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Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo a Disciplina Histórico do Pensamento Prevencionista!
É claro que não mais vivemos em cavernas e não utizamos o fogo como forma
de afastar animais predadores, mas a prevenção de riscos que possam afetar a
integridade física em ambientes de trabalho ou a sobrevivência de grupos
humanos é uma busca constante que combina os instintos naturais e o
conhecimento adquirido.
Fonte: http://dossierhigieneindustrial.blogspot.com.br/p/historia.html
Código de Hammurabi
Foto: Museu do Louvre.
Para piorar a situação dos homens recém chegados às cidades e que buscavam
um emprego nas indústrias, havia, sobretudo nas indústrias têxteis, a preferência
pelo trabalho feminino e também infantil. Os industriais davam preferência as
mulheres pois essas eram mais submissas e se conformavam com as condições
de trabalho insalubres mais facilmente. Além disso, os salários pagos às
mulheres era menor do que os pagos aos homens, o que explicava,
verdadeiramente, a preferência pelo trabalho feminino.
Contudo, a Lei de Saúde Moral dos Aprendizes era restrita a esse grupo de
trabalhadores, ou seja, aos Aprendizes. As crianças e os jovens trabalhadores
que não estavam na condição de aprendizes não estavam protegidos por essa
lei. A ideia era que como os aprendizes já estavam sob disposições legais, e
possuíam um contrato legal, era permitido que suas horas de trabalho fossem
reguladas.
Essa situação era devida a ideia de que existia uma Lei Natural que regulava o
trabalho e os salários. O impacto do relatório na opinião pública foi tão grande
que em 1833 o Parlamento Inglês institui a primeira legislação trabalhista
realmente eficiente para a proteção do trabalhador sob o título de « Factory Act »
(Lei da Fábrica). O Factory Act se destinava a regular as condições de trabalho
em todas as fabricas têxteis, onde se usasse força hidráulica ou a vapor, para o
funcionamento das máquinas. Os principais pontos dessa legislação eram :
O fim da da Segunda Guerra Mundial fez com que surgisse novo raciocínio
humanitário visando a manutenção da paz e a promoção da segurança social
em todo o mundo e em todos os setores. Em 1945, foi assinada a Carta das
Nações Unidas que objetiva, em sua essência, a busca pelo estabelecimento de
uma nova estrutura mundial que pudesse garantir a paz, o progresso e a
igualdade social e boas condições de vida para as gerações futuras. Dentro
desse contexto, em 1948, é criada a Organização Mundial da Saúde – OMS, que
amplia o conceito de saúde para além da ausência de doenças e epidemias. A
OMS estabelece que o bem-estar físico, mental e social, deve ser buscado como
uma condição obrigatória para se ter uma boa saúde e qualidade de vida.
Porém, antes de Frank Bird Jr. desenvolver as suas ideias, um conterrâneo seu,
Herbert William Heinrich, ainda na década de 30, já tinha desenvolvido o conceito
de pirâmide, que seria posteriormente ampliado por Bird. Ele analisou 75 mil
acidentes de trabalho para alcançar a medida 1-29-300. Ou seja, para cada
acidente sério ocorreriam 29 lesões com menos gravidade e 300 incidentes sem
lesões. Dessa forma, buscava provar que em 330 acidentes, um poderia vir a
apresentar grande gravidade.
A importância dos estudos de Frank Bird Jr reside no fato dele incluir as perdas
das empresas em sua análise. Ele ampliou a pesquisa abarcando 90 mil
acidentes de trabalho acontecidos entre 1959 e 1966 e chegou a conclusão de
que para cada 1 acidente com grande gravidade haveria 100 com menor
gravidade e 500 acidentes sem gravidade para o trabalhador, mas que
causariam perdas patrimoniais para as empresas.
O grande destaque da pirâmide de Bird é que ela inclui também as perdas das
empresas e os danos ao meio ambiente. Foi um dos primeiros momentos em
que o meio ambiente foi levado em consideração na análise dos acidentes no
mundo do trabalho.
(...)
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
(...)
(...)
DA CONSTITUIÇÃO
DA ORGANIZAÇÃO
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem
suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro
estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos
primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos
membros titulares e suplentes da CIPA, mediante recibo. (Inserido pela Portaria
SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como
não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de
seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa,
exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento. (Alterado
pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
DAS ATRIBUIÇÕES
DO FUNCIONAMENTO
(…)
DO TREINAMENTO
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata,
cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o
treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados
ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no
prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a
decisão.
UNIDADE 2 – OS RISCOS
Perigo
Perigo é uma ou mais condições, físicas ou químicas, que pode vir a impactar
negativamente tanto as populações quanto o meio ambiente e, também, as
indústrias e as demais atividades produtivas. Galvão Filho & Newman (2001)
definem o termo perigo, “como a situação (incêndio, explosão ou vazamento de
substâncias tóxicas) que ameaça a existência de uma pessoa ou a integridade
física de instalações e edificações.” Ou seja, é uma probabilidade de algum
acidente acontecer em um determinado período de tempo.
Risco
O risco é definido como a medida de perda econômica, de danos à vida humana
e/ou de impactos ambientais, resultante da combinação entre a frequência de
ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).
Galvão Filho & Newman (2001) definem o termo risco como a possibilidade de
ocorrência de um perigo. O risco está sempre associado à chance de acontecer
um evento indesejado; assim, deve-se entender que o perigo é uma
propriedade intrínseca de uma situação, ser ou coisa, e não pode ser controlado
ou reduzido; por outro lado, o risco sempre pode ser gerenciado, atuando-se
na sua frequência de ocorrência, nas consequências ou em ambas.
Dessa forma, o risco pode ser expresso como uma função desses dois fatores,
conforme apresentado na equação que segue:
Onde:
R = risco;
c = cenário ambiental
f = frequência de ocorrência;
C = consequências (perdas e/ou danos)
R = f (c,f,C) (1)
RISCO
PERIGO
2.1 Tipos de Análises de Risco
Como dito anteriormente, o risco individual pode ser sentido por um indivíduo
mais exposto a um perigo, por um grupo de indivíduos, como um bairro, ou uma
pequena vila, ou para um grupo de indivíduos presentes na zona de risco ou
submetidas a riscos devido ao tipo de trabalho. O risco individual tem diferentes
impactos quando impostos a um ou a mais indivíduos. As linhas de iso-risco
possibilitam visualizar a distribuição geográfica do risco em diferentes regiões e
a dimensão do alcance de um acidente. A probabilidade de um determinado nível
de risco individual será calculado de acordo com a frequência esperada de um
evento capaz de causar um dano num local específico ocorrer.
Com relação a custos, o HAZOP é muito bom quando colocado a novas plantas,
no momento em que o projeto está firme e documentado.
O HAZOP também pode ser feito na hora da operação, mas as mudanças podem
ser caras nesta etapa.
Modo de falha está alusivo ao fator de um processo que pode ser levado a operar
de maneira errada e é formado por três princípios: efeito, causa e detecção.
Efeito é a consequência que a falha pode causar ao cliente;
Estabelecer risco é muito difícil, algumas pessoas dizem que o risco é o grau de
incerteza em relação à possibilidade de acontecer um determinado acidente.
Risco é a possibilidade de perda consecutiva de um acidente. A perda para a
empresa quer dizer prejuízo, menir lucro, ou perda de ativo com compensação
no patrimônio líquido.
Outras pessoas dizem que os riscos empresariais são todos os acidentes que
não deixam a empresa e as pessoas de ganharem dinheiro e consideração. São
itens incertos e as esperanças que exercem constantemente sobre os meios
estratégicos e o meio ambiente e que motivam os desastres financeiros. A
gestão de riscos abrange:
Por isso, a norma NBR ISO 31000 representa as boas práticas da atualidade na
escolha e utilização das técnicas para o processo de avaliação de riscos e não
se refere a conceitos novos ou em desenvolvimento que não tenham chegado a
um nível aceitável de conformidade profissional. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2012)
A norma pode direcionar muitos setores e tipos de sistemas. Pode haver normas
mais específicas em atividade dentro desses setores que estabelecem
metodologias preferenciais e níveis de avaliação para aplicações específicas. Se
essas normas estiverem em simetria com essa norma, as normas específicas
geralmente serão confiáveis.
A NBR ISO/IEC 31010:2012 que é uma norma de apoio à NBR ISO 31000 e
oferece informações sobre a seleção e aplicação de técnicas sistemáticas para
o processo de avaliação de riscos.
Esse é, sem dúvida, um grande desafio a ser superado por todos englobando
Estado, Trabalhador e Empresas.
LEITURA COMPLEMENTAR: