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UM OLHAR AMPLIADO SOBRE O

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÂO/HIPERATIVIDADE - TDAH


Curso de Pós-Graduação em Educação Especial e Inclusiva

Paula de Sousa Maldonado

UM OLHAR AMPLIADO SOBRE O TDAH

RESUMO

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno


neurobiológico, suas causas são genéticas, e sucede na infância aos 3 anos de
idade, na América o individuo tem o seu laudo de TDAH, no Brasil é diferente é aos
7 anos de idade a criança consegue ter o laudo especifico de TDAH, muitas das
vezes esse transtorno decorre o individuo por toda sua vida. O transtorno é crônico,
é a existência de sintomas ou comportamentos reconhecível associados algum tipo
de sofrimento, ele tem a caracterização por sintomas de impulsividade, desatenção
e inquietude. Também é possível a criança ser diagnosticada somente com TDA
sem hiperatividade, é o oposto do TDAH, também tem os DA’s, em inglês, chamado
também de ADD (Distúrbio de Déficit de Atenção) ADHD ou de AD/HD. O trabalho
do pedagogo com a criança diagnosticada com TDAH tem que ser bem intensificada
e duradoura pois são bem distraídos e vivem no mundo de fantasia que criam para
si, mas com o auxilio de uma ótima equipe multidisciplinar o desenvolvimento da
criança será excelente.

Palavras-chave: tdah - infantil, escola, diagnóstico, tratamento-tdah,

ABSTRACT

The Disorder Attention Deficit Hyperactivity (ADHD) is a neurobiological disorder, is


couses are genetic, and succeeds in infancy to 3 years old, in America the individual
has its ADHD report in Brazil in different is to 7 years old the child can have the
specific report of ADHD, this disorder often Follows the individual throughout his life.
The disorder is chronic, the existence of symptoms or behaviors associated
recognizable and king of suffering, it has the characterization by symptoms of
impulsivity, inattention and restlessness. It is also possible the child be diagnosed
only with ADD without hyperactivity, is the opposite of ADHD also has the DA's, in
English, also called ADD (Attention Deficit Disorder) ADHD or AD / HD. The work of
the pedagogue with children diagnosed with ADHD has to be intensified as well and
are durable and distracted and live in the fantasy world they create for themselves,
but with the help of a great multidisciplinary team the children development is
excellent.

keywords: tdah-childish, school,diagnosis,treatment-tdah


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Introdução
O Transtorno Déficit de Atenção com Hiperatividade não é uma doença, como
o nome já diz, é um transtorno, não tem cura, mas há um tratamento, e quanto mais
cedo diagnosticado menos prejuízos haverá na vida da criança, pois no Brasil a
identificação do TDAH na criança é muito tardia, entre 7 e doze anos pode ser,
diagnosticado , mas o ideal é ser identificado até os 3 anos de idade pois não irá
prejudicar tanto a criança, quanto mais cedo o diagnóstico melhor para o inicio do
tratamento.
Quando os pais não percebem a TDAH na criança é comum que ao chegar
na fase escolar seja identificado, pois com observações diárias no comportamento
da criança, onde ela passa a maior parte do tempo, o professor passa a perceber a
falta de atenção nas atividades aplicadas dentro de sala de aula, a falta de interesse
expressiva da criança, a inquietação e impulsividade ,assim que notam que a
criança precisa de acompanhamento de um profissional especialista para terem
certeza do que esta sendo observado diariamente em sala, a escola desempenha
um papel fundamental no processo dessa descoberta, com o consentimento dos
pais a criança passa pela equipe multidisciplinar para uma avaliação mais precisa e
depois encaminhada para um Neurologista que fara o diagnóstico e dará inicio ao
tratamento.

As duas condições diagnosticadas com mais frequência e que causa


problemas comportamentais e de aprendizagem em crianças de idade
escolar são os distúrbios de aprendizagem (DA’s) e o transtorno de déficit
de atenção/hiperatividade (TDAH). Um estudo recente com mais de 23 mil
crianças nos Estados Unidos revelou que aproximadamente 5% das
crianças têm distúrbios de aprendizagem, 5% das crianças têm TDAH, e 4%
das crianças têm ambas as condições. (Pastor e Reuben, 2008).

O TDHA tem sido considerado o transtorno mental mais comum na infância.


Ele é uma condição crônica geralmente caracterizada por desatenção persistente,
tendência á distração, impulsividade, pouca tolerância á frustração e uma intensa
atividade no momento e no lugar errado, por exemplo, na sala de aula.
Estima-se que o TDAH possa afetar de 2 a 11% das crianças em idade
escolar no mundo todo. Em 2006 aproximadamente 2,5 milhões de crianças nos
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Estados Unidos foram diagnosticadas com TDAH, uma taxa de aproximadamente


4,7%. Embora a taxa de diagnostico de DAs (distúrbios de aprendizagem) tenha
permanecido relativamente constante. A taxa de TDAH aumentou cerce de 3% por
ano entre 1997 e 2006.
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade tem dois tipos diferentes de
sintomas que, por vezes, se sobrepõem, tornando o diagnostico impreciso. Algumas
crianças são desatentas, mas não hiperativas; outras mostram o padrão contrário.
Visto que essas características aparecem em algum grau em todas as crianças,
alguns profissionais questionam se o TDAH é realmente um transtorno psicológico
ou neurológico distinto. Entretanto, a maioria dos especialistas concorda que há
motivo para preocupação quando os sintomas são tão graves a ponto de interferir no
desempenho da criança na escola e na vida diária.
Estudos de imagem revelam que os cérebros de crianças com esse
transtorno crescem em um padrão normal, com diferentes áreas passando por um
processo de espessamento e afinamento em diferente momentos; mas o processo é
atrasado em aproximadamente três anos em certas regiões do cérebro,
particularmente no córtex frontal. Essas regiões permitem que uma pessoa controle
o movimento, suprima pensamentos e ações inadequados, e trabalhe por
recompensas – todas funções que são frequentemente perturbadas em crianças
com TDAH. O córtex motor é a única área que amadurece mais rápido que o normal,
e esta incompatibilidade pode explicar a inquietação e a agitação características do
transtorno.
O TDAH parece ter uma base genética substancial, com o fator de
hereditariedade próximo de 80%. Em um dos maiores estudos genéticos de TDAH,
mais de 600 mil marcadores genéticos foram examinados. Os resultados indicaram
que muitos genes estão envolvidos no TDAH, cada um contribuindo com algum
efeito pequeno. Outro grupo de pesquisadores identificou uma variação de um gene
para dopamina, uma substância química cerebral essencial para a atenção e a
cognição, cujos níveis baixos parecem estar associados com o transtorno. As
complicações do parto também podem desempenhar um papel no TDAH.
Prematuridade, possível uso de álcool ou tabaco por parte da mãe e privação
de oxigênio foram todos associados com o TDAH. As crianças com TDHA têm maior
probabilidade de apresentar comportamento antissocial precoce se tiveram baixo
peso ao nascimento, e de ter uma variante de um gene chamado COMT.
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Crianças com esse transtorno tendem a esquecer as responsabilidades, a


falar alto em vez de dar a si mesmas orientações silenciosas, a ficar frustradas ou
irritadas facilmente e a desistir quando não conseguem encontrar a solução para um
problema. Pais e professores têm de ser capazes de ajudar estas crianças
reduzindo grandes cargos a pequenas tarefas, fornecendo instruções frequentes
sobre regras e tempo e dando-lhes recompensas frequentes e imediatas por
pequenas realizações.
Muitas vezes é controlado com medicamentos, combinando com sessões de
terapia comportamental, aconselhamento, treinamento em habilidades sociais e
participação em classes especiais. Em um estudo randomizado de 14 meses de 579
crianças com TDAH, um programa de tratamento cuidadosamente monitorado com
ritalina, sozinha ou em combinação com modificações comportamentais, foi mais
efetivo do que somente a terapia comportamental ou os cuidados padrões da
comunidade. Entretanto, os maiores benefícios do programa diminuíram durante o
acompanhamento de 10 meses. Um efeito colateral do tratamento combinado foi o
crescimento mais lento em altura e peso. Além disso, os efeitos de longo prazo da
ritalina são desconhecidos.

Desenvolvimento

No caso do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, pode se


desenvolver na criança um dos três tipos de estágio:

Leve: mínimo de sintomas necessários para realização do diagnóstico e os sintomas


resultam em pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou
profissional.

Moderado: sintomas ou prejuízos funcional está entre o estado leve e o estado grave
presentes.
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Grave: ultrapassando o máximo de sintomas além daqueles necessários para


realização do diagnóstico, e também os sintomas podem resultar em prejuízo
acentuado no funcionamento social ou profissional.
Porém também é verídico que a criança possa ter TDA sem a hiperatividade,
é estranho, mas comum, a criança é medicada igualmente a com a TDAH, mas os
sintomas podem variar de criança para criança.

1 - Apresentação do tipo combinado: Quando o paciente apresenta seis ou mais


sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade;

2 - Apresentação do tipo predominantemente desatento: quando apresenta seis ou


mais sintomas de desatenção, porém menos sintomas de hiperatividade e
impulsividade;

3 - Apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva: quando apresenta seis


ou mais sintomas de hiperatividade/impulsividade e menos de seis sintomas de
desatenção.

A tríade do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é acompanhada


pela hiperatividade, impulsividade com a baixa intolerância e o déficit de atenção,
são prevalentes em graus de intensidade diferentes de pessoa para pessoa, os
pequenos são conhecidos na leitura sobre TDAH como os desatentos sonhadores
pois sonham acordado e podem esconder em seu próprio mundo fictício, num mudo
interior “idealizado” por eles e muita das vezes se perdem por lá. Se juntarmos a
isso, as comorbidades, presentes em alguns dos casos, mas as condições de vida
social e a vida familiar, além de questões biológicas inerentes a cada indivíduo,
encontraremos um grupo heterogêneo, o que pode dificultar algumas vezes o
diagnóstico, e confundir pais e professores.

Por isso o acompanhamento multidisciplinar é fundamental para terem a


evolução na leitura, porque para eles é complicado, se perdem na própria leitura, se
esquecem frequentemente o que lê, não compreende tão rápido comparado a uma
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criança sem TDAH, erram tarefas simples e nas explicações tem que haver
repetições, na escrita tem a falta de planejamento no texto e por isso evita escrever.
Para o tratamento necessário ha realizações adequadas de avaliações para
estimular a atenção e no consultório dos especialistas eles podem estimular
comportamentos adequados, como a psicóloga, o psicopedagogo, a psiquiátrica.
Nas instituições de ensino os pedagogos podem minimizar estímulos
distratores sinalizando o que é mais importante a ser passado para as crianças com
TDAH, usando recursos visuais, dividindo tarefas muito complexas, monitorando o
progresso completo desde o inicio, e o mais importante incluir a família na
aprendizagem do filho com TDAH.
Os medicamentos são psicoestimulantes e será conciliados com a terapia, o
remédio mais indicado é o uso da ritalina, mas tem contraindicações e pontos
negativos como a perda de apetite, a insônia, taquicardia, aumento de ansiedade –
muita das vezes pode se desenvolver a depressão e o transtorno de ansiedade
generalizada (TAG).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade mas conhecido com


TDAH é um transtorno reconhecida pela Organização Mundial da Saúde e tem os
principais sintomas desatenção excessiva, inquietação e impulsividade. Todas as
crianças e adultos também são em algum nível inquietos, desatentos e impulsivos
isso não quer dizer que essas pessoas não tenha TDAH
Para identificar o TDAH é importante que seja feita uma avaliação de
vários aspectos da vida dela por exemplo o diagnóstico demanda entre outras coisa
que esses sinais ocorram em diferentes contextos que seja destoante na mesma
faixa etária sejam prolongadas e prejudiquem consideravelmente a vida da pessoa.
Os sintomas do TDAH surgem na infância e na maioria dos casos
acompanha a pessoa até a fase adulta embora os sintomas diminuam com o tempo.
A região do córtex frontal do cérebro são importantes na regulamentação
das emoções e o auto controle, pessoas com TDAH tendem a possuir o
funcionamento diferente nessa região. O córtex frontal de pessoas com TDAH
costuma se menor de que pessoas sem TDAH, exibindo nível menores de ativação
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do que seria esperado em outras regiões. Além disso, neurotransmissores


importante no funcionamento do córtex frontal tais como noradrenalina e dopamina
costumam estar presentes em níveis menores no cérebro dessas pessoas.
O TDAH tem um forte componente genético que pode ajudar explicar
essa diferença no funcionamento cerebral, por exemplo, parente de pessoas
diagnosticada com TDAH têm uma chance muito maior de também ter TDAH que
parentes de pessoas que não tem TDAH mas como tudo indica os genes resultam
em uma pré-disposição para desenvolver o TDAH , embora outros fatores também
podem ser importantes tais como consumo de droga da parte da mãe na gestação,
um dos recursos mais comum no tratamento do TDAH são medicações baseadas
em composto químico chamado de metilfenidato e comercialmente conhecido como
ritalina, a ritalina tende deixar a pessoa com maior auto controle e concentração que
é normal para ela e geralmente não levam efeito contra laterais ruins, essas é uma
das razões pelas quais a tanta procura por remédios como esse, mas o uso
inadequado pode levar efeitos colaterais como dores desconfortáveis, enjoos,
desenvolver transtorno de ansiedade, insônia, depressão, por isso é uma medicação
que só deve ser usada com recomendação e acompanhamento de um profissional
competente.
O não tratamento do TDAH pode trazer sérios prejuízos pra vida de uma
pessoa, algumas pesquisas indicam que pessoas com TDAH tem mais chances de
ter o menor nível de escolaridade, maior envolvimento com acidentes de trânsito,
abusos de drogas e divórcios. Com o diagnostico TDAH depende de informações
subjetivas, como relatos dos pais, erros de diagnósticos e apropriadas de
medicações são problemas que podem ocorrer, mas realizar diagnósticos,
prescrever medicações não são um problema, o problema e fazer de maneira não
apropriada assim como seria caso de qualquer outro transtorno as condições ideias
o diagnostico e a medicação podem ser muito úteis, com o tratamento adequado
boa parte das crianças chegam a fase adulta com menos dificuldades e melhores
adaptadas ao mundo que vivem.
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REFERÊNCIAS

GEORGE J. DUPAUL, G. S. (2007). TDAH NAS ESCOLAS - ESTRATÉGIAS DE


AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO. M.BOOKS DO BRASIL .

Phelan, T. W. (2005). TDAH - TDA - SINTOMAS, DIAGNOSTICO E


TRATAMENTO: CRIANÇAS E ADULTO. M.BOOKS DO BRASIL.

ABDA – Associação Brasileira de Déficit de Atenção

DDA – Déficit de Atenção

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