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Texto da aula Aulas do curso

A Igreja e o Mundo Moderno

Uma faculdade e um bom emprego


bastam?
Hoje, matando-se de trabalhar pelo bem-estar financeiro, os pais terceirizaram as
almas de suas crianças à TV, à internet, aos filmes, aos chats etc. E que tipo de
educação elas poderiam receber desses meios senão aquela que condena a alma?

Assista a esta direção espiritual e saiba por que, desejando para os seus filhos tão
somente uma boa faculdade e um bom emprego, você está arriscando a salvação
eterna de sua família!

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O advento do poder econômico provocou uma mudança


substancialmente grave no propósito da educação, como também nos
objetivos familiares. Na Idade Média, as famílias procuravam na Igreja
os meios educacionais corretos para levarem seus filhos ao Céu. Após a
Reforma Protestante, as escolas passaram a formar apenas bons
cidadãos. E, hoje, com a idolatria materialista, os esforços dos pais estão
focados apenas no bem-estar mundano.

Talvez você não consiga perceber as consequências disso


imediatamente e até ache um exagero de nossa parte. Afinal de contas,
quem pode ser mais virtuoso que um pai ou mãe esforçados, que
trabalham intensamente para garantir uma boa faculdade aos seus
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filhos e os privar do sofrimento desse mundo?

Grande parte dos católicos atuais acha que a única coisa realmente
necessária nesta vida é oferecer aos filhos uma boa condição financeira.
Assim, dedicam-se quase que loucamente ao trabalho, demonstrando
até muitas virtudes humanas como a temperança, a honestidade nos
negócios, a fidelidade à esposa etc. Eles pensam: "Eu preciso dar uma
boa faculdade para meus filhos, uma casa confortável, computador,
tablets..." Por isso, também não querem ter muitos filhos, porque o custo
de vida se torna ainda mais alto. E se o bem-estar econômico é o que
vem em primeiro lugar, logo, os deveres espirituais tornam-se um peso
para eles, que pode ser deixado de lado; torna-se coisa para fanáticos.

Algo que passa despercebido nesse tipo de atitude, no entanto, é o vazio


existencial criado na alma dos filhos pela ausência dos pais. Esses pais
saem de casa e terceirizam a alma de seus filhos à Internet, às novelas,
às escolas, ao videogame, aos amigos da rua… Quando crescem, os filhos
vão para as universidades, onde aprendem comunismo, ideologia de
gênero, revolução sexual. É quando esses mesmos pais veem os frutos
de uma vida inteira de trabalho e dedicação e se perguntam: "Onde foi
que erramos?"

O erro está na falta de fé. Jesus foi muito claro quando ensinou o
caminho do Reino de Deus: "Cuidado para que vossos corações não
fiquem pesados por causa dos excessos, da embriaguez e das
preocupações da vida" (Lc 21, 34). Ora, o testemunho dos santos e do
Magistério da Igreja sempre repetiu o chamado de Cristo às coisas do
alto. Essa deve ser, em primeiro lugar, a preocupação não somente dos
pais, mas de qualquer pessoa. "Buscai em primeiro lugar o Reino de
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Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo"
(Mt 6, 33).

Em linguagem tomista, devemos dizer que o erro está na causa final.


Como um ladrão não é verdadeiramente virtuoso por ser disciplinado e
preparar-se organizadamente para o crime, também a atitude dos pais
que descuidam da salvação eterna de suas crianças não é virtuosa,
ainda que eles sejam esforçados no trabalho. De fato, o objetivo maior de
uma família deve ser, sim, a entrada no Céu. Se não há esse interesse,
porém, todas as virtudes não passam de loucuras.

Com este curso, queremos chacoalhar as convicções de nossos alunos e


livrá-los de uma vez por todas da escravidão materialista. É claro que o
trabalho importa e deve ser vivido com zelo. Mas ele não pode ser o
objetivo final de nossas vidas. Nosso objetivo final está em Deus. Neste
sentido, a primeira coisa que devemos fazer agora é começar a buscar
imediatamente a santidade e a sabedoria dos santos. Devemos colocar a
Igreja de volta no seu devido lugar: na cátedra de nossos professores. Ela
deve ser nossa verdadeira mater et magistra.

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“A nada dar mais valor do que a Cristo”

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