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Elementos da Improvisação 2

Lição 1

Possibilidades de Uso das Pentatônicas


Há vários tipos de pentatônicas, porém abordaremos o uso da Pentatônica Menor.

Localização da Pentatônica Menor

Quando analizamos as estruturas das escalas, observando as pssíveis localizações da pentatônica, e a sua relação
com os acordes do campo harmônico das escalas, compreendemos o seu uso em acordes que, a princípio, parece não conter
uma pentatônica em sua escala.
O primeiro passo a ser tomado é verificar a estrutura das escalas (os exemplos serão dados no tom de C, na Natural
maior e menor Melódica):

Natural Maior: C Dm Em F G Am Bm(b5)


Pentatônica Pentatônica Pentatônica Pentatônica Pentatônica Pentatônica
Maior Menor Menor Maior Maior Menor

Menor Melódica: Cm Dm Eb(#5) F G Am(b5) Bm(b5)


Pentatônica Pentatônica
Menor Maior

A partir dessa exposição da situação da pentatônica, o próximo passo é organizar os acordes, de acordo com o quadro
de categorias existente, onde:

1. para o acorde de categoria maior, temos:


• se o acorde for do modo Iônio de C7M, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (no caso de C, a nota-evitada é o fá, logo, a Pentatônica de Dm
está excluída), que são o III e o VI graus da Natural maior, isto é, a Pentatônica menor de Em e de Am.
Assim, num acorde maior do modo Iônio, a Pentatônica menor pode ser montada a partir dos intervalos de
3M e 6M do acorde.

• Se o acorde for do modo Lídio de F7M, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores (neste modo não há nota-evitada), que são o II, o III e o VI graus da Natural maior, que
correspondem, respectivamente, aos VI, VII e III graus do modo Lídio, isto é, a Pentatônica menor de Dm, de
Em e de Am.
Assim, num acorde maior do modo Lídio, a Pentatônica menor pode ser montada a partir dos intervalos de
6M, 7M e 3M do acorde.

• Se o acorde for do modo Lídio de F7M(b5), como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores (no caso de F(b5), a nota-evitada é o dó, logo, as Pentatônicas de Dm e de Am estão excluídas),
que será o III grau da Natural maior, que corresponde, respectivamente, ao VII grau do modo Lídio, isto é, a
Pentatônica menor de Em.
Assim, num acorde maior com a quinta diminuta, do modo Lídio, a Pentatônica menor pode ser montada a
partir do intervalo de 7M do acorde.

Jessivaldo Silva
Elementos da Improvisação 3
2. para o acorde de categoria menor, temos:
• se o acorde for do modo Dórico de Dm7, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (neste modo também não há nota-evitada), que são o III e o VI
graus da Natural maior, isto é, a Pentatônica menor de Em e de Am, além da Pentatônica do próprio acorde
(II – Dm).
Assim, num acorde menor do modo Dórico, a Pentatônica menor pode ser montada a partir dos intervalos de
1j, 2M e 5j do acorde.
• se o acorde for do modo Frígio de Em, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (no caso de Em, as notas-evitadas são o dó e o fá, logo, as
Pentatônicas de Am e de Dm estão excluídas), que é a do próprio acorde, III grau da Natural maior, isto é, a
Pentatônica menor de Em.
Assim, num acorde menor do modo Frígio, tem-se apenas a Pentatônica menor a partir da 1j do acorde.
• se o acorde for do modo Eólio de Am7, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (no caso de Am, a nota-evitada é o fá, logo, a Pentatônica de
Dm está excluída), que é a do III grau da Natural maior, isto é, a Pentatônica menor de Em, além da
Pentatônica do próprio acorde (VI – Am).
Assim, num acorde menor do modo Eólio, a Pentatônica menor pode ser montada a partir dos intervalos de
1j e 5j do acorde.

3. para o acorde de categoria dominante, temos:


• se o acorde for do modo Mixolídio de G7, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (no caso de G, a nota-evitada é o dó, logo, as Pentatônicas de
Dm e de Am estão excluídas), e que, neste caso, é o III grau da Natural maior, isto é, a Pentatônica menor
de Em.
Assim, num acorde dominante do modo Mixolídio, a Pentatônica menor pode ser montada a partir do
intervalo de 6M do acorde.
• se o acorde for do modo Mixolídio de G7sus, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores, que não contenham a nota-evitada (no caso de Gsus, a nota-evitada é o si, logo, a Pentatônica de
Em está excluída), que são o II e o VI graus da Natural maior, isto é, a Pentatônica menor de Dm e de Am.
Assim, num acorde dominante do modo Mixolídio com a quarta suspensa (sus), a Pentatônica menor pode
ser montada a partir dos intervalos de 2M e 5j do acorde.
• se o acorde for do modo Lídio b7 de F7, como exemplo, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus
menores (neste modo não há nota-evitada), que, neste caso, será o II grau da menor Mlódica, isto é, a
Pentatônica menor de Dm.
Assim, num acorde dominante do modo Lídio b7, a Pentatônica menor pode ser montada a partir do intervalo
de 6M do acorde.
• se o acorde for da escala Alterada de B7(#5), como exemplo, considerando esta escala como semelhante ao
modo Super Lócrio, em sua estrutura, faz-se a aplicação das Pentatônicas dos graus menores (na escala
Alterada não há nota-evitada, devido à equivqlência dos intervalos de b9/#9 e b5/#5), que será o II grau da
menor Melódica, isto é, a Pentatônica menor de Dm.
Assim, num acorde dominante da escala Alterada, a Pentatônica menor pode ser montada a partir do
intervalo de #9 do acorde.

Progressões Harmônicas:
Pentatônica de Am ou C...
||: F7M | Dm7(9) | Am7 | C7(9) | F7M | Dm7(9) | Bb7M(9) | Gb7(#5) :||

Pentatônica por acorde...


||: A7alt | D7(9) | G7alt | C6(9) | G7alt | C6(9) :||
Pent Cm Pent Bm Pent Bbm Pent Am Pent Bbm Pent Bm

Pentatônica por acorde...


||: Fm7(9) | Bb7alt | Eb7M | // | G#m7(9) | C#7alt | F#7M | // | Bm7(9) | E7alt | A7M :||
Pent Cm Pent C#m Pent Dm Pent D#m Pent Em Pent Fm Pent F#m Pent Gm Pent G#m

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Lição 2

Princípios de Harmonia Funcional


Campo Harmônico
É o conjunto dos acordes (graus) pertencentes a uma determinada escala. Campo Harmônico é mesmo que
Tonalidade ou Tom (uso popular).

Campo Harmônico da Escala Natural Maior e suas Formas Menores


Graus da Tonalidade Natural Maior:
|| I7M | IIm7 | IIIm7 | IV7M | V7 | VIm7 | VIIm7(b5) ||

Exercícios com Progressão Harmônica Típica:


||: C7M | Em7 | Dm7 | G7sus4 | Am7 | Em7 | G7sus4 :||

Graus da Tonalidade Natural Menor:


|| Im7 | IIm7(b5) | bIII7M | IVm7 | Vm7 | bVI7M | bVII7 ||

Exercícios com Progressão Harmônica Típica:


||: Cm | Ab | Bb | Gm :||

Graus da Tonalidade Menor Harmônica:


|| Im(7M) | IIm7(b5) | bIII7M(#5) | IVm7 | V7 | bVI7M | VII º ||

Exercícios com Progressões Harmônicas Típicas:


||: Cm | Fm | Ab | B º :||

Graus da Tonalidade Menor Melódica:


|| Im(7M) | IIm7 | bIII7M(#5) | IV7 | V7 | VIm7(b5) | VIIm7(b5) ||

Exercícios com Progressões Harmônicas Típicas:


||: Cm | F7 | Dm7 | G7 :||

Graus da Tonalidade Diminuta:


|| Io | II7 ||

Exercícios com Progressões Harmônicas Típicas:


1.||: Cm6(9)S/5 | B/C :||
2.||: C7(#9) | // | A7(#9) | // :||

Nome dos Graus Graus Principais


Os graus das escalas são chamados de: I grau (T), IV grau (SD), V grau (D).
I grau – Tônica;
II grau – Sobretônica;
III grau – Mediante;
IV grau – Subdominante;
V grau – Dominante;
VI grau – Sensível.

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Lição 3
Função Harmônica
É a sensação que os graus da tonalidade exercem dentro dos encadeamentos harmônicos, determinado os pontos de
tensão e repouso do movimento harmônico.
Três são as funções, e levam os nomes dos graus respectivos:
a) Função Tônica (T) – É estável e tem sentido resolutivo, causando a sensação de repouso e finalização. É
representada pelo I grau, podendo ser substituído pelos III e VI graus.
b) Função Subdominante (SD) – É meio instável e tem sentido semi-resolutivo, ou seja, causa a sensação de um
breve repouso, mas logo pede complementação. É representada pelo IV grau, podendo ser substituído pelo II grau.
c) Função Dominante (D) – É instável e tem sentido preparatório (7), pedindo a resolução e repouso diretamente na
Tônica. É representada pelo V grau, podendo ser substituído pelo VII grau.

Centro Tonal
Trata-se do encadeamento harmônico constituído pelos acordes que representam as três funções harmônicas:
A cadência típica dos graus é:
SD D T
|| IV | V7 | I ||
Com a substituição do IV pelo II, fica:
SD D T
|| II | V7 | I ||

Centro Tonal Maior Centro Tonal Menor


|| IIm7 | V7 | I7M || || IIm7(b5) | V7 | Im7 ||

Centro Tonal em Contexto Modal


Centro Tonal Maior
II grau em Contexto Modal
|| IIm7(b5) | V7 | I7M ||
V7 grau em Contexto Modal
|| IIm7 | V7alt | I7M ||
I grau em Contexto Modal
|| IIm7 | V7 | I7M(#5) ||

Centro Tonal Menor


II grau em Contexto Modal
|| IIm7(9) | V7alt | Im7 ||
V7 grau em Contexto Modal
|| IIm7(b5) | V7(13) | Im7 ||
I grau em Contexto Modal
|| IIm7 | V7alt | Im(7M) | Im7 | Im6 ||

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Lição 4
Ferramentas funcionais
É a sensação que os graus da tonalidade exercem dentro dos encadeamentos harmônicos, determinado os pontos de
tensão e repouso do movimento harmônico.
Três são as funções, e levam os nomes dos graus respectivos:
d) Função Tônica (T) – É estável e tem sentido resolutivo, causando a sensação de repouso e finalização. É
representada pelo I grau, podendo ser substituído pelos III e VI graus.
e) Função Subdominante (SD) – É meio instável e tem sentido semi-resolutivo, ou seja, causa a sensação de um
breve repouso, mas logo pede complementação. É representada pelo IV grau, podendo ser substituído pelo II grau.
f) Função Dominante (D) – É instável e tem sentido preparatório (7), pedindo a resolução e repouso diretamente na
Tônica. É representada pelo V grau, podendo ser substituído pelo VII grau.

Centro Tonal
Trata-se do encadeamento harmônico constituído pelos acordes que representam as três funções harmônicas:
A cadência típica dos graus é:
SD D T
|| IV | V7 | I ||
Com a substituição do IV pelo II, fica:
SD D T
|| II | V7 | I ||

Centro Tonal Maior Centro Tonal Menor


|| IIm7 | V7 | I7M || || IIm7(b5) | V7 | Im7 ||

Centro Tonal em Contexto Modal


Centro Tonal Maior
II grau em Contexto Modal
|| IIm7(b5) | V7 | I7M ||
V7 grau em Contexto Modal
|| IIm7 | V7alt | I7M ||
I grau em Contexto Modal
|| IIm7 | V7 | I7M(#5) ||

Centro Tonal Menor


II grau em Contexto Modal
|| IIm7(9) | V7alt | Im7 ||
V7 grau em Contexto Modal
|| IIm7(b5) | V7(13) | Im7 ||
I grau em Contexto Modal
|| IIm7 | V7alt | Im(7M) | Im7 | Im6 ||

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Lição 5
Modos
Modo é a estrutura derivada da escala, formada a paritr de um de seus graus.
Sete são os nomes dos modos:
Iônio; Mixolídio;
Dórico; Eólio, e;
Frígio; Lócio.
Lídio;

Aos nomes dos modos são acrescentados os intervalos de acordo com a estrutura da escala de origem:
a) Modos da Escala Natural Maior:
Iônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio, Lócrio.
b) Modos da Naturla Menor:
Iônio b3,b6,b7, Dórico b2,b3,b6, Frígio 2M,3M,6M,7M, Lídio b3,4j,b7, Mixolídio b3,b13, Eólio 3M, 6M, 7M, e Lócrio 2M, 3M, 4j, 5j, 6M.
c) Modos da Menor Harmônica:
Iônio b3,b6, Dórico b2,b5, Frígio 2M,3M,#5,6M,7M, Lídio b3,#4,b7, Mixolídio b2,b13 Eólio #2,3M,#4,6M,7M, e Lócrio b4, bb7.
d) Modos da Menor Melódica:
Iônio b3, Dórico b9, Frígio 2M, 3M, #4,#5,6M,7M, Lídio b7, Mixolídio b13, Eólio b5, e Super Lócrio (Lócrio b4).
e) Modos da Escala Diminuta:
Iônio dim. e Mixolídio dim.dom.

Clichês de Harmonia Modal


A partir dos graus dos modos, podem ser elaborados encadeamentos harmônicos. Os únicos cuidados a serem
tomados são no sentido de evitar caminhos harmônicos que enfraqueçam o tom modal, por exemplo, enfatizar ou repousar no I
grau da escala da qual deriva o modo.
Os clichês apresentados a seguir buscam demonstrar os encadeamentos típicos de cada modo. Todos os exemplos
serão dados em C (tom de Dó).

Clichês Harmônicos dos Modos da Natural Maior


Clichê do Modo Iônio:
||: C | G/C | F/C | G/C :||: Eb | Bb/E | Ab/Eb | Bb/Eb :||

Clichê do Modo Dórico:


||: Cm7 | // | F7 | // :||: C#m7 | // | F#7 | // :||

Clichê do Modo Frígio:


||: Cm7 | Db/C | Cm7 | Db/C :||: D#m7 | E/D# | D#m7 | E/D# :||

Clichê do Modo Lídio:


||: C | // | D/C | // :||: Eb | // | F/Eb | // :||

Clichê do Modo Mixolídio:


||: C7sus4 | C7 | C7sus4| C7 :||: C#7sus4 | C#7 | C#7sus4| C#7 :||

Clichê do Modo Eólio:


||: Cm | Ab/C | Bb/C | Gm7 :||: C#m | A/C# | B/C# | G#m7 :||

Clichê do Modo Lócrio:


||: Cm7(11)S/5º | // | F#/C | :||: C#m7(11)S/5º | // | G/C# | :||

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Lição 6

Uso dos Modos em Acordes de Empréstimo Modal


Os acordes de empréstimo modal (a.e.m.) são aqueles tomados de uma outra tonalidade. No momento em que eles
ocorrem, deve-se aplicar a escala do modo respectivo ao a.e.m..
Os casos apreciados a seguir são os mais usados em MPB e JAZZ. (Todos os exemplos em C)

Escala do A.E.M. Maior:


A.E.M. do Modo Lídio
a.e.m. a.e.m. a.e.m. a.e.m.
1.||: C7M | Bb7M | Am7 | Ab7M | G7(9)sus4 | G/F | Eb7M | Dm7 | Db7M :||
Lídio Lídio Lídio Lídio

a.e.m. a.e.m.
2.||: C7M | Ab7M(b5) | Am7 F7M | Db7M(b5) :||
Lídio Lídio

Escalas do A.E.M. Menor:


A.E.M. do Modo Dórico
a.e.m. a.e.m. a.e.m.
||: C7M | Gm7(9) | Am7(9) | Fm7(9) | Dm7(9) | Ebm7(9) :||
Dórico Dórico Dórico

A.E.M. do Modo Eólio b5


a.e.m.
||: C7M | F7M | Dm7(b5) | G7(9)sus4 :||
Eólio b5

Escala do A.E.M. Dominante (V7esp.) e do subV7:


A.E.M. do Modo Lídio b7
SubV7 V7esp V7esp
||: C7M | Gb7(13) | F7M | Am7 | D7(9) | F7M | Bb7(13) :||
Lídio b7 Lídio b7 Lídio b7

Uso dos Modos em Acordes doMinantes


Os acordes dominantes (V7) podem ser derivados de modos diferentes.
Os casos a seguir são os mais comuns. (Todos os exemplos em C)

Escala do V7 Primários, Secundários e Auxiliares:


V7 sec V7 sec V7 aux V7 sec V7 prim
1.||: C7M | Gm7 | C7(b9) | F7M | E7alt | Am7 | Bb7(13) | Eb7M | D7(#9) | G7(13) :||
dom.dim. Super Lócrio dim.dom. Alterada Mixolídio
(escala Alterada) ou dim.dom. ou dim.dom

Jessivaldo Silva
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Lição 7

Progressão Harmônica de JAZZ-BLUES


As progressões de Blues obedecem a uma fórmula de doze compassos.
O Blues e o Jazz são estilos de música que exigem a improvisação por acorde.
Inicialmente, verificaremos o uso das pentatônicas e, posteriormente, dos modos:

Uso das Pentatônicas:

||: A7 | D7 | A7 | Em7 Eb7 |


Pent A Pent Am Pent A Pent Bm Pent Cm

| D7 | D# º | A7 | F#7alt |
Pent Am Pent Am Pent A Pent Am

retorno harmônico...
| B7(13) | E7(#9) | A7 F#7 alt | B7(13) E7alt :||
Pent Abm Pent Gm Pent F#m Pent Am Pent Gm Pent F#m

Uso dos Modos:

||: A7 | D7 | A7 | Em7 Eb7 |


Mixolídio Lídio b7 Mixolídio Dórico Lídio b7

| D7 | D# º | A7 | F#7alt |
Mixolídio Diminuta Mixolídio Alterada

retorno harmônico...
| B7(13) | E7(#9) | A7 F#7 alt | B7(13) E7alt :||
Lídio b7 Alterada Lídio b7 Alterada Lídio b7 Alterada
(dim.dom.) (dim.dom.) (dim.dom.) (dim.dom.) (dim.dom.)

Uso de Arpejos de Acordes:

||: A7 | D7 | A7 | Em7 Eb7 |


A D, E, C7M(#5) A,B G7M, D Eb, F, Db7M(#5)

| D7 | D# º | A7 | F#7alt |
D, F, G#, B C, D, A#7M(#5)

retorno harmônico...
| B7(13) | E7(#9) | A7 F#7 alt | B7(13) E7alt :||
B, C#, A7M(#5) Bb, C, G#7M(#5) A, B, Gamj7(#5) C, D, A#7M(#5) B, C#, A7M(#5) Bb, C, G#7M(#5)
ou B, D, F, G# ou E, G, Bb, Db ou F#, A, C, D# ou B, D, F, G# ou E, G, Bb, Db

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Lição 8
Técnicas e Recursos
Existem técnicas próprias de cada instrumento, e outras que são universais. Dentre muitas, os enfoques serão dados
sobre aquelas que tornam possível a elaboração de idéias inovadoras e revolucionárias.

Extensão Visual

Trata-se de uma forma simples de ampliar a visualização das escalas no braço da guitarra.
Partindo do desenho tradicional de três notas por corda...

... Acrescenta-se mais uma nota da escala em cada corda, fazendo-se uso dos quatro dedos:

Para exercitar esse novo recurso, pode-se movimentar os dedos nas seguintes ordens:

1-4-2-3
1-4-1-2-3
1-4-3-1-2
1-4-1-2-3-2

Com salto de cordas:

1-4 e 1-4
3-4 e 1-4
3-4 e 1-2

Pode-se criar padrões que se repetem oitavas acima...

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Elementos da Improvisação 11
Cromatização por nota-ponte

Este tipo de aplicação de notas de aproximação cromática consiste de uma fórmula simples, porém de resoluções
perfeitas, e resultados impressionantes.

Passo 1 – Definir o trecho da escala a ser cromatizado:

Passo 2 – Localizar os semitons diatônicos:

Passo 3 –Cromatizar os grupos de tons, inserindo pausa entre as notas que compõem os semitons diatônicos:

Passo 4 – Aplicar as notas-ponte:

Pode-se usar qualquer nota da escala. Como exemplo, será usado um intervalo de 2ª:

As notas-ponte serão colocadas em substituição das pausas.


A quantidade de notas-ponte deve ser sempre em números ímpares.

a) Aplicação de uma nota-ponte:

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Elementos da Improvisação 12

b) Aplicação de três notas-ponte:

c) Aplicação de cinco notas-ponte:

d) Aplicação de sete notas-ponte:

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Elementos da Improvisação 13
DESENHOS DAS ESCALAS

Para um melhor estudo dos pontos abordados nesta apostila, teremos, a seguir, a exposição dos desenhos
tradicionais das escalas mencionadas que foram mencionadas nesta obra. Cada escala será vista em sete desenhos (exceto a
pentatônica, com apenas cinco desenhos), onde cada um deles representa a mesma escala iniciada em cada um de seus graus;
por outro lado, os mesmos desenhos servem como ponto inicial de cada um dos modo.
No tocante aos modos das escalas, é necessário entender que o desenho não é o modo, ou seja, se temos o primeiro
desenho da escala Natural maior, correspondente ao modo Iônio, deve-se compreender que todos os seis desenhos restantes
também são uma extenção do modo Iônio em todo o braço do instrumento. Se, por exemplo, tiver uma situação harmônica que
indica que o Cm7 é Dórico (escala Natural maior de Bb), logo, iniciaremos a escala de Cm com base no segundo desenho da
escala Natural, e todos os desenhos restantes serão considerados extenção do modo Dórico.
Há alguns músicos que pensaram que, por exemplo, sendo um acorde o de C7M, poder-se-ia aplicar nele o modo
Frígio de Em, e dessa forma pensavam estar fazendo uso dos modos; porém, o que não estava sendo observado é que o
desenho do modo Frígio de Em corresponde ao III grau da escala de C, logo, o que está sendo feito é a aplicação da Escala
Natural maior de C, iniciada a partir da nota Mi.
Portanto, sempre que se desejar fazer a aplicação de um modo ou escala, a mesma deve ser iniciada a partir da
fundamental do acorde em questão, por exemplo, em Cm7 e Ab7 podem ser aplicados os modo Dórico para o Cm7 e Lídio b7
para o A7, sendo cada um desses modos iniciados a partir das fundamentais de seus respectivos acordes.

ESCALA Pentatônica (guitarra/violão)

Os desenhos dessa escala, são:


a
Modo Maior Modo 7sus4(9) Modo I/3 Modo 7sus4(13) Modo Menor

ESCALA Pentatônica (baixo – 4st)

Os desenhos dessa escala, são:


a
Modo Maior Modo 7sus4(9) Modo I/3 Modo 7sus4(13) Modo Menor

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Elementos da Improvisação 14
ESCALA DIMINUTA (guitarra/violão e baixo 4st)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio diminuto Dórico Dom. Dim. Iônio dim. Dórico Dom. Dim.

ESCALA NATURAL MAIOR (guitarra/violão)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio Dórico Frígio

Lídio Mixolídio Eólio Lócrio

Os desenhos da escala Natural menor e seus modos correspondem aos da Natural Maior, a partir do VI grau, isto é, o
primeiro desenho da Natural menor (modo Iônio b3) corresponde ao sexto desenho da Natural maior (modo Eólio).

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Elementos da Improvisação 15
ESCALA NATURAL MAIOR (Baixo – 4st)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio Dórico Frígio Lídio Mixolídio Eólio Lócrio

Os desenhos da escala Natural menor e seus modos correspondem aos da Natural Maior, a partir do VI grau, isto é, o
primeiro desenho da Natural menor (modo Iônio b3) corresponde ao sexto desenho da Natural maior (modo Eólio).

ESCALA MENOR HARMÔNICA (guitarra/violão)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3,b6 Dórico b9,b5 Frígio 9M,3M,#5,6M,7M

Lídio b3,b7 Mixolídio b9,b13 Eólio #9,3M,#4,6M,7M Lócrio Diminuto

Jessivaldo Silva
Elementos da Improvisação 16
ESCALA MENOR HARMÔNICA (baixo – 4st)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3,b6 Dórico b9,b5 Frígio 9M,3M, Lídio b3,b7 Mix. b9,b13 Eólio #9,3M, Lócrio Dim.
#5,6M,7M #4,6M,7M

ESCALA MENOR MELÓDICA (guitarra/violão)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3 Dórico b9 Frígio 9M,3M,#4,#5,6M,7M

Lídio b7 Mixolídio b13 Eólio b5 Super Lócrio

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Elementos da Improvisação 17
ESCALA MENOR MELÓDICA (baixo – 4st)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3 Dórico b9 Frígio 9M,3M, Lídio b7 Mixolídio b13 Eólio b5 Super Lócrio
#4,#5,6M,7M

modos da ESCALA Pentatônica


(violino/rabeca/violoncelo)

Os desenhos dessa escala, são:


a
Modo Maior Modo 7sus4(9) Modo I/3 Modo 7sus4(13) Modo Menor

modos da ESCALA NATURAL MAIOR


(violino/rabeca/violoncelo)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio Dórico Frígio Lídio Mixolídio Eólio Lócrio

Os desenhos da escala Natural menor e seus modos correspondem aos da Natural Maior, a partir do VI grau, isto é, o
primeiro desenho da Natural menor (modo Iônio b3) corresponde ao sexto desenho da Natural maior (modo Eólio).

Modos da ESCALA MENOR HARMÔNICA


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Elementos da Improvisação 18
(violino/rabeca/violoncelo)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3,b6 Dórico b9,b5 Frígio 9M,3M, Lídio b3,b7 Mix. b9,b13 Eólio #9,3M, Lócrio Dim.
#5,6M,7M #4,6M,7M

Modos da ESCALA MENOR MELÓDICA


(violino/rabeca/violoncelo)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3 Dórico b9 Frígio 9M,3M, Lídio b7 Mixolídio b13 Eólio b5 Super Lócrio
#4,#5,6M,7M

ESCALA DIMINUTA
(violino/rabeca/violoncelo)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio diminuto Dórico Dom. Dim.

ESCALA Pentatônica (bandolin)

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Elementos da Improvisação 19

Os desenhos dessa escala, são:


a
Modo Maior Modo 7sus4(9) Modo I/3 Modo 7sus4(13) Modo Menor

ESCALA NATURAL MAIOR (Bandolin)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio Dórico Frígio Lídio Mixolídio Eólio Lócrio

ESCALA MENOR HARMÔNICA (bandolin)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3,b6 Dórico b9,b5 Frígio 9M,3M, Lídio b3,b7 Mix. b9,b13 Eólio #9,3M, Lócrio Dim.
#5,6M,7M #4,6M,7M

ESCALA MENOR MELÓDICA (bandolin)

Jessivaldo Silva
Elementos da Improvisação 20

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio b3 Dórico b9 Frígio 9M,3M, Lídio b7 Mixolídio b13 Eólio b5 Super Lócrio
#4,#5,6M,7M

ESCALA DIMINUTA (bandolin)

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio diminuto Dórico Dom. Dim.

ESCALA Pentatônica (cavaquinho)

Os desenhos dessa escala, são:


a
Modo Maior Modo 7sus4(9) Modo I/3 Modo 7sus4(13) Modo Menor

ESCALA NATURAL MAIOR (cavaquinho)

Jessivaldo Silva
Elementos da Improvisação 21

Os desenhos dessa escala, são:

Iônio Dórico Frígio Lídio Mixolídio Eólio Lócrio

Lição 9

EQUIVALÊNCIA DAS ESCALAS

Há escalas que receberam dois nomes, ou, há escalas que têm a mesma estrutura que outras. Isto ocorre por que
alguns músicos inventaram suas escalas, e ou alteraram alguma já existente, sem perceber que o resultado era uma estrutura
de tons-semitons correspondente a um dos modos das escalas naturais e formas menores.
O objetivo desta exposição é informar e enfatizar o fato de que não é necessário aprender um número sem fim de
escalas, até porque não há tantas assim... Se nós dominarmos a escala Natural maior e suas formas menores e mais a escala
Diminuta, poderemos improvisar em quaisquer situações harmônicas do JAZZ e da MPB, visto que essas escalas fornecem um
total de 23 modos.
Asprincipais equivalências entre escalas, são:

1. O modo Dórico #4 (escala derivada de uma alteração) é o mesmo que o Lídio b3,b7 (IV modo da menor
Harmônica);
2. O modo Lídio #5 (escala derivada de uma alteração), é o mesmo que o F’rigio 9M,3M,#4,#5,6M,7M (III modo
da menor Melódica, podendo ser chamado simplesmente de Frígio melódico);
3. O modo Lídio #9 (escala derivada de uma alteração), é o mesmo que o Eólio #9,3M,#4,6M,7M (VI modo da
menor Harmônica, ou, simplesmente, Eólio harmônico);
4. A escala Lócrio 9M (derivada de uma alteração), é a mesma que o modo Eólio b5 (VI modo da menor
Melódica), e;
5. A escala Alterada (invetada por músicos jazístas), tem a mesma estrutura do modo Super Lócrio (VII modo
da menor Melódica).

Breve Relação das Escalas com os Acordes


Para orientarmos de forma eficiente a aplicação das escalas e modos nas progressões harmônicas, seguiremos esta
listagem geral das opções de escalas para os acordes das quatro categorias:

Jessivaldo Silva
Elementos da Improvisação 22
1. Para um Acorde Maior: Se o acorde for o I grau da tonalidade, a escala é a Natural Maior. Se, porém, o
acorde for o IV grau da tonalidade, ou um Acorde de Empréstimo Modal (a.e.m.), as escalas podem ser:
Lídio e Eólio harmônico;
2. Para um Acorde Menor: Se o acorde for o primeiro grau da tonalidade, as escalas são: menor Natural,
menor Harmônica e ou menor Melódica; e para um sentido da música Jazz ou Funk ou Bossa, usa-se o
modo Dórico. Para todos os demais acordes menores que surgirem dentro de uma determinada tonalidade
(que sejam uma tétrade menor, exceto os semidiminutos), usa-se o modo Dórico, com opção de uso do
modo Lídio harmônico;
3. Para um Acorde Semidiminuto (categoria menor): O modo preferido pelos jazístas é o Eólio b5 (conhecido
pelo nome de sua escala equivalente, o Lócrio 9M), e as opções são os modo Lócrio, Dórico harmônico e
Super Lócrio;
4. Para um Acorde Dominante (V7 – Acorde de Preparação): Se o acorde for o V7 que prepara um acorde
maior, o modo é o Mixolídio, ou, por opção, a escala Dom. Dim., ou ainda, o modo Lídio b7. Se o acorde for
o V7 que prepara um acorde menor, a escala é o Mixolídio b9,b13 (harmônico), ou, por opção, o Mixolídio
b13 (melódico), ou ainda, a escala Dom. Dim.. Se o acorde for um V7(#5) aumentada, que pode preparar
tanto uma acorde maior quanto um menor, a escala é a Alterada (eqv. Super Lócrio). Se o acorde é um V7
especial, isto é, não é resolvido por nehum outro acorde (ex.: || IV7 | Im7 || || II7 | Iim7 || || bVII7 | I7M || ||
bVI7 | Im7 ||, a escala é o Lídio b7, e;
5. Para um Acorde Diminuto: Em um acorde diminuto, em qualquer circunstância pode ser aplicada a escala
Diminuta. Em um acorde diminuto ascendente (ex.: || C#o | Dm7||), além da escala diminuta, pode-se usar o
modo Lócrio diminuto (VII modo harmônico).

Jessivaldo Silva

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