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ÓRGÃOS DE MÁQUINAS II
PROJECTO MECÂNICO
ACCIONAMENTO DE UM GUINCHO
TAREFA 10
VARIANTE 7
8
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS...................................................................................................................14
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................15
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................17
ESQUEMA DO ACCIONAMENTO............................................................................................17
DADOS REFERENTES À TAREFA...........................................................................................18
DIAGRAMA DE CARREGAMENTO.........................................................................................18
SEQUÊNCIA PARA O CÁLCULO CINEMÁTICO E ESCOLHA DO MOTOR ELÉCTRICO
.......................................................................................................................................................19
CÁLCULO DA POTÊNCIA, FREQUÊNCIA DE ROTAÇÃO E DIMENSÕES PRINCIPAIS
DO TAMBOR DO MOTOR DO GUINCHO...............................................................................19
DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DO TAMBOR..............................................................20
DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO CALCULADO DO TAMBOR....................................20
DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DO TAMBOR.....................................................20
DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA SOBRE O VEIO DO TAMBOR...................................20
DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DA PAREDE DO TAMBOR.....................................20
DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO GERAL DO ACCIONAMENTO...........................20
CÁLCULO DA POTÊNCIA DO MOTOR ELÉCTRICO........................................................21
ESCOLHA DOS PARÂMETROS DO MOTOR ELÉCTRICO...............................................21
CÁLCULO DA RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO GERAL........................................................21
CÁLCULO DAS FREQUÊNCIAS DE ROTAÇÃO DOS VEIOS...........................................23
CÁLCULO DAS POTÊNCIAS DOS VEIOS...........................................................................23
CÁLCULO DO TORQUE NOS VEIOS...................................................................................24
CÁLCULO PRÁTICO DA TRANSMISSÃO POR CORREIA TRAPEZOIDAL...................25
ESCOLHA DO TIPO DA CORREIA....................................................................................25
ESCOLHA DO DIÂMETRO DE CÁLCULO DA POLIA MENOR E DA POTÊNCIA POR
CADA CORREIA......................................................................................................................25
CÁLCULO DO DIÂMETRO DE CÁLCULO DA POLIA MOVIDA.................................26
CORRECÇÃO DA RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO E FREQUÊNCIA DE ROTAÇÃO NO
VEIO MOVIDO.........................................................................................................................26
9
CÁLCULO DA DISTÂNCIA INTERAXIAL..........................................................................26
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DA CORREIA E CORRECÇÃO DA DISTÂNCIA
INTERAXIAL...........................................................................................................................27
VERIFICAÇÃO DO ÂNGULO DE ABRAÇAMENTO DA CORREIA NA POLIA
MOTORA E VERIFICAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PASSAGENS....................................27
CÁLCULO DA POTÊNCIA À TRANSMITIR POR CADA CORREIA E CÁLCULO DO
NÚMERO DE CORREIAS.......................................................................................................28
CÁLCULO DA FORÇA DE TENSÃO INICIAL PARA CADA CORREIA..........................29
CÁLCULO DA FORÇA SOBRE OS VEIOS.......................................................................29
CÁLCULO ESTIMATIVO DA LONGEVIDADE DA CORREIA......................................30
ESCOLHA DO MATERIAL PARA AS POLIAS........................................................................30
CÁLCULO DOS PARÂMETROS GEOMÉTRICOS DAS POLIAS......................................30
CÁLCULO DE TRANSMISSÃO POR PARAFUSO SEM-FIM.................................................31
CÁLCULO TESTADOR AS TENSÕES DE CONTACTO.................................................33
CÁLCULO TESTADOR AS TENSÕES DE FLEXÃO.......................................................33
CÁLCULO TÉRMICO..........................................................................................................35
CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS......................................................................................36
Generalidades e materiais para os veios....................................................................................36
Cálculo dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios....................................................37
Cálculo dos parâmetros do veio de parafuso sem-fim...........................................................37
Diâmetro e comprimento do segundo escalão do veio...........................................................38
Diâmetro e comprimento do terceiro escalão do veio............................................................39
Diâmetro e comprimento do quarto escalão do veio..............................................................39
Cálculo das reacções de apoio no veio do parafuso sem-fim....................................................40
Representação esquemática dos trechos, para o estudo dos esforços internos..........................42
Representação esquemática dos trechos, para o estudo dos esforços internos..........................42
Cálculo dos parâmetros geométricos do veio da roda-coroa.....................................................45
O diâmetro do primeiro escalão é determinado pela fórmula................................................45
Diâmetro e comprimento do segundo escalão do veio...........................................................45
Diâmetro e comprimento do terceiro escalão do veio............................................................45
Diâmetro e comprimento do quarto escalão do veio..............................................................46
Cálculo das reacções de apoio do veio da roda-coroa...............................................................46
10
Diagrama do momento torsor Mt do veio de baixa velocidade.............................................48
Diagrama do momento flector em relação ao eixo x..............................................................49
Diagrama do momento flector em relação ao eixo y..............................................................49
Cálculo dos parâmetros geométricos do veio executivo............................................................49
Diâmetro e comprimento do primeiro escalão do veio.........................................................49
Diâmetro e comprimento do segundo escalão do veio...........................................................50
Diâmetro e comprimento do terceiro escalão do veio............................................................50
Diagrama do momento torsor Mt do veio executivo..............................................................51
Diagrama do momento torsor My em relação ao eixo y........................................................52
ESCOLHA E CÁLCULO DO ROLAMENTO............................................................................52
Cálculo da capacidade de carga estática dos rolamentos...........................................................52
Cálculo da capacidade de carga dinâmica dos rolamentos........................................................53
Cálculo dos rolamentos do veio de entrada no redutor..............................................................54
Cálculo dos rolamentos do veio de saída do redutor.................................................................54
Cálculo dos rolamentos do veio executivo................................................................................55
CONSTRUÇÃO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR...................................................56
CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS.........................................................................................58
Cálculo testador à fadiga dos veios............................................................................................59
Cálculo testador à fadiga do veio de entrada do redutor............................................................59
CONCLUSÃO...............................................................................................................................61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:.........................................................................................61
LISTA DE SÍMBOLOS
α− coeficiente que toma em conta a concentração de tensões nas secções transversais
consideradas
11
ηrol - rendimento mecânico na transmissão por rolamentos
Dt - diâmetro do tambor
Fr - força resultante
d c - diâmetro do cabo
Lt - comprimento do tambor
12
d c2 - diâmetro de cálculo da polia movida
a - distância interaxial
l - comprimento da correia
U - frequência de passagens
F v - força centrífuga
13
v s - velocidade de deslizmamento
σ r - tensão de rotura
σ e - tensão de escoamento
[σ H ] - tensão admissível
q - coeficiente de diâmetro
m, - módulo calculado
x - coeficiente de deslocamento
a w - distância interaxial
σ H - tensão de contacto
Y F - coeficiente de forma
σ F - tensão de flexão
ϕ - ângulo de atrito
f - coeficiente de atrito
t ar - temperatura do ar
14
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Accionamento de um guincho
15
Figura 9: Esquema de carregamento do veio da roda-coroa.
Figura 10: Primeiro trecho para o veio.
Figura 11: Segundo trecho para o veio.
Figura 12: Terceiro trecho para o veio.
Figura 13: Momento torsor (diagrama).
Figura 14: Momento flector.
Figura 15: Momento flector em relação a y.
Figura 16: Momento torsor do veio executivo.
Figura 17: Momento torsor em relação ao eixo y
Figura 18: Rolamentos do veio de entrada do redutor
Figura 19: Rolamentos do veio de saída do redutor
Figura 20: Rolamentos do veio executivo.
16
INTRODUÇÃO
Os guinchos são partes de máquinas transportadoras que se destinam a efectuar o arrasto de
veículos, transportando ou não produtos acabados ou matéria-prima na indústria de processo. O
accionamento de um guincho com motor eléctrico, pode ser usado em particular em oficinas de
reparação de automóveis para o arrasto de automóveis da secção de aceitação para o local de
reparação.
17
ESQUEMA DO ACCIONAMENTO
18
DIAGRAMA DE CARREGAMENTO
Com a potência do motor eléctrico determinada, das tabelas, escolhe-se o motor eléctrico mais
conveniente, por tentativas. Esta sequência de cálculo termina com a distribuição da relação de
transmissão geral, pelos diferentes escalões do esquema cinemático e o recalculo da relação de
transmissão geral.
19
De seguida se apresenta a sequência de cálculo para a escolha do motor eléctrico:
Fr =K s ×S max (1)
Toma-se
K s =6 calcula-se:
Fr =6×3=18 kN
Pelo valor de Fr escolhem-se da tabela 5 de [1]( 1996, p.10), o diâmetro do cabo e a tensão de
rotura do cabo de aço. Os valores escolhidos são:
d c =8,3 mm
N
σ r =1600
mm 2
20
Depois do cálculo das engrenagens abertas irá se verificar este valor do comprimento do tambor.
De momento assumimos
Lt =485 mm.
Os valores dos rendimentos extraem-se da tabela 10 de [1] (p.18) e calcula-se o rendimento geral
a partir de:
3
η ger =0 ,95×0 ,995 ×0 ,80×0 ,99=0,74=74 %
21
CÁLCULO DA POTÊNCIA DO MOTOR ELÉCTRICO
P
Pcalc= [ kW ]
ηger
P 0 , 81
Pcalc= = =1, 06 kW
ηger 0 , 74
π ×Dcalc ×n 60000×v
v= ⇒n= =14 , 4 rpm
60000 π×Dcalc
ni
u gi=
nt
Calculando:
2850
u g1 = =197 , 92
14 , 4
1425
u g2 = =98 ,96
14 , 4
950
u g3 = =65 ,97
14 , 4
700
u4 = =48 ,61
14 , 4
22
Pode-se ver que para cada variante de escolha de motor eléctrico encontra-se um valor para a
relação de transmissão geral e este valor de relação de transmissão deve ser tal que seja possível
dividir pelos escalões de redução no accionamento.
ucor =2,1
ured =31 ,5
u g=2,1×31,5=66 ,15
Calculando o erro:
Erro de 0,27%
Características do motor:
P=1,5 KW
nas sin c =950 rpm
nsin c =1000 rpm
η=75 %
cosϕ=0 , 74
T arr
=2
T nom
T min
=1,7
T nom
T max
=2,2
T nom
Dv =24 mm
23
CÁLCULO DAS FREQUÊNCIAS DE ROTAÇÃO DOS VEIOS
nas sin c =n1 =950 rpm
n1
n2 = =452 , 28 rpm
ucor
n3 =n 4 =452 , 38 rpm
n 4 452 ,38
n5 = = =14 , 36 rpm
ured 31 , 5
24
Frequência de 1. Motor n1 =950 rpm 950
rotação, n [rpm] eléctrico
2. Movido – T. 452,38
correia n1
n2 =
ucor
3. Saída - n3 =n2 452,38
Redutor
4. Veio de saída n3 14,36
n4 =
ured
Momento torsor, T 1. Motor P1 1,5
[Nm] eléctrico T 1 =9550×
n1
2. Movido – T. P 30,1
correia T 2 =9550× 2
n2
3. Saída - P 24,07
Redutor T 3 =9550× 3
n3
4. Veio de saída P 746,84
T 4 =9550× 4
n4
25
Tabela 11 Parâmetros da correia.
d c1 =80 mm
P0 =0 , 22 kW
d2
i=
d1
d c 2 =2×d c1 =160 mm
26
CORRECÇÃO DA RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO E FREQUÊNCIA DE
ROTAÇÃO NO VEIO MOVIDO
A relação de transmissão efectiva é calculada considerando os valores finais dos diâmetros das
polias motora e movida. Assim:
160
i= =2
80
Calculando:
2×(160+80)≥a≥0 ,55×(160+80)+8
480≥a≥248
1
a= ×[ 2×l−π ×(d 2 + d 1 )+ √ [2×l−π ×( d2 +d 1 )] 2−8×(d 2−d1 )2 ]
8
Substituindo obtêm-se:
a=207,75 mm
27
VERIFICAÇÃO DO ÂNGULO DE ABRAÇAMENTO DA CORREIA NA
POLIA MOTORA E VERIFICAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PASSAGENS
A verificação do ângulo de abraçamento, é feita através da seguinte fórmula:
d 2 −d 1
α=180 °−57 °× =158 , 29 °
a
Verifica-se que α > 120° provando que a escolha da distância interaxial é válida, não
necessitando de se colocar uma polia desviadora.
v 1
U=
l []
s
Onde:
v- velocidade tangencial
l- comprimento da correia
1 ,89
U= =2 ,363
0,8
1
Verifica-se que U<10…20 s , significando que não há necessidade de aumento da distância
interaxial.
C α ×Cl ×C i
Pc =P o ×
Cr
Onde:
28
Cl - é o coeficiente de comprimento da correia
C α=0 ,95
Cr =1,2
Cl =0,9
Ci =1 ,13
Então:
Pc =0,18 kW
P
z=
P c×C z
Onde:
P=1,425[ kW ]
Pc =0,18 [kW ]
C z =1
z=3
Temos 3 correias
29
P2 ×Cr ×Cl
F0 =0 ,85× +F v
z×v×C α ×C i
Onde:
kg
ρ=1250
m3 para tela cauchutada, a força centrífuga será:
−6 2
F v=1250×81×10 ×1 ,89 =0 , 36 N
F0 =332 , 13N
Então,
Fr =2×z×F 0 ×cos ( β2 ) , onde β é o ângulo entre os ramais da correia, e calcula-se
da seguinte maneira:
Então, Fr =652, 37 N
T =T med×K 1 ×K 2
Onde:
30
K 1 − é o coeficiente de regime de carga;
Considerando K 1 =1 e K 2 =1 têm-se:
T =2000 horas
π ×n1
ω1 = =47 . 36 s−1
30
31
P1
T 1= =3. 15 kN . m=3 .15×103 N . m
ω1
m
v s=4 . 5×10−4 ×n1 ×√3 T 2 =0 . 85
s
Segundo as recomendações sobre os materiais, escolhe-se o material para a roda coroa: bronze
ao alumínio e ferro, este material tem boas propriedades mecânicas:
σ e =200 Mpa;σ r =400 Mpa ; o parafuso é feito de aço 40X, temperado para dureza 54HRC
com filetes rectificados e polidos. Para estes materiais tem-se a tensão admissível:
,
Arbitra-se q =8 e verifica-se se não é excessivo:
,
q 8
= =0. 25
z 2 31. 5
Onde:
q E red×T 2
a,w =0 .625×
( )
z2
√
+1 ×3
q
( )
[ σ H ]× z
2
=39 .5 mm
32
O seu valor normalizado é
a w =40 mm
2×a w
m ,= =2 . 025 mm
q+ z2
aw
x= −0 .5×( q+z 2 )=0 . 25
m
Os diâmetros primitivos do parafuso sem-fim e da secção mediana da roda coroa são achados
por:
d 1 =q×m=16 mm
d 2 =z 2×m=63 mm
A velocidade de deslizamento inicialmente avaliada pode ser calculada com exactidão. Para tal,
determinam-se as componentes da fórmula:
π×d1 ×n1 m
v 1= =0. 38
60000 s
z
tg γ= 1 =0 . 125
q
γ=7 . 13° 2,
v1 m
v s= =0 . 383
cos γ s
CÁLCULO TESTADOR AS TENSÕES DE CONTACTO
δ=50 °= 0 .8727 rad (Recomendação geral)
O valor de
ε α acha-se pela fórmula:
33
Para carga variável
K β =1. 125 e K v =1 , o que dá:
K H =K β ×K v =1. 125
Onde:
ζ =0 .75
2×α n =40
2×T 2
Ft 2 = =2283 .75 N
d2
K F=1
b2 =0 . 75×(d 1 +2×m)=15 mm
z2
zv =
cos3 γ =32 dentes
34
ϕ=6°34 ,
f ≈0.115
Então:
tg γ
η= =0 .57
tg(γ +ϕ )
z 1=1
m=2mm
q=8
d 1 =16mm
d a 1=24 mm
d f 1 =d 1 −2.4×m=11.2 mm
Onde:
c 1=11
c 2=0 .06
b1 =50 mm
z 2=31 . 5
d 2 =63 mm
b2 =15 mm
35
CÁLCULO TÉRMICO
Calcula-se a quantidade de calor libertado, por:
3
φ=P1×(1−η )×10 =1 .14×(1−0 . 80)×1000=285 W
K=8...10 W /( m2 .°C )
t1 =[t max ]=90 ° C - escolhido em função do óleo
A≈20×a1.w 7 =0 . 084 m2
φ1 max =K ×(t 1−t 0 )× A=100 .6 kW
Como
φ<φ max o calor gerado na transmissão pode ser dissipado por convecção natural, ou
seja, não se tomam providências. Por esta razão, nã tentar-se-á mudar o tipo de refrigeração.
P1 ×(1−η )
t oleo =t 1 =t 0 + =
K×A 40°C
O material comum na fabricação dos veios é o aço, podendo ser aço ao carbono e aços de liga. O
veio pode ser fabricado de aço Ct 5 ou equivalente na situação em que não se pretende conferir
36
resistência mecânica especial ao material do veio, ou seja, não se pretende submeter o veio ao
tratamento térmico
Quando se pretende conferir ao veio resistência mecânica através de tratamento térmico como o
melhoramento, podem ser empregues os aços de marca 40X ou aço 45 dada a sua
temperabilidade.
Os aços de marcas 20 e 20X são utilizados para veios de alta velocidade funcionando sobre
mancais deslizantes, porém, dado ao seu relativamente baixo teor de carbono estes aços são
cementados para aumentar a sua resistência ao desgaste.
Pela natureza de funcionamento dos veios, onde o principal critério de capacidade de trabalho é a
rigidez, contrariamente a outros elementos orgânicos de máquinas onde se requer resistência
mecânica, os veios não são fabricados de aços de alta qualidade devido ao inconveniente destes
de sensibilidade à concentração de tensões e à fadiga consequente.
37
Cálculo dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios
Os veios de redutores constituem corpos cilíndricos escalonados. A quantidade e as dimensões
dos escalões dependem da quantidade e dimensões das peças que se montam sobre os veios.
T 3×1000
d 1=
√
3
0,2×[ τ ]
=13
Onde:
No presente caso escolhe-se: [ τ ] =10 Mpa , para veio de alta velocidade (parafuso
sem-fim).
Onde:
d me =48 [mm]
38
d 1 =(0,8 .. . 1,2)×48=(38 , 4 . .. 57 , 6) [mm]
Tomando em consideração que este escalão irá acomodar o rolamento, deve-se então, escolhe-se
um valor normalizado de 2 d , pois este deve ser igual ao diâmetro do anel interno do rolamento.
O comprimento do segundo escalão é determinado pela fórmula
l 2=1 . 5×d2 =45 ,25 mm
O valor do comprimento
l3 obtêm-se construtivamente no esboço do redutor.
39
Figura 26 Determinação do l3.
Tem-se
l3 =86 ,34 mm
Os diâmetros e os comprimentos dos escalões dois e quatro sob rolamentos, são arredondados
Parâmetros d1 d2 d3 l3 l4 d4 l1 l2
geométricos
Valores 13 15 17 86,34 29,41 15 48 45
obtidos, em
[mm]
De seguida faz-se o cálculo das reacções de apoio no veio, usando os valores de distâncias entre
apoios determinados anteriormente.
40
Cálculo das reacções de apoio no veio do parafuso sem-fim
a) Primeiro trecho
41
b) Segundo trecho
c) Terceiro trecho
42
Representação esquemática dos trechos, para o estudo dos esforços internos
Tabela 14 Esforços internos dos troços.
43
Figura 29 Diagrama do momento flector em relação a x.
Diagrama do momento flector em relação ao eixo y.
M F =√ M 2X + M Y2 =49455104 , 19 N.mm
Onde:
consideradas, e neste caso toma-se α=1 , pois o veio não tem escatel.
44
Acha-se o diâmetro crítico:
M red
d cri= 3
√ 0,1×[ σ F ] [mm]
Onde:
499553 ,73
d cri=
√ 0,1×60
=43 ,66
[mm]
Tendo em conta que o diâmetro médio do veio, foi tomado como sendo igual ao diâmetro do
veio do motor eléctrico d 1 =d me =48 [mm] então, pode-se continuar o cálculo considerando o
diâmetro médio do motor eléctrico, pois o diâmetro crítico é menor que o diâmetro médio do
veio de entrada.
45
Onde:
d 2 =22 mm
Tomando em consideração que este escalão irá acomodar o rolamento, deve-se então, escolhe-se
um valor normalizado de 2 d , pois este deve ser igual ao diâmetro do anel interno do rolamento.
De onde resulta:
d 3 =70+3,5×3,2=81 , 2 [mm]
Parâmetros d1 d2 d3 l3 l4 d4 l1 l2
geométricos
Valores 20 22 25 45 24 28 30 32
obtidos, em
46
[mm]
Onde:
47
M y ( S3 )=−Rbx ×S3 M y ( S3 )=−11836, 69×S 3
Terceiro trecho M x (S 3 )=2746 , 7×S3
M x (S 3 )=Rby ×S3
M t ( S3 )=0
Primeiro trecho
48
Figura 35 Terceiro trecho para o veio
Diagramas:
49
Diagrama do momento flector em relação ao eixo y.
Para α=0,75 , pois o veio tem um escatelo, acha-se o momento flector reduzido.
Onde:
√
3
0,2×[ τ ]
50
l1=(1... 1,5)×d 1 [mm]
l 1=1 , 30×65=80 [mm]
51
Tabela 18 Esforços internos
52
Encontrados os diagramas dos momentos flectores em cada um dos trechos, passa-se ao cálculo
do momento flector sumário com base na fórmula (50), que considera o efeito conjunto dos
momentos.
3 22099591 ,14
d cri=
√ 0,1×75
=66 , 8
[mm]
C o ≤[ Co ]
P0 =X 0 ×F r +Y 0 ×Fa [N]
Onde:
53
F a - é a carga axial, em [N].
C≤[ C ]
Sendo que:
1
C=Pr ×L P
Onde:
P - é o expoente de longevidade
10
p=
O valor do expoente de longevidade, sendo 3
60×n× Lh
L=
10 [milhões de voltas]
Onde:
n - é a frequência de rotações
54
Figura 41 Rolamentos do veio de entrada do redutor
55
Ra =√ R2ax +R2ay =√ 11479,52 +419 ,7 2=12487 ,2 [N]
Visto que a força axial é relativamente pequena, comparativamente à força radial, então, faz-se a
pré-selecção de um par de rolamentos cónicos de série média de uma carreira, com a seguinte
designação 33016/Q.
Visto que o veio executivo durante o funcionamento sofre desalinhamentos angulares, então faz-
se a pré-selecção de um par de rolamentos auto- compensadores de rolos, com a seguinte
designação 580/572/Q.
56
Tabela 19 Dimensões do redutor
dt≈0,5×dalignl¿f ¿¿ ¿dt≈0,5×18m ¿
Diâmetro do
8 parafuso de 9[mm]
fixação da tampa
do redutor no
corpo ( d t )
Diâmetro do d t .r≈(0,7. ..1,4 )×δ
9 parafuso de 10[mm]
fixação da tampa
do rolamento ao d t .r≈(0,7. ..1,4 )×10mm
corpo ( d t .r )
57
x≈2×dalignl¿t.r¿¿¿x≈2×10m ¿
Largura das abas
10 das tampas dos 20[mm]
rolamentos (x)
Diâmetro dos d t . i=6 ... 10 mm
11 parafusos de 8[mm]
fixação da tampa
de inspecção (
d t .i )
Diâmetro da d b ≥(1,6 ...2,2)×δ
12 rosca do bujão 20[mm]
drenagem do
óleo do cárter do d b ≥(16 . ..22)mm
redutor ( d b )
Largura dos K ' ≥2×d t
13 rebordos 18[mm]
(flanges) de '
união da tampa e K ≥2×9 mm
do corpo do
redutor (K’)
Largura das
14 patas do corpo
do redutor (K) K=(2. 2,5)×dalignl¿f ¿¿ ¿K=(2. 2,5)×18m ¿ 40[mm]
59
sσ + s τ
s= ≥[ s ]≈1,6
√ s 2σ + s2τ
Onde:
σ −1
sσ =
σ a ×K σ
+ψ σ ×σ m
K d× K F
τ−1
sτ =
τ α ×K τ
+ ψ τ ×τ m
K d ×K F
MF
σ a=
0,1×d 3
0,5×T
τ a=
0,1×d 3
De onde resulta:
3
1187437 , 2 0,5×70 , 9×10
σ a= =54 , 98 τ m =τ a = =0,8
0,1×60 3 [Mpa] e 0,2×603 [Mpa]
ψ σ =0 ,15
ψ τ =0,1
60
CONCLUSÃO
O accionamento do presente trabalho para fins práticos irá funcionar segundo as condições
iniciais.
Segundo o esquema cinemático proposto, o redutor terá dimensões reduzidas devido ao facto de
o accionamento ser projectado para fornecer ao órgão executivo uma força tangencial
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relativamente pequena ( Ft =5 kN ) possuindo o accionamento uma transmissão por correia
trapezoidal, um tambor, redutor de parafuso sem-fim.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] SITOE, RUI. V., Guia para o cálculo cinemático de accionamentos, Departamento de
Engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 1996.
[3] SITOE, RUI. V., Transmissões por parafuso sem-fim/coroa, Departamento de Engenharia
Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 1993-2006.
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