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Aa-Qapp 2
Aa-Qapp 2
Qualidade da água e
padrões de potabilidade
Instituições integrantes do Nucase Universidade Federal de Minas Gerais (líder) | Universidade Federal do Espírito Santo |
Universidade Federal do Rio de Janeiro | Universidade Estadual de Campinas
Financiamento Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia | Fundação Nacional de Saúde do Ministério
da Saúde | Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades
Parceiros do Nucase
· Cedae/RJ - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro
· Cesan/ES - A Companhia Espírito Santense de Saneamento
· Comlurb/RJ - Companhia Municipal de Limpeza Urbana
· Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais
· DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo
· DLU/Campinas - Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura Municipal de Campinas
· Fundação Rio-Águas
· Incaper/Es - O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
· IPT/SP - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
· PCJ - Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí
· SAAE/Itabira - Sistema Autônomo de Água e Esgoto de Itabira – MG.
· SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
· SANASA/Campinas - Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.
· SLU/PBH - Serviço de Limpeza Urbana da prefeitura de Belo Horizonte
· Sudecap/PBH - Superintendência de desenvolvimento da capital da prefeitura de Belo Horizonte
· UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto
· UFSCar - Universidade Federal de São Carlos
· UNIVALE – Universidade Vale do Rio Doce
Abastecimento de água
Qualidade da água e
padrões de potabilidade
CDD – 628
Créditos
Composição final
Cátedra da Unesco – Juliane Correa | Maria José Batista Pinto
Adeíse Lucas Pereira | Sara Shirley Belo Lança
Impressão
Artes Gráficas Formato Ltda
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
Apresentação da ReCESA
Introdução ..................................................................................10
A água na natureza .....................................................................13
Bacia hidrográfica ..............................................................14
Hidrologia ..........................................................................16
Escolha e proteção do manancial de captação ....................19
Legislação ambiental..........................................................21
Ocupação adequada do solo ............................................. 24
Água e Saúde ............................................................................. 27
Usos da água .................................................................... 28
Doenças de veiculação hídrica ...........................................31
Controle de qualidade da água................................................... 35
Caracterização da água ..................................................... 39
Informação ao consumidor................................................ 43
Tratamento da água ................................................................... 49
Técnicas usuais de tratamento de água ............................. 54
Monitoramento da qualidade da água ........................................ 61
Portaria MS nº.518/2004.................................................... 69
Para você saber mais ................................................................. 80
Introdução
Imagine que a cidade da notícia seja a cidade onde você mora e trabalha.
Responda, individualmente, as perguntas abaixo.
O estudo aponta a degradação de uma área que, por lei, deveria ser
protegida. Você sabe que órgãos são responsáveis pela fiscalização
e preservação dessas áreas?
O que pode ser feito para reverter, ou, pelo menos, estabilizar o
processo de degradação que ameaça o manancial da notícia? Proponha
um plano de ação.
Agora que você e seus colegas fizeram uma reflexão sobre o assunto,
vamos aprofundar o estudo da água na natureza e as dificuldades
enfrentadas na captação de água para tratamento e distribuição.
- Reconhecer o
meio no qual você
vive e trabalha.
- Discutir a explora-
ção sustentável dos
A qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e da atuação
recursos naturais
do homem. Iniciaremos esse módulo falando do ciclo hidrológico e a importância
e da distribuição da água no planeta. Falaremos sobre os tipos de das atividades que
mananciais e suas características, além da importância da escolha você realiza para a
correta e preservação do manancial de captação. sociedade e para o
meio ambiente.
www.eco.unicamp.br
limites são definidos pelos pontos mais
altos do relevo (divisores de água ou espi-
gões dos montes ou montanhas) e que tem
função de reservatório de água e sedimen-
tos. Dentro da Bacia, a água da chuva é
drenada superficialmente por um curso de
água principal até sua saída, no local mais
baixo do relevo, ou seja, na foz do curso
de água.
Há no seu município ou região comitê de Bacia? O órgão onde você trabalha participa?
“Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos[...]
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d’água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação”
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam
o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra [...]”
A água se mantém em constante movimento. Ela evapora, precipita e constitui corpos d’água
superficiais ou infiltra no solo. A natureza mantém um equilíbrio desse processo fazendo com que
exista a quantidade de água necessária no subsolo, em forma de vapor na atmosfera ou compondo
geleiras, rios, lagos e represas. Porém a ação humana tem interferido nesse equilíbrio.
Agora será feita uma exposição oral sobre hidrologia. Procure participar durante a exposição:
relate suas experiências, faça perguntas, tire dúvidas e procure identificar o que complementa
as respostas que você e seu grupo apresentaram antes.
Hidrologia
A hidrologia é a ciência que estuda a distribuição e circulação da água na natureza. Para a explo-
ração racional dos recursos naturais, é fundamental reconhecer a importância desse processo
e entender como ele ocorre. Vamos começar definindo e classificando os mananciais.
Mananciais
Mananciais são corpos d’água, superficiais ou subterrâneos, fontes de água para utilização
em diversos fins.
Fonte: http://www.azhydromet.com/SRIH/untitled10.jpg
Ciclo Hidrológico
Vimos como encontramos a água na natureza. Agora estudaremos como ela circula. É
chamado ciclo hidrológico a circulação contínua da água no planeta nos estados sólido,
líquido e gasoso. A radiação solar e a gravidade são os principais fatores responsáveis por
essa movimentação.
Aproveite e teste seus conhecimentos sobre o Ciclo da água na “Dinâmica das setas”!
Agora que revimos como a água circula na natureza, vamos entender como a água está
distribuída no planeta.
Você sabia que, de toda a água existente no planeta, apenas 2,7% são água doce? Dessa já
reduzida parcela, somente 0,4% corresponde à água existente em rios, lagos e pântanos.
Logo, apenas 0,4% apresentam-se como água superficial, de utilização mais fácil pelo ser
humano. Daí, a grande importância da preservação da quantidade e da qualidade dos recur-
sos hídricos disponíveis no planeta.
Fonte: www.rededasaguas.org.br
2,7% 22,4%
0,35%
0,04%
0,01%
97,3% 77,2%
Deve-se usar as ferramentas da legislação ambiental para garantir a proteção dos mananciais.
A seguir estão algumas definições das leis ambientais brasileiras e alguns componentes do
Sistema Ambiental.
O Direito ambiental tem a função de propor regras que conciliem dois elementos: desen-
volvimento econômico e proteção ambiental.
Muitas vezes, podemos encontrar grandes áreas impactadas devido ao rápido desenvol-
vimento econômico sem o controle e manutenção dos recursos naturais. A conseqüência
pode ser poluição, uso incontrolado de recursos como água e energia e prejuízos à saúde
dos cidadãos.
Implementação dos
Formulação da política
instrumentos políticos
Conselho Ministério do
meio ambiente / Agência nacional
nacional de
Secretaria nacional de águas
recursos hídricos
Nacional de recursos
hídricos
Agência
Comitê de bacia
de bacia
Conselho
Secretaria Entidades
estadual de
de Estado estaduais
recursos hídricos
Estadual
Agência
Comitê de bacia
de bacia
Na Bacia Hidrográfica virtual estão atividades sobre legislação ambiental, além do texto
completo das principais leis ambientais brasileiras.
O que pode ser feito para reverter, ou, pelo menos, estabilizar o
processo de degradação que ameaça o manancial da notícia? Que
tal reconstruir seu plano de ação?
Não se pode esquecer que, para garantir a quantidade e a qualidade da água dos mananciais
e das nascentes que os alimentam, deve-se manter a vegetação natural no seu entorno e
nas encostas, e também tomar alguns cuidados no uso e preparo do solo para diminuir a
velocidade das enxurradas e aumentar a infiltração de água no solo.
A seguir, apontam-se algumas providências a serem adotadas para que os objetivos acima
destacados sejam atingidos:
Lembre-se do que vimos sobre legislação ambiental. Quem deve tomar tais providências?
Os serviços de saneamento devem manter sempre contato com órgãos como secre-
tarias do meio ambiente, secretaria de recursos hídricos, ANA, Emater, Universidades.
A proteção do meio ambiente deve ser uma ação coletiva do Poder Público, em todas as
instâncias, e da sociedade.
Nossas ações geram resultados sustentáveis quando levam em conta o meio ambiente
e a sociedade. Ter idéias sustentáveis é pensar no que é bom, não só para você, mas
para toda a sociedade, inclusive nas gerações futuras e, conseqüentemente , no que
é bom para o planeta.
- Identificar a rela-
ção entre qualidade
da água e saúde
pública;
- Lembrar os
Você conhece alguma doença veiculada pela água? Conhece alguém diversos usos da
que tem ou já teve esse tipo de doença? água e entender a
relação entre o uso
Agora que discutimos a importância de evitar a contaminação dos manan- e a qualidade da
ciais, relembraremos os usos da água e algumas doenças que podem ser água requerida;
transmitidas durante a utilização de água contaminada. Além das formas
de transmissão, falaremos sobre a prevenção dessas doenças. - Comentar os
conceitos relacio-
nados às principais
Questão para discussão doenças de veicu-
lação hídrica e à
A água é fundamental à sobrevivência dos seres humanos. Mas ela contaminação dos
corpos d’água.
também pode ser veículo de transmissão de doenças.
Agora será feita uma exposição oral sobre usos da água e doenças de
veiculação hídrica. Procure participar durante a exposição: relate suas
experiências, faça perguntas, tire dúvidas e procure identificar o que
complementa as respostas que você e seu grupo apresentaram antes.
Usos da água
Vamos começar nosso assunto, água e saúde, falando da utilização da água pelo ser
humano.
Além da necessidade biológica da ingestão de água, o ser humano a utiliza para higiene,
preparação de alimentos, atividades econômicas, recreativas ou como transporte e para
geração de energia.
Pesca Irrigação
Esta resolução CONAMA 357/2005 dispõe sobre a classificação dos corpos de água e dá
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes.
A água utilizada para consumo é a água doce, que é classificada, pela resolução 357/2004
do CONAMA da seguinte forma:
Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indireta-
mente, nos corpos de água, após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições,
padrões e exigências dispostos na resolução 357/2005 do CONAMA.
Na água que utilizamos para beber e para higiene podem existir organismos patogênicos e
seja pela ingestão, ou por contato, podemos contrair algumas doenças.
Observe, no vídeo sobre as doenças de veiculação hídrica mais comuns, as formas de evitar,
reconhecer e tratar a esquistossomose, a cisticercose, a ascaridíase e outras doenças.
Fique atento às informações do vídeo e complemente as respostas que seu grupo elaborou
na atividade do início desse módulo!
Transmissão
Sintomas
Prevenção de doenças
Acabamos de ver os diversos usos da água, a classificação legal para as águas e a relação
com agravos à saúde humana. Agora vamos discutir a legislação sobre monitoramento e
controle de qualidade da água para evitar esses agravos.
- Discutir a impor-
tância do controle
de qualidade da
água para a saúde
da população usuá-
ria dos serviços.
A água que chega aos consumidores deve atender aos padrões de
potabilidade estabelecidos pela legislação. Por isso, os responsáveis - Apresentar con-
pelo serviço de abastecimento de água devem manter um controle ceitos relacionados
da eficiência do processo de tratamento. Nas próximas páginas, fala- à caracterização da
remos do controle de qualidade da água potável, feito através dos água e a parâme-
padrões estabelecidos e regulamentados pela Portaria nº. 518/2004, tros regulamenta-
do Ministério da Saúde, denominados padrões de potabilidade. dos na Portaria MS
nº518/2004.
Para ler e refletir
Lenta agonia
P. B., 25 anos, descobriu, há alguns meses, A água é retirada de lençóis freáticos que con-
que a doença que ela tinha não era algo raro têm grande quantidade de arsênio. A legislação
no país. Outros cidadãos eram consumidos bengalesa permite uma quantidade de arsênio
por febres altas e tinham mãos e pés deforma- cinco vezes maior que a OMS (Organização Mun-
dos, enfermidade que os matará lentamente. dial de Saúde), mas seus cidadãos estão beben-
Seu poço está contaminado e ela sabe disso. do até 2 miligramas por litro. Ou seja, 200 vezes
Mas tanto ela, como sua família, continua be- mais que o recomendado pela OMS.
bendo a água. Mesmo que o arsênio já tenha
desfigurado suas mãos, a família de P. B. não Os efeitos do lento envenenamento já podem ser
está disposta a abrir mão de um dos poucos notados. Peles de bengaleses apodrecendo, tu-
símbolos de sua prosperidade: o poço. mores epidérmicos que cobrem mãos e pés.
P. B. é uma das 18 milhões de pessoas que Não existe tratamento para a doença. O que
estão bebendo água contaminada em Bangla- pode ser feito é impedir que os bengaleses
desh e Bengala Ocidental (a nordeste da Índia). continuem bebendo a água contaminada.
Folha de S. Paulo (13/11/1998)
Micropoluentes orgânicos
Cor
Cloretos
Coliformes
Matéria orgânica
Micropoluentes inorgânicos
Fluoreto
Sabor
Fósforo
pH
Metais
Odor
Dureza
Temperatura
Oxigênio dissolvido
Caracterização da água
Os componentes presentes na água que alteram o seu grau de pureza são classificados de
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas. Algumas dessas caracterís-
ticas foram definidas como parâmetros para a qualidade da água. A Portaria MS nº518/2004
define os parâmetros microbiológicos de potabilidade da água para consumo humano e
classifica as substâncias químicas que representam risco à saúde em orgânicas, inorgânicas,
cianotoxinas, agrotóxicos e desinfetantes e produtos secundários da desinfecção. Ao longo
desse módulo aprofundaremos o estudo desses parâmetros.
Impurezas
Suspensos
Seres vivos
Coloidais
Matéria em
Dissolvidos Animais
decomposição
Vegetais
Protistas
Estão associados, em sua maior parte, aos sólidos presentes na água. Estes sólidos podem
ser em suspensão, coloidais ou dissolvidos, dependendo do seu tamanho.
Você classificou os parâmetros físicos corretamente? Confira suas respostas nas questões
para discussão desse módulo.
Alguns exemplos de parâmetros químicos são: cloretos, cloro residual livre, micropoluentes
inorgânicos, micropolunetes orgânicos, fluoretos, nitrogênio, fósforo, pH, metais, dureza e
oxigênio dissolvido.
Você classificou os parâmetros químicos corretamente? Confira suas respostas nas questões
para discussão desse módulo.
Outro contaminante microbiológico da água são as cianobactérias. Podem produzir gosto e odor
desagradáveis nas águas e liberar cianotoxinas, substância tóxica ao organismo humano que
não é removida pelos sistemas de tratamento de água convencionais e nem pela fervura.
Você classificou os parâmetros biológicos corretamente? Confira suas respostas nas questões
para discussão desse módulo.
A qualidade da água de determinado corpo d’água pode ser classificada nos níveis excelente,
bom, médio, ruim ou muito ruim através de um índice que leva em conta alguns parâmetros
físicos, químicos e biológicos, o Índice de Qualidade da Água.
Agora será feita uma exposição oral sobre o Decreto 5.440/2005. Procure participar durante
a exposição: relate suas experiências, faça perguntas, tire dúvidas e procure identificar o que
complementa as respostas que você e seu grupo apresentaram antes.
http://www.unimedvr.com.br/dicas/imagens/agua_menina.jpg
bruta e da água tratada são muito importantes no seu trabalho. Você
acha que os consumidores também devem ter informação sobre a
qualidade da água? Esse é o nosso próximo assunto.
O consumidor deverá também ser informado quando não houverem sido realizadas as
análises de determinados parâmetros bem como o motivo da sua não-realização.
Os órgãos e as entidades dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios e demais pessoas
jurídicas, às quais o Decreto 5.440/2005 se aplica, deverão enviar as informações aos consumi-
dores sobre a qualidade da água nos seguintes prazos:
a) informações mensais na conta de água sobre os locais, formas de acesso e conta-
tos por meio dos quais as informações estarão disponíveis e orientação sobre os
cuidados necessários em situações de risco, a partir do dia 5 de junho de 2005;
b) informações mensais na conta de água com o resumo mensal dos resultados das
análises referentes aos parâmetros básicos de qualidade da água e características
e problemas do manancial que causem riscos à saúde e alerta sobre os possíveis
danos a que estão sujeitos os consumidores, especialmente crianças, idosos e
pacientes de hemodiálise, orientando sobre as precauções e medidas corretivas
necessárias, a partir de 15 de março de 2006.
Informações mais detalhadas sobre o Decreto 5.440/2005 podem ser obtidas na internet
no endereço http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cometarios_sobre_o_decre-
to5440-2005.pdf.
Se você tiver dificuldade de acessar a internet, peça ajuda a algum colega ou ao instrutor e
ao monitor dessa oficina. Naquela página da internet encontra-se o documento intitulado
“Comentários sobre o Decreto Presidencial n. 5.440/2005: subsídios para implementação”,
com diversos exemplos de como se deve passar a informação aos consumidores.
Devemos nos empenhar ao máximo para que o Decreto seja cumprido, mas essa não é uma
tarefa só sua, podemos contar com a ajuda dos Ministérios da Saúde, da Justiça, das Cidades,
do Meio Ambiente e autoridades estaduais, do Distrito Federal, dos Territórios e municipais,
no âmbito de suas respectivas competências, pois a fiscalização do cumprimento do disposto
no anexo do Decreto 5.440/2005 é exercida por esses órgãos.
Converse com seus vizinhos, com colegas de trabalho, com o seu chefe, com o responsá-
vel pelo abastecimento de água da sua cidade sobre a importância que o cumprimento da
Portaria MS 518/2004 e do Decreto 5.440/2005 tem sobre a saúde da população.
Você pode até dizer a eles, por exemplo, que o Ministério das Cidades atua no fomento
à implementação do Decreto 5.440/2005 por meio de ações voltadas à capacitação dos
prestadores de serviço de saneamento, assistência técnica a estados e municípios para a
reestruturação institucional dos operadores públicos, disponibilização de linhas de crédito
para instalações laboratoriais destinadas ao controle de qualidade da água, além
da indução indireta ao incorporar o atendimento ao Decreto dentre os critérios
de pontuação adotados para a seleção de empreendimentos a serem financiados
ou apoiados com recursos federais.
I II
Sr.(a) consumidor(a), devido à falta de água Sr.(a) consumidor(a), ocorreu ontem va-
em nossos mananciais, seu sistema de zamento de resíduos de uma indústria
abastecimento de água está sujeito a inter- de papel, contaminando o manancial que
rupções no fornecimento, por períodos que abastece a cidade. A Secretaria Municipal
podem durar até 2 dias. Nesta situação, de Saúde e de Meio Ambiente alertam para
podem ocorrer problemas de infiltração na o risco à saúde. Chamam atenção da po-
rede de distribuição e material estranho pode pulação para não usar água do sistema de
penetrar na canalização atingindo sua casa. abastecimento público, não tomar banho
Caso note alguma diferença no aspecto de no rio e não utilizar sua água em outras
sua água (sujeira, alteração na cor, gosto dife- atividades domésticas, até que seja sana-
rente, etc.), nos comunique imediatamente e, do o problema. Caminhões-pipa estarão
enquanto tomamos as providências neces- atendendo situações de emergência. Se-
sárias, filtre e clore sua água para beber ou rão priorizados os atendimentos coletivos,
cozinhar. Qualquer dúvida, entre em contato como hospitais, asilos, orfanatos, escolas
conosco pelo telefone XXXX-XXXX, ou pelo e outras instituições. Qualquer dúvida en-
e-mail xxxx@xxxx.xx.xx ou visite uma de tre em contato com a autoridade de saúde
nossas agências nos seguintes endereços.... pública pelo telefone XXXX-XXXX.
A informação do tipo III não é adequada por que não deixa claro para o consumidor que tipo
de informação está disponível para a sua consulta. O Decreto 5.440/2005 determina, em seu
Anexo, que a informação deve ser precisa, clara, correta, ostensiva e de fácil compreensão.
Além disso, o responsável pelo abastecimento de água deve facilitar o acesso à informação,
não disponibilizando-a somente via internet, ou só via telefone, ou ainda, exigindo que o
consumidor se desloque longas distâncias para ter acesso aos dados de qualidade da água
em postos de atendimento distantes de sua residência.
III
Sr.(a) consumidor(a), para obter informa-
ções sobre o Decreto 5.440/2005, consulte
a página da internet da nossa empresa ou
dirija-se a uma de nossas agências.
- Discutir as tipolo-
gias de tratamento
de água mais
usuais e a relação
do tratamento com
a qualidade da
No módulo A água na natureza desse guia, discutimos a importância
água distribuída
da escolha correta e da proteção do manancial de captação da água,
para consumo.
pois, em sua origem, a água está sujeita a contaminação que pode
torná-la imprópria para consumo.
Para ser consumida sem oferecer risco à saúde, ou seja, para ser
potável, a água pode precisar passar por um tratamento que reduza
a concentração de contaminantes.
www.copasa.com.br
lo sobre tratamento
de água com uma
visita a uma Estação
de Tratamento de
Água (ETA). Durante
a visita à ETA, você
acompanhará as
etapas do processo
de tratamento e a
coleta, pelo instru-
tor, de amostras de
água bruta; de água
coagulada; floculada;
decantada; de água
filtrada e da água
tratada.
Coagulação
Floculação
Filtração
Desinfecção
Fluoretação
Correção do pH
De maneira geral, as técnicas de tratamento são divididas em três grupos: os que filtram a
água rapidamente, os que filtram a água lentamente e os que tratam a água por tecnologias
de tratamento menos comuns.
O quadro abaixo mostra as subdivisões desses três grupos. Complete os espaços em branco.
Tratamento convencional
Dupla filtração
Filtração ....................................................
Filtração lenta
Filtração em múltiplas etapas
Trata água com teores de impurezas elevadas. Durante o tratamento, a água passa pelas
seguintes etapas: coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção, fluoretação e
correção de pH, quando necessário.
O sistema de tratamento por filtração direta é recomendado para tratar água com menos
impurezas. A água a ser tratada passa pelas seguintes etapas: coagulação, filtração e desin-
fecção, fluoretação e correção de pH, quando necessário. A camada suporte e o meio filtrante
(onde as impurezas ficam retidas) dos filtros são compostos de seixos e areia. Este sistema
não suporta grandes variações da qualidade da água que será tratada.
Neste sistema de tratamento, a água bruta chega à ETA e vai diretamente para o filtro
lento. Após a filtração, faz-se a desinfecção, a correção de pH, quando necessário, e a
fluoretação.
Neste sistema de tratamento, a água bruta passa por uma pré-filtração. Em seguida, passa
por filtração em pedregulho e areia grossa e depois passa pela filtração lenta.
Filtração em membranas
Algumas ETAs utilizam o carvão ativado (em pó ou granulado) durante o tratamento da água
com a finalidade de adsorver os compostos orgânicos da água. Esses compostos podem ser
pesticidas, substâncias húmicas (que provocam cor na água), etc.
Adsorção é o processo pelo qual átomos, moléculas ou íons são retidos na superfície de
sólidos mediante interações de natureza química ou física.
Pré-oxidação
Oxidação de compostos, orgânicos ou inorgânicos que alteram cor, odor e sabor da água
ou dificultam o desempenho do coagulante utilizado no tratamento.
A pré-oxidação deve ser usada com cautela, pois alguns subprodutos da oxidação (por
exemplo os trihalometanos) podem implicar riscos à saúde humana.
Vimos que a escolha da tipologia mais adequada ao tratamento da água está diretamente
relacionada à qualidade da água bruta captada.
- Discutir a
da água importância do
monitoramento, nas
estações de tra-
tamento de água,
dos parâmetros
Além de coordenar as etapas do processo de tratamento da água,
turbidez, cor, pH,
os operadores do sistema de abastecimento têm o importante papel
fluoreto e cloro
de monitorar constantemente a eficiência desses processos, a fim residual;
de controlar a qualidade da água que sai da Estação de Tratamento.
É importante lembrar que a água pode sofrer alterações de quali- - Realizar as aná-
dade mesmo após o tratamento, sendo contaminada por causa de lises de turbidez,
acidentes, devido a corrosão, devido a subpressão na rede causada cor, pH, cloro
pela intermitência no abastecimento e ela também pode ser conta- residual livre e flu-
minada nas instalações intradomiciliares. Devemos nos lembrar, por oretos e interpretar
exemplo, do quanto é importante manter as caixas de água limpas os resultados com
e tampadas. base na portaria
MS nº. 518/2004.
No laboratório da ETA
Análise de turbidez
Turbidímetro
Turbidez
Além de causar aparência desagradável, os sólidos em suspensão podem causar agravos à saú-
de servindo de abrigo para microrganismos se protegerem dos produtos usados na desinfecção
da água, como, por exemplo, o vírus da hepatite A.
A Portaria nº518/2004 do Ministério da Saúde estabelece que a água não ultrapasse 1,0 UT
(Unidades de turbidez).
Análise de cor
Colorímetro
Cor
A água é um elemento, por natureza, incolor. Alterações em sua aparência são causadas pela
presença de impurezas de origem natural (matéria orgânica em decomposição, metais como ferro e
manganês etc.) ou provenientes de resíduos industriais ou domésticos (tinturas e outras substâncias).
Essas impurezas podem apresentar risco à saúde e, mesmo podendo não ser tóxicas, provo-
cam rejeição da água pelo consumidor.
A Portaria nº518/2004 do Ministério da Saúde estabelece, para cor aparente, o valor máximo de
15 (quinze) uH como padrão de aceitação para consumo humano.
Análise de pH
A medida do potencial hidrogeniônico, pH, indica se uma substância é ácida, neutra ou básica.
A escala de pH fornece uma medida quantitativa de acidez e de basicidade. Essa escala varia
de 0 a 14:
• Soluções neutras têm pH igual a 7,0;
• Soluções ácidas têm pH menor que 7,0;
• Soluções básicas têm pH maior que 7,0.
2 Suco de limão
13 Lixívia
14
Corrosão Incrustação
A Portaria nº518/2004 do Ministério da Saúde recomenda que o pH da água seja mantido entre
6,0 e 9,0.
Comparador de disco
O excesso dos produtos utilizados para cloração da água pode causar gosto desagradável na
água. Além disso, a reação do cloro com alguns compostos orgânicos gera trihalometanos
(THM), substâncias cancerígenas.
Fluoretos
Adicionar flúor à água é uma medida de saúde pública, por isso é muito importante garantir a
segurança desse processo através do controle da concentração de fluoreto.
Assista agora ao vídeo que mostra os métodos mais usuais das análises de turbidez, cor,
pH, cloro residual livre e fluoretos. Nele você acompanhará com mais detalhes as análises
realizadas durante a visita ao laboratório.
NOTAS:
∙ FAD (flotação por ar dissolvido), COT (carbono orgânico total), NLO (número limiar de odor), UPA
(unidade padrão de área).
∙ O tratamento de ciclo completo inclui processo de abrandamento. Recomenda-se a adoção de
pré-sedimentadores quando previsto valor de turbidez da água bruta superior a 1.000 uT. Em geral,
a qualidade da água bruta para emprego da filtração lenta é a mesma daquela recomendada para a
filtração direta.
Fluoreto (mg/L)
Saída do tratamento: 0,73 Sistema de distribuição:
( ) Não se aplica (x) Não se aplica
Número de amostras realizadas: 2100
Número de amostras fora dos padrões: 68 (3,24%)
Responsável: José Silva
Data do preenchimento: 02/08/2006
Portaria MS nº.518/2004
Vimos que as concentrações de algumas das impurezas contidas na água foram definidas
como parâmetros para determinar sua qualidade. Os valores máximos permitidos para
presença dessas substâncias na água destinada ao consumo humano são chamados Padrões
de Potabilidade. Esses padrões foram estabelecidos pelo Ministério da Saúde a fim de exigir
que a água distribuída pelos sistemas de abastecimento não tenha aparência, sabor e odor
desagradáveis e que não ofereça risco à saúde dos consumidores.
Controle: O controle é feito durante o tratamento da água pelo próprio órgão responsável pelo
serviço de abastecimento de água.
Nesse exercício, vamos dimensionar a rede de amostragem para um sistema com capacidade
para abastecer uma população de 62.000 habitantes.
Considere que as duas estações empregam cloro para a desinfecção e que não há evidências
de radiação de origem natural ou artificial.
Cor e pH
Uma amostra na saída de cada ETA:
Reservatórios e rede:
Total:
Fluoreto
Uma amostra na saída de cada ETA:
Reservatórios e rede:
Total:
Cianotoxinas
(assumindo a não detecção de mais de 20.000 células/mL no manancial)
Trihalometanos
Uma amostra na saída de cada ETA:
Reservatórios e rede (pontos de maior tempo de detenção):
Total:
Coliformes totais
Saída do tratamento:
Reservatórios e rede:
Trihalometanos
Saída de cada ETA:
Reservatórios e rede (pontos de maior tempo de detenção):
1
não detectado na saída do tratamento nem no manancial, sendo substância que não possa potencialmente ser
introduzida na distribuição.
2
detectado na saída do tratamento ou no manancial ou ainda substância que possa potencialmente ser introdu-
zida na distribuição.
Embora haja dezenas de parâmetros físicos, químicos e microbiológicos que precisam ser
determinados para atender a Portaria MS no. 518/2004, às vezes é necessário determinar
outros além daqueles listados na Portaria, pois existem milhares de contaminantes que
podem estar presentes na água. Assim, se você observar que está ocorrendo o surto de
alguma doença de veiculação hídrica na cidade onde você trabalha, entre em contato com
as autoridades sanitárias para que sejam tomadas as providências cabíveis. A inexistência
de coliformes na água, por exemplo, não é garantia de que ela seja microbiologicamente
segura, pois há organismos patogênicos que são muito mais resistentes à desinfecção do
que os coliformes, ou seja, se ocorrer um surto de diarréia e os ensaios mostrarem que não
há coliformes na água, pode ser necessário realizar a pesquisa de outros microrganismos
patogênicos que não estão explicitados na Portaria MS no. 518/2004.
A seguir estão extratos da Portaria MS nº.518/2004. Consulte-as sempre que for necessário.
Portaria MS nº.518/2004
Superficial
1 para cada 10.000 20 + (1 para cada 50.000
Fluoreto ou 1 5
hab. hab.)
Subterrâneo
1
Cianotoxinas Superficial (Conforme § 5º - - -
do artigo 18)
Superficial
Demais
ou 1 1(4) 1(4) 1(4)
parâmetros(3)
Subterrâneo
NOTAS:
(1) Cloro residual livre;
(2) As amostras devem ser coletadas, preferencialmente, em pontos de maior tempo de detenção da água
no sistema de distribuição;
(3) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos, quando da evidência
de causas de radiação natural ou artificial;
(4) Dispensada análise na rede de distribuição, quando o parâmetro não for detectado na saída do
tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no
sistema ao longo da distribuição.
Cor
Turbidez Superficial A cada 2 horas
Mensal Mensal Mensal
PH
Fluoreto
Subterrâneo Diária
Superficial A cada 2 horas
CRL(1) (Conforme § 3º do artigo 18).
Subterrâneo Diária
Semanal
Cianotoxinas Superficial (Conforme § 5º do - - -
artigo 18)
NOTAS:
(1) Cloro residual livre;
(2) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos, quando da evidência
de causas de radiação natural ou artificial;
(3) Dispensada análise na rede de distribuição, quando o parâmetro não for detectado na saída do
tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no
sistema ao longo da distribuição.
105 + (1 para
Coliformes 1 para cada 500 30 + (1 para
10 cada 5.000 hab.)
totais hab. cada 2.000 hab.)
Máximo de 1.000
NOTA: na saída de cada unidade de tratamento devem ser coletadas, no mínimo, 2 (duas) amostra semanais,
recomendando-se a coleta de, pelo menos, 4 (quatro) amostras semanais.
Superficial ou
CRL(2) (3) 1 1 Diário
Subterrâneo
NOTAS:
(1) Devem ser retiradas amostras em, no mínimo, 3 pontos de consumo de água;
(2) Para veículos transportadores de água para consumo humano, deve ser realizada 1 (uma) análise de CRL
em cada carga e 1 (uma) análise, na fonte de fornecimento, de cor, turbidez, pH e coliformes totais com
freqüência mensal, ou outra amostragem determinada pela autoridade de saúde pública;
(3) Cloro residual livre.
Superficial ou
CRL(2) (3) 1 1 Diário
Subterrâneo
NOTAS:
(1) Devem ser retiradas amostras em, no mínimo, 3 pontos de consumo de água;
(2) Para veículos transportadores de água para consumo humano, deve ser realizada 1 (uma) análise de CRL
em cada carga e 1 (uma) análise, na fonte de fornecimento, de cor, turbidez, pH e coliformes totais com
freqüência mensal, ou outra amostragem determinada pela autoridade de saúde pública;
(3) Cloro residual livre.
Parágrafo 7º, artigo 11: “Em 20% das amostras mensais para análise de coliformes totais
nos sistemas de distribuição, deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas e,
uma vez excedidas 500 unidades formadoras de colônia (UFC) por ml, devem ser providen-
ciadas imediata recoleta, inspeção local e, se constatada irregularidade, outras providências
cabíveis.”
Parágrafo 3º, artigo 18: “Em todas as amostras coletadas para análises microbiológi-
cas deve ser efetuada, no momento da coleta, medição de cloro residual livre ou de outro
composto residual ativo, caso o agente desinfetante utilizado não seja o cloro.”
Parágrafo 4º, artigo 18: “Para uma melhor avaliação da qualidade da água distribuída,
recomenda-se que, em todas as amostras referidas no § 3º deste artigo, seja efetuada a
determinação de turbidez.”
Parágrafo 5º, artigo 18: “Sempre que o número de cianobactérias na água do manancial,
no ponto de captação, exceder 20.000 células/ml (2mm3/L de biovolume), durante o moni-
toramento que trata o § 3º do artigo 19, será exigida a análise semanal de cianotoxinas
na água na saída do tratamento e nas entradas (hidrômetros) das clínicas de hemodiálise
e indústrias de injetáveis, sendo que esta análise pode ser dispensada quando não houver
comprovação de toxicidade na água bruta por meio da realização semanal de bioensaios
em camundongos.”
Esperamos que os temas abordados tenham acrescentado informações úteis a você como
cidadão e como trabalhador. A seguir, estão as bibliografias utilizadas na elaboração deste guia
e que você poderá consultar caso queira aprofundar seus conhecimentos sobre “Qualidade
da água e padrões de potabilidade”. Junto com este guia você receberá também um CD que
contém todas as informações utilizadas na oficina, além da Portaria MS no. 518/2004, do
Decreto no. 5440/2005 e da Resolução no. 357/2005. Consulte sempre este material que você
está recebendo e procure se atualizar sempre, estudando e ampliando seus conhecimentos.
Afinal, o seu trabalho é muito importante para todos os moradores da sua cidade.
Abastecimento de água para consumo humano. Heller L., Pádua V.L. (organizadores) – Belo
Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2006.
Nascente, o verdadeiro tesouro da propriedade rural - o que fazer para conservar as nascen-
tes nas propriedades rurais. Davide A. C. Belo Horizonte. Companhia Energética de Minas
Gerais - CEMIG, Universidade Federal de Lavras. 2º. Edição revisada,2004.
Manual Prático de análise de água Manual de Bolso Engenharia de Saúde Pública Fundação
nacional de Saúde, Ministério da Saúde.
Comentários sobre o Decreto n°. 5.44. Subsídios para implementação. Brasília - DF 2006.
Ministérios da Saúde, Justiça, Cidades e Meio Ambiente