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Lição 1
Quando analizamos as estruturas das escalas, observando as pssíveis localizações da pentatônica, e a sua relação
com os acordes do campo harmônico das escalas, compreendemos o seu uso em acordes que, a princípio, parece não conter
uma pentatônica em sua escala.
O primeiro passo a ser tomado é verificar a estrutura das escalas (os exemplos serão dados no tom de C, na Natural
maior e menor Melódica):
A partir dessa exposição da situação da pentatônica, o próximo passo é organizar os acordes, de acordo com o quadro
de categorias existente, onde:
• Se o acorde for do modo Lídio de F7M, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores (neste modo não há nota-evitada), que são o II, o III e o VI graus da Natural maior, que
correspondem, respectivamente, aos VI, VII e III graus do modo Lídio, isto é, a Pentatônica menor de Dm, de
Em e de Am.
Assim, num acorde maior do modo Lídio, a Pentatônica menor pode ser montada a partir dos intervalos de
6M, 7M e 3M do acorde.
• Se o acorde for do modo Lídio de F7M(b5), como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores (no caso de F(b5), a nota-evitada é o dó, logo, as Pentatônicas de Dm e de Am estão excluídas),
que será o III grau da Natural maior, que corresponde, respectivamente, ao VII grau do modo Lídio, isto é, a
Pentatônica menor de Em.
Assim, num acorde maior com a quinta diminuta, do modo Lídio, a Pentatônica menor pode ser montada a
partir do intervalo de 7M do acorde.
Jessivaldo Silva
Elementos da Improvisação 3
2. para o acorde de categoria menor, temos:
• se o acorde for do modo Dórico de Dm7, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (neste modo também não há nota-evitada), que são o III e o VI
graus da Natural maior, isto é, a Pentatônica menor de Em e de Am, além da Pentatônica do próprio acorde
(II – Dm).
Assim, num acorde menor do modo Dórico, a Pentatônica menor pode ser montada a partir dos intervalos de
1j, 2M e 5j do acorde.
• se o acorde for do modo Frígio de Em, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (no caso de Em, as notas-evitadas são o dó e o fá, logo, as
Pentatônicas de Am e de Dm estão excluídas), que é a do próprio acorde, III grau da Natural maior, isto é, a
Pentatônica menor de Em.
Assim, num acorde menor do modo Frígio, tem-se apenas a Pentatônica menor a partir da 1j do acorde.
• se o acorde for do modo Eólio de Am7, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (no caso de Am, a nota-evitada é o fá, logo, a Pentatônica de
Dm está excluída), que é a do III grau da Natural maior, isto é, a Pentatônica menor de Em, além da
Pentatônica do próprio acorde (VI – Am).
Assim, num acorde menor do modo Eólio, a Pentatônica menor pode ser montada a partir dos intervalos de
1j e 5j do acorde.
Progressões Harmônicas:
Pentatônica de Am ou C...
||: F7M | Dm7(9) | Am7 | C7(9) | F7M | Dm7(9) | Bb7M(9) | Gb7(#5) :||
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Elementos da Improvisação 4
Lição 2
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Elementos da Improvisação 5
Lição 3
Função Harmônica
É a sensação que os graus da tonalidade exercem dentro dos encadeamentos harmônicos, determinado os pontos de
tensão e repouso do movimento harmônico.
Três são as funções, e levam os nomes dos graus respectivos:
a) Função Tônica (T) – É estável e tem sentido resolutivo, causando a sensação de repouso e finalização. É
representada pelo I grau, podendo ser substituído pelos III e VI graus.
b) Função Subdominante (SD) – É meio instável e tem sentido semi-resolutivo, ou seja, causa a sensação de um
breve repouso, mas logo pede complementação. É representada pelo IV grau, podendo ser substituído pelo II grau.
c) Função Dominante (D) – É instável e tem sentido preparatório (7), pedindo a resolução e repouso diretamente na
Tônica. É representada pelo V grau, podendo ser substituído pelo VII grau.
Centro Tonal
Trata-se do encadeamento harmônico constituído pelos acordes que representam as três funções harmônicas:
A cadência típica dos graus é:
SD D T
|| IV | V7 | I ||
Com a substituição do IV pelo II, fica:
SD D T
|| II | V7 | I ||
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Elementos da Improvisação 6
Lição 4
Ferramentas funcionais
É a sensação que os graus da tonalidade exercem dentro dos encadeamentos harmônicos, determinado os pontos de
tensão e repouso do movimento harmônico.
Três são as funções, e levam os nomes dos graus respectivos:
d) Função Tônica (T) – É estável e tem sentido resolutivo, causando a sensação de repouso e finalização. É
representada pelo I grau, podendo ser substituído pelos III e VI graus.
e) Função Subdominante (SD) – É meio instável e tem sentido semi-resolutivo, ou seja, causa a sensação de um
breve repouso, mas logo pede complementação. É representada pelo IV grau, podendo ser substituído pelo II grau.
f) Função Dominante (D) – É instável e tem sentido preparatório (7), pedindo a resolução e repouso diretamente na
Tônica. É representada pelo V grau, podendo ser substituído pelo VII grau.
Centro Tonal
Trata-se do encadeamento harmônico constituído pelos acordes que representam as três funções harmônicas:
A cadência típica dos graus é:
SD D T
|| IV | V7 | I ||
Com a substituição do IV pelo II, fica:
SD D T
|| II | V7 | I ||
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Elementos da Improvisação 7
Lição 5
Modos
Modo é a estrutura derivada da escala, formada a paritr de um de seus graus.
Sete são os nomes dos modos:
Iônio; Mixolídio;
Dórico; Eólio, e;
Frígio; Lócio.
Lídio;
Aos nomes dos modos são acrescentados os intervalos de acordo com a estrutura da escala de origem:
a) Modos da Escala Natural Maior:
Iônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio, Lócrio.
b) Modos da Naturla Menor:
Iônio b3,b6,b7, Dórico b2,b3,b6, Frígio 2M,3M,6M,7M, Lídio b3,4j,b7, Mixolídio b3,b13, Eólio 3M, 6M, 7M, e Lócrio 2M, 3M, 4j, 5j, 6M.
c) Modos da Menor Harmônica:
Iônio b3,b6, Dórico b2,b5, Frígio 2M,3M,#5,6M,7M, Lídio b3,#4,b7, Mixolídio b2,b13 Eólio #2,3M,#4,6M,7M, e Lócrio b4, bb7.
d) Modos da Menor Melódica:
Iônio b3, Dórico b9, Frígio 2M, 3M, #4,#5,6M,7M, Lídio b7, Mixolídio b13, Eólio b5, e Super Lócrio (Lócrio b4).
e) Modos da Escala Diminuta:
Iônio dim. e Mixolídio dim.dom.
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Elementos da Improvisação 8
Lição 6
a.e.m. a.e.m.
2.||: C7M | Ab7M(b5) | Am7 F7M | Db7M(b5) :||
Lídio Lídio
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Elementos da Improvisação 9
Lição 7
| D7 | D# º | A7 | F#7alt |
Pent Am Pent Am Pent A Pent Am
retorno harmônico...
| B7(13) | E7(#9) | A7 F#7 alt | B7(13) E7alt :||
Pent Abm Pent Gm Pent F#m Pent Am Pent Gm Pent F#m
| D7 | D# º | A7 | F#7alt |
Mixolídio Diminuta Mixolídio Alterada
retorno harmônico...
| B7(13) | E7(#9) | A7 F#7 alt | B7(13) E7alt :||
Lídio b7 Alterada Lídio b7 Alterada Lídio b7 Alterada
(dim.dom.) (dim.dom.) (dim.dom.) (dim.dom.) (dim.dom.)
| D7 | D# º | A7 | F#7alt |
D, F, G#, B C, D, A#7M(#5)
retorno harmônico...
| B7(13) | E7(#9) | A7 F#7 alt | B7(13) E7alt :||
B, C#, A7M(#5) Bb, C, G#7M(#5) A, B, Gamj7(#5) C, D, A#7M(#5) B, C#, A7M(#5) Bb, C, G#7M(#5)
ou B, D, F, G# ou E, G, Bb, Db ou F#, A, C, D# ou B, D, F, G# ou E, G, Bb, Db
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Elementos da Improvisação 10
Lição 8
Técnicas e Recursos
Existem técnicas próprias de cada instrumento, e outras que são universais. Dentre muitas, os enfoques serão dados
sobre aquelas que tornam possível a elaboração de idéias inovadoras e revolucionárias.
Extensão Visual
Trata-se de uma forma simples de ampliar a visualização das escalas no braço da guitarra.
Partindo do desenho tradicional de três notas por corda...
... Acrescenta-se mais uma nota da escala em cada corda, fazendo-se uso dos quatro dedos:
Para exercitar esse novo recurso, pode-se movimentar os dedos nas seguintes ordens:
1-4-2-3
1-4-1-2-3
1-4-3-1-2
1-4-1-2-3-2
1-4 e 1-4
3-4 e 1-4
3-4 e 1-2
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Elementos da Improvisação 11
Cromatização por nota-ponte
Este tipo de aplicação de notas de aproximação cromática consiste de uma fórmula simples, porém de resoluções
perfeitas, e resultados impressionantes.
Passo 3 –Cromatizar os grupos de tons, inserindo pausa entre as notas que compõem os semitons diatônicos:
Pode-se usar qualquer nota da escala. Como exemplo, será usado um intervalo de 2ª:
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Elementos da Improvisação 12
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Elementos da Improvisação 13
DESENHOS DAS ESCALAS
Para um melhor estudo dos pontos abordados nesta apostila, teremos, a seguir, a exposição dos desenhos
tradicionais das escalas mencionadas que foram mencionadas nesta obra. Cada escala será vista em sete desenhos (exceto a
pentatônica, com apenas cinco desenhos), onde cada um deles representa a mesma escala iniciada em cada um de seus graus;
por outro lado, os mesmos desenhos servem como ponto inicial de cada um dos modo.
No tocante aos modos das escalas, é necessário entender que o desenho não é o modo, ou seja, se temos o primeiro
desenho da escala Natural maior, correspondente ao modo Iônio, deve-se compreender que todos os seis desenhos restantes
também são uma extenção do modo Iônio em todo o braço do instrumento. Se, por exemplo, tiver uma situação harmônica que
indica que o Cm7 é Dórico (escala Natural maior de Bb), logo, iniciaremos a escala de Cm com base no segundo desenho da
escala Natural, e todos os desenhos restantes serão considerados extenção do modo Dórico.
Há alguns músicos que pensaram que, por exemplo, sendo um acorde o de C7M, poder-se-ia aplicar nele o modo
Frígio de Em, e dessa forma pensavam estar fazendo uso dos modos; porém, o que não estava sendo observado é que o
desenho do modo Frígio de Em corresponde ao III grau da escala de C, logo, o que está sendo feito é a aplicação da Escala
Natural maior de C, iniciada a partir da nota Mi.
Portanto, sempre que se desejar fazer a aplicação de um modo ou escala, a mesma deve ser iniciada a partir da
fundamental do acorde em questão, por exemplo, em Cm7 e Ab7 podem ser aplicados os modo Dórico para o Cm7 e Lídio b7
para o A7, sendo cada um desses modos iniciados a partir das fundamentais de seus respectivos acordes.
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Elementos da Improvisação 14
ESCALA DIMINUTA (guitarra/violão e baixo 4st)
Iônio diminuto Dórico Dom. Dim. Iônio dim. Dórico Dom. Dim.
Os desenhos da escala Natural menor e seus modos correspondem aos da Natural Maior, a partir do VI grau, isto é, o
primeiro desenho da Natural menor (modo Iônio b3) corresponde ao sexto desenho da Natural maior (modo Eólio).
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Elementos da Improvisação 15
ESCALA NATURAL MAIOR (Baixo – 4st)
Os desenhos da escala Natural menor e seus modos correspondem aos da Natural Maior, a partir do VI grau, isto é, o
primeiro desenho da Natural menor (modo Iônio b3) corresponde ao sexto desenho da Natural maior (modo Eólio).
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Elementos da Improvisação 16
ESCALA MENOR HARMÔNICA (baixo – 4st)
Iônio b3,b6 Dórico b9,b5 Frígio 9M,3M, Lídio b3,b7 Mix. b9,b13 Eólio #9,3M, Lócrio Dim.
#5,6M,7M #4,6M,7M
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Elementos da Improvisação 17
ESCALA MENOR MELÓDICA (baixo – 4st)
Iônio b3 Dórico b9 Frígio 9M,3M, Lídio b7 Mixolídio b13 Eólio b5 Super Lócrio
#4,#5,6M,7M
Os desenhos da escala Natural menor e seus modos correspondem aos da Natural Maior, a partir do VI grau, isto é, o
primeiro desenho da Natural menor (modo Iônio b3) corresponde ao sexto desenho da Natural maior (modo Eólio).
Iônio b3,b6 Dórico b9,b5 Frígio 9M,3M, Lídio b3,b7 Mix. b9,b13 Eólio #9,3M, Lócrio Dim.
#5,6M,7M #4,6M,7M
Iônio b3 Dórico b9 Frígio 9M,3M, Lídio b7 Mixolídio b13 Eólio b5 Super Lócrio
#4,#5,6M,7M
ESCALA DIMINUTA
(violino/rabeca/violoncelo)
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Elementos da Improvisação 19
Iônio b3,b6 Dórico b9,b5 Frígio 9M,3M, Lídio b3,b7 Mix. b9,b13 Eólio #9,3M, Lócrio Dim.
#5,6M,7M #4,6M,7M
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Elementos da Improvisação 20
Iônio b3 Dórico b9 Frígio 9M,3M, Lídio b7 Mixolídio b13 Eólio b5 Super Lócrio
#4,#5,6M,7M
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Elementos da Improvisação 21
Lição 9
Há escalas que receberam dois nomes, ou, há escalas que têm a mesma estrutura que outras. Isto ocorre por que
alguns músicos inventaram suas escalas, e ou alteraram alguma já existente, sem perceber que o resultado era uma estrutura
de tons-semitons correspondente a um dos modos das escalas naturais e formas menores.
O objetivo desta exposição é informar e enfatizar o fato de que não é necessário aprender um número sem fim de
escalas, até porque não há tantas assim... Se nós dominarmos a escala Natural maior e suas formas menores e mais a escala
Diminuta, poderemos improvisar em quaisquer situações harmônicas do JAZZ e da MPB, visto que essas escalas fornecem um
total de 23 modos.
Asprincipais equivalências entre escalas, são:
1. O modo Dórico #4 (escala derivada de uma alteração) é o mesmo que o Lídio b3,b7 (IV modo da menor
Harmônica);
2. O modo Lídio #5 (escala derivada de uma alteração), é o mesmo que o F’rigio 9M,3M,#4,#5,6M,7M (III modo
da menor Melódica, podendo ser chamado simplesmente de Frígio melódico);
3. O modo Lídio #9 (escala derivada de uma alteração), é o mesmo que o Eólio #9,3M,#4,6M,7M (VI modo da
menor Harmônica, ou, simplesmente, Eólio harmônico);
4. A escala Lócrio 9M (derivada de uma alteração), é a mesma que o modo Eólio b5 (VI modo da menor
Melódica), e;
5. A escala Alterada (invetada por músicos jazístas), tem a mesma estrutura do modo Super Lócrio (VII modo
da menor Melódica).
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Elementos da Improvisação 22
1. Para um Acorde Maior: Se o acorde for o I grau da tonalidade, a escala é a Natural Maior. Se, porém, o
acorde for o IV grau da tonalidade, ou um Acorde de Empréstimo Modal (a.e.m.), as escalas podem ser:
Lídio e Eólio harmônico;
2. Para um Acorde Menor: Se o acorde for o primeiro grau da tonalidade, as escalas são: menor Natural,
menor Harmônica e ou menor Melódica; e para um sentido da música Jazz ou Funk ou Bossa, usa-se o
modo Dórico. Para todos os demais acordes menores que surgirem dentro de uma determinada tonalidade
(que sejam uma tétrade menor, exceto os semidiminutos), usa-se o modo Dórico, com opção de uso do
modo Lídio harmônico;
3. Para um Acorde Semidiminuto (categoria menor): O modo preferido pelos jazístas é o Eólio b5 (conhecido
pelo nome de sua escala equivalente, o Lócrio 9M), e as opções são os modo Lócrio, Dórico harmônico e
Super Lócrio;
4. Para um Acorde Dominante (V7 – Acorde de Preparação): Se o acorde for o V7 que prepara um acorde
maior, o modo é o Mixolídio, ou, por opção, a escala Dom. Dim., ou ainda, o modo Lídio b7. Se o acorde for
o V7 que prepara um acorde menor, a escala é o Mixolídio b9,b13 (harmônico), ou, por opção, o Mixolídio
b13 (melódico), ou ainda, a escala Dom. Dim.. Se o acorde for um V7(#5) aumentada, que pode preparar
tanto uma acorde maior quanto um menor, a escala é a Alterada (eqv. Super Lócrio). Se o acorde é um V7
especial, isto é, não é resolvido por nehum outro acorde (ex.: || IV7 | Im7 || || II7 | Iim7 || || bVII7 | I7M || ||
bVI7 | Im7 ||, a escala é o Lídio b7, e;
5. Para um Acorde Diminuto: Em um acorde diminuto, em qualquer circunstância pode ser aplicada a escala
Diminuta. Em um acorde diminuto ascendente (ex.: || C#o | Dm7||), além da escala diminuta, pode-se usar o
modo Lócrio diminuto (VII modo harmônico).
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