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1. INTRODUÇAO.
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SIMEL, Georg (1858-1918). Grandes cientistas sociais, Sociologia, organizado por Moraes
Filho, Evaristo, 1914, São Paulo: Editora Ática,1983 p.90-188.
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Fala comumente utilizada entre as juventudes modernas.
grupo de pescadores, no entanto a interpretação de um grupo de jovens da
periferia pode ser entre as quatro, a mais diferente, mostrando que questões
que esperaria ser genéricas aos grupos não sejam a esse grupo especifico.
O que faz com que esse grupo perca a identificação com questões
genéricas aos demais? Sabemos que podem haver infindas possibilidades que
podem seguir logicas, mas que não daremos conta dessa totalidade, tais como
o recorte sócio espacial a condição de classe econômica, questões étnicas
raciais, culturas regionais entre outras. O que gostaria de observar quais
comportamentos, percepções e ressignificações geradas por grupos excluídos
no caso especifico aqui tratado de jovens cantores de rap da periferia.
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Ver em: SIMEL, Georg (1858-1918). Grandes cientistas sociais, Sociologia,
organizado por Moraes Filho, Evaristo, 1914, São Paulo: Editora Ática,1983 p.111-112 .
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Trato aqui da percepção de Marx Weber sobre o Estado, ver melhor em: A
política como vocação, referencias.
Ao falar das normas sociais legitimadas no Estado pensa
que a coerção estatal se expressa unicamente na centralização da força e por
deter o uso legitimado da violência, Simel afirma que não , conforme citado
anteriormente discorrerá sobre a importância que o sentido dessas normas ou
costumes devem fazer para os indivíduos e os grupos, o rei não é rei
unicamente por sua condição de herdeiro do trono ou por uma norma
legalizadora, mas por que seus súditos o fazem rei, ai está umas das funções
do sufrágio universal na democracia moderna.
Quando o autor trata sobre líderes e liderados ele fala
que o líder não exerce a sua liderança de forma imponente, mas que ele está
sujeito aos seus liderados, e que os seus liderados devem se identificar com
sua condição de líder. SIMEL(1858-1918).
Tal analogia cai muito bem para o que desejo tratar a
seguinte, pois levanto a hipótese que a exclusão do grupo ao acesso a
determinados direitos genéricos ao grupo maior, faz com que esse grupo
excluído não reconheça mais a liderança (coerção) genérica que o alinha com
o grupo maior.
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Não quero jamais afirmar aqui, que toda desobediência está ligada ao caso em
questão, sabendo que existem infinitas motivações que movimentam os atores sociais, que
elas podem confluir, divergir e dar resultados imprevisíveis, o que busco aqui é descobrir se
uma dessas motivações é substanciada pela hipótese em questão, se sim, ela por assim dizer
não daria conta de responder o complexo do real , mas apenas um recorte dessa realidade. E
se for plausível dentro desse recorte, testado em outros momentos.
Quando o Estado, a sociedade não trata de forma
igualitária os diferentes grupos sociais ou não consegue fazer com que os
indivíduos não percebam essa desigualdade, este Estado perde sua força de
coerção e harmonização dos grupos, ou seja, torna-se um Estado fraco, onde a
centralização do poder não dá conta dos movimentos dos grupos.
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É comum a reincidência e a falta de culpa no sistema penal por exemplo.
Analisar antes os “sistemas punitivos concretos”, estudá-los como
fenômenos sociais que não podem ser explicados unicamente pela armadura
jurídica da sociedade nem por suas opções éticas fundamentais; recolocá-los
em seu campo de funcionamento onde a sanção dos crimes não é o único
elemento; mostrar que as medidas punitivas não são simplesmente
mecanismos “negativos” que permitem reprimir, impedir, excluir, suprimir; mas
que elas estão ligadas a toda uma série de efeitos positivos e úteis que elas
têm por encargo sustentar (e nesse sentido, se os castigos legais são feitos
para sancionar as infrações, pode-se dizer que a definição das infrações e sua
repressão são feitas em compensação para manter os mecanismos punitivos e
suas funções. (FOUCAULT 1999)
Não que um grupo, que não sofra tais exclusões, não esteja sujeito a
desvios morais e desobediência. O caso em especifico que desejo tratar é uma
das motivações que levam grupos excluídos a desobedecer e não generalizar e
afirmar que toda situação de desobediência ou infração a normas e costumes,
se resumem a processos de exclusão grupal.
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Os novos significados podem ser construídos, a partir do modo que os indivíduos se
relacionam cotidianamente diferente com determinadas situações, esses novos significados
podem surgir de diversas formas, Marx Weber por exemplo trata do novo significado que a
reforma protestante traz ao sentido de vocação. Esses grupos criam novos significados que se
divergirão do todo social, como já foi exemplificado de que um roubo para um jovem de
classe média é bem diferente para um jovem da periferia. E como dito essa interpretação não
se diverge unicamente pela situação de classe, outras questões perpassam a problemática.
Isso não significa que os valores não se atravessam que são
estruturas fechadas e completamente paralelas, eles coexistem se comunicam,
desarmonizam-se e se constroem.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.