadris, cotovelos ligeiramente para frente balançando-se
sobre as pernas e fazendo rotações com o corpo ora para a direita,
ora para a esquerda. Depois, um pequeno afastamento para frente,
flexionando lentamente as pernas com o cotovelo esquerdo na mão
direita (ALVARENGA, 1960, p. 157).

Maculelê

Bailado guerreiro desenvolvido por homens, dançadores e cantadores, todos


comandados por um mestre, denominado “macota”. Os participantes usam um
bastão de madeira com cerca de 60 centímetros de comprimento. Os bastões são
batidos uns nos outros, em ritmo firme e compassado. Essas pancadas presidem
toda a dança, funcionando como marcadoras do pulso musical. A banda que
anima o grupo é composta por atabaques, pandeiros, às vezes violas de doze
cordas. As cantigas são puxadas pelo “macota” e respondidas pelo coro.

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Conheça a dança Maculelê em:

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Figura 2 – Maculelê
Fonte: Shutterstock

É uma dança de origens


afro-brasileira e indígena
para comemorar a boa
fase de colheita. Sua ver-
dadeira origem é desco-
nhecida, por isso, várias
lendas tentam explicar
como e de onde vem o
ritmo. A maior parte de-
las faz parte da tradição
oral do Brasil Colônia e
foram sendo adaptadas
ao longo do tempo. De
modo geral, o maculelê é executado por homens que, sob o comando de um
mestre, o ‘macota’, respondem em coro usando atabaques, pandeiros e violas.

Samba

Conta o folclore que o samba se desenvolveu principalmente nos engenhos de


cana-de-açúcar do Recôncavo Baiano. Essa foi a região que recebeu a maior leva
dos escravos originários de Angola e que deu ao ritmo a forma conhecida hoje
como samba de roda. No período colonial, recebeu complemento de palmas,
viola, violão, triângulo, cuíca e pandeiro. O Samba de roda surgiu no século XIX,
associando dança, capoeira e o culto aos orixás. Variante do samba, o ritmo veio
para preservar a cultura dos escravos africanos e foi disseminado pelo Brasil.
Considerado raiz do samba no Brasil, o samba de roda é uma das mais impor-
tantes expressões brasileiras que surge na Bahia a partir da mistura de tradições
africanas com a cultura portuguesa. Os portugueses deixaram um rico legado
cultural, que é cultivado até hoje pelas gerações mais antigas, que fazem questão
de preservar a tradição herdada.

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Figura 3: Samba / Fonte: shutterstock

O samba-reggae ou samba-reggaeton

Essa música e dança nasceu na década de 80, também no carnaval, trazido pelo
maestro Neguinho do Samba, do bloco afro Olodum. Trata-se da fusão do samba
tradicional com o reggae jamaicano. Sua base é a percussão, substituindo cava-
quinho e instrumentos característicos da música latina por tambores, atabaques,
pandeiro, guitarra ou viola eletrônica.

Figura 4: Samba Reggae / Fonte: shuttestock

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Capoeira

A capoeira passou a fazer parte do folclore brasileiro por ter vindo como cultura
afro e é uma das mais famosas danças da Bahia. Essa modalidade é uma manifesta-
ção cultural de origem africana que mistura música e artes marciais em uma única
atividade. Até o século XIX, ela foi praticada como um ritual rudimentar. Entre-
tanto, anos depois, ela se tornou uma expressão da cultura da Bahia e do Brasil.

Figura 5: Capoeira / Fonte: Shutterstock

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Nessa manifestação de folclore na Bahia, grupos de lutadores que, entre golpes


de ataque e defesa, demonstram que além da arte, a cultura prevalece. Tudo leva
a crer que a capoeira, um misto de dança e luta, tenha sido criada e desenvolvida
no Brasil pelos escravos e seus descendentes, como meio de defesa, com base em
tradições africanas, pois as referências populares e de estudiosos sempre men-
cionam as capoeiras de Angola e Regional. Em seu desenvolvimento, a capoeira
tomou uma forma de revide, em resposta às ameaças e agressões físicas sofridas
pelos escravos. Como arma de combate, ela utiliza os braços, as pernas, as mãos,
os pés, a cabeça, os cotovelos, os joelhos e os ombros. Dos grupos de capoeira
participam lutadores, com golpes de ataque e defesa, e instrumentistas.
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Para conhecer mais sobre a capoeira acesse:

DANÇAS DE SERGIPE

O folclore sergipano é rico e diversificado, engloba elementos da cultura


indígena, africana e europeia. Dentre as muitas manifestações folclóricas,
destacam-se o Reisado, Parafusos, Guerreiros, Lambe-Sujos e Caboclinhos,
Cacumbi, Taieira, Samba de Parelha e São Gonçalo (MAYNARDI, 2017).
Anualmente, é realizado o Encontro Cultural de Laranjeiras, um evento que
reúne musicais, apresentações de grupos folclóricos, grupos de discussão e
exposições sobre o folclore no Estado (MAYNARDI, 2017).

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Sergipe guarda, em sua história e tradição, muito da cultura portuguesa e africana e


um dos mais ricos folclores do Brasil. São inúmeras as manifestações culturais que
nos remetem ao passado e garantem, no presente, uma permanente interação entre
as mais diversas comunidades responsáveis pela continuidade do nosso folclore.

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Para falar de dança típica de Sergipe, precisamos falar de uma tradição que co-
meçou há 150 anos nas senzalas nos engenhos de açúcar em Laranjeiras, cidade
histórica de Sergipe. O nome “Taieiras” foi inspirado nas escravas que carregavam
cestos de roupas para lavar nos rios perto dos Engenhos.
Sergipe é um dos estados que frequentemente revive sua ancestralidade com
incontáveis manifestações culturais que nos levam ao passado e garantem, a con-
tinuidade do folclore sergipano. A seguir, serão apresentadas as principais danças
folclóricas de Sergipe.

Samba de coco

O samba de coco possui uma forte ligação com os quilombos, que eram co-
munidades formadas por negros que fugiam das senzalas. A dança possui forte
influência indígena e africana, pois os cânticos foram incorporados nos ritmos
do trabalho de quebra de coco. As palmas e batidas de pés são a característica
que definem o forte ritmo.
Os cânticos são em forma de versos no Samba de Coco, ou seja, a represen-
tação do tirador do coco, também chamado de coqueiro, é quem puxa os versos,
que são respondidos pelo coro dos participantes.

Os versos podem ser tradicionais e improvisados e aparecem nas


mais variadas formas, quadras, sextilhas, décimas etc. No Samba de
Coco o canto é marcado pelos instrumentos de percussão: cuícas,
pandeiros, ganzás, bombos, tambores, chocalhos, maracas e zabum-
bas que acompanham a sanfona (INFONET, c2021).

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Figura 6: Samba de coco / Fonte: REVISTA RELEVO (2022, online)

Enquanto dançam, sapateando e pisando forte no chão, os partici-


pantes batem palmas e cantam, girando sem parar, desenvolvendo
passos e requebros. A indumentária é simples. As mulheres usam
vestidos estampados, com saias rodadas e cinturas marcadas, e os
homens, calças comuns e camisas identicamente estampadas. Nos
pés, usam tamancos de madeira que ajudam a sonorizar o ato da
pisada no chão (INFONET, c2021, s.p.).

Taieiras em Laranjeiras

Um dos destaques da Dança Típica de Sergipe, o grupo de Taieiras é um grupo


de meninas que dança e canta em homenagem a dois Santos católicos.

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Figura 7: Taieiras / Fonte: SERGIPE TURISMO (2022, on-line)

Um dos destaques da dança típica de Sergipe, o grupo de Taieiras é um grupo de


meninas que dança e canta em homenagem a dois Santos católicos.

Laranjeiras (18 Km da capital sergipana) é uma das cidades mais


antigas de Sergipe, com o título de cidade histórica, ajuda a preser-
var tradições culturais do estado com os grupos folclóricos. Ao todo
são 98 grupos, as Taieiras fazem parte deles, formado na maioria por
mulheres, após 150 anos de tradição ele se mantém em atividade
(SERGIPE TURISMO, c2021, s.p.).

A dança denominada taieira é executada em duas fileiras, e fazem homenagem


ao São Benedito e a Nossa Senhora do Rosário, que são santos da fé católica. As
taieiras são acompanhadas pelas músicas de inspiração religiosa fazem movi-
mentos circulares. Os instrumentos musicais usados são o chocalho chamado
de “querequexé” e o tambor que é tocado por um homem que representa ser o
patrão (SERGIPE TURISMO, c2021).

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As cores das roupas também têm significado, o vermelho e o branco, lembram


Santa Bárbara que na religião nagô é chamada de “Oiá”, e as fitas homenageiam
os demais orixás africanos.
O estado de Alagoas é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar e coco-
-da-baía do país e tem na agropecuária à base de sua economia. Terra do sururu,
marisco das lagoas que serve de alimento à população do litoral e da água de coco.
Alagoas possui também um dos folclores mais ricos do país.

DANÇAS DE ALAGOAS

É um dos maiores produtores de cana-de-açúcar e coco-da-baía do país e tem


na agropecuária a base de sua economia. Terra do sururu, marisco das lagoas
que serve de alimento à população do litoral, e da água de coco. Alagoas possui
também um dos folclores mais ricos do país.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

A grande miscigenação étnica originou essa manifestação ancestral, “O Coco


alagoano, origem africana, é uma dança cantada, sendo acompanhada pela ba-
tida dos pés ou tropel. Também é denominada de pagode ou samba” (ESTADO
DO ALAGOAS. c2021a.). Surge na época junina ou em outras ocasiões para
se festejar acontecimentos importantes da comunidade. Personagens: mestre
e dançadores. Traje: roupa do dia a dia. Variações do estilo: coco solto, quadra,
embolado, coco de entrega, coco de dez pés, praieiro, bambelô, zambê, coco de
roda e samba de coco (VISITE O BRASIL. c2021a, s.p.).
O artesanato alagoano possui característica própria e varia em fiações, azule-
jos, tramas em palha e muito mais. As influências são marcantes da miscigenação
das etnias que lá se estabeleceram. A seguir, serão apresentadas as principais
danças folclóricas de Alagoas.

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Dança de São Gonçalo

O ritual, ou a dança de São Gonçalo, na sua origem era dançada por homens. O
ritual é organizado pelo denominado promesseiro. O grupo é constituído por:
“Patrão”, “Mariposa”, “Tocadores”, “Dançadores”.

O Patrão veste-se de marinheiro, por influência do mito; os demais


usam indumentária que revela influência árabe: anáguas e longas
saias floridas, blusa de renda branca cavada, xale colorido em dia-
gonal no peito, turbante envolvido em fitas multicores, colares e
pulseiras. A coreografia consta de uma série fixa de evoluções que
se repete a cada jornada (O NORDESTINO ARRETADO, 2012).

Figura 8: Danças de São Gonçalo / Fonte: VISITE O BRASIL (2022, on-line)

“Um dos versos mais conhecidos do São Gonçalo diz: “Vosso rei pediu uma
dança, é de ponta de pé, é de ‘calcanhá’. Onde mora vosso rei de Congo...” (SÃO

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GONÇALO, c2021b), o que reafirma a influência de rituais afro nessa mani-


festação de fé católica.
A dança vai contando a história do padre que tirou as prostitutas das ruas,
numa coreografia sensual onde até os homens se vestem com saias, fitas coloridas
e colares. A religiosidade está presente nos movimentos de sinal da cruz sob o
canto tradicional, “Nas horas de Deus, amém. Padre, Filho, Espírito Santo. Essa
primeira cantiga que pra São Gonçalo eu canto” (SÃO GONÇALO, c2021b).

Coco alagoano

Assim como o Guerreiro, o Coco está na identidade de Alagoas. É provável que


a dança tenha seu nome inspirado, segundo o pesquisador Abelardo Duarte, no
ofício de partir o coco, tarefa desempenhada em redutos como o famoso Quilom-
bo dos Palmares, na Serra da Barriga, Zona da Mata alagoana. A batida da pedra
na casca do fruto ajudava a dar o ritmo e convidava à dança (OLIVEIRA, 2014).
A dança do coco alagoano possui formas peculiares que são chamadas de o tra-
vessão, o cavalo manco, o trupe repartido, o sete e meio e o xipacá. Os dançadores
do coco precisam ter muita destreza nas pernas e nos pés para manter a cadência
juntamente com as palmas. Destreza maior deve possuir o chamado mestre porque
este é que inicia as cantigas e mantém a cadência da roda (OLIVEIRA, 2014).

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Figura 9: Coco Alagoano / Fonte: shutterstock

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A respeito do Coco de Roda, saiba mais:

Dança de quadrilha

Dançada originalmente pelos camponeses ingleses, conhecida


como “country dance”, na qual descendentes de celtas e saxões exe-
cutavam velhos rituais pagãos num Reio Unido já cristianizado,
espalhando-se pela França durante a Guerra dos Cem anos, com
o nome afrancesado de “contredance”. A dança perdeu o formato
roceiro característico e tomou um estilo de dança nobre ou dança
de corte nos principais reinados europeus (OLIVEIRA, 2014, s.p.).

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Em 1808, com a chegada da família real portuguesa no Brasil, trazida durante


o período regencial, a quadrilha despertou grande entusiasmo na classe alta da
época, principalmente com a chegada da orquestra de dança da Xiaomi, os Ca-
valeiros e Torbeck. Essa dança se popularizou e ganhou vários derivados, como
a “Quadrilha Caipira” em Minas Gerais, “Baile Sifilático” na Bahia e “Saruê” na
região central do Brasil (OLIVEIRA, 2014).

Figura 10: Quadrilha / Fonte: CULTURA ALAGOANA (2022, on-line)

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Conheça a Dança de Quadrilha, assistindo ao vídeo a seguir:

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Dança da fita

A Dança da fita é dançada em muitos estados do Brasil, por ser uma manifes-
tação ancestral de origem europeia que se instalou em nosso país, inicialmente
nos estados do Sul. Segundo a lenda, essa manifestação é uma reverência feita
para comemorar o renascimento da árvore, no prenúncio da primavera, após o
rigoroso inverno europeu.

A Dança da Fita é desenvolvida da seguinte maneira: é colocado no


centro um mastro chamado de pau-de-fita, tem aproximadamente
três metros de altura com doze fitas (duas vermelhas, duas verdes,
duas amarelas, duas azuis, duas rosas e duas azul marinho). Ao lado
do mastro, formam-se duas filas, do lado direito os homens e do es-
querdo as mulheres. Na cabeceira das duas filas fica o mestre e num
sinal feito através do apito tem início a dança. O primeiro movimen-
to é conhecido como preparação da terra para o plantio da árvore.
No segundo movimento os dançadores cruzam as fitas, que significa
a escolha da semente. No terceiro movimento inicia-se a semeadura.
No quarto já se percebem as tranças formadas em um total de cinco
trançados diferentes que simbolizam as raízes. Quando o mastro
fica totalmente coberto pelas tranças, os adultos são substituídos
pelas crianças que irão realizar a destrança. As crianças simbolizam
as folhas da árvore. Quando termina o movimento executado pelas
crianças o mastro é transformado simbolicamente em árvore, sendo
este o final da dança (OLIVEIRA, 2014).

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Figura 11: Dança da Fita / Fonte: CULTURA ALAGOANA (2022, on-line)

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Saiba mais, assistindo ao vídeo que segue:

DANÇAS DE PERNAMBUCO

O Recife é o celeiro de uma grande diversidade de ritmos populares


que receberam influência de muitas culturas. Dentre eles, os mais
difundidos na cidade são o frevo, maracatu e o forró. O frevo é uma
dança com origem no estado de Pernambuco que mistura marcha,
maxixe e elementos da capoeira (PREFEITURA DE RECIFE. c2021).

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Influências, Músicas, Coreografias e


Vestimenta Típica

A cultura de Pernambuco tem sua origem portugue-


sa com forte influência africana, indígena, judaica e
holandesa. Vale transcrever a definição que Câmara
Cascudo dá a essa dança de rua e de salão: é a grande
alucinação do carnaval pernambucano. Trata-se de
uma marcha de ritmo sincopado, obsedante, violento
e frenético, que é a sua característica principal. E a
multidão ondulando, nos meneios da dança, fica a
ferver. E foi dessa ideia de fervura (o povo pronúncia
‘frevura’, ‘frever’ etc.), que se criou o nome de ‘frevo’.
A coreografia é improvisada e quase acrobática, exe-
cutada originalmente com roupas coloridas e uma
sombrinha (EDUCAÇÃO UOL, c2021, s.p.).
Pernambuco possui uma das culturas mais ricas e
ativas do nosso país, pois trata-se de uma cultura bas-
tante particular e típica, mas extremamente variada,
constituindo um dos pilares da cultura brasileira. A
seguir, serão apresentadas as principais danças fol-
clóricas de Pernambuco.

Frevo

O frevo nasceu no Recife, capital de Pernambuco. O


frevo é uma dança típica do carnaval pernambucano,
surgida no século XIX. Diferente de outras marchi-
nhas carnavalescas, ele é caracterizado pela ausência
de letras onde os dançarinos seguram pequenos guar-
da-chuvas coloridos como elemento coreográfico.

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Figura 12: Frevo Pernambucano / Fonte: shutterstock

A palavra “frevo” é originária do verbo “ferver”, representando, dessa maneira, par-


ticularidades desta dança demasiadamente frenética. A sombrinha de frevo é um
adorno confeccionado a partir da escolarização e espetacularização da dança, re-
metendo aos guarda-chuvas utilizados por passistas em suas manifestações iniciais.

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Conheça mais e aprenda a dançar o frevo.

Maracatu nação

O maracatu é uma manifestação folclórica pernambucana, tida como o primeiro


ritmo afro-brasileiro. Apesar de sua origem ser incerta, representa um cortejo real
acompanhado por músicos que com predomínio de percussão vão em grupos
distintos apresentando um espetáculo repleto de simbologias e marcado pela

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riqueza estética e pela musicalidade. O momento de maior destaque consiste na


saída às ruas para desfiles e apresentações no período carnavalesco.

Figura 13: Maracatu Nação / Fonte: Shutterstock

Maracatu rural

O cortejo do Maracatu Rural é semelhante ao Maracatu Nação, mas diferencia-se


por suas características musicais próprias e pela essência de sua origem refletida
no sincretismo de seus personagens. Como personagens, figuram os conhecidos
caboclos de lança, o que significa para seus integrantes uma herança secular.

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Figura 14: Maracatu Rural / Fonte: Shutterstock

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Estude, com mais detalhes, o Maracatu de Baque Virado:

DANÇAS DO PIAUÍ

O Piauí é um dos estados mais ricos culturalmente do país, repleto de encantos


e belezas naturais, folclore, lendas e costumes peculiares.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

O Piauí teve influência do mestiço, do índio, do negro e dos colonizadores por-


tugueses. Há duas lendas que falam sobre homens tradicionais do Piauí, como
pescadores e indígenas. Outra tradição folclórica famosa do Piauí é o Bumba Meu
Boi, um tipo de dança que surgiu entre os escravos e os senhores.136 A coloniza-

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ção do Piauí foi feita com base nas boiadas. “Ainda hoje o boi é um dos principais
sustentáculos da nossa economia e uma das presenças vivas do nosso folclore. Além
das várias versões do Bumba Meu Boi, Boi de Julho ou Boi de São João, o folclore
piauiense imortalizou a marchinha O Meu Boi Morreu” (NOVO, B. c2021, s.p.).
A dança, muitas vezes representa uma sátira sobre a desigualdade social que
existia no tempo das grandes criações de gado do Piauí, que eram mantidas com
a mão de obra escrava no século XVIII. Em 2012, o Bumba meu boi foi incluído
na lista de Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN).

Figura 15 – Bumba Meu Boi / Fonte: Shutterstock

Bumba meu boi

O Bumba Meu Boi envolve diversos personagens, um figurino espe-


cial e instrumentos como o maracá e o bombo. As caracterizações
representam o Caipora, os doutores, o burrinho, o curandeiro, entre
outros personagens típicos da região. A tradição acontece durante o
mês de junho, nas comemorações em homenagem a Santo Antônio,
São João e São Pedro (NOVO, B. N. c2021, s.p.).

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Cavalo Piancó

Considerada como uma Dança, essa manifestação veio da Comunidade Veredi-


nha, comunidade amarantina, em que os pares compõem um círculo imitando
um trote de cavalo, o que trouxe, ou que inovou essa tradição folclorista é que o
cavalo é manco. Até hoje a festa é muito popular, na cidade de Amarante.

Figura 16 – Cavalo Piancó / Fonte: MUNDO DA DANÇA (2012, on-line)

O andamento musical varia entre apressado e moderado e a coreografia às


marcações determinadas pela letra: trote apressado, trote requebrado, batidas
de pés, galope saltitante etc. A letra pode ainda ser improvisada, o que influi na
coreografia dos dançadores.
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Aprenda a dançar Cavalo Piancó, assistindo ao vídeo a seguir:

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DANÇAS DA PARAÍBA

“Por meio de danças, folguedos, peças de teatros e manifestações diversas oriun-


das da imaginação e criatividade popular, a cultura paraibana é fortalecida e
preservada com o passar dos anos” (PARAÍBA TOTAL, c2021). Profundamen-
te ligado às suas raízes, o paraibano cultiva com carinho essas manifestações
populares que têm seu grande momento na época das festas de São João, onde,
praticamente em cada bairro, surge uma quadrilha junina, um grupo de danças
típicas, para alegrar as festas e movimentar a comunidade.

INFLUÊNCIAS, MÚSICAS, COREOGRAFIAS E VESTIMENTA TÍPICA

Marca de sua história e de seu povo, a Paraíba reúne um rico acervo cultural.
Como se repete em outros estados do Nordeste, a cultura paraibana está fincada
em origens ibéricas, africanas e indígenas, embora tenha ganhado suas particu-
laridades ao longo do tempo (PARAÍBA TOTAL, c2021).

Nas escolas e na universidade, o folclore é cultivado, não como ma-


téria de estudo, mas como forma viva, capaz de fazer interessar as
novas gerações, cientes de que ali estão suas raízes mais caras. Forma
viva de expressão popular, o folclore impressiona pela sua riqueza
de cores e ritmos, retratam a alma de um povo que soube vencer as
adversidades (VISITE O BRASIL, c2021, s.p.).

Como nos demais estados do nordeste a Paraíba, as pessoas se vestem de forma


colorida e alegre para suas festas tradicionais. A seguir, serão apresentadas as
principais danças folclóricas da Paraíba.

Nau-catarineta

Auto popular também conhecido como Barca, é um auto porque conta uma
história em dança, pois dramatiza uma jornada marítima. Dividida em quatro
jornadas, narram episódios da aventura nas conquistas portuguesas ao Novo
Mundo. As coreografias simulam movimentos do balanço do mar, ora agitado
e hora em calmaria.

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Figura 17 – Nau Catarineta / Fonte: PARAIBA CRIATIVA (2022, on-line)

Xaxado

Há várias teorias sobre a inspiração dessa dança: uns dizem que na cultura indí-
gena; outros, portuguesa. O estilo teria sido criado pelos cangaceiros do bando
de Virgolino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião. Há relatos que o nome
“xaxado” surgiu do som que as pessoas fazem com as alpercatas arrastadas no
chão durante a dança. O nome também pode ter surgido da variação da palavra
“sachar”, que significa cavar a terra com o sacho (ferramenta de agricultura) na
plantação de feijão.

Figura 18 – Xaxado / Fonte: WIKIDANÇA (2022, on-line)

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Antigamente, a dança era executada de forma individual e apenas por homens, já


que não havia mulheres no Cangaço. O rifle era utilizado como “dama”. Os bandos
praticavam a dança como grito de guerra ou para celebrar vitórias. “Lampião
levou a dança para entretenimento na caatinga. Quando as mulheres entraram
no cangaço, por volta de 1930, passaram a dançar também”.
Os grupos dançavam em fila indiana. O da frente – o chefe do grupo ou o poe-
ta – puxava os versos cantados. O resto do bando respondia em coro, com letras
de insulto aos inimigos, lamentando a morte de companheiros ou enaltecendo
aventuras e façanhas. Agora, a dança é praticada por pares e acompanhada por
sanfona, zabumba e triângulo. As pessoas avançam o pé direito em três e quatro
movimentos laterais e puxam o pé esquerdo, sapateando, arrastando os pés. As
roupas do grupo são de cangaceiros, mas na maioria das vezes só os homens
portam o rifle (MIRANDA, 2019).

Ciranda da Paraíba

Dança desenvolvida por homens, mulheres e crianças. Os dançarinos formam


uma grande roda e dão passos para dentro e para fora do círculo, provocando
um deslocamento do círculo no sentido anti-horário.

Figura 19 – Ciranda / Fonte: CIDADE DAS ARTES (2022, on-line)

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As cirandas são danças de roda que podem ser acompanhadas por diversos ins-
trumentos, mas os mais comuns são o bumbo, a caixa, o ganzá e por vezes há para
acompanhar pistons e trombones. Outra característica que depende do local é
que as cirandas sejam cantadas em perguntas e respostas.

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Para aprender mais detalhes da ciranda, veja:

DANÇAS DO RIO GRANDE DO NORTE

O estado possui um folclore rico e diversificado. Pode ser dividido em dois gru-
pos: aquele que se refere aos autos populares, reunindo uma mistura de espe-
táculos teatrais (autos), o mais importante; e aquele que reúne, de forma geral,
as danças folclóricas (manifestações populares). Portanto, a cultura potiguar é
dividida em autos e manifestações populares.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Seus principais autos são o Boi dos Reis, Boi Calemba, fandango, congos, cabo-
clinhos, lapinha e pastoril. O Boi dos Reis, o tradicional Bumba meu boi, é uma
representação festiva anual realizada diante de qualquer igreja, a fim de que todos
os que estão presentes sejam abençoados por Deus; quando possível, eles também
podem ser apresentados em frente aos palanques e às residências (lares).
O Rio Grande do Norte apresenta uma riquíssima variedade na sua cultura
e por ter um litoral belíssimo como tantos no Brasil, as peculiaridades na culi-
nária e no artesanato são a grande atração em festas populares. A seguir, serão
apresentadas as principais danças folclóricas do Rio Grande do Norte.

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Espontão

O nome deriva da meia-lança usada pelos sargentos de infantaria no século


XVIII. É realizada por grupo de homens negros, cada um deles trazendo uma
pequena lança com a qual desenvolvem uma coreografia que simula guerra. O
chefe, denominado “Capitão da lança”, é o que leva a lança grande, percorrem as
ruas ao som de tambores marciais; nas casas que visitam dançam agitando a lança
e os espontões, realizando saltos de ataque, recuos de defesa, acenos guerreiros,
numa improvisação que revela grande destreza nos movimentos (CENTRO NA-
CIONAL DE FOLCLORE E CULTURA POPULAR, c2021).

Figura 20 – Espontão / Fonte: ASSESSORN (2022, on-line)

Não há cânticos, mas acompanhamento rítmico produzido nos tambores marciais.


Por último, o espontão, que é praticado principalmente na região do Seridó
potiguar; um exemplo ocorre na Festa de Nossa Senhora do Rosário, realizada
em Caicó, Jardim do Seridó e Parelhas, onde há a coroação de reis e rainhas.

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Boi Calemba

“O Boi Calemba é realizado em folguedos, de praia, do sertão; pertence e é rea-


lizado em épocas natalinas; para esse auto, não existe um modelo fixo” (OPEN
BRASIL. ORG., c2021).

Também há as danças; a araruna, o bambelô, as bandeirinhas, a capelinha de


melão, o coco, o espontão e o maneiro-pau.

Figura 21 – Boi Calemba / Fonte: SÃO GONÇALO (2022, on-line)

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Araruna

Na araruna, dança típica do estado, existe um repertório, uma coreografia com


danças típicas do folclore; está instalada na capital, cujo nome oficial é Associa-
ção de Danças Antigas e Semidesaparecidas Araruna. O nome Araruna vem de
uma arara na cor preta que vive em bando pelas florestas da América do Sul, e
se alimenta principalmente de sementes e grãos, como o arroz. A dança imita
alguns movimentos do pássaro.
No Brasil, a Araruna é um “pássaro preto” comum no estado do Amazonas, e a
dança é apresentada com vestimenta em preto e branco para referenciar a Araruna.

Figura 22 – Araruna / Fonte: ISABEL GONDIN (2022, on-line)

Os passos da dança são misturados com valsa, xote, mazurca e polca, em um


estilo de caráter folclórico. Os cavalheiros usam casaca e cartola, e as damas, lon-
gos vestidos de saia rodada. Apresentam em dois círculos tendo os homens por
fora e os passos são executados para direita e esquerda, no refrão os ombros se
aproximam e é marcada uma forte batida de pés. As danças podem ser chamadas
de: “Caranguejo”, “Bode”, “Besouro” “Araruna” “Camaleão”, “Jararaca”, “Maria Rita”,
“Xote Sete Rodas”, “Miudinho”, “Mazurca”, “Maria Rendeira”. O acompanhamento
musical é executado normalmente com sanfonas e pandeiros.

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Para assistir a vídeos da dança Araruna, acesse

DANÇAS DO CEARÁ

A vida cultural do cearense é bastante movimentada e tradicional. O folclore


é a grande atração de todo o estado do Ceará. Danças e folguedos populares
são as principais fontes de expressão das tradições e costumes de seu povo, do
litoral ao sertão.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

A formação etnográfica e cultural do cearense é obra do índio e do europeu,


sendo mínima a participação do negro. O Ceará apresenta seu folclore com mui-
ta riqueza no artesanato de rendas e no colorido de suas areias. A seguir, serão
apresentadas as principais danças folclóricas do Ceará.

Bumba meu boi do Ceará

Tem como figura central, evidentemente, o boi. Representa-o um arcabouço de


madeira coberto de pano ordinário e colorido, com uma pessoa recurvada dentro
e que, no desenrolar do drama pula, dança e berra.

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Figura 23 – Bumba Meu Boi / Fonte: Shutterstock

Quase todos os municípios cearenses o encenam, como igualmente, na periferia


da capital, onde se fixam os sertanejos que para aqui migraram. “O meu boi mor-
reu, / o que será de mim / manda buscar outro / maninha / lá no Piauí”. Eis um
trecho que compõe a parte semifinal desta dança dramática do folclore cearense.

Cabaçais do Carirí

O nome cabaçal é pejorativo, em virtude de a caixa, o zabumba e os pífaros – seus


instrumentos básicos – fazerem um ruído semelhante a muitas cabaças secas
entrechocando-se. São dança e música, de ritmo forte, alegre e contagiante por
isso, foram chamados de esquenta mulher (VISITE O BRASIL, c2021e).

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Figura 24 -Cabaçais do Cariri / Fonte: VISITE O BRASIL (2022, on-line)

Torém

A dança é uma herança dos índios tremembés que habitavam a região. Nas festas,
é servido o mocororó, que é uma aguardente do caju.

Figura 25 – Torém / Fonte: VISITE O BRASIL (2022, on-line)

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Dança de terreiro com participantes de ambos os sexos que se colocam em for-


mação circular, com o dançador solista ao centro. Tocando o Aguaim – espécie de
maracá – o solista executa movimentos de recuo e avanço, requebros, sapateios,
saltos, além daqueles imitativos de serpente e lagarto, reveladores de destreza e
plasticidade. Os demais participantes marcam o compasso musical com batidas
de pés enquanto vão girando a roda no sentido anti-horário. A música à capela
é cantada pelo solista e repetida pelo coro de dançadores. O “mocororó” – suco
de caju fermentado – é distribuído fartamente durante todo o tempo da dança.

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Estude Torém em

Coco

Na praia de Majorlândia, município de Aracati, ainda se pode presenciar exibições


de dança do Coco, também denominada de pagode, zambé, bambelô. É apre-
sentada ao som de caixas, pandeiros, ganzás, íngonos, numa batida contagiante.

Figura 26 – Coco / Fonte: VISITE O BRASIL (2022, on-line)

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“Homens e mulheres reúnem-se em roda, com um solista no centro, fazendo


passos ritmados e entoando o ‘puxando o coco’. E a entoarem quadras, emboladas,
sextilhas e décimas, puxadas pelo refrão” (SOCORRO, 2006).

Caninha verde

Dança-cordão de origem portuguesa, introduzida no Brasil durante


o ciclo da cana-de-açúcar, no Ceará começou a ser conhecida no
início do presente século, nas praias de Aracati e passou a ser co-
mum nas colônias de pescadores, estendendo-se aos festejos mo-
minos e eventos diversos (VISITE O BRASIL, c2021f).

Figura 27 – Caninha Verde / Fonte: MAXRES (2022, on-line)

DANÇAS DO MARANHÃO

Elevado a Patrimônio Imaterial do povo brasileiro, num espetáculo de cores, danças


e ritmos, o Bumba Meu Boi é a expressão máxima da cultura popular do Maranhão.

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Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Com ricas e diversificadas manifestações culturais, o folclore do Maranhão, reúne


elementos da cultura indígena, africana e europeia. Guarda na sua história e em
sua tradição uma boa parte das culturas portuguesa e negra. É um dos mais ricos
folclores do Brasil.

A história e cultura do Maranhão estão entre as que mais contribuíram para a


construção de nosso país. Com sua população miscigenada é formada por ne-
gros, europeus, sírio-libaneses e migrantes de outras partes do Nordeste, com-
pondo uma diversidade representada nas tradições. Obviamente, as matrizes de
toda essa herança encontram-se espelhadas nas onze danças típicas populares
do aranhão (ROTAS DE VIAGEM, 2020.)

O folclore maranhense é tão belo quanto as paisagens desse estado, que se destaca
por possuir os chamados lençóis maranhenses. A seguir, serão apresentadas as
principais danças folclóricas do Maranhão.

Bumba meu boi do Maranhão

Declarado Patrimônio Imaterial do povo brasileiro, o Bumba Meu Boi tem ele-
mentos culturais africanos e europeus de fundo religioso, embora suas origens
ainda permaneçam incertas. Em todo o estado, mais de quatrocentos grupos de
Bumba Meu Boi entoam cinco sotaques dessa manifestação popular, sendo eles:

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O SOTAQUE DE ZABUMBA

é o ritmo original do Bumba meu boi e traz consigo forte influência africana.
Personagens vestidos com saiotes bordados, golas e chapéus de fitas coloridas
dançam com os Bois Fé em Deus e de Leonardo ao som de pandeirinhos, ma-
racás, tantãs e zabumbas.

O SOTAQUE DE ORQUESTRA

no qual estão os Bois de Axixá, Boi de Sonhos e Boi de Nina Rodrigues, incor-
porou outras influências, além da presença de instrumentos de sopro e cordas.
Os personagens trajam vestimentas elaboradas e distintas de outros ritmos.

MATRACAS E PANDEIROS

pequenos dão o ritmo do Sotaque de Pindaré, cujo destaque é o personagem Ca-


zumbá, uma mistura de homem e bicho. Os bois da Baixada, o Boi de Apolônio, Boi
de Pindaré e o Boi Unidos de Santa Fé são os grandes artistas desta manifestação.

O SOTAQUE DE COSTA DE MÃO

é a manifestação típica da região de Cururupu, também conhecida como Floresta


dos Guarás. O nome vem dos pequenos pandeiros tocados usando as costas das
mãos. Os brincantes usam, na manifestação, roupa em veludo bordado, chapéus
em forma de cogumelo com fitas coloridas, além de grinaldas de flores. O person-
agem mais tradicional é o Boi de Cururupu.

O SOTAQUE DA ILHA OU DE MATRACA

identifica os bois originários da ilha de São Luís, também chamados pandeirões,


que utilizam as matracas como principais instrumentos. Os bois desse sotaque,
como o Maracanã, Maioba e Madre Deus, são os mais populares e formam verda-
deiras nações.

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As celebrações e os trabalhos que permeiam a festa do Bumba meu Boi duram o


ano inteiro, mas é durante os festejos juninos que a manifestação reina. Um dos
maiores desafios da preparação é, justamente, aprontar o couro do boi, um revesti-
mento de camurça decorado com canutilhos que recobre todo o corpo do animal.
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Para saber mais sobre o Bumba meu Boi clique a seguir:

Tambor de crioula

É uma manifestação de raízes africanas que só existe no Maranhão, reconhecido, em


2021, como Patrimônio Imaterial Brasileiro. A dança alegre e irreverente é praticada
em homenagem ao São Benedito, o Santo Preto. O tambor de crioula é dançado
apenas por mulheres, as coureiras, enquanto os homens, os tocadores, apenas tocam
os tambores feitos de troncos de árvores e recobertos de couro de cabra.
No total, são três tambores. O grande, ou roncador, faz a marcação para a
punga. Já o meião, ou socador, é responsável pelo ritmo da dança, enquanto o
pequeno, ou crivador, faz o repicado. Elas, vestidas de extravagantes saias roda-
das e coloridas, blusas rendadas, turbantes e uma explosão de colares, dançam
em roda, em cujo centro evolui apenas uma das coureiras. O ponto alto da festa,
inclusive, é quando a dançarina que está no meio é substituída por outra com
um “choque de barriga com barriga”, a umbigada ou punga.

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Assista ao vídeo da dança Tambor de Crioula em

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Dança do cacuriá

Surgiu nas festividades do Divino Espírito Santo, como uma parte profana. Inte-
grante das festividades juninas do estado, a dança é feita em pares com praticantes
embalados pelas caixas do Divino, pequenos tambores de percussão.
Figura 28 – Cacuriá
Fonte: GEOGRAFIA NORDESTE
(2017, on-line)

Versos improvisados
e respondidos por um
coro de brincantes com-
põem a parte vocal. A re-
presentante mais conhe-
cida da dança do cacuriá
é Dona Teté, do Cacuriá,
de São Luís.

Dança do lelê

Também conhecido pelos nomes de Péla ou Péla-porco, o Lelê é dançado em


pares dispostos em filas lideradas pelos cabeceiras ou mandantes usando ins-
trumentos musicais como a rabeca, o pifano, castanholas artesanais, violão,
cavaquinho e pandeiro. Essa dança compreende quatro partes distintas: o
Chorado, a Dança Grande, a Talavera e o Cajueiro. A trama se dá em cantos,
improvisados, inspirados em acontecimentos do cotidiano.

Dança do caroço

É uma manifestação de origem indígena concentrada, especialmente, no muni-


cípio de Tutóia, na região do Delta do Parnaíba. Democrática, pode ser praticada
por integrantes de qualquer gênero ou idade, que respondem às toadas improvi-

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sadas pelos cantadores, sempre embalados pela cuíca, cabaça e tambores. Todos
dançam livres, formando uma roda ou cordão (ROTAS DE VIAGEM, 2020).
Os instrumentos que embalam os cantos são violão, cavaquinho (ou banjo),
pandeiro, castanholas, flauta (ou pífano) e rabeca. Em pares, homens e mulheres se
dispõem em filas liderados pelo mandante, a pessoa que é responsável por coorde-
nar a brincadeira. O primeiro par da fila é a cabeceira de cima (que também podem
ser os mandantes), enquanto o último é chamado de cabeceira de baixo.
Os cantos, por sua vez, podem ser tirados de improviso e vão seguindo con-
forme a dança, dividindo-se em quatro partes:

CHORADO:

início da festa, quando cantador e tocadores convidam para a dança. É quando


os pares são formados para constituir os cordões.

DANÇA GRANDE:

o segundo momento (e mais longo) da dança, no qual os brincantes apresentam


coreografia diversificada enquanto homens e mulheres se cortejam.

TALAVERA:

uma das principais partes da dança, na qual os brincantes dançam de braços


dados. Ah, e deve ser dançada na madrugada.

CAJUEIRO:

parte final da dança, quando os brincantes saúdam os músicos, dono da casa e


demais presentes, fazendo evoluções conhecidas como “juntar castanhas e en-
tregar o caju”. Deve acontecer ao amanhecer. Apesar de representar uma dança
de salão profana, costuma ser dançada em homenagem a algum santo ou para
pagamento de promessas ao longo do ano.

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Tambor de mina

É a denominação mais comum para o culto originado em São Luís que, depois, foi
sendo difundido para outros estados. Seu nome vem da expressão Negro-Mina,
como os escravos provenientes da costa da Mina, atual Gana, eram chamados
quando chegavam ao Brasil. De origem afro, a manifestação da religiosidade
popular tem lugar em casas de culto, os terreiros.

Figura 29 – Tambor De Mina / Fonte: ACERVO MARANHENSE (2018, on-line)

O tambor de mina tem duas casas principais, sendo elas a Casa das Minas, mais
antiga, e a Casa de Nagô, que originou outros terreiros na capital. Nas celebrações,
são usados instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs.

Dança portuguesa

Trazida pelos europeus da “terrinha” teve grandes adeptos nas co-


munidades maranhenses. Ainda hoje, os praticantes dançam ao
som de fados e viras, sempre aos pares. As mulheres usam meias,
lenços e leques. Já os homens trazem adereços como chapéus, luvas
e bengalas (ROTAS DE VIAGEM, 2020, s.p.).

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Bambaê de caixa

Caracterizam-se como danças de roda e encontram-se muito presente nos muni-


cípios da Baixada Ocidental Maranhense, especialmente em São Bento e Cajapió.
A coreografia pode ser complexa com os casais dispostos em roda. Os integrantes
dançam com passos rápidos e variados, ora frente a frente, ora de costas, sempre
embalados por instrumentos de percussão (ROTAS DE VIAGEM, 2020).

DANÇAS DO PARÁ

No dia 11 de novembro de 2015, O carimbó, também uma das danças folclóricas


paraense recebeu oficialmente a titulação de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

O dia 26 de agosto é Dia Municipal do Carimbó. Esse é o dia de nascimento do


Mestre Verequete, músico que ficou conhecido como Rei do Carimbó.


A palavra “carimbó” é de origem indígena, do tupi korimbó (pau
que produz som) resulta da junção dos elementos curi, que significa
“pau”, e mbó, que significa “furado”. O nome faz referência ao curim-
bó, principal instrumento musical utilizado nessa manifestação fol-
clórica. O curimbó é uma espécie de tambor tocado com as mãos,
feito com um tronco escavado e oco (FERNANDES, c2011-2021).

O carimbó do Pará foi trazido ao Brasil pelos escravos africanos e logo foram
incorporadas influências indígenas e europeias, especialmente ibéricas. A dança
surgiu com o hábito dos agricultores e dos pescadores que, ao fim dos trabalhos
diários, dançavam ao ritmo do tambor (FERNANDES, c2011-2021). As danças
do Pará são inspiradas na vida das matas, com alusão a diversidade de flora e
fauna. A seguir, serão apresentadas as principais danças folclóricas do Pará.

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Carimbó do Pará

A dança do carimbó é feita em pares onde os homens convidam a dama para a


dança batendo palmas na frente dela, assim formam uma roda. As damas exe-
cutam movimentos com as saias tentando cobrir a cabeça dos seus pares. Há
passos que imitam movimentos de animais. É o caso do passo dança do peru ou
carimbó do peru, que é executado quando um casal vai para o centro da roda
(FERNANDES, c2011-2021).

Figura 30 – Dança Do Carimbó / Fonte: VISITE O BRASIL (2022, on-line)


<Https://Www.Visiteobrasil.Com.Br/Galerias/Carac2-Para-Danca-Do-Carimbo/ 121-111855-Carimbo-Fo-
to-Jornal-Fatos-Regionaisgr.Jpg>. Acesso Em: 18 Abr. 2021.

Na coreografia do carimbó do Pará, a dançarina deixa um lenço no chão, que deve


ser apanhado pelo dançarino usando apenas a boca, ao som de:

“O peru da Atalaia,

xô, peru,

O peru e a perua,

xô, peru,

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O peru está na roda

xô, peru,

O peru é uma besta,

xô, Peru,

O peru e a perua,

xô, peru,

Apanha o lenço peru

xô, peru.

O peru pegou o lenço xô, peru.”

Se o dançarino consegue, ele é aplaudido e permanece na dança. Caso contrário,


abandona a dança sob vaias.

As vestimentas utilizadas são das características do carimbó que mais se desta-


cam. As saias das mulheres são muito coloridas, bastante volumosas e rodadas,
para garantir um efeito mais bonito ao movimento da dança.As blusas geralmente
são de uma cor só e, nos pés, não usam nenhum calçado. Além disso, as mulheres
utilizam adornos no pescoço e nos pulsos, e enfeitam os cabelos com flores. Já a
roupa dos homens é simples e lembra a veste de certos trabalhadores que usam
calças curtas ou dobradas. Tal como as mulheres, os homens também dançam
descalços.

FONTE: FERNANDES, M. Carimbó: tudo sobre a dança típica do Pará. c2011-2021. Disponível
em: https://www.todamateria.com.br/carimbo/. Acesso em: 16 jun. 2021.

A dança de carimbó é caracterizada também por requebros, trejeitos e movi-


mentações de saia.
Ela se tornou uma tradição pelo costume de agricultores e pescadores de
comemorarem o fim de seus trabalhos diários. Quanto a seu nome, decorre do
“Curimbó”, um tambor que compõe os instrumentos utilizados.

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Desfeiteira

A desfeiteira é a dança de pares enlaçados que circulam livremente pelo salão.


Durante a coreografia a única obrigatoriedade é passar, cada par por sua vez,
diante do conjunto musical que executa partituras alegres e vivas e, por vezes,
faz-se o silêncio, ou melhor, a música cessa e os casais param também no lugar
onde estão e na pose que estão. As músicas podem ser: valsas, polcas, sambas
rurais, chulas amazonenses, mazurcas, xotes etc.
Na Desfeiteira em salões, os pares devem passar em frente à orquestra, for-
mada por violão, cavaquinho, flauta e às vezes trombone. No momento em que
cessa a música, o par que ficou em frente da orquestra é obrigado a dizer um
verso, sempre improvisado pelo cavalheiro. Não se saindo bem na tarefa, o par é
vaiado e deve pagar uma prenda.

Figura 31 – Desfeiteira / Fonte: ESPAÇO SÃO JOÃO LIBERTO (on-line, 2022)

Danças do Amazonas

Ciranda, Boi-bumbá, Cacetinho, Dança Internacional, Garrote e Qua-


drilha são algumas das 17 categorias que integram o Festival Folclórico
do Amazonas, evento realizado no formato de arraial, com barracas
e comidas típicas das festas juninas, combinadas à apresentação de,
aproximadamente, 100 grupos de folclore (AMAZONAS, c2021).

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O Festival Folclórico Amazonense é uma manifestação que exalta os valores,


crenças e costumes locais, tem origem nas culturas portuguesa, indígena e nor-
destina. Em uma arena, localizada na região sul de Manaus, a disputa leva muitos
festeiros para o Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA).

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

O nome Amazonas é de origem indígena. Vem da palavra amassunu, que signi-


fica “ruído das águas”. A população do amazonas é composta basicamente por
pardos, brancos, indígenas e negros. A forte imigração no final do século XIX
e início do século XXI trouxe ao estado pessoas de todas as partes do Brasil e
do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no
Brasil, alguns milhares se fixaram no estado do Amazonas, destacando-se os
portugueses e japoneses.
O estado do Amazonas é envolvido pela Floresta Amazônica e dela brota a
inspiração para tantas lendas e mitos. A seguir, serão apresentadas as principais
danças folclóricas do Amazonas.

Toada

No Amazonas, a toada é
um exemplo de manifes-
tação que brota da mata,
com seu tradicional canto
contagiante do Tic, Tic,
Tac, ou a canção Verme-
lho. Os passos das toadas
empolgam justamente
por trazer uma raiz indí-
gena em sua sonoridade
(PORTAL AMAZONIA,
2021).
Figura 32 – Toada
Fonte: AMAZONAS ATUAL (2022,
on-line)

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Antes de cada edição do Festival de Parintins, as coordenações dos bumbás Ga-


rantido e Caprichoso realizam eventos para mostrar ao público as novas coreo-
grafias. Dentro do festival, a dança é tão importante que se tornou o 20° item de
avaliação: a coreografia (PORTAL AMAZONIA, 2021, on-line).

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Saiba mais do Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas:

DANÇAS DO ACRE

No Acre, um dos Estados da região norte do Brasil, existem muitas danças típicas
e os principais ritmos da região são o calipso, o carimbó, a marujada e as toadas.
Algumas dessas danças fazem parte do folclore do Acre.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

A região norte do Brasil tem grande influência indígena. A cultura da Amazônia, está
presente nas tradições acreana, principalmente nas danças, na comida e nas músicas.
O estado do Acre, devido sua posição geográfica, tem influências brasileiras e
estrangeiras, principalmente pela proximidade do caribe e das guianas. A seguir,
serão apresentadas as principais danças folclóricas do Acre.

Calipso

Esse estilo musical nasceu em Trindad e Tobago. O ritmo é forte e a dança


é bastante agitada. O estilo ficou conhecido no Brasil inteiro graças ao Grupo
Calypso, da cantora Joelma.

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Marujada

Marujada é uma das danças típicas do Acre. Como nas brincadeiras de quadrilha,
narra uma estória, dançada por dois cordões de marujos que estão navegando
em alto-mar. Em Rio Branco, a marujada é uma referência, representando bem
a importância das embarcações fluviais no contexto cotidiano do acreano nos
anos 1940. A manifestação foi consolidada pelo grupo Marujos da Alegria. Os
importantes pioneiros da Marujada no Acre são Aldenor da Costa, Zuleide Cor-
deiro e Chico do Bruno.

Figura 33 – Marujada / Fonte: PORTAL DA AMAZÔNIA (2022, on-line)

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A respeito da Marujada, acesse

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DANÇAS DE RONDÔNIA

As lendas e os mitos são muito presentes na cultura de Rondônia e as histórias


são encantadoras quando sugerem que botos dançam nas festas e emprenham
donzelas, ou índias ancestrais, como a Iara, seduzem os homens e os levam para
seus reinos encantados. Isso tudo somado a um espetáculo de lendas como as das
Cobras-grandes, dos Curupiras, das Caaporas, da Matinta Perera e das cabeças
voadoras de pessoas transformadas em duendes, que vagam à noite.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

Rondônia preserva incontáveis manifestações culturais que nos levam ao passado


e garantem, uma permanente conversação com a atualidade. Com influência
indígena e amazonense, uma das grandes festas folclóricas é o Arraial Flor de
Maracujá em Porto Velho. É nessa festa que o Boi Bumbá se manifesta. Herdado
do Nordeste, o bumba meu boi é uma manifestação folclórica que resume ele-
mentos culturais portugueses, africanos e indígenas. As milhares de bandeirinhas
coloridas enfeitando as barracas das praças e ruas, onde é servida grande varie-
dade de pratos típicos e ofertados os artesanatos locais, a quadrilha é conduzida
e a dança é executada por milhares de participantes vestidos de caipira (VISITE
O BRASIL, c2021g).

As danças típicas de Rondônia são as tradicionais do norte do país:

Marujada, Carimbó e Cirandas.

Rondônia possui folclore próprio, caracterizado pelos grandes festivais de fol-


clore, dentre os quais o mais conhecido é o Festival Folclórico do Boi-Bumbá.

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Figura 34 – Festivais de Folclore do Boi-Bumbá / Fonte: shutterstock

DANÇAS DO AMAPÁ

Assim como em todas as cidades da Amazônia, no Amapá o folclore é forte e


possui diversas influências: indígenas ou africanas e até religiosas. BoiBumbá,
Marabaixo e a festa de São Tiago são algumas das festas que fazem parte da cul-
tura amapaense. Ao longo do ano, são realizados eventos, na capital do Estado
e no interior, que valorizam e ajudam a preservar as tradições do folclore local.

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

O Amapá, contagiado pela cultura negra, onde se destacam os grupos Senzalas,


Pilão e Negro de Nós, além de vários cantores e compositores locais, traz, em seus
talentosos artistas, o jeito de cantar as coisas da Amazônia, diferente da negritude
baiana. Os amapaenses mostraram o que há de melhor na música tucuju, com
muito batuque, marabaixo, cacicó e zouk (ritmos da cultura local, da Guiana e
do Caribe, mas com características próprias da região).
Muitas lendas e brincadeiras fazem parte do folclore do Amapá. A seguir
serão apresentadas as principais danças folclóricas do Amapá.

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Marabaixo

Uma das mais ricas preservações de manifestação da ancestral cultura escrava-


gista brasileira é a denominada marabaixo.
A festa é em homenagem ao Divino Espírito Santo e foi criada pelos escra-
vos negros, que foram trazidos para Macapá no século XVIII para construir a
Fortaleza de São José. A tradição do Marabaixo foi passada pelos escravos aos
seus descendentes, que vivem na Vila de Curiaú, a 8 km de Macapá, e também
aos municípios de Mazagão Velho, em Mazagão, e Macapá. Contudo, apenas na
capital amapaense, o Ciclo do Marabaixo sobrevive com grande parte de suas
características originais (VISITE O BRASIL, c2021h, s.p.).
Figura 35 – Marabaixo
Fonte: BLOG DE ROCHA (2022,
on-line)

A festa do Marabaixo teve


transformações por in-
fluência da urbanização,
a modernização e a mi-
gração rural, atualmen-
te começa no domingo
de Páscoa e dura meses.
O ponto alto da festa
acontece em novembro,
durante quatro dias se-
guidos, com a festa do
Encontro dos Tambores,
em Macapá. Para garantir
a energia dos dançarinos,
é servido uma bebida chamada de gengibirra, que é feita de gengibre ralado,
cachaça e açúcar (VISITE O BRASIL, c2021h).
Ao som dos tambores, as dançarinas balançam no ar suas saias de cores for-
tes, geralmente levam uma toalha para limpar o suor, algo que se tornou parte
de sua indumentária.

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DANÇAS DE RORAIMA

O folclore de Roraima possui uma grande variedade de ritmos originados da


variedade de etnias e povos. Os festivais de música e danças trazem grupos de
cantos indígenas e caboclos numa variedade de formas de demonstrar a arte
musical da Amazônia (VISITE O BRASIL, c2021i).

Influências, Músicas, Coreografias e Vestimenta Típica

A cultura de Roraima apresenta forte influência dos colonizadores e dos indíge-


nas, mas tem traços da presença dos mestiços que habitam e habitaram a região.
A dança em Roraima tem sua origem em grupos folclóricos de boi-bumbá e
cirandas e está em constante transformação devido ao crescimento demográfico
das cidades (VISITE O BRASIL, c2021i).
O grupo Cangaceiros do Tianguá, que utiliza coreografias baseadas em elemen-
tos regionais da Amazônia, é uma das principais referências do estilo no Estado.

E U IN D ICO

Assista ao vídeo para conhecer o trabalho dos Cangaceiros do Tianguá:

Assim, essas são as danças folclóricas mais conhecidas em todo o Brasil, pratica-
das em épocas festivas do calendário regional ou nacional e em outras ocasiões.

NOVOS DESAFIOS
Como foi sua jornada até aqui? Aprendemos as danças folclóricas são consideradas
como manifestações dos costumes e das crenças dos povos de cada região de um
determinado país, e que se diferenciam por suas histórias e cultura. Ao longo do
tempo, percebeu-se o surgimento de certa organização e sistematização.

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Também pudemos ver que o folclore do norte e do nordeste brasileiro é rico


e diversificado, reunindo elementos da cultura indígena, africana e europeia. E
que uma das danças mais tradicionais e que é manifestada em muitos estados é
a tradicional Bumba meu boi.
O frevo também é uma das danças típicas do carnaval pernambucano, surgido
no século XIX. Diferente de outras marchinhas carnavalescas, ele é caracterizado
pela ausência de letras, em que os dançarinos seguram pequenos guarda-chuvas
coloridos como elemento coreográfico. Nas escolas e na universidade, o folclore
é cultivado, não como matéria de estudo, mas como forma viva, capaz de fazer
interessar as novas gerações, cientes de que ali estão suas raízes mais caras.
Por fim, vimos que a história e cultura do Maranhão estão entre as que mais
contribuíram para a construção de nosso país. Com sua população miscigenada
formada por negros, europeus, sírio-libaneses e migrantes de outras partes do
Nordeste, compondo uma diversidade representada nas tradições.

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TEMA DE APRENDIZAGEM 7

PROPOSIÇÕES E AÇÕES EDUCATIVAS


EM DANÇAS FOLCLÓRICAS
PROFª KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Aprender sobre figurino vestimenta utilizada pelo dançarino na apre-


sentação.

Entender como a trilha sonora é um conjunto de sons que compõe uma


música.

Explorar mais sobre os espaços de apresentação (convencionais e não con-


vencionais) e verificar como se referem aos espaços onde as apresentações
acontecem.

Organizar os elementos que compõem a elaboração das aulas..

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UNIDADE 4

INICIE SUA JORNADA


O corpo do qual falamos é o corpo sensível e inteligível, que percebe o mundo
e age com ele. É o corpo afetivo e racional, capaz de experienciar, expressar-se e
dialogar com o mundo. Conhecer o nosso corpo pode viabilizar as possibilidades
de movimentação, assim como as limitações. Quando se ampliam as possibi-
lidades de movimento, também se ampliam as possibilidades de relações com
outras formas de expressão. Quando organizados os movimentos, o corpo dança,
e, por meio das danças, pode-se expressar a identidade cultural de um grupo.
É infinita a lista de possibilidades do movimento humano, as quais percebe-
mos nas danças da cultura popular. Contrair-estender, levantar-descer, inclinar-
-esticar, curvar, rotar, torcer, deslocar. Aguçar o tato, perceber o espaço, olhar no
olho, cantar e fazer o ritmo. Sentir, perceber, pensar, expressar, nosso corpo pode.

O PREPARO DO CORPO

As danças das quais falamos são passadas de geração em geração, e possuem


grande empatia entre os dançarinos e o público. São ritmadas, coletivas, agitadas
e divertidas. Os movimentos vivenciados nessas danças são comuns às culturas,
sem deixar de lado o espaço para as variações pessoais. O canto e o instrumento
são introduzidos como parte do movimento.
Segundo Daolio (1994), ao sentir e ao pensar no corpo, pode-se encará-lo
como um patrimônio universal. Para além das semelhanças ou das diferenças
físicas entre as diversas nacionalidades, existe um conjunto de significados, o qual
cada sociedade escreve nos corpos dos membros ao longo do tempo, significados
que definem o que é corpo de maneiras variadas. Quando estamos a difundir a
cultura por meio da arte, estamos a desencadear experiências de natureza sensível
e de natureza racional, pois em sinergia com as experiências dessa natureza está
a valorização da vida e das relações entre as pessoas. Possibilitamos a compreen-
são de nossos antepassados pela apreciação e reflexão sobre arte, cultura, dança,
música, poesia, culinária, artesanato etc.
As danças folclóricas constituem um rico material para o aprimoramento das
relações entre escola e sociedade.

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Aquecimento

A importância do aquecimento, nas aulas de dança, de modo geral, dá-se para ele-
var a temperatura do corpo e para preparar músculos, sistema nervoso, tendões,
ligamentos e sistema cardiovascular, para os movimentos específicos de dança.
Para isso, faz-se necessária uma atividade que aumente a frequência cardíaca, o
que gera a melhora da oxigenação e do fluxo sanguíneo em toda a musculatura,
preparando o corpo para uma atividade específica. Assim, tornam-se baixos os
riscos de lesões, pois o aquecimento faz com que as tensões musculares dimi-
nuam, facilitando a atividade corporal. As chances de dano são extremamente
reduzidas, aumentando-se a elasticidade muscular.
Passar o nosso corpo do repouso para a ação necessita de uma série de ajustes
no nosso sistema corporal. O aquecimento proporciona essa transição, ou seja,
era condições energéticas que são necessárias a uma forte atividade metabólica.
Essa energia provém das formas aeróbica e anaeróbica, produzidas pelos mús-
culos. Inicialmente, isso se dá de forma anaeróbica, e, depois, passa à aeróbica.

P E N SA N D O J UNTO S

Processo aeróbico: é aquele que usa o oxigênio no processo de geração de energia


dos músculos. Exemplo: andar, correr, nadar, pedalar, dançar. Processo anaeróbico: é
qualquer exercício que trabalhe diversos grupos musculares durante um determinado
e constante período de tempo, de forma contínua. Exemplos: qualquer exercício com
movimentos rápidos de alta intensidade. Exemplo: Saltos.

O aquecimento proporciona, então, o aumento do fluxo de sangue para os mús-


culos, adequando, mais rapidamente, a exigência, para elevar a produção de ener-
gia aeróbica. Aumenta a temperatura do corpo, contemplando a melhor atividade
muscular, e diminui a probabilidade de lesões.

Aquecendo E Alongando o Corpo

Caro(a) acadêmico(a), sugerimos, aqui, alguns exemplos de exercícios, os quais,


com a sua criatividade, podem ser enriquecidos com mais elementos, ou subs-

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UNIDADE 4

tituídos por outros, pois o objetivo é que aconteça o aquecimento corporal no


início de qualquer atividade física.
Os personagens do folclore brasileiro podem ser inspirações para explorar
formas de movimentação corporal com intensão de aquecimento. Sugerimos que
os dançarinos procurem andar como o Currupira, ou saltitar como o Saci-pererê,
ainda engatinhar como se fossem o Lobisomem ou nadar como a Iara; e muito
mais que a criatividade do professor ou mediador colaborar.

Figura 1 – Personagens do Folclore Brasileiro


Fonte: EDUCAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO (2018, on-line)

Aquecimento geral

Trabalhar exercícios, envolvendo um agrupamento maior de músculos, pois o


objetivo é aumentar a temperatura do corpo, fazendo com que a musculatura
fique mais elástica, com os intuitos de evitar lesões e preparar os sistemas cir-
culatório e respiratório para o desempenho da atividade física. O aumento da
temperatura faz aumentar, também, o metabolismo do corpo, facilitando as
reações químicas, melhorando a oxigenação do sangue, dos músculos e do cé-
rebro e o desempenho motor. O aquecimento pode incluir movimentos do dia
a dia como correr, saltar, rolar, pois são um excelente exemplo para a agitação
corporal em pouco tempo.
Propomos, a seguir, alguns exercícios, como aquecimento geral:

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Figura 2 – Flexões Rotativas / Fonte: 50 ELEVAÇÕES (on-line, 2022)

Exercício um:
■ pés à largura dos ombros;
■ tronco dobrado, relativamente, às pernas, sob um ângulo de 90 graus;
■ braços esticados dos lados;
■ movimentos mais largos possíveis para a esquerda e para a direita;
■ observação atrás da mão, está para cima.

Figura 3 – Flexões do Tronco / FONTE: 50 ELEVAÇÕES (on-line, 2022)

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Exercício dois:
■ pés à largura dos ombros, joelhos esticados durante todo o exercício;
■ flexões contadas: 1) perna esquerda, 2) para a perna direita e 3) endirei-
tado o corpo;
■ seguidamente, união dos pés para a tentativa de toque da testa nos joelhos
(tentamos aguentar alguns segundos).

Exercício três:
■ mãos nos quadris, cabeça direita;
■ efetue uma rotação larga dos quadris;
■ repetição do exercício para a esquerda e para a direita.

Figura 4 – Músculos das Costas / Fonte: 50 ELEVAÇÕES (on-line, 2022)

P E N SA N DO J UNTO S

• Decúbito dorsal ou supina (pessoa que se deita com a barriga voltada para cima).
• Decúbito ventral ou prona (pessoa que se deita de bruços).
• Decúbito lateral (esquerdo ou direito).

Exercício quatro:
■ deitado de decúbito ventral, pernas levantadas cerca de 15 cm acima do
chão.
■ efetue um movimento de tesoura horizontal com os braços e as pernas;
■ cinco segundos de intervalo;
■ efetue uma tesoura vertical durante 30 segundos.

Exercício cinco:
■ deitados de decúbito dorsal;
■ ao mesmo tempo, levantadas as mãos e as pernas do chão, com esses
membros no ar durante alguns segundos.

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Figura 5 – Rotação dos Braços


Fonte: 50 ELEVAÇÕES (on-line, 2022)

Exercício seis:
■ em pé, com os pés, à largura dos ombros;
■ mãos esticadas ao longo do tronco;
■ efetue rotações ao mesmo tempo com
as duas mãos: para a frente, para trás e
em sentidos contrários;
■ posição em pé, com os pés, à largura
dos ombros, mas as mãos ao nível dos
ombros;
■ efetue rotações dinâmicas dos antebraços
na articulação do cotovelo.

Aquecimento específico

Trabalhar partes específicas do corpo para


atividade física, ou para trabalhar tipos es-
pecíficos de movimentos, com o mesmo objetivo. Deve ser realizado após o aque-
cimento geral, e conter exercícios de alongamento e de relaxamento. As partes
do corpo que são mais trabalhadas na dança devem ser bem alongadas para que
possam ser utilizadas com o máximo de desempenho.
O resultado desse aquecimento fica comprometido se, antes, não é feito um
aquecimento geral, o qual prepara o corpo como um todo. Associar os movimentos
à música, no aquecimento, ajuda a criar uma sensação de ritmo, de musicalidade.

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UNIDADE 4

Figura 6 – Rotação dos Pulsos / Fonte: 50


ELEVAÇÕES (on-line, 2022)

Exercício um:
■ mãos juntas;
■ efetue rotações para os dois
lados.

Um aquecimento específico
não está somente direcionado
para a elevação da temperatura
das partes do corpo (ex.: músculos, tecidos conjuntivos etc.), diretamente envol-
vidas na atividade, mas, também, favorece um ensaio do que precisa acontecer.
Essa forma de aquecimento pode auxiliar no aprimoramento da atividade. Em
geral, um aquecimento específico inclui algo da coreografia executada e prepara
o corpo e a mente para ligar os deslocamentos.
Sugerimos usar certos passos ou pequenas sequências das coreografias que
se pretende desenvolver, pois além dos bailarinos se familiarizarem com os mo-
vimentos, podem otimizar o equilíbrio e formas de execução dos passos em mo-
vimento. Esse exercício proporciona maior confiança no dançar, pois estimula
a memória e a rápida resposta ao trocar de trajetórias ou de formas geométricas
que são comuns nas danças folclóricas.

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Aquecimento Físico

PESCOÇO: girar a PULSO: entrelaçar OMBRO: com os BRAÇOS: esticar o CINTURA: com as
cabeça para os dedos e fazer braços esticados, braço à frente do pernas semi-abertas
esquerda e direita movimento circular fazer movimento corpo, dobrar e as mãos na cintura
e, em seguida, com o punho circular para frente o punho para girar o tronco para
fazer movimento e para trás baixo e direita e esquerda
circular pressioná-lo

TRONCO: com as COLUNA: com as PERNAS: com as JOELHOS: com TORNOZELOS:


pernas abertas, pernas semi-abertas pernas os joelhos semi- apoiar no chão
levar o braço para tocar as mãos no semi-abertas, flexionados, fazer com a ponta
cima da cabeça, chão, flexionando abaixar-se movimento circular dos pés e fazer
flexionando o levemente o joelho e, esticando uma Para direita e movimento circular
tronco para a em seguida, erguer perna e esquerda (Pé direito e
esquerda depois e levar os braços flexionando a esquerdo)
(inverter) para trás outra (com
para a direita o calcanhar no chão)

Figura 7 – Aquecimento Específico / Fonte: COLADA WEB (2022, on-line).

Sugerimos, também, como atividade, que os alunos possam fazer cartazes com
os passos das danças para estudar, como no modelo da Figura 8, ou com figuras
recortadas, desenhos, colagens etc.

CORPO EM MOVIMENTO

Rudolf Laban (1978, p. 9) “foi um dançarino, coreógrafo e artista húngaro que se


dedicou ao estudo e ao desenvolvimento de um método e de uma sistematização
das linguagens da dança e do movimento”. A dança pura não possui uma história
descritível, mas, para o autor, foi possível descrever os movimentos de dança
em símbolos gráficos que representam a forma do movimento, a velocidade, a
intensidade e a trajetória de um corpo em ação (LABAN, 1978). As danças cha-

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UNIDADE 4

madas sociais, ou seja, que fazem parte de registros de um período


histórico ou da cultura de um povo, não se caracterizam, segundo
Laban (1978), como dança pura. “Nesta, o impulso interior para o
movimento cria seus próprios padrões de estilo e de busca de valores
intangíveis e basicamente indescritíveis” (LABAN, 1978, p. 23). En-
tendemos que a dança folclórica, por ter uma história, incorpora a
totalidade das expressões, pois conta com a fala, a representação,
a mímica, a música e a cultura do que se está a dançar.
Para Laban (1978, p. 41), “nada nos impediria de ro-
tular essas brincadeiras de atuação dramática acro-
bática, não estivessem as palavras atuação e drama
reservadas para a exibição consciente do homem,
no palco, de situações da vida”. Percebemos que,
para ele, a dança é algo a mais e possui individua-
lidade genuína no movimento. Isso não aparta a
base de movimentos corporais que fazemos ao dançar,
do que Laban chama de dança pura, pois o que denominamos dança
folclórica ou qualquer outra caracterização de dança partem de um
mesmo princípio. O princípio que consideramos se dá em qualquer
ação corporal, assim, usando as combinações possíveis de um corpo,
de forma intencional, para expressão individual de um bailarino, ou
expressão coletiva de um grupo.
Através dos estudos de Laban, surgiram as denominadas Corêuti-
ca e a Eucinética, estudos esses baseados em princípios da junção de
dois vocábulos gregos: chorós e lógos. Segundo Madureira (2020,
p. 3), “no contexto clássico, choros é o coro da tragédia clássica, cujos
deslocamentos realizados na orquestra, fluidos e dramáticos, eram
percebidos como dança. Lógos é linguagem, ciência, razão”.
Conforme Mota (2012, p. 65), a Coreologia deve ser entendida
como “um estudo científico, não só da dança, mas também de todas
as artes do movimento”. Entendemos que se refere às quais compõem
o movimento em si, a partir do Chorós, que significa círculo, movi-
mentos circulares.

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A Coreologia, em linhas gerais, estrutura-se através de dois grandes
campos que devem ser pensados e estudados de forma integrada:
a Corêutica, que trata da harmonia espacial, e a Eucinética, que
trata das ações corporais e sua relação com a expressividade. Há
ainda um campo paralelo, a Cinetografia, sistema de notação do
movimento que, por sua elevada complexidade, será aqui abordada
apenas de modo introdutório ao lado das discussões sobre Corêu-
tica e Eucinética (MADUREIRA, 2020, p. 4).

A Corêutica estuda a relação do corpo com o espaço e o desenvolvimento dos


movimentos dançados. Faz parte da Corêutica o espaço relacionado ao espaço
que o corpo desenvolve ao dançar. Aqui, estão os planos, ou os níveis da dança,
o deslocamento e as direções para quais o corpo se projeta ao se movimentar.
FRENTE
DIAGONAL DIAGONAL
ESQUERDA ALTA DIREITA ALTA

LADO LADO
ESQUERDO DIREITO

DIAGONAL DIAGONAL
ESQUERDA BAIXA DIREITA BAIXA

TRÁS

Figura 8 – Direções Espaciais / Fonte: ALUNOICA (2022, on-line)

A Eucinética estuda os movimentos em si, considerando a Cinesfera (Kinesfe-


ra). A Cinesfera é o espaço que circunda e delimita o espaço pessoal natural, no
entorno do corpo que se move. Esse espaço esférico acompanha o corpo mesmo
no movimento, pois se mantém constante em relação a ele, ou seja, é deslocado,
de acordo com a amplitude do movimento. Essa esfera parte do centro do corpo
e é delimitada pelo alcance dos membros e de outras partes do corpo, mesmo
quando em movimento.

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Figura 9 – Cinesfera ou Cines / Fonte: IMPROVISAÇÃO E OUTROS ESTUDOS (2022, on-line)

Fatores de Movimento de Laban

Para Laban (1978, p. 47), “os movimentos se originam do tronco, do centro do


corpo, e depois fluem gradualmente em direção das extremidades dos braços e
pernas”. O deslocamento é o percurso, ou seja, o caminho utilizado pelo dança-
rino, seja respeitando as marcações específicas de uma determinada coreografia
ou improvisando. Existem várias maneiras para a execução dos percursos na
dança, mas a dança folclórica, devido sua natureza, contém um contexto cultural
o girar, correr, andar, saltar ou se arrastar são com percursos determinados pelas
coreografias. Esses percursos podem ser percorridos em diferentes formas retas
ou curvas, e serem feitos de forma individual ou coletiva.

Figura 10 – Possibilidades de Movimentos de Percursos / Fonte: CLÍNICA TANIA (2022, on-line)

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O movimento de um corpo que sai de um ponto e chega no outro pode ser


acompanhado de diferentes movimentos dos braços ou pernas. Mesmo sem des-
locamento corporal, ainda assim, os membros podem se movimentar, ou seja, o
corpo não precisa se deslocar para dançar.
É importante considerar outras variáveis, como:

DIMENSÃO:

define a orientação no espaço e se estende entre duas direções opostas. Grande


e pequeno, longe e perto.

DIREÇÃO:

são os percursos pelos quais o movimento se direciona, tendo, como ponto


inicial, o centro do corpo do dançarino. São elas: frente, trás, lado, diagonais, em
cima e em baixo (FRANCISCO, 2020).

FLUÊNCIA:

São movimentos com contenção muscular ou com liberdade que podem carac-
terizar o estilo da dança.

Também, podemos explorar:


■ Planos: sagital, vertical e horizontal, os quais fazem uma combinação
entre as direções e as dimensões. Madureira (2020, p. 5) afirma que a “eu-
cinética também estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os
em quatro fatores expressivos, separados em propriedades”. O autor se
refere às qualidades que não são estanques, ou melhor, as variáveis que
são possíveis aos movimentos do corpo, podendo ser aumentadas ou
diminuídas (MADUREIRA, 2020). São denominados fatores do movi-
mento: espaço, fluxo ou fluência, peso e tempo:
■ Espaço: nele, a dança acontece. O espaço compreende a forma de deslo-
camento (direta ou flexível), os níveis, a dimensão, a direção e os planos.
Os movimentos criados pelo corpo são influenciados pelo espaço, e, nele,
encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que determina a extensão

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do corpo, as flexões e os deslocamentos. A Cinesfera (Kinesfera) é um


espaço imaginário que impõe um limite ao corpo do dançarino, ao limite
natural do espaço pessoal. O uso do espaço pode se dar de duas formas,
conforme a qualidade do movimento:
■ Forma Direta: quando os movimentos lineares e retos ocupam um es-
paço definido, sem a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É
traçar um percurso direto para atingir um ponto definido.
■ Forma Flexível: quando os movimentos do corpo ocupam vários es-
paços ao mesmo tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras
e as torções.
■ Fluência: é o movimento contínuo, uniforme e progressivo, ou seja, sem
interrupções, de fluência livre. Parte do tronco do corpo às extremida-
des dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo
tempo.

Pode ser dividida entre livre e controlada. A fluência é controlada quando há


pequenas pausas.

■ Peso: são forças utilizadas pelo corpo em relação à resistência do peso. O


peso dá o suporte à verticalidade, à estabilidade e à segurança. Existem
duas qualificações para a denominação do peso: leves (suaves) e firmes
(resistentes).
■ Tempo: define, na dança, os movimentos rápidos, lentos e moderados
(ritmos métricos). Com ele, é possível definir a duração, o ritmo, a pul-
sação etc. Pode ser dividido em rápido, quando o dançarino mantém a
aceleração constante de um movimento, sem alterações; moderado, o
meio termo entre um movimento corporal rápido e um lento; e lento,
quando o dançarino reduz a velocidade, constantemente, dos movimen-
tos corporais, até quase parar.

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Níveis
(Alto/Médio/Baixo) Dimensões

Cinesfera Rápido Moderado

Direções ESPAÇO TEMPO

Deslocamento Lento

Conduzido
(Controlado)
Leve
PESO FLUÊNCIA
(FLUXO)

Pesado Livre

Figura 11 – Infográfico espaço – tempo – peso – fluência / Fonte: a autora

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Fazer cartões, contendo os termos: TEMPO-Rápido / TEMPO-Moderado / TEMPO-Lento /


FLUÊNCIA-Livre / FLUÊNCIA-Controlada / PESO-Leve / PESO-Pesado / ESPAÇO-Cines-
fera / ESPAÇO-Dimensões / ESPAÇO-Nível Baixo / ESPAÇO-Nível Médio / ESPAÇO-Nível
Alto / ESPAÇO-Deslocamento / ESPAÇO-Direções.
Também, cartões com o seguinte: AGACHAR – ANDAR – ARQUEAR – ARRASTARSE
– BALANÇAR – CIRCULAR – CORRER – DAR UMBOTE – DESABAR – DESFALECER –
EMPINAR – ENCOLHER – ESPARRAMAR – FECHAR – LEVANTAR – ONDULAR – PARAR –
PLANAR – PULAR – RECLINAR – RODOPIAR – SACUDIR – TREMER – VIRAR. Solicitar que
os alunos relacionem o tipo de movimento com os fatores de movimento propostos por
Laban. Esse exercício os ajudará a compreenderem a qualidade dos movimentos..

Organizador das Atividades

Caro acadêmico, vamos propor uma forma de organizar as atividades, mas con-
tamos com a sua criatividade e sua sensibilidade para adaptar a sua realidade
educacional. A nossa intenção é entregar um exemplo de como organizar as suas
atividades, mas é muito importante que você transforme essa atividade, de forma

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UNIDADE 4

que contemple os objetivos educacionais contidos nos referenciais nacionais, e, em


consequência, os planos pedagógicos e educacionais da instituição da sua atuação.
A proposta, neste material, é iniciada com a intenção, do professor, de pro-
vocar, motivar, instigar a respeito das danças folclóricas. A ação do docente, ao
investigar o que os estudantes conhecem, ou não, acerca de danças folclóricas,
pode ser um bom princípio, pois, assim, consegue basear a aula. Incluem-se dife-
rentes maneiras de acompanhar uma sondagem, e é importante adotar a postura
de não estabelecer critérios de comparação, além de oferecer possibilidades para
que os estudantes alcancem os objetivos esperados e estar atento às dificuldades
expostas na realização das atividades, para propor soluções.

P E N SA N DO J UNTO S

É fundamental destacar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habili-


dades, por meio de situações de aprendizagem, geralmente, varia de uma turma para a
outra, mesmo que ambas sejam da mesma etapa.

Uma ferramenta essencial é a prática diária do registro, em um portfólio, para


acompanhar os avanços e as dificuldades no desenvolvimento de habilidades,
apropriação dos conhecimentos, observação dos processos criativos, relação com
os colegas, participação, empenho, respeito pelas produções individual, coletiva
e colaborativa, autoconfiança e valorização das diferentes expressões artísticas.
Dessa forma, o resultado das avaliações oferece os elementos necessários para
analisar o planejamento, replanejar, se necessário, realizar o acompanhamento
individual e elaborar propostas de recuperação das aprendizagens durante todo
o ano letivo.
E U IN D ICO

Para saber mais:


10 Modelos de Portfólio. Fabio Lobo.
Acesse em: https://www.fabiolobo.com.br/modelos-dicas-portfolio.html.
Como Montar um Portfólio de Arte. Wikihow.
Acesse em: https://pt.wikihow.com/Montar-um-Portf%C3%B3lio-de-Arte.

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Como primeiro exemplo, apresentamos um modelo de organizador das ativi-


dades, baseado na numeração proposta na BNCC: EF é Ensino fundamental,
seguido do ano em que é aplicado, a disciplina e o número da habilidade cor-
respondente no referencial. Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à
numeração apresentada na BNCC. EF = Ensino Fundamental – 03 = 3° ano – AR
= Arte – 13 = número da habilidade. Para tanto, isso é descrito de acordo com
uma determinada estrutura, a partir de São Paulo (2009, s. p.):


Habilidade: Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias
da cultura popular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se as
matrizes indígenas, africanas e europeias. Verbos que explicitam
os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Experimentar,
identificar e apreciar. Objetos de conhecimento mobilizados na ha-
bilidade: Músicas próprias da cultura popular brasileira. Modifica-
dores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou
uma maior especificação da aprendizagem esperada: de diferentes
épocas, incluindo-se as matrizes indígenas, africanas e europeias.
Em outras habilidades, também, existem modificadores de verbos.
Por exemplo, “experimentar” “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades: demons-


tram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades, arti-
culadas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).
Habilidades integradoras: são habilidades que propõem conexões entre duas
ou mais linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, da
compreensão de processos de criação e fomento da interdisciplinaridade (SÃO
PAULO, 2009).

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O exemplo de um modelo organizador de atividades é encontrado


com mais detalhes em SÃO PAULO. Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo. Caderno do professor: arte, anos finais. São
Paulo: SEE, 2009. Disponível em: https://www.educacao.sp.gov.br/
sao-paulo-faz-escola. Acesso em: 6 jan. 2023.

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UNIDADE 4

Uma forma mais simplificada de proposta está apta a ser elaborada por você.
Faremos as sugestões dos itens que podem compor a sua organização e você,
com criatividade e autonomia, elaborará o próprio registro.

INSTITUIÇÃO PROFESSOR DISCIPLINA

NIVEL ESCOLAR ANO ESCOLAR BI/TRI/SEMESTRE

ALUNOS TEMÁTICA DA AULA HABILIDADES PRET

DURAÇÃO DIDÁTICAS RECURSOS

AULA HABILIDADE CONTEÚDO DIDÁTICA APRENDIZAGEM OBS

Pesquisar,
apresentar,
analisar e
reconhecer
Pesquisar e Pesquisa e
diferentes
analisar dife- analisa dife-
danças Organizar e realizar
rentes formas rentes formas
folclóricas momentos de
de expressão, de expressão,
10 brasileiras. pesquisa, análise,
representação e representação
Obs.: aqui, reconhecimento e
encenação de e encenação de
pode-se apreciação.
danças folclóricas danças folclóri-
separar
brasileiras. cas brasileiras.
em regiões,
Estados ou
diferentes
países.

Explorar elemen-
Contextuali-
tos constitutivos
zar a história Experimenta e
do movimento
da dança, analisa os fatores de
dançado nas
incluindo a movimento, gerando
02 danças folclóri-
discussão de ações corporais e
cas brasileiras,
estereótipos e movimento dan-
abordando, criti-
de precon- çado.
camente, o con-
ceitos.
texto histórico.

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Analisar e
experimen-
Organizar
tar diferentes
e realizar
elementos das Reconhece e aprecia
momentos
danças folclóricas composições de
de criação de
03 brasileiras (co- dança. Explora ele-
composições
reografia, figurino mentos constituti-
cênicas e
e trilha sonora) vos do movimento.
apresentação
e espaços (con-
coreográfica.
vencionais e não
convencionais).

Analisar e
valorizar os Analisar e va-
Analisa e valoriza os
patrimônios lorizar as dan-
patrimônios cultural,
cultural, material ças folclóricas
04 material e imaterial
e imaterial de consideradas
das danças paulista
culturas diversas, patrimônios
e brasileira.
em especial, da imateriais.
brasileira.

Favorecer a
construção de Analisa e experi-
Conhecer as
vocabulário e de menta diferentes
origens dessas
05 repertório relati- elementos, lingua-
danças folcló-
vos às diferentes gens das danças
ricas.
linguagens folclóricas.
estéticas.

Realizar
Composição cê- momentos de
nica e apresen- exploração Cria e realiza
06 tação coreográ- dos elementos apresentações
fica, individual e constitutivos coreográficas.
coletiva. das danças
folclóricas.

Registro das
atividades
Registra as ativida-
por meio de
07 Avaliação des e socializa as
portfólio, diário
aprendizagens.
de campo,
imagens etc.

Quadro 1 – Organizador / Fonte: a autora

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UNICESUMAR
UNIDADE 4

Em complemento à organização, é importante a avaliação das ações, assim, faremos


uma sugestão dos itens que podem compor a sua organização, e você, com obser-
vações e autonomia, consegue elaborar o próprio registro. Salientamos que essa su-
gestão de avaliação, apresentada no quadro avaliador, pode, também, ser proposta
para que os alunos registrem, em grupos ou individualmente, as aprendizagens.

ORIGEM E
DANÇA COREOGRAFIA,
LOCAL DE OBSERVAÇÕES
FOLCLÓRICA MÚSICA E FIGURINOS
MANIFESTAÇÃO

CATIRA

CARIMBÓ

XAXADO

CHIMARRITA

OUTROS:

INSTITUIÇÃO PROFESSOR DISCIPLINA

TEMÁTICA DA ALUNO OU
DATA
AULA GRUPO

Quadro 2 – Avaliador / Fonte: a autora

Consideramos que a avaliação em danças é muito relativa, porque depende da


intencionalidade de ensinar as danças folclóricas como uma arte e um conheci-
mento, bem como algo de prazer, lazer ou diversão. Assim, nos referimos, nesse
estudo, a avaliar a dança folclórica na educação, intentando atribuir o reconhe-
cimento dessa manifestação cultural como um todo.
Avaliar um processo de ensino-aprendizagem em dança não significa apenas
em descrever e mensurar a qualidade dos produtos alcançados, como apresen-
tações, trabalhos manuais, arte etc. Avaliar um processo em dança é avaliar um
processo individual e um processo coletivo, assim, diagnosticar o que o compo-

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UNIDADE 4

nente individualmente necessita para melhor desempenho pessoal e sua inclusão


no grupo, dessa forma, possibilita-se que o grupo melhore a performance.
Uma das formas que sugerimos, para colocar isso em prática, é usar a ava-
liação como um espelho para que a performance do grupo, os dançarinos, os
professores e o público possam ter o olhar para si mesmos, buscando transfor-
mações das suas práticas.

NOVOS DESAFIOS
Vimos que conhecer nosso corpo pode viabilizar as possibilidades de movimen-
tação e as limitações. As danças do folclore ampliam as possibilidades de mo-
vimento, de relações com outras formas de expressão. Quando organizados os
movimentos, o corpo dança, e, por meio das danças, expressa-se a identidade
cultural de um grupo.
Aprendemos também sobre a importância do aquecimento. Nas aulas de
dança, de modo geral, dá-se para elevar a temperatura do corpo e preparar os
músculos, o sistema nervoso, os tendões, os ligamentos e o sistema cardiovas-
cular para os movimentos específicos. Deslocamento é o percurso, ou seja, o
caminho utilizado pelo dançarino, respeitando as marcações específicas de uma
determinada coreografia.
Uma ferramenta importante é a prática diária do registro, em um portfólio,
para acompanhar os avanços e as dificuldades no desenvolvimento de habilida-
des e apropriação dos conhecimentos, observação dos processos criativos, rela-
ção com os colegas, participação, empenho, respeito pelas produções individual,
coletiva e colaborativa, autoconfiança e valorização das diferentes expressões
artísticas.

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MEU ESPAÇO

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UNIDADE 5
UNIDADE 5

TEMA DE APRENDIZAGEM 8

PROPOSIÇÕES COREOGRÁFICAS
PARA EXPERIENCIAR O FOLCLORE
BRASILEIRO
PROF.ª KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Entender quais são as principais características e funções do figurino;

Aprender a importância da trilha sonora e como ela compõe uma música


com os instrumentos em determinada apresentação;

Explorar quais espaços de apresentação (convencionais e não


convencionais) se referem aos espaços onde as apresentações acontecem.

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UNIDADE 5

INICIE SUA JORNADA


Caro(a) aluno(a), antes de iniciarmos as proposições, gostaríamos de apresentar
alguns elementos que são fundamentais para a preservação das danças folclóricas.
Esses elementos caracterizam as danças quanto à coreografia, o figurino, a música
e os espaços em que elas acontecem.

DIFERENTES PROPOSTAS DE ATIVIDADES

Esses elementos são conceituados de acordo com Marques (2023, on-line):

COREOGRAFIA:

é uma sequência de movimentos de dança orientados por um coreógrafo, ou,


mesmo, por um grupo, por meio do processo criativo, com o objetivo de se criar
uma sincronização de movimentos para a elaboração de diferentes coreografias.

FIGURINO:

é a vestimenta utilizada pelo dançarino na apresentação. O figurino deve


informar, por meio da modelagem e das cores, as características daquele per-
sonagem. No caso da dança, em muitos casos, o figurino é o complemento do
movimento do dançarino, além de facilitar a compreensão do estilo de dança a
ser apresentado.

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UNIDADE 5

TRILHA SONORA:

é um conjunto de sons que compõe uma música, ou seja, desde os instrumentos


tocados, até mesmo, os sons produzidos para realçar determinada apresentação
(cenas) musical, de dança, teatro etc.

ESPAÇOS DE APRESENTAÇÃO

(convencionais e não convencionais): referem-se aos espaços onde as apre-


sentações acontecem. Podem ser convencionais, como é o caso dos teatros,
salões, ou não convencionais, como as ruas ou outros espaços, os quais, a princí-
pio, não teriam essa função, como um deck na praia (como mostrado no vídeo da
dança de São Gonçalo).

Conhecer e compreender a vasta variedade de danças folclóricas brasileiras não


é tarefa fácil, mas com pesquisas e estudos que afirmam essa prática passada
de geração em geração, poderemos compartilhar nossas experiências e somar
conhecimentos para as próximas gerações.

Atividades

Caro acadêmico, estudaremos as sugestões de atividades, lembrando que as suas


autonomia e criatividade são fatores essenciais para a adequação no contexto
educativo. As propostas podem e devem ser transformadas, de forma a atender
a características dos contextos cultural e educacional. Contamos com a sua ativa
criticidade, e que essas sugestões possam ser pessoalizadas e apropriadas de for-
ma que você possa sentir e pensar na dança em uma unidade, assim, efetuando
o que chamamos de educação estética.
Sugerimos que comece conversando com os estudantes, para levantar os co-
nhecimentos prévios, colocá-los em contato com a dança, e identificar os elemen-
tos que compõem uma coreografia (fluência, peso, espaço e tempo) e como eles
aparecem. O ensino da dança, na escola, não tem, como foco, ensinar a técnica
dos movimentos específicos de cada tipo de dança, é necessário o estudo das di-
ferentes modalidades, visando, também, à apreciação das diversas manifestações
de movimentos característicos de cada região.

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UNIDADE 5

Recomendamos que você adapte as aulas para que, aqueles que possuem al-
guma necessidade especial, também, possam participar das atividades, inde-
pendentemente das deficiências, possibilitando que desenvolvam um grande
conhecimento do próprio corpo e das possibilidades. Para a ampliação do seu
repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos importantes para o de-
senvolvimento das atividades.
P E N SA N DO J UNTO S

São muitas as formas de registrar as coreografias, como podem ser estimuladas formas
próprias que cada grupo adota para representar suas trajetórias no percurso coreográf-
ico. Apresentamos um registro como ilustração, mas de acordo com a faixa etária dos
bailarinos os grafismos podem ser diversificados. O importante é que haja uma forma
simbólica para que em cada aula o tempo seja otimizado.

Figura 1 – Registro coreográfico barroco.


Fonte: Wikimedia Commons (2023, on-
-line).

É importante que você orien-


te os estudantes para que
realizem registros durante o
desenvolvimento das ações,
para colaborar com os mo-
mentos de autoavaliação e de
recuperação.

Primeira Proposta de
Atividade

Habilidades: explorar ele-


mentos constitutivos do mo-
vimento dançado nas danças
folclóricas brasileiras, abor-
dando, criticamente, o desenvolvimento dessas manifestações da dança nas his-
tórias tradicional e contemporânea. Levar os alunos a refletirem e a chegarem ao
conceito de dança folclórica. Conteúdo: danças folclóricas brasileiras; elementos
constitutivos do movimento; fatores do movimento – tempo, peso, fluência e espaço.

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UNIDADE 5

Didática: experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluên-


cia e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o
movimento dançado.
Desenvolvimento 1° Passo: organize uma roda de conversa e questione os
estudantes para saber se eles gostam de dançar, quais tipos de danças apreciam
e qual a opinião deles em relação aos diversos estilos de dança, incluindo as fol-
clóricas. Pode ser que alguns estudantes façam ou já tenham feito algum tipo de
dança (ballet, capoeira etc.). Essas informações e experiências podem contribuir
muito nessa atividade, e, para isso, você pode utilizar os questionamentos a seguir,
para ampliar a conversa.

Sondagem Aula 1:
■ O que vocês entendem por cultura popular?
■ O que vocês entendem por dança folclórica?
■ O que conhecem da dança folclórica brasileira e de outros continentes?
■ Vocês conhecem os fatores de movimento propostos por Laban? Quais?
■ Vocês gostam de dançar? De quais estilos mais gostam?
■ Vocês estudam ou já estudaram dança? Dentro ou fora da sua escola?
Quais estilos?
■ O que vocês entendem por movimentos corporais?
■ O que vocês entendem por espaço e tempo na dança?
■ Que tipo de dança vocês já dançaram nas festas juninas da escola?
■ Vocês conhecem estas danças: frevo, catira, xaxado, chimarrita? Se não
conhecem,
■ imaginam como elas são? Saberiam dizer quais as origens delas?

2° Passo: após a sondagem, estimular os alunos a experimentarem e a analisa-


rem os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elemen-
tos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado. Para
ampliar essa compreensão e conhecer as possibilidades de uso dos elementos
constitutivos da dança – fluência, espaço, peso e tempo na composição coreográ-
fica –, explique os estudos realizados por Rudolf Laban. Para tal, conseguem ser
acompanhadas músicas instrumentais que evidenciem o ritmo, como batuques,
sons da natureza etc. O acompanhamento pode ser por palmas, batidas de pé,
giros, saltos, agachamentos etc.

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UNIDADE 5

3° Passo: voltar, com calma, aos alongamentos, estimular os alunos a bebe-


rem água e a retornarem para sala.

Sondagem Aula 2:
1° Passo: organize uma roda de conversa e questione os estudantes:
■ O que vocês entendem por figurino na dança?
■ O que vocês entendem por trilha sonora?
■ Existe um espaço específico para dançar? Por quê?
■ Como vocês imaginam a dança do frevo sem a famosa sombrinha colo-
rida? Há algum outro objeto que poderia ser utilizado?
■ E a dança do carimbó, será que teria o mesmo efeito se as saias das dan-
çarinas não fossem rodadas?
■ Algumas danças, como a catira, por exemplo, teriam o mesmo efeito das
batidas de pés sem o uso das botas? Há algum outro calçado que poderia
ser utilizado?
■ Qual outro efeito teria?
■ Vocês acham que daria para jogar/dançar capoeira utilizando um calçado
ou uma
■ saia rodada? Por quê?
■ Qual seria o efeito se os dançarinos da chimarrita utilizassem, por exem-
plo, as roupas do frevo?
■ Como seriam os passos da catira dentro de uma coreografia de capoeira?
■ E os passos da chimarrita em uma apresentação de quadrilha de festa
junina?
■ Como seria a dança do frevo utilizando a trilha sonora da chimarrita?
■ E se usássemos as músicas do xaxado para dançar frevo, seria muito di-
ferente?
■ Quais outros objetos poderiam ser utilizados para a dança de São Gon-
çalo? Teria o mesmo efeito?

2° Passo: grande parte das danças folclóricas (carnaval, maracatu, festas juninas
etc.) é marcada pelo colorido das roupas e pelos movimentos coreográficos.
■ Converse a respeito dos figurinos (se eles percebem que, em boa parte
dessas danças, é o figurino que auxilia o movimento), das coreografias

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UNIDADE 5

(como são
■ organizadas?) e das trilhas sonoras (percebem que a música é o que com-
pleta o cenário – roupa, movimento, som?).

3° Passo: finalize a atividade, voltando, com calma, aos alongamentos, estimule


os alunos a beberem água e a retornarem para a sala

Segunda Proposta de Atividade

Habilidades: ampliar as possibilidades do esquema corporal.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: propostas de exercícios acompanhados de música, tendo, como espaço,


uma quadra poliesportiva.
Desenvolvimento:

1° Passo: formar grupos organizados em círculos; colocar uma música moderada;


ao sinal do professor, dar três passos para a direita e um giro com os braços
acima da cabeça; o importante é não sair da organização em círculo; repetir tudo
para o lado esquerdo. Pode fazer a marcação com palmas, sendo três toques
iguais para as passadas e um toque forte para o giro.

2° Passo: alunos organizados em bloco e localizados na parte final da quadra.


Fazer a marcação com palmas e verbalizando com três tempos, sendo que, nos
dois primeiros tempos, executar dois passos curtos, e, no 3°, um salto, ora com
a perna direita, ora com a perna esquerda. Não ultrapassar o colega da frente e
não sair da organização inicial.

3° Passo: alunos organizados em bloco; posição inicial de pé, com as pernas


unidas e os braços ao longo do corpo. Ao sinal, afastar o pé direito para a lateral
direita, executando um círculo com a ponta do pé, arrastando no chão em
três tempos, e, no quarto tempo, dar um saltito à direita, juntando os dois pés.
Primeiramente, executar com marcação verbal, depois, com música.

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UNIDADE 5

Repetir com o pé esquerdo.

Variação: executar o círculo com a ponta do pé na frente do corpo e saltitar para


frente. Executar o círculo com a ponta do pé atrás do corpo e saltitar para trás.

4° Passo: alunos organizados em dupla, de mãos dadas, espalhados pela quadra.


Fazer a marcação de quatro tempos com palmas, sendo que os alunos devem
dar três passos, e, no 4° tempo, tirar o pé direito do chão, depois, o esquerdo,
sem atropelar o colega e sem perder o equilíbrio ao tirar o pé do chão.

Variação: nos quatro tempos, elevar a perna para trás (aviãozinho). Organizados
em bloco, dar três passos para a direita e elevar a perna esquerda; dar passos
para a esquerda e elevar a perna direita. Executar vários tipos de elevação de
pernas (aviãozinho, garça, para frente etc.) desenvolvem o equilíbrio e a con-
centração. Voltar, com calma, aos alongamentos, estimular os alunos a beberem
água e a retornarem para a sala.

Fonte: ROSSETTO JÚNIOR, A. J.; COSTA, M. C. Práticas pedagógicas reflexivas em esporte


educacional: unidade didática como instrumento de ensino e aprendizagem. 2. ed. São
Paulo: Phorte Editora, 2012.

P E N SAN DO J UNTO S

Se você percebe que a sua turma é mais introvertida, faça essa atividade em uma sala
mais escura, e utilize o recurso de luz e sombra. Solicite, se possível, que os estudantes
que possuem celulares utilizem as lanternas dos aparelhos para projetar a luz.
Nesse caso, divida a sala em dois grupos: enquanto um se movimenta, o outro usa
as lanternas, trocando mais tarde. Peça para que reparem, além dos movimentos, as
silhuetas projetadas nas paredes.

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Terceira Proposta de Atividade

Habilidades: aprimorar o ritmo dos movimentos corporais.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: propostas de exercícios acompanhados de música, tendo, como es-


paço, uma quadra poliesportiva e materiais, como cabos de vassoura, arcos e
bolas.

Desenvolvimento: 1° Passo: alunos organizados em bloco, com número par


de elementos em cada fileira. Cada aluno segurando dois bastões de madeira
(cabo de vassoura cortado em 25 cm). Determinar, antes, com qual colega mais
próximo deve ser formada uma dupla durante o exercício. Inicialmente, execução
em quatro tempos, sendo que, nos três primeiros, deve-se bater o próprio bastão
um no outro, e, nos quatro, bater no bastão do colega com o qual formou dupla.
Depois, realizar o exercício em três tempos e em dois tempos, e com música.
Variação: bater o bastão do colega da frente, do colega de trás, do lado esquerdo,
da diagonal. Em cima da cabeça, embaixo, próximo ao chão, do lado do corpo.

2° Passo: cada aluno com um arco, disperso na quadra. Em três tempos, realizar
dois passos, jogar o arco para cima, e, no 4° tempo, pegar com a outra mão. Mar-
cação verbal e com música.

Variação: organizados em blocos, balancear o arco para frente e para trás, jogar o
arco para cima e pegar com a outra mão, realizar com a outra mão. Fazer todo o
exercício com deslocamento.

3° Passo: o professor organiza os alunos em duas turmas iguais, uma realiza a


atividade enquanto a outra observa. Organizados em bloco, com uma bola de
borracha que pule na mão direita. Em três tempos, realizar um círculo com o
braço/bola na frente do corpo e jogar a bola para cima. No 4°, pegar a bola com
as duas mãos. Realizar o mesmo exercício com a mão esquerda. Variação: o
mesmo exercício com deslocamento para a direita e para a esquerda.

4° Passo: enrolar a bola com as duas mãos em dois tempos, na frente do corpo;

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UNIDADE 5

nos três tempos, bater a bola no chão; e, no 4°, pegar a bola com as duas mãos.
Primeiramente, parado, depois, deslocando para frente, para trás e para a diago-
nal. Alunos dispersos na quadra e com uma bola de borracha. Realizar em quatro
tempos, um bater a bola no chão com força, dois e três duas palmas, e quatro
pegar a bola com as duas mãos.

5° Passo: repetir até que os alunos se identifiquem com as atividades. 6° Passo:


voltar, com calma, aos alongamentos, estimular os alunos a beberem água e a
retornarem para a sala.

Fonte: ROSSETTO JÚNIOR, A. J.; COSTA, M. C. Práticas pedagógicas reflexivas


em esporte educacional: unidade didática como instrumento de ensino e
aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Phorte Editora, 2012.

Quarta Proposta de Atividade

Habilidades: aperfeiçoar a lateralidade e o equilíbrio dos alunos nos movimen-


tos corporais.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: propostas de exercícios acompanhados de música, tendo, como espaço,


uma quadra poliesportiva, e materiais, como arcos e bolas.

Desenvolvimento:

1° Passo: alunos espalhados pela quadra, ao sinal, quando a música toca, todos
devem sair, dançando, livremente, pelo lado direito; ao parar a música, todos
ficam como estátuas. Quando a música toca novamente, todos dançam pelo lado
esquerdo. Repetir o exercício, pelo menos, umas quatro vezes. Variação: a cada
parada, pode ser solicitado equilíbrio em um pé ou uma pose na meia ponta
dos pés.

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2° Passo: todos os alunos em cima de uma das linhas da quadra, e, ao ouvirem a


música, devem sair andando procurando não sair de cima da linha. Ao mudar
a música, todos correndo em cima da linha. Ao novo sinal, mudam de direção.

3° Passo: voltar, com calma, aos alongamentos, estimular os alunos a beberem


água e a retornarem para a sala.

Variação: proponha que organizem uma sequência de movimentos, explorando


partes do corpo, envolvendo o nível alto (quando ficamos nas pontas dos pés
ou saltamos, perdendo o contato com o chão), o nível médio e o nível baixo
(quando rastejamos ou de cócoras); o peso (variando entre o pisar firme e leve);
o tempo (variando entre o rápido e lento); a lateralidade (ir para a direita e para
a esquerda) e andar para frente e para trás.

Quinta Proposta de Atividade

Essa atividade pode ser desenvolvida em duas ou em três aulas.

Habilidades: levar os alunos com a ajuda do professor, elaborar uma coreografia


com passos básicos.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: propostas de exercícios acompanhados de música, tendo, como espaço,


uma quadra poliesportiva e o uso de um dos materiais, como cabos de vassoura,
arcos, lenços e bolas.

Desenvolvimento:

1° Passo: na quadra poliesportiva, com um aparelho de som, reproduzir músicas


do folclore e estimular a percepção dos alunos para as diferenças rítmicas. Com
isso, dar estímulos a eles, para que realizem movimentos soltos com os materiais
citados.

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2° Passo: dividir os alunos em grupos; cada grupo, com um material específico,


precisa realizar movimentos e produzir uma sequência. Esses movimentos po-
dem ser das próprias danças folclóricas que usam esses materiais.

3° Passo: os grupos devem juntar os movimentos que fizeram anteriormente, em


três tempos, até formar uma coreografia.

4° Passo: discutir, com todos, o que mais gostaram, o que deu certo, o que deu
errado, como melhorar. Socializar o que cada grupo desenvolveu. É muito im-
portante registrar as sequências coreográficas feitas nos grupos para que, em uma
próxima aula, possa-se unir o que cada grupo produziu em sequência.

5° Passo: voltar, com calma, aos alongamentos, estimular os alunos a beberem


água e a retornarem para a sala.

Sexta Proposta de Atividade

Habilidades: sistematizar o conhecimento da dança folclórica por meio de ví-


deos.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: propostas de assistir a vídeos de duas danças escolhidas pelos grupos.

Sugestão: Vídeo – Dança Folclórica: Fandango – Anú.

Desenvolvimento:

1° Passo: antes de iniciar o filme, a professora faz uma palestra,


explicando quais os pontos principais do filme, e a ideia central, para que os
alunos percebam o eixo central, que é como se dança.

2° Passo: sintetizar e comentar os pontos destacados pela professora, os quais os


alunos perceberam no filme.

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3° Passo: com base nesses estudos apresentados, os alunos escolhem duas danças
folclóricas, para ensaiar e apresentar. Os grupos devem juntar os movimentos que
fizeram anteriormente, até formar uma coreografia.

4° Passo: discutir, com todos, o que mais gostaram, o que deu certo, o que deu
errado, como melhorar. Socializar o que cada grupo desenvolveu. É muito impor-
tante registrar as sequências coreográficas feitas nos grupos, para que, em uma
próxima aula, possa-se unir o que cada grupo produziu em sequência.

Cada grupo é responsável pelo ensaio e pela organização da dança folclórica, das
roupas típicas, da música e da coreografia.

5° Passo: voltar, com calma, aos alongamentos, estimular os alunos a beberem


água e a retornarem para a sala.

Sétima Proposta de Atividade

Habilidades: sistematizar o conhecimento da dança folclórica por meio de vídeos.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: propostas de assistir a vídeos de duas danças escolhidas pelos grupos.

Sugestão: Vídeo – Danças e Ritmos do Brasil: Frevo – Escola


de Frevo do Recife.

Desenvolvimento:

1° Passo: comece essa atividade conversando a respeito da


importância de conhecer o corpo e os limites para dançar, fale dos movimentos
que fazemos diariamente e que as variações podem criar coreografias incríveis.
Na apreciação das imagens supracitadas, solicite que observem, atentamente, os
movimentos corporais, os figurinos etc.

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UNIDADE 5

2° Passo: em seguida, apresente os vídeos indicados e solicite que, enquanto as-


sistem, anotem as observações na Ficha de Anotações, pois elas serão utilizadas
em uma próxima atividade.

3° Passo: explique que as danças folclóricas foram criadas a partir da fusão das
várias culturas presentes aqui, no Brasil, indígena, africana, europeia etc., e que,
normalmente, vemos as apresentações em festas populares, sejam religiosas ou
não. Finalizada a apreciação, converse, com a turma, a respeito das anotações re-
gistradas nas fichas, propiciando um momento de socialização das informações.

Variações: o primeiro vídeo faz um apanhado geral da dança folclórica brasi-


leira, além da construção poética das músicas. Esse vídeo é do acervo do Insti-
tuto. Brincante, que é um grupo formado por artistas que pesquisam a cultura
nacional, além de oferecer cursos da cultura popular brasileira, tendo, como um
dos integrantes, o artista e músico Antônio Nóbrega, nascido em Recife, e que
sempre esteve envolvido no mundo da arte, levando-o a desenvolver projetos,
envolvendo artes cênicas e música, com um olhar para o folclore.
Os outros vídeos apresentam danças folclóricas, de diferentes regiões do Brasil.
Independentemente da dança apresentada, é imprescindível orientar os estudantes
a observarem a história e as características de cada uma, além dos elementos cons-
titutivos e/ou dos fatores do movimento (peso, fluência, tempo
e espaço).
■ Região Sudeste – Catira: Bandeirante Paulista. Catira,
uma dança paulista – Tradições de São Paulo (Ibiuna-
-SP). Acesse em: https://bit.ly/3W0Ys8Q.

O vídeo apresenta uma reportagem da origem da Catira (ou Cateretê), a pro-


ximidade dos passos com algumas danças indígenas (conforme estudos de Câma-
ra Cascudo) e a possível influência desses passos na catequização dos índios, por
José de Anchieta. Questione os estudantes se alguns dos passos apresentados são
conhecidos por eles, visto que muitos remetem aos passos das quadrilhas juninas.

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■ Região Norte – Carimbó: Cultura Ecebh. Carimbó –


Balé Brasil – Danças Folclóricas Brasileiras. 2016. Aces-
se em: https://bit.ly/3vU2HIK.

Este vídeo apresenta a dança do Carimbó, os movimentos são


executados com a ajuda do figurino das dançarinas, sendo, o espaço, bem ex-
plorado por giros e pela dança em roda. Há momentos nos quais elas dançam
sozinhas, em duplas ou no grupo. Converse com os estudantes se eles observam
diferenças entre os fatores do movimento entre as danças.

■ Região Centro-Oeste – São Gonçalo: Carlos Acesp.


Dança de “São Gonçalo”– ACESP. 2017. Acesse em:
https://bit.ly/3VU3pAs.

Este vídeo remete ao fado português. Aborda, também, o uso dos arcos floridos
que, assim como a saia, no Carimbó, fazem parte da coreografia.

■ Região Nordeste – Xaxado: Programa diversidade. Nor-


deste é Xaxado. Acesse em: https://bit.ly/3k7oz0y.

Aqui, é apresentado um pequeno documentário da origem do Xaxado, os passos


e o figurino, que remetem aos cangaceiros. A dança, por vezes, é apresentada
individualmente, em duplas, ou em grupo, mas sempre com a arma em punho,
como se ela fosse o par do dançarino. A coreografia é bem cênica, quase teatral,
pois, em alguns passos, parece que os dançarinos estão preparando a terra para
a plantação.

■ Região Sul – Chimarrita: ENART. JuvENART 2019 –


CTG Rancho de Gaudérios – Chimarrita. Acesse em:
https://bit.ly/3XgxRGB.

Diferente das demais danças, a Chimarrita apresenta algo mais leve e tranquilo,
como se os dançarinos estivessem fazendo a “côrte” às damas. São passos mais
contidos, delicados, a trilha sonora é mais melódica, e o figurino remete ao
período colonial.

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UNIDADE 5

Oitava Proposta de Atividade

Habilidades: sistematizar o conhecimento da dança folclórica por meio de vídeos.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: propostas de exercícios acompanhados de música, tendo, como espaço,

uma quadra poliesportiva, e materiais, como arcos e bolas.

Desenvolvimento:

1° Passo: inicie verificando se, durante a apreciação das imagens e dos vídeos, na
atividade anterior, os estudantes conseguiram perceber que, nas danças folclóri-
cas, os movimentos utilizados são bem diversos e característicos de cada região.

2° Passo: em seguida, oriente para que anotem, na ficha, que elementos constitu-
tivos da dança fazem parte das coreografias apreciadas nos vídeos, comparando
e analisando os aspectos e os conhecimentos já trabalhados.

3° Passo: finalize, organizando a sala em grupos, sendo que cada um deve pes-
quisar uma das danças folclóricas estudadas, utilizando as informações das fichas
de anotações como referência inicial.

4° Passo: organize um cronograma de apresentações para a socialização dos


grupos, por meio da confecção de cartaz, apresentação em Power Point etc.,
contendo um resumo das informações estudadas até aqui (cultura, localidade,
movimentos e espaços utilizados nas danças), além de imagens – impressas, re-
cortadas e/ou desenhadas.

5° Passo: caso tenham apresentações agendadas, é importante retomar, em toda


aula, a coreografia. Por experiência, entendemos que as aulas não devem ser
apenas ensaios para uma apresentação. É fundamental que cada aula seja enri-
quecida com conhecimentos novos, e o tempo para ensaio deve ser reservado
nos últimos 15 min. Justificamos essa organização pois, no princípio, os alunos

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aparentam desordem, mas, logo, com a repetição dessa sistematização, o foco se


torna maior, e a expectativa de ensaiar faz com que aprimorem as atenções e a
disciplina corporal, evitando conversas aleatórias e brincadeiras indesejadas para
aquele momento. Experimente!

Nona Proposta de Atividade

Essas atividades foram elaboradas para serem trabalhadas em uma sequência de


seis ou de mais aulas.

Habilidades: aprofundar o conhecimento da dança folclórica brasileira como


um patrimônio imaterial.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: é importante que você oriente os estudantes para que realizem registros
durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de
autoavaliação.

Desenvolvimento:

1° Passo: conversar, com os alunos, a respeito dos patrimônios material e ima-


terial, para levantar os conhecimentos prévios e colocá-los em contato com ele-
mentos do patrimônio imaterial, como as danças folclóricas brasileiras (coreo-
grafia, figurino e trilha sonora) e os espaços (convencionais e não convencionais).

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A P RO F UNDA NDO

Patrimônios material e imaterial: patrimônio cultural (material, imaterial e arqueológico)


é o conjunto de bens móveis e imóveis existentes em um país, cuja conservação seja de
interesse público, quer pela vinculação a fatos memoráveis da história, quer pelo excep-
cional valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico e/ou artístico. O Art. 216, da Consti-
tuição, conceitua patrimônio cultural como os bens “de naturezas material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação,
à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira” (BRASIL, 1988).
Nessa redefinição promovida pela Constituição, estão as formas de expressão; os modos
de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos,
documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-cul-
turais; os conjuntos urbanos e sítios de valores histórico, paisagístico, artístico, arque-
ológico, paleontológico, ecológico e científico.

E U IN D ICO

Para saber mais, acesse:


IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Pat-
rimônio e ações educativas: a prática e suas perspectivas: https://bit.
ly/3X7nZPm.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Pat-
rimônio cultural: https://bit.ly/2HbDulC.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Pat-
rimônio Cultural Imaterial da Humanidade: https://bit.ly/3k7A74d.
ABACAI – Patrimônio Imaterial da Cultura Paulista – Danças: https://bit.ly/3ZkzPXT.

2° Passo: essa atividade propõe a apreciação dos vídeos indicados, que abordam
figurinos, coreografias, trilhas sonoras e espaços em apresentações de danças
folclóricas. Solicitar, aos alunos, que observem as funções e os efeitos desses ele-
mentos nas apresentações.

3° Passo: retomar as questões da atividade anterior (1° Passo), pontuando algu-


mas características de cada um deles na configuração singular de cada dança
folclórica.

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Vídeos sugeridos:

■ Carimbó – Escola Bolshoi Brasil. Bolshoi Brasil – Dança Popular Brasi-


leira – Carimbó. Acesse em: https://bit.ly/2BLnncG.

O vídeo da Escola de dança Bolshoi Brasil apresenta figurinos criados para uma
mostra de dança. Analisar se os alunos percebem alguma perda de identidade
do folclore nesses casos, nos quais a apresentação da dança sai do contexto po-
pular. Pergunte, também, qual a percepção deles do espaço e de elementos do
movimento, utilizados pelos bailarinos nas danças.

■ Marujada – Grupo de Expressões Folclóricas do Pará Tamba Tajá. Re-


tumbão. Acesse em: https://bit.ly/3k84pE1.

A coreografia é formada por apresentações individuais, depois em duplas e, por


fim, no grupo. Os movimentos lembram o balanço do mar e os dançarinos estão
descalços. Todas essas características fazem parte da ideia de que o figurino tem
que indicar quem é o personagem; nesse caso, um marujo ou marinheiro.

■ Bumba Meu Boi – Hilton Sousa. Danças Brasileiras – Bumba meu boi
1. Acesso em: https://bit.ly/3QsXTDA; Hilton Sousa. Danças Brasileiras
– Bumba meu boi 2. Acesso em: https://bit.ly/3CzxzCk.

Documentários do canal Futura, no qual eles explicam as características pre-


sentes no bailado do Bumba Meu Boi. Hoje em dia, o Brasil oferece um grande
espetáculo do Bumba Meu Boi no Festival de Parintins. Essa história do Boi
Bumbá é conhecida em todo o país, porém, em cada região ele recebe um nome
diferente, “Boizinho”, no Rio Grande do Sul; “Boi de Mamão”, em Santa Catarina;
“Reis de Boi”, no Espírito Santo; dentre outros.

■ Frevo – Diário de Pernambuco. Aprenda a dançar Frevo para o carnaval.


Acesse em: https://bit.ly/3IzxCBT.

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Essa reportagem apresenta o Frevo no Carnaval de Olinda, apresentando alguns


passos de como dançar, mostrando ainda o figurino utilizado e a sombrinha
colorida, que dá toda graça aos movimentos.

■ Catira – TV Cultura. Dois com Dois é Quatro, por Os Favoritos da Catira.


Acesse em: https://bit.ly/3GTGrF8.

O programa Viola, Minha Viola da TV Cultura traz uma apresentação da dança


Catira, na qual os músicos com sua viola caipira são acompanhados pelo ritmo
marcado das palmas e batidas de bota dos dançarinos, traço marcante nessa dança.
■ Samba de roda – Um Quê de Negritude. Samba de Roda – Espetáculo
Ayeye (Um Quê de Negritude). Acesso em: https://bit.ly/3VTShDG.

O Samba de Roda do recôncavo baiano foi considerado um patrimônio imaterial


no Brasil em 2005 pela Unesco. Ele tem características diferentes do samba de
gafieira, ou mesmo das escolas de samba. Questione os alunos se eles sabem as
diferenças entre eles e porque ele é considerado patrimônio imaterial e os demais
“sambas” não.
■ Maracatu – Wolfgang Besche. Maracatu Rural enche de cores Nazaré da
Mata. Acesse em: https://bit.ly/3X2jdSU.

O Maracatu é uma mistura da cultura africana, portuguesa e indígena. Tem


em sua composição um cortejo que remete ao Brasil Colonial, como podemos
ver no Maracatu nação, em que fazem parte da coreografia, além do rei e da ra-
inha, as baianas, os escravos, a porta bandeira, os batuqueiros, os caboclos. No
Maracatu Rural há um personagem de destaque, o caboclo de lança, que com
seu manto bordado e colorido e cheio de fitas coloridas na cabeça, faz rodopios
que representam as brincadeiras dos produtores rurais.

4° Passo: solicitar que os alunos pesquisem em livros, revistas, internet etc., ima-
gens de figurinos e coreografias, trilhas sonoras, e músicas com ritmos folclóricos
diferentes. Solicitar antecipadamente que tragam para a aula cola, tesoura, bar-
bante, diversos tipos de papéis (pardo, papelão, crepom, cartolina, sulfite, jornal,
revistas para recorte etc.). Reunir os alunos em grupos para que a atividade seja
enriquecida. Inicialmente, é importante que os grupos elaborem um esboço (de-

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senho) do figurino que imaginaram para serem utilizados em uma apresentação


improvisada de dança folclórica (escolhida por eles).

Mesmo se tratando de uma improvisação, é importante que eles tenham algum


tempo para combinar minimamente alguns detalhes da dança. Organizar um se-
minário no qual um grupo apresenta ao outro, até mesmo que diferentes turmas
socializem suas produções. É importante que enquanto ocorrem as apresentações
os grupos anotem numa ficha avaliativa os dados sobre o que observaram do
processo de criação e nas apresentações.

5° Passo: solicitar aos grupos formados na atividade anterior que construam figu-
rinos para uma “Mostra de Figurinos de Danças Folclóricas”, utilizando tecidos
(lençol, toalhas, TNT) de diferentes texturas, espessuras e tamanhos; plásticos
diversos (sacos de lixo, sacolas plásticas, lona), cartolinas, papelão, barbantes,
elásticos, tesoura etc. Antecipadamente, oriente os estudantes a pesquisarem
a origem dos figurinos, o porquê das cores, os espaços onde essas roupas são
utilizadas etc.

E U IN D ICO

Lembre-os de que há figurinos que não são compostos apenas pela


roupa, mas por uma organização de elementos: máscaras, chapéus
e outros adereços que o compõem. No caso de um figurino de dança
folclórica, o figurino deve informar quem é o personagem e conter
características culturais específicas. Apresente o vídeo a seguir, que,
apesar de abordar figurinos para o teatro, serve para ampliar os con-
hecimentos e orientar os processos de criação.

Procure organizar uma mostra desses trabalhos produzidos, discuta com a Dire-
ção da Instituição qual a data, local, formas, de realizar a socialização para toda
comunidade escolar.

Décima Proposta de Atividade

Essas atividades foram para serem trabalhadas em uma sequência de quatro ou


mais aulas.

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Habilidades: aprofundar o conhecimento da dança folclórica brasileira como


um Patrimônio Imaterial.

Conteúdo: danças folclóricas brasileiras.

Didática: é importante que você oriente os estudantes para que realizem registros
durante o desenvolvimento das atividades para colaborar com seus momentos
deautoavaliação.

Desenvolvimento:

1° Passo: conversar com os alunos para levantar seus conhecimentos prévios de


diferentes formas de expressão, representação e encenação de danças folclóricas,
dança de artistas, grupos folclóricos de diferentes épocas, e o patrimônio cultural,
material e imaterial, de matrizes indígenas, africanas e europeias. É importante
que você oriente os estudantes para que realizem registros durante o desenvol-
vimento das atividades para colaborar com seus momentos de autoavaliação,
assim sugerimos alguns questionamentos como sondagem:

■ Uma dança folclórica pertence a alguém? Quem?


■ Um povo pode ser dono de uma dança ou tradição? Por quê?
■ As danças folclóricas podem mudar com o passar do tempo? Como e
por quê?
■ Quem protege o modo de dançar de uma tradição popular? Como isso
acontece?
■ Vocês conhecem alguma dança folclórica brasileira? E alguma praticada
em suas cidades? Qual?
■ O que vocês entendem por formas de expressão, representação e ence-
nação de danças folclóricas?
■ O que vocês entendem por patrimônio cultural material e imaterial?
■ O que vocês entendem por matriz indígena, europeia e africana?
■ Qual é a importância do registro escrito, audiovisual ou fotográfico de
danças folclóricas?
■ Se a tradição não for vivida ou registrada, quais são os riscos de ela
desaparecer?

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2° Passo: aprecia vídeos sugeridos a seguir, com registro de observações:

■ Vídeo n° 1: CNFGPGOVBR. CNFCP – Em busca da tradição nacional.


Acesse em: https://bit.ly/3jZdGxP.
■ Vídeo n° 2: Centro Cultural São Paulo expõe pesquisa sobre o folclore
brasileiro. TV Brasil. Acesse em: https://bit.ly/3k4Wuap.
■ Vídeo n° 3: Vários Estados – Roda de Capoeira. Patrimônio. Acesse
em: https://bit.ly/3Qwfri8.
■ Vídeo n° 4: Programa diversidade. A História das Festas Juninas. 2016.
Acesse
■ em: https://bit.ly/3k83IKA.

3° Passo: organizar a turma em cinco grupos denominados:

Grupo 1: região Norte.

Grupo 2: região Nordeste.

Grupo 3: região Centro-Oeste.

Grupo 4: região Sudeste.

Grupo 5: região Sul.

Sugerir fontes de pesquisa como: pesquisa in loco, entrevistas, dados oficiais em


sites de organizações reconhecidas e do governo, registros históricos (fotografias,
filmagens, relatos e objetos) disponibilizados em sites e em instituições (museus,
centros culturais), sites especializados e sites oficiais, livros, reportagens, docu-
mentários, DVDs, dentre outros. Explique que todo esse material pesquisado
será utilizado na próxima atividade a seguir.

4° Passo: montar um festival de danças folclóricas na escola, aproveitando a pes-


quisa realizada anteriormente. Para isso, oriente os grupos a iniciar a atividade
com um planejamento, no qual deverão estar contemplados: a divisão de tarefas

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do grupo, a confecção dos figurinos, a seleção dos materiais e equipamentos


necessários, os ensaios, a data da apresentação e a autorização da direção da
instituição para realizar o Festival.

Avaliação das Atividades

A avaliação poderá ser realizada durante todo o processo, por meio dos registros.
Portanto, no decorrer das atividades, verifique se os estudantes pesquisaram e
analisaram de forma crítica e contextualizada as atividades, as apreciações, as
conversas, e as experiências. Perceba se analisaram e valorizaram o patrimônio
cultural, material e imaterial, de culturas diversas e, em especial, a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas; e
construíram vocabulários e repertórios relativos às diferentes linguagens artís-
ticas. No decorrer de cada atividade, verifique se os estudantes reconhecem os
elementos constitutivos do movimento dançado (fluência, espaço, peso e tempo)
e criam movimentos corporais, as danças folclóricas brasileiras, e os elementos
que compõem uma coreografia (figurino, acessórios, cenário, música).
Converse com os estudantes acerca dos objetos do conhecimento trabalhados
durante as atividades, incentivando que expressem como se sentiram ao realizar
as atividades. Durante a avaliação procure registrar as suas impressões como me-
diador das atividades sobre as respostas que os alunos apresentaram diante suas
propostas. Crie momentos e espaços para reflexão dos objetos de conhecimento
e os conceitos trabalhados nas atividades. Verifique quais foram as dificuldades
encontradas e as adequações necessárias às observações realizadas no desenvol-
vimento das diferentes propostas. Estes serão momentos importantes para avaliar
todo o caminho trilhado e criar percursos.
No desenvolvimento das atividades, verifique se cada estudante analisa e ex-
perimenta os diferentes elementos e espaços das danças folclóricas brasileiras, e se
consegue compor uma apresentação coreográfica de forma individual e coletiva.
Converse com os estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados duran-
te as atividades, incentivando-os a relatar o que e como aprenderam ao realizá-las.

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NOVOS DESAFIOS
Pudemos aprender no decorrer deste conteúdo que a coreografia é uma sequên-
cia de movimentos de dança orientados por um coreógrafo ou, mesmo, por um
grupo, por meio do processo criativo de diferentes coreografias. Que figurino é a
vestimenta utilizada pelo dançarino na apresentação. O figurino deve informar,
por meio da modelagem e das cores, as características daquele personagem,
e facilitar a compreensão do estilo de dança a ser apresentado.
Aprendemos como a trilha sonora é um conjunto de
sons que compõe uma música, ou seja, desde os ins-
trumentos tocados, até mesmo, aos sons produzidos,
para o realce de determinada apresentação. Espaços
de apresentação (convencionais e não convencionais) se
referem aos espaços onde as apresentações acontecem. Po-
dem ser convencionais, como é o caso dos teatros, salões,
ou não convencionais, como as ruas ou outros espaços. Há
a importância de organizar os elementos que compõem
a elaboração das aulas, pois muitos recursos podem ser
utilizados, desde objetos auxiliares, espaços diferen-
ciados, uso de tecnologias e deslocamento dos
alunos. Esses fatores necessitam de agenda-
mentos ou de liberações da instituição.

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MEU ESPAÇO

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TEMA DE APRENDIZAGEM 9

PROPOSIÇÕES PARA EXPERIENCIAR


COREOGRAFIAS DO FOLCLORE DE
ALGUNS PAÍSES
PROF.ª KATIA FRANKLIN DA SILVA

MINHAS METAS

Experienciar coreografias do folclore da Índia;

Experimentar coreografias do folclore da Itália;

Conhecer coreografias do folclore da Rússia;

Estudar coreografias do folclore da África;

Vivenciar coreografias do folclore da Argentina;.

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UNIDADE 5

INICIE SUA JORNADA


A dança é a expressão de sentimentos, histórias e ideais por meio do corpo. Em
todo o mundo danças foram desenvolvidas em vilas, tribos e templos desde os
primórdios dos tempos para celebrar, cultuar ou comunicar. Uma dança pode
dizer muito a respeito de um povo e de sua história, os movimentos contam sobre
o cotidiano, as crenças e os desejos de um povo.
As danças folclóricas como componente da cultura de um povo, se transfor-
mam com o passar do tempo devido à influência dos fatores sociais, econômicos
e políticos, bem como com o avanço das tecnologias.
Uma das formas de preservar as tradições são as produções artísticas em
diálogo com as culturas populares. A transformação das danças tradicionais para
espetáculos cênicos tem terminologias que informam sobre: recriação, estiliza-
ção, transposição, inspiração. A crítica a esses trabalhos é a de produzir cópias
modificadas e estereotipadas e de não deixar clara a transposição de danças para
o palco. Sua atuação também pode ser entendida como mediadora entre os gru-
pos tradicionais e públicos que desconhecem ou têm preconceito em relação às
culturas populares. Importante área de atuação deste segmento é a educacional
para complementar a formação dos estudantes.
Pela educação pode-se aumentar o número de pessoas interessadas em res-
gatar e preservar os repertórios técnicos, poéticos, ritualísticos dessas tradições e
danças. Pelas ações educativas de danças tradicionais e folclore no geral, também
se pode fomentar a formação de plateia e ampliar o número de artistas interes-
sados nas tradições populares.

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Quando o termo dança popular se refere a espetáculos ou grupos de dança, faz-


-se menção a um segmento que se apoia em tradições populares e comunitárias
para direcioná-las a outros contextos de criação e recepção, como teatros, salas
de mostras, museus, espaços cênicos em geral. Esses grupos que se denominam
grupos de dança popular ou grupo de dança folclórica formam um segmento que
abrange desde grupos escolares e amadores a profissionais. Os espetáculos visam
apresentar danças tradicionais em diferentes contextos de apresentação cênica.
Prezam a fidelidade em relação a movimentos, figurino e indumentária. Buscam
preservar valorização das culturas regionais ou nacionais e o fortalecimento de
identidades culturais locais.
As danças folclóricas são como um cartão de visitas dos países, pois unificam
em uma manifestação muito do que se quer contar dos costumes e cultura do povo.

DESENVOLVA O SEU POTENCIAL

PRINCIPAIS DANÇAS FOLCLÓRICAS NO MUNDO

Figura 1: Kathakali. / Fonte: Shutterstock (2010, on-line).

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Temos na Figura 1 a kathakali, uma dança folclórica indiana a qual configura


histórias épicas entre homens, deuses e demônios. Por meio de seu caráter teatral,
essas figuras são materializadas no palco para revelar fúrias e paixões por meio
de movimentos precisos e elegantes. Os atores da performance usam maquiagens
pesadas, predominando a cor vermelha, bem como o uso de máscaras, coroas
exuberantes e guizos atados às pernas (MARQUES, 2023).


A dança kathakali surgiu no sudeste da índia, na cidade de Kerela,
e faz parte do cotidiano das famílias indianas até hoje, compondo
ritos de etapas sagradas. Os espetáculos de kathakali normalmente
duram uma noite toda, sendo realizados com oferendas ao templo e
à divindade que o rege. Além disso, como parte do ritual, os músicos
do espetáculo percorrem toda a cidade, anunciando-o (MARQUES,
2023, on-line).

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Para aprofundar os seus estudos, acesse:

Figura 2: Tarantela. / Fonte: Shutterstock (2015, on-line).

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A tarantela é uma dança com composição musical originária na Itália, contextua-


lizada em Nápoles. Apesar das diversas danças folclóricas italianas, a Tarantela se
tornou um ícone internacionalmente reconhecida como genuína cultura italiana.

Caracteriza-se como uma dança, vigorosa, alegre, rápida, enérgica e


festiva, dançada em eventos, festas e celebrações, coreografada com
movimentos distintos e acompanhamento musical. Era considerada
uma dança de cortejo, mas pode ser dançada socialmente, inclusive
por casais de pessoas do mesmo sexo, sem desconfigurar seu sen-
tido tradicional (MARQUES, 2023, on-line).

Por ser um símbolo da cultura italiana, encontra-se manifestações semelhantes


em diversas regiões com diferentes vertentes, conforme a cidade. Seu nome de-
riva da cidade de Taranto, onde se acredita que essa dança surgiu e a coreogra-
fia, no entanto, é uma representação da aranha tarântula e da crença de que, se
picado por ela, a cura era dançar para expulsar o veneno do sistema sanguíneo
(MARQUES, 2023).

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Para aprofundar os seus estudos, acesse:

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Figura 3: Beryozka/Berioska / Fonte: Shutterstock (2016, on-line).

De acordo com Marques (2023, on-line):


Inspirada em camponesas da Rússia e fonte de inspiração para ou-
tras danças folclóricas do país, a principal característica dessa dan-
ça são os passos deslizantes. Com adequação postural e passadas
curtas e ligeiras, as dançarinas de berioska transmitem, por meio
da coreografia, a sensação de deslizarem pelo palco.

O efeito estético dessa dança é realçado com o uso de vestidos longos e movi-
mentos suaves com os pés no deslocamento.
O nome berioska, se deve à comparação de características da árvore, esguia
e com galhos flexíveis, de acordo com o biotipo físico das mulheres russas, com
postura e delicadeza. Além disso, nessa coreografia as dançarinas fazem uso de
um lenço e um ramo da árvore (MARQUES, 2023).

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Figura 4: Kizomba
Fonte: Shutterstock (2023a, on-line).

Na Angola nos anos 1980


emergiu um ritmo que deu
origem ao estilo de dança de-
nominado kizomba, brotou
da dinâmica intercultural
das danças africanas. A pa-
lavra kizomba, por sua vez,
significa festa em kimbundu,
uma das línguas angolanas,
aludindo às festas do povo
negro que resistiu à escravi-
dão e proporcionou a fusão
de vários gêneros musicais e
passos de dança existentes em
África (MARQUES, 2023).
Segundo Marques (2023, on-line) “confundida, por vezes, com o zouk ou com
a tarraxinha, a kizomba celebra a felicidade e a confraternização, sendo dançada
a dois (par), em ritmo lento, com batidas suaves, harmônicas e sensuais”. Desse
modo, por meio do seu ritmo e da proximidade dos corpos, a kizomba, incita
a cumplicidade do par, o afeto, o carinho e o cuidado com o ou a companhia
durante a dança.

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Figura 5: Tango / Fonte: Shutterstock (2023b, on-line).

É de voz corrente que em Buenos Aires no século XIX, surgiu uma dança que
se diferenciava, assim o tango é uma dança originalmente suburbana que, por
meio de suas entrelaçadas coreografias, busca expressar paixão,
sensualidade, agressividade e tristeza. A denominação tango
teve origem nas línguas africanas, remetendo ao pequeno
tamborete que caracteriza o ritmo musical atribuído à
dança (MARQUES, 2023).
O tango é um estilo de dança em par, tradicional-
mente binário (homem e mulher), dançado em compasso
de dois por quatro. A coreografia é composta por movimenta-
ções complexas, desde seu passo básico. Foi reconhecido em 2009
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura (UNESCO) como Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade (MARQUES, 2023).

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Além dessas, outras danças folclóricas podem ser mencionadas como próprias de países
específicos, como exemplos que Marques (2023) nos mostra:
- Cumbia (Colômbia);
- Hopak (Ucrânia);
- Footwork (EUA);
- Ote’a (Polinésia Francesa);
- Zaouli (Costa do Marfim);
- Adumu (Quênia e Tanzânia);
- Haka (Austrália);
- Polca (Alemanha);
- Khaleege (Arábia Saudita); dentre outras.

Segundo Marques (2023, on-line) “essas são as danças folclóricas significativas


de alguns países do mundo. Vale ressaltar que, por meio dessas danças, é possível
conhecer melhor a cultura dos diferentes povos que constituem uma determi-
nada nação”.

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Para aprofundar os seus estudos, acesse:

Desse modo, apresentamos um caminho para que você amplie seu conhecimento
e criatividade de como ampliar os conhecimentos sobre a cultura de um povo
ou grupo social que lhe atraia é buscar traços de seu sistema simbólico em suas
danas folclóricas e populares.

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NOVOS DESAFIOS
Você percebeu que a dança é a expressão de sentimentos, histórias e ideais por
meio do corpo? Será que isso ocorreu em todo o mundo, com danças desenvol-
vidas em vilas, tribos e templos desde os primórdios dos tempos para celebrar,
cultuar ou comunicar? Podemos considerar as danças folclóricas como compo-
nente da cultura de um povo? Elas transformaram-se com o passar do tempo
devido à influência dos fatores sociais, econômicos e políticos, bem como com
o avanço das tecnologias?
Será que podemos pensar que uma das formas de preservar as tradições são as
produções artísticas em diálogo com as culturas populares? Podemos aumentar o
número de pessoas interessadas em resgatar e preservar os repertórios técnicos,
poéticos, ritualísticos dessas tradições e danças por meio da educação? E qual é o
papel dos espetáculos: eles visam a apresentar danças tradicionais em diferentes
contextos de apresentação cênica?
Pensando nessas questões, você poderá entender a importância da dança para
a cultura, para os povos, e para as pessoas.

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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

Tema 1

ALMEIDA, R. A inteligência do folclore. 2. ed. Brasília, DF: Americana, 1974.

ASSIS, M. C.; ASSIS, O. Z. M. Proepre – Fundamentos teóricos da educação infantil. 5. ed.


Campinas: IDB, 2003.

BARROS, J. M. Diversidade cultural e gestão: apontamentos preliminares. In: COSTA, F. L. Políti-


ca e gestão cultural: perspectivas Brasil e França. Salvador: EDUFBA, 2013.

BITTENCOURT, E. O.; STEIL, I.; FRANKLIN, K. Dança: uma potência da mediação cultural na es-
cola. Research, Society and Development, [s. l.], v. 10, n. 2, p. 1, 2021. Disponível em: https://
bit.ly/3QisuDX. Acesso em: 24 abr. 2021.

ALCOFORADO, D. F. X. Literatura oral e popular. Boitatá Revista do GT de Literatura Oral e


Popular, Londrina, número especial, ago./dez. 2008.

BRASIL. Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do patrimônio


histórico e artístico nacional. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1937. Disponível em:
https://bit.ly/302UDEr. Acesso em: 24 abr. 2021.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Bra-


sília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: https://bit.ly/2zDv0Oh. Acesso em: 24
abr. 2021.

BRASIL. Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Restabelece princípios da Lei n° 7.505, de


2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e dá outras pro-
vidências. Brasília, DF: Presidência da República, 1991. Disponível em: https://bit.ly/3icSLak.
Acesso em: 24 abr. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referen-


cial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. Disponível em:
https://bit.ly/3WNuExM. Acesso em: 24 abr. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC-SEB, 2010.

BRASIL. Instrução Normativa MinC nº 5 de 26 de dezembro de 2017. Estabelece procedi-


mentos para apresentação, recebimento, análise, aprovação, execução, acompanhamento,
prestação de contas e avaliação de resultados de projetos culturais do mecanismo de Incenti-
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MEU ESPAÇO

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